Buscar

Apostila de dendrologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE 
 
DENDROLOGIA 
 
 
PARA O PLANALTO CATARINENSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dr. Pedro Higuchi 
Dra. Ana Carolina da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
Lages, SC 
2018 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 2 
 
 
 
ÍNDICE 
 
1 INTRODUÇÃO, DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DA DENDROLOGIA.................. 03 
2 HISTÓRICO DA DENDROLOGIA............................................................................... 04 
3 TÉCNICAS DE COLETA, HERBORIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES 
ARBÓREAS; HERBÁRIOS E ARBORETOS............................................................... 
 
06 
 3.1 Materiais para coleta.................................................................................................. 06 
 3.2 Métodos usuais de coleta........................................................................................... 06 
 3.3 Herborização.............................................................................................................. 09 
 3.4 Herbário florestal....................................................................................................... 14 
 3.5 Arboretos................................................................................................................... 14 
 3.6 Identificação de espécies arbóreas............................................................................. 14 
 3.7 Nomenclatura botânica.............................................................................................. 16 
4 CARACTERÍSTICAS E TERMINOLOGIAS DENDROLÓGICAS............................ 18 
 4.1 Tipos de copa............................................................................................................. 18 
 4.2 Tipos de tronco.......................................................................................................... 19 
 4.3 Tipos de ritidoma....................................................................................................... 20 
 4.4 Tipos de base do tronco............................................................................................. 21 
 4.5 Tipos de folhas........................................................................................................... 21 
 4.6 Estípulas..................................................................................................................... 26 
 4.7 Glândulas................................................................................................................... 27 
 4.8 Presença de exsudado................................................................................................ 27 
 4.9 Presença de espinhos ou acúleos............................................................................... 28 
 4.10 Gemas...................................................................................................................... 28 
5 PRINCIPAIS GRUPOS TAXONÔMICOS QUE INCLUEM ÁRVORES, 
PRINCIPAIS ESPÉCIES ARBÓREAS E SUAS RESPECTIVAS DISTRIBUIÇÕES 
GEOGRÁFICAS............................................................................................................. 
 
 
29 
 5.1 Gimnospermas........................................................................................................... 29 
 5.2 Angiospermas............................................................................................................ 31 
6 Referências Bibliográficas............................................................................................... 58 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 3 
1 INTRODUÇÃO, DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DA DENDROLOGIA 
 
O termo Dendrologia, deriva do grego (dendro = árvore, logia = estudo, tratado) e significa 
o estudo das árvores. No entanto, atualmente o termo Dendrologia tem um significado mais restrito 
e pode ser considerado como um ramo da Ciência Florestal ou da Botânica que trata da taxonomia 
de árvores, incluindo sua nomenclatura, classificação, reconhecimento e distribuição geográfica, 
características ecológicas e uso das espécies arbóreas (Marchiori, 1995). 
Os principais objetivos da Dendrologia são (Little, 2002): i) Nomenclatura de árvores – 
Como as árvores são nomeadas através da nomenclatura científica, nomes comuns e termos 
botânicos; ii) Classificação de árvores – As características das principais famílias botânicas e 
como as árvores são classificadas em famílias, gêneros e outros grupos; iii) Reconhecimento de 
árvores – Reconhecimento de espécies arbóreas a partir de suas características morfológicas, 
chaves e manuais; iv) Distribuição das árvores – Como as árvores são distribuídas nas zonas 
climáticas e formações florestais; v) Importância das espécies florestais – A importância 
ecológica e econômica de espécies arbóreas. 
Um dos grandes obstáculos encontrados para a identificação de espécies arbóreas é a 
ausência nas árvores de material fértil (flores e frutos) durante a maior parte do ano. Por isso a 
Dendrologia é importante para o Engenheiro Florestal, pois permite o reconhecimento de espécies 
arbóreas no campo por meio técnicas rápidas e eficientes fazendo uso características vegetativas e 
organolépticas. Podemos chegar, com segurança, à identificação de uma espécie arbórea por 
caracteres vegetativos, porém, outras, de famílias mais complexas, como algumas Myrtaceae ou 
Lauraceae, podemos chegar somente à família com os mesmos caracteres. 
A correta identificação de espécies arbóreas representa uma etapa fundamental em 
diferentes áreas da Ciência Florestal, como na Silvicultura, no Manejo Florestal e na Tecnologia da 
Madeira. Erros na etapa de identificação da espécie arbórea podem acarretar grandes problemas na 
comercialização de madeiras, na indicação de espécies para o reflorestamento e para a recuperação 
de áreas degradadas e na área de plantas medicinais. Como o Brasil é detentor de uma das maiores 
diversidades de espécies arbóreas no mundo, a correta identificação botânica de árvores representa 
um desafio e uma necessidade para o aproveitamento de espécies arbóreas e para o manejo de 
florestas naturais. 
A presente apostila tem como finalidade auxiliar estudantes de Engenharia Florestal e de 
áreas afins no estudo da dendrologia, por meio do conhecimento de caracteres vegetativos e 
organolépticos das principais espécies arbóreas nativas e exóticas do Planalto Catarinense. 
 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 4 
2. HISTÓRICO DA DENDROLOGIA 
 
Para trocar informações sobre diferentes plantas, houve a necessidade de nomeá-las. Os 
primeiros nomes utilizados foram os vulgares que, dependendo da região, poderia variar a espécie 
a que se estava referindo, dificultando a correta comunicação sobre as espécies. Desde o Egito 
Antigo, já existiam registros escritos a respeito do uso e classificação de plantas. Os povos egípcios 
escreveram o Livro dos Mortos, que continha informação sobre espécies utilizadas no ritual de 
mumificação, e também o Livro dos Vivos, com informações a respeito de plantas medicinais. 
Além disso, para melhor entendimento do mundo vegetal, houve a necessidade de agrupar as 
plantas, e os gregos fizeram as primeiras tentativas de sistematizar o material empírico acumulado, 
baseando-se nos caracteres mais visíveis. O primeiro sistema conhecido, criado por Aristóteles e 
Teofrasto (384-284 a.C.) dividia o reino vegetal em árvores, arbustos e ervas, distinguindo formas 
caducifólias e sempreverdes. 
Com o enriquecimento do material botânico, vindo de diversas partes do mundo, e maior 
conhecimento sobre as plantas, principalmente as medicinais, deu-se início ao Período Descritivo, 
onde houve a criação de listas com descrições das plantas,principalmente por monges ou médicos, 
e o surgimento dos Jardins Botânicos. 
Baseando-se nas coleções vindas de diversas partes do mundo, foram criados vários 
sistemas de classificação baseados na morfologia externa das plantas, este foi o Período de 
Sistematização, que era ainda influenciado pelo princípio da imutabilidade das espécies. Criaram-
se sistemas artificiais, entre eles o de Andréa Caesalpino (Piza, 1519-1603), baseado na estrutura 
de frutos e sementes e o de Karl Von Lineé (Suécia, 1707-1775), o mais prático e completo do 
período, baseado na morfologia das flores. Por isso, as propostas de Lineu podem ser consideradas 
a base da sistemática e taxonomia de hoje. Ele dividiu o reino vegetal em Criptógamas e 
Fanerógamas, idealizou uma nomenclatura binária ainda em vigor, e estabeleceu classes e ordens 
de plantas, baseando-se do seu sistema sexual. O termo “dendrologia” foi utilizado pela primeira 
vez no ano de 1668 com o título de uma enciclopédia sobre árvores (Dendrologiae naturalis) de 
autoria do naturalista italiano Ulisse Aldrovandi. 
Com o aumento do conhecimento sobre a flora mundial, verificou-se maiores afinidades 
naturais entre plantas do que as indicadas por Lineu, organizando as plantas em grupos por meio de 
caracteres morfológicos e anatômicos comuns. Porém, ainda não eram “sistemas naturais”, pois 
não incorporavam a idéia da evolução. Um sistema que se aproximou dos princípios naturais, mas 
ainda é artificial, é o de Antoine Jussieu (1748-1836, Paris), que tenta agrupar os organismos 
numa seqüência, partindo dos mais primitivos e simples aos mais complexos morfologicamente. 
Jussieu empregou na definição das classes de fanerógamas o número de cotilédones: 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 5 
monocotiledôneas, plantas com uma folha germinal, e dicotiledôneas, plantas com duas folhas 
germinais. 
Finalmente, Charles Darwin (1809-1882) publicou seu trabalho sobre a Origem das 
Espécies, com a teoria da evolução, servindo de alicerce para os verdadeiros sistemas 
filogenéticos. A partir daí foram desenvolvidos sistemas fundamentados nas teorias de Darwin, 
sendo um dos primeiros mais importantes o Sistema de Adolf Engler (1844-1930), que não era 
filogenético em exato sentido, embora compatível com os princípios da evolução, pois foi admitido 
que no desenvolvimento das flores, dos frutos e das sementes, existe, até certo grau, uma 
progressão que corresponde ao desenvolvimento filogenético. Até recentemente o Sistema de 
Arthur Cronquist (Estados Unidos), proposto em 1981, foi utilizado, dividindo as Angiospermas 
em mono e dicotiledôneas, com 321 famílias e 64 ordens. 
Por meio de análises cladísticas baseadas em estudos moleculares e da morfologia do 
grão de pólen, foi proposto o Sistema APG I (1998) para a classificação das Angiospermas, este 
sucedido pelo Sistema APG II (2003), APG III (2009) e APG IV (2016). O APG é um sistema 
em constante atualização que utiliza critérios filogenéticos. 
Os grupos principais de clados (não táxons) das Angiospermas são os seguintes: 
magnoliídeas 
monocotiledôneas 
commelinídeas 
eudicotiledôneas 
Núcleo eudicotiledôneas 
rosídeas 
eurosídeas I 
eurosídeas II 
asterídeas 
euasterídeas I 
euasterídeas II 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 6 
3 TÉCNICAS DE COLETA, HERBORIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES 
ARBÓREAS; HERBÁRIOS E ARBORETOS 
 
 Nos estudos que envolvem coleta para identificação de espécies arbóreas, é necessário 
conhecer as técnicas adequadas de coleta, de herborização e da identificação do material botânico. 
 
