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20201023_10625_Aula+9+-+Ciência,+tecnologia+e+comunicação+social

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Direito Constitucional
Ciência, tecnologia, inovação e comunicação social
Para fins de pesquisa e desenvolvimento científico a CF permite a cooperação de entes públicos com entes privados
VERDADEIRO
FALSO
Para fins de pesquisa e desenvolvimento científico a CF permite a cooperação de entes públicos com entes privados
VERDADEIRO
FALSO
Veículo impresso de comunicação precisa de licença para atuar
VERDADEIRO
FALSO
Veículo impresso de comunicação precisa de licença para atuar
VERDADEIRO
FALSO
Estrangeiro pode livremente ser proprietário de empresa jornalística 
VERDADEIRO
FALSO
Estrangeiro pode livremente ser proprietário de empresa jornalística 
VERDADEIRO
FALSO
Ciência, tecnologia e inovação
“Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação.”
Atualmente quem desempenha/coordena essas funções é o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Promover: deve ser lido no sentido de que o Estado, por si, vai realizar tarefas relativas à ciência, tecnologia e inovação, em especial por intermédio das Universidades, instituições de educação tecnológica e institutos de pesquisa.
Ciência, tecnologia e inovação
Incentivar: significa que o Estado deve estimular a produção científica, pesquisa, capacitação científica e tecnológica, inovação, podendo fazer isso mediante o estabelecimento de incentivos, inclusive para entes privados.
O termo "ciência", enquanto atividade individual, faz parte do catálogo dos direitos fundamentais da pessoa humana (inciso IX do art. 5º da CF). Liberdade de expressão que se afigura como clássico direito constitucional-civil ou genuíno direito de personalidade. (...). A regra de que "O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas" (art. 218, caput) é de logo complementada com o preceito (§ 1º do mesmo art. 218) que autoriza a edição de normas como a constante do art. 5º da Lei de Biossegurança. A compatibilização da liberdade de expressão científica com os deveres estatais de propulsão das ciências que sirvam à melhoria das condições de vida para todos os indivíduos. Assegurada, sempre, a dignidade da pessoa humana, a CF dota o bloco normativo posto no art. 5º da Lei 11.105/2005 do necessário fundamento para dele afastar qualquer invalidade jurídica (ministra Cármen Lúcia). [ADI 3.510, rel. min. Ayres Britto, j. 29-5-2008, P, DJE de 28-5-2010.]
Ciência, tecnologia e inovação
Tanto a pesquisa básica como tecnológica receberão tratamento privilegiado do Estado, bem como que há indicação constitucional para que a pesquisa seja voltada à solução de problemas brasileiros.
A lei deverá apoiar e estimular as empresas que invistam em pesquisa e criação de tecnologia adequada ao País.
Para tal apoio e incentivo a CF autoriza a excepcionalidade ao art. 167, IV, autorizando Estados e DF a vincular parcela de seu orçamento a entidades públicas de fomento ao ensino e pesquisa científica.
Ciência, tecnologia e inovação
Dispositivo da Constituição estadual que, ao destinar 2% da receita tributária do Estado de Mato Grosso à mencionada entidade de fomento científico, o fez nos limites do art. 218, § 5º, da Carta da República, o que evidencia a improcedência da ação nesse ponto. [ADI 550, rel. min. Ilmar Galvão, j. 29-8-2002, P, DJ de 18-10-2002.] = ADI 336, rel. min. Eros Grau, j. 10-2-2010, P, DJE de 17-9-2010.
Ciência, tecnologia e inovação
“Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.”
Essa previsão demonstra que, se o mercado interno integra o patrimônio nacional, isso significa que a ideia do liberalismo clássico resta afastado e demonstra preocupação com uma concepção social do mercado.
Ciência, tecnologia e inovação
“Art. 219-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão firmar instrumentos de cooperação com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o compartilhamento de recursos humanos especializados e capacidade instalada, para a execução de projetos de pesquisa, de desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, mediante contrapartida financeira ou não financeira assumida pelo ente beneficiário, na forma da lei.”
Diferença entre colaboração e cooperação:
Ciência, tecnologia e inovação
Cooperação: os entes públicos poderão firmar instrumentos de cooperação com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o compartilhamento de recursos humanos especializados e capacidade instalada, para a execução de projetos de pesquisa, de desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, mediante contrapartida financeira ou não, assumida pelo ente beneficiário, na forma da lei.
