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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico – Edital 0012/2009 Plano Municipal de Saneamento Básico de Urubici VOLUME III Diagnóstico da Situação do Saneamento e de Seus Impactos nas Condições de Vida da População Dezembro de 2011 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA João Raimundo Colombo Governador SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL Paulo Roberto Barreto Bornhausen Secretário de Estado DIRETORIA DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE - DSMA Luiz Antônio Garcia Corrêa Diretor COORDENAÇÃO DE PROJETOS ESPECIAIS Daniel Casarin Ribeiro Coordenador de Projetos Especiais GERÊNCIA DE DRENAGEM URBANA, ÁGUA E ESGOTO – GEDRA Thays Saretta Sulzbach Gerente de Drenagem Urbana, Água e Esgoto COMISSÃO TÉCNICA DE ANÁLISE E ACOMPANHAMENTO DO PROJETO Bruno Henrique Beilfuss - Eng.º Florestal Catiusia Gabriel – Bióloga Cláudio Caneschi - Eng.º Civil Cleiton Prestes Guedes – Eng.º Civil Daniel Casarin Ribeiro - Eng.º Agrônomo Eduardo Sartor Scangarelli – Geólogo Frederico Gross - Eng.º Ambiental PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Livia Ceretta – Geógrafa Lúcia Andrea de Oliveira Lobato – Eng.ª Agrônoma Maureen Albina Gonçalves – Pedagoga Milton Aurelio Uba de Andrade Junior. – Eng.º Ambiental Robson Ávila Wolff - Eng.º Sanitarista Solano Andreis - Eng.º Agrônomo Stevens Spagnollo – Eng.º Sanitarista e Ambiental Thays Saretta Sulzbach – Bióloga Victor Speck – Eng. º Ambiental PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO EQUIPE TÉCNICA E DE APOIO DO CONSÓRCIO SOTEPA/IGUATEMI/AR COORDENADOR GERAL Sílvio Humberto Vieira Régis – Eng.º. Civil CREA/BA n° 2628-D COORDENADORES DE EQUIPE Cláudio Luis de Souza Alves - Eng.º. Civil CREA/BA n° 20637-D Ciro Loureiro Rocha - Eng.º. Civil RS 005707 Ricardo José Barbato do Amaral- Engº. Civil CREA/SC 37.923-8 Carlos Henrique Barbato do Amaral- Eng.º. Civil CREA/SC 017275-2 ESPECIALISTAS Adão dos Santos - Geógrafo CREA/SC 7628-9 Almir José Machado- Eng.º. Civil CREA/SC 014052-4 Marcelo Monte Carlo Silva Fonseca – Engº. Sanitarista e Ambiental CREA/SC 092114-9 Maria Teresinha de Resenes Marcon - Geógrafa CREA/SC 21442-1 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Diogo Ferreira Alves - Eng° Sanitarista e Ambiental CREA/SC 099471-6 Sânia Fortunato de Bem - Eng° Sanitarista e Ambiental CREA/SC 102235-2 Andreza Martins - Eng° Sanitarista e Ambiental CREA/SC 65816-3 Saulo de Castro – Advogado OAB/SC 2817 EQUIPE DE APOIO TÉCNICO Mario L. Zimmermann Economista – CORECON/SC 2154 Rosane F Buzatto Arquiteta e Urbanista – CREA/SC 022.827-4 Geraldo Vieira Geógrafo – CREA/SC 0783554-7 Camila Aguiar Vieira Geógrafa – CREA/SC 096219-0 Emanoel F. da Cunha Geógrafo – CREA/SC 085817-5 Rodrigo R Matos Geógrafo – CREA/SC 079263-5 Fábio Leonardo Ramos Salvador Estagiário - Eng. Sanitária e Ambiental EQUIPE DE APOIO ADMINISTRATIVO Jaquelini Machado Cardoso Assistente técnico PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO LISTA DE FIGURAS Figura 1: Saneamento como direito público e social ................................................. 27 Figura 2: Abrangência do saneamento integrado ...................................................... 30 Figura 3: Localização de Urubici na SDR de São Joaquim ....................................... 40 Figura 4: Localização do Município de Urubici no Brasil e no Estado de Santa Catarina ..................................................................................................................... 42 Figura 5: Origem da ocupação catarinense............................................................... 44 Figura 6:Classificação climática segundo Koeppen. ................................................ 45 Figura 7: Tipos de solo presentes no município de Urubici. ...................................... 47 Figura 8: Geomorfologia do Estado de Santa Catarina ............................................. 50 Figura 9: Divisão das Regiões Hidrográficas do Estado de Santa Catarina. ............. 51 Figura 10: Vegetação do Estado de Santa Catarina. ................................................ 52 Figura 11: Floresta Ombrófila Mista .......................................................................... 53 Figura 12: Campos Naturais relativamente preservados .......................................... 53 Figura 13: Manchas de reflorestamento com Pinus .................................................. 54 Figura 14: Risco de desastres naturais na SDR de São Joaquim ............................. 58 Figura 15: Evolução da população em Urubici. ......................................................... 59 Figura 16: Taxas de crescimento geométrico ............................................................ 60 Figura 17: Pirâmide etária do Município de Urubici ................................................... 61 Figura 18: Produção de maçã na SDR de São Joaquim em 2003 ............................ 68 Figura 19: Produção de pinhão na SDR de São Joaquim em 2003 .......................... 69 Figura 20: Procedência do turista nacional em 2008 ................................................ 70 Figura 21: Motivo de viagem. .................................................................................... 71 Figura 22: Morro da Igreja – Urubici .......................................................................... 72 Figura 23: Inscrições Rupestres ................................................................................ 73 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Figura 24: Sistema de abastecimento de água de Urubici...................................... 111 Figura 25: Captação superficial de água bruta ....................................................... 116 Figura 26: Adutora acompanhando o leito do Rio Capoeiras. ................................ 117 Figura 27: Estação de Tratamento de Água, filial de Urubici. ................................. 118 Figura 28: Etapa nova de Floculação-decantação .................................................. 119 Figura 29: Etapa antiga de floculação-decantação ................................................. 119 Figura 30: Etapa antiga de filtração. ....................................................................... 120 Figura 31: Etapa nova de filtração. ......................................................................... 120 Figura 32: Gás Cloro para etapa de desinfecção. .................................................. 121 Figura 33: Bombas dosadoras ................................................................................ 121 Figura 34: Tanques de preparo de Flúor ................................................................ 122 Figura 35: Esquema de funcionamento da ETA ..................................................... 123 Figura 36:Reservatório principal que atende Urubici .............................................. 126 Figura 37: Reservatório Secundário que atende Urubici ........................................ 127 Figura 38: Booster em Urubici. ............................................................................... 135 Figura 39: Alternativas para futuros pontos de captação de água para abastecimento ................................................................................................................................ 147 Figura 40: Estação de Tratamento de Esgoto ........................................................168 Figura 41: Sistemas individuais de tratamento de Urubici ...................................... 169 Figura 42Hidrogramas de Cheia – Rio Urubici ....................................................... 202 Figura 43: Hidrograma triangular utilizando o Método SCS (1972) ........................ 207 Figura 44: Representação gráfica da metodologia de cálculo do hidrograma unitário por convolução discreta. ......................................................................................... 210 Figura 45: Cadastro da rede de drenagem de Urubici ............................................ 212 Figura 46: Setor responsável pelo sistema de drenagem urbana no Município ..... 213 Figura 47: Localização da Área-problema 01 ......................................................... 214 Figura 48: Ponto de represamento de água ........................................................... 215 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Figura 49: Localização da Área-problema 02 .......................................................... 216 Figura 50: Alagamento na Av. Antônio Francisco Ghizoni em 2010 ....................... 216 Figura 51: Alagamento em terreno vago ao lado da Av. Antônio Francisco Ghizoni em 2010 .................................................................................................................. 217 Figura 52: Localização da Área-problema 03 .......................................................... 217 Figura 53: Residências com cota inferior ao nível da rua ........................................ 218 Figura 54:Localização da Área-problema 04 ........................................................... 219 Figura 55: Localização da Área-problema 05 .......................................................... 220 Figura 56: Muro de arrimo no Rio Urubici................................................................ 220 Figura 57: Localização da Área-problema 06 .......................................................... 221 Figura 58: Localização da Área-problema 07 .......................................................... 