3.1 Materiais para coleta 
 
Os materiais normalmente utilizados durante a coleta são: 
- equipamentos de segurança pessoal, como óculos de segurança para evitar que, durante o 
manuseio do podão, caiam ciscos e folhas nos olhos, e perneiras até o joelho, para a proteção contra 
animais peçonhentos; 
- GPS, para georreferenciamento das árvores a serem coletadas; 
- tesoura de alto poda ou podão com extensores, para coleta de galhos de árvores a maiores alturas; 
- binóculo, caso não seja possível a coleta, devido à grande altura da árvore, será utilizado para 
visualizar as características das folhas, auxiliando na identificação, porém, não substitui a coleta; 
- tesoura de poda, para coletas em galhos baixos; 
- caderno para anotar dados dos espécimes coletados, como número e outras características 
observadas nas árvores (presença de espinhos ou acúleos, látex, lenticelas, etc.); 
- caneta e lápis para as anotações; 
- fita crepe para identificação dos espécimes coletados com numeração; 
- saco plástico para conservação do material botânico coletado até a sua herborização; 
- canivete, caso necessite retirar um pedaço do caule ou ramos para conhecer características como 
presença de exsudado, cheiro e coloração; 
- facão, para “abrir picadas”, retirar lianas quando necessário, etc. 
 
3.2 Métodos usuais de coleta (modificado do Souza & Cota, sem data) 
 
3.2.1 Tesoura de alta poda (podão) 
 
As vantagens da utilização do podão são os custos relativamente baixos, o fácil transporte 
em campo e o fácil manuseio. Porém, existem algumas desvantagens, como o alcance limitado em 
termos de altura e a ausência do equipamento de qualidade no mercado brasileiro, sendo necessária 
sua confecção ou importação. O podão precisa ser leve, para facilitar seu manuseio e a coleta em 
muitas árvores. 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 7 
 
3.2.2 Escalada 
 
O pesquisador utiliza equipamentos de escalada para subir na árvore e realizar a coleta. A 
principal vantagem da escalada é o alcance a locais de difícil acesso, como árvores altas. As 
desvantagens são os custos relativamente altos, a exigência de profissionais treinados, a 
impossibilidade de se fazer a e escalada em alguns indivíduos, como aqueles com excesso de 
galhos laterais e tortuosos, e a relativa lentidão, pois é necessário montar o equipamento de 
escalada a cada nova árvore a ser coletada. 
 
 
Fonte: http://panathlonclubcamposdojordao.blogspot.com/2009/10/mais-um-esporte-de-aventura-
em-cj.html 
 
3.2.3 Esporão 
 
O esporão é utilizado para subida na árvore e coleta. As vantagens são a relativa rapidez 
nas coletas, quando comparado com a escalada, porém é mais demorado que a utilização de podão, 
o baixo custo do equipamento, o fato de conseguir chegar a alturas maiores que com o podão, e a 
facilidade de locomoção com os equipamentos. As desvantagens são a necessidade de pessoal 
altamente treinado para a subida na árvore, devido ao alto risco de acidentes, o porte das árvores, 
que, dependendo do diâmetro, não possibilita a subida, a impossibilidade de sua utilização em 
árvores com galhos laterais, e o fato de algumas espécies serem sensíveis aos danos causados pelo 
esporão, podendo facilitar a entrada de fitopatógenos e, ou, causar a morte da árvore. 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 8 
 
Fonte: Souza & Cota, sem data. 
 
3.2.4 Escadas de alumínio 
 
As vantagens da utilização de escadas são o baixo custo, a não exigência de mão de obra 
qualificada, e o material leve. As desvantagens são a dificuldade de locomoção dentro da floresta e 
a relativa lentidão das coletas. 
 
 
Fonte: Souza & Cota, sem data. 
 
3.2.5 Espingardas: 
 
 As espingardas servem para coletar ramos por meio de sua derrubada, e estas podem ser de 
calibre 22 a 45, de preferência com telescopia. A vantagem é a possibilidade de coletas em grandes 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 9 
alturas. As desvantagens são: o alto custo, a necessidade de pessoas treinadas, o alto impacto 
sonoro, o alto risco de acidentes, a necessidade de se ter o porte de armas, e a nãorecomendação 
para espécies fibrosas. 
 
3.2.6 Atiradeiras (estilingues): 
 
Os estilingues são usados da mesma forma que as espingardas e possui as vantagens de 
possibilitar a coleta em grandes alturas e o baixo custo do equipamento. A desvantagem é a 
necessidade de se ter pessoas treinadas. 
 
 
Fonte: http://www.emule.com.br/lista.php?keyword=Atiradeira 
 
3.3 Herborização 
 
3.3.1 Prensagem 
 
 Após a coleta, o material botânico deve ser prensado antes que seque, para que, na 
secagem, ele permaneça em um mesmo plano, facilitando a posterior herborização. Para a 
prensagem pode ser utilizadas prensas de madeira ou outro material, amarradas com cordas. De 
preferência, não utilizar elásticos, para que haja uma boa prensagem. 
 Cada ramo do material botânico coletado deve ser envolvido com papel absorvente, para 
que a água contida nele seja absorvida. Em secagem natural, este papel deve ser trocado 
diariamente, para evitar a ocorrência de fungos. Para que o material botânico seque em um mesmo 
plano, é necessária a colocação de papelões entre os papeis absorventes. 
 
3.3.2 Secagem 
 
A secagem do material botânico coletado pode ser feito naturalmente, em temperatura 
ambiente, ou em estufas de secagem, com temperatura controlada. Em temperatura ambiente, em 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 10 
geral, a secagem é mais demorada e é necessária a troca do papel absorvente todos os dias, para 
evitar a contaminação por fungos. Em estufas, em geral, a temperatura é mantida em torno de 60oC 
(Souza & Cota, sem data), evitando ou dificultando a contaminação por fungos. O material 
botânico é mantido durante 72 horas na estufa para sua secagem completa, dependendo da 
característica do material botânico (Souza & Cota, sem data). 
 
3.3.3 Materiais utilizados 
 
- Estufa para secagem: para secagem do material botânico; 
 
 
Fonte: Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina – EPAGRI/CIRAM, sem data. 
 
- Prensa: para prensagem do material botânico; 
 
 
Fonte: Souza & Cota, sem data. 
 
- Papel absorvente, que pode ser folhas de jornal: para absorção da água do material botânico; 
 
- Papelão: para que a secagem do material botânico seja em um mesmo plano. 
 
3.3.4 Cuidados durante a herborização 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 11 
 
O material botânico deve ser colocado entre as folhas do papel absorvente da forma como 
deverá ficar após a secagem. Deve-se ter o cuidado de secar os ramos em disposição que demonstra 
a filotaxia das folhas (disposição das folhas no ramo), e devem ser mostradas as faces inferiores e 
superiores das folhas, assim como a sua base e ápice. Gemas e inflorescências, quando presentes, 
devem ser mostradas. 
Quando a folha é muito grande (simples ou composta), nem sempre é possível secá-la 
aberta, é necessário dobrá-la de forma que todas estas características sejam demonstradas (ápice, 
base, filotaxia, gemas, face inferior e superior, pecíolo, etc.). 
O material botânico muito grande pode ser também levemente quebrado, dobrado, 
formando angulação de V, N ou M. A secagem pode ser feita separada, porém, fazer a montagem 
na mesma exsicata. 
 No caso de Palmeiras (família Arecaceae), colocar na exsicata a base, o meio, o ápice da 
folha e a espádice, além de anotar informações sobre tamanho da folha, posição da inserção das 
pinas e número de folíolos. 
 
Mostrar ambas as extremidades e superfícies das folhas, não cobrir flores ou frutos (Fonte: 
Missouri Botanical Garden, 2009): 
 
 
Fonte: Missouri Botanical Garden, 2009. 
 
Em folhas grandes (simples ou composta), mostrar pelo menos parte do pecíolo para 
mostrar a posição das folhas e preservar o ápice e a base, de forma a serem visualizado (Fonte: 
Missouri Botanical Garden, 2009): 
 
Sim Sim 
Não Não 
Sim Não 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 12 
 
Fonte: Missouri Botanical Garden, 2009. 
 
Material grande pode ser levemente dobrado, formando angulação de V ou N, é mais fácil 
dobrar o caule que dobrar todas as folhas (Fonte: Missouri Botanical Garden, 2009): 
 
 
Fonte: Missouri Botanical Garden, 2009. 
 
A secagem pode ser feita separada, porém, a montagem pode ser feita na mesma exsicata 
(Fonte: Missouri Botanical Garden, 2009): 
 
 
Fonte: Missouri Botanical Garden, 2009. 
 
Não dobrar a base lobada de folhas lobadas, neste caso, preferir dobrar o ápice (Fonte: 
Missouri Botanical Garden, 2009): 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 13 
 
Fonte: Missouri Botanical Garden, 2009. 
 