Colaboração: o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação será organizado em regime de colaboração entre entes, tanto públicos quanto privados, com vistas a promover o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação.
Comunicação social
“Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.”
Essa previsão vem reforçar o contido no art. 5º, IX, que garante a liberdade de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independente de censura ou licença.
Comunicação social
Qualquer meio de comunicação está abrangido pela proteção, seja por sons, imagens, impressos, gestos, etc.
Obviamente que tal liberdade é limitada por outros valores constitucionais. Não existe direito supremo.
A liberdade religiosa não é exercível apenas em privado, mas também no espaço público, e inclui o direito de tentar convencer os outros, por meio do ensinamento, a mudar de religião. O discurso proselitista é, pois, inerente à liberdade de expressão religiosa. (...) O artigo 220 da Constituição Federal expressamente consagra a liberdade de expressão sob qualquer forma, processo ou veículo, hipótese que inclui o serviço de radiodifusão comunitária. Viola a Constituição Federal a proibição de veiculação de discurso proselitista em serviço de radiodifusão comunitária. [ADI 2.566, rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 16-5-2018, P, DJE de 23-10-2018.]
Comunicação social
O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. Isso implica, logicamente, que a interpretação do art. 5º, XIII, da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º, IV, IX, XIV, e do art. 220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de informação e de comunicação em geral. (...) No campo da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às qualificações profissionais. O art. 5º, IV, IX, XIV, e o art. 220 não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das liberdades de expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, IX, da Constituição. A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística levaà conclusão de que não pode o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as liberdades de expressão e de informação. Jurisprudência do STF: Rp 930, rel. p/ o ac. min. Rodrigues Alckmin, DJ de 2-9-1977. [RE 511.961, rel. min. Gilmar Mendes, j. 17-6-2009, P, DJE de 13-11-2009.]
Comunicação social
Princípios orientadores da comunicação:
a) Inexistência de restrição: só pode haver limitação à liberdade de manifestação caso exista previsão constitucional para tanto;
b) Liberdade de informação jornalística: lei não pode instituir embaraço a tal liberdade.
Comunicação social
Muito embora a manifestação do pensamento seja livre, pode o Estado regular, por exemplo, diversões públicas, estabelecer horários para exibição de programas, etc.
Não se compreende, no rol de competências comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ut art. 23 da CF, a matéria concernente à disciplina de "diversões e espetáculos públicos", que, a teor do art. 220, § 3º, I, do Diploma Maior, compete à lei federal regular, estipulando-se, na mesma norma, que "caberá ao poder público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada". (...) Ao Município fica reservada a competência, ut art. 30, I, da Lei Maior, para exercer poder de polícia quanto às diversões públicas, no que concerne à localização e autorização de funcionamento de estabelecimentos que se destinem a esse fim. [RE 169.247, rel. min. Néri da Silveira, j. 8-4-2002, 2ª T, DJ de 1º-8-2003.]
Comunicação social
A própria Constituição da República delineou as regras de sopesamento entre os valores da liberdade de expressão dos meios de comunicação e da proteção da criança e do adolescente. Apesar da garantia constitucional da liberdade de expressão, livre de censura ou licença, a própria Carta de 1988 conferiu à União, com exclusividade, no art. 21, XVI, o desempenho da atividade material de "exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão". (...) É o sistema de classificação indicativa esse ponto de equilíbrio tênue, e ao mesmo tempo tenso, adotado pela Carta da República para compatibilizar esses dois axiomas, velando pela integridade das crianças e dos adolescentes sem deixar de lado a preocupação com a garantia da liberdade de expressão. A classificação dos produtos audiovisuais busca esclarecer, informar, indicar aos pais a existência de conteúdo inadequado para as crianças e os adolescentes. O exercício da liberdade de programação pelas emissoras impede que a exibição de determinado espetáculo dependa de ação estatal prévia.(...) Não há horário autorizado, mas horário recomendado. Esse caráter autorizativo, vinculativo e compulsório conferido pela norma questionada ao sistema de classificação, data venia, não se harmoniza com os arts. 5º, IX; 21, XVI; e 220, § 3º, I, da Constituição da República. Permanece o dever das emissoras de rádio e de televisão de exibir ao público o aviso de classificação etária, antes e no decorrer da veiculação do conteúdo, regra essa prevista no parágrafo único do art. 76 do ECA, sendo seu descumprimento tipificado como infração administrativa pelo art. 254, ora questionado (não sendo essa parte objeto de impugnação). Essa, sim, é uma importante área de atuação do Estado. É importante que se faça, portanto, um apelo aos órgãos competentes para que reforcem a necessidade de exibição destacada da informação sobre a faixa etária especificada, no início e durante a exibição da programação, e em intervalos de tempo não muito distantes (a cada quinze minutos, por exemplo), inclusive, quanto às chamadas da programação, de forma que as crianças e os adolescentes não sejam estimulados a assistir a programas inadequados para sua faixa etária. (...). Ação direta julgada procedente, com a declaração de inconstitucionalidade da expressão "em horário diverso do autorizado" contida no art. 254 da Lei 8.069/1990. [ADI 2.404, rel. min. Dias Toffoli, j. 31-8-2016, P, DJE de 1º-8-2017.]
