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DIR EMPRESARIAL

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1 
 
 
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DIREITO 
EMPRESARIAL 
 
Professor Igor Costa 
 
 
 
 
 
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2 
 
 
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TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL 
 
 
 
 
 
 
FIGURA DO EMPRESÁRIO – 
a) Caracterização do empresário: Empresa x Empresário 
Empresa é atividade econômica realizada pelo empresário. 
 
b) Elementos do conceito de empresário (Art. 966 do Código Civil) 
• Exerce atividade Profissional = Habitual 
• Econômica = Lucrativa 
• Organizada = Fatores de produção (capital, mão de obra) 
 
Art. 966 do CC. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa. 
 
Exceção do parágrafo único do Art 966 do CC – 
Para os advogados essa regra não prevalece segundo o Art. 16 da Lei n° 8906/94 
(EOAB) 
 
 
Ramo autônomo da ciência jurídica que tem como 
objetivo a análise de direitos e obrigações do 
empresário (incluindo no conceito a sociedade 
empresária), bem as matérias correlatas a 
atividade de empresários. 
3 
 
 
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• Enunciado 198 do Conselho de Justiça Federal – 
A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito para a sua 
caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. 
O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas 
do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem 
incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em 
contrário. 
 
• Enunciado 199 do Conselho de Justiça Federal – “ a inscrição do 
empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua 
regularidade, e não da sua caracterização. 
 
c) Legislação aplicável: Código civil Brasileiro e outras leis esparsas. 
Exemplos: 
Lei esparsas - Lei 1101/05 – lei de recuperação e falência 
Lei de locações 
Lei de cheque 
Lei de duplicata 
 
d) O empresário e o código de Defesa do consumidor 
Relação incompatível com o código de defesa do consumidor 
Toda vez que houver um Hipossuficiência (vulnerabilidade técnica, 
econômica ou jurídica) nas relações empresariais pode usar o CDC. 
 
e) Exceções 
• Profissional Liberal (Art. 966, parágrafo único do CC) 
Art. 966, parágrafo único do CC - Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com 
o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
4 
 
 
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• Produtor rural - Art. 971 do CC 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, 
pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, 
requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva 
sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, 
ao empresário sujeito a registro. 
 
f) Registro do empresário / atividade empresária (Art. 967 ao 969 do CC) 
• Registro do empresário e da Sociedade Empresária – Art. 967 do CC 
(Natureza Declaratória) 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
• Local do registro: Junta comercial 
• Natureza; Constitutiva e declaratória 
• Consequência do Registro: Personalidade Jurídica (blindagem 
patrimonial) 
• Elementos do registro 
 
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que 
contenha: 
II - a firma, com a respectiva assinatura autografa que poderá ser substituída 
pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que 
comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1 do art. 4 
da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; 
 
g) Capacidade e incapacidade para ser empresário (Art. 972 do CC) 
• Capacidade civil: Art. 3 do CC 
Art. 3 do CC. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
 
• Incapacidade superveniente: Art. 974 do CC 
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Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou 
pelo autor de herança. 
 
• Responsabilidade do empresário impedido: Art. 973 do CC 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de 
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
 
• Empresa jornalísticas: Art. 222 da CF 
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de 
sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez 
anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham 
sede no País. 
 
• Sociedade entre cônjuges: Art. 977 ao 979 do CC 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, 
desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no 
da separação obrigatória. 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, 
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o 
patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro 
Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do 
empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de 
incomunicabilidade ou inalienabilidade. 
 
• Oneração / Alienação do patrimônio da empresa: Art. 978 do CC 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, 
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o 
patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
 
 
 
6 
 
 
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NOME EMPRESARIAL – ART. 1.155 DO CC 
 
 
É o nome pelo qual o empresário se identifica perante terceiros. 
 
 
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, 
de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa. 
 
ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL – 
1. Firma – 
Espécie de nome empresarial formada por um nome civil – do próprio 
empresário, no caso de firma individual, ou de um ou mais sócios, no caso de 
firma social. 
 
2. Denominação – 
Espécie de nome social (sociedade) formado por qualquer expressão linguística 
acrescida do objeto social. 
 
Atenção!! 
Obrigatoriedade do uso da firma / denominação ao final do nome. 
 
• Exceções: ME/ EPP (Art. 72 da Lei ME/EPP) 
• ME – fatura até 360 mil por ano. 
• Empresa de Pequeno Porte: de 360 mil à 4.8 milhões de faturamento. 
Art. 72. As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da 
legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões 
“Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou suas respectivas 
7 
 
 
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abreviações, “ME” ou “EPP” , conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do 
objeto da sociedade. 
 
ENUNCIADO 48 – O disposto no parágrafo 1º do art. 9º da lei 9.099/1995 é 
aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte. 
 
IMPORTANTE: 
Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes 
comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas 
de valor superior, a assistência é obrigatória. 
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o 
incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas 
públicasda União, a massa falida e o insolvente civil. 
 
ENUNCIADO 135 (substitui o Enunciado 47) – O acesso da microempresa ou 
empresa de pequeno porte no sistema dos juizados especiais depende da 
comprovação de sua qualificação tributária atualizada e documento fiscal 
referente ao negócio jurídico objeto da demanda. (XXVII Encontro – Palmas/TO). 
 
EMPRESÁRIO SOB FIRMA 
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou 
abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou 
do gênero de atividade. 
 
Possível a alienação do nome empresarial (Art. 1164 do CC) – Nome empresarial 
(razão social) versus nome fantasia (marca empresarial). 
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
 
 
 
 
 
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ESCRITURAÇÃO – ART. 1.179 DO CCB 
 
Contabilidade da atividade mediante escrituração de livros. 
 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um 
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração 
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, 
e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. 
 
SITUAÇÃO DA ME/EPP: FICA DISPENSADA A ESCRITURAÇÃO? (ART. 1.179, §2 DO 
CC) 
§ 2. É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se 
refere o art. 970. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTABELECIMENTO COMERCIAL – ART. 1.142 
DO CC 
O empresário tem o propósito de realizar a atividade econômica com o 
instrumental, o estabelecimento, como conceitua o art. 1.142 do CC: 
 
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, 
para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. 
 
NATUREZA JÚRIDICA – 
▪ Direito – disposição sobre os bens decorrentes de lei 
▪ Fato – disposição de bens decorrente de vontade do empresário 
 
CONTRATO DE TRESPASSE – ART. 1.144 AO 1.1148 DO CC 
1. Registro da Operação 
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou 
arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros 
depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade 
empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na 
imprensa oficial. 
 
2. Eficácia da Alienação 
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu 
passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de 
todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em 
trinta dias a partir de sua notificação. 
 
3. Sucessão de dívidas (Cíveis). 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos 
débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, 
continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, 
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a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da 
data do vencimento. 
 
4. Sucessão em matéria tributária e trabalhista: 
Art. 133 CTN e 448 E 448-A da CLT 
 
 
QUESTÕES PARA TREINO: 
1) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
Álvares Florence tem um filho relativamente incapaz e consulta você, como 
advogado(a), para saber da possibilidade de transferir para o filho parte das 
quotas que possui na sociedade empresária Redenção da Serra Alimentos Ltda., 
cujo capital social se encontra integralizado. Apoiado na disposição do Código 
Civil sobre o assunto, você respondeu que: 
A) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, 
bastando que esteja assistido por seu pai no instrumento de alteração 
contratual. 
B) não é permitida a participação de menor, absoluta ou relativamente 
incapaz, em sociedade, exceto nos tipos de sociedades por ações. 
C) não é permitida a participação de incapaz em sociedade, mesmo que 
esteja representado ou assistido, salvo se a transmissão das quotas se 
der em razão de sucessão causa mortis. 
D) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, desde 
que esteja assistido no instrumento de alteração contratual, devendo 
constar a vedação do exercício da administração da sociedade por ele. 
 
2) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
Luzia Betim pretende iniciar uma sociedade empresária em nome próprio. Para 
tanto, procura assessoria jurídica quanto à necessidade de inscrição no 
Registro Empresarial para regularidade de exercício da empresa. Na condição 
de consultor(a), você responderá que a inscrição do empresário individual é 
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A) dispensada até o primeiro ano de início da atividade, sendo obrigatória 
a partir de então. 
B) obrigatória antes do início da atividade. 
C) dispensada, caso haja opção pelo enquadramento como 
microempreendedor individual. 
D) obrigatória, se não houver enquadramento como microempresa ou 
empresa de pequeno porte. 
 
3) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVII - Primeira Fase 
Roberto desligou-se de seu emprego e decidiu investir na construção de uma 
hospedagem do tipo pousada no terreno que possuía em Matinhos. Roberto 
contratou um arquiteto para mobiliar a pousada, fez cursos de hotelaria e, com 
os ensinamentos recebidos, contratou empregados e os treinou. Ele também 
contratou um desenvolvedor de sites de Internet e um profissional de marketing 
para divulgar sua pousada. Desde então, Roberto dedica-se exclusivamente à 
pousada, e os resultados são promissores. A pousada está sempre cheia de 
hóspedes, renovando suas estratégias de fidelização; em breve, será ampliada 
em sua capacidade. Considerando a descrição da atividade econômica 
explorada por Roberto, assinale a afirmativa correta. 
A) A atividade não pode ser considerada empresa em razão da falta tanto 
de profissionalismo de seu titular quanto de produção de bens. 
B) A atividade não pode ser considerada empresa em razão de a 
prestação de serviços não ser um ato de empresa. 
C) A atividade pode ser considerada empresa, mas seu titular somente 
será empresário a partir do registro na Junta Comercial. 
D) A atividade pode ser considerada empresa e seu titular, empresário, 
independentemente de registro na Junta Comercial. 
 
4) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVI - Primeira Fase 
Cruz Machado pretende iniciar o exercício individual de empresa e adotar como 
firma, exclusivamente, o nome pelo qual é conhecido pela população de sua 
cidade – “Monsenhor”. De acordo com as informações acima e as regras legais 
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de formação de nome empresarial para o empresário individual, assinale a 
afirmativa correta. 
A) A pretensão de Cruz Machado é possível, pois o empresário individual 
pode escolher livremente a formação de sua firma. 
B) A pretensão de Cruz Machado não é possível, pois o empresário 
individual deve adotar denominação indicativa do objeto social como 
espécie de nome empresarial. 
C) A pretensão de Cruz Machado não é possível, pois o empresário 
individual opera sob firma constituída por seu nome, completo ou 
abreviado. 
D) A pretensão de Cruz Machado é possível, pois o empresário individual 
pode substituir seu nome civil por uma designação mais precisa de sua 
pessoa. 
 
5) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXV - Primeira Fase 
O empresário individual José de Freitas alienou seu estabelecimento a outro 
empresário mediante os termos de um contrato escrito, averbado à margem de 
sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, publicado na 
imprensa oficial, mas não lhe restaram bens suficientespara solver o seu 
passivo. Em relação à alienação do estabelecimento empresarial nessas 
condições, sua eficácia depende 
A) da quitação prévia dos créditos trabalhistas e fiscais vencidos no ano 
anterior ao da alienação do estabelecimento. 
B) do pagamento a todos os credores, ou do consentimento destes, de 
modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
C) da quitação ou anuência prévia dos credores com garantia real e, 
quanto aos demais credores, da notificação da transferência com 
antecedência de, no mínimo, sessenta dias. 
D) do consentimento expresso de todos os credores quirografários ou da 
consignação prévia das importâncias que lhes são devidas. 
 
GABARITO 
1) D 
13 
 
 
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2) B 
3) D 
4) A 
5) B 
 
 
 
 
 
REGISTRO DA OPERAÇÃO: 
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou 
arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros 
depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade 
empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na 
imprensa oficial. 
 
EFICÁCIA DA ALIENAÇÃO: 
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu 
passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de 
todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em 
trinta dias a partir de sua notificação. 
 
SUCESSÃO DE DÍVIDAS CÍVEIS: 
• 01 ano a contar da publicação trespasse = vencidas 
• 01 ano a contar do vencimento = vincendas 
 
SUCESSÃO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA: ART. 133 CTN E ART. 448 
E 448-A DA CLT 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, 
por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial 
CONTINUAÇÃO DE 
CONTRATO DE 
TRESPASSE – ART. 1144 
AO 11148 DO CC 
14 
 
 
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ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra 
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos 
ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração 
ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova 
atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou 
profissão. 
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não 
afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. 
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista 
nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as 
contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa 
sucedida, são de responsabilidade do sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) 
 
CLAUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA - ART. 1147 DO CC 
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento 
não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à 
transferência. 
 
PROTEÇÃO AO PONTO COMERCIAL (LEI 8245/91 LL) 
1. Direito de permanência do locatário (art. 51 da Lei 8245/91) 
Requisitos: 
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito 
a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: 
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo 
determinado; 
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos 
ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; 
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo 
prazo mínimo e ininterrupto de três anos. 
 
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Súmula 482 
O locatário, que não for sucessor ou cessionário do que o precedeu na locação, 
não pode somar os prazos concedidos a este, para pedir a renovação do 
contrato, nos termos do Decreto 24.150. 
 
DIREITO DE RETOMADA DO LOCADOR 
Art. 52. O locador não estará obrigado a renovar o contrato se: 
I - por determinação do Poder Público, tiver que realizar no imóvel obras 
que importarem na sua radical transformação; ou para fazer 
modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da 
propriedade; 
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de 
fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da 
maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente. 
 
LOCAÇÃO EM SHOPPING CENTER E A LOCAÇÃO BUIT TO SUIT (ART. 54 E 54-A 
DA LL) 
Art. 54-A. Na locação não residencial de imóvel urbano na qual o locador 
procede à prévia aquisição, construção ou substancial reforma, por si mesmo 
ou por terceiros, do imóvel então especificado pelo pretendente à locação, a fim 
de que seja a este locado por prazo determinado, prevalecerão as condições 
livremente pactuadas no contrato respectivo e as disposições procedimentais 
previstas nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.744, de 2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO 
PORTE (LC 123/2006) 
Art. 3. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas 
ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, 
a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se 
refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), 
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro 
Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
 
REGISTRO – ART. 4, § 1 E 3 DA LC ME/EPP 
Art. 4. Na elaboração de normas de sua competência, os órgãos e entidades 
envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de 
governo, deverão considerar a unicidade do processo de registro e de 
legalização de empresários e de pessoas jurídicas, para tanto devendo articular 
as competências próprias com aquelas dos demais membros, e buscar, em 
conjunto, compatibilizar e integrar procedimentos, de modo a evitar a 
duplicidade de exigências e garantir a linearidade do processo, da perspectiva 
do usuário. 
§ 1. O processo de abertura, registro, alteração e baixa da microempresa 
e empresa de pequeno porte, bem como qualquer exigência para o início 
de seu funcionamento, deverão ter trâmite especial e simplificado, 
preferencialmente eletrônico, opcional para o empreendedor, observado 
o seguinte: 
§ 3. Ressalvado o disposto nesta Lei Complementar, ficam reduzidos a 0 
(zero) todos os custos, inclusive prévios, relativos à abertura, à inscrição, 
ao registro, ao funcionamento, ao alvará, à licença, ao cadastro, às 
alterações e procedimentos de baixa e encerramento e aos demais itens 
relativos ao Microempreendedor Individual, incluindo os valores 
referentes a taxas, a emolumentos e a demais contribuições relativas aos 
órgãos de registro, de licenciamento, sindicais, de regulamentação, de 
anotação de responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização do 
exercício de profissões regulamentadas. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
 
 
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OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS (ART. 70 E 71 DA LC ME/EPP) 
Art. 70. As microempresas e as empresas de pequeno porte são desobrigadas 
da realização de reuniões e assembleias em qualquer das situações previstas 
na legislação civil, as quais serão substituídas por deliberação representativa 
do primeiro número inteiro superior à metade do capital social. 
§ 1. O disposto no caput deste artigo não se aplica caso haja disposição 
contratual em contrário, caso ocorra hipótese de justa causa que enseje 
a exclusão de sócio ou caso um ou mais sócios ponham em risco a 
continuidade da empresa em virtude de atos de inegável gravidade. 
§ 2. Nos casos referidos no § 1o deste artigo, realizar-se-á reunião ou 
assembleia de acordocom a legislação civil. 
 
Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei Complementar, 
nos termos da legislação civil, ficam dispensados da publicação de qualquer ato 
societário. 
 
ALTERAÇÕES E ENCERRAMENTO - ART. 9, §§1°, II,4° E 5° LC ME/EPP 
Art. 9. O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), 
referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão dos 3 (três) 
âmbitos de governo ocorrerá independentemente da regularidade de 
obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, 
do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas 
de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos 
titulares, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas 
antes ou após o ato de extinção. 
II - prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito referente a 
tributo ou contribuição de qualquer natureza. 
§ 2. Não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno 
porte o disposto no § 2 o do art. 1o da Lei n. 8.906, de 4 de julho de 
1994. 
§ 4. A baixa do empresário ou da pessoa jurídica não impede que, 
posteriormente, sejam lançados ou cobrados tributos, 
contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da falta do 
cumprimento de obrigações ou da prática comprovada e apurada 
em processo administrativo ou judicial de outras irregularidades 
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praticadas pelos empresários, pelas pessoas jurídicas ou por seus 
titulares, sócios ou administradores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SOCIEDADES E SUA CLASSIFICAÇÃO 
2 TIPOS 
 
I. Personificadas (Pessoa Jurídica, Sociedade Simples, Sociedades 
Empresarias) 
II. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) – Art. 980-
A do CC 
 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída 
por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente 
integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo 
vigente no País. 
 
CONCEITO / CAPITAL SOCIAL OBRIGATÓRIO E NOME EMPRESARIAL (ART. 980, 
§1, CC) 
§ 1. O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão 
"EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de 
responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
LIMITAÇÃO QUANTITATIVA 
§ 2. A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade 
limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
(Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
CONCENTRAÇÃO DAS COTAS 
§ 3. A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar 
da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, 
independentemente das razões que motivaram tal concentração. (Incluído pela 
Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
 
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LIMITAÇÃO DA RESPONSABILIDADE. VERSUS IPDJ:§ 7 DO ART. 980-A DO CC 
 
I. Sociedade Limitada - Art. 1052 a 187 do CC 
 
• Sócios com responsabilidade limitada – valor integralizado. 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao 
valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização 
do capital social. 
a) A sociedade pode ser constituída por uma ou mais pessoas ( MP 881/19) 
b) Obrigação dos sócios e a figura do sócio remisso: Art. 1.004, p.u c/c 
1058 CB 
 
• Integralizar o capital social 
A Responsabilidade dos sócios é restrita ao valor das suas cotas, mas todos 
respondem solidariamente pela não integralização (Art. 1052 do CC). 
 
• Contribuição dos bens (permitida) e prestações de serviços (vedada). §§1° e 
2°do Art. 1055 do CC 
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo 
uma ou diversas a cada sócio. 
 
II. Sociedade em comum - Art. 986 ao 990 do CC 
a) Conceito: 
Art. 986 do CC. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a 
sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, 
observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas 
da sociedade simples. 
 
b) Responsabilidade: 
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Art. 990 do CC. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas 
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele 
que contratou pela sociedade. 
 
c) Patrimônio Especial: Art. 988 e 989 do CC 
Art. 988 do CC. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual 
os sócios são titulares em comum. 
 
III. Sociedade Comandita Simples – Art. 1045 ao 1051 do CC 
a) Composição e responsabilidade - Art. 1045 CB 
Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas 
categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados 
somente pelo valor de sua quota. 
 
IV. Sociedade Comandita Por Ações - Art. 1090 ao 1092 do CC 
a) Composição e responsabilidade. Art. 1091 CCB 
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, 
como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da 
sociedade. 
 
 
QUESTÕES PARA TREINO: 
1) Leandro, Alcides e Inácio pretendem investir recursos oriundos de 
investimentos no mercado de capitais para constituir uma companhia fechada 
por subscrição particular do capital. A sociedade será administrada por Inácio 
e sua irmã, que não será sócia. Considerando-se o tipo societário e a 
responsabilidade legal dos sócios a ele inerente, assinale a afirmativa correta. 
a) Leandro, Alcides e Inácio responderão limitadamente até o preço de 
emissão das ações por eles subscritas. 
b) Leandro, Alcides e Inácio responderão limitadamente até o valor das 
quotas por eles subscritas, mas solidariamente pela integralização do 
capital. 
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c) Leandro, Alcides e Inácio responderão ilimitada, solidária e 
subsidiariamente pelas obrigações sociais. 
d) Leandro e Alcides responderão limitadamente até o preço de emissão 
das ações por eles subscritas, e Inácio, como administrador, ilimitada e 
subsidiariamente, pelas obrigações sociais. 
 
2) Miguel e Paulo pretendem constituir uma sociedade do tipo limitada porque 
não pretendem responder subsidiariamente pelas obrigações sociais. Na 
consulta a um advogado previamente à elaboração do contrato, foram 
informados de que, nesse tipo societário, todos os sócios respondem 
a) solidariamente pela integralização do capital social. 
b) até o valor da quota de cada um, sem solidariedade entre si e em 
relação à sociedade. 
c) até o valor da quota de cada um, após cinco anos da data do 
arquivamento do contrato. 
d) solidariamente pelas obrigações sociais. 
 
3) Rosana e Carolina pretendem reunir esforços para empreender uma 
atividade 
econômica, constituindo uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
(EIRELI). Essa iniciativa será possível se observada a seguinte condição: 
a) Rosana poderá indicar Carolina como administradora, mas somente 
poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
b) Rosana e Carolina poderão ser coproprietárias de todas as quotas, 
mas estas serão indivisíveis em relação a EIRELI, salvo para efeito de 
transferência. 
c) não será cabível a desconsideração da personalidade jurídica da 
EIRELI, diante da limitação de responsabilidade de Carolina ao valor do 
capital social. 
d) a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor, 
de que sejam detentoras tanto Rosana quanto Carolina, vinculados à 
atividade profissional de ambas, poderá ser atribuída à EIRELI constituída 
para a prestação de serviços. 
 
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4) O engenheiro agrônomo Zacarias é proprietário dequatro fazendas onde ele 
realiza, em nome próprio, a exploração de culturas de soja e milho, bem como 
criação intensiva de gado. A atividade em todas as fazendas é voltada para 
exportação, com emprego intenso de tecnologia e insumos de alto custo. 
Zacarias não está registrado na Junta Comercial. Com base nessas 
informações, é correto afirmar que 
a) Zacarias, por exercer empresa em caráter profissional, é considerado 
empresário independentemente de ter ou não registro na Junta 
Comercial. 
b) Zacarias, mesmo que exerça uma empresa, não será considerado 
empresário pelo fato de não ter realizado seu registro na Junta 
Comercial. 
c) Zacarias não pode ser registrado como empresário, porque, sendo 
engenheiro agrônomo, exerce profissão intelectual de natureza científica, 
com auxílio de colaboradores. 
d) Zacarias é um empresário de fato, por não ter realizado seu registro 
na Junta Comercial antes do início de sua atividade, descumprindo 
obrigação legal. 
 
5) Sebastião e Marcelo constituíram uma sociedade sem que o documento de 
constituição tivesse sido levado a registro. Marcelo assumiu uma dívida em seu 
nome pessoal, mas no interesse da sociedade. Barros é credor de Marcelo pela 
referida obrigação. Barros poderá provar a existência da sociedade 
a) de qualquer modo, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão 
praticados por Marcelo. 
b) somente por escrito, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão 
praticados por Marcelo. 
c) de qualquer modo, e somente os bens particulares de Marcelo 
respondem pelos atos de gestão por ele praticados. 
d) somente por escrito, e os bens particulares de Marcelo e Sebastião 
respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo. 
 