3.3.5 Montagem das exsicatas 
 
As plantas devem ser costuradas em cartolina branca, de tamanho padrão (29 x 42 cm), 
com boa textura e identificadas com etiqueta colada no canto inferior direito. De cada espécime, 
pode ser feita duplicatas (sempre coletada na mesma árvore), que servirão para doação, troca e 
envio para identificação por especialistas. Pode ser utilizada uma capa, geralmente feita de papel 
Kraft, envolvendo a exsicata e as duplicatas. 
A etiqueta deve conter as informações básicas: nome científico da espécie; família 
botânica; coletor (es); data da coleta; local da coleta, com nome do município, estado, país, altitude, 
coordenadas geográficas e características do local (margem de curso d’água, encosta, etc.); hábito 
da planta, com altura; especialista identificador da espécie; e outras características importantes. 
Neste último item é importante colocar as características: cor, odor, tamanho e textura de flores ou 
frutos, se houver; presença de exsudado; características do tronco (forma, presença de sapopema, 
etc.), da casca (coloração, ritidoma, presença de espinhos ou acúleos, etc.) e das ramificações 
(forma, presença de embira, etc.). Exemplo de etiqueta: 
 
Fonte: Embrapa Amazônia Oriental. 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 14 
3.4 Herbário florestal 
 
É um conjunto de plantas secas, prensadas, montadas em cartolina, identificadas e 
arranjadas de acordo com um sistema de classificação. Estas coleções são usadas na identificação, 
na documentação e no auxílio à pesquisa botânica. 
Os herbários são administrados por um curador e as coleções são armazenadas em armários 
em uma sala sem janelas, para evitar a contaminação por fungos ou insetos e climatizado (baixa 
temperatura e umidade), para evitar também a contaminação. O ambiente, portanto, deve ser o mais 
livre de contaminação possível, sendo que cada planta incorporada no herbário deve ser livre de 
contaminação, permanecendo durante 72 h em frízer à temperatura abaixo de zero grau. Além 
disso, de seis em seis meses, pelo menos, deve ser feita a descontaminação do herbário com o uso 
de expurgos (gases tóxicos). Neste, além dos armários, devem existir mesas amplas para a consulta 
das plantas. 
Como material complementar, pode-se ter, em salas adjacentes, documentos (catálogos, 
floras, chaves dicotômicas, monografias), xilotecas (coleção de amostras de madeira) e carpotecas 
(coleção de frutos que, quando carnosos, são mantidos conservados em solução de álcool). 
 
3.5 Arboretos 
 
 São coleções de árvores vivas plantadas e devidamente identificadas com o propósito de 
auxiliar atividades de pesquisa e ensino. Normalmente essas árvores são plantadas em um 
espaçamento amplo onde as árvores assumem sua forma específica. 
 As árvores podem apresentar duas formas: a forma específica e a forma florestal. A forma 
específica é quando ela assume menor porte e o fuste pode ser irregular e curto, geralmente com 
muitas ramificações laterais. Na forma florestal a árvore assume maior porte, normalmente o fuste 
é reto, mais longo e mais cilíndrico que na forma específica, apresentando, também, menos 
ramificações laterais. 
 
3.6 Identificaçãode espécies arbóreas 
 
O ser humano sempre deu nome às plantas. Cada cultura já teve seu próprio sistema de 
classificação e de nomenclatura, possibilitando a comunicação, e conseqüentemente, o uso das 
plantas. A disseminação desta informação entre culturas distintas foi sempre difícil, pois as 
classificações e os nomes das espécies eram diferentes. Hoje em dia existe um sistema 
internacional de nomenclatura, baseado em uma classificação que reflete a filogenia das plantas. É 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 15 
muito importante que as identificações de plantas sejam corretas e de acordo com este sistema, para 
que as pessoas, ao se comunicarem sobre as espécies com que trabalham, estejam se referindo às 
mesmas entidades botânicas (Ribeiro et al., 1999). 
A identificação consiste na determinação do nome científico correto de uma espécie 
arbórea através de manuais, flora, chaves, herbários, etc; já o reconhecimento consiste na 
determinação de uma espécie previamente conhecida a partir de suas características vegetativas 
(folhas, ramos, filotaxia). Para a identificação e reconhecimento de espécies florestais, é necessário 
o conhecimento das terminologias botânicas utilizadas para descrever as diferenças morfológicas 
existentes entre as espécies (Little, Jr., 2002). 
O mais importante ao identificar plantas é a forma de pensar. As plantas têm milhares de 
características, muitas das quais se repetem em várias espécies. Assim, a combinação de caracteres 
de uma planta pode imediatamente sugerir uma identificação ao botânico com experiência, mas 
pode ser muito difícil para este explicar por que determinado nome apareceu na sua mente. Certas 
plantas, ou grupo de plantas, têm um jeitão. Aprender jeitões é um processo pessoal que vem com a 
experiência prática. Às vezes é bom apenas olhar uma planta, deixar sua mente assimilar o “jeitão” 
e associá-lo com identificações já feitas, ou procurar os caracteres que mais chamem atenção. Com 
a prática este processo se torna quase automático (Ribeiro et al., 1999). 
 A identificação pode ser feita em herbários, por meio de consultas a especialistas, pela 
literatura ou chaves. 
 
3.6.1 Literatura 
 
A Flora Brasiliensis foi a primeira e mais completa coleção literária da flora brasileira. 
São 15 volumes (10.367 páginas) escritos em latim e organizados por Carl Friedrich Philipp von 
Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban, com a participação de 65 especialistas de vários 
países. Contém a descrição taxonômica de 22.767 espécies, a maioria de angiospermas brasileiras, 
chaves dicotômicas e algumas pranchas com desenhos. A Flora brasiliensis foi produzida entre 
1840 e 1906 e é utilizada até hoje, inclusive com uma versão na internet no site: 
http://florabrasiliensis.cria.org.br/index. 
A Flora Brasílica foi organizada por Frederico Carlos Hoehne e publicada em português 
pela Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo entre 1940 e 1955, pretendendo atualizar e 
ampliar a Flora Brasiliensis, publicada na Europa. Também possui chaves dicotômicas de 
identificação em nível de gênero e espécies, distribuição geográfica, descrição das espécies e 
algumas pranchas com desenhos. 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 16 
 Comparável a estes trabalhos, o Jardim Botânico de Nova York (NYBG), desde 1964, 
organiza a Flora Neotropica, escrita em inglês e destinada à publicação do inventário das plantas 
da região neotropical. Os volumes também contém chaves dicotômicas de identificação à nível de 
gênero e espécies, distribuição geográfica, descrição das espécies e pranchas com desenhos. 
 Além destas obras existem muitas outras de âmbito local (Flora Catarinense, etc.) que 
auxiliam na identificação das espécies. 
 
3.6.2 Consulta a especialistas 
 
Mesmo com o auxílio de herbários ou literatura, algumas espécies podem não ser 
identificadas, devido à complexidade da família. Isso ocorre de forma comum com espécies 
arbóreas das famílias Myrtaceae e Lauraceae, sendo necessária a consulta a especialista da família 
para identificação da espécie. 
 
3.7 Nomenclatura botânica 
 
Assim como outras plantas, as árvores apresentam um nome científico e um comum. 
Ambos são importantes e necessários, apresentando vantagens e desvantagens. Os nomes comuns 
possuem várias origens. Algumas espécies arbóreas apresentam nomes indígenas, como, por 
exemplo, Siparuna guianensis, que é conhecida como Caa-tiu (Mato fedido), enquanto outras 
receberam seus nomes dos colonizadores europeus para nomear as árvores desconhecidas que se 
assemelhavam a espécies da Europa, como, por exemplo, o Cedro (Cedrela fissilis). Os nomes 
comuns também podem ser descritivos para caracterizando um determinado uso, ambiente, região e 
local onde são encontradas. 
Vantagens dos nomes comuns: 
• Amplamente conhecidos pela população local; 
• Permite inferir sobre muitas características da espécie, como usos, exigência ecológica, 
dispersão, etc. 
Desvantagens dos nomes comuns: 
• Uma mesma espécie pode apresentar vários nomes comuns em diferentes regiões; 
• Um mesmo nome comum pode ser utilizado para diferentes espécies; 
• Muitas espécies não apresentam nome comum. 
Vantagens dos nomes científicos: 
• Eles estão de acordo com um sistema universal utilizado em todo mundo; 
• Estão em Latim permanecendo inalterada ao longo dos anos; 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 17 
• Mostra a classificação e a relação entre as espécies; 
• Existe um Conselho Internacional de Nomenclatura Botânica que coordena a nomeação de 
novas espécies. 
Desvantagens do uso de nomes científico 
• Difícil memorização; 
• Não é utilizado pela população. 
O sistema binominal de nomenclatura foi estabelecido em 1753 por Carolus Linnaeus 
(1707-1778), um distinto naturalista sueco. Neste ano, ele publicou em Latim o livro Species 
Plantarum, que representa o início da nomenclatura botânica moderna. No sistema binominal de 
nomenclatura, o nome de uma espécie de planta consiste de duas palavras latinas, o gênero e o 
epíteto específico. Por exemplo, o nome cientifico do Mogno é Swietania macrophylla, sendo 
adicionada o nome da primeira pessoa que descreveu a espécie (Swietenia macrophylla King.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 18 
4 CARACTERÍSTICAS E TERMINOLOGIAS DENDROLÓGICAS 
 
As características dendrológicas utilizadas para a identificação das espécies arbóreas 
podem ser vegetativas (tipo de copa, tronco, ritidoma, raízes, ramificação, filotaxia, exsudação, 
presença acúleos e espinhos e características das folhas) ou organolépticas (cheiro, sabores e 
texturas). 
 
4.1 Tipos de copa 
 
A copa de uma árvore pode ser esférica ou redonda, umbeliforme, piramidal, oval, 
cônica, flabeliforme, colunar, estratificada, pendente, irregular ou caliciforme. 
 
(A) Esférica ou redonda: é arredondada, ocorrendo em muitas espécies do gênero Ocotea (família 
Lauraceae). 
 
(B) Umbeliforme: em formato convexo semelhante a um guarda-chuva, possui a espécie Delonix 
regia como representante (família Fabaceae). 
 
(C) Piramidal: é a copa no formato de pirâmide, como no caso da Sequoia sempervirens (família 
Cupressaceae). 
 