222 Figura 59: Residências em Área de Preservação Permanente do Rio Canoas ...... 222 Figura 60: Alagamento em residência próxima a ponte sobre o Rio Canoas, 2010 223 Figura 61: Alagamento em residência próxima a ponte sobre o Rio Canoas, 2010 223 Figura 62: Densidade demográfica atual ................................................................. 231 Figura 63: Esquema das etapas referenciadas para a coleta dos resíduos sólidos domésticos, comerciais, e do serviço público em Urubici........................................ 243 Figura 64: Veículo de coleta dos resíduos domésticos de Urubici .......................... 249 Figura 65: Garagem da Secretaria de Transportes Obras e Serviços Urbanos do município de Urubici ................................................................................................ 251 Figura 66: Garagem da Secretaria de Transportes Obras e Serviços Urbanos do município de Urubici ................................................................................................ 252 Figura 67: Material para reciclagem ........................................................................ 254 Figura 68: Local onde atualmente estão sendo descartado os resíduos do Município de Urubici ................................................................................................................ 255 Figura 69: Terreno com acúmulo de resíduos ao lado do local de descarte no Município de Urubici ................................................................................................ 255 Figura 70: Lagoa de tratamento de chorume do aterro controlado de Urubici. ....... 256 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Figura 71: Área do antigo lixão Municipal de Urubici. ............................................. 259 Figura 72: Prensa hidráulica ................................................................................... 274 Figura 73: Esteira principal da central de triagem ................................................... 274 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO LISTA DE QUADROS Quadro 1: Unidades de Planejamento, Complexos Hidrográficos e Comunidades. .. 33 Quadro 2: Levantamento Geomorfológico de Santa Catarina ................................... 49 Quadro 3: Áreas de Preservação Permanente segundo a legislação federal. .......... 56 Quadro 4: Áreas de Preservação Permanente segundo a legislação estadual. ........ 56 Quadro 5: Grupos, formas e principais doenças de veiculação hídrica ..................... 78 Quadro 6: Atores Sociais de Urubici ....................................................................... 101 Quadro 7: Usuários da Água Sediados em Urubici ................................................. 103 Quadro 8: Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano 129 Quadro 9: Número mínimo de amostras mensais para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises microbiológicas............. 129 Quadro 10: Número mínimo de amostras para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises físicas, químicas e de radioatividade, em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do tipo de manancial .................................................................................................... 130 Quadro 11: Freqüência mínima de amostragem para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises físicas, químicas e de radioatividade, em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do tipo de manancial. ................................................................................................... 131 Quadro 12: Número mínimo de amostras e freqüência mínima de amostragem para o controle da qualidade da água de solução alternativa, para fins de análises físicas, químicas e microbiológicas, em função do tipo de manancial e do ponto de amostragem. ........................................................................................................... 132 Quadro 13:Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção ........... 132 Quadro 14: Padrão de aceitação para consumo humano ....................................... 133 Quadro 15: Freqüência e tipos de análises do Sistema Urubici .............................. 134 Quadro 16: Dados necessários para elaboração dos mapas temáticos ................. 192 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Quadro 17: Frequência de coleta de resíduos sólidos por setores no município de Urubici..................................................................................................................... 249 Quadro 18: Abrangência do serviço de coleta de resíduos sólidos ........................ 249 Quadro 19: Frequência de coleta de resíduos de limpeza pública em Urubici ....... 252 Quadro 20: Notas e respectivos enquadramentos da avaliação de aterros............ 263 Quadro 21: Composição média dos resíduos sólidos produzidos no Brasil ........... 272 Quadro 22: Representação de pontos de CDP. ..................................................... 279 Quadro 23: Representação de áreas CDP. ............................................................ 279 Quadro 24: Tipos de demandas e priorização das áreas de ação. ......................... 280 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO LISTA DE TABELAS Tabela 1: Evolução populacional nos Municípios da SDR de São Joaquim.............. 40 Tabela 2: População Residente por situação e gênero em Urubici. .......................... 59 Tabela 3: Estatísticas vitais do Município de Urubici ................................................. 62 Tabela 4: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal emUrubici ....................... 62 Tabela 5: Indicadores Socais dos Municípios da SDR de São Joaquim ................... 65 Tabela 6: Movimento estimado de turistas em 2006 ................................................. 70 Tabela 7: Ligações e consumo elétrico em Urubici ................................................... 74 Tabela 8: Abastecimento de água ............................................................................. 76 Tabela 9: Tratamento destinado a água .................................................................... 76 Tabela 10: Destino dos resíduos sólidos ................................................................... 77 Tabela 11: Destino do esgotamento doméstico ........................................................ 77 Tabela 12: Doenças de notificação compulsória – jan./2008 – ago./2010................. 79 Tabela 13: Percentual de Internações por grupo de causa (por residência), 2009. .. 80 Tabela 14: Indicadores de mortalidade e natalidade de Urubici ................................ 81 Tabela 15: Unidades de saúde cadastradas no CNES em Urubici ........................... 82 Tabela 16: Despesas com saúde no Município de Urubici, 2009. ............................. 82 Tabela 17: Matriculas na rede de ensino de Urubici em 2009................................... 83 Tabela 18: Unidades educacionais públicas em Urubici, 2010 ................................. 83 Tabela 19: Curva de permanência do Rio Capoeiras .............................................. 115 Tabela 20: Características da Adutora de Água Bruta ............................................ 117 Tabela 21: Características dos reservatórios .......................................................... 127 Tabela 22: Número de pontos de captação e volume de água captado superficialmente no Município de Urubici em função do setor ................................ 139 Tabela 23: Curva de permanência do Rio Urubici. .................................................. 148 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Tabela 24: Estrutura tarifária atual aplicada pela CASAN – vigência: 01/03/2010 . 149 Tabela 25: Número de ligações e economias abastecidas ..................................... 150 Tabela 26: Despesas de exploração do sistema Urubici ........................................ 152 Tabela 27: Indicadores de desempenho médio, por tipo de operador de sistemas de abastecimento de água........................................................................................... 153 Tabela 28: Índices Físicos Bacia do Rio Urubici ..................................................... 189 Tabela 29: Estimativa para coeficiente de escoamento superficial ......................... 194 Tabela 30: Coeficientes de entrada da equação IDF .............................................. 196 Tabela 31: Intensidade de chuva de acordo com tempo de concentração ............. 197 Tabela 32: Valores de CN para diferentes tipos de condições de umidade do solo. ................................................................................................................................ 199 Tabela 33: Valores de CN para bacias urbanas e rurais ........................................ 201 Tabela 34: Hidrograma de Cheias .......................................................................... 203 Tabela 35: Estimativa de evolução da População de Urubici ................................. 228 Tabela 36: Estimativa de evolução da densidade populacional de Urubici............. 229 Tabela 37: Características dos recipientes para acondicionamento dos resíduos sólidos no Posto de Saúde ..................................................................................... 247 Tabela 38: Situação dos recipientes de acondicionamento e armazenamento dos resíduos do Posto de Saúde Central do Município. ................................................ 