Comunicação social
No que tange à propaganda de tabaco, álcool, agrotóxicos, medicamentos e terapias ela está sujeita a restrições legais.
Os veículos de comunicação não podem ser objeto de monopólio ou oligopólio justamente para garantir a multiplicidade de agentes de informação, acesso mais igualitário à informação e, obviamente, a apresentação de posições diferentes sobre o mesmo tema.
A plena liberdade de imprensa é um patrimônio imaterial que corresponde ao mais eloquente atestado de evolução político-cultural de todo um povo. (...) Assim visualizada como verdadeira irmã siamesa da democracia, a imprensa passa a desfrutar de uma liberdade de atuação ainda maior que a liberdade de pensamento, de informação e de expressão dos indivíduos em si mesmos considerados. O § 5º do art. 220 apresenta-se como norma constitucional de concretização de um pluralismo finalmente compreendido como fundamento das sociedades autenticamente democráticas; isto é, o pluralismo como a virtude democrática da respeitosa convivência dos contrários. A imprensa livre é, ela mesma, plural, devido a que são constitucionalmente proibidas a oligopolização e a monopolização do setor (§ 5º do art. 220 da CF). A proibição do monopólio e do oligopólio como novo e autônomo fator de contenção de abusos do chamado "poder social da imprensa". [ADPF 130, rel. min. Ayres Britto, j. 30-4-2009, P, DJE de 6-11-2009.]
Comunicação social
Há garantia constitucional de que a publicação de veículo de publicação impresso independe de licença da autoridade.
“Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.” 
Comunicação social
“Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.” 
Em qualquer hipótese, 70% do capital dessas empresas devem pertencer a brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos que obrigatoriamente serão os gestores e responsáveis pela programação.
Comunicação social
É permitida a participação de capital estrangeiro nesse tipo de empresa. A lei 10.610/2002 é quem rege.
Essa lei dispõe que o estrangeiro ou brasileiro naturalizado há menos de 10 anos podem participar com, no máximo, 30% do capital total e votante da empresa e somente pode atuar por pessoa jurídica constituída sob a forma da lei brasileira.
Em verdade isso veio para atender à necessidade de capitalização das empresas...
Comunicação social
Qualquer alteração de controle acionário das empresas de radiofusão deve ser comunicado ao Congresso Nacional.
A outorga e renovação de concessão, permissão e autorização para o serviço de radiofusão sonora e de sons e imagens é de competência do Poder Executivo.
Um pouco de direito administrativo:
Comunicação social
Concessão: feita mediante contrato administrativo, delegado pelo Presidente da República em nome da União a uma determinada pessoa jurídica que executará o serviço por sua conta e risco, por prazo determinado.
Permissão: também feita mediante contrato, com caráter precário, onde o Presidente da República outorga a pessoa física ou jurídica o serviço de radiofusão, nesse caso, limitado ao serviço de radioamador e que não visem a objetivo pecuniário.
Autorização: é ato unilateral e precário pelo qual o Presidente daRepública outorga os serviços de radiofusão de caráter local.
Comunicação social
O prazo da concessão e da permissão para emissoras de rádio é de 10 anos e para televisão é de 15 anos, podendo ser renovado desde que cumpridos os requisitos legais.
Já a permissão, por ser ato precário, pode ser cancelada unilateralmente a qualquer tempo.
Para que não ocorra renovação deve haver aprovação de, no mínimo, 2/5 do Congresso Nacional.
ARTIGO DE 1 MINUTO

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