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MÓDULO 
EDUCACAO DE JOVENS 
 
E ADULTOS 
ÚNICO 
DISCIPLINA 
ALUNO: 
 
APOSTILA 
EJA 
MÓDULO 
EDUCACAO DE JOVENS 
 
DISCIPLINA 
PROFESSOR: 
ALUNO: _ 
 
 
PORTUGUES 
ÚNICO 
E ADULTOS 
PORTUGUÊS
P O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê S
11111
FONOLOGIA;
ORTOGRAFIA;
ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
Bem-vindo (a) caro (a) aluno (a)! Estamos muito felizes de tê-los
conosco em nosso primeiro módulo. Nessa disciplina você vai
apreender a gramática na sua modalidade oral e a gramática na
modalidade escrita. Para isso iniciaremos com um assunto chamado
de FONOLOGIA e em seguida passaremos para a ORTOGRAFIA E
ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
O conhecimento de fonologia é pré-requisito para uma melhor
compreensão do estudo da ortografia e da acentuação gráfica. É
importante que você saíba, que muitos erros cometidos hoje na
gramática, são de caráter fonológico.
Todas as atividades que desenvolvemos para você, têm o objetivo de contribuir para
que você seja um cidadão funcionalmente letrado, ou seja, um indivíduo capaz de
utilizar a linguagem escrita para sua necessidade individual de crescer e ser, como
fala o texto que você acabou de ler, um sábio. Só assim, você vai estar preparado
para uma sociedade que prestigia esse tipo de linguagem como uma ferramenta
importante para a comunicação.
Vamos lá! A língua portuguesa, é a nossa língua mãe, ou seja, a língua
falada em nosso País, portanto, vamos estudar alguns conteúdos que
falarão sobre a constituição da língua, para que possamos entender por
que as palavras muitas das vezes são escritas da mesma forma, porém,
possuem significado diferente.
 Mas o que vem a ser a fonologia? A Fonologia (do Grego phonos = voz/som e logos
= palavra/estudo), portanto, conclui-se que a fonologia é o estudo do sistema sonoro
ou do som de um determinado idioma do ponto de vista de sua função no sistema de
comunicação linguística, ou seja, da ciência que estuda a língua. A fonologia mantém
uma relação com a fonética, entretanto, ambas possuem focos diferentes de estudo.
A fonética vai se preocupar com a natureza física da produção e da percepção dos
sons da fala (chamados de fones), enquanto que fonologia vai se preocupar com a
maneira como eles se organizam dentro de uma língua, classificando-os em unidades
capazes de distinguir significados, chamados de fonemas.
EJA - Ensino Médio para Jovens e Adultos
1
PORTUGUÊS
As figuras ao lado mostra o
aparelho fonador responsável
pela produção dos sons. Para
que a fala seja produzida,
fazemos uso de três grupos de
orgãos que são: O aparelho
fonador que produz qualquer
som, o sistema respiratório que
possui função primária a
respiração e o sistema fonatório
composto pela laringe. Na
laringe, encontramos as cordas
vocais, a glote, epiglote. A
corrente de ar que é expirada
ao passar pelas pregas vocais,
acaba por produzir o som por
meio dessa vibração ocorrida
nas pregas vocais.
2. ORTOGRAFIA.
Acabamos de conhecer a fonologia e as estruturas responsáveis pelo som, com toda
certeza você pode verificar o processo que acontece para que os fonemas sejam
formados. Agora vamos falar sobre a escrita do som produzido pelas pregas vocais,
ou seja, entraremos no campo da ortografia. A ortografia possui uma função muito
importante, pois ela é responsável pela grafia correta das palavras, sendo orientada
pela norma culta do idioma estudado. Em nosso caso, a língua portuguesa, nossa
grafia é baseada no padrão culto da língua.
Em língua portuguesa, assim como, nas demais línguas existentes no mundo
encontramos palavras que são escritas e pronunciadas de forma semelhante,
entretanto, seus significados podem não ser os mesmos. Essa relação de semelhança
entre escrita e pronúncia de palavras com significado recebe o nome de HOMONÍMIA.
A homonímia é dividida em: homônimas homográfas, ou seja, possuem a mesma
grafia com signficado diferente (canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim,
significa música vocal) e as homônimas homófonas quando possuem o mesmo som
com diferentes significados (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do
verbo gostar).
Para que possamos escrever as palavras em língua portuguesa de forma adequada
existem algumas regras que precisam ser seguidas. Vamos conferir abaixo cada
uma dessas regras que nos ajudarão no domínio da língua que falamos em nosso
país.
EJA - Ensino Médio para Jovens e Adultos
2
PORTUGUÊS
O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç :
♦ As palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
corr e sent.
Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão /
inverter - inversão / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão
/ impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso /
discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual.
Escreve-se com SS e não com C e Ç :
♦ Os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou
com verbos terminados por tir ou meter.
Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder -
cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir -
opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão
♦ Quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir
♦ No pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS :
♦ Os vocábulos de origem árabe:
Exemplos: cetim, açucena, açúcar
♦ Os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique.
♦ Os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança,
carapuça, dentuço
♦ Nomes derivados do verbo ter.
Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
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3
PORTUGUÊS
♦ após ditongos
Exemplos: foice, coice, traição
♦ Palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z :
♦ Os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e
títulos nobiliárquicos.
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
♦ Os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
Exemplos: catequese, metamorfose.
♦ As formas verbais pôr e querer.
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
♦ Nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir -
difusão
♦ Os diminutivos cujos radicais terminam com s
Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
♦ após ditongos
Exemplos: coisa, pausa, pouso
♦ Em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális (e) + ar - analisar / pesquis (a) + ar - pesquisar
Escreve-se com Z e não com S :
♦ Os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
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4
PORTUGUÊS
♦ Os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar
♦ Como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ‘“ lápis + inho - lapisinho
O fonema j:
Escreve-se com G e não com J :
♦ As palavras de origem grega ou árabe
Exemplos: tigela, girafa, gesso.
♦ Estrangeirismo, cuja letra G é originária.
Exemplos: sargento, gim.
♦ As terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação
Exceção: pajem
♦ As terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
♦ Os verbos terminadosem ger e gir.
Exemplos: eleger, mugir.
♦ Depois da letra “r” com poucas exceções.
Exemplos: emergir, surgir.
♦ Depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G :
♦ As palavras de origem latinas
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
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5
PORTUGUÊS
♦ As palavras de origem árabe, africana ou exótica.
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
♦ As palavras terminadas com aje.
Exemplos: laje, ultraje.
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH :
♦ As palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
♦ As palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Exemplos: xampu, lagartixa.
♦ Depois de ditongo.
Exemplos: frouxo, feixe.
♦ Depois de en.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Observação :
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio -
(enchente)
Escreve-se com CH e não com X :
♦ As palavras de origem estrangeira
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras E e I :
♦ Os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno
cãibra.
♦ Os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe,
tumultue. Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e - uir: trai, dói,
possui.
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6
PORTUGUÊS
♦ Atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e
pela grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
/ emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião
(brinquedo).
3- ACENTUAÇÃO
Você se preocupa em acentuar as palavras, quando necessário? Pois é, muitas
pessoas não dão valor à acentuação, acham que não tem problema em esquecer
uma vírgula, um ponto final ou mesmo um parêntese, ou simplesmente ignoram os
sinais. Entretanto, é importante que você saiba que uma vírgula ou um ponto, pode
mudar completamente o sentido da oração. Então, vamos nos preocupar com a
acentuação.
Quando falamos sobre acentuação estamos falando de sinais gráficos que são usados
para destacar a sílaba tônica das palavras. Mas, esses sinais seguem regras
determinadas pela gramática de uma língua. Partindo da ideia de uma sílaba tônica
(forte), estaremos caminhando para uma grafia correta das palavras segundo os
padrões de acentuação proposto pela língua portuguesa, lembrando que desde 2009,
vigora um novo acordo ortográfico, o qual provoca uma mudança no sistema gráfico,
sugerindo uma nova adequação quanto à grafia de algumas classes de palavras.
Em relação à posição da sílaba tônica temos:
1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou não de
“S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”.
Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como
“ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”.
Ex.
Chá Mês Nós 
Gás Sapé Cipó 
Dará Café Avós 
Pará Vocês Compos 
vatapá pontapés Só 
Aliás português Robô 
dá-lo vê-lo Avó 
recuperá-los Conhecê-los pô-los 
guardá -la Fé compô -los 
réis (moeda) Véu Dói 
méis céu Mói 
pastéis Chapéus Anzóis 
ninguém parabéns Jerusalém 
^
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PORTUGUÊS
2. Acentuamos as p alavras p aroxítonas quando terminadas em:
√√√√√ L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
√√√√√ N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
√√√√√ R – câncer, caráter, néctar, repórter.
√√√√√ X- – tórax, látex, ônix, fênix.
√√√√√ PS – fórceps, Quéops, bíceps.
√√√√√ Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
√√√√√ ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
√√√√√ I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
√√√√√ ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
√√√√√ UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
√√√√√ US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes
(semivogal+vogal ):
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
3. Todas as prop aroxítonas são acentuadas.
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, público,
pároco, proparoxítona.
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
√√√√√ Formarem sílabas sozinhas ou com “S”
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
IMPORTANTE
Por que algumas palavras como “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se
todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de “ruim”,
“cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes
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8
PORTUGUÊS
já soam forte por natureza, tornando naturalmente a sílaba “tônica”, sem precisar de
acento que reforce isso.
5. Trema
O trema, segundo a nova ortografia deixou de ser usado em língua portuguesa de
um modo geral. Ele permanece apenas em nomes próprios e seus derivados, de
origem estrangeira. Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele
só vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira,
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
6. Acento Diferencial
O acento diferencial permanece nas palavras:
Pôde (passado), pode (presente)
pôr (verbo), por (preposição)
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no
singular ou plural:
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: conter,
manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
Importante!
A nossa língua portuguesa é um tesouro muito valioso. Confira as regras de
acentuação e outras curiosidades em “A língua de Eulália: novela sociolinguística”
de Marcos Bagno. Contexto, 2006.
Ufa! Terminamos a primeira unidade. Agora, depois, de um relaxamento, volte e
estude mais uma vez, assim, você apreenderá melhor o assunto.
SINGULAR PLURAL 
Ele tem Eles têm 
Ele vem Eles vêm 
 