248 Tabela 39: Veículos e equipamentos utilizados pela Secretaria de Transportes, Obras e Serviços Urbanos ...................................................................................... 251 Tabela 40: Indicador de Avaliação e Desempenho de Aterros de Resíduos Sólidos Urbanos (Aterro Controlado Municipal)................................................................... 263 Tabela 41: Indicador de Avaliação e Desempenho de Aterros de Resíduos Sólidos Urbanos (Aterro Sanitário Empresa Serrana Engenharia) ...................................... 266 Tabela 42: Composição física do lixo municipal urbano de Urubici ........................ 272 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SIGLAS ABNT Associação Brasileira das Normas Técnicas AMURES Associação dos Municípios Região Serrana ANA Agência Nacional das Águas ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária APP Áreas de Preservação Permanente BNH Banco Nacional de Habitação CASAN Companhia Catarinense de Água e Esgoto CELESC Centrais Elétricas de Santa Catarina CEPA/SC Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola CEURH Cadastro Estadual dos Usuários de Recursos Hídricos de Santa Catarina CERH Conselho Estadual de Recursos Hídricos CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente CONCIDADES Conselho Nacional das Cidades CODETER Conselho de Desenvolvimento Territorial CN Número da Curva CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura DNC Doenças de Agravos de Notificação Compulsória EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola EPAGRI Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina ERAB Estação de recalque de Água Bruta ETA Estação de Tratamento da Água ETE Estação de Tratamento de Esgoto FATMA Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina FUNASA Fundação Nacional de Saúde IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente ICMBIO Instituto Chico Mendes de Biodiversidade IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Municipal INDESSC Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina MS Ministério da Saúde ONU Organização das Nações Unidas OMS Organização Mundial de Saúde PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PLANASA Plano Nacional de Saneamento PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PPMA Projeto de Proteção da Mata Atlântica PRAPEM Programa de Recuperação Ambiental e de Apoio ao Pequeno Produtor Rural de Santa Catarina PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PNRS Programa Nacional de Resíduos Sólidos RH Regiões Hidrográficas SAMU Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SANTUR Santa Catarina Turismo SDR Secretaria de Desenvolvimento Regional SDS/SC Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado de Santa Catarina SIRHESC Sistema de Informações de Recursos Hídricos do Estado de Santa Catarina SUS Sistema Único de Saúde TDR Termo de Referência UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina UNIPLAC Universidade do Planalto Catarinense UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UP Unidades de Planejamento ZEIS Zona Especial de Interesse Social PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 25 1 PRINCÍPIOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................... 27 1.1 PRINCÍPIOS ........................................................................................................................27 1.2 ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DO PMSB ................................................................................29 1.3 DEFINIÇÃO DAS BASES CARTOGRÁFICAS ......................................................................30 1.4 UNIDADES DE PLANEJAMENTO ........................................................................................322 DIAGNÓSTICO SOCIO-ECONÔMICO E AMBIENTAL ............................................ 39 2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL ................................................................................................39 2.1.1 BREVE HISTÓRICO ..........................................................................................................................43 2.1.1.1 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PADRÕES CULTURAIS .........................................43 2.2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................44 2.2.1 CLIMA ...............................................................................................................................................44 2.2.2 GEOLOGIA E PEDOLOGIA ...............................................................................................................45 2.2.3 GEOMORFOLOGIA E RELEVO .........................................................................................................49 2.2.4 RECURSOS HÍDRICOS .....................................................................................................................51 2.2.5 VEGETAÇÃO.....................................................................................................................................52 2.2.6 ÁREAS DE RISCO E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ....................................................55 2.2.6.1 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E ÁREAS DE RISCO RIBEIRINHAS.........................55 2.2.6.2 ÁREAS DE RISCO E DESASTRES NATURAIS .............................................................................57 2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS .....................................................................................58 2.3.1 DEMOGRAFIA ...................................................................................................................................58 2.3.2 ESTATÍSTICAS VITAIS ......................................................................................................................61 2.3.3 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL (IDH-M) .....................................................62 2.3.4 MIGRAÇÃO CAMPO-CIDADE ............................................................................................................67 2.4 ASPECTOS ECONÔMICOS.................................................................................................67 2.5 INFRAESTRUTURA .............................................................................................................74 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 2.5.1 ENERGIA .......................................................................................................................................... 74 2.5.2 TRANSPORTES E INFRAESTRUTURA VIÁRIA................................................................................. 74 2.5.3 COMUNICAÇÃO................................................................................................................................ 75 2.5.4 SANEAMENTO BÁSICO .................................................................................................................... 75 2.6 SAÚDE E EDUCAÇÃO ........................................................................................................ 77 2.6.1 SAÚDE .............................................................................................................................................. 77 2.6.2 EDUCAÇÃO ...................................................................................................................................... 82 3 LEGISLAÇÃO E INSTRUMENTOS LEGAIS DE SANEAMENTO ............................85 3.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL ................................................................................................. 85 3.2 LEGISLAÇÃO FEDERAL ..................................................................................................... 86 3.2.1 POLÍTICA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO – LEI Nº. 11.445/07 ............................................. 86 3.2.2 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS – LEI Nº. 12.305/2010............................................. 89 3.2.3 OUTRAS LEIS ................................................................................................................................... 89 3.3 LEGISLAÇÃO ESTADUAL ................................................................................................... 91 3.4 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL DE URUBICI ............................................................................. 92 4 QUADRO INSTITUCIONAL, ORGANIZACIONAL E DE GESTÃO ...........................95 4.1 CONTRATOS DE CONCESSÃO E TERCEIRIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO NO MUNICÍPIO DE URUBICI .................................................................... 96 5 ANÁLISE DA DINÂMICA SOCIAL DO MUNICÍPIO..................................................99 5.1 ASSOCIATIVISMO ............................................................................................................... 99 5.1.1 IDENTIFICAÇÃO DOS ATORES E SEGMENTOS ESTRATÉGICOS .................................................. 99 5.1.1.1 MUNICIPAIS ................................................................................................................................. 99 5.1.1.2 INTERMUNICIPAIS ..................................................................................................................... 101 5.1.1.3 ESTADUAIS................................................................................................................................ 