(D) Oval: em formato de ovo, é característica da espécie exótica Michelia champaca (família 
Magnoliaceae). 
 
(E) Cônica: formato cônico da copa. Como exemplo existe a Picea mariana (família Pinaceae). 
 
(F) Flabeliforme: é o formato próximo de um cone, com o vértice virado para a parte inferior da 
árvore. Um exemplo é o Schizolobium parahyba (Vell.) S.F.Blake (família Fabaceae). 
 
(G) Colunar: são copas em formato de colunas, como ocorre com o Cupressus sempervirens 
(família Cupressaceae). 
 
(H) Estratificada:a copa ocorre em estratos, como no caso da espécie Terminalia catappa 
(família Combretaceae). 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 19 
(I) Pendente: é a copa com seus ramos e folhas pendentes, como o Salix babylonica (família 
Salicaceae) e Schinus molle (família Anacardiaceae). 
 
(J) Irregular: não existe um formato definido. 
 
Caliciforme: a copa é em formato de cálice, como ocorre com a Araucaria angustifolia (família 
Araucariaceae). 
 
 
Fonte: https://www.nysdot.gov/divisions/engineering/design/landscape/trees/rs_selections 
 
4.2 Tipos de tronco 
 
O tronco pode ser cilíndrico, cônico, acanalado, tortuoso, abaulado. 
 
Cilíndrico: o tronco é semelhante a um cilindro, no formato mais cilíndrico que cônico, como 
ocorre com a espécie Araucaria angustifolia (Araucariaceae). Nele, a madeira aproveitada pela 
serraria é de quase todo o tronco. 
 
A B C 
D E F G 
H I J 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 20 
Cônico: quando o tronco é semelhante a um cone, no formato mais cônico que cilíndrico. Ocorre 
na maioria das espécies arbóreas. Quanto mais cônico, menor é o aproveitamento da madeira pela 
serraria. Na maioria das vezes a conicidade do tronco pode ser “controlada” pelo maior 
adensamento do plantio, tornando o tronco mais cilíndrico. 
 
Acanalado: possui canaletas longitudinais profundos. 
 
Tortuoso: são os troncos não retos, de diferentes formatos. Ocorre, comunentemente, em espécies 
do Cerrado, como o Caryocar brasiliense (Caryocaraceae). 
 
Abaulado: o tronco possui um abaulamento em seu meio, ou seja, é mais largo no meio, como 
ocorre com Ceiba speciosa (Malvaceae). 
 
4.3 Tipos de ritidoma 
 
O ritidoma pode ser persistente, ou seja, aquele que permanece no tronco, ou caduco, que 
é aquele que se desprende de alguma forma do tronco. Algumas espécies arbóreas da família 
Fabaceae possui ritidoma persistente, sendo que, às vezes, só em estágio muito adulto desenvolve 
uma descamação pulverulenta (micro-escamosa) (Inoue e Reissmann, 1971). O ritidoma caduco 
ocorre quando há engrossamento do tronco e o ritidoma não acompanha este crescimento, por ser 
constituído de células mortas, e é fendido de diferentes formas (Inoue e Reissmann, 1971). 
Ritidomas persistentes ou caducos também podem ser liso, rugoso, estriado, fissurado, 
esfoliante se desprendendo em escamas, esfoliante se desprendendo em lâminas ou como 
papel, esfoliante se desprendendo em placas, esfoliante se desprendendo em placas 
arredondadas, dando um aspecto canceroso, lenticelado, com espinhos ou com acúleos. 
 
Liso: o ritidoma é suave ao tato, não apresentando rugosidade, descamação muito evidente, 
fissuras, acúleos ou espinhos. Embora seja relativamente comum nas espécies da família 
Myrtaceae, existem outras famílias com espécies com ritidoma liso, como por exemplo, a 
Lagerstroemia indica (família Lythraceae). 
 
Rugoso: ritidoma áspero, com rugosidades, que ocorrem principalmente no sentido transversal. 
Ocorre em grande parte das espécies, como por exemplo, no Senna multijuga (Fabaceae). 
 
Estriado: Possui estrias no sentido longitudinal, menos pronunciadas que no ritidoma fissurado. 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 21 
 
Fissurado: Possui fissuras no sentido longitudinal. Um exemplo é Cedrela fissilis (Meliaceae). 
 
Esfoliante se desprendendo em escamas: é quando o ritidoma caduco se desprende em escamas 
que se colocam uma em cima da outra. 
 
Esfoliante se desprendendo em lâminas ou como papel: é o ritidoma caduco que se solta em 
lâminas, ocorrendo em grande parte das espécies da família Myrtaceae que possui ritidoma 
esfoliante. 
 
Esfoliante se desprendendo em placas: o ritidoma caduco se desprende em placas, geralmente 
retangulares, com maior lado do retângulo no sentido longitudinal. Ocorre em Parapiptadenia 
rigida (Fabaceae). 
 
Esfoliante se desprendendo em placas arredondadas, dando um aspecto canceroso: é o 
ritidoma que ocorre em Apuleia leiocarpa (Fabaceae). 
 
Lenticelado: com a presença de lenticelas. Um exemplo é o Enterolobium contorticilicum 
(Fabaceae). 
 
Com espinhos: Possui espinhos no tronco, como exemplo a Xylosma prockia (Salicaceae). 
 
Com acúleos: Possui acúleos no tronco, como exemplo o Zanthoxylum rhoifolium (Rutaceae) e a 
Chorisia speciosa (Malvaceae). 
 
4.4 Tipos de base do tronco 
 
A base do tronco pode apresentar sapopemas (Sloanea monosperma), ser irregular, reta 
(Araucaria), com raízes aéreas (Rizhophora), escoradas ou de suporte (Cecropia), etc. 
 
4.5 Tipos de folhas 
 
As folhas podem se dividir de acordo com a composição, a filotaxia, a simetria, as 
características do limbo, as nervuras, o pecíolo, o formato da folha ou folíolo, o formato do ápice 
do limbo, o formato da base do limbo e as margens do limbo. 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 22 
4.5.1 Quanto à composição 
 
As folhas podem se dividir de acordo com a composição, sendo simples (inteiras ou 
lobadas) ou compostas (unifolioladas, bifolioladas, trifolioladas, pinadas, sendo parapinada ou 
imparipinada, bipinadas ou digitadas). 
 
Simples: 
Inteiras 
Lobadas 
 
Compostas: 
Unifolioladas 
Bifolioladas 
Trifolioladas 
Pinadas (parapinada ou imparipinada) 
Bipinadas 
Digitadas 
 
4.5.2 Quanto à filotaxia 
 
As filotaxias mais comuns nas espécies arbóreas são alterna dística, alterna espiralada, 
oposta dística, oposta cruzada ou verticilada. 
 
Alterna dística 
Alterna espiralada 
Oposta dística 
Oposta cruzada 
Verticilada 
 
4.5.3 Quanto à simetria 
 
As folhas podem ser simétricas (A), como ocorre na maioria das vezes, ou assimétricas, 
como em alguns casos. Em geral, quando assimétrica, a base é assimétrica (B), como no Piper 
arboreum, porém, pode ocorrer também de outras partes do limbo serem assimétricos. 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 23 
 
Folha de base simétrica (A) e de base assimétrica (B). 
 
4.5.4 Quanto ao limbo 
 
As folhas podem ser classificadas de acordo com o limbo, sendo analisadas, 
separadamente, as faces adaxial e abaxial. São avaliadas características de coloração, nervuras 
salientes ou impressas, limbo piloso ou glabro, coriáceo, semi-coriáceo, membranáceo ou 
suculento, com a presença de espinhos, glândulas, pontos translúcidos, indumento, domácea, 
tomento ou tricomas. 
 
4.5.5 Quanto às nervuras 
 
Quanto às nervuras, as folhas podem ser uninérvea, peninérvea, curvinérvea, 
paralelinérvea ou palminérvea. Ainda podem ser trinervadas ou possuir nervura broquidódroma, 
coletora ou nervuras secundárias reticuladas. 
 
Peninérvea 
Curvinérvea 
Paralelinérvea 
Palminérvea 
Trinervada 
Broquidódroma 
Nervuras coletoras 
Nervuras secundárias reticuladas 
 
 
 
A B 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 24 
4.5.6 Quanto ao pecíolo 
 
Quanto ao pecíolo este pode ser de diferentes tamanhos, formatos ou sésseis, com ou não a 
presença de glândulas e nectário extra-floral (NEF). 
 
Diferentes tamanhos, formatos ou sésseis 
Presença de glândulas e nectário extra-floral (NEF) 
 
4.5.7 Quanto ao formato da folha ou folíolo 
 
As folhas também podem ser divididas quanto ao formato da folha ou folíolo, podendo 
ser ovada (A) (forma de ovo, mais larga perto da base, comprimento 1-2 vezes maior que a 
largura), obovada (B) (forma ovada com a parte mais larga no ápice, ou seja, ovada invertida), 
elíptica (C) (em forma de elipse, mais larga no meio, com o comprimento cerca de duas vezes a 
largura), oblonga (D) (forma mais longa que larga, bordas quase paralelas, comprimento 3-4 vezes 
maior que a largura), obolanceolada (com forma de lança invertida), lanceolada (forma de lança, 
mais larga perto da base, comprimentomaior que três vezes a largura), cordada (em forma de 
coração), espatulada (forma de espátula, ápice mais largo, comprimento maior que duas vezes a 
largura, ápice arredondado), orbicular (forma mais ou menos circular, arredondada) ou falcada 
(de forma curva e plana como uma pequena foice). 
 
 
Fonte: Hickey, 1973. 
 
