Buscar

O Barão de Mauá - DIREITO EMPRESARIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Graduação em Direito
RESENHA
Filme “O Barão de Mauá” relacionado com o Direito Empresarial.
PORTO ALEGRE – Rio Grande do Sul
17/03/2019
INTRODUÇÃO
O filme em questão se passa no período da primeira revolução industrial, relatando a vida de um grande empresário do século XIX, Irineu Evangelista de Souza, em que apresenta sua infância na cidade de Arroio Grande, Rio Grande do Sul, enriquecimento e falência ao longo dos anos na cidade de Rio de Janeiro. Tudo indicava que passaria sua vida inteira na cidade de Arroio Grande, entretanto, de forma funesta o destino interveio, e ainda garoto Irineu perdeu o pai, morto por ladrões de gado. Sua mãe o enviou ao Rio de Janeiro para trabalhar com Batista, seu tio. Chegando ao Rio, encontra trabalho no armazém do português Pereira de Almeida e se descobre tendo tato para com os negócios, pois tinha sempre uma visão ampla do futuro financeiro. Se tornou um funcionário de confiança e um cobrador impiedoso, levando até mesmo um dos devedores de seu chefe, Queiroz, ao suicídio após tomar todos os seus bens, inclusive seus escravos como pagamento de uma grande dívida.
Com relação a escravidão, muito influente no Rio na época, Irineu, por razões econômicas, defendia o seu fim, repudiava completamente o fato de escravos serem tratados como mercadorias, alegando que isso era um atraso ao país.
Foi na cidade do Rio de Janeiro que Barão de Mauá, como era conhecido, teve a oportunidade de destacar-se no ramo comercial, diante da falência dos negócios de seu chefe, visto que este possuía muitos créditos, o menino o aconselha a liquidar com a firma. Diante desta ocasião, ainda jovem, porém, um grande visionário, o rapaz com suas próprias economias comprou as ações do Banco do Brasil, acreditando que um dia elas subiriam e valorizariam muito. Assim como antecipado por Irineu, houve a liquidação do Banco o Brasil, fato que o auxiliou a conseguir uma boa quantia econômica, visto que, era acionista majoritário. Na ocasião, questionado por Visconde de Feitosa, inimigo de Irineu que o considerava um sonhador aventureiro em busca de cada vez mais dinheiro e também desviar o Brasil de sua “vocação agrícola”, questionou-lhe quanto ao que Irineu daria ao Brasil, de pronto respondeu: ferro, carvão, indústrias, meio de transporte e o livre comércio. 
Prevendo o progresso do país, utilizou de suas ideias e iniciativas a fim de implantar a primeira fundição de ferro; a primeira ferrovia; o início da exploração do Rio Amazonas; criou o próprio Banco do Brasil; trouxe a iluminação pública ao Rio de Janeiro; instalou cabos submarinos de telégrafos até a Europa, bem como participou da criação do antigo Código Comercial, entre outros feitos. A intenção de Irineu era modernizar o Brasil, entretanto, viu-se prejudicado diante de estrangeiros e principalmente brasileiros oligárquicos que apenas usufruíam os bens do país sem nada produzir. O governo, na época, não via tal progresso como uma oportunidade de boa mudança, visto que não queriam que nada interferisse no projeto do país, bem como, os britânicos não apoiavam tais interferências pois dominavam o mercado na época.
Sendo habilidoso com os negócios e um homem de palavra, logo foi reconhecido por Richard Carruthers, escocês, dono de uma firma de exportação, que lhe deu as primeiras noções sobre teorias econômicas e ampliou seus conhecimentos sobre finanças e processos de câmbio, o incentivando a estudar inglês, alavancando-o financeiramente. Com saudade de sua terra natal, Carruthers parte para a Escócia, deixando Irineu, agora sócios e grandes amigos, comandando a exportação. Irineu se apaixonou por sua sobrinha, com a qual casou-se e teve vários filhos. Em uma viagem a Inglaterra, Liverpool, deslumbrou-se com a potência das fábricas e decide arriscar-se na construção da primeira indústria brasileira, na cidade de Ponta de Areia, Niterói. De personalidade persistente e reconhecendo boas oportunidades, não tinha medo de correr riscos a fim de conquistar seus objetivos. 
Mauá foi o homem mais rico do país, na época, porém, diante das perseguições por parte dos ingleses, governo e imperador, e em razão de sabotagens, ataques e concorrência estrangeira, veio à falência. Ainda nesta situação, o Barão não perdeu sua dignidade e palavra, pagou todas as suas dívidas e manteve-se persistente como durante toda a sua vida.
