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A IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA OLIVEIRA, ARIADNE; SILVEIRA, LEONARDO; RODRIGO, DENISON; GEROMEL; GUILHERME; GARCIA, JOÃO L. R.; SOBRENOME, PAULO. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Rua Diácono Jair de Oliveira, 1005 - Santa Rosa, Piracicaba - SP, 13414-155 E-mails: ariadneoliveira97@gmail.com - leonardo.silveira@aluno.ifsp.edu.br- joao.leopoldo@aluno.ifsp.edu.br-guilherme.geromel@aluno.ifsp.edu.br- denisonrodrigo494@gmail.com – phsljr@gmail.com Resumo: O fator de potência é utilizado para quantificar e tarifar a energia ativa e reativa presentes no sistema elétrico de forma de onda senoidais para tensão e/ou corrente, em praticamente todo o mundo. Portanto, também, é um dos responsáveis para diminuir as perdas no sistema elétrico, o que é de grande utilidade no momento (MATEUS, 2001). O Objetivo deste artigo é demostrar a importância da correção do fator de potência nas instalações elétricas. Com isso, foi apresentado conceitos sobre o fator de potência, e sua importância e, por fim, o método de correção do fator de potência através de bancos de capacitores. Conclui-se, que a correção do fator de potência traz uma redução significativa de energia reativa e aumento da eficiência energética. Palavras-chave: Fator de potência, Correção do fator de potência, Capacitores, Cargas Reativa, Cargas Indutivas, triangulo das potências. 1. Introdução Para o correto funcionamento das máquinas elétricas como motores, transformadores, e outros são necessárias energias ativas e reativas combinadamente. A energia ativa é quem de fato executa a tarefa, transformando energia mecânica em cinética, ou seja, a que faz com que os motores girem. As duas energias devem existir em conjunto, porém, a energia reativa deve ser do menor nível possível, pois ela provoca as perdas operacionais dos equipamentos (REIS & KIKUCHI 2015). Com o propósito de minimizar a ocorrência dessas energias reativas de natureza indutiva, é realizado a correção para corrigir que se tem por nome Fator de Potência. O fator de potência aceitável definido pelas concessionarias no Brasil está entre 0,91 a 1(valor ideal), onde para efetuar tal correção são instalados bancos de capacitores específico de cada sistema, esses por sua vez podem ser fixos, semiautomáticos ou automáticos (REIS & KIKUCHI 2015). O fator de potência é um parâmetro existente para avaliar a qualidade da energia elétrica e tem implicação direta em questões relacionadas à utilização, ao carregamento e planejamento das redes de distribuição de energia elétrica (O SETOR ELÉTRICO, 2011). Através da correção do fator de potência elétrico em suas plantas irá evitar “o desperdício de energia”, e terá uma melhor eficiência energética, ou seja, será maximizado o índice de aproveitamento da energia elétrica na planta. O capítulo 2.1, faz menção aos tipos de energia e de como detectar o fator de potência. Já o capítulo 2.2 e 2.3, descreve os o fator de potência e os parâmetros de medição e especificações dos bancos de capacitores. 2. Pesquisa bibliográfica Conceitos básicos sobre energia ativa, reativa e aparente. A energia elétrica necessária para o funcionamento de equipamentos como motores, transformadores e fornos é composta por duas componentes principais, a componente ativa e a reativa. Essas energias possuem funções distintas que variam para cada equipamento, a energia ativa é medida em kWh (quilowatt/hora), já a energia reativa é medida em kVArh (quilovoltAmpere reativo/hora). A potência instantânea é formada por ambas potências, ativa e reativa, sendo a potência aparente a combinação dessas duas, medida em kVA (kilo Volt Ampere). mailto:ariadneoliveira97@gmail.com mailto:leonardo.silveira@aluno.ifsp.edu.br-joao.leopoldo@aluno.ifsp.edu.br-guilherme.geromel@aluno.ifsp.edu.br- mailto:leonardo.silveira@aluno.ifsp.edu.br-joao.leopoldo@aluno.ifsp.edu.br-guilherme.geromel@aluno.ifsp.edu.br- mailto:denisonrodrigo494@gmail.com Figura 1: Triangulo das potências Fonte: CODI (Comitê de