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PORTUGUÊS
Desde os tempos mais remotos, o homem como ser social está preocupado com a
comunicação. Expressamos nossas frustrações, vitórias, amor, por meio de uma
linguagem verbal, ou seja, fazemos uso de palavras que expressam qual tipo de
relação tenho mantido com as pessoas com quem convivo, tanto em relações
familiares quanto em relações de trabalho. Essa comunicação deve atender um
objetivo estipulado pelo emissor (a pessoa que comunica) que atinge um receptor (a
pessoa que recebe o que se quer comunicar).
Essa linguagem, muitas das vezes além do propósito de comunicar algo, faz com
que o receptor da mensagem tenha algum conhecimento de mundo sobre aquilo que
esta sendo dito para que o processo comunicativo seja efetivado. Neste processo do
ato comunicativo, existem alguns elementos que ajudam no entendimento dos atores
no processo de comunicação. Como participantes do processo comunicativo, temos:
Emissor: a pessoa que deseja comunicar algo enviando determinadas mensagens
a alguém.
Receptor: A pessoa que recebe a mensagem enviada pelo emissor, a quem a
mensagem se destina.
Referente (ou contexto): O assunto que envolve a mensagem.
Canal: O meio material, suporte físico que transporta a mensagem.
Mensagem: As informações transmitidas.
Código: Sistema de elementos linguísticos e de regras para combiná-los, conhecido
tanto pelo emissor como pelo receptor. Quando se considera a comunicação verbal,
o código é uma Língua em sua modalidade oral ou escrita.
Funções da Linguagem
Uma mensagem é constituída de forma e conteúdo: como se diz e o que se diz.
Quando ao comunicar algo percebemos que há uma preocupação na elaboração do
que vai ser dito na mensagem estamos falando da FUNÇÃO POÉTICA OU ESTÉTICA
da linguagem, pois há a valorização da mensagem em si mesma por meio de recursos
linguísticos.
P O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U ÊSP O R T U G U Ê S
22222 NÍVEIS DE LINGUAGEM
EJA - Ensino Médio para Jovens e Adultos
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PORTUGUÊS
Exemplo: “Eu me sinto tão preso a esta terra chamada Pará que chego a sentir o
pulsar da terra dentro do meu peito.”
Neste comentário, encontramos muito valor na pessoa do paraense que tem amor ao
Paráribeirinho, o fator mais importante neste momento é o próprio eu, a pessoa
quem fala (ou escreve), como você pode perceber no exemplo anterior.
Quando damos ênfase à função emotiva ou expressiva da mensagem, da informação,
temos exemplo predominante de FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA, o fator
importante é o “eu”. Encontramos exemplo de uso dessa função em desabafos,
diários pessoais, entrevistas, confidências, declarações de amor, nos quais podemos
perceber a valorização da função emotiva ou expressiva do texto.
Independente da função predominante em um texto, outras funções da linguagem
aparecem e formam o todo e qualquer texto.
Observe, agora, o texto abaixo:
“Segundo especialistas, a exploração do açaí é um dos melhores
caminhos para a utilização sustentada da floresta, contribuindo para a
manutenção das populações ribeirinhas em seu próprio habitat e de
sua cultura.”
Neste exemplo, o elemento mais importante é a informação, também chamada
referente ou contexto. Quando há o predomínio da informação, podemos observar a
utilização da FUNÇÃO REFERENCIAL . A função referencial predomina na exposição
científica, em jornais, documentários, trabalhos científicos e em mensagens objetivas.
Ei! Você já foi ao Ceará? Você conhece as maravilhas do Ceará?
Acho que com esse EI! Consegui chamar um pouco sua atenção, não é?
Pois bem, quando fazemos uso de expressões, por exemplo, que estabelecem contato
– Ei!, Olá!, Alô? - estamos utilizando outro tipo de função da linguagem - a FUNÇÃO
FÁTICA . Essa função, então, destaca o canal de comunicação.
Percebemos a preocupação do emissor com o canal, com a atenção de quem está
ouvindo ou lendo um texto. Podemos afirmar que o referente da função fática, que o
ponto chave dessa função é a própria comunicação, para que com a devida atenção
a mensagem seja efetivamente transmitida.
Quando, no entanto, a intenção do emissor é que a informação seja compreendida,
entretanto, o foco não recai sobre a mensagem e sim sobre o receptor, o qual
consegue se perceber como fator essencial no processo comunicativo fazendo-se
uso da FUNÇÃO CONOTATIVA OU APELATIVA, muito utilizada em propagandas.
EJA - Ensino Médio para Jovens e Adultos
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PORTUGUÊS
Veja um exemplo:
“Põe tapioca, põe farinha d´água, põe açúcar, não põe nada” (Música “Sabor
Açaí” de Nilson Chaves. Aqui você pode perceber umas das características de
função conotativa ou apelativa, o uso dos imperativos (põe, não põe). O uso de
vocativos também caracteriza este tipo de função.
Em muitos momentos temos nossa atenção focada no código, ou seja, a língua
empregada. Por exemplo, você já deve ter percebido a ocorrência do ícone
“RESIGNIFICANDO PALAVRAS” no nosso livro. Já observou? Muito bem! Aquelas
palavras desconhecidas e o significado que aparece ao lado de cada uma delas é
um exemplo sobre a atenção da linguagem sobre si mesma. Quando a mensagem
tem como referente à própria linguagem, e, nesse caso, procuramos explicar o
significado de palavras do nosso idioma, a língua portuguesa, faz nesse momento
uso da FUNÇÃO METALINGUÍSTICA.
Veja mais um exemplo dessa função:
“Um ditado bastante popular no norte diz que “quem foi ao Pará parou, tomou açaí,
ficou”. Em língua tupi, açaí quer dizer fruta ácida.” (www.saudenarede.com.br)
Observe que utilizamos a língua portuguesa para explicar uma palavra (açaí) da
própria língua portuguesa.
Importante: Podem ocorrer mais de uma Função de Linguagem em textos diferentes.
Isso significa que há apenas predominância de uma sobre a outra. Procure nos
textos dessa unidade encontrar mais de uma função.
Importante!
Quer conferir mais sobre níveis de linguagem acesse: www.pciconcursos.com.br/
aulas/portugues/niveis-de-linguagem.
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PORTUGUÊS
P O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê S
33333
A INTERTEXTUALIDADE;
AS VÁRIAS VOZES
PRESENTES NO TEXTO.
Caro (a) aluno (a), você deve estar se perguntando o que viria a ser
intertextualidade? Seria algo relacionado aos textos literários? Nesse
caso não estaríamos entrando no campo da literatura? Quando lemos
um texto em língua portuguesa fazemos uso do nosso conhecimento
de mundo para compreender as ideias do autor como vimos no capítulo
que fala sobre os níveis de linguagem, no qual existem alguns elementos
que contribuem para o conhecimento da mensagem assim como, para
quem ela é destinada. Encontramos a intertextualidade em todos os
textos.
A intertextualidade acontece quando escrevemos algo que faça referência, ou seja,
que tenha sido baseado em um texto que existia anteriormente escrito por outra
pessoa que nos serviu de inspiração para nosso o próprio texto. A intertextualidade
também pode ser encontrada em músicas, na pintura, filme, novela e etc. Existem
alguns mecanismos que nos permitem fazer uso da intertextualidade. Estes
mecanismos são a paródia e a paráfrase.
A paródia
A paródia age sobre o texto original, entretanto, ela será um instrumento de
contestação ou agirá de forma a ridicularizar o texto, pois ela rompe com as ideias
dos textos, transformando o sentido original.
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
EJA - Ensino Médio para Jovens e Adultos
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PORTUGUÊS
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um
contexto histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por
Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que foi
substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil.
Um exemplo de que a paródia não se restringe aos textos escritos e a propaganda
televisada é a da paródia no ambiente publicitário e a propaganda da “bom brill”, a
qual faz referência, ou a paródia de uma obra muito conhecida do pintor Italiano
Leonardo Da Vinci, conhecida como a Mona Lisa. Neste caso, não são ideias
contestadas e sim um quadro de época que é ridicularizado ao colocar o garoto
propaganda da “bom brill” como a Mona Lisa para através da ironia cria algo divertido
e que servisse ao jogo do mundo capitalista que é expresso pelo jargão bastante
conhecido “Bom brill, mil e uma utilidades, marca registrada de Leonardo Da Vinci
que fora engenheiro, artista, etc.”
Paráfrase
Anteriormente estudamos a paródia que contesta ou ridiculariza a ideia do autor,
entretanto, na paráfrase, não mexemos nas ideias do texto, ocorrendo apenas a
confirmação por meio de um novo texto reafirmando os sentidos dentro do texto
citado. Resumindo, a paráfrase é uma forma de citar as ideias de um texto que já
fora escrito com novas palavras. Temos um exemplo citado por Affonso Romano
Sant’Anna em seu livro “Paródia, paráfrase & Cia” (p. 23):
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham
saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França
e Bahia”).
Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de
paráfrase e de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto
primitivo conservando suas ideias, não há mudança do sentido principal do texto que
é a saudade da terra natal.
EJA - Ensino Médio para Jovens e Adultos
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PORTUGUÊS
Ao escrever um textodevemos sempre estar atentos aos elementos que compoem a
mensagem e qual tipo de público queremos atingir de acordo com a unidade 2 que
fala sobre elementos e niveis de línguagem. Nessa perspectiva, devemos estar atentos
não somente ao que queremos comunicar, precisamos ter claro que línguagem sera
usada para que este texto seja compreensível, ou seja, permita ao leitor compreender
o sentido existem nele. Como conseguiremos organizer esse texto contribuindo para
a compreensão do mesmo? Neste momento, entra em cena a coerência textual.
Quando fazemos uma redação esperando que ocorra coerência, as ideias devem se
completar. Não acontecendo à amarração dessas ideias, ou seja, se elas não estiverem
completando umas as outras, não haverá uma união do enunciado entre as frases
fazendo que haja uma contradição, quebrando a linha de raciocínio. Quando isso
acontece, dizemos que houve um quebra de coerência textual.
A coerência é o resultado da relação harmônica, ou seja, equilibrada entre as partes
do texto e do texto com relação ao mundo. Ela é também auxiliada pela coesão
textual, isto é, a compreensão de um texto é melhor compreendida com o auxílio de
conectivos, preposições, etc.
Vejamos alguns exemplos de falta de coerência textual:
“No verão passado, quando estivemos na capital do Ceará Fortaleza,
não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto que chegou a nevar”
“Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta consegue
sobreviver.”
“Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não ouvi o sabiá cantar”
“Todo mundo destrói a natureza menos todo mundo”
Coesão Textual
A coesão é a ligação entre as partes do texto no que diz respeito ao sentido que se
estabelece entre o que se quer declarar e as sentenças. Em nossa língua materna,
ocorrem dois tipos de coesão: a lexical e a gramatical. A coesão lexical, ou seja, a
coesão feita por meio de palavras é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos,
nomes genéricos e formas elididas. Já a coesão gramatical é conseguida a partir do
emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinado advérbios e expressões
adverbiais, conjunções e numerais.
P O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê SP O R T U G U Ê S
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O TEXTO E SUA COERÊNCIA;
COESÃO TEXTUAL
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PORTUGUÊS Para que possamos entender de forma mais clara a coesão existem alguns
mecanismos que devem ser usado. Vejamos alguns exemplos:
1. Perífrase ou antonomásia - expressão que caracteriza o lugar, a coisa ou a
pessoa a que se faz referência.
Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade
maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade e
carnaval.
2. Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um verbo enunciado
anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: um verbo retomar um substantivo
já enunciado.
Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não foi
aceita pelo juiz responsável pelo caso. / O testemunho do rapaz desencadeou uma
ação conjunta dos moradores para testemunhar contra o réu.
3. Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda que se considere
a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem a não repetição
de palavras.
Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito
sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um lugar de
destaque no evento.
4. Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas vezes há a necessidade
de repetir uma palavra, principalmente se ela representar a temática central a ser
abordada. Deve-se evitar esse tipo de procedimento ou, ao menos, afastar as duas
ocorrências o máximo possível, embora esse seja um dos vários recursos para
garantir a coesão textual.
Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno. São
vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido uma
preocupação constante dos governantes mundiais.
5. Um termo síntese usa-se, eventualmente, através de uma espécie de resumo de
vários outros termos precedentes, como uma retomada.
Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme
quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois de
tudo isso, ainda falta a emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas
essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil.
6. Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de
referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Para o emprego
adequado, convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes.
Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-las sem a devida
orientação. / A instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus funcionários
