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RESUMO SOCIOLOGIA JURÍDICA - AV2

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RESUMO SOCIOLOGIA JURÍDICA – AV2
Conceito sociológico do Direito
Vamos considerar que:
· O Direito tem sua origem nos fatos sociais , que são mutáveis;
· O Direito é um fenômeno cultural – só existe nas sociedades humanas;
· A ideia de Direito relaciona-se às noções de conduta e de organização.
De acordo com Cavalieri Filho (2007, p. 8):
“A sociedade humana é, portanto, o meio em que o Direito surge e se desenvolve, pois a ideia do Direito liga-se à ideia de conduta e de organização, provindo da consciência das relações entre os indivíduos”.
Ao identificarmos a presença do Direito na sociedade, verificamos as seguintes características:
Sociedades humanas
· Organização sociocultural;
· Raciocínio;
· Criação cultural;
· Evolução social.
Sociedades de animais
· Natureza biológica;
· Instintos.
Nas sociedades humanas, há, ainda, atividades de:
· Cooperação – convergência de interesses;
· Concorrência – paralelismo de interesses.
Tanto nas atividades de cooperação quanto nas atividades de concorrência, podem ocorrer conflitos de interesses
A Sociologia Jurídica analisa as causas (sociais) e os efeitos (sociais) das normas jurídicas. Logo, seu objeto de análise é a realidade jurídica, que tenta responder três questões fundamentais:
Por que se cria uma norma ou um inteiro sistema jurídico?
Quais são as consequências do Direito na vida social?
Quais são as causas sociais da decadência do Direito, que se manifesta por meio do desuso e da abolição de certas normas ou mesmo mediante a extinção de determinado sistema jurídico?
Aspectos sociais do fenômeno jurídico: teoria tridimensional do Direito
Direito como fato social – objeto de estudo da Sociologia Jurídica e Judiciária.
Essa ciência não tem o objetivo de estudar a justificação do Direito. O exame de seus fundamentos – razão, ideia de justiça, moral, vontade da classe dominante – é objeto da Filosofia do Direito.
Além disso, a Sociologia Jurídica não faz avaliações normativas, isto é, não se ocupa do problema da validade e da interpretação do Direito.
A validade é objeto de análise dos teóricos do Direito positivo – Ciência do Direito –, que elaboram os critérios da norma válida. Esses teóricos investigam, ainda, o tema da interpretação jurídica, que interessa, particularmente, aos chamados operadores do Direito – conhecidos, também, como atores jurídicos ou agentes do Direito.
O fenômeno jurídico possui três dimensões, o que significa que pode ser estudado sob três pontos de vista: o da justiça, o da validade e o da eficácia.
Trata-se da teoria tridimensional do Direito, desenvolvida pelo jurista Reale (2003) e, depois, por muitos outros estudiosos. 
Justiça
VALOR (Filosofia) - A questão da justiça é objeto do estudo dos filósofos do Direito, que examinam a chamada idealidade do Direito, cujas bases são:
- A justificação do sistema jurídico atual;
- A busca dos melhores princípios de organização social;
- As relações entre Direito e moral;
- As relações entre normas positivas e ideais de justiça;
- As relações entre o Direito e a verdade.
Validade
NORMA (Ciência do Direito) - A análise das normas formalmente válidas – ou seja, o estudo interno do Direito positivo – interessa ao dogmático ou intérprete do Direito, que busca:
- Identificar as normas legais;
- Encontrar o sentido de cada elemento do ordenamento jurídico;
- Solucionar os problemas de conflito entre normas;
- Adaptar as normas aos problemas concretos.
Nesse caso, o objeto do conhecimento é a normatividade do Direito.
Eficácia
FATO (Sociologia) - Esta terceira dimensão está relacionada à eficácia das normas jurídicas e corresponde ao campo de análise da Sociologia Jurídica. Trata-se do objeto de estudo dos sociólogos do Direito, cuja função é analisar a realidade social do Direito.
Seu referencial é o conhecimento da vida jurídica. Por isso, examina-se, aqui, a facticidade do Direito, isto é, o Direito como realidade social.