Distribuição de Energia Elétrica). A potência ativa, que também pode ser chamada de potência real ou útil, é medida em kWh (quilowatts/hora), essa é a energia responsável por executar trabalho, ou seja, em motores é responsável pelo movimento de rotação, também fornece a geração de calor e emissão de luz. Existem variadas formas de se calcular a potência ativa de uma carga, a seguir serão apresentadas algumas das equações. Através da Equação 2.1.1, Equação 2.1.2 e Equação 2.1.3, podemos encontrar a potência ativa. Como a potência ativa é sempre positiva, pois não existe defasagem entre a tensão e a corrente, na Figura 2 temos o gráfico desta relação. 𝑃𝑃 = 𝑈𝑈. 𝐼𝐼. cos𝜑𝜑 (2.1.1) onde: P – Potência Ativa U – Tensão Elétrica I – Corrente Elétrica cos𝜑𝜑 – Constante de defasagem (Fp) 𝑃𝑃 = 𝑆𝑆.𝐹𝐹𝐹𝐹 (2.1.2) Onde: P – Potência Ativa S – Potência Aparente Fp – Fator de potência (cos𝜑𝜑) 𝑃𝑃 = �𝑆𝑆2 − 𝑄𝑄2 (2.1.3) Onde: P – Potência Ativa S – Potência Aparente Q – Potência Reativa Figura 2: Relação de tensão e corrente da potência Ativa. Fonte: Energia no meio rural – FCA – Botucatu 2004 A potência reativa, que também pode ser denominada de potência imaginaria, é medida em kVAR (quilovolt Ampere Reativo), essa é a potência que oscila entra a fonte elétrica e a carga, ou seja ela é usada para criar e manter campos eletromagnéticos em cargas indutivas, magnetizando as bobinas dos equipamentos elétricos. Seu funcionamento ocorre da seguinte forma, em um meio ciclo de corrente alternada (CA) a energia reativa é transferida da fonte para a carga e no restante do ciclo, a energia reativa retorna da carga para a fonte elétrica. A energia reativa não gera calor, ela atua como uma “ponte” constante sobre a qual a energia ativa passa e assim fornece trabalho (calor, movimento, iluminação). Quando temos uma reatância, a tensão está defasada 90º em relação a corrente, sendo assim utilizando a Equação 2.2.1, podemos observar que o resultado é sempre negativo. Na Figura 3 temos o gráfico demonstrando essa defasagem de 90º da tensão. 𝑄𝑄 = 𝑆𝑆. sin𝜑𝜑 (2.2.1) Onde: Q – Potência Reativa S – Potência Aparente sin𝜑𝜑 – Constante de defasagem Figura 3: Defasagem de 90º da tensão em relação a corrente. Fonte: Energia no meio rural – FCA – Botucatu 2004 A potência aparente que é medida em Kva (quilovolt Ampere), nada mais é que a potência total que vai ser entregue a uma carga, ela é composta por ambas as potências vistas a ativa (real), e a reativa (imaginaria). Uma das aplicações em que usamos a potência aparente, é no trato de transformadores ou grupos de geradores de energia. Podemos utilizar a Equação 2.1.2 para calcular a potência ativa, Equação 2.3.1 e Equação 2.3.2. 𝑆𝑆 = �𝑃𝑃2 + 𝑄𝑄2 (2.3.1) |𝑆𝑆| = �̇�𝑈. 𝐼𝐼 ̇ (2.3.2) Onde: |S| - Modulo da potência aparente �̇�𝑈- Tensão elétrica complexa 𝐼𝐼-̇ Corrente elétrica complexa As principais diferenças entre potência ativa e reativa é na primeira a energia real é consumida pela carga, já na segunda, é a potência que não é consumida, considerada “inútil” para grande parte das aplicações. A potência ativa é o produto da tensão, corrente e do cosseno do ângulo entre eles, apresentado pela Equação 2.1.1. Também é o produto de tensão, corrente e o do seno do ângulo entre eles. Lembrando que a potência ativa é a potência real e é medida em watts enquanto a potência reativa é medida em kVAr. O torque que se desenvolve no motor, o calor dissipado no aquecedor e a luz que emite através das lâmpadas tudo isso produz por causa da potência ativa. A potência reativa determina o fator de potência do circuito. Portanto paracada componente de um circuito temos um tipo de potência, sendo ela ativa, reativa ou uma potência aparente (mista). Na tabela 2.1.5 temos todas as possíveis relações de potências e seus componentes. Tabela 1: Relações de potência Fonte: Siemens – Conceitos e Definições para correção do fator de potência através de carga capacitiva – Outubro/2002. Sendo assim para cargas resistivas (R), utiliza-se apenas a potência ativa; para cargas capacitivas (C), apenas potência