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PORTUGUÊS
trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de funcionamento. / A mãe
amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto à outra.
7. Numerais - São as expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam
dados anteriores numa relação de coesão.
Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia
à administração do colégio. / As crianças comemoravam juntas a vitória do time do
bairro, mas duas lamentavam não terem sido aceitas no time campeão.
8. Advérbios pronominais (classificação de Rocha Lima e outros) - As expressões
adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí servem como referência espacial para
personagens e leitor.
Ex.: Querido primo, como vão as coisas na sua terra ? - Aí todos vão bem ? - Ele não
podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas horas admirando as
belezas do Rio.
9. Elipse - Essa figura de linguagem consiste na omissão de um termo ou expressão
que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas referências do contexto.
Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar
tudo para a assembléia com os acionistas.
10. Repetição de parte do nome próprio - Machado de Assis revelou-se como um
dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado garante
a diversidade temática e a oferta de variados títulos.
11. Metonímia - Uutra figura de linguagem que é bastante usada como elo coesivo,
por substituir uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contiguidade
semântica.
Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O Planalto
não revelou ainda a taxa deste mês.
Quer saber mais sobre a paródia e a paráfrase. Acesse o site:
www.brasilescola.com/redação/parafrase-paródia.htm
Caro (a) aluno (a)! Chegamos ao final de nosso módulo que tratou
sobre a nossa língua mãe. Acreditamos em todos vocês grandes sábios
do futuro que irão construir uma sociedade mais justa. Esperamos ter
contribuído para a formação de grandes profissionais que conheçam e
façam uso com propriedade da norma padrão da língua falada no Brasil.
Na próxima unidade falaremos sobre os substantivos e as classes de
palavras que usadas em textos padrões. Aguardamos todos vocês.
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PORTUGUÊS
Estamos muito felizes de tê-los mais uma vez em nossa
viagem no estudo da língua portuguesa. Nesta unidade
veremos conteúdos que contribuirão para nossas vidas
como seres de uma sociedade em plena
transformação. Nas unidades estudadas anteriormente
falamos sobre a formação da língua desde os órgãos
responsáveis pela fala até a coerência e coesão na
hora de escrever um texto utilizando a norma padrão
lembrando que do nosso compromisso com as regras
da nova reforma ortográfica mostrando nossa
responsabilidade com você aluno (a) e a atualidade da língua portuguesa. Sejam
Bem-vindos e mãos a obra!
Nesta unidade estudaremos os subst antivos. V ocê sabe o que é
o substantivo?
Ao falarmos em substantivo estamos falando da classe de palavras
que nomeia os seres, estados, qualidades, sensações e
sentimentos.
Ex: Homem,frio, beleza, amor, sapato.
Os substantivos são classificados em categorias. Elas são: substantivo comum, próprio,
primitivo, derivado, simples, composto, coletivo
Substantivo comum: é usado quando fazemos referência a uma espécie de forma
bastante geral. Ex: caderno, povo, notebook, gato.
Substantivo próprio: é usado para falar de um ser específico, relacionado a ser
determinado. Ex: João, Belém,Karla, Antonio, Afuá, São Paulo.
Substantivo concreto: faz referência ao que é real, ou seja, algo que palpável, que
faz parte do mundo como nos o conhecemos. Ex: Carro, edifício, janela.
Substantivo abstrato: faz referência às ações praticadas pelo homem, seus
sentimentos e sensações que são dependentes do ser ou objetos para existirem. Ex:
Trabalho, amor, dor, sair.
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55555
CATEGORIAS GRAMATICAIS
VARIÁVEIS: SUBSTANTIVO,
ARTIGO; ADJETIVO;
PRONOME; VERBO.
P O R T U G U Ê S
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PORTUGUÊSSubstantivo primitivo: é a palavra original, ou seja, não se origina de nenhuma
outra palavra. Ex: Jornal, homem, pedra, gato.
Substantivo derivado: tem sua origem a partir de um substantivo primitivo, ou seja,
um substantivo pode servir de material para criação de outros substantivos a partir
do que chamamos de radical. O radical é a alma da palavra
Ex: Pedra - pedreira (radical= Pedr + eira = sufixo), jornalista (radical= jornal, ista=
sufixo)
Substantivo simples: é formado por apenas uma palavra com um único radical. Ex;
Pedra, pedreiro, jornal, jornalista, carro, carroceria.
O substantivo composto: é formado por uma ou mais palavras, ou seja, um ou
mais radicais. Ex: Aguardente, passatempo, antessala, ultrassonografia.
Que algumas palavras como antessala, ultrassonografia mudaram
sua gráfica após a nova reforma ortográfica. “Palavras compostas
nas quais a primeira palavra é terminada em vogal e a segunda é
iniciada pelas consoantes” ou “s” dobramos a consoante da segunda
palavra. Ex: antessala, ultrassonografia.
IMPORTANTE!
Substantivo Coletivo
O substantivo coletivo faz referência aos elementos de um mesmo grupo representados
por uma palavra no singular. Ex: abelha, enxame, cortiço, colméia, acompanhante,
comitiva.
Artigo
Classe de palavras que é colocada antes do substantivo tem como função determiná-
lo ou indeterminá-lo, indicando, também, o gênero (masculino/feminino) e o número
(singular/plural). Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.
Artigos definidos – São aqueles usados para indicar seres determinados,
expressos de forma individual, ora represent ados por: o, a, os, as. Tornando
prática a presente afirmação, constatemos os exemplos:
A funcionária se veste muito bem. As funcionárias se vestem muito bem.
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar seres de modo vago,
impreciso, ora represent ados por um, uma, uns, umas. Assim , verifiquemos os
exemplos:
Uma aluna se sobressaiu entre as demais. Umas alunas se sobressaíram entre
as demais.
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PORTUGUÊS
Os artigos seguem algumas regras para sua utilização. Vamos conferir algumas
dela:
√ Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”:
Ex: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
√ Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não:
Ex: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
√ Quando indicado no singular , o artigo definido pode indicar toda uma
espécie:
Ex: O trabalho dignifica o homem.
√ No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade
ou afetividade, é facultativo o uso do artigo:
Ex: Cristina é a mais extrovertida das irmãs.
 O Pedro é o xodó da família.
√ No caso de os nomes próprios personativos estarem no plural, são
determinados pelo uso do artigo:
Ex: Os Maias, os Incas, Os Astecas...
√ Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo (a) para conferir uma
ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o pronome assume a noção de
qualquer .
Ex: Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
 Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. (qualquer classe)
√ Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facult ativo:
Ex: Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
Para conferir as mudanças na nova ortografia você pode acessar sites
como http://www.slideshare.net/budal202/substantivos-compostos-novo-
acordo e ficar mais intimo das mudanças ocorridas em nossa língua
materna.
Advérbio
Advérbio é a classe de palavras que tem como função modificar o verbo, adjetivo
ou o próprio advérbio:
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PORTUGUÊS
Exemplos:
1.Ela estava tão apressada que esqueceu seu livro de matemática comigo.
...[apressada: adjetivo]
...[tão: advérbio = modificador do adjetivo]
...[livro de matemática = locução adjetiva = modificador do substantivo]
2.Ninguém manda aqui !
...[mandar: verbo]
...[aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo]
Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias
do processo verbal, por isso considerá-los um determinante. Cada uma dessas
circunstâncias indicadas pelos advérbios justifica os vários tipos de advérbios na
nossa língua (circunstância de lugar, modo, tempo, etc.).
Adjetivo
É a classe de palavras que tem como função caracterizar o substantivo, atribuindo-
lhe qualidade ou característica, estado ou modo de ser.
Flexão de adjetivos
Os adjetivos podem sofrer três tipos de flexão: por gênero, por número e por grau.
Flexão de Gênero
Quanto a flexão de gênero, os adjetivos são divididos em dois tipos ou gêneros:
·Adjetivos uniformes : Apresentam uma única forma para os dois gêneros (masculino
e feminino). Exemplos: empregado, competente.
·Adjetivos biformes : Apresentam duas formas para os dois gêneros (masculino e
feminino). Exemplo: o homem burguês (masculino)/a mulher burguesa (feminino)
Para formar o feminino, os adjetivos levam a vogal -a no final do adjetivo e para
formar o masculino eles levam a vogal -o no final do adjetivo. Exemplo: criativo
(masculino)/criativa (feminino). Pode haver exceções, como no caso dos masculinos
terminados em -eu, que podem fazer o feminino em -eia (europeu, europeia).
Flexão de Número
O adjetivo flexiona-se no plural de acordo com as regras existentes
para o substantivo.
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PORTUGUÊS
·Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai para o plural.
Exemplo: poemas herói-cômicos
Há exceção para o adjetivo surdo-mudo, que faz o plural surdos-mudos.
♦ Não há variação de número nem de gênero para os seguintes casos:
√ adjetivos compostos com nome de cor + substantivo: olhos verde-mar
√ adjetivo azul-marinho: calças azul-marinho
√ locuções adjetivas formadas pela expressão cor + de + substantivo:
chapéus cor-de-rosa
√ os substantivos empregados em função adjetivas quando está implicita
a ideia de cor: sapatos cinza
Regras para flexão de número para adjetivos compostos
♦ Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural
Exemplos:
* lente côncavo-convexas
♦ Nos adjetivos cores, eles ficam invariáveis quando o último elemento for um
substantivo
Exemplos:
* papel azul-turquesa/papéis azul-turquesa;
* olho verde-água / olhos verde-água
Flexão de Grau
A única flexão de grau propriamente dita dos adjetivos é entre o grau normal e o grau
superlativo absoluto. Exemplos: atual - atualíssimo , negro - nigérrimo , fácil -
facílimo . Algumas palavras ainda admitem o grau comparativo. Exemplos: grande -
maior , pequeno - menor , bom - melhor (não confundir com o advérbio bem -
melhor . Exemplo: Esse é bom , aquele é melhor ‘“ Ele fez bem , você fez melhor ).
Nos demais casos, o grau é indicado não por flexões, mas por advérbios. São
distintos os seguintes graus:
♦ Comparativo de igualdade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de
igualdadea outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto, ...assim
como..., tão...quanto, ...do mesmo jeito que..., e outras variações. Por exemplo:
“Fulano é tão alegre quanto sicrano”.
♦ Comparativo de superioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um
grau de superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que
ou mais...do que. Exemplo: “José é mais alegre que Pedro”.
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PORTUGUÊS
♦ Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau
de inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: menos...que ou
menos...do que. Exemplo: “José é menos alegre que Pedro”.
♦ Superlativo absoluto (analítico): Exprime um aumento de intensidade sobre o
substantivo determinado pelo adjetivo, sem compará-lo com outros da mesma espécie.
Exemplo: “José é muito alto”.
♦ Superlativo absoluto (sintético): É expresso com a participação de sufixos. O
mais comum é –íssimo . Exemplo: “Trata-se de um artista originalíssimo”, “Seremos
tolerantíssimos”.
♦ Superlativo relativo de superioridade: Exprime uma vantagem de um ser entre
os demais da mesma espécie. Exemplo: “José é o mais alto de todos”.
♦ Superlativo relativo de inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser
entre os demais da mesma espécie. Exemplo: “José é o menos alto
Pronome
É classe de palavra (variável em gênero, número e pessoa) que acompanha ou
representa o substantivo, serve para apontar uma das três pessoas do discurso ou
situá-lo no espaço e no tempo.
O pronome pode funcionar como:
- Pronome adjetivo: quando modifica um substantivo.
 Esta casa é antiga.
- Pronome substantivo: quando desempenha função de substantivo.
Paulo é um ótimo aluno. Convidei-o para o curso.
Observação: o pronome expressa um ser apenas quando inserido num contexto.
As três pessoas do discurso:
- primeira pessoa: aquela que se refere à pessoa que fala: eu, me, mim, meu...
- segunda pessoa: aquela que se refere à pessoa com quem se fala: tu, te, ti, teu...
- terceira pessoa: aquela que se refere à pessoa de quem se fala: ele, ela, se, si,
seu...
Verbo
É a palavra variável que exprime um fato acontecido em algum momento no tempo,
podendo ser uma ação, estado ou fenômeno da natureza.
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PORTUGUÊS
Os verbos apresentam três conjugações. Elas são: regulares, irregulares e de
defectivos, os quais podem ser compreendidos abaixo.
- Verbos regulares: são o modelo de conjugação verbal.
- Irregulares: não seguem a mesma forma apresentada pelos verbos regulares, ou
seja, não apresentam um padrão no momento que são flexionados, por exemplo:
ouvir (ouço/ouve, estar - estou/estão);
- Defectivos: são os verbos que não são flexionados em todas as pessoas, tempo
ou modos verbais (falir - no presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do
plural). Os defectivos distribuem-se em três grupos: impessoais, unipessoais (vozes
ou ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibilidade
de confusão com outros verbos;
As conjugações
 Agora que já conhecemos os tempos primitivos e seus derivados, podemos montar
os modelos; no caso, de conjugação verbal do verbo partir e ser .
Modo indicativo
 Presente
 