101 5.1.1.4 FEDERAIS .................................................................................................................................. 102 5.1.2 USUÁRIOS DA ÁGUA ..................................................................................................................... 102 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 6 PROGRAMAS, PROJETOS E ESTUDOS EXISTENTES PARA A REGIÃO .......... 105 6.1 PROJETO DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E DE APOIO AO PEQUENO PRODUTOR RURAL – PRAPEM/MICROBACIAS 2 .............................................................................................105 7 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................... 107 7.1 ANÁLISE CRÍTICA DO PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO... ..................................................................................................................................107 7.2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO .................108 7.2.1 MANANCIAL UTILIZADO ................................................................................................................. 114 7.2.2 CAPTAÇÃO ..................................................................................................................................... 116 7.2.3 RECALQUE DE ÁGUA BRUTA ........................................................................................................ 117 7.2.4 ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA ............................................................................................................ 117 7.2.5 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA) ............................................................................... 118 7.2.6 RESERVAÇÃO ................................................................................................................................ 125 7.2.7 ADUÇÃO E RECALQUE DE ÁGUA TRATADA ................................................................................. 127 7.2.8 FREQUÊNCIA E TIPOS DE ANÁLISES DE ÁGUA ........................................................................... 128 7.2.9 REDE DE DISTRIBUIÇÃO ...............................................................................................................135 7.3 AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO .....................................................................................................................................136 7.4 AVALIAÇÃO DOS CONSUMOS POR SETORES: HUMANO, ANIMAL, INDUSTRIAL, TURISMO E IRRIGAÇÃO ...............................................................................................................138 7.4.1 CAPTAÇÃO SUPERFICIAL .............................................................................................................. 139 7.4.2 CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA .......................................................................................................... 140 7.5 BALANÇO CONSUMOS VERSUS DEMANDAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PELO MUNICÍPIO .....................................................................................................................................140 7.5.1 POPULAÇÃO ÁREA URBANA ......................................................................................................... 140 7.5.2 POPULAÇÃO TOTAL DO MUNICÍPIO.............................................................................................. 141 7.6 ANÁLISE CRÍTICA DA SITUAÇÃO ATUAL DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA... ..........................................................................................................................................141 7.7 LEVANTAMENTO DOS CASOS DE DOENÇAS RELACIONADAS COM A ÁGUA OCORRIDOS NO MUNICÍPIO ........................................................................................................145 7.8 LEVANTAMENTO DO POTENCIAL DE FONTES HÍDRICAS (SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS) PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................146 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 7.9 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS ........................ 148 7.9.1 PRESTADOR DE SERVIÇOS .......................................................................................................... 148 7.9.2 TARIFAS PRATICADAS .................................................................................................................. 149 7.9.3 LIGAÇÕES PREDIAIS E ECONOMIAS ............................................................................................ 150 7.9.4 VOLUMES DE ÁGUA TRATADA ...................................................................................................... 150 7.9.5 FATURAMENTO.............................................................................................................................. 151 7.9.6 PERDAS FÍSICAS DE ÁGUA ........................................................................................................... 151 7.9.7 PERDAS DE FATURAMENTO ......................................................................................................... 151 7.9.8 ARRECADAÇÃO ............................................................................................................................. 151 7.9.9 DESPESAS ..................................................................................................................................... 151 7.9.10 INDICADORES DE DESEMPENHO ............................................................................................ 152 7.10 CARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA DOS SERVIÇOS COM A IDENTIFICAÇÃO DAS POPULAÇÕES NÃO ATENDIDAS OU SUJEITAS A FALTA DE ÁGUA .......................................... 154 7.11 INDICADORES .................................................................................................................. 155 7.11.1 GLOSSÁRIO ............................................................................................................................... 155 7.11.2 ÍNDICES ..................................................................................................................................... 158 7.12 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS E ADMINISTRATIVOS............................... 161 7.12.1 GLOSSÁRIO ............................................................................................................................... 161 7.12.2 ÍNDICE. ...................................................................................................................................... 164 8 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................... 167 8.1 ANÁLISE CRÍTICA DO PLANO DIRETOR CONSIDERANDO O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ........................................................................................................ 167 8.2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO MUNICIPAL ...................... 167 8.3 AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO MUNICIPAL .................................................................................................................................... 170 8.4 AVALIAÇÃO DO SISTEMA POR SETORES: DOMÉSTICO (HUMANO), ANIMAL, INDUSTRIAL, TURISMO E IRRIGAÇÃO. ........................................................................................ 170 8.5 BALANÇO DA GERAÇÃO DE ESGOTO VERSUS CAPACIDADE DO SISTEMA ............... 171 8.6 INDICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO DE CONTAMINAÇÃO POR ESGOTAMENTO NO MUNICÍPIO..................................................................................................................................... 173 8.7 ANÁLISE CRÍTICA DA SITUAÇÃO ATUAL DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................. 173 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 8.8 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNOSTICO DE PRESTADOR DE SERVIÇOS .........................173 8.9 CARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA DOS SERVIÇOS COM A IDENTIFICAÇÃO DAS POPULAÇÕES NÃO ATENDIDAS OU SUJEITAS A FALTA DE ESGOTAMENTO .........................174 8.10 AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO, COMPLEMENTARIDADE OU COMPARTILHAMENTO DE CADA UM DOS SERVIÇOS COM OS SERVIÇOS DOS MUNICÍPIOS VIZINHOS. .........................174 8.11 INDICADORES ..................................................................................................................174 8.11.1 GLOSSÁRIO ............................................................................................................................... 174 8.11.2 ÍNDICES ..................................................................................................................................... 176 9 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ........................................................................................................................... 177 9.1 ESTUDO DAS CARACTERÍTICAS MORFOLÓGICAS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E DETERMINAÇÃO DE ÍNDICES FÍSICOS PARA AS BACIAS ..........................................................177 9.1.1 COMPRIMENTO DO RIO PRINCIPAL .............................................................................................. 180 9.1.2 ÁREA DA BACIA (A) ........................................................................................................................ 