4.5.8 Quanto ao formato do ápice do limbo 
 
O ápice das folhas pode ser agudo (que termina em ângulo agudo, menor que 90 graus), 
obtuso (que termina em ângulo obtuso, maior que 90 graus), atenuado (se estreita gradualmente 
A B C D 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 25 
para o ápice), acuminado (limbo que se estreita gradualmente para o ápice terminando em ponta 
excessivamente aguda), curto-acuminado (que se estreita muito gradualmente para o ápice, 
terminando em ponta curta e aguda), arredondado (terminando em um arco recular), mucronado 
(que termina com uma ponta curta, afiada e rígida, prolongação da nervura central), truncado 
(reto), retuso (ápice arredondado, com depressão arredondada na extremidade), emarginado 
(ápice arredondado com uma incisão aguda na extremidade), apiculado (que termina em pequena 
ponta aguda), caudado (que termina por ponta longa e delgada, ex.: Miconia pulsinifolia). 
 
Agudo: 
 
Obtuso: 
 
Atenuado: 
 
Acuminado: 
 
Arredondado: 
 
 
Mucronado: 
 
 
Truncado: 
 
Retuso: 
 
Emarginado 
 
Fonte: Modificado de Hickey, 1973. 
 
4.5.9 Quanto à forma da base do limbo 
 
A base das folhas pode ser aguda (margem que forma ângulo menor que 90 graus), 
obtusa (que forma ângulos maiores que 90 graus), cuneada (em forma de cunha, com bordas retas 
e convergentes, em ângulo muito agudo), arredondada (em forma de arco), atenuada (que se 
estreita gradualmente), truncada (base que forma ângulo de 180 graus, é reta), cordada (base 
reentrante, com lobos arredondados), lobada (base excessivamente reentrante), saginata (base 
reentrante e lobos pontiagudos voltados para baixo) ou decorrente (margem do limbo que se 
estende ao longo do pecíolo, tornando-o alado). 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 26 
Aguda: 
 
Obtusa: 
 
Cuneada: 
 
Arredondada: 
 
Atenuado: 
 
Truncada: 
 
Cordada: 
 
Lobada: 
 
Saginata: 
 
Fonte: Modificado de Hickey, 1973. 
 
4.5.10 Quanto à margem do limbo 
 
A margem da folha pode ser inteira (lisa), crenada (com dentes obtusos ou 
arredondados), sinuada ou ondulada (forma ondas na superfície do limbo), lobada (com lóbulos), 
serrilhadas (finamente serreada), serreada (dentes como os da serra, inclinados para o ápice), 
denteada ou dentada (com dentes regulares não inclinados), espinescente (com dentes rígidos 
como espinhos) ou revoluta (margem virada para baixo ou enrolada sobre si mesma). 
 
4.6 Estípulas 
 
Pode ou não ocorrer estípulas: sem presença de estípulas, com estípulas (persistentes ou 
caducas) intra-peciolar (Malpiguiaceae) ou inter-peciolar (Rubiaceae). 
 
Sem presença de estípulas 
 
Com estípulas (persistentes ou caducas): 
 
Intra-peciolar: 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 27 
 
Fonte: http://www.hiperbotanica.net/tema2/tema2_4peciolo.htm 
 
Inter-peciolar: 
 
Fonte: Estípula interpeciolar de Tocoyena pittieri. Fotografía: Reinaldo Aguilar. 
http://darnis.inbio.ac.cr/ubis/FMPro?-DB=UBIPUB.fp3&-lay=WebAll&-error=norec.html&-
Format=detail.html&-Op=eq&id=4009&-Find 
 
4.7 Glândulas 
 
A presença ou ausência de glândulas e o tipo e formato destas pode auxiliar na 
identificação de famílias, espécies, etc. Ex: Sub-família Mimosoideae, que possui glândulas. 
 
4.8 Presença de exsudado 
 
 A presença de exsudado pode auxiliar na identificação de espécies, embora seja também 
importante característica de famílias, como por exemplo, ele caracteriza as famílias Euphorbiaceae 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 28 
e Moraceae. A abundância e a coloração do exsudado, de espécies destas e de outras famílias que o 
apresentam, são características importantes para identificar espécies. Como exemplo, pode-se citar 
Sebastiania commersoniana e Sebastiania brasiliensis, da família Euphorbiaceae, cuja importante 
diferença é que em Sebastiania brasiliensis há grande quantidade de látex facilmente perceptível, e 
em Sebastiania commersoniana dificilmente se percebe algum exsudado. 
 Os exsudados podem ser compostos de látex, que possui aspecto leitoso e a coloração 
geralmente branca, podendo ser também amarelada ou avermelhada, de goma ou de resina, de 
coloração transparente ou translúcida. 
 
4.9 Presença de espinhos ou acúleos 
 
 Pode haver no tronco, ramos ou folhas a presença de espinhos ou acúleos. Os acúleos se 
diferenciam dos espinhos por serem estruturas do tecido da epiderme, portando, são estruturas 
ligadas aos tecidos mais externos e, por isso, se destacam facilmente da planta. Não são como os 
espinhos, que contém vasos condutores (xilema e floema) em sua constituição, sendo estruturas 
mais difíceis de serem destacados da planta. 
 Ambos são estruturas importantes para a identificação de espécies. Sua presença ou 
ausência, formato (curvo, reto, etc.), número e localização na planta são importantes características 
dendrológicas. Além disso, o fato de ocorrerem isolados, em pares ou rosetas, auxilia na 
identificação. 
 
4.10 Gemas 
 
 As gemas, que podem ser axilares (localizam-se nas axilas das folhas) ou terminais 
(localizam-se nas extremidades dos ramos), apresentam características dendrológicas importantes 
na identificação, como seu formato, tamanho, coloração e presença ou ausência de pilosidade. 
 Espécies do gênero Ficus possuem gemas terminais características, em formato cônico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 29 
5 PRINCIPAIS GRUPOS TAXONÔMICOS QUE INCLUEM ÁRVORES, PRINCIPAIS 
ESPÉCIES ARBÓREAS E SUAS RESPECTIVAS DISTRIBUIÇÕES GEOGRÁFICAS 
 
 No curso, serão vistas espécies arbóreas e arbustivas nativas da região, assim como 
espécies plantadas. 
*indica que a espécie ocorre naturalmente na região de Lages, SC. 
**são espécies plantadas no município e região, principalmente na arborização urbana. 
 
Espécies arborescentes de pteridófitas: 
 
Família Dicksoniaceae 
Dicksonia sellowiana Hook. (xaxim)* 
Ocorrência natural: Brasil, Uruguai, Paraguai e Bolívia, Floresta Amazônica à América 
Central 
 
Família Cyatheaceae 
Alsophila setosa Kaulf. (samambaiaçu)* 
Ocorrência natural: Brasil, Argentina e Paraguai. 
Descrição: espinhos negros na raqui. 
 
5.1 Gimnospermas 
 
Família Araucariaceae 
Araucaria angustifolia (Bert.) Kuntze (pinheiro-brasileiro)*, ** 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Argentina e Paraguai 
Utilidade: mobiliário, alimentação 
 
Família Cupressaceae 
Chamaecyparis obtusa (Siebold & Zucc.) Endl. (cipreste-dourado)** 
 Ocorrência natural: Japão 
Chamaecyparis pisifera (Siebold & Zucc.) Endl. (cipreste-azul) ** 
 Ocorrência natural: Japão 
Cryptomeria japonica D.Don. (pinheiro-japonês)** 
Ocorrência natural: China e Japão 
Cupressus lusitanica Mill. (cipreste-português)** 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 30 
Ocorrência natural: México, Guatemala, El Salvador e Honduras 
Guildas: exigente em luz, anemocoria 
Descrição: folhas escamiforme, pendentes 
 Utilidade: cerca viva, paisagismo e arborização urbana 
Cupressus sempervirens L. (cipreste-italiano)** 
 Ocorrência natural: Mediterrâneo Oriental 
Juniperus chinensis L. (zimbro-chinês) ** 
 Ocorrência natural: China e Japão 
Descrição: A variedade “Torulosa” possui copa, quando adulta, de forma colunar retorcida. 
Folhas em escamas pequenas verde-escuras com aroma característico. Estróbilos globosospequenos. 
Thuja occidentalis L. (tuia)** 
 Ocorrência natural: Norte americana 
Thuja orientalis L. (tuia)** 
 Ocorrência natural: China e Ásia Oriental 
 
Família Cycadaceae 
Cycas revoluta Thunb. (sagu-de-jardim)** 
Ocorrência natural: Japão até a Indonésia 
Guildas: tolerante ao sombreamento 
Descrição: folhas de 0,5-2,0 m de comprimento, pinadas, com pinas lineares, retas de cor 
verde escura na face superior e verde clara na inferior, apresentam uma única nervura longitudinal 
e margens revolutas 
Utilidade: paisagismo 
 
Família Ginkgoaceae 
Ginkgo biloba L. (ginkgo)** 
 Ocorrência natural: China 
 
Família Pinaceae 
Pinus elliotti (pinheiro)** 
 Ocorrência natural: Sudeste dos Estados Unidos 
Descrição: predominância de duas acículas por nó. 
Pinus taeda L. (pinheiro)** 
 Ocorrência natural: Estados Unidos 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 31 
 Descrição: predominância de três acículas por nó. 
 