Pretérito perfeito
 
Pretérito imperfeito
 
parto sou 
partes és 
parte é 
partimos Somos 
partis sois 
partem são 
 
Parti Fui 
partiste foste 
partiu foi 
partimos fomos 
partistes fostes 
partiram foram 
 
partia era 
partias eras 
partia era 
partíamos éramos 
partíeis éreis 
partiram eram 
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PORTUGUÊS
 Pretérito mais-que-perfeito
 
 
Futuro do presente
 
 
Futuro do pretérito
 
 
Modo subjuntivo
Presente
 
 
fora partira 
foras partiras 
fora partira 
fôramos partíramos 
fôreis partíreis 
foram partiram 
 
partirei serei 
partirás serás 
partirá será 
partiremos seremos 
partireis sereis 
partirão serão 
 partiria seria 
partirias serias 
partiria seria 
partiríamos seríamos 
partiríeis seríeis 
partiriam seriam 
 parta seja 
partas sejas 
parta seja 
partamos sejamos 
partais sejais 
partam sejam 
parto sou 
és 
parte é 
partimos Somos 
partem são 
Parti Fui 
partiste foste 
partiu foi 
partistes fostes 
partia era 
partias eras 
partia era 
partíeis éreis 
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PORTUGUÊS
Pretérito imperfeito
 
 
Futuro
 
Modo imperativo
Afirmativo
 
Negativo
 
 
 partisse fosse 
partisses fosses 
partisse fosse 
partíssemos fôssemos 
partísseis fôsseis 
partissem fossem 
 partir for 
partires fores 
partir for 
partimos formos 
partirdes fordes 
partirem forem 
 Parte (tu) Sê (tu) 
Parta (você) Seja (você) 
Partamos (nós) Sejamos (nós) 
Parti (vós) Sede (vós) 
Partam (vocês) Sejam (vocês) 
 não Partas (tu) não Sejas (tu) 
não Parta (você) não Seja (você) 
não Partamos (nós) não Sejamos (nós) 
não Partais (vós) não Sejais (vós) 
não Partam (vocês) não Sejam (vocês) 
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PORTUGUÊS
Formas nominais
Infinitivo impessoal
 