reativa; para cargas indutivas (L), há apenas potência reativa; quando se trabalha com um circuito misto, composto por cargas resistivas, indutivas e capacitivas temos que usar as relações de impedância mista (Z); Meios de geração de potência reativa Os principais meios para a geração de energia reativa são: • Alternadores síncronos - Alternadores síncronos são as principais máquinas usadas para a geração de energia elétrica. Eles destinam-se para fornecer energia elétrica para as cargas finais através de sistemas de transmissão e distribuição. Além disso, sem entrar em detalhes técnicos, agindo sobre a excitação de alternadores, é possível fazer variar o valor a ser gerado de tensão, consequentemente, regular as injeções de potência reativa na rede, de modo que a tensão do sistema possa ser melhorada e as perdas, devido ao efeito de Joule ao longo das linhas, possa ser reduzida. • Compensadores síncronos - Os compensadores síncronos são motores síncronos em execução sem carga, em sincronismo com a rede e tendo como única função absorver a energia reativa em excesso ou fornecer o ausente dessa energia. Estes dispositivos são utilizados principalmente nos nódulos definidos da transmissão de energia e rede de sub-transmissão para a regulação das tensões e dos fluxos de potência reativa. O uso de compensadores síncronos em redes de distribuição de energia não é favorável em termos econômicos, por causa do seu elevado custo de instalação e manutenção. • Compensadores estáticos - O compensador estático é uma fonte de energia reativa, que é aplicada no sistema de transmissão ou de distribuição, para controlar e reduzir variações de tensão como quedas, picos e oscilações, e ainda lidar com instabilidades causadas por variações rápidas de demanda de energia reativa. • Bancos de capacitores estáticos - Um capacitor é um dipolo passivo que consiste em dois condutores, superfícies chamadas de placas, isolados um do outro por um material dielétrico. Quando uma tensão alternada é aplicada entre as placas, o capacitor é submetido a carga e descarga em ciclos, durante os quais ele armazena energia reativa e injeta essa energia para o circuito ao qual ele está conectado (descarregando o capacitor). Causas do baixo fator de potência O baixo fator de potência pode provir de diversas causas. A solução para melhoria do fator de potência de uma instalação elétrica passa necessariamente pelo profundo conhecimento e análise dessas causas, a fim de que se possa propor uma ação corretiva mais eficaz. Entre as principais causas, podemos citar: • Motores de indução operando em vazio ou superdimensionados (operando com poucas cargas). Os motores elétricos consomem praticamente a mesma quantidade de energia reativa, necessária à manutenção do campo magnético, quando operando a vazio ou a plena carga. Entretanto o mesmo não acontece com a energia ativa, que é diretamente proporcional a carga mecânica aplicada no eixo do motor. Assim quanto menor a carga mecânica aplicada, menor a energia ativa consumida, consequentemente, menor o fator de potência. Geralmente os motores são superdimensionados para as respectivas máquinas sendo, em média, de 70% a 75% da potência nominal do motor, a potência efetivamente exigida pela máquina (motores de pequena e média potência). É muito comum o costume da substituição de um motor por outro de maior potência, principalmente nos casos de manutenção para reparos e que, por acomodação, a substituição transitória passa a ser permanente, não se levando em conta que um superdimensionamento provocará baixo fator de potência. • Transformadores operando em vazio ou superdimensionados Analogamente aos motores de indução, os transformadores, quando operando superdimensionados para a carga que devem alimentar, consomem uma certa quantidade de energia reativa relativamente grande (necessária para a magnetização do transformador), se comparada à energia ativa, dando origem a um fator de potência baixo. Desta forma, grandes transformadores alimentando pequenas cargas durante um longo período