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Odontologia do Trabalho

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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FEIRA DE SANTANA 
Ana Paula Oliveira, Marianna Oliveira,
Marla Sobral, Rafaela Teles, Sande Ribeiro da Silva Monteiro
Vanderlam Souza.
 
ABSENTEÍSMO
Feira de Santana-BA
2020
Ana Paula Oliveira, Marianna Oliveira,
Marla Sobral, Rafaela Teles, Sande Ribeiro da Silva Monteiro
Vanderlam Souza.
ABSENTEÍSMO
Trabalho apresentado à Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana-BA, como requisito de avaliação do curso de Odontologia, da disciplina de Odontologia do Trabalho, coordenado pelo Prof. Dr. Rodolfo Pimenta e Profª. Dra. Eliete Dominguez. 
Feira de Santana-BA
2020
Introdução
De acordo com Ferreira (1999), a palavra “absenteísmo” é originária do francês (absentéisme) e significa falta de assiduidade ao trabalho ou a outras obrigações sociais. Inicialmente a palavra “absentismo” era utilizada para designar os proprietários rurais que abandonavam o campo para viver na cidade, sendo que, com o advento da revolução industrial, este termo passou a ser aplicado aos trabalhadores que faltavam ao serviço (ROCHA, 1981). 
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 1989), absenteísmo é considerado como “o período de ausência laboral que se aceita como atribuível a uma incapacidade do indivíduo, exceção feita para aquela derivada de gravidez normal ou prisão”. 
No atual contexto econômico de competitividade, o absenteísmo é um motivo de interesse crescente, pois quanto menor for sua ocorrência, maior será a capacidade das empresas de aumentarem sua rentabilidade e conseguirem um crescimento sustentado (Muñoz, 1997).
O absenteísmo pode ser compreendido como ausência ao trabalho por alguma razão: doenças, acidentes de trabalho, direitos legais como, por exemplo, doação de sangue, participação em júris ou eleições e licença maternidade, fatores sociais (como doença de parentes, por exemplo), fatores culturais extras ou intraorganizacionais como emendar feriados, legalização de uma falta gerada por outra motivação não relacionada à saúde, dentre outros, conforme afirma Stockmeier (2004).
As causas mais comuns de absenteísmo estão relacionadas a doenças comprovadas ou não comprovadas, também por motivos familiares, atraso involuntário, além de faltas por motivos pessoais e por dificuldades financeiras, problemas de transporte, falta de motivação, por chefia despreparada ou políticas inadequadas da organização (CHIAVENATO, 2002).
Midorikawa25 (2000) investigou a odontologia na saúde do trabalhador e apontou dois tipos de absenteísmo: o absenteísmo pela falta ao trabalho e o absenteísmo de corpo presente. O primeiro (absenteísmo tipo I) consiste na falta pura e simples do empregado ao trabalho, levando à perda de produção das horas não trabalhadas, portanto, mais fácil de ser mensurado. Já o segundo absenteísmo (tipo II) ocorre quando o trabalhador apresenta algum problema de saúde que impede seu total desempenho e produtividade, mesmo não faltando ao trabalho. Conforme Mazzilli24 (2007), o absenteísmo tipo II é responsável pelas principais causas de falta de produtividade nas empresas públicas e privadas, além de ser um importante fator de risco para acidentes de trabalho. Na economia competitiva atual, o interesse pelo absenteísmo é crescente, visto que quanto menor sua incidência, maior será a rentabilidade e o crescimento sustentável. Disfunções bucais podem ter consequências diretas sobre a produtividade dos trabalhadores, pois muitas doenças sistêmicas têm origem em problemas bucais. É importante avaliar os problemas bucais que podem atingir diretamente os trabalhadores, assim como estudar o impacto que eles podem ocasionar em sua qualidade de vida. (Loureiro CA, 2003).
Desenvolvimento
Em seu ambiente de trabalho, o ser humano está exposto a diversos fatores e agentes que podem causar danos à sua saúde. Assim, consequentemente, suas estruturas bucais estarão sujeitas às alterações que esses fatores podem ocasionar. Não podemos separar as doenças bucais das condições gerais de saúde do ser humano, visto que qualquer problema de origem bucal acarretará em desconforto físico e emocional, prejudicando consideravelmente a saúde geral, gerando influência negativa sobre a capacidade do trabalhador. Condições bucais precárias podem acarretar absenteísmo e declínio na produtividade em uma empresa. Alterações de humor e comportamento são notadas naqueles trabalhadores que sofrem, por exemplo, com dor de dente. Além de estar mais propícios a erros e acidentes de trabalho, as relações interpessoais também podem ser prejudicadas por irritação e intolerância. (Mello PB; 2006).
Estudos de associação entre saúde bucal e qualidade de vida mostram que a dor é um sintoma comum das más condições bucais e tem imediato e profundo impacto na qualidade de vida. (Locker D, Grushka M; 1987). A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que dor, sofrimento, constrangimentos psicológicos e privações sociais podem resultar das doenças bucais, levando a prejuízos em nível individual e coletivo. (World Health Organization; 2003). Em decorrência de problemas odontológicos, as pessoas podem ter suas atividades diárias prejudicadas, tais como: diminuição das horas de sono, não realização de algumas atividades de lazer, restrições alimentares, desordens psicológicas relacionadas com a diminuição da autoestima e perda de dias e de aprendizagem na escola e/ou no trabalho. Estas implicações podem estar diretamente associadas à presença de dor. (Shepherd M, 1999, Goes PSA, 2007).