Infinitivo pessoal
 
 
Gerúndio
Particípio
 
 partir ser 
 partir ser (eu) 
partires seres (tu) 
partir se (ele) 
partirmos sermos (nós) 
partirdes serdes (vós) 
partirem serem (eles) 
 partindo sendo 
 partido sido 
partisse fosse 
partisses fosses 
partisse fosse 
partíssemos fôssemos 
partísseis fôsseis 
partir for 
partires fores 
partir for 
partimos formos 
partirdes fordes 
Parte (tu) Sê (tu) 
Parta (você) Seja (você) 
Partamos (nós) Sejamos (nós) 
Parti (vós) Sede (vós) 
Partam (vocês) Sejam (vocês) 
não Partas (tu) não Sejas (tu) 
não Parta (você) não Seja (você) 
não Partamos (nós) não Sejamos (nós) 
não Partam (vocês) não Sejam (vocês) 
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PORTUGUÊS
A internet nossa de cada dia
A internet inegavelmente trouxe muitos benefícios entre eles, os que permitem que
a comunicação seja virtual por meio das ferramentas entre elas: MSN, e-mail,
Orkut, os quais retransmitem milhares de informações em um pequeno espaço de
tempo permitindo com isso o estreitamente de fronteiras, pelos menos as virtuais
que não dependem de cor, raça, credo ou religião.
Muitos benefícios são percebidos na área educacional trazendo cultura, informação
e educação em um ambiente totalmente digital que é bastante necessário ao homem
moderno.
Mas há um lado negativo que é a exclusão digital, ou seja, muitas pessoas estão
sem acesso à internet e do ponto de vista tecnológico estão excluídas digitalmente.
Nesse caso, cabe aos governantes de nosso país oferecer a toda população serviços
que facilitem a vida dos cidadãos, proporcionando, desse modo, um novo canal
para o exercício da cidadania.
Enfim, percebemos que a internet se tornou um dos recursos mais utilizado em
nosso cotidiano, pela diversidade de opções que apresenta, sendo essencial para
nossas vidas, no qual todo cidadão precisa ter acesso, para ampliar seus
conhecimentos, sua cidadania e estar atualizado com mundo, fundamental nesta
era da informação. http://educacaodetudoumpouco.blogspot.com/2009/03/
importancia-da-internet-no-nosso-dia.html.
Compreendida a mensagem? Aposto que sim, pois o entendimento dos enunciados
acima se deu através da articulaçao das palavras por meio de períodos, sejam eles
simples ou compostos, que dentro de uma organização coerente dos elementos
transmitiu a mensagem desejada. Mas o que são tais períodos? É sobre o que
vamos tratar nessa unidade.
 Agora vamos abordar os termos da oração.
· Os termos essenciais da oração são: sujeito e predicado
Mas o que é o sujeito? É de quem (ou do quê) fala o verbo (quem morre? quem foi
às compras? quem estava florido?). Pode ter um ou mais núcleos.
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TERMOS ESSENCIAIS,
ACESSÓRIOS E
INTEGRANTES: ESTUDO DAS
RELAÇÕES ENTRE AS
PALAVRAS.EJA - Ensino Médio para Jovens e Adultos
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PORTUGUÊS
E o que é o predicado? É o termo da oração que identifica ou informa algo sobre o
sujeito. Contém o verbo.
Vamos ver os tipos de sujeito e as orações sem sujeito.
Tipos de sujeito:
a)Sujeito simples :Possui apenas um núcleo.
Ex: O programa “Falar Global” dedicou a última edição ao bullying na Internet.
b)Sujeito composto : Possui dois ou mais núcleos.
Ex: Crianças e adolescentes estão cada dia mais conectados a rede.
c)Sujeito implícito :É aquele que não está expresso na oração, mas é reconhecido
pela desinência verbal.
Ex:(eu) Convidei você para fazer compras hoje.
d)Sujeito indeterminado : É aquele que não está expresso na oração, e nenhum
outro termo fornece elementos para o seu reconhecimento.
Ex: Entraram no meu Orkut e não deixaram nenhum recado!
OBS: Note que nesse exemplo na oração inteira o predicado está
expresso. Mas não se pode determinar sobre quem recai a informação.
O sujeito indeterminado pode ser construído de duas maneiras:
♦ Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural. Observe a frase do primeiro balão.
Ex: Me disseram que você está fazendo um curso a distância.
♦ Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome “se”.
Ex: Precisa-se de vendedores.
e) Orações sem sujeito
Embora o sujeito seja um termo essencial, é possível que haja orações constituídas
apenas do predicado. É o caso das orações formadas com determinados verbos.
♦ HAVER – no sentido de existir, acontecer, realizar-se e fazer.
Exemplos:
Há muita gente que gosta de conversar pelo chat. (existem)
Há muitos dias que eu não vou leio meus e-mail. (faz)
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29
PORTUGUÊS ♦ FAZER, SER e ESTAR - na acepção de tempo transcorrido ou tempo relativo
ao fenômeno da natureza (chover, nevar, ventar, gear, trovejar, relampejar, anoitecer,
etc).
Ex: Faz dias que não o vejo no msn.
Anoitece mais tarde no verão.
Trovejou e relampejou muito antes de cair o temporal.
Sem esquecer os tipos de sujeito, passemos ao predicado. O estudo do predicado é
o que determina a boa formação de uma frase.
Verbo quanto à predicação
Existem verbos que expressam AÇÃO . São os chamados verbos significativos. E
esses verbos significativos classificam-se em:
♦ Verbo intransitivo: É aquele que expressa a ideia completa da ação, sem
necessitar, no entanto, de um outro termo para completar o seu sentido.
Perceba que o verbo intransitivo sozinho poderá formar o predicado ou, ainda,
aparecer acompanhado de palavras ou expressões indicativas de lugar, tempo, modo,
intensidade etc.
Ex: A criança dormiu em frente ao computador.
Sujeito simples: A criança
Verbo intransitivo: dormiu
Adjunto adverbial: em frente ao computador.
♦ Verbo Transitivo : O verbo transitivo não expressa a ideia completa de ação.
Necessita de outro termo para completar o seu sentido. Portanto, para que a frase
tenha um sentido completo, o verbo transitivo necessita do complemento verbal ou
objeto .
Agora um detalhe para a correta formação de frases. O verbo transitivo divide-
se em:
a) Verbo transitivo direto em que o verbo está ligado diretamente ao complemento
-que chamamos de objeto direto- e não exige preposição .
Ex: Sr. Vereador, porque não responde meu e-mails? Paciência!
Verbo transitivo direto: responde
Complemento verbal ou objeto direto: meus e-mails
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30
PORTUGUÊS
b)Verbo transitivo indireto em que o verbo está ligado indiretamente para o
complemento por intermédio de uma preposição . É o chamado objeto indireto .
Ex: Os alunos participaram da campanha contra violência na internet.
Sujeito simples: Os alunos
Verbo transitivo indireto: participaram
Objeto indireto: da campanha contra violência na internet.
Preposição: da
Verbo de Ligação : É aquele que qualifica o sujeito no predicado. Os principais
verbos de ligação são: ter, haver, ser, estar, ficar, permanecer, parecer, andar. Ex:
As Tecnologias de Informação são um fator decisivo no advento da globalização.
Sujeito: As Tecnologias de Informação 
Predicado: são um fator decisivo no advento da globalização
Verbo de ligação: é característica do sujeito ou sua qualificação: um fator decisivo
no advento da globalização.
Percebeu como é simples estudar sujeito e predicado. Eles constituem os termos
essenciais das orações, a eles se somarão outros termos. Vejamos que termos são
esses.
♦ Termos integrantes da oração são: Os complementos verbais (objeto direto e
indireto) que acabamos de ver anteriormente e o complemento nominal que é o
termo que integra o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) ligando-
se a esse nome por meio de preposição. Leia a charge.
“ Calma menino. O download do nosso almoço ainda não terminou. A expressão
sublinhada é exemplo de complemento nominal.
♦ Termos acessórios da oração são: os adjuntos adnominais, adjuntos adverbiais,
aposto e vocativo.
a) Adjunto adnominal: são os artigos, os adjetivos, as locuções adjetivas, os numerais
e os pronomes adjetivos.
Ex: Na biblioteca, o aluno só encontrou três livros sobre informática .
( o artigo O, o numeral TRÊS, e a locução adjetiva SOBRE INFORMÁTICA, são
todos adjuntos adnominais).
b) Adjunto adverbial: Todos os advérbios e locuções adverbiais, associados a verbos,
adjetivos ou outros advérbios.
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PORTUGUÊS
Ex: Os internautas brasileiros também são o que passam mais tempo no site
relacionamento. Alguns chegam a passar manhã , tarde e noite navegando nos
sites .
 (há cinco adjuntos adverbiais: mais, manhã, tarde, noite, nos sites).
c) Aposto: Expressão que, vindo normalmente entre duas vírgulas, explica, desenvolve,
esclarece ou resume outro termo, chamada fundamental.
Ex: A lan house, próxima aquela esquina, foi fechada.
d) Vocativo: Expressão através da qual chamamos ou interpelamos alguém ou alguma
coisa, presente ou ausente. Por estabelecer uma relação com a situação discursiva,
o vocativo é um termo independente, no interior das orações e períodos. Leia a
charge. A expressão “ô rapa” é exemplo de vocativo.
De posse dessa nova informação procure exercitá-la a partir de agora nos próximos
textos que você ler. Tente encontrar os termos essenciais, os termos integrantes e os
termos acessórios da oração. Você verá que a percepção desses elementos nos
textos o ajudará a melhor compreender a leitura. Que tal você exercitar esse novo
conhecimento com os textos que introduzem esta unidade? Volte lá e pratique o que
você aprendeu.
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PORTUGUÊS
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SINTAXE: ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE AS PALAVRAS
Estudar a sintaxe de uma língua significa identificar e compreender as maneiras de
como se associam as palavras para formar frases. Isso ocorre porque os enunciados
da língua constituem unidades linguísticas que possuem uma estrutura. Por isso os
enunciados:
“O internet explorer 8 protege você de fraudes na web ”, constitui uma frase,
enquanto, “8 web de o explorer fraudes na protege internet você “ não é
considerada uma frase da língua portuguesa. Logo todos os enunciados devem
obedecer às regras gerais da língua, ou seja, devem seguir os padrões da língua.
Fazer análise sintática dos enunciados da língua é explicar as estruturas, relações e
funções dos termos que os constituem para que se possa compreender a mensagem
como um todo significativo. Mas para isso é necessário fazer uma distinção muito
importante entre: Frase, Oração e Período.
1- Frase
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só
palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não.
Ex: Imprensa espanhola afirmou que ministro português considera downloads
ilegais como “fonte de progresso” para a Cultura.
O Brasil e as tecnologias de segunda geração.
2- Oração
Oração é uma frase que contem verbo. Para isso é necessário: que o enunciado
tenha sentido completo e queo enunciado tenha verbo (ou locução verbal).
Ex:o desenvolvimento dos serviços on-line abrirá espaço para desenvolvimento de
novos produtos.
A pesquisa mostrou que o Brasil está à frente de países como França, Estados
Unidos e Japão quando se trata de tempo de navegação por internauta, com mais
de 22 horas mensais.
PERÍODO COMPOSTO;
ORAÇÕES COORDENADAS;
ORAÇÕES SUBORDINADAS.
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PORTUGUÊS Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução
verbal, a maneira prática de saber quantas orações existem
num período é contar os verbos ou locuções verbais.
3-Período
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com
sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
3.1-Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração .
Ex: o mundo produz, a cada ano, cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico
3.2-Período Composto : é aquele constituído por duas ou mais orações:
Ex: Quando você enviar o e-mail me avise.
Viu como é simples a distinção entre frase, oração e período, agora é só estudar
para não esquecer essa nova informação.
Períodos: relação de sentido no interior do período.
Na unidade anterior fizemos a distinção entre frase, oração e período, a compreensão
desse último nos ajudará em nossos estudos.
1-Período
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com
sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
1.1-Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração .
Ex: A internet trouxe novas formas de comunicação
3.2-Período Composto : é aquele constituído por duas ou mais orações:
Ex: A internet trouxe novas formas de comunicação e transformou totalmente nossas
vidas.
3.2.1-O período composto pode ser:
3.2.1.1-Período composto por coordenação
No período composto por coordenação, as orações se ligam pelo sentido, mas não
existe dependência sintática entre elas.
3.2.1.1.1-As orações coordenadas de subdividem em:
♦♦♦♦♦ Assindéticas - Não são introduzidas por conjunção.
Ex: Podemos conhecer lugares virtualmente, fazer cursos à distância, comprar ,
pesquisar , trabalhar pela internet, conhecer empresas, enfim, temos diversas
opções...
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PORTUGUÊS
♦♦♦♦♦ Sindéticas - São introduzidas por conjunção. Esse tipo de oração se subdivide em: 
a- Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não
somente) ...como também.
Ex: ...pois propicia grandes oportunidades e pode ser utilizada como uma ferramenta
poderosa para o acesso a informação.
b - Adversativa: ideia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas,
contudo, entretanto, porém...