Nesse caso, a Sociologia Jurídica prepara uma teoria sociológica dos fenômenos jurídicos, sem interessar-se pelas questões técnicas da interpretação do Direito nem pelos ideais jurídicos, que são foco de atenção, respectivamente, da Filosofia e da Ciência do Direito – dogmática.
Não se esqueça de que as três dimensões do fenômeno jurídico apresentadas anteriormente estão relacionadas entre si. Por exemplo, se a sociedade avalia que uma lei é injusta, esta tende a ser revogada ou, na pior hipótese, tende a não produzir efeitos práticos, o que a tornará ineficaz.
Por isso, o intérprete do Direito não pode ignorar que a falta de legitimação de uma lei em vigor é um elemento importante do fenômeno jurídico, na medida em que é capaz de levar a sua revogação ou ineficácia.
Um exemplo concreto disso aconteceu em 2005, com a abolição do delito de adultério no Código Penal – Lei nº 2.848/1940.
Do mesmo modo, o sociólogo e o filósofo do Direito não podem ser indiferentes ao tema da interpretação normativa do Direito positivo, já que precisam conhecer o conteúdo das normas em vigor para poder analisar a realidade e a idealidade do Direito.
Sendo assim, o sociólogo do Direito não trabalha desconhecendo as análises dos filósofos e dos intérpretes do Direito. Há, portanto, uma complementaridade das três dimensões do conhecimento do fenômeno jurídico.
Funções do Direito
composição dos conflitos:
Composição voluntária
De acordo com Cavalieri Filho (2007, p. 17), este critério:
“[...] se estabelece pelo mútuo acordo das partes. Surgindo o conflito, as partes discutem entre si e o resolvem da melhor maneira possível, quase sempre atentando para os próprios deveres e [as próprias] obrigações [estabelecidas] pelas normas do Direito”.
Mediação
Forma de solução de controvérsias, litígios e impasses, em que um terceiro intervém entre as partes – pessoas físicas ou jurídicas. Essa figura é neutra e imparcial, de confiança das partes, e por elas livre e voluntariamente escolhida.
Ela age como facilitadora, catalisadora, pois, através de sua habilidade e da arte de mediar, ajuda as partes a encontrarem a solução para suas pendências. Portanto, o mediador JAMAIS decide, e sim as partes, que têm esse poder de decisão.
Arbitragem
Eficácia jurídica X eficácia social
É importante distinguir da eficácia jurídica o que muitos autores chamam de eficácia social da norma.
A eficácia social refere-se ao(s):
· Cumprimento efetivo do Direito por parte de uma sociedade;
· “Reconhecimento” do Direito pela comunidade;
· Efeitos que uma regra opera através de seu cumprimento, mais especificamente.
Em tal acepção, eficácia social é a concretização do comando normativo, sua força realizadora no mundo dos fatos. Deliberadamente, ao estudar a capacidade de produzir efeitos, deixou-se de lado a ideia de cogitar, de saber se estes efetivamente se produzem.
Efeitos da norma jurídica
As normas jurídicas nunca são plenamente eficazes. O ponto de partida é uma maior ou menor diferença entre a pretensão jurídica e o efeito real. Uma pesquisa empírica pode estabelecer matematicamente o grau – a porcentagem – de eficácia de uma norma, identificando sua quota. Em outras palavras, é possível determinar até que ponto o Direito é cumprido na realidade social.
São alguns efeitos da norma jurídica:
Expectativa de consequências negativas
Quando sabem que a desobediência a uma lei é punida na prática, as pessoas tendem a respeitá-la.
Ênfase a fatores sociais
O sistema de relações sociais e a atitude do poder político diante da sociedade civil influenciam as chances de aplicação da norma.
Contribuição para eficácia social da norma: fatores sociais
Participação dos cidadãos no processo de elaboração e aplicação da norma
Uma reforma legal que atende reivindicações da maioria da população tem mais possibilidades de aplicação do que uma norma decidida de forma autoritária.