181 9.1.3 PERÍMETRO DA BACIA (P) ............................................................................................................. 182 9.1.4 DENSIDADE DA DRENAGEM.......................................................................................................... 183 9.1.5 RELAÇÃO DE RELEVO (RR) ........................................................................................................... 184 9.1.6 ÍNDICE DE RUGOSIDADE (IR) ........................................................................................................ 185 9.1.7 COEFICIENTE DE COMPACIDADE ................................................................................................. 186 9.1.8 EXTENSÃO MÉDIA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL (L) ..............................................................187 9.1.9 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) ................................................................................................ 187 9.2 CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS .......................................................190 9.2.1 METODOLOGIA DO USO DO SOLO ............................................................................................... 191 9.2.2 MAPEAMENTO DO SOLO ............................................................................................................... 191 9.2.3 MAPEAMENTO DA ESTABILIDADE GEOTÉCNICA E ÍNDICES DE IMPERMEABILIZAÇÃO ............ 191 9.3 ESTIMATIVA PARA COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL ............................193 9.4 ESTUDO DE CHUVAS INTENSAS PARA AS BACIAS HIDROGRÁFICAS .........................194 9.4.1 METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DAS CHUVAS INTENSAS ...................................................... 194 9.4.2 METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DA CHUVA EXCEDENTE ....................................................... 198 9.5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DE CHEIAS PARA OS CURSOS DE ÁGUA PRINCIPAIS ...................................................................................................................................201 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 9.5.1 METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DO HIDROGRAMA UNITÁRIO ADIMENSIONAL ..................... 205 9.6 ESTIMATIVA DE COEFICIENTES DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL QUE POSSAM SER ADOTADOS PARA MICRO-DRENAGEM DE PEQUENAS ÁREAS ................................................ 210 9.7 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE MACRO E MICRODRENAGEM EXISTENTES NO MUNICÍPIO..................................................................................................................................... 211 9.8 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS COM RISCO DE POLUIÇÃO E/OU CONTAMINAÇÃO......... 213 9.8.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS PROBLEMAS................................................................................... 213 9.8.1.1 ÁREA-PROBLEMA 01 ................................................................................................................. 214 9.8.1.2 ÁREA-PROBLEMA 02 ................................................................................................................. 215 9.8.1.3 ÁREA-PROBLEMA 03 ................................................................................................................. 217 9.8.1.4 ÁREA-PROBLEMA 04 ................................................................................................................. 218 9.8.1.5 ÁREA-PROBLEMA 05 ................................................................................................................. 219 9.8.1.6 ÁREA-PROBLEMA 06 ................................................................................................................. 221 9.8.1.7 ÁREA-PROBLEMA 07 ................................................................................................................. 221 9.9 IDENTIFICAÇÃO DE LACUNAS NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM ...... 224 9.10 AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS EROSIVOS E SEDIMENTOLÓGICOS ........................... 224 9.11 ANÁLISE CRÍTICA DOS SISTEMAS DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ......................... 227 9.12 AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO, COMPLEMENTARIEDADE OU COMPARTILHAMENTO DE CADA UM DOS SERVIÇOS DOS MUNICÍPIOS VIZINHOS. ........................................................... 228 9.13 ANÁLISE E LEVANTAMENTO CENSITÁRIOS E MAPEAMENTO DAS DENSIDADES DEMOGRÁFICAS E SUA EVOLUÇÃO ........................................................................................... 228 9.14 AVALIAÇÃO DE PLANOS E PROJETOS EXISTENTES OU EM EXECUÇÃO.................... 233 10 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................................................ 235 10.1 AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE E QUALIDADE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO..... ................................................................................................................................ 238 10.2 DESCRIÇÃO DA SEGREGAÇÃO, ACONDICIONAMENTO, COLETA, TRANSPORTE, SERVIÇO PÚBLICO DE LIMPEZA URBANA E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO. .................................................................................................................................... 241 10.2.1 SEGREGAÇÃO ........................................................................................................................... 245 10.2.2 ACONDICIONAMENTO............................................................................................................... 245 10.2.3 COLETA DOS RESÍDUOS .......................................................................................................... 248 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 10.2.3.1 COLETA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS......................................................................... 248 10.2.3.2 COLETA DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE SÉPTICOS .............................................. 250 10.2.4 SERVIÇO PÚBLICO DE LIMPEZA URBANA................................................................................ 250 10.2.5 DESTINAÇÃO FINAL .................................................................................................................. 253 10.2.5.1 DESTINAÇÃO FINAL ATUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................ 253 10.2.5.2 DESTINAÇÃO FINAL FUTURA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ......................................... 256 10.2.5.3 RESÍDUOS SERVIÇOS SAÚDE .................................................................................................. 257 10.3 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS ALTERADAS, COM RISCO DE POLUIÇÃO E/OU CONTAMINAÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS. ..............................................................................258 10.4 IDENTIFICAÇÃO DE LACUNAS NO ATENDIMENTO NO SISTEMA DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA ..................................................................................260 10.5 ANÁLISE CRÍTICA DOS SISTEMAS DE MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA EXISTENTES ..................................................................................................................260 10.6 IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO LOCAL DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO ..............................................................................................................262 10.6.1.1 ATERRO CONTROLADO MUNICIPAL ........................................................................................ 263 10.6.1.2 ATERRO SANITÁRIO DA EMPRESA SERRANA ENGENHARIA (DESTINAÇÃO FINAL FUTURA)...... ................................................................................................................................................. 266 10.7 CARACTERIZAÇÃO DO LIXO PARA FINS DE RECICLAGEM ..........................................271 10.8 IDENTIFICAÇÃO DA FORMA DA COLETA SELETIVA ......................................................273 10.9 AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO, COMPLEMENTARIDADE OU COMPARTILHAMENTO DE CADA UM DOS SERVIÇOS COM OS SERVIÇOS DOS MUNICÍPIOS VIZINHOS. .........................275 11 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS DE AÇÃO ................................... 277 11.1 A SISTEMÁTICA CDP ........................................................................................................277 11.1.1 DETERMINAÇÃO DOS ELEMENTOS PARA NOTAÇÃO GRÁFICA (CDP) ................................... 279 11.2 ELABORAÇÃO DOS QUADROS E MAPAS CDP ...............................................................280 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 281 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICOANEXO A – ANÁLISES DE ÁGUA .................................................................................... 287 APÊNDICE A: MAPAS DE DRENAGEM ........................................................................... 293 APÊNDICE B: OS QUADROS DE CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES PARA O MUNICÍPIO DE URUBICI .................................................. 