Ex: A internet é importante em nossas vidas, pois propicia grandes oportunidades e
pode ser utilizada como uma ferramenta poderosa para o acesso a informação...Mas
há um lado negativo que é a exclusão digital.
c - Alternativa: ideia de alternativa, exclusão. Principais conjunções usadas:
quer ...quer , ora...ora, ou...ou.
Ex: Ou o professor de informática elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.
d- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas:
portanto, pois, logo, etc.
Ex: O professor de informática não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na
data planejada. 
e- Explicativa: ideia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois,
porque .
Ex: Estes pontos refletem bem o quanto à internet é importante em nossas vidas, pois
propicia grandes oportunidades.
Agora que entendemos as orações coordenadas, podemos estudar as seguintes,
que são as orações coordenadas subordinadas.
3.2.1.2-Período composto por subordinação
No período subordinado, existem pelo menos uma oração principal e uma subordinada.
Mas vamos entender o que é oração principal e oração subordinada.
A oração principal é sempre incompleta, ou seja, alguma função sintática está faltando.
As orações subordinadas desempenham a função sintática que falta na principal:
objeto direto, indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal, etc.
Ex.: A moça gostava / de fazer compras.
Oração princip al: A moça gostava
Oração subordinada : de fazer compras.
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PORTUGUÊS
A oração principal está incompleta, falta objeto indireto para o verbo gostar, a oração
subordinada desempenha a função de objeto indireto da principal.
As orações subordinadas se subdividem em: Subst antivas, Adjetivas e Adverbiais .
As orações subordinadas substantivas são orações, nas quais
o substantivo pode exercer a função sintática de: sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito,
aposto.
TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBST ANTIVAS
a - Subjetivas: atuam como sujeito do verbo da oração principal.
Ex: É fundamental que compre essa nova revista.
IMPORTANTE!
Quando ocorre oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo da oração principal
sempre fica na terceira pessoa do singular. As estruturas típicas da oração principal
nesse caso são:
Verbo de ligação + predicativo - é bom..., é conveniente..., é melhor..., é claro...,
está comprovado..., parece certo..., fica evidente..., etc.
Observe os exemplos:
É preciso que se adotem providências eficazes para combate á violência virtual.
Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam.
b- Objetivas diretas: atuam como objeto direto do verbo da oração principal.
Ex: Eu falei que a gente tava com gripe suína.
c- Objetivas indiretas: atuam como objeto indireto do verbo da oração principal.
Ex: Duvido de que as autoridades dêem prioridade às questões sociais.
d- Completivas nominais: atuam como complemento de um nome da oração principal.
Ex: cabe aos governantes de nosso país oferecer a toda população serviços que
facilitem a vida dos cidadãos.
Saiba que:
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido
de um verbo, enquanto as orações subordinadas substantivas completivas
nominais integram o sentido de um nome.
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PORTUGUÊS
e- Predicativas: atuam como predicativo do sujeito da oração principal.
Ex: A verdade é que ele não passava de um hacker .
f- Apositivas: atuam como aposto de um termo da oração principal.
Ex: De você quero uma coisa: que me ensine a usar o computador.
A oração subordinada substantiva apositiva deve ser separada
da oração principal por vírgula ou dois-pontos, exatamente
como ocorre com o aposto:
Ex: Faço-lhe apenas um pedido: que tome cuidado ao navegar nestes sites de
relacionamento.
Orações subordinadas adjetivas orações que exercem papel de adjetivo em forma
de oração.
♦♦♦♦♦ TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
a- Restritivas : funcionam como adjuntos adnominais e servem para designar algum
elemento da frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o
substantivo ou pronome ao qual se refere.
Ex: Meu tio que é advogado também teve sua conta bancária invadida por um hacker.
b- Explicativas : ao contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas.
Servem para adicionar características ao ser que designam. Sua função é explicar,
e funciona estruturalmente como um aposto explicativo.
Ex: Meu tio, que é advogado, também teve sua conta bancária invadida por um hacker.
Orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial do verbo
da oração principal.
♦♦♦♦♦ TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
a- Causal: designam a causa, o motivo. A conjunção mais utilizada para a expressão
dessa circunstância é “porque” . Outras conjunções e locuções conjuntivas muito
utilizadas são “como”, “pois”, “já que”, “uma vez que”, “visto que ”.
Ex: Os computadores pararam de funcionar porque a chuva foi muito forte.
b- Consecutiva: exprimem o efeito, a conseqüência daquilo que se declara na
oração principal.
Ex: A chuva foi tão forte que danificou todos os computadores da empresa.
c- Condicional: expressa uma condição para que aconteçaaquilo que a oração
principal diz.
Ex: Se você viu um roubo...aperte 1/ se você foi roubado...aperte 2...
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PORTUGUÊS
d- Concessiva: se opõe às ideias expressas pela oração principal.A conjunção
mais empregada para expressar essa relação é “embora” ; além dela, podem ser
usadas a conjunção “conquanto” e as locuções “ainda que, ainda quando, mesmo
que, se bem que, apesar de que”.
Ex: Embora seguisse corretamente o manual; não conseguiu ligar a máquina.
e- Comparativa: estabelece uma comparação com a oração principal. A conjunção
mais empregada para expressar comparação é “como” ; além dela, utilizam-se com
muita freqüência as estruturas que formam o grau comparativo dos adjetivos e dos
advérbios: “tão... como” (quanto), “mais (do) que”, “menos (do) que”.
Ex: Essa revista on line é tão interessante quanto aquela que vende nas bancas.
f- Conformativa: expressam conformidade ou algum tipo de acordo com a oração
principal. A conjunção típica para exprimir essa circunstância é “conforme” ; além
dela, utilizam-se “como, consoante e segundo” (todas com o mesmo valor de
conforme).
Ex: Instalei a impressora conforme ensina o manual.
g- Final: indica finalidade, propósito para que acontece a oração principal.Essa
circunstância é normalmente expressa pela locução conjuntiva “a fim de que” ; além
dela, utilizam-se a locução “para que” e, mais raramente, as conjunções “que” e
“porque” ( = para que).
Ex: Vim aqui a fim de que você me explicasse o funcionamento dessa máquina
digital.
h- Proporcional: indica proporção. Essa circunstância normalmente é indicada
pela locução conjuntiva “à proporção que” ; além dela, utilizam-se “à medida que”
e expressões como “quanto mais”, “quanto menos”, “tanto mais”, “tanto
menos”.
Ex: Ela digita enquanto você digita. (Ela imprime à medida que você digita).
i- Temporal: localiza a oração principal em um determinado tempo. As conjunções e
locuções conjuntivas mais utilizadas são “quando, enquanto, assim que, logo
que, mal, sempre que, antes que, depois que, desde que”.
Ex: “Quando você foi embora, esqueceu de desligar a TV.
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PORTUGUÊS
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Concordância V erbal e Nominal
Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal
ou nominal .
CONCORDÂNCIA VERBAL
 Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.
a) Sujeito Simples
Regra Geral
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os
exemplos:
A orquestra tocou uma valsa longa.
3ª p. Singular 3ª p. Singular
Os pares que rodeavam a nós dançavam bem.
 3ª p. Plural 3ª p. Plural
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de forma a
confundir o falante fazendo que este hesite no momento de
estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância
puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos
transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por
isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção
de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...)
seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou
no plural .
Por Exemplo:
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
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PORTUGUÊS
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta
interessante.
IMPORTANTE!
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos,
quando especificados:
Exemplo: Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.
2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada
(cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo
concorda com o substantivo . Observe:
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.
Por Exemplo:
Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam
um ao outro)
3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita
levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve
ficar no singular . Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural .
Exemplos:
Os Estados Unidos determinam o fluxo da atividade econômica do mundo.
Alagoas impressiona pela beleza das praias e pela pobreza da população.
As Minas Gerais são inesquecíveis.
4) Pronomes no plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários)
seguido por “de nós” ou “de vós ”, o verbo pode concordar com o primeiro pronome
(na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal . Veja:
Quais de nós são / somos capazes?
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no
singular .
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PORTUGUÊS
Por Exemplo:
Qual de nós é capaz?
Algum de vós fez isso.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida
de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo .
Exemplos:
25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo
deve concordar com o número. Veja:
25% querem a mudança.
1% conhece o assunto.
6) Quando o sujeito é o pronome relativo “que”, a concordância em número e pessoa
é feita com o antecedente do pronome .
Exemplos:
Fui eu que paguei a conta.
Fomos nós que pintamos o muro.
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assumir a forma plural .
Por Exemplo:
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas.
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.
8) Quando o sujeito é o pronome relativo “quem”, pode-se utilizar o verbo na terceira
pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome.
Exemplos:
Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta.
Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.
9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do
singular ou plural.
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Por Exemplo:
Vossa Excelência é diabético?
Vossas Excelências vão renunciar?
10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.
Por Exemplo:
Deu uma hora no relógio da sala.
Deram cinco horas no relógio da sala.
Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo
concordará com esse sujeito.
Por Exemplo:
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre
na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais:
Haver no sentido de existir;
Fazer indicando tempo;
Aqueles que indicam fenômenos da natureza.
Exemplos:
Havia muitas garotas na festa.
Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
REGÊNCIA: VERBAL E NOMINAL
A sintaxe de regência vai tratar das relações existentes entre um nome ou verbo e
seus complementos. Existem dois tipos de regência: A nominal e a verbal.
Regência nominal
A regência nominal como podemos supor, estuda as relações em que os nomes –
substantivos, adjetivos e advérbio, necessitam de um elemento que ligado aos mesmos
haja sentido entre as partes, essa pequena parte desta relação de sentido recebe o
nome de complemento que junto aos substantivos criam um relação de significação.
Em geral, usamos as preposições paraque haja a relação entre o nome e seus
complementos. 
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Exemplo: 
Ele tem aversão à altura.
 TR Tr
Ficamos contentes por você.
 TR Tr
Observação: Há nomes que admitem mais de uma preposição.
Exemplo:
Tenha amor a seus filhos.
Renato não morria de amor por Paula.
REGÊNCIA VERBAL
Caro aluno, você pode perceber que ao falarmos sobre regência nominal temos uma
ligação entre o nome e o seu complemento por meio de uma preposição. Na regência
verbal, essa relação dá-se em relação ao verbo e seus complementos.
É o modo pelo qual o verbo se relaciona com os seus complementos.
Exemplo: Todos criticaram a professora.
 TR Tr 
Há verbos que admitem mais de uma regência:
Ela não esquecia as flores recebidas.
Ela não se esquecia das flores recebidas.
 Quando falamos de regência verbal, encontramos verbos classificado em transitivos
e intransitivos, sendo que os verbos transitivos são divididos em: transitivo direto e
indireto. Vamos conferir alguns verbos de acordo com o que estamos de regência.
Verbos transitivos e intransitivos 
Verbo Quando significa Exemplos 
Abdicar Renunciar Desistir O rei abdicou . (verbo Intransitivo) 
Não abdicarei dos meus direitos. (Verbo 
transitivo indireto) 
AGRADAR contentar satisfazer O jogo não agradou ao técnico. 
 O convite não lhe agradou . 
(transitivo indireto) 
AGRADECER 
 