Coesão social
Quanto menos conflitos existirem em uma sociedade em determinado momento e quanto mais consenso houver entre os cidadãos com relação à política do Estado, mais forte será o grau de eficácia das normas vigentes.
Adequação da norma àsituação política e às relações de força dominante
Uma norma que corresponde à realidade política e social possui mais chances de ser cumprida.
Disso resulta a importância de sua adequação interna: quando as consequências da norma na prática permitem alcançar os fins objetivados pelo legislador, tornando-a funcional.
Exemplo: norma que estabelece o rodízio de carros no centro de São Paulo.
Contemporaneidade da norma com a sociedade
Em geral, não se tornam eficazes normas que exprimem ideias antigas ou inovadoras.
Contribuição para eficácia social da norma: fatores instrumentais
Outros fatores que contribuem para a eficácia social da norma são os instrumentais, que dependem da atuação dos órgãos de elaboração e de aplicação do Direito – Legislativo e Judiciário. São eles:
· Divulgação do conteúdo da norma entre a população;
· Conhecimento da norma por seus destinatários;
· Perfeição técnica da norma – clareza da redação, brevidade, precisão do conteúdo, sistematicidade;
· Estudos preparatórios do tema sobre o qual se objetiva legislar;
· Preparação dos profissionais do Direito responsáveis pela aplicação da norma;
· Previsão de consequências jurídicas – sanções – adaptadas à situação e socialmente aceitas;
· Expectativa de consequências negativas – efetividade na aplicação da sanção prevista na norma.
Efeitos positivos da norma jurídica
A norma jurídica apresenta algumas funções positivas para a sociedade. São elas:
Função de controle social
Aquela exercida através do Direito pela:
· Prevenção geral – para realizar uma coação psicológica ou intimidação por todos;
· Prevenção especial – para isolar o transgressor do meio social;
· Pena pecuniária ou multa – para ajustar a conduta desse transgressor às condições existenciais.
Função educativa
Certos assuntos passam a ser mais conhecidos pelo grupo social quando são disciplinados pela lei. Afinal, antes de se tornar obrigatória, a lei precisa ser divulgada, publicada. À medida que vai se tornando conhecida pelo grupo, ela também vai educando e esclarecendo a opinião pública.
Função conservadora
Aquela que está vinculada ao caráter estático que representa ao garantir a manutenção da ordem social vigente. Isso pode significar a perpetuação do atraso. Disso resulta a importância de o Direito ser visto, ao mesmo tempo, como um instrumento de transformações sociais.
Função transformadora
Muitas vezes, em função das necessidades objetivas, a norma estabelece novas diretrizes a serem seguidas, fixa novos princípios a serem observados em certas questões. Para isso, determina a realização de certas modificações em seus dispositivos.
Efeitos negativos da norma jurídica
Como observamos, a eficácia da norma está relacionada a seu reconhecimento, a sua aceitação ou a sua adesão pela sociedade. No entanto, quando as leis entram em conflito com os fatos, acabam vencidas por estes e findam por desmoralizar-se, provocando desapreço a toda legislação. 
Desatualização da lei
Com o passar do tempo, a lei acaba se tornando ultrapassada, pois os fatos são dinâmicos – estão sempre evoluindo –, enquanto a lei é estática.
Misoneísmo
Misoneísmo significa ter aversão às inovações: velhos hábitos, costumes, privilégios de grupos impedem que a lei seja aplicada ou elaborada.
Antecipação da lei à realidade
Nem sempre, há correspondência entre a realidade social e a norma. Dessa forma, a lei cai no vazio.
Fonte: Estácio
Quadro atual do sistema eleitoral brasileiro
Mas, afinal, o que vem a ser uma reforma política?
Trata-se de um conjunto de propostas para a reorganização do sistema político brasileiro que não foi modificado na Assembleia Nacional Constituinte (1987/1988).
Financiamento público de campanhas
Destinação de recursos públicos a campanhas eleitorais e a partidos políticos, proporcionalmente à representatividade desses partidos no parlamento.
Lista fechada
Sistema de votação de representação proporcional, no qual os eleitores votam apenas em partidos, e não nos candidatos.