309 APÊNDICE C – DESCRIÇÃO DA LEGENDA DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS DE AÇÃO E OS MAPAS DE CONDICIONANTES, DEFICIÊNCIAS E POTENCIALIDADES ................. 331 25 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO APRESENTAÇÃO Conforme exigência prevista no Artigo 9°, Parágrafo I, da Lei Federal n°11.445, de 05 de janeiro de 2007, que “estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico”, fica o Município de Urubici obrigado a elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Tal Plano será um requisito prévio para que o município possa ter acesso aos recursos públicos não onerosos e onerosos para aplicação em ações de saneamento ambiental. O Plano abrange os serviços relativos a abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, como também, drenagem e manejo de águas pluviais. Em atendimento as atividades contratuais previstas no Termo de Referência (TDR) do Edital de Concorrência Pública N°0012/2009 da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), o Consórcio SOTEPA/IGUATEMI/AR apresenta neste trabalho o Volume III – Diagnóstico da situação do saneamento e de seus impactos nas condições de vida da população (Fase II). No desenvolvimento destes trabalhos o Consórcio considerou as diretrizes contidas no Termo de Referência, os procedimentos e recomendações da SDS e as sugestões oriundas do Grupo Executivo de Saneamento (GES) de Urubici e da comunidade participante das audiências públicas. 26 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 27 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 1 PRINCÍPIOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS 1.1 PRINCÍPIOS O saneamento é vital para a saúde, acentua o desenvolvimento social e é um bom investimento econômico, melhora a qualidade ambiental, deve ser acessível e constitui direito de todos os cidadãos do Planeta. Estas são as mensagens chave do “Ano Internacional do Saneamento” declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2008, com o propósito de fomentar as iniciativas ao redor do mundo, com vistas ao alcance das metas do milênio (Figura 1). Figura 1: Saneamento como direito público e social Fonte: BRASIL. Secretaria de Saneamento Ambiental, CONCIDADES, 2008. O saneamento básico é o conjunto dos serviços e instalações de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. 28 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO As ações de saneamento são consideradas preventivas para a saúde, quando garantem a qualidade da água de abastecimento, a coleta, o tratamento e a disposição adequada de dejetos humanos e resíduos sólidos. Elas também são necessárias para prevenir a poluição dos corpos de água e a ocorrência de enchentes e inundações. A partir de 2007, com a Lei n° 11.445 do Saneamento Básico, a prestação dos serviços públicos de saneamento básico deve observar uma série de condições que garanta o acesso de todos a serviços de qualidade e com continuidade. As obrigações e responsabilidades do poder público e dos prestadores de serviço estão claramente definidas, assim como os direitos da sociedade. Essa lei define a obrigatoriedade de todos os municípios na elaboração tanto da Política, como do Plano Municipal de Saneamento Básico. Entre seus princípios destacam-se: I - universalização do acesso; II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados; III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente; IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado; V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais; VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante; VII - eficiência e sustentabilidade econômica; 29 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas; IX - transparência das ações baseada em sistemas de informações e processos decisórios institucionalizados; X - controle social; XI - segurança, qualidade e regularidade; XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos. Planejar o saneamento básico é essencial para estabelecer a forma de atuação de todas as instituições e órgãos responsáveis, ressaltando a importância da participação da sociedade nas decisões sobre as prioridades de investimentos, a organização dos serviços, dentre outras. Assim, o PMSB é o instrumento onde são definidas as prioridades de investimentos, os objetivos e metas de forma a orientar a atuação dos prestadores de serviços, num trabalho conjunto poder público e sociedade civil. 1.2 ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DO PMSB O PMSB de Urubici tem como abrangência as seguintes áreas: a) Abastecimento de Água Potável que compreende as atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; b) Esgotamento Sanitário que compreende as atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; c) Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos que compreende as atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; e 30 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO d) Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas que compreende as atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões e cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. Além dessas áreas de abrangência, o PMSB como instrumento de política pública, deve ser construído a partir das relações entre saneamento, saúde pública e meio ambiente, envolvendo além das variáveis sanitárias, aspectos sociais, culturais e econômicos (Figura 2). Figura 2: Abrangência do saneamento integrado Fonte: BRASIL. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, 2008 1.3 DEFINIÇÃO DAS BASES CARTOGRÁFICAS O processo cartográfico teve início com a análise e escolha das bases a serem utilizadas no projeto, observando o que foi solicitado no Termo de Referência em termos de escala dos produtos requeridos. 31 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO O Termo de Referência especifica uma escala de1:50.000 ou 1:100.000 a nível municipal e 1:5.000 para o urbano. Com base nestes parâmetros tivemos acesso às seguintes bases: • Cartas topográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas escalas acima citadas a nível municipal; • Modelo Digital de Elevação do Estado em formato SRTM; • Material cedido pela Fundação de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (FATMA) contendo a hidrografia de todo o Estado, rede de transporte rodoviário e ferroviário estadual e divisas municipais; • O arquivo digital das Unidades Hidrográficas readequadas com os limites da Agência Nacional de Águas; • Levantamento de campo executado pela equipe de trabalho; • Imagens do satélite Cbers; • Imagens a nível municipal e urbano retiradas do Google Earth Pro. No decorrer do trabalho a cartografia oriunda do IBGE se mostrou inadequada (desatualizada) sendo descartada para este projeto. Do site oficial da Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) e do Centro de Informação de Recursos Ambientais e Hidrometereológico de Santa Catarina (CIRAM) foi baixado o modelo digital de elevação do estado para a geração de diversos produtos como, curvas de nível com espaçamento de 10 metros de toda a área do projeto, mapas de altimetria e mapas de declividade. Do material da FATMA foi utilizada a parte hidrográfica que serviu como base para a geração das APPs oficiais e nascentes, uma vez que os limites municipais 32 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO fornecidos foram gerados numa escala incompatível com a precisão requerida pelo projeto. A rede de transporte não foi utilizada por ser deficiente no que tange a precisão cartográfica e atualização. A malha ferroviária está sendo inserida nos mapas quando necessária, como elemento de cartografia básica. Foi realizado um trabalho de readequação dos limites municipais, onde o limite municipal é um rio, este segmento foi retificado pelo limite hidrográfico do material fornecido e quando se tratava de linha seca não foi alterado. Para as Unidades de Planejamento foram utilizadas as Unidades Hidrográficas definidas pela EPAGRI/SDS. Foi realizado levantamento de campo, executado com equipamento tipo GPS com locação de pontos significativos para o projeto e posterior processamento das informações em escritório. A utilização das imagens de satélite Cbers se mostrou incompatível com o projeto proposto, pois estas imagens não fornecem a resolução espacial necessária para contemplação dos dois níveis do projeto (municipal e urbano) e geraria um processo de retrabalho técnico significativo, pois, elas se encontram em datum diferente do requerido pelo projeto. Desta maneira optou-se pela aquisição das imagens publicadas no Google Earth, com a licença “Pro” onde foram capturadas em resolução compatível com o projeto, sendo, posteriormente, realizados processos de tratamento digital de imagens, como por exemplo, georeferenciamento e disponibilização das mesmas para o setor técnico trabalhar em cima de uma base raster confiável. Toda digitalização executada em software de CAD e SIG foi realizada tendo como pano de fundo estas imagens o que forneceu ao produto, escala e coordenada X,Y. 1.4 UNIDADES DE PLANEJAMENTO O material utilizado para definição das Unidades de Planejamento foi a base cartográfica disponibilizada pela EPAGRI na qual apresenta os Complexos Hidrográficos (CH) do Estado. O Mapa 01 apresenta os CH encontrados dentro do limite municipal de Urubici. As UPs foram definidas procurando respeitar os critérios de bacias hidrográficas que foram apresentadas e aprovadas na Oficina do 33 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Diagnóstico