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Farmacoterapia da Inflamação, Dor e Febre PARTE III – Dor neuropática Profa. Dra. Viviani Milan viviani.rastelli@cruzeirodosul.edu.br Diferenças entre a Dor Nociceptiva e Neuropática Dor Neuropática Definida como dor iniciada por lesão ou disfunção do sistema nervoso central ou periférico Ativação anormal e desregulada da via nociceptiva Características da Dor Neuropática Descrição das dores: Sensação de queimação Peso Agulhadas Ferroadas Choques Parestesias Lesões de fibras finas: dores em queimação, aperto e peso. Lesões de fibras grossas: dores em pontadas, agulhadas e choques. Lesões de fibras finas e grossas ao mesmo tempo, sendo chamadas de dores mistas. Fatores Desencadeantes Doenças infecciosas: Bactérias ou vírus que podem afetar os nervos pela liberação de toxinas ou pela degeneração provocada pela presença do micro-organismo. Ex: neuralgia pós-herpética Traumas: Acidentes, fraturas ou cirurgias que levam a dores agudas de grande intensidade no período de convalescença ou no pós-operatório. Diabetes mellitus: Degeneração da “bainha de mielina”), provocando a neuropatia diabética. Acidentes: Que afetem a coluna, determinando lesões da medula, podendo causar dor intensa e persistente. Alcoolismo, deficiência nutritiva e de certas vitaminas: Afetam a função nervosa de forma significativa desencadeando um quadro de dor. Doenças ou Lesões que Provocam Dores Neuropáticas: Neuralgia do trigêmeo. Neuralgia traumática (após acidentes). Neuralgia incisional (de cicatrizes). Síndrome de dor complexa regional. Herpes Zoster. Radiculalgia pós-laminectomia (por cicatriz após cirurgia de hérnia de disco). Neurite ou polineurite diabética. Plexalgia ou plexite após radioterapia. Tumores comprimindo nervos. Síndrome talâmica (após derrames cerebrais em áreas específicas). Disestesia do paraplégico (após lesões completas ou incompletas da medula espinhal). Algoritmo de Tratamento FIBROMIALGIA DEFINIÇÃO Síndrome dolorosa crônica, NÃO INFLAMATÓRIA, de etiologia desconhecida, que se manifesta no sistema músculo esquelético, podendo apresentar sintomas em outros aparelhos e sistemas QUADRO CLÍNICO 12 Critérios preliminares de diagnóstico da fibromialgia. Critérios preliminares de diagnóstico da fibromialgia. Fisiopatologia etiologia Componentes Genéticos Familiares 8 X mais chances Mutações genéticas específicas Associação com polimorfismo da COMT e transportadores de serotonina Maiores níveis de substância P no LCR Fatores ambientais Trauma físico ou lesão Infecções (hepatite C, doença de Lyme) Fatores estressantes TRATAMENTO Objetivos: Alívio da dor A melhora da qualidade do sono A manutenção ou restabelecimento do equilíbrio emocional, A melhora do condicionamento físico e da fadiga Tratamento específico de desordens associadas. TRATAMENTO Tratamento Farmacológico – Relaxantes Musculares de Ação Central Ciclobenzaprina: Redução da atividade motora mediada pelos neurônios alfa e gama Antagonista receptores 5HT2 Doses: 5 a 40 mg ao deitar Reações adversas: Sonolência Boca seca Tontura Fadiga Cefaleia Carisoprodol (meprobanato): Agonista indireto do receptor GABA Pode alterar o estado mental e capacidade motora Doses: 250 mg / dia (6 horas) Reações adversas: Fraqueza Muscular Hipotensão Ortostática Taquicardia Febre Angiodema Broncoespasmo Tratamento farmacológico Antidepressivos: Promovem analgesia periférica e central, Potencializam o efeito analgésico dos opioides endógenos, aumentando a duração da fase 4 do sono n-REM, melhorando os distúrbios de sono e diminuindo as alterações de humor destes pacientes. Amitriptilina (ADT) antidepressivos triciclicos Dose de 12,5–50mg, ministrada normalmente 2 a 4 horas antes de deitar. Duloxetina ou Venlafaxina (IRSN) inibidores de recaptação de serotinina e noradrenalina