Midorikawa (2000) afirmou que trabalhadores com boas condições de saúde bucal tornam-se mais desinibidos, extrovertidos e sociáveis. Enquanto o trabalhador que possui problemas odontológicos manifesta vários sinais e sintomas, como dor, desconforto, sentimento de inferioridade e estresse. Duffy (1996), estudando a incidência de faltas devido a problemas odontológicos verificou que o absenteísmo por causas odontológicas gerava um grave problema para a empresa e que a implantação de programas de promoção de saúde bucal, educação em saúde bucal, tratamento de afecções e exames periódicos poderiam alterar essa situação. A implantação da odontologia do trabalho nas empresas é de extrema importância (Peres, 2003).
Desse modo, as empresas buscam melhorar as condições de trabalho e de atendimento médico-odontológico, visando à redução do absenteísmo e ao aumento da produtividade. (Peres, 2006). Sabe-se que o trabalhador saudável é aquele que detém força de trabalho suficiente para realizar todas as etapas do processo produtivo. A importância da inserção do cirurgião-dentista do trabalho, que, juntamente com os outros profissionais da equipe de saúde do trabalhador, terão condições de fazer um amplo planejamento das atividades de promoção e prevenção de saúde bucal, por meio de um programa de saúde bucal, visando à saúde integral do trabalhador, auxiliando na adoção de medidas que visem, além da completa saúde e bem-estar, o aumento da autoestima e da produtividade e a diminuição do absenteísmo. (Mota, 2015). 
Conclusão
Em relação ao absenteísmo por doença, sabe-se que representa uma realidade que gera custos altos, para as instituições tanto públicas quanto privadas. Apesar das constantes críticas aos trabalhadores frente ao aumento do absenteísmo, principalmente no setor público, os altos índices de licenças médicas apontam para uma organização que necessita de cuidados.
É de extrema importância a inserção do cirurgião-dentista do trabalho nas empresas para compor a equipe de segurança e saúde do trabalhador, cooperando com os demais profissionais em todas as ações que visem preservar a integridade social e a manutenção da saúde geral do trabalhador, melhorando sua produtividade e reduzindo o absenteísmo por causa odontológica, problema que interfere diretamente na qualidade de vida e no trabalho do indivíduo.
Importante deve ser a orientação ao profissional cirurgião-dentista da necessidade da Codificação Internacional de Doenças no atestado odontológico com a finalidade de abonara falta do trabalhador ao serviço.
Referências 
FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; 1999. p. 17.
ROCHA, J. A. D. Absenteísmo ao trabalho por doença e a implicação da saúde bucal como um dos seus fatores numa indústria metalúrgica da cidade de Canoas. 1981. Dissertação (Mestrado em Odontologia Social). Centro de Pesquisa em Odontologia Social, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1981.
ORGANIZACIÓN INTERNACIONAL DEL TRABAJO. Absentismo: causa y control. In: Enciclopédia de Salud e Seguridad en el trabajo. Madri (Espanha): OIT, 1989. p. 5-12.
MUÑOZ, M. M. Absentismo laboral. In: BENAVIDES, F. G., RUIZ-FRUTOS, C., GARCÍA GARCÍA, A. M. Salud laboral: conceptos y técnicas para la prevención de riesgos laborales. Barcelona: Masson, 1997. 
STOCKMEIER, T. E. Programa de combate ao Absenteísmo. Disponível em . Acesso em: 25 abr. 2013.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: como transformar os gerentes em gestores de pessoas, 4 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
Midorikawa ET. A odontologia em saúde do trabalhador como uma nova especialidade profissional: definição do campo de atuação do cirurgião-dentista na equipe de saúde do trabalhador [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; 2000. 
Mazzilli LEN. Odontologia do Trabalho. 2. ed. São Paulo: Livraria Santos; 2007.
Miotto MHMB, Loureiro CA. Efeito das características sociodemográficas sobre a freqüência dos impactos dos problemas de saúde bucal na qualidade de vida. UFES Rev Odontol 2003; 5(2):6-13.
MELO, G. N. J. et al. Absenteísmo por causa odontológica: uma revisão de literatura relacionada à ausência no trabalho e à saúde bucal do trabalhador. RFO UPF vol.20 n.2 Passo Fundo Mai./Ago. 2015
MOTA, Júnia. N. G. et al. *Absenteísmo por causa odontológica: uma revisão de literatura relacionada à ausência no trabalho e à saúde bucal do trabalhador*. RFO, Passo Fundo, v. 20, n. 2, p. 264-270, maio/ago. 2015.
LIMA, Roberto. B. et al. *A saúde bucal no contexto da prevenção de absenteísmo e presenteísmo no trabalho*. Rev Bras Med Trab. 2019;17(4):594-604. 
Ferreira AAA, Alves MSCF. Representações sociais da necessidade de cuidados bucais: um estudo com habitantes do bairro de Cidade da Esperança-Natal (RN). Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2002.
ARAUJO PEREIRA, Jane. Afastamento por Absenteísmo e presenteísmo em uma Instituição Federal de Ensino Superior. Brasília; 2012.
IZZATTO, E. A saúde bucal no contexto da saúde do trabalhador: análise dos modelos de atenção [tese]. Araçatuba: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Odontologia de Araçatuba; 2002.

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