 Agradeci as flores. (Verbo transitivo 
direto) 
Agradeci aos diretores. (Verbo transitivo 
indireto) 
Agradeci o presente ao amigo. (Verbo 
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PORTUGUÊS
AGRADECER
Agradeci as flores. (Verbo transitivo direto) Agradeci aos diretores. (Verbo transitivo
indireto)Agradeci o presente ao amigo. (Verbo transitivo direto e indireto)
IMPORTANTE! 
Além dos verbos abdicar e agradecer existem outros verbos que dependendo o
regência pode ser transitivos e intransitivos. Os verbos transitivos ainda podem ser
classificados em: transitivo direto e transitivo indireto. Alguns destes verbos: Aspirar,
ajudar, assistir, chamar, custar, esquecer, lembrar
Verbos T ransitivos indiretos
Caro (a) aluno (a)! Chegamos ao final de nosso módulo que tratou
sobre as classes gramaticais, sintaxe e concordância. Acreditamos
em todos vocês grandes sábios do futuro que irão construir uma
sociedade mais justa. Esperamos ter contribuído para a formação de
grandes profissionais que conheçam e façam uso com propriedade
da norma padrão da língua falada no Brasil. Nas próximas etapas,
vocês terão contato com as ciências humanas. Até os próximos
encontros.
Verbo Quando significa Exemplos 
Desobedecer Não cumprir leis O jogador desobedeceu ao 
regulamento. 
Os juristas obedecem ao Código 
Civil. 
Precisar Marcar com 
precisão 
Necessitar Ele precisou a hora e o local da 
consulta. (transitivo direto) 
Nós precisamos de bons políticos. 
(transitivo indireto) 
Preferir O próprio significado Preferia o computador ao notebook. 
(Transitivo direto) 
Preferia o vinho à cerveja. 
(transitivo indireto) 
 