6) Maria, empresária individual, teve sua interdição decretada pelo juiz a pedido 
de seu pai, José, em razão de causa permanente que a impede de exprimir sua 
vontade para os atos da vida civil. Sabendo-se que José, servidor público federal 
na ativa, foi nomeado curador de Maria, assinale a afirmativa correta. 
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a) É possível a concessão de autorização judicial para o prosseguimento 
da empresa de Maria; porém, diante do impedimento de José para 
exercer atividade de empresário, este nomeará, com a aprovação do juiz, 
um ou mais gerentes. 
b) A interdição de Maria por incapacidade traz como efeito imediato a 
extinção da empresa, cabendo a José, na condição de pai e curador, 
promover a liquidação do estabelecimento. 
c) É possível a concessão de autorização judicial para o prosseguimento 
da empresa de Maria antes exercida por ela enquanto capaz, devendo seu 
pai, José, como curador e representante, assumir o exercício da 
empresa. 
d) Poderá ser concedida autorização judicial para o prosseguimento da 
empresa de Maria, porém ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens 
que Maria já possuía ao tempo da interdição, tanto os afetados quanto os 
estranhos ao acervo daquela. 
 
7) Perseu, em 2012, ingressa numa sociedade simples, constituída em 2008, 
formada por cinco pessoas naturais e com sede na cidade de Primeira Cruz. De 
acordo com as disposições do Código Civil sobre a sociedade simples, assinale 
a afirmativa correta. 
a) Perseu é responsável por todas as dívidas sociais anteriores à 
admissão. 
b) Perseu responde apenas pelas dívidas sociais posteriores à admissão. 
c) Perseu responde apenas pelas dívidas sociais contraídas no ano 
anterior à admissão. 
d) Perseu não responde pelas dívidas sociais anteriores e posteriores à 
admissão. 
 
GABARITO 
1) A 2) A 3) A 4) B 5) A 6) A 7) A 
 
 
 
 
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DIREITO SOCIETÁRIO 
 
PODERES DO ADMINISTRADOR: 
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os 
atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a 
oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios 
decidir. 
Atenção!! 
Poderes amplos e quem se responsabiliza pelos atos do administrador é da 
sociedade empresária. 
 
EXCESSO DE PODERES - ART.1.015, PARÁGRAFO ÚNICO DO CC 
Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser 
oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: 
Atenção!! 
Destituição do exercício do cargo de administrador 
 
O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer 
tempo, do titular, ou pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato 
separado, não houver recondução. 
 
CONSELHO FISCAL (ART. 1.066 AO 1070 DO CC) 
 
Fiscalizar a administração. 
Na sociedade limitada é um órgão facultativo diferente da sociedade anônima 
 
 
 
 
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DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS 
• Materias – Art. 1071, Inciso I ao VIII CC e 
• Reunião ou assembleia – Art. 1072, §1 do CC 
 
ASSEMBLEIA ORDINÁRIA – ART. 1.078 DO CC 
Art. 1.078. A assembleia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, 
nos quatro meses seguintes à ao término do exercício social, com o objetivo de: 
I - tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico; 
II - designar administradores, quando for o caso; 
III - tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia. 
 
APROVAÇÃO DE CONTAS E A EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE DO 
ADMINISTRADOR E OU CONSELHO FISCAL – ART. 1.078 DO CC 
§3 do CC. 
Anulação da assembleia que aprovou contas – Art. 1.078, §4 do CC 
Deliberação infringentes à lei ou contrato social Art. 1.080 do CC 
 
EXCLUSÃO DO SÓCIO MINORITÁRIO. ART. 1.085 DO CC 
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, 
representativa de mais da metade do capital social, entender que um ou mais 
sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de 
inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do 
contrato social, desde que prevista neste a exclusão por justa causa. 
 
ALTERAÇÃO DA REGRA: PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 1085 CCB 
Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reunião ou 
assembleia especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo 
hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa. 
 
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PAGAMENTO PELO ÚLTIMO BALANÇO OU BALANÇO ESPECIAL? 
 
R= BALANÇO ESPECIAL – Art. 1.031 do CC 
 
Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o 
valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-
se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação 
patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço 
especialmente levantado. 
§ 1. O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais 
sócios suprirem o valor da quota. 
 
RESPONSABILIDADE REMANESCENTE DO SÓCIO EXCLUÍDO – ART. 1.032 DO CC 
Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus 
herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois 
anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, 
pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SOCIEDADE ANÔNIMA (LEI 6404/76) 
Classificada em: 
▪ Aberta – Autorização para negociar ações na bolsa de valores (mercado 
secundário). 
▪ Fechada – Não possui autorização para negociar ações na bolsa de valores, 
(ou só pode atuar no mercado primário (comodities). 
 
VALORES MOBILIÁRIOS 
Ações que podem ser: 
▪ Ordinária: Propicia ao seu titular o direito de voto 
▪ Preferencial: Tem preferência no recebimento 
 
• Bônus de subscrição - Preferência na aquisição futura de ações 
Art. 75. A companhia poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital 
autorizado no estatuto (artigo 168), títulos negociáveis denominados "Bônusde 
Subscrição". 
 
• Debêntures – Confere ao debenturista o crédito certo. 
Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares 
direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão 
e, se houver, do certificado. 
 
• Partes beneficiárias - Confere credito eventual 
Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem 
valor nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias". 
§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito 
eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros 
anuais (artigo 190). 
Atenção!! Somente as S/A podem emitir debentures e partes beneficiárias. 
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• Comissão de valores mobiliários (CVM) – 
Uma autarquia federal com o função de fiscalizar, regular, punir 
 
• Sociedade subsidiária integral (Art. 251 LSA) – 
Concentração de cotas em apenas um acionista. 
Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo 
como único acionista sociedade brasileira. 
 
 
QUESTÕES PARA TREINO: 
1) A sociedade Bonafonte Agronegócios S.A., necessitando expandir sua área de 
pesquisa em métodos de inovação e desenvolvimento tecnológico, decide 
aumentar seu capital social através da emissão pública de novas ações. Para 
levar a efeito a operação, os administradores devem necessariamente observar 
certas exigências legais, dentre elas: 
a) O Conselho Fiscal, se estiver em funcionamento, deverá ser necessária 
e obrigatoriamente ouvido antes de qualquer deliberação sobre o 
aumento de capital. 
b) O aumento de capital mediante a emissão de novas ações sempre 
exige deliberação assemblear e alteração estatutária. 
c) O capital social deve estar totalmente integralizado, sob pena de a CVM 
não autorizar o aumento de capital. 
d) Nas companhias com capital autorizado o Conselho de Administração 
poderá deliberar sobre o aumento de capital, se assim dispuser o 
estatuto. 
 