Cláusula de barreira
Também conhecida como cláusula de exclusão ou de desempenho, trata-se de um dispositivo que restringe ou impede a atuação parlamentar de um partido que não alcança um percentual de votos determinado.
Proposta de um Sistema Nacional de Participação Social
O Decreto nº 8.243/2014 instituiu a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). O texto estabelece objetivos e diretrizes relativos ao conjunto de mecanismos criados para compartilhar com a sociedade civil decisões sobre programas e políticas públicas.
De acordo com o governo, o objetivo é fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo, bem como a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil.
Função jurisdicional
A função jurisdicional corresponde ao poder de formular e tornar efetiva a norma concreta que deve regular determinada situação jurídica. Trata-se, ao mesmo tempo, de poder, função e atividade. Vejamos:
Poder
Capacidade de decidir imperativamente e de impor decisões.
Função
Promoção da pacificação dos conflitos de interesses entre os jurisdicionados por meio do Direito e do processo.
Atividade
Complexo de atos jurídicos praticados no processo pelo juiz, que exerce o poder conferido a ele por lei e cumpre suas funções.
Conselho Nacional de Justiça
Com previsão constitucional, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem-se revelado um marco na busca da eficiência do Poder Judiciário. De acordo com o Artigo 103-B da Constituição, ao CNJ compete:
I - Zelar pela autonomia do Poder Judiciário; [...]
III - Receber e conhecer das reclamações contra qualquer dos membros ou órgãos do Poder Judiciário [...];
IV - Representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
V - Rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano. [...]
Instrumentos humanos de realização da ordem jurídica
A magistratura é elemento essencial no Estado Democrático de Direito. Por isso, não pode haver democracia sem uma magistratura consciente de seu papel social. Em outras palavras, não pode haver democracia sem esse poder que, por atribuição constitucional, desempenha a relevante função de garantir o respeito aos direitos fundamentais do cidadão.
Vamos conhecer os sistemas seletivos adotados para o recrutamento de juízes:
Sistema eletivo (por votação)
Vantagens: Este sistema é mais democrático, rápido e econômico. Nesse caso, há controle sobre o desempenho do juiz por parte da população.
Desvantagens: Os critérios políticos podem influir na votação e, nem sempre, os melhores candidatos são eleitos.
Sistema da nomeação
Vantagens: Rapidez e economia.
Desvantagens: Este sistema é antidemocrático, pois não dá oportunidades iguais a todos.
Concurso público
Vantagens: Este sistema é mais democrático.
Desvantagens: Este sistema é, porém, mais oneroso, pois exige uma comissão de alto nível para realizar o concurso, além de ser mais demorado.
O sistema adotado no Brasil é o concurso público de provas e títulos para os magistrados de primeira instância. Nos Tribunais Superiores, os juízes são nomeados pelo presidente da República após aprovação pelo Senado Federal. Já nos Tribunais de Justiça, a nomeação de 1/5 dos membros que neles ingressarão é feita pelo governador através de uma lista tríplice organizada pelo próprio tribunal. Nesse caso, metade das vagas é da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a outra metade, dos membros do Ministério Público Estadual.
Garantias constitucionais da magistratura
Nos Estados modernos, as garantias asseguradas aos magistrados variam de Constituição para Constituição, de modo que possam exercer suas funções livremente. As garantias da magistratura podem ser:
· Institucionais – aquelas que repercutem funções atípicas e que servem para proteger a magistratura contra a pressão dos outros órgãos. Entre estas garantias, estão a autonomia orgânico-administrativa e a autonomia financeira.· Funcionais – aquelas conferidas aos juízes, que estão estabelecidas no Artigo 95 da Constituição.
Para fins de compreensão da lei, são garantias funcionais:
· Vitaliciedade – os magistrados não podem ser demitidos senão em virtude de sentença do próprio Judiciário;
· Inamovibilidade – o Executivo não pode remover o magistrado senão por motivo de promoção;
· Irredutibilidade – relativa a subsídio.
