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Trabalho B1 - Noturno

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Trabalho B1 
VALOR DA PROVA: 3,0 
CURSO: DIREITO TURMA: 22620171N 
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL V TURNO 
PROF.: MARCOS PAULO PEREIRA GOMES MAT ( ) VES ( ) NOT ( N ) 
ALUNO(A): JOHN VANER PINHEIRO DA COSTA 
 
ALUNO(A): DENILSON HENRIQUE TELES SANTANA 
 
ALUNO(A): 
 
ALUNO(A): 
NOTA 
Data de Entrega: 10/11/20 PROVA TRABALHOS MÉDIA 
Visto Aluno(a) Visto Prof. Visto Coord. 
 
INSTRUÇÕES: 
1. O trabalho poderá ser feito em grupo de até quatro pessoas, podendo ainda ser individual, trio ou em 
dupla. 
 
 
3. Nas questões subjetivas (discursivas), as respostas devem ser elaboradas obedecendo a visão cientifica; é 
permitido parafrasear, contudo, os termos científicos devem ser considerados; 
 
4. O trabalho deverá ser enviado em formato PDF, para o e-mail: prof.mpgomes@gmail.com 
 
 
 
 
 
1. O sistema de tutela de urgência no direito processual brasileiro encontra seu fundamento legal 
basicamente no Art. 300 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015. Ocorre que nas Ações 
Possessórias o sistema de tutela de urgência é uma das características especiais do referido procedimento 
especial. Diante disso responda de forma fundamentada aos seguintes questionamentos: 
 
a) Quais as diferenças entre a Tutela de Urgência no Procedimento Comum e a Tutela de Urgência nas 
Ações Possessórias? 
 
Se se a petição inicial contiver a alegação de que foi intentada dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho, e 
requerida a concessão de liminar, a ação possessória deve observar o procedimento especial, como determina o 
art. 558, do Código de Processo Civil. Esta é a denominada ação possessória de força nova (“posse nova”), que 
se contrapõe à ação de força velha, na qual se tem por ultrapassado o ano e dia da violência apontada na petição 
inicial (“posse velha”). A ação possessória de força velha não adota o procedimento especial, mas não deixa de 
ter o caráter possessório, como indica o parágrafo único, do art. 558, do Código de Processo Civil. 
Em que pese esse dispositivo deixar de mencionar a violência de menor grau – a justa ameaça – a ação que 
objetiva afastá-la, o interdito proibitório, também conta com o procedimento especial, como indicam os arts. 
568, e 560 a 566 do Código de Processo Civil. 
O procedimento especial das ações possessórias comporta atos voltados ao conhecimento de situação fática que 
possibilita ao juiz expedir ordem liminar de defesa da posse, uma vez demonstrados os requisitos exigidos à sua 
concessão, indicados no art. 561, do Código de Processo Civil, quais sejam: a posse (ainda que perdida por ato 
do réu); violência praticada (esbulho/turbação/ameaça); data da concretização da violência (que deve ser 
inferior a ano e dia). 
Na análise do pedido de liminar, o juiz realiza exame não exauriente dos referidos requisitos, os quais se 
confundem com o próprio fundamento das ações possessórias (= mérito da ação), exceto o relacionado com o 
tempo da violência. Todavia, para proferir a decisão liminar, o grau de conhecimento do juiz quanto aos 
requisitos é menor e menos profundo do que aquele em que realiza a cognição exauriente para proferir a 
sentença. 
Há duas oportunidades previstas no art. 562, do Código de Processo Civil para que o juiz profira a decisão 
acerca do pedido de liminar possessória: ao receber a petição inicial (inaudita altera parte), e em audiência de 
justificação da posse. 
O julgamento inaudita altera parte decorre da análise dos fatos demonstrados exclusivamente pela prova 
documental trazida pelo autor, com a petição inicial, antes de citado o réu. Se não estiverem demonstrados os 
requisitos para a concessão da liminar, deve o juiz designar audiência de justificação, finda a qual se tem a 
segunda oportunidade prevista no iter procedimental especial das ações possessórias para o exame da tutela 
provisória possessória. 
Segundo o disposto no art. 318 do Código de Processo Civil: “Aplica-se a todas as causas o procedimento 
comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.”, a tutela provisória é cabível no procedimento 
comum, assim como no procedimento das leis dos juizados Especiais Cíveis, conforme o disposto no enunciado 
n. 26 do Fórum Permanente dos Coordenadores dos juizados Especiais Cíveis e Criminais: “São cabíveis a 
tutela acautelatória e a antecipatória nos Juizados Especiais Cíveis”. Também cabe a tutela provisória nos 
procedimentos especiais, visto o disposto no parágrafo único do art. 318, CPC: “O procedimento comum 
aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.” 
 
b) Quais os requisitos da tutela de urgência nas ações possessórias? 
 
A tutela de urgência nas ações possessórias se submete a dois requisitos: probabilidade do direito e o perigo de 
dano ou o risco ao resultado útil do processo. Requisitos que dispõe o artigo 300 do Novo Código de Processo 
Civil 
 
c) Como esses requisitos podem ser comprovados na prática? Dê um exemplo de comprovação prática 
para cada requisito. 
 
A probabilidade do direito se configura quando se há elementos suficientes que possam convencer o juiz de 
que o direito de quem postulou tem possibilidade de ter provimento. 
 
Exemplo: em uma relação de consumo, alguém tem seu nome indevidamente negativado, caso tenha os 
comprovantes de pagamento conservados ou disponibilizados por meio eletrônico ou outra prova que seja 
cabível, poderá instruir a tutela com tais elementos, de forma a demonstrar provas suficientes do direito. 
 
O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo se configura quando pela demora há uma ameaça 
ao direito do requerente, é uma maneira de protegê-lo para que aquele direito possa ser usufruído integralmente 
quando houver o provimento final. 
 
Exemplo: uma pessoa sofre com alguma doença que para a manutenção de sua vida necessita de um 
medicamento de alto custo; perante o Estado tal fornecimento é negado sob a justificativa do mesmo não ter a 
obrigação de fornecer um medicamento caro. A mesma pessoa poderá instruir a tutela com o argumento de que 
é dever do Estado tal fornecimento, com supedâneo no artigo 196 da Constituição Federal, bem como os 
exames que comprovem a gravidade da doença de forma a demonstrar o risco que a demora do processo 
ameaça ao direito do requerente.

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