realizada com o Grupo Executivo de Saneamento (Mapa 02) e estão detalhadas com seus respectivos Complexos Hidrográficos e suas Comunidades no Quadro 1. UP CH Comunidades UP – UB01 Rio Vacariano, Arroio do Engano, Arroio do Sérgio e Arroio Bonito, Rio Capoeiras, Arroio Águas Brancas, Rio Invernador, Rio dos Bugres, Rio Augusto, Rio Baiano e Rio Urubici. Baiano, São Cristóvão, Riacho, Santo Antônio, Invernador, Rio dos Bugres, Águas Brancas, Cachimbo, Campestre, São Francisco, Rio do Engano, Consolação e Vacariano. UP – UB02 Rio Pessegueiro, Rio Lava Tudo, Rio Crioula, Rio Lajeado, Arroio Morro Grande e Rio Pericó. Jararaca, Rio Crioulas, Vacas Gordas, Toca Ruim, Lajeado Liso, Pericó, Pinhal e Bom Sucesso. UP – UB03 Canoas, Rio Santa Fé, Rio do Bispo e Rio Cachimbo. São José, São Pedro, Canudo e Morro da Igreja. Quadro 1: Unidades de Planejamento, Complexos Hidrográficos e Comunidades. Fonte: EPAGRI/SDS adaptado pelo Consórcio SOTEPA/IGUATEMI/AR. 34 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! RIO CANOAS Rio Urubici Rio Augusto Rio dos Bugres RIO VACARIANO Rio Urubici RIO SANTA FE RIO LAVA-TUDO RIO DO BISPO RIO PERICÓ Rio Crioula Rio Urubici RIO CACHIMBO RIO LAVA-TUDO Arroio Morro Grande Rio Capoeiras Rio Pessegueiro Rio Crioula ARROIO DO ENGANO Rio Lajeado Rio Crioula Rio Crioula ARROIO DO SERGIO E ARROIO BONITO Rio Baiano ARROIO AGUAS BRANCAS Rio Baiano Rio Invernador RIO LAVA-TUDO Rio Crioula Rio Pessegueiro RIO LAVA-TUDO Rio Canoas R io La va -tu do Rio U rubuci Rio Pericó R io Crioulo Ri o Pe ss egu eir o Rio Farrapos Ri o d o B isp o Rio In ve rn ad or Ar ro io B on ito Ri o Ja rar aca Rio Morro Grande Rio Sa nta F é A rr oi o d o S erg io Ri o Ca ch im b o Ri o C am bu im Rio Lava Tudo A rr oi o F u ni l Rio Baiano Arr oi o Ág ua s Br an ca s R io V ac ar ian o R io Lajeado Liso R io d os B ugr e s Rio da Ba rra Ar ro io P ane lão A rr oi o da Caç a Arroio do Co rre ia Arr oio do E ngano C órrego Cachoeira Rio Urubici Ar ro io d a In ve rn ad a Ri o M or ro A zu l Arroio Comprido R io C ap oe ir as Arroio da Cobra Ar ro io F irm in io A rr oi o da C ap iv ar as R io G ar ga nti lha Ar ro io Ca mp o d e B aix o R io A ug us to W ar m lin g A rroio R ancho A legre R i o C ac hi m bo R io C anoas R io do s B ug res Ri o Sa nt a Fé R io do s Bu gres Rio Lava Tudo Rio M orro A zul Rio Cap oeiras R io Can oas Ri o U ru bu ci Rio d os B ug res Rio Lav a T ud o A rr oi o Fu ni l Ri o Ca no as Arroio da Caça Rio Ca po eir as RIO RUFINO GRAO PARA ORLEANS SAO JOAQUIM BOM RETIRO URUPEMA RIO FORTUNA ANITAPOLIS SANTA ROSA DE LIMA BOCAINA DO SUL PAINEL Riacho Canudo Baiano Pinhal São José Cachimbo Jararaca Vacariano Campestre São Pedro Toca Ruim Consolação Invernador Bom Sucesso Vacas Gordas Rio Crioulas Lajeado Liso São Francisco Rio do Engano Águas Brancas Santo Antônio São Cristovão Rio dos Bugres Santa Terezinha Morro da Igreja 620000 620000 630000 630000 640000 640000 650000 650000 660000 660000 68 82 00 0 68 82 00 0 68 89 00 0 68 89 00 0 68 96 00 0 68 96 00 0 69 03 00 0 69 03 00 0 69 10 00 0 69 10 00 0 ESCALA: 1:50.000 DATA: Julho/2010 CARTOGRAFIA: MAPA: PROJETO: MAPA PMSB - PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO - URUBICI SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL Mapa Municipal de Complexos Hidrográficos ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS: - PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM. - DATUM VERTICAL: IMBITUBA-SC - DATUM HORIZONTAL: SAD-69 1 ESCALA GRÁFICA . 0 1 2 3 40,5 km ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! UP-UB01 UP-UB02 UP-UB03 Rio Canoas R io La va -tu do Rio U rubuci Rio Pericó R io Crioulo Ri o Pe ss egu eir o Rio Farrapos Ri o d o B isp o Rio Inv ern ad or Ar ro io B on ito Ri o Ja rar aca Rio MorroGrande Rio Sa nta F é A rr oi o d o S erg io Ri o Ca ch im b o Ri o C am bu im Rio Lava Tudo A rr oi o F u ni l Rio Baiano Arroi o Á gu as B ra nc as R io V ac ar ian o R io Lajeado Liso R io d os B ugr e s Rio da Ba rra Ar ro io P ane lão A rr oi o da Caç a Arroio do Co rre ia Arr oio do E ngano C órrego Cachoeira Rio Urubici Ar ro io d a In ve rn ad a Ri o M or ro A zu l Arroio Comprido R io C ap oe ir as Arroio da Cobra Ar ro io F irm in io A rr oi o da C ap iv ar as R io G ar ga nti lha Ar ro io Ca mp o d e B aix o R io A ug us to W ar m lin g A rroio R ancho A legre R i o C ac hi m bo R io C anoas R io do s B ug res Ri o Sa nt a Fé R io do s Bu gres Rio Lava Tudo Rio M orro A zul Rio Cap oeiras R io Can oas Ri o U ru bu ci Rio d os B ug res Rio Lav a T ud o A rr oi o Fu ni l R io C an oa s Arroio da Caça Rio Ca po eir as RIO RUFINO GRAO PARA ORLEANS SAO JOAQUIM BOM RETIRO URUPEMA RIO FORTUNA ANITAPOLIS SANTA ROSA DE LIMA BOCAINA DO SUL PAINEL Riacho Canudo Baiano Pinhal São José Cachimbo Jararaca Vacariano Campestre São Pedro Toca Ruim Consolação Invernador Bom Sucesso Vacas Gordas Rio Crioulas Lajeado Liso São Francisco Rio do Engano Águas Brancas Santo Antônio São Cristovão Rio dos Bugres Santa Terezinha Morro da Igreja 620000 620000 630000 630000 640000 640000 650000 650000 660000 660000 68 82 00 0 68 82 00 0 68 89 00 0 68 89 00 0 68 96 00 0 68 96 00 0 69 03 00 0 69 03 00 0 69 10 00 0 69 10 00 0 ESCALA: 1:50.000 DATA: Julho/2010 CARTOGRAFIA: MAPA: PROJETO: MAPA PMSB - PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO - URUBICI SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL Mapa Municipal das Unidades de Planejamento ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS: - PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM. - DATUM VERTICAL: IMBITUBA-SC - DATUM HORIZONTAL: SAD-69 2 ESCALA GRÁFICA . 0 1 2 3 40,5 km 39 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 2 DIAGNÓSTICO SOCIO-ECONÔMICO E AMBIENTAL 2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL O Município de Urubici está localizado na Serra Catarinense, na Mesorregião Serrana e na Microrregião Geográfica dos Campos de Lages, segundo regionalização do IBGE. Com o advento da Lei Complementar nº. 243, de 31 de janeiro de 2003 (SANTA CATARINA, 2003) passou a fazer parte da área de atuação da Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Joaquim. Esta Secretaria é composta de seis municípios, com uma área territorial de 5.529,70 km2, que corresponde a 5,80% do território catarinense e conta com uma população de 54.020 habitantes (IBGE, 2009) conforme Figura 3 e Tabela 1. Esses municípios fazem parte da Associação de Municípios da Região Serrana (AMURES), cuja sede localiza-se em Lages. A miscigenação racial está presente na região, como resultado de diferentes correntes migratórias que povoaram a região. A herança cultural se mistura às riquezas naturais. Os primeiros habitantes foram índios Carijós e Xoklengs seguido da migração européia. A chegada dos descendentes de europeus deu-se com luso- brasileiros, vicentistas e açorianos que ocuparam inicialmente a faixa litorânea e no século XVIII chegaram ao planalto. Já, no século XIX, chegaram italianos, germânicos, poloneses e outras etnias. (BARION, 2007). O setor econômico regional predominante é a agropecuária que responde por mais de 58,37% do Valor Adicionado Fiscal (SANTA CATARINA, 2003); seguido pelo setor serviços que representa 32,89% e a indústria com 8,74%. Na agricultura destaca-se a fruticultura de clima temperado, a pecuária de corte e a silvicultura com o reflorestamento com Pinus, numa região caracterizada pela presença de grandes propriedades rurais. A atividade industrial está concentrada na produção de alimentos, madeira e mobiliário. 40 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Estudos realizados em 2003 pelo Governo do Estado, com apoio do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola do Estado de Santa Catarina (CEPA) sobre a exclusão social, detectaram que 24,7% da população desta SDR têm renda insuficiente e que deste montante 27,7% vivem no meio rural. Já, 55,1% da população total são considerados pobres, 1 dos quais 61,4% vivem no campo. Figura 3: Localização de Urubici na SDR de São Joaquim Fonte: SANTA CATARINA, 2010. Tabela 1: Evolução populacional nos Municípios da SDR de São Joaquim Municípios 1970 1980 1991 2000 2009 Bom Jardim da Serra 6.500 6.413 4.153 4.079 4.383 Bom Retiro 7.782 7.946 7.253 7.967 8.594 Rio Rufino - - - 2.414 2.518 São Joaquim 26.640 23.624 22.295 22.836 25.122 Urubici 12.539 12.257 11.506 10.252 10.825 Urupema - - 2.474 2.527 2.578 Total 53.461 50.240 47.681 50.075 54.020 Fonte: BRASIL. IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000 e Estimativa da População para 2009 1 Pessoas com renda insuficiente são aquelas com renda mensal igual ou menor que R$ 90,00 e pobres, as com renda igual ou menor que R$ 180,00. (CEPA, 2003) 41 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO O Município de Urubici possui uma área oficial de 1.019 km² e segundo estimativa do IBGE para 2009 apresenta uma população de 10.825 habitantes, e uma densidade demográfica estimada de 10,62 habitantes km². A sede municipal situa-se a 28º00’54’’ de latitude Sul e a 49º35’30’’ de longitude Oeste e a uma altitude de 915 metros do nível do mar, distando 167 quilômetros da capital do Estado, Florianópolis. (SANTA CATARINA, 2010). Limita-se ao norte com Bom Retiro, ao leste com Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna e Grão Pará, ao sul com Orleans, Bom Jardim da Serra e São Joaquim, e ao oeste com Urupema e Rio Rufino (Figura 4). As principais vias de acesso ao município de Urubici são através da rodovia BR- 282 na altura do km 132, próximo a Bom Retiro entrando pela SC-430, numa extensão de 24 km, ou pelo Sul do estado, através da Serra do Corvo Branco, pela SC- 439. No município são encontradas as seguintes comunidades: Quinze Dias, Altos de Baixo, Capivaras, São José, Altos do Meio, Altos da Boa Vista, Lageadinho, Várzea, Tijucas e São Bento. (URUBICI, 2010). 