Ministério Público
O Ministério Público (MP) é considerado o quarto poder constitucional e, na Carta Magna, aparece em capítulo especial: Capítulo IV - Das funções essenciais à Justiça.
De acordo com o Artigo 129 da Constituição, são funções do MP:
· Defender a sociedade fiscal da lei – custus legis;
Promover o inquérito civil e a ação
· civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e dos interesses difusos e coletivos;
· Promover a ação de inconstitucionalidade;
· Exercer o controle externo da atividade policial;
· Defender os direitos humanos.
Defensoria Pública
A Defensoria Pública é uma instituição que, ao lado da Advocacia, da Advocacia Pública e do Ministério Público, é essencial à jurisdição.
São atribuições da Defensoria Pública:
· Orientação jurídica e defesa, em todos os graus, dos necessitados –aqueles que comprovarem insuficiência de recursos;
· Isenção ao preparo de pareceres e consultoria.
Deficiências do Judiciário
Entre as origens dos problemas do Poder Judiciário em relação ao acesso à Justiça e à democratização, estão:
· O despreparo técnico de juízes;
· As deficiências na elaboração das normas jurídicas;
· O desaparelhamento do Judiciário;
· A prática de um sistema abusivo de recurso;
· O excessivo apego ao formalismo, com dedicação à vertente romanista do Direito que já deveria estar vencida.
As causas dessa situação problemática do Judiciário brasileiro merecem uma abordagem sistemática por parte de diversos sociólogos e juristas.
Fatores de transformação sociojurídica
O Direito e a realidade se influenciam. Portanto, o Direito precisa acompanhar as diversas oscilações sociais, uma vez que é para a sociedade que o Direito está a serviço e foi criado. Desse modo, constata-se a existência de certos fatores que ocorrem na sociedade e que repercutem diretamente na esfera jurídica. Tais fatores, que podem ter diversas origens, influenciam a sociedade e impõem mudanças efetivas no quadro de leis, seja de forma acelerada ou lenta.
Então, é correto afirmar que o Direito (formação e evolução) não é resultado da simples vontade do legislador. O Direito se encontra subordinado à realidade social a quem acompanha, ou seja, a presença de determinados fatores impulsiona a produção legislativa e a própria sociedade, definindo suas diversas estruturas. Assim, o direito enquanto instrumento de bem comum e do progresso social deve estar sempre adequado à realidade, refletindo as instituições e a vontade coletiva.
Participação popular e opinião pública
Este tópico envolve dois aspectos:
· O Direito utilizado como instrumento controlador dos comportamentos é eficaz, pois na vida não se pode prescindir de regras;
· O Direito como efetivador de justiça, sob o ponto de vista de cada cidadão, tem se demonstrado inoperante.
Assim sendo, a opinião pública passa a ser uma matéria de especial interesse para o operador do direito em geral. Porque o sentimento social sobre o que é o justo e o injusto e o papel do Direito é sinalizado pelo próprio pensamento social coletivo, que a cada momento, funcionando como uma bússola, aponta e orienta esses operadores no que a sociedade necessita e espera do Estado em sua função de distribuir a justiça e manter a paz social.
O Sentimento coletivo de justiça
Existe não só um sentimento individual de justiça, mas um sentimento coletivo, no qual a sociedade se baseia para estabelecer padrões de comportamento e que varia de tempo em tempo e de lugar para lugar.
Ao legislador, especialmente, importa conhecer o sentimento coletivo de justiça para que possa elaborar leis justas, adequadas aos interesses e conveniência sociais.
O exame do sentimento de justiça abrange:
A opinião pública sobre o Direito e sua utilidade social e suas instituições
Muito embora o Direito seja considerado e aceito como a forma mais eficaz de controle social em sua organização e aplicação, sofre um questionamento cada vez maior da opinião pública quanto a sua equidade.
Para muitos, o Direito é um meio do qual se valem os mais fortes, as classes dominantes da máquina estatal, para se manterem no poder contra os oprimidos. Outros entendem que ele se presta a manobras que o desvirtuam completamente, e que isso é uma constante.

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