Família Podocarpaceae 
Podocarpus lambertii Klotzsch (pinheiro-bravo)*, ** 
 Ocorrência natural: Regiões Sul e Sudeste do Brasil e nos Estados do Ceará e Bahia 
 
5.2 Angiospermas 
 
Angiospermas Basais (Magnoliídeas) 
 
Família Annonaceae: possui espécies de ramos inermes dispostos em “zig-zag” e com casca 
fibrosa (embira), folhas simples de bordos inteiros e nervuras peninérveas e filotaxia alterna dística. 
Não há estípulas. 
Annona rugulosa (Schltdl.) H.Rainer (araticum-de-porco, cortiça)*, ** 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Argentina, Bolívia e Peru 
 
Família Canellaceae: possui espécies de ramos inermes, folhas simples levemente discolores e 
glabras, de bordos inteiros, filotaxia alterna espiralada e aroma picante característico. 
Cinnamodendron dinisii Schwacke (pimenteira, pau-para-tudo)* 
Ocorrência natural: florestas de altitudes do Sudeste e Sul do Brasil 
Guildas: clímax tolerante ao sombreamento, zoocoria 
Descrição: folhas simples, alternas, espiraladas, glabras, discolor, aroma característico, 
nervuras broquidódromas 
Utilidade: recuperação de áreas degradadas 
 
Família Lauraceae: família com espécies de ramos inermes, folhas simples de bordos inteiros, 
filotaxia alterna espiralada ou raramente oposta, sub-oposta ou sub-verticilada e aroma 
característico intenso. O reticulado das nervuras é intenso. Não é estipulada. 
Cinnamomum amoenum (Nees & Mart.) Kosterm. (canela)* 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil e Argentina 
Cinnamomum camphora (canfoeira)** 
 Ocorrência natural: Taiwan, Japão e China 
 Utilidade: arborização urbana 
Nectandra lanceolata Nees (canela-amarela)* 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 32 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste no Brasil, no Estado do Mato Grosso do Sul, Argentina e 
Paraguai 
Descrição: são árvores de médio porte, que podem chegar a 20 m de altura. Possuem folhas 
alternas com a face adaxial geralmente pubescentes na fase jovem e glabras na fase adulta, 
enquanto que, na face abaxial, são sempre tomentosas, com tomentos da cor ferrugíneo-amarelado, 
principalmente sobre as nervuras. As nervuras secundárias, normalmente, apresentam uma 
angulação fechada (≤ 45o) em relação à nervura central. O pecíolo também é tomentoso. As 
nervuras são impressas na face adaxial e salientes na abaxial. 
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez (canela-preta)* 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste no Brasil, no Estado do Mato Grosso do Sul, Uruguai, 
Argentina, Paraguai e Bolívia 
 Descrição: árvore de grande porte. Possui folhas alternas, glabras na face adaxial e podem 
apresentar pelos esparsos na face abaxial. Na face abaxial podem ocorrer domáceas nas axilas 
formadas nas conexões entre a nervura central e as secundárias. A reticulação é fina e densa. 
Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez (canela)* 
Ocorrência natural: Sudeste, Sul e Centro-oeste do Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia 
Guildas: clímax exigente em luz, zoocoria 
Descrição: folhas simples, alternas, espiraladas, nervuras típicas. São árvores que podem 
alcançar 20 m de altura. Suas folhas são glabras de reticulado denso. A característica principal é o 
ápice obtuso-acuminado e os pecíolos finos e de maior tamanho (0,6 a 2,0 cm), comparado com os 
de outras espécies da família. Em alguns casos, esse pecíolo, quando seco, apresenta-se mais 
escuro. 
Utilidade: recuperação de áreas degradadas. 
Ocotea puberula (Rich.) Nees (canela-guaicá)*, ** 
 Ocorrência natural: Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia, Floresta Amazônica à América 
Central. 
Ocotea pulchella Mart. (canela-lageana)*, ** 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil, Argentina e Paraguai. 
 Descrição: são árvores de grande porte. Possui folhas alternas, com pilosidade mais densa 
nas folhas e ramos jovens. Nas folhas adultas, a pilosidade de concentra mais na face abaxial e nas 
nervuras da face adaxial, podendo ser ou não ferrugínea. Possui nervura central impressa e 
reticulação densa. Além disso, a presença de domáceas nas axilas da nervura central em junção 
com as nervuras secundárias é uma característica da espécie. 
Persea major L.E.Kopp (maçaranduba, pau-andrade)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 33 
Persea willdenovii Kosterm. (pau-andrade)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
 
Família Magnoliaceae: as espécies desta família possuem ramos inermes, folhas simples de 
bordos inteiros e filotaxia alterna espiralada. Possui estípulas terminais características. 
Magnolia champaca (L.) Baill. (magnólia-amarela)** 
 Ocorrência natural: Sul e sudeste asiático 
Guildas: clímax exigente em luz, zoocoria 
Descrição: folhas simples, alternas, espiraladas, semi-coriáceas, cheiro frutuoso, ramos 
claros intensamente lenticelados. Flores amarelas 
Utilidade: arborização urbana 
Magnolia liliflora Desr. (magnólia-roxa)** 
 Ocorrência natural: Ásia 
 Descrição: possui flores rosas 
 
Família Piperaceae 
Piper aduncum L. (pariparoba)* 
Ocorrência natural: Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia e América Central. 
 
Família Winteraceae: as espécies possuem folhas simples de bordos inteiros e filotaxia alterna 
espiralada. 
Drimys brasiliensis Miers (casca-d’anta)* 
 Ocorrência natural: Brasil e Bolívia 
Drimys angustifolia Miers (casca-d’anta) 
 Ocorrência natural: sul do Brasil 
 
Monocotiledôneas 
 
Família Arecaceae (Palmae): as espécies possuem o caule em estipe única ou perfilhada, inermes 
ou com espinhos. As folhas são pinadas, bipinadas ou palmadas, também citadas como simples 
pinatipartidas ou flabeliformes, com filotaxia alterna, geralmente espiralada e raramente dística. 
Estas folhas são agrupadas no ápice do estipe, onde está localizada a gema terminal, única 
funcional do estipe. Os folíolos são inseridos em um único plano ou em vários planos e possuem 
nervuras paraleninérveas. 
Butia eriospatha (Mart. ex Drude) Becc. (butiá) *, ** 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 34 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil 
Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beentje & J. Dransf. (areca-bambu)** 
Ocorrência natural: Madagascar 
Guildas: Clímax tolerante ao sombreamento 
Descrição: Folhas pinadas, com folíolos inseridos em um único plano formando um "V" 
Utilidade: Paisagismo 
Livistona chinensis (Jacq.) R.Br. ex Mart. (palmeira-leque)** 
Ocorrência natural: China e Japão 
Guildas: Clímax exigente em luz 
Descrição: Folhas palmadas, divididas até a base, pecíolo longo 
Utilidade: Paisagismo 
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman (jerivá)** 
Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, Estado da Bahia, Uruguai, 
Paraguai e Argentina 
Guildas: clímax exigente em luz, zoocoria 
Descrição: são palmeiras de médio porte que chegam a 20 m de altura. Possui folhas pinadas, 
com folíolos, ou segmentos foliares,dispostos de forma desordenada no raque, em diferentes 
planos, ao contrário de muitas espécies, que possuem os folíolos em plano dístico. A inflorescência 
é do tipo panícula, envolta por uma espata. 
Utilidade: recuperação de áreas degradadas, arborização urbana 
 
Família Asparagaceae 
Cordyline spectabilis Kunth & Bouché (capim-de-anta) ** 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. 
Yucca elephantipes Regel (Yuca-elefante)** 
 Ocorrência natural: Guatemala e México 
 Descrição: tronco dilatado na base 
 Utilidade: paisagismo e arborização urbana 
 
Eudicotiledôneas 
 
Família Adoxaceae 
Sambucus australis Cham. & Schltdl. (sabugueiro)** 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 35 
Família Anacardiaceae: espécies de ramos inermes ou com espinhos, folhas simples ou mais 
frequentemente compostas imparipenadas, de bordos inteiros ou recortados e com filotaxia alterna 
espiralada. Não há estípulas. Há resina, da qual é extraída a terebentina, de uso na indústria e que 
promove o aroma característico da maioria das espécies da família, que é facilmente percebido em 
Mangifera indica L. (manga). 
Lithrea brasiliensis Marchand (bugreiro, aroeira-brava)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Argentina e Uruguai 
Schinus lentiscifolius Marchand (aroeira-do-campo)* 
 Ocorrência natural: Região Sul e Estado do Mato Grosso do Sul no Brasil, Argentina, 
Paraguai e Uruguai 
Schinus molle L. (aroeira-salsa, periquita)** 
Ocorrência natural: Uruguai, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina 
Guildas: Exigente em luz, zoocoria 
Descrição: Folhas pinadas, com 4-12 jugos, folíolos subcoriáceos, glabros, de 3-8 cm de 
comprimento 
Utilidade: Moirões, arborização urbana 
Schinus polygamus (Cav.) Cabrera (assobiadeira) 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Bolívia, Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai 
Schinus terebinthifolius Raddi (aroeira-vermelha, aroeira-mansa)*, ** 
Ocorrência natural: Brasil, Uruguai e Argentina 
Guildas: Exigente em luz, zoocoria 
Descrição: São árvores de pequeno porte que chegam a 10 m de altura. Possui folhas 
compostas imparipinadas, de 10-15 cm de comprimento, com três a dez pares de folíolos dispostos 
de forma oposta em um raque alado. Produz pouca exsudação incolor. As folhas e ramos quando 
macerados apresentam forte aroma de terebentina. 
Utilidade: Moirões, esteios, lenha, carvão, arborização urbana, recuperação de áreas 
degradadas 
 
Família Apocynaceae 
Nerium oleander L. (espirradeira)** 
 Ocorrência natural: Europa e África, na região mediterrânea 
 
Família Aquifoliaceae 
Ilex brevicuspis Reissek (caúna-da-serra)* 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 36 
Ilex dumosa Reissek (caúna-dos-capões)* 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Estados do Mato Grosso e Bahia, Paraguai e 
Argentina. 
Ilex microdonta Reissek (congonha, caúna)* 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Ilex paraguariensis A.St.-Hil. (erva-mate)* 
Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil, Estado da Bahia, Uruguai, 
Argentina, Paraguai e Bolívia 
Ilex taubertiana Loes. (congonha, caúna) 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Ilex theezans Mart. ex Reissek (congonha, caúna-amargosa)*, ** 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil, Estado da Bahia, Argentina e 
Paraguai 
 