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DISCIPLINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR:____________________________________________________ 
 ALUNO:_______________________________________________________________ 
 
EDUCACAO DE JOVENS 
E ADULTOS 
MÓDULO 
 
 
 
 
ÚNICO 
BIOLOGIAB I O L O G I A
1
Olá aluno (a)
Alguma vez você já se perguntou sobre a origem da vida na terra?
Quais foram os primeiros animais que habitaram nosso planeta?
Como se deu o processo evolutivo? Ou ainda, como é possível que a
célula seja capaz de fazer cópia de si mesma? Se você tem essas
curiosidades e muita vontade de aprender, no estudo da biologia,
onde todos esses mistérios serão desvendados.
O termo Biologia significa Bio ( vida) Logia (estudo), o estudo da vida, e é definida
como “o conjunto de todas as ciências que estudam as espécies vivas e as leis da
vida”.
Neste módulo, estudaremos os conceitos biológicos relacionando-os às situações
vividas no nosso cotidiano e a partir destes conteúdos, nós discutiremos diversos
temas relacionados a saúde humana, ao bem estar da sociedade e a qualidade de
vida da população relacionando-os a qualidade dos serviços de saúde pública
ofertados em nosso município. Você sabe como está o serviço público de saúde do
nosso município? Sabe como contribuir com a melhoria do mesmo? Pois bem. Você
verá neste módulo que os conceitos científicos podem auxiliar a melhorar a saúde da
população.
Desejo que através destes conteúdos você possa aplicar o conhecimento adquirido
em prol de uma sociedade mais saudável.
Bom estudo!
 A célula como componente estrutural
O primeiro pesquisador a descrever a célula foi Robert Hooke, que com sua
sensibilidade e a “sede” de sempre estar em busca de conhecimentos científicos,
definiu através de suas incansáveis pesquisas, a célula como a menor unidade
fundamental dos seres vivos, ou a menor unidade capaz de manifestar as propriedades
de um ser vivo com exceção dos vírus (agentes infecciosos microscópicos), que ao
contrário de todos os seres vivos, não apresentam organização celular.
COMO ESTÁ O SISTEMA
PÚBLICO DE SAÚDE DE
NOSSO MUNICÍPIO/ESTADO?
O QUE PODERIA SER FEITO
PARA MELHORÁ-LO?
EJA - Ensino Médio para Jovens e Adultos
45
BIOLOGIA
Ela é capaz de sintetizar seus componentes, de crescer e de multiplicar- se. Toda
célula origina-se de outra célula, e é nela que ocorrem todas as reações metabólicas
de um organismo vivo. Todos os seres vivos são compostos desta unidade fundamental,
desde as mais simples estruturas formadas de uma única célula - chamadas de
unicelulares, como as bactérias e os protozoários, até os mais complexos, como o
ser humano e as plantas, que são compostos por muitas células e chamados de
organismos pluricelulares.
De acordo com a organização estrutural, as células são divididas em:
• Células Procarióticas e Células Eucariótica
Vamos entender agora deque formaessas diferenças seestabelecem:
Os seres procariontes são
unicelulares e apresentam estruturas
simples, compostas por células que
apresentam membrana, citoplasma e
o material genético que fica disperso
no citoplasma (nucleoóide). Alem da
ausência da membrana nuclear, as
células procarióticas também não
apresentam mitocôndria, plasmídios,
complexo de golgi e retículo
endoplasmático. São representados
pelasbactériasecianobactérias (algas
azuis).
Seres eucariontes têm umaestrutura
celular mais complexa e apresentam
núcleo definido. Seu material genético
está separado do citoplasma por uma membrana nuclear. Alguns eucariontes são
unicelulares, por exemplo, os protozoários e algumas algas. Outros como animais e
plantassãopluricelulares.
Depois de conhecer a célula e sua classificação, vamos agora entender como ocorre
o funcionamento celular em cada um de seus componentes. Esta compreensão é de
estrema importância para que possamos cuidar melhor do nosso corpo desenvolvendo
hábitos saudáveis que estimulem a saúde preventiva.
Organelas Celulares:
Organelas são estruturas das células que contém funções bem definidas umas das
outras: Vejamos agora cada uma delas e suas respectivas funções:
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46
BIOLOGIA
Além das diferenças existentes entre as células procarióticas e eucarióticas, observaremos
que existem também diferenças entre as células dos animais e dos vegetais. As células
vegetais se diferenciam das células animais devido a existência de parede celular, conexões
celulares (plasmodermos), vacúolos, cloroplastos (clorofila) e reserva energética., além
dessas estruturas as células vegetais possuem as mesmas organelas das células animais.
Observe essas diferenças nas figuras abaixo:
Ufa! Quantos conceitos, não é mesmo? Voltaremos agora nossos olhares para além
da sala

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