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AD2- Legislação Comercial- Passei direto

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AD 2 2020.2
Legislação Comercial –
Curso de Administração Profa. Debora Lacs Sichel
Nome: 
Matrícula: 
1. Uma companhia fechada realizou regularmente a alienação do estabelecimento empresarial situado na cidade de Domingos Martins. Não houve publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial, apenas o arquivamento do mesmo contrato na Junta Comercial do Estado de Espirito Santo, onde está arquivado o estatuto. O acionista minoritário Murtinho consultou o acionista majoritário Severiano para saber a razão da ausência de publicação. A resposta que recebeu foi a seguinte: como a receita bruta anual da companhia é de três milhões de reais, ela é considerada uma empresa de pequeno porte e, como tal, está dispensada da publicação de atos societários, nos termos da legislação que regula as empresas de pequeno porte. Murtinho consultou o administrador para que ele analisasse a resposta apresentada por Severiano, nos termos a seguir.
A) A companhia fechada da qual Murtinho é acionista é, de direito, uma empresa de pequeno porte?
Não. As sociedades por ações não podem se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado conferido às empresas de pequeno porte, ainda que a receita bruta anual seja inferior ao limite máximo previsto no Ar t. 3º, inciso II, da Lei Complementar nº 123/200 6, com fundamento no Art. 3º, § 4º, inciso X, da Lei Complementar nº 1 23/2 006.
B) É dispensável a publicação do contrato de trespasse do estabelecimento de Domingos Martins?
Não. Em razão da companhia não ser uma empresa de pequeno porte, para os fins legais, é obrigatória a publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial com base no Art. 1.144 do Código Civil.
2. Polis Equipamentos para Veículos Ltda. celebrou contrato com a instituição financeira Gama em razão de operação de crédito rotativo em favor da primeira. Em decorrência da operação de crédito, foi emitida pela devedora, em três vias, Cédula de Crédito Bancário (CCB), com garantia fidejussória cedularmente constituída. Com base nessas informações e na legislação especial, responda aos itens a seguir.
A) Como se dará a negociação da CCB?
Em relação à negociação, a cédula de Crédito Bancário poderá conter cláusula à ordem, mas somente a via do credor é negociável, caso em que será transferível mediante endosso em preto, com fundamento no Art. 29, inciso IV, parágrafos 1º e 3º, da Lei nº 10.931/2004.
B) É possível a transferência da CCB por endosso-mandato, considerando- se ser essa uma modalidade de endosso impróprio?
Sim. Com fundamento no Art. 44 da Lei nº 10.931/2004 e no Art. 18 da LUG (Decreto nº 57.663/66), aplica-se às Cédulas de Crédito Bancário a legislação cambial e está prevê expressamente a possibilidade de transferência do título por endosso com cláusula "em cobrança", "por procuração" ou qualquer menção indicativa de um mandato ao endossatário.
3. A companhia CH textil S/A é de capital autorizado, onde você presta consultoria. O Conselho de Administração, com base no estatuto social, aprovou o aumento do capital social e a emissão de bônus de subscrição, ambos no limite do capital autorizado. O acionista minoritário Lobato consultou-o, questionandoo sobre os pontos a seguir.
A) O que são bônus de subscrição.
Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações, que conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, o direito de subscrever ações do capital social da companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto.
B) Tendo em vista que o capital social é uma cláusula obrigatória do estatuto conforme o art. 5º, caput, da Lei nº 6.404/76, poderia o Conselho de Administração aprovar o aumento do capital?
Sim. Porque, nas sociedades de capital autorizado, o capital social pode ser aumentado por deliberação do Conselho de Administração, independentemente de reforma estatutária, com base no Art. 166, II, e no Art. 168, caput, ambos da
Lei nº 6.404/76.
C) Poderia o Conselho de Administração aprovar a emissão de bônus de subscrição?
Sim. Nas sociedades anônimas de capital autorizado é permitido ao Conselho de Administração deliberar sobre a emissão de bônus de subscrição, autorizado pelo estatuto, com fundamento no art. 76 da Lei n. 6.404/76.
4. Olímpio teve seu nome negativado pela emissão de cheque sem suficiente provisão de fundos, apresentado pelo portador ao sacado por duas vezes e em ambas devolvido. O nome do devedor foi inscrito no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), sem que tenha havido notificação prévia do devedor, acerca de sua inscrição no aludido cadastro, por parte do Banco do Brasil S/A, gestor do CCF. Sentindo-se prejudicado pelos danos morais e materiais advindos da inscrição no CCF, Olímpio consulta seu advogado para que ele esclareça as questões a seguir.
A) Houve conduta ilícita por parte do Banco do Brasil S/A?
Não. Porque a instituição não tem a responsabilidade de notificar previamente o devedor acerca da sua inscrição no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos, de acordo com o entendimento pacificado no STJ, contido na Súmula 572.
B) A devolução do cheque por duas vezes impede o credor de realizar a sua cobrança judicial?
Não. A devolução do cheque por duas vezes não impede sua cobrança judicial, pois é possível ao credor promover a execução (ou ajuizar ação de execução) em face do emitente, já que esse é responsável pelo pagamento perante o portador, de acordo com o Art. 15 da Lei nº 7.357/85 OU Art. 47, I, da Lei nº 7.357/85.

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