42 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Figura 4: Localização do Município de Urubici no Brasil e no Estado de Santa Catarina Fonte: Consórcio SOTEPA/IGUATEMI/AR, 2010. 43 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 2.1.1 Breve histórico O Povoamento de Urubici no Planalto de Lages formou-se nas cabeceiras do Rio Canoas, onde aflui o Rio Urubici, do qual tomou o nome. Por ali beirava a estrada aberta entre a Capital da Capitania de SC, margeando o Rio Maruim que seguia em direção a Lages em 1790. A população de origem luso-brasileira somente se adensou a partir de 1889, notadamente pela volta de 1915. A partir desta data ocorrem as incursões realizadas por Manoel Saturnino de Souza e Oliveira, Hipólito da Silva Matos, José Saturnino de Oliveira, José Gaspar Fernandes (foi nomeado agente fiscal de Urubici que nesse cargo permaneceu até 1922), Manoel Silveira de Azevedo, Policarpo de Souza de Oliveira, dando início ao cultivo das terras da região (PAULI, 1997). Em 1922 pela lei municipal n°.158, de 15 de julho de 1922, Urubici foi elevado à categoria de Distrito do município de São Joaquim e sua instalação ocorreu em 28 de janeiro de 1923. Sua área territorial desmembrou-se do Município de São Joaquim e foi elevado à categoria de Município em 06 de dezembro de 1956 pela lei n°. 274 e sua instalação ocorreu em 03 de fevereiro de 1957 (PAULI, 1997). 2.1.1.1 Identificação e caracterização dos padrões culturais Os municípios da região serrana catarinense apresentam características e padrões culturais que guardamsemelhança com os municípios vizinhos do Rio Grande do Sul. As principais vertentes de colonização na região são a alemã e a italiana, cujos imigrantes haviam se estabelecido no Rio Grande do Sul e em outras regiões de Santa Catarina que migraram dessas antigas colônias para a Serra Catarinense. Muitos desses migrantes fixaram suas residências também em Urubici em da busca de novas oportunidades de trabalho e investimento (Figura 5). 44 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Figura 5: Origem da ocupação catarinense Fonte: Atlas de Santa Catarina, 2008. A cultura gaúcha é marcante na região, onde seus moradores realizam festas baseadas no churrasco e pinhão, bem como outras atividades como rodeios e ginetiadas. 2.2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL 2.2.1 Clima Para se definir o clima de uma região devemos considerar a atuação de seus fatores: “radiação solar, latitude, continentalidade, maritimidade, massas de ar e correntes oceânicas. Tais fatores condicionam os elementos climáticos: temperatura, precipitação, umidade do ar e pressão atmosférica” (SANTA CATARINA, 1986, p. 38). Urubici 45 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Segundo a classificação climática de Köeppen, o Município de Urubici está situado em uma área de domínio do clima Cfb, mesotérmico úmido, com verão ameno e inverno com fortes geadas e até nevascas, cuja temperatura mínima pode chegar a - 12°C (EPAGRI, 2007). A Figura 6 mostra como os domínios climáticos de Köeppen estão configurados no território catarinense: Cfa está presente no Oeste, Vale do Uruguai, parte do Vale do Itajaí e Litoral e o Cfb no Planalto e áreas de maiores altitudes, onde está situado o Município de Urubici. Figura 6:Classificação climática segundo Koeppen. Fonte: EPAGRI, 2007 Este Município e os demais municípios da SDR de São Joaquim estão localizados na região mais fria do Estado. Este clima frio reflete-se diretamente na economia da região condicionando tanto os principais cultivos da terra, como o desenvolvimento de serviços relacionados com a atividade turística relacionado ao frio, principalmente quanto à possibilidade de neve. 2.2.2 Geologia e Pedologia Geologicamente, as formações encontradas no Município são: Serra Geral, Formação Botucatu e Formação Rio do Rastro . Urubici 46 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO A Formação Serra Geral é “constituída por uma seqüência vulcânica, compreendendo desde rochas de composição básica até rochas com elevado teor de silíca e baixos teores de ferro e magnésio” (EMPRAPA, 1998, p.13). Já, a Formação Botucatu é formada por arenitos eólicos, finos a médios, avermelhados, com estratificação cruzada. As rochas estão assentadas de forma irregular sobre as da Formação Rio do Rastro, e estão recobertas de forma acidentada pelas lavas de Formação Serra Geral (EMBRAPA,1998) e a Formação Rio do Rastro apresenta na porção superior variações de leitos de arenitos, siltitos e folhelhos avermelhados e arroxeados. “Sua porção inferior é constituída de siltitos cinza-esverdeados entremeados por finas camadas de calcário e chert” (EMBRAPA, 1998, p. 12). A Formação Serra Geral é constituída por uma seqüência vulcânica, com rochas que variam desde alto teor de sílica e baixos teores de ferro e magnésio. No município de Urubici encontram-se as rochas de natureza ácida com coloração cinza, de textura afanítica e granulação fina, como os riolitos, riodacito-felsíticos e dacitos (EMBRAPA, 1998). Os tipos de solo encontrados no Município são do tipo Cambissolos e Latossolos, profundos, bem drenados, alcalinos de fertilidade média baixa e pedregosidade reduzida. (Figura 7), segundo Prates et al (1989). 47 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Figura 7: Tipos de solo presentes no município de Urubici. Fonte: Consórcio SOTEPA/IGUATEMI 48 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 49 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 2.2.3 Geomorfologia e relevo Na geomorfologia do Estado de Santa Catarina foram identificados quatro domínios morfoestruturais, sete regiões geomorfológicas e treze unidades geomorfológicas, (EMBRAPA, 1998) conforme o Quadro 2. DOMÍNIO GEOMORFOLÓGICO REGIÕES GEOMORFOLÓGICAS UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS Depósitos sedimentares Planícies Costeiras Planícies Litorâneas Planície Coluvio Aluvionar Bacias e Coberturas Sedimentares Planalto das Araucárias Planalto dos Campos Gerais Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai Patamares da Serra Geral Serra Geral Depressão Sudeste Catarinense Depressão da Zona Carbonífera Catarinense Planalto Centro Oriental de Santa Catarina Patamares do Alto Rio Itajaí Planalto de Lages Patamar Oriental Bacia do Paraná Patamar de Mafra Faixa de Dobramentos Remobilizados Escarpas e Reversos da Serra do Mar Serra do Mar Planalto de São Bento do Sul Embasamento Estilos Complexos Serras do Leste Catarinense Serras do Tabuleiro/Itajaí Quadro 2: Levantamento Geomorfológico de Santa Catarina Fonte: EMBRAPA (1998, p.15). As características geomorfológicas do município são relativas a constituição do Planalto dos Campos Gerais, Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai e dos Patamares da Serra Geral (Figura 8). 50 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Figura 8: Geomorfologia do Estado de Santa Catarina Fonte: SANTA CATARINA, 2008. O Planalto dos Campos Gerais encontra-se distribuído em blocos de relevos isolados pela unidade geomorfológica Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai. Essa Unidade pertence à Região Geomorfológica Planalto das Araucárias, com relevo muito dissecado, vales profundos e encostas, pertencentes a maior unidade do relevo catarinense, a Basáltica Mesozóica que é constituída pela subunidade Planalto Ocidental ou Arenito-Basalto, que ocupa cerca de 50% do estado (PRATES, 1989). Embora o relevo tenha condicionado a rarefação demográfica no Município em razâo das formações geomorfológicas das Escarpas da Serra Geral, contribuiu contudo, para o turismo, definindo uma paisagem peculiar na região com a característica mudança abrupta da vegetação de Campos Naturais e Matas Nebulares para Floresta Ombrófila Mista do Sul do Brasil com a Floresta Densa das planícies Atlânticas. (BARION, 2007). Urubici 51 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 2.2.4 Recursos hídricos A hidrografia do Estado de Santa Catarina foi subdividida em 10 Regiões Hidrográficas (RH) para planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos, de acordo com a Lei Estadual n˚. 10.949, de 9 de novembro de 1998 (Figura 9). Figura 9: Divisão das Regiões Hidrográficas do Estado de Santa Catarina. Fonte: SANTA CATARINA, 2010. O território do Município de Urubici pertence a Região Hidrográfica (RH-4) – Planalto de Lages – maior região hidrográfica do Estado composta pelas bacias hidrográficas dos Rios Canoas e Pelotas, com uma área de 22.787 km². (SANTA CATARINA, 1997). O município de Urubici tem 69% de seu território inserido na Bacia do Rio Canoas e 31% na Bacia do Rio Pelotas (SANTA CATARINA, 1997). No município localiza-se a Estação Fluviométrica do rio Pelotas, comandada pelo Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE). Na área territorial de Urubici encontram-se as microbacias: Baixo Canoas, Rio Engano, Rio Bonito, Rio Urubici, Médio Canoas e Santa Tereza. Urubici 52 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO O Governo do Estado através do Programa Microbacias 2 selecionou estas microbacias para desenvolvimento de ações e projetos voltados à recuperação ambiental dos recursos naturais e geração de renda para melhoria dos seus habitantes. (EPAGRI, 2008). 2.2.5 Vegetação A cobertura vegetal é composta