Família Araliaceae: espécies de ramos inermes, folhas simples ou compostas (pinadas ou 
pipinadas) de bordos inteiros ou lobados, e filotaxia predominantemente alterna espiralada 
(raramente oposta ou verticilada). Há ou não estípulas. 
Oreopanax fulvus Marchal (figueira-braba, figueira-do-mato)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
 
Família Asteraceae (Compositae): espécies de ramos inermes ou com espinhos, folhas simples de 
bordos inteiros ou recortados, e filotaxia alterna ou oposta. 
Baccharis dentata (Vell.) G.Barroso (vassoura)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Baccharis dracunculifolia DC. (vassoura)* 
 Ocorrência natural: Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia 
Baccharis microdonta DC. 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Baccharis oblongifolia (Ruiz & Pav.) Pers. * 
 Ocorrência natural: Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia 
Baccharis semiserrata DC. (trupichava)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil e Bolívia 
Baccharis uncinella DC. (vassoura)* 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil 
Campovassouria bupleurifolia (DC.) R.M. King & H. Rob. 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 37 
Campovassouria cruciata (Vell.) R.M.King & H.Rob. 
 Ocorrência natural: Brasil e outros países da América do Sul 
Dasyphyllum brasiliense (Spreng.) Cabrera (açucará)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Argentina e Paraguai 
Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabrera (sucará)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Grazielia intermedia (DC.) R.M.King & H.Rob. 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Grazielia serrata (Spreng.) R.M.King & H.Rob. 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro Oeste do Brasil 
Moquiniastrum polymorphum (Less.) G. Sancho (cambará)*, ** 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Estado da Bahia, Uruguai e Argentina 
Piptocarpha angustifolia Dusén (vassourão-branco)* 
Ocorrência natural: Sul do Brasil e Estado de São Paulo 
Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob. (vassourão-preto)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Estado da Bahia e Argentina 
Vernonanthura montevidensis (Spreng.) H.Rob. * 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
 
Família Berberidaceae 
Berberis laurina Billb. (espinho-de-são-joão)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
 
Família Betulaceae 
Alnus subcordata L.** 
 Ocorrência natural: Irã e Cáucasus 
 
Família Bignoniaceae: espécies de ramos inermes, folhas simples, compostas pinadas, bipinadas 
ou digitadas, de bordos inteiros ou recortados, e filotaxia geralmente oposta cruzada (raramente 
verticilada ou alterna). O tronco é lenticelado e não há estípulas. 
Handroanthus albus (Cham.) Mattos (ipê-amarelo, ipê-da-serra)*, ** 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Paraguai e Argentina 
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.) Mattos (ipê-amarelo)** 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil e Argentina 
Handroanthus heptaphyllus (Martius) Mattos (ipê-roxo, ipê-rosa)** 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 38 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil, Estado da Bahia, Uruguai, 
Paraguai, Argentina e Bolívia 
Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste, Nordeste e Centro Oeste do Brasil 
Jacaranda puberula Cham. (carobinha)*, ** 
 Ocorrência natural: Brasil e Argentina 
Jacaranda mimosifolia D.Don. (caroba, jacarandá-mimoso)** 
Ocorrência natural: Argentina, Bolívia e Paraguai 
Guildas: Exigente em luz, anemocoria 
Descrição: Folhas recomposta, opostas, com foliólulos de tamanho de reduzido 
Utilidade: Arborização urbana 
 
Família Boraginaceae 
Cordia americana (L.) Gottshling & J.E.Mill. (guajuvira)** 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil e estados de SP e MS, Argentina, Paraguai e Bolívia. 
 
Família Cannabaceae: possuem ramos inermes ou com espinhos, folhas simples de bordo 
recortado e ásperas, limbo trinervado e filotaxia aterna. 
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. (grão-de-galo)* 
Ocorrência natural: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Amécia Central e Sul da 
América do Norte 
Guildas: Pioneira 
Descrição: Folhas simples, alternas, claras, ásperas, borda denteada, nervuras características, 
espinhos nos ramos. 
 
Família Cardiopteridaceae:espécies de ramos inermes, folhas simples de margem inteira ou 
recortada até espinescente, filotaxia alterna, sem estípulas. 
Citronella gongonha (Mart.) R.A.Howard (congonha)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Mato Grosso do Sul e Argentina 
Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard (congonha)* 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, Argentina e Paraguai 
 
Família Casuarinaceae 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 39 
Casuarina equisetifolia L. (casuarina)** 
 Ocorrência natural: Sudeste Asiático e Oceania 
 
Família Celastraceae 
Maytenus aquifolia Mart. (espinheira-santa)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, estado da Bahia 
Maytenus boaria Molina (coração-de-bugre)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Argentina, Chile, Bolívia e Peru 
Maytenus dasyclada Mart. (cafezinho)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil e Uruguai 
Maytenus evonymoides Reissek (espinheira)* 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil e Paraguai 
Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek (espinheira-santa)* 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil e Estado de São Paulo, Paraguai, Argentina e Bolívia 
 
Família Clethraceae: espécies de ramos inermes, folhas simples com bordos recortaos e filotaxia 
alterna espiralada. 
Clethra scabra Pers. (carne-de-vaca, caujuja)* 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil, Estado da Bahia e Bolívia 
Clethra uleana Sleumer 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil 
 
Família Cunoniaceae: possui espécies com ramos inermes, folhas compostas digitadas ou pinadas, 
filotaxia oposta cruzada e presença de estípulas. 
Lamanonia ternata Vell. (guaperê)* 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste do Brasil, Argentina e Paraguai 
Weinmannia humilis Engl. 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Weinmannia paulliniifolia Pohl (guamimunha)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, estado da Bahia. 
 
Família Elaeocarpaceae: possui espécies de ramos inermes, folhas simples e bordos inteiros, 
filotaxia alterna ou suboposta, com presença de estípulas e pecíolos engrossados na junção com o 
limbo. 
Crinodendron brasiliense Reitz & L.B.Sm. 
 Ocorrência natural: endêmico da região do Campo dos Padres, no Planalto Sul Catarinense 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 40 
Sloanea monosperma Vell. (sapopema, carrapicheira)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil e Estado da Bahia 
 
Família Erythroxylaceae: possui espécies de ramos inermes com ramenta (estípulas imbricadas), 
folhas simples de bordos inteiros e filotaxia alterna espiralada. 
Erythroxylum cuneifolium (Mart.) O.E.Schulz (cocão)* 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil, Estado da Bahia, Argentina, 
Paraguai e Bolívia 
Erythroxylum deciduum A.St.-Hil. (cocão)* 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste do Brasil, Bolívia e Peru 
 
Família Escalloniaceae 
Escallonia bifida Link. & Otto (canudo-de-pito, esponjeira)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil e Uruguai 
 
Família Euphorbiaceae: as espécies desta família possuem ramos inermes ou com espinhos, 
folhas simples ou compostas de bordos inteiros ou, geralmente, recortados, filotaxia alterna 
espiralada, raramente oposta ou verticilada. Há estípulas e, na maioria das vezes, glândulas no 
pecíolo ou no limbo e látex. 
Bernardia pulchella (Baill.) Müll. Arg.* 
Sapium glandulosum (L.) Morong (leiteiro-de-folha-graúda)*, ** 
Ocorrência natural: Brasil, América Central, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia 
Guildas: exigente em luz 
Descrição: são árvores de médio porte que alcançam 25 m de altura. Possuem folhas simples, 
glabras, alternas, estipuladas, peninérveas e de margem levemente recortada, que se adensam em 
direção a ponta dos ramos. Sua principal característica é um par de glândulas salientes no pecíolo, 
próximas à inserção da folha. Os pecíolos são finos e longos e as nervuras são impressas na face 
adaxial e salientes na abaxial. Em algumas regiões, é popularmente conhecida como leiteiro, 
devido à grande quantidade de látex, perceptível até quando se destaca uma única folha. Na região 
Sul do Brasil, é muito comum em fragmentos de Floresta Ombrófila Mista, ocupando o dossel da 
floresta e perdendo suas folhas durante o período frio do ano. 
Utilidade: recuperação de áreas degradadas 
Sebastiania brasiliensis Spreng. (leiteiro-de-folha-fina)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 41 
 Descrição: árvore, em geral, de pequeno porte. Possui folhas simples, alternas, de margens 
recortadas e peninérveas e, de forma geral, é bastante semelhante à Sebastiania commersoniana. 
Distinguiu-se desta por apresentar evidente e abundante quantidade de látex, juntamente com a 
ausência de glândulas no limbo. 
Sebastiania commersoniana (Baill.) L. B. Sm. & Downs (branquilho)* 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Estado da Bahia, Uruguai, Argentina, Paraguai e 
Bolívia 
Descrição: são árvores de pequeno ou médio porte, alcançando 15 m de altura. Possui folhas 
simples, muito variáveis em tamanho do limbo, de filotaxia alterna, peninérveas, com margem do 
limbo inteira ou, na maioria das vezes, levemente recortada, e com presença de estípulas. A 
coloração das folhas quando secas é verde-clara a acizentada, por isso, na Região Sul do Brasil é 
conhecida popularmente como branquilho. Possui pequena quantidade de exsudação, pouco ou não 
perceptível na coleta da planta. Apresenta a característica importante dos ramos possuírem um 
prolongamento, que às vezes se assemelha a um espinho. O limbo possui glândulas (em geral 
quatro, duas de cada lado) próximas à base e nas margens da folha, visíveis, principalmente, na fase 
abaxial. 
 