DESENVOLVIMENTO
Sendo considerado um dos ramos do direito privado, que abrange normas disciplinadoras da atividade negocial do empresário, e de qualquer pessoa física ou jurídica, o direito empresarial ou comercial, contempla essa categoria social, desde que destinada a fins de natureza econômica, de forma habitual e dirigida à produção de bens e serviços que conduzem a resultados patrimoniais e lucrativos, devendo ser exercida com a racionalidade própria de “empresa”. Tal direito, disciplina e regra os atos de comércio e comerciantes em geral. No Brasil, com a instauração do Novo Código Civil 2002, convencionou-se chamar de Direito Empresarial o conjunto de legislações, tanto privadas quanto públicas, que regem as empresas brasileiras de personalidade jurídica de direito privado. Atualmente, o Código Civil é o principal diploma do Direito Empresarial, no qual estão previstas as diretrizes essenciais a serem observadas pelos empresários em suas organizações e relações com outros empresários, principalmente no que diz respeito a legalidade de sua atividade empresarial (constituição, administração, direitos e deveres de sócios, entre outros). Ainda que se encontre dentro do ordenamento jurídico civil, o direito empresarial possui próprias características individuais, dentre elas, está a onerosidade, ou seja, todos os negócios são feitos em busca de lucro.
Analisando o contexto histórico do filme em questão, bem como as informações aqui fornecidas, há de se observar o quão desleais podem ser as relações entre pessoas na busca persistente por este objeto fim das relações empresariais. Quando há lucro “em jogo”, revela-se, como bem demonstrado no filme, a ausência de amigos, pois a busca pelo dinheiro prevalece, acima, muitas vezes até dos ideais e de sentimentos humanos como compaixão e compreensão, como pôde-se perceber no momento em que Irineu, ainda jovem, ávido por tudo o que Queiróz devia a seu chefe atropelou toda e qualquer possibilidade de negociação, o que arruinou os bens de Queiróz, levando este a falência e por fim, ao suicídio.
O Barão, persistente em sua busca por lucro, muitas vezes agiu por impulso, movido também pela paixão pelo mundo dos negócios, como no momento em que investiu de forma irresponsável uma imensa fortuna na construção da primeira ferrovia brasileira em seu negócio com os ingleses. Outro exemplo de administração temerária, foi o fato de ter investido sozinho em um negócio de risco, o Banco no Uruguai, devido a atual situação desagradável do país, o que decorreu, posteriormente, na perda total do capital investido. Pôde-se perceber também, neste ramo, que a especulação financeira ficou claramente evidenciada no momento em que, após o dinheiro brasileiro ter desvalorizado, e decorrente disso o enorme prejuízo para o Banco do Brasil, porém, ao comprar todo o dinheiro desvalorizado, este faltou ao comércio, fato que, diante do aumento no seu valor, sendo agora determinado pelo banco brasileiro, rendeu a Irineu grande lucro, e, consequentemente, prejuízo aos investidores ingleses do outro lado do mundo. Ou seja, uma ação tomada aqui no Brasil influenciou o mercado empresarial e prejudicou investidores na Inglaterra, que, de forma retaliadora, suspenderam seus projetos no Brasil, o que, posteriormente, alavancou a falência de Irineu, o Visconde de Mauá.
A influência de trabalhar para um inglês desde pequeno foi o que levou Irineu a conquistar sucesso comercial e financeiro e depois ser nomeado Visconde de Mauá, visto que, diante de tal influência, instaurou ideias de uitlização de carvão mineral nas industrias, utilizando tal matéria-prima, proporcionando ao Brasilparticipar da primeira revolução industrial. Através disso foi que, em meados do séc. XVIII, surgiu a máquina a vapor, movida a carvão mineral. E com a revolução industrial, tais indústrias saíram do interior e foram para a cidade, sendo colocadas ainda mais em contato com o consumidor dos produtos fabricados nas indústrias, agilizando o processo. 
CONCLUSÃO
Com a revolução industrial, o comércio evoluiu, indo da simples troca de itens excedentes aos mercados globalizados de hoje, diante da ruptura em toda a estrutura econômica e social vigente na Idade Média. A “Teoria dos Atos de Comércio”, entretanto, não conseguiu se sustentar, visto que, esta restringia o conceito de Direito comercial, fato que gerava uma desigualdade no mercado, pois, com o surgimento de diversas outras atividades econômicas importantes que não estavam compreendidas no conceito de ato do comércio, encontrava-se, portanto, ultrapassado tal conceito, visto que, não atendía a realidade social da época.
Sendo assim, nasceu a Teoria da Empresa, pretendendo que as normas jurídicas regulassem as atividades dos comerciantes no exercício de sua profissão e os atos por lei considerados comerciais, tendo a empresa como centro fomentador do comércio.

Continue navegando