2) No que se refere aos órgãos sociais da sociedade anônima, é correto afirmar 
que: 
a) Os poderes da assembleia geral são absolutos e ilimitados. 
b) O Conselho de Administração é órgão de presença obrigatória na 
sociedade anônima. 
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c) Compete ao Conselho Fiscal opinar sobre as propostas dos órgãos de 
administração. 
d) É de competência privativa da assembleia deliberar sobre a inserção 
de cláusula no estatuto que restrinja as hipóteses de recesso 
 
3) Em relação ao registro e o nome empresarial, dispõe o Código Civil: 
a) O ato sujeito a registro, ressalvadas disposições especiais da lei, não 
pode, antes do cumprimento das respectivas formalidades, ser oposto a 
terceiro, salvo prova de que este o conhecia. 
b) O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida para o empresário e 
para as sociedades simples e empresárias, será requerido pelo sócio 
com poderes de gestão, e, no caso de omissão ou demora, por qualquer 
um dos sócios, sendo que os documentos necessários ao registro 
deverão ser apresentados no prazo de vinte dias, contado da lavratura 
dos atos respectivos. 
c) Para fins de registro, cumpre à autoridade competente, a qualquer 
tempo, verificar a autenticidade e a legitimidade do signatário do 
requerimento, bem como fiscalizar a observância das prescrições legais 
concernentes ao ato ou aos documentos apresentados, obrigando-se a 
comunicar no prazo de 30 dias ao representante do Ministério Público, 
eventuais indícios de fraudes detectadas. 
d) É vedada a utilização de firma na sociedade anônima e na sociedade 
em comandita por ações, que obrigatoriamente deverão adotar 
denominação designativa do objeto social, aditada da expressão 
“sociedade anônima” e “comandita por ações”, por extenso ou 
abreviadamente. 
e) O nome empresarial não pode ser objeto de alienação, exceto se o 
adquirente do estabelecimento, por ato entre vivos, exercer a mesma 
atividade empresarial de seu antecessor, mediante autorização expressa 
do alienante no contrato social e declaração da quitação do preço. 
 
4) Em relação às sociedades por quotas de responsabilidade limitada, dispõe o 
Código Civil: 
a) A assembleia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, 
nos três meses seguintes ao término do exercício social, com o objetivo, 
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dentre outros, de tomar as contas dos administradores e designar 
membros do conselho fiscal. 
b) Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente 
modificação do contrato, depois de integralizado, se houver perdas 
irreparáveis, e, se excessivo em relação ao objeto da sociedade. 
c) A assembleia será presidida e secretariada por sócios estabelecidos 
no contrato social, e a cópia da ata autenticada pelos administradores, ou 
pela mesa, será, nos trinta dias subsequentes à reunião, apresentada ao 
Registro Público de Empresas Mercantis para arquivamento e averbação. 
d) Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode o contrato 
instituir conselho fiscal composto de dois ou mais membros e 
respectivos suplentes, necessariamente sócios, residentes no País, 
eleitos na assembleia anual ou extraordinária. 
e) Ressalvado o disposto no contrato social, integralizadas as quotas, 
pode ser o capital aumentado, com a correspondente modificação do 
contrato, e até vinte dias após a deliberação, terão os sócios preferência 
para participar do aumento, na proporção das quotas de que sejam 
titulares. 
 
5) Em relação à sociedade simples, dispõe o Código Civil: 
a) O sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das 
respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, 
somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas, 
vedada qualquer estipulação em contrário. 
b) O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo 
convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à 
sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído. 
c) Nos dez dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá 
requerer a inscrição do contrato social no registro competente, sendo 
ineficaz em relação aos sócios, qualquer pacto separado, contrário ao 
disposto no instrumento. 
d) São irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração por 
cláusula expressa do contrato social, salvo justa causa, a pedido da 
maioria dos sócios, sendo ainda, irrevogáveis, os poderes conferidos a 
sócio por ato separado, ou a quem não seja sócio, cujos atos aproveitam 
a terceiros. 
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e) A sociedade adquire direitos, assume obrigações e procede 
judicialmente, por meio de administradores com poderes especiais, ou, 
não os havendo, em conjunto por todos os sócios, sendo que o sócio, 
admitido em sociedade já constituída, fica eximido das dívidas sociais 
anteriores à admissão. 
 
6) Em relação à sociedade, é correto afirmar: 
a) Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a 
sociedade por ações e por quotas de responsabilidade limitada; e, 
simples, a cooperativa e a em comandita. 
b) A sociedade empresária e cooperativa deve constituir-se segundo um 
dos tipos regulados em lei; a sociedade simples deve constituir-se de 
conformidade com qualquer tipo societário, e, não o fazendo, subordina-
se às normas das estabelecidas para as associações, ficando ressalvada 
a sociedade em comandita por ações, constituída através de lei especial. 
c) A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade simples e 
própria de empresário rural e seja constituída ou transformada, de 
acordo com um dos tipos de sociedade empresária, deve, obedecendo as 
formalidades legais, requerer inscrição no Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, 
para todos os efeitos, à sociedade empresária. 
d) A sociedade adquire personalidadejurídica com a inscrição, no 
registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos, sendo que 
as sociedades simples vinculam-se ao Registro Público de Empresas 
Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade empresaria ao 
Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
e) Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade 
que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito 
a registro, e, simples, as demais. 
 
 
GABARITO 
1) D 2) C 3) A 4) B 5) B 6) E 
 
 
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EMPRESA SIMPLES DE CRÉDITO (LC 167/2019) 
 
ATUAÇÃO, OBJETO E DESTINATÁRIO – ART. 1 DA LESC 
Art. 1. A Empresa Simples de Crédito (ESC), de âmbito municipal ou distrital, com 
atuação exclusivamente no Município de sua sede e em Municípios limítrofes, 
ou, quando for o caso, no Distrito Federal e em Municípios limítrofes, destina-
se à realização de operações de empréstimo, de financiamento e de desconto 
de títulos de crédito, exclusivamente com recursos próprios, tendo como 
contrapartes microempreendedores individuais, microempresas e empresas de 
pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 
2006 (Lei do Simples Nacional). 
 
FORMA DA ESC – ART. 2 DA LESC 
Art. 2. A ESC deve adotar a forma de empresa individual de responsabilidade 
limitada (Eireli), empresário individual ou sociedade limitada constituída 
exclusivamente por pessoas naturais e terá por objeto social exclusivo as 
atividades enumeradas no art. 1º desta Lei Complementar. 
 
NOME EMPRESARIAL - ART. 2, §1 DA LESC 
§ 1º O nome empresarial de que trata o caput deste artigo conterá a expressão 
“Empresa Simples de Crédito”, e não poderá constar dele, ou de qualquer texto 
de divulgação de suas atividades, a expressão “banco” ou outra expressão 
identificadora de instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
 
CAPITAL SOCIAL – ART. 2, §2 C/C ART. 4 DA LESC 
§ 2. O capital inicial da ESC e os posteriores aumentos de capital deverão ser 
realizados integralmente em moeda corrente. 
 
REGRA PARA OPERAÇÕES - ART. 2, §3 E 4 DA LESC 
§ 3. O valor total das operações de empréstimo, de financiamento e de desconto 
de títulos de crédito da ESC não poderá ser superior ao capital realizado. 
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§ 4. A mesma pessoa natural não poderá participar de mais de uma ESC, ainda 
que localizadas em Municípios distintos ou sob a forma de filial. 
 
VEDAÇÕES A ESC – ART. 3 DA LESC 
Art. 3. É vedada à ESC a realização de: 
I - qualquer captação de recursos, em nome próprio ou de terceiros, sob 
pena de enquadramento no crime previsto no art. 16 da Lei nº 7.492, de 16 
de junho de 1986 (Lei dos Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional); 
e 
II - operações de crédito, na qualidade de credora, com entidades 
integrantes da administração pública direta, indireta e fundacional de 
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 
COBRANÇA DE JUROS PELA ESC – ART. 5, INCISO I, §4 DA LESC 
Art. 5. Nas operações referidas no art. 1º desta Lei Complementar, devem ser 
observadas as seguintes condições: 
I - a remuneração da ESC somente pode ocorrer por meio de juros 
remuneratórios, vedada a cobrança de quaisquer outros encargos, 
mesmo sob a forma de tarifa; 
 
A FALÊNCIA E A RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA ESC – ART. 7 DA LESC 
Art. 7. As ESCs estão sujeitas aos regimes de recuperação judicial e 
extrajudicial e ao regime falimentar regulados pela Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro 
de 2005 (Lei de Falências). 
 
A ESC E A LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO – ART. 11 DA LESC C/C ART. 9, INC V 
DA LEI 9.613/98 
Art. 11. O art. 9 da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998 (Lei de Lavagem de 
Dinheiro), passa a vigorar com a seguinte redação: 
V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as empresas de 
fomento comercial (factoring) e as Empresas Simples de Crédito (ESC) 
 
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REPERCUSSÃO CRIMINAL – ART. 9 DA LESC 
Art. 9. Constitui crime o descumprimento do disposto no art. 1º, no § 3º do art. 2º, 
no art. 3º e no caput do art. 5º desta Lei Complementar. 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INOVA SIMPLES (ART 65 A DA LC 167/2019) 
 
A INOVA SIMPLES é um estimulo para criação de startup!! 
 