Família Fabaceae (Leguminosae): família com espécies de ramos inermes, aculeados ou com 
espinhos. As folhas são compostas unifolioladas, bifolioladas, tribolioladas, pinadas ou bipinadas, 
na maioria das vezes com pulvinos. A filotaxia é alterna espiralada. É comum a ocorrência de 
nectários extra-florais na subfamília Mimosoideae e no gênero Senna da sub-família 
Caesalpinioideae. O aroma é característico da Fabaceae. Fabaceae é a terceira maior família de 
angiospermas, com 18.000 espécies, ficando atrás somente de Asteraceae e Orchidaceae (Souza e 
Lorenzi, 2008). 
Acacia podalyriifolia A. Cunn. ex G. Don (acácia-mimosa)** 
 Ocorrência natural: Austrália 
Bauhinia forficata Link (pata-de-vaca)** 
Ocorrência natural: Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia 
Bauhinia variegata L. (pata-de-vaca)** 
Ocorrência natural: sudeste asiático 
Guildas: Clímax exigente em luz, anemocoria 
Utilidade: Caixotaria e obras leves, arborização urbana 
Calliandra brevipes Benth. (caliandra, esponjinha)** 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Calliandra tweedii Benth. (caliandra, esponjinha)** 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 42 
Ocorrência natural: Sul do Brasil e Estado de São Paulo, Argentina e Paraguai 
Guildas: exigente em luz, anemocoria 
Descrição: folhas bipinadas, sem nectário extra-floral 
Utilidade: paisagismo 
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton (rabo-de-bugio, marmeleiro)* 
Ocorrência natural: Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia 
Descrição: são árvores que, freqüentemente, apresentam hábito próximo ao escandente 
quando jovens, ocorrendo, em alguns casos, o perfilhamento na base do caule. Na região sul do 
Brasil, essa espécie é conhecida popularmente como rabo-de-bugio, devido à forma que alguns 
ramos jovens assumem, se enrolando na forma de espiral. São de médio porte, alcançando 15 m de 
altura. O caule apresenta coloração mais escura. Possui folhas imparipinadas de folíolos alternos 
discolores. No final de cada folíolo podehaver um pequeno mucron (prolongamento da nervura 
central). Possui ramos jovens, raque, peciólulos e nervuras centrais da face abaxial pubescentes. 
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong** 
Erythrina cristagalli L. (corticeira-da-serra)* 
Ocorrência natural: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e Equador 
 Descrição: são árvores de médio a grande porte que chegam a 25 m de altura. Possui acúleos 
no caule e folhas compostas trifolioladas, com pecíolo muito longo. 
Inga lentiscifolia Benth. (ingá)* 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil e estado de São Paulo. 
Inga marginata Willd.** 
 Ocorrência natural: Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia, Floresta Amazônica à América 
Central 
Inga vera Willd. (ingá-banana) 
 Ocorrência natural: Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Floresta Amazônica à 
América Central 
Inga virescens Benth.* 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Machaerium paraguariense Hassl. (farinha-seca)* 
Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil, Argentina e Paraguai 
Descrição: são árvores de pequeno porte. Possuem folhas pinadas. As folhas secas ficam 
escuras, salientando as nervuras e raque pilosos ferrugíneas. Possui gemas apicais e axilares bem 
desenvolvidas. 
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel (farinha-seca)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil e Bolívia 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 43 
Mimosa scabrella Benth. (bracatinga)*, ** 
Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Guildas: exigente em luz, anemocoria 
Descrição: folhas compostas muito variáveis, com 4 a 14 pares de pinas opostas de 3-6 cm 
de comprimento, sem nectário extra-floral 
Utilidade: construção civil, recuperação de áreas degradadas 
Muellera campestris (Mart. ex Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo (rabo-de-bugio)** 
Ocorrência natural: Brasil, Argentina e Paraguai 
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan (angico)** 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil e Mato Grosso do Sul, Uruguai, Argentina e Paraguai 
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. (canafístula)** 
Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia 
e Caribe 
Guildas: Exigente em luz, anemocoria 
Descrição: Folhas bipinadas, com 12-20 pares de pinas e 20-30 pares de folíolos por pina 
Utilidade: Construção civil, marcenaria, carrocerias, dormentes, paisagismo e recuperação de 
áreas degradadas 
Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby (cassia-maultijuga)** 
 Ocorrência natural: Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia, Floresta Amazônica à América 
Central 
Senna pendula (Willd.) H.S.Irwin & Barneby (cigarreira)** 
 Ocorrência natural: Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia, Floresta Amazônica à América 
Central 
Tipuana tipu (Benth.) Kuntze (tipuana)** 
 Ocorrência natural: Bolívia e Argentina 
 
Família Fagaceae 
Castanea sativa Mill. (castanheira-portuguesa)** 
 Ocorrência natural: Europa, África e China 
Quercus robur L. (carvalho-europeu, carvalho-vermelho)** 
 Ocorrência natural: Europa, África e Ásia 
 
Família Juglandaceae 
Pterocarya fraxinifolia (Lam.) Spach. (pterocária)** 
 Ocorrência natural: Cáucaso 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 44 
 
Família Lamiaceae 
Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke (tarumã)** 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, estado da Bahia, Uruguai, Argentina e Paraguai. 
 
Família Loganiaceae: espécies com folhas simples e filotaxia oposta cruzada, às vezes verticilada. 
Em geral, há estípulas, que podem ser interpeciolares. 
Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. (anzol-de-lontra)* 
 Ocorrência natural: Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil e Estado da Bahia 
 Descrição: são árvores de pequeno porte que chegam a 6 m de altura. Espécie que apresenta 
filotaxia oposta cruzada e espinhos. Os ramos são dispostos dicotomicamente e, cada vez que se 
ramifica, há a formação de nós salientes. O pecíolo e nervuras na face abaxial são pubescentes, 
enquanto que o restante do limbo é glabro. As folhas são discolores, com a fase abaxial mais clara. 
Possui nervuras secundárias partindo da nervura central, próximo à base, se dirigindo ao ápice da 
folha. 
 
Família Lythraceae 
Lafoensia vandelliana Cham. & Schltdl.** 
 Ocorrência natural: Brasil e outros países da América do Sul 
Lagerstroemia indica L. (extremosa, rezedá)** 
 Ocorrência natural: Índia 
 
Família Malvaceae 
Bastardiopsis densiflora (Hook. & Arn.) Hassl.* 
 Ocorrência natural: no Brasil regiões Sul e Sudeste 
Luehea divaricata Mart. & Zucc. (açoita-cavalo)** 
 Ocorrência natural: Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai 
 
Família Melastomataceae: são espécies de ramos inermes, folhas simples de bordos inteiros ou 
recortados, filotaxia oposta cruzada e nervuras curvinérveas. 
Leandra regnellii (Triana) Cogn. (pixirica)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Miconia cinerascens Miq. (pixirica)* 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil, Argentina e Paraguai 
Miconia hiemalis A.St.-Hil. & Naudin ex Naudin (pixirica)* 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 45 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
Miconia ramboi Brade (pixirica)* 
 Ocorrência natural: Sul do Brasil 
Tibouchina granulosa Cogn. (quaresmeira)** 
 Ocorrência natural: Sudeste do Brasil 
Guildas: pioneira, anemocoria 
Descrição: folhas rijas, pubescentes nas duas faces, de 15-20 cm de comprimento, ramos 
quadrangulares, alados nas arestas 
Utilidade: confecção de objetos leves, arborização urbana 
Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn. (manacá-da-serra) 
 Ocorrência natural: Sul e Sudeste do Brasil 
 
Família Meliaceae: família com espécies de ramos inermes, folhas compostas pinadas ou 
bipinadas e filotaxia geralmente alterna espiralada (raramente oposta). Possui folhas compostas 
pinadas ou trifolioladas, algumas vezes com gema no ápice do raque e, às vezes, com pulvino na 
base. Não há estípulas. 
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. (canjerana)* 
 Ocorrência natural: Brasil, América Central, Bolívia, Argentina e Paraguai 
 Descrição: são árvores de médio a grande porte. Possui folhas, em geral, paripinadas de 
folíolos com base assimética e com a face abaxial apresentando domácias nas axilas da junção da 
nervura central com as secundárias. As folhas são glabras a pilosas e membranáceas. A casca 
externa do tronco apresenta uma coloração mais clara. 
Cedrela fissilis Vell. (cedro)*, ** 
Ocorrência natural: Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Floresta amazônica à 
América Central 
Guildas: exigente em luz, anemocoria 
Descrição: folhas compostas de 60-100 cm de comprimento, com folíolos com base 
assimétrica de 8-14 cm de comprimento 
Utilidade: compensados, esculturas, molduras, móveis e arborização urbana 
Melia azedarach L. (cinamomo)** 
Ocorrência natural: Índia e China 
Guildas: clímax exigente em luz 
Descrição: folhas recompostas, alternas, com folíolos com bordas irregulares 
Utilidade: lenha 
 
APOSTILA DE DENDROLOGIA 
PROF. PEDRO HIGUCHI 
PROFa. ANA CAROLINA DA SILVA 
 
 46 
Família Moraceae: espécies com ramos inermes ou com espinhos, folhas geralmente simples de 
bordo inteiro ou recortado, filotaxia alterna espiralada (raramente oposta), comum presença de 
látex. Há estípulas persistentes ou caducas, muitas vezes terminais, sendo muito comum a 
ocorrência de estípula terminal fundida (Ex.: espécies do gênero Ficus). 
Morus nigra L. (amoreira-preta)** 
 Ocorrência natural: Ázia 
 
Família Myrtaceae: possui espécies de ramos inermes, folhas simples, filotaxia geralmente oposta 
cruzada, raramente verticilada (espécies do continente americano, enquanto que as espécies da 
Oceania são alternas espiraladas), nervuras coletoras, pontuações translúcidas na maioria dos casos, 
bordos inteiros, e nervuras peninérveas. O aroma é característico e não há estípulas. 
Acca

Continue navegando