Dose 60 mg/dia Fluoxetina (ISRS) inibidores seletivos da recaptação de serotonina Dose 10 a 40 mg pela manhã Tratamento farmacológico Anticonvulsivantes: Pregabalina (Análogo ao GABA) Reduz a liberação de neurotransmissores Doses 300 a 450 mg/dia Benzodiazepínicos (Alprazolam): Doses entre 0,5 e 3 mg aumenta a efetividade da resposta terapêutica quando associado ao AINE. Os benzodiazepínicos NÃO devem ser utilizados de maneira rotineira devido ao aparecimento de dependência química. Tratamento farmacológico Analgésicos Paracetamol Dipirona Constituem alternativas para analgesia, como tratamento coadjuvante. Cloridrato de tramadol + paracetamol Contribui para a melhora da dor nos pacientes mas não para a redução do número de pontos dolorosos. Tratamento não-farmacológico Exercícios físicos aeróbicos, sem carga, sem grandes impactos para o aparelho osteoarticular; Dança, Natação Hidroginástica Acupuntura Suporte psicológico ENXAQUECA Características Tabagismo Odores fortes Ingestão de bebida alcoólica Transtornos de humor, como ansiedade e depressão. Dor de cabeça unilateral e latejante acompanhada: Náuseas Vômitos Intolerância a sons, luz e cheiros fortes. Duração de quatro até 72 horas. Causas Queijos, embutidos, chocolate, café e adoçantes com aspartame Sono prolongado ou falta de sono Excesso de exposição ao sol Alterações de hormônios Fisiopatologia da enxaqueca Fisiopatologia da enxaqueca Mediadores da enxaqueca Vasodilatadores: Fibras parassimpáticas, originadas no gânglio esfenopalatino: ACh, Peptideo intestinal vasoativo (VIP) NO (óxido nítrico) . Fibras trigeminais não-mielínicas do tipo c: Substância P (SP) Peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), Dinorfina B, “Pituitary Adenylate Cyclase Activating Peptide” (PACAP), Neurokinina A (NKA) Vasoconstritores: Fibras simpáticas, originadas no gânglio cervical superior: NA Neuropeptídeo y (NPY) Vasoconstrição Endotélio Endotelinas – ET1, ET2 e ET3 Receptores – ET A, ET B Fases da Enxaqueca Fases da Enxaqueca 1ª – premonitória (pródromos) Ocorre até 3 dias antes da dor Fadiga, bocejo, dificuldade de concentração, irritabilidade, depressão, avidez por doce. 2ª fase – aura Manifestação neurológica Ocorre ante ou junto com a dor Duração 5 a 60 minutos 3ª fase – dor de cabeça (cefaleia) Duração 4 até 72 horas 4ª fase – resolução (pósdromo). Ressaca Duração até 48 horas Tipos de Aura Aura visual: Mais frequente (90%) Escotomas centrais. Visão em túnel. Cegueira completa. Flashes luminosos. Tipos de Aura Aura sensitiva: Formigamento ou dormência Braços, face e língua Aura de fala e linguagem: Disatria: dificuldade de pronunciar algumas palavras Afasia: sons incompreensíveis Tratamento da crise aguda Alcaloides do ergot Ergotamina e di-hidroergotamina Receptores 5HT1 Receptores α1 e α2 Receptores D1 Vasoconstrição e inibição da liberação de neuropeptídios pró-inflamatórios no nervo trigêmeo Ergotamina: Comprimido sublingual, comprimido oral ou supositório contendo ergotamina e cafeína. Pode causar dependência e cefaleias de rebote. Di-hidroergotamina: Via IV ou intranasal Uso limitado aos casos graves de enxaqueca. Efeito adverso: Náusea. Contraindicação Angina e doença vascular periférica Agonista: Triptanas - Agonistas 5-HT1D e 5-HT1B Tratamento profilático É empregado nos pacientes com: Número de crises é freqüente (maior do que duas crises por mês), Crises são incapacitantes Vômitos recorrentes, ou rebelde às medicações comumente utilizadas na fase aguda Diminuem a atividade do trigêmeo, bem como controlar a descarga noradrenérgica da crise. Impedem a vasoconstrição inicial da crise 39 Antagonista do receptor 5-HT2, que visa impedir a deflagração da crise Impedir a despolarização descontrolada do nervo trigêmeo. Tratamento profilático 44
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