O que é startup? – 
Art. 65 A §1 LC 167/2019 (Atividade Disruptiva). 
 
No que consiste o tratamento diferenciado? 
Criação de facilitadores para abertura e fechamento (Art. 65 A § 3 da LC 
167/2019). 
 
Limite de comercialização – 
Igual ao da MEI (81 mil) (Art. 65 A § 3 LC 167/2019). 
 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: (ART.50, CC C/C ART.133 A 
SEGUINTES DO CPC/15). (DIFERENTE DE DESPERSONALIZAÇÃO) 
a) Teorias aplicáveis: 
• Teoria menor: Todas as vezes que se encontrar obstáculos para a 
satisfação do débito. 
• Teoria maior: há a autorização da autonomia patrimonial das pessoas 
jurídicas ser ignorada, como forma de coibir fraudes e abusos 
praticados através delas. 
 
b) Definição do que é desvio de finalidade e confusão patrimonial: §§1º e 2º do 
art.50, CC. 
• Desvio de finalidade: Dolosa para atos ilícitos 
• Confusão patrimonial: Cumprimento repetitivo de obrigações, 
transferência de ativos ou de passivos sem efetivas 
contraprestações, exceto o de valor proporcionalmente insignificante, 
outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
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c) Grupo econômico x regras do caput - § 4º do art. 50, CC. 
• Deve existir a caracterização do desvio de finalidade ou desvio 
patrimonial. 
 
d) Excludente de desconsideração: § 5º do art.50, CC. 
 
e) Aplicabilidade processual: Art.133 e seguintes CPC/15. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÍTULOS DE CRÉDITO 
a) Conceito: (Art.887, CC) 
b) Regência legal: Art. 903 do CC e Lei Universal de Genebra. 
c) Princípios Norteadores: 
• Princípio da Cartularidade: O direito só pode ser exercido mediante 
apresentação do título de crédito. 
• Princípio da Literalidade: O direito limita-se ao que consta no título de 
crédito. 
• Princípio da Autonomia (subprincípios da inoponibilidade das exceções 
aos terceiros de boa-fé: O título de crédito é autônomo em relação ao 
negócio jurídico que o originou. 
 
PRINCIPAIS ATOS E AÇÕES CAMBIÁRIAS: 
a) Sacador: Aquele que emite o título de crédito. 
b) Sacado: Aquele que paga pelo título de crédito. 
c) Beneficiário: Aquele que têm o proveito econômico do título de crédito. 
d) Coobrigados: Endossantes e Avalistas. 
 
PRINCIPAIS ATOS CAMBIÁRIOS: 
a) Saque: emissão de título de crédito. 
b) Aceite: o sacado declara o pagamento (ou não) do título de crédito. 
c) Endosso: O ato de transferência da titularidade de um título de crédito - 
Partes e espécies: Endossante e Endossatário. 
• Endosso Translativo que divide-se em preto e em branco. Em 
preto, expressamente coloca-se o nome do endossatário. Em 
branco, coloca o nome do endossante. 
• Endosso Mandato: Transfere para outrem com fins de cobrança 
a) Forma de endosso: Art.910, CC Verso e anverso. 
b) Consequência do endosso: 
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• Transferência de direitos (créditos) 
• Responsabilidade solidária- §§ 1º e 2º 
do art.914, CC. (coobrigado) 
• Características importantes do 
endosso: 
Não pode existir endosso parcial, limitado ou condicionado. 
(Art.12 LUG c/c Art.912, CC). 
A possibilidade de limitação da responsabilidade: admissão da 
“cláusula sem garantia” Art.914, caput, CC. 
• Isenção de responsabilidade do 
endossante. 
• Endosso X Cessão Civil: admissão da 
“cláusula não à ordem” (Art.919, CC) . 
Impede o endosso, mas pode fazer em 
cessão civil. 
d) Aval: - Conceito: Garantia dada por terceiro paraa solvabilidade do título de 
crédito - Partes: Avalista/Avaliador 
Espécies de aval: 
• O aval em branco/ aval em preto. 
• Aval simultâneos e sucessivos. 
Características importantes: O aval pode ser parcial, segundo o art.30 da 
LUG. O código Civil diz que não em seu art.897, CC, mas prevalece 
legislação especial. 
Responsabilidade é solidária. (Art.32, LUG) 
Necessidade de outorga uxória. (Art.1647, III, C Aval (Cambiário) 
Submissão do aval ao princípio da autonomia; 
Não admite benefício de ordem. 
Imparcialidade do aval (Art. 897 CC) vedado x Art. 30 da LUG - permitido 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de 
pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. 
Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
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Art. 30. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido 
por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um 
signatário da letra. 
 
SOLIDARIEDADE DA OBRIGAÇÃO ART. 32 LUG 
Art. 32. O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele 
afiançada. 
Necessidade de outorga Luxória. Art. 1.647, III, CCB: 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem 
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval; 
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que 
possam integrar futura meaç 
 
e) Fiança (Civil) 
• Regime civil: obrigação acessória leva a mesma sorte da principal; 
• Admite o benefício de ordem 
 
 
QUESTÕES PARA TREINO: 
1) Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXIII - Primeira Fase 
Pedrinho emitiu quatro cheques em 26 de março de 2017, mas esqueceu de 
depositar um deles. Tendo um débito a honrar com Kennedy e sendo beneficiário 
desse quarto cheque, Pedrinho o endossou em preto, datando no verso “dia 20 
de maio de 2017”. Sabe-se que o lugar de emissão do quarto cheque é o mesmo 
do de pagamento. Sobre esse endosso, assinale a afirmativa correta. 
A) O endosso produz seus efeitos legais porque a transmissão do cheque 
se deu dentro do prazo de apresentação. 
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B) No endosso em preto, o endossatário fica dispensado da apresentação 
em tempo hábil do cheque ao sacado. 
C) O endosso do cheque tem efeito de cessão de crédito por ter sido 
realizado após o decurso do prazo de apresentação. 
D) Pedrinho ficou exonerado de responsabilidade pelo pagamento do 
cheque em razão do caráter póstumo do endosso. 
 
2) Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXI - Primeira Fase 
Humaitá Comércio e Distribuição de Defensivos Agrícolas Ltda. sacou 4 (quatro) 
duplicatas de compra e venda em face de Cooperativa dos Produtores Rurais de 
Coari Ltda., em razão da venda de insumos para as plantações dos cooperados. 
Com base nestas informações, assinale a afirmativa correta. 
A) É facultado ao sacador inserir cláusula não à ordem no momento do 
saque, caso em que a forma de transferência dos títulos se dará por meio 
de cessão civil de crédito. 
B) Por se tratar de sacado cooperativa, sociedade simples 
independentemente de seu objeto, é proibido o saque de duplicatas em 
face dessa espécie de sociedade. 
C) Lançada eventualmente a cláusula mandato no endosso das 
duplicatas, o endossatário poderá exercer todos os direitos emergentes 
dos títulos, inclusive efetuar endosso próprio a terceiro. 
D) Sendo o pagamento das duplicatas garantido por aval, o avalista é 
equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo 
de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao sacado. 
 
3) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVII - Primeira Fase 
Resende & Piraí Ltda. sacou duplicata de serviço em face de Italva Louças e 
Metais S/A, que a aceitou. Antes do vencimento, o título foi endossado para 
Walter. Há um aval em preto no título dado por Casimiro Cantagalo em favor do 
sacador. Após o vencimento, ocorrido em 11 de setembro de 2018, duplicata foi 
levada a protesto por falta de pagamento, em 28 de setembro do mesmo ano. 
Com base nas informações dadas, assinale a opção que indica contra quem 
Walter, endossatário da duplicata, poderá promover a ação de execução. 
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A) Italva Louças e Metais S/A, exclusivamente, em razão da perda do 
direito de ação em face dos coobrigados pela apresentação da duplicata 
a protesto por falta de pagamento além do prazo de 1 (um) dia útil após o 
vencimento. 
B) Resende & Piraí Ltda. e Casimiro Cantagalo, somente, pois a duplicata 
foi apresentada a protesto tempestivamente, assegurando o portador seu 
direito de ação em face dos coobrigados, mas não em face do aceitante. 
C) Resende & Piraí Ltda. e Italva Louças e Metais S/A, somente, em razão 
da perda do direito de ação em face do avalista pela apresentação da 
duplicata a protesto por falta de pagamento além do prazo de 1 (um) dia 
útil após o vencimento. 
D) Resende & Piraí Ltda., Italva Louças e Metais S/A e Casimiro 
Cantagalo, pois a duplicata foi apresentada a protesto tempestivamente, 
assegurando o portador seu direito de ação em face dos coobrigados e 
do aceitante. 
 
4) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVI - Primeira Fase 
Três Coroas Comércio de Artigos Eletrônicos Ltda. subscreveu nota promissória 
em favor do Banco Dois Irmãos S.A. com vencimento a dia certo. Após o 
vencimento, foi aceita uma proposta de moratória feita pelo devedor por 120 
(cento e vinte) dias, sem alteração da data de vencimento indicada no título. O 
beneficiário exigiu dois avalistas simultâneos, e o devedor apresentou 
Montenegro e Bento, que firmaram avais em preto no título. Sobre esses avais 
e a responsabilidade dos avalistas simultâneos, assinale a afirmativa correta. 
A) Por ser vedado, no direito brasileiro, o aval póstumo, os avais 
simultâneos são considerados não escritos, inexistindo responsabilidade 
cambial dos avalistas. 
B) O aval lançado na nota promissória após o vencimento ou o protesto 
tem efeito de fiança, respondendo os avalistas subsidiariamente perante 
o portador. 
C) O aval póstumo produz os mesmos efeitos do anteriormente dado, 
respondendo os avalistas solidariamente e autonomamente perante o 
portador. 
D) O aval póstumo é nulo, mas sua nulidade não se estende à obrigação 
firmada pelo subscritor (avalizado), em razão do princípio da autonomia. 
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5) Borba Eletrônicos Ltda. celebrou contrato de abertura de crédito em conta 
corrente com o Banco Humaitá S/A, lastreado em nota promissória emitida em 
garantia da dívida. Sobre a nota promissória e o contrato de abertura de crédito 
em conta corrente, diante do inadimplemento do mutuário, assinale a afirmativa 
correta. 
A) O contrato, ainda que acompanhado de extrato da conta corrente e 
assinado por duas testemunhas, não é título executivo extrajudicial, e a 
nota promissória a ele vinculada não goza de autonomia, em razão da 
iliquidez do título que a originou. 
B) O contrato, desde que acompanhado de extrato da conta corrente e 
assinado por duas testemunhas, é título executivo extrajudicial, porém a 
nota promissória a ele vinculada não goza de autonomia, em razão da 
abusividade da cláusula de mandato. 
C) O contrato, ainda que acompanhado de extrato da conta corrente e 
assinado por duas testemunhas, não é título executivo extrajudicial, 
porém a nota promissória a ele vinculada goza de autonomia, em razão 
de sua independência. 
D) O contrato, mesmo não acompanhado de extrato da conta corrente ou 
assinado por duas testemunhas, é título executivo extrajudicial, e a notapromissória a ele vinculada goza de executividade autônoma. 
 
6) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXV - Primeira Fase 
Para realizar o pagamento de uma dívida contraída pelo sócio M. Paraguaçu em 
favor da sociedade Iguape, Cananeia & Cia Ltda., o primeiro emitiu uma nota 
promissória à vista, com cláusula à ordem no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta 
mil reais). De acordo com essas informações e a respeito da cláusula à ordem, 
é correto afirmar que 
A) a nota promissória, na omissão dessa cláusula, somente poderia ser 
transferida pela forma e com os efeitos de cessão de crédito. 
B) a cláusula implica a possibilidade de transferência do título por 
endosso, sendo o endossante responsável pelo pagamento, salvo 
cláusula sem garantia. 
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C) a cláusula implica a possibilidade de transferência do título por 
endosso, porque a modalidade de vencimento da nota promissória é à 
vista. 
D) tal cláusula implica a possibilidade de transferência do título por 
cessão de crédito, não respondendo o cedente pela solvência do 
emitente, salvo cláusula de garantia. 
 
7) Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXIV - Primeira Fase 
Um cliente apresenta a você um cheque nominal à ordem com as assinaturas 
do emitente no anverso e do endossante no verso. No verso da cártula, também 
consta uma terceira assinatura, identificada apenas como aval pelo signatário. 
Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta. 
A) O aval dado no título foi irregular, pois, para a sua validade, deveria ter 
sido lançado no anverso. 
B) A falta de indicação do avalizado permite concluir que ele pode ser 
qualquer dos signatários (emitente ou endossante). 
C) O aval dado no título foi na modalidade em branco, sendo avalizado o 
emitente. 
D) O aval somente é cabível no cheque não à ordem, sendo considerado 
não escrito se a emissão for à ordem. 
 
GABARITO 
1) C 
2) D 
3) D 
4) C 
5) A 
6) B 
7) C 
 
 
45 
 
 
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FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL (LEI 
11.101/2005) 
Art. 1. Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a 
falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos 
simplesmente como devedor. 
 
I. LEGITIMIDADE PASSIVA – ART. 1 C/C ART. 966 DO CC 
a) Empresário Individual e Sociedades Empresárias 
Independente de registro qualquer figura que atue como empresário podem 
sofrer falência. (LTDA. Anônima, nome coletivo, EIRELI, ESC) 
Atenção! 
Pessoa física não sofre falência e sim insolvência civil 
 
CASOS ESPECIAIS: 
• Profissional Liberal (pode ser empresário então pode falir) 
• Produtor Rural – Pode ser empresário então pode falir 
• Sociedade comum – Pode ser empresário então pode falir 
• Sociedade simples – Não pode ser empresário então não pode falir 
 
II. LEGITIMIDADE ATIVA – ART. 97, §1 DA LFRE 
Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: 
I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei; 
II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o 
inventariante; 
III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato 
constitutivo da sociedade; 
IV – qualquer credor. 
 
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A Fazenda Pública é legitimada a requerer a falência do empresário?? 
Enunciado 56 da I Jornada de Direito Comercial: “A Fazenda Pública não possui 
legitimidade ou interesse de agir para requerer a falência do devedor 
empresário.” 
 
III. ILEGITIMIDADE – ART. 2 DA LFRE 
Art. 2. Esta Lei não se aplica a: 
I – empresa pública e sociedade de economia mista; 
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, 
consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora 
de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de 
capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 
 
IV. PRESSUPOSTOS (ART. 94 DA LFRE) 
a) Impontualidade injustificada (art. 94, I, LFRE) 
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação 
líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja 
soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta salários-mínimos na data 
do pedido de falência; 
 
O protesto exige maiores formalidades para a falência? 
Sumula 361 STJ: “A notificação do protesto, para requerimento de falência da 
empresa devedora, exige a identificação da pessoa que a recebeu.” 
 
EXECUÇÃO FRUSTRADA (ART. 94, II, LFRE) 
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia 
à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; 
 
ATOS DE FALÊNCIA (ART. 94, III, LFRE) 
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de 
recuperação judicial: 
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a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio 
ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; 
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de 
retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação 
de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; 
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o 
consentimento de todos os 
credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; 
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo 
de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; 
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem 
ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu 
passivo; 
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos 
suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta 
ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal 
estabelecimento; 
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano 
de recuperação judicial. 
 
V. COMPETÊNCIA (ART. 3 DA LFRE) 
Art. 3. É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, 
deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal 
estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do 
Brasil. 
 
VI. DEFESA DA FALÊNCIA (ART. 96 C/C 98 DA LFRE) 
• Prazo da contestação: 10 dias 
• Depósito Elisivo: Caução, afastar a falência no prazo. 
Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) 
dias. 
Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do art. 
94 desta Lei, o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor 
correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, 
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juros e honorários advocatícios, hipótese em que a falência não será 
decretada e, caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará 
o levantamento do valor pelo autor. 
 
VII. DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA 
a) Recurso (art. 100 da LFRE) 
Art. 100. Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença 
que julga a improcedência do pedido cabe apelação. 
 
b) Massa falida e a formação do Juízo universal da falência (art. da 76 LFRE) 
Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas 
as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as 
causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o 
falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. 
 
c) Gestão da massa falida e a nomeação do Administrador Judicial (art. 21 ao 25 
da LFRE) 
• Nomeação – Art. 99 (IX LFRE) 
• Critério de escolha – Art. 21 da LFRE 
• Remuneração – Art. 24 §§1° e 5° da LFRE 
 
VIII. ALGUNS EFEITOS DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA 
a) Quanto a responsabilidade do sócio (art. 81 e 82 da LFRE) 
Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios 
ilimitadamente responsáveis também acarretaa falência destes que 
ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à 
sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar 
contestação, se assim o desejarem. 
Art. 82. A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade 
limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida, 
estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da 
falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua 
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insuficiência para cobrir o passivo, observado o procedimento ordinário 
previsto no Código de Processo Civil. 
 
b) Quanto aos atos praticados pelo falido (art. 129 e 130 da LFRE) – INEFICAZEIS, 
atos defeitos: 
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o 
contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do 
devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores: 
Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar 
credores, provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro 
que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida. 
 
c) Quanto ao direito dos credores 
• Vencimento antecipado (art. 77 da LFRE) – Os débitos vincendos se 
tornarão vencidos. 
• Fluência dos juros (art. 124 da LFRE) - Suspensão 
• Prescrição, ações e execuções (art. 6 da LFRE) – Suspensão 
• Quanto aos contratos com o falido (art. 117 ao 119 da LFRE) 
 
IX. RESTITUIÇÃO DOS BENS DE FALÊNCIA (ART. 85 AO 93 DA LFRE) 
a) Restituição Ordinária – Art. 85, caput 
Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que 
se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência 
poderá pedir sua restituição. 
 
b) Restituição Especial – Art. 85, p. u. 
Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa vendida 
a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao 
requerimento de sua falência, se ainda não alienada. 
 
c) Restituição em dinheiro – Art. 86, I, II e III da LFRE 
 
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QUESTÕES PARA TREINO: 
1) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
Ribamar é sócio da sociedade empresária Junco, Fiquene & Cia. Ltda. Após uma 
infrutífera negociação de plano de recuperação judicial, a assembleia de 
credores rejeitou o plano, acarretando a decretação de falência da sociedade. O 
desgaste, que já existia entre Ribamar e os demais sócios, intensificou-se com 
a decretação da falência, ensejando pedido de retirada da sociedade, com base 
nas disposições reguladoras da sociedade limitada. Diante dos fatos narrados, 
assinale a afirmativa correta. 
A) A decretação da falência suspende o exercício do direito de retirada 
do sócio Ribamar. 
B) A sociedade deverá apurar os haveres do sócio dissidente Ribamar, 
que serão pagos como créditos extraconcursais. 
C) O juiz da falência deverá avaliar o pedido de retirada do sócio Ribamar 
e, eventualmente, deferi-lo na ação de dissolução parcial. 
D) A decretação de falência não suspende o direito de retirada do sócio 
Ribamar, mas o pagamento de seus haveres deverá ser incluído como 
crédito subordinado. 
 
2) ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
Madeireira Juína Ltda. requereu a homologação de plano de recuperação 
extrajudicial em Juara/MT, lugar de seu principal estabelecimento. Após o 
pedido de homologação e antes da publicação do edital para apresentação de 
impugnação ao plano, um dos credores com privilégio geral que haviam 
assinado o plano pretende desistir unilateralmente da adesão. Tal credor possui 
um terço dos créditos de sua classe submetidos ao plano. Com relação ao 
credor com privilégio geral, após a distribuição do pedido de homologação, 
assinale a afirmativa correta. 
A) Não poderá desistir da adesão ao plano, mesmo com a anuência 
expressa dos demais signatários. 
B) Poderá desistir da adesão em razão da natureza contratual do plano, 
que permite, a qualquer tempo, sua denúncia. 
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C) Não poderá desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência 
expressa dos demais signatários. 
D) Poderá desistir da adesão ao plano, desde que seja titular de mais de 
1/4 do total dos créditos de sua classe. 
 
3) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
Jacinto Almenara EIRELI teve um bem de sua propriedade arrecadado pelo 
administrador judicial na falência de Rubim & Divisa Ltda., mas foi informado 
que o referido bem já tinha sido alienado pela massa. Ciente dessa 
circunstância, o(a) advogado(a) da EIRELI 
A) não poderá pleitear a restituição do bem nem receber o preço da venda 
em razão de já ter sido alienado pela massa falida. 
B) deverá habilitar o crédito no processo de falência, com a classificação 
de quirografário, diante da impossibilidade de sua restituição in natura. 
C) poderá pleitear a restituição em dinheiro, recebendo o preço obtido 
com a venda do bem arrecadado, devidamente atualizado. 
D) deverá ajuizar ação revocatória para obter indenização da massa 
falida pela venda ilegal do bem arrecadado, que deveria lhe ter sido 
restituído. 
 
4) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
Indústria de Celulose Três Rios Ltda. requereu homologação de plano de 
recuperação extrajudicial no lugar do seu principal estabelecimento. No plano 
de recuperação apresentado há um crédito quirografário em moeda 
estrangeira, com pagamento segundo a variação cambial do euro. Foi prevista 
ainda pelo devedor a supressão da variação cambial pela substituição da moeda 
euro pelo real. O plano foi aprovado por credores que titularizam mais de três 
quintos dos créditos de cada classe, mas Licínio, o credor titular deste crédito, 
não o assinou. De acordo com as disposições legais para homologação da 
recuperação extrajudicial, assinale a afirmativa correta. 
A) O plano pode ser homologado porque, mesmo sem a assinatura de 
Licínio, houve aprovação por credores que titularizam mais de três 
quintos dos créditos de cada classe. 
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B) O plano não pode ser homologado porque, diante da supressão da 
variação cambial, o credor Licínio pode vetar sua aprovação, qualquer 
que seja o quórum de aprovação. 
C) O plano pode ser homologado porque o consentimento expresso de 
Licínio só é exigido para os créditos com garantia real, não se aplicando 
a exigência aos créditos quirografários. 
D) O plano não pode ser homologado por não ter atingido o quórum 
mínimo de aprovação, independentemente da supressão da cláusula de 
variação cambial. 
 
5) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVII - Primeira Fase 
A Fazenda Pública do Estado de Pernambuco ajuizou ação de execução fiscal 
em face de sociedade empresária. No curso da demanda, houve o 
processamento da recuperação judicial da sociedade. Em relação à execução 
fiscal em curso, assinale a afirmativa correta. 
A) Fica suspensa com o processamento da recuperação até seu 
encerramento. 
B) Não é suspensa com o processamento da recuperação judicial. 
C) Fica suspensa com o processamento da recuperação judicial até o 
máximo de 180 (cento e oitenta) dias. 
D) É extinta com o processamento da recuperação judicial. 
 
6) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVI - Primeira Fase 
Antes da decretação de falência da sociedade Talismã & Sandolândia Ltda., foi 
ajuizada ação de execução por título extrajudicial por Frigorífico Rio Sono Ltda., 
está enquadrada como empresa de pequeno porte. Com a notícia da decretação 
da falência pela publicação da sentença no Diário da Justiça, o advogado da 
exequente tomará ciência

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