contribuem, portanto, para uma acentuada redução do fator de potência da instalação. Grande quantidade de motores de pequena potência em operação durante um longo período. A grande quantidade de motores de pequena potência provoca baixo fator de potência, uma vez que o correto dimensionamento desses motores às máquinas a eles acopladas é dificultoso. • Lâmpadas de descarga As lâmpadas de descarga (vapor de mercúrio, vapor de sódio, fluorescentes etc), para funcionarem, necessitam do auxílio de um reator. Os reatores, como os motores e os transformadores, possuem bobinas que consomem energia reativa, contribuindo para a redução do fator de potência. O uso de reatores compensados (com alto fator de potência) pode contornar, em parte, o problema. • Cargas especiais com consumo reativo Algumas cargas presentes em ambientes industriais apresentam grandes consumos de reativos, contribuindo para a diminuição do fator de potência, entre elas: − Fornos a arco; − Fornos de indução eletromagnética; − Máquinas de solda a transformador; − Equipamentos eletrônicos • Tensão acima da nominal A potência reativa é, aproximadamente, proporcional ao quadrado da tensão aplicada, enquanto que, no caso dos motores de indução, a potência ativa praticamente só depende da carga mecânica aplicada ao eixo do motor. Assim, quanto maior a tensão aplicada aos motores, maior a energia reativa consumida e menor o fator de potência. 3. Tipos de correção do fator de potência Não existem regras gerais aplicáveis para a instalação de capacitores, em teoria pode ser instalado capacitores em qualquer ponto, mas é necessário avaliar a relevância e viabilidade prática e econômica para tal. De acordo com as modalidades os principais métodos de correção de fator de potência são: Correção do fator de potência distribuído por cargas Correção de fator de potência do grupo Correção de fator de poder centralizado Correção do fator de potência combinado Correção de fator de potência automático. Para a correção de fator de potência visando apenas o consumo de energia proveniente da concessionária, a forma mais prática e relativamente barata para a correção do fator de potência (FP) é a partir da utilização do banco capacitivo (automáticos ou não), sendo ele em série com a linha de transmissão ou em paralelo com a carga. Capacitores nada mais são do que fontes de energia reativa, ou seja, sua aplicação consiste no equilíbrio das cargas indutivas provocadas por equipamentos que geram uma grande quantidade de indutivo na rede, como por exemplo, motores e trafos. Há correção do FP pode ser realizada instalando os capacitores de quatro maneiras diferente: • Correção na entrada da energia de alta tensão (fonte): A correção da FP será somente vista pela concessionaria, isto é, no quesito multa pelo alto FP, será sanada, entretanto os problemas do baixo fator de potência estará a jusante da fonte. • Correção localizada aplica-se o banco capacitivo diretamente à carga, corrigindo especificadamente o fator de potência do equipamento. • Correção por grupos de cargas: Os bancos de capacitor são instalados para correção degrupos de carga, geralmente em máquinas abaixo de 10cv, junto ao quadro de distribuição de alimenta esse grupo de cargas. • Correção na entrada da energia de baixa tensão: correção bastante significativa, normalmente com a aplicação de bancos automáticos de capacitores, onde há um elevado número de cargas com potências diferentes com regimes de utilização diferentes. • Correção mista: A aplicação conjunta das outras de duas ou mais das quatro formas de correção de fator de potência citadas acima. É a melhor solução considerando aspectos técnicos, práticos e financeiros. Diagrama 1: Tipos de instalações do banco capacitivo Fonte: WEG Manual para Correção do Fator de Potência (cod. 958/10) –Agosto 2019. Entretanto, há inúmeras formas de realizar esta correção. Geralmente, o cliente que necessita da correção, contratará uma empresa que muitas das vezes não possui know-how para a aplicação correta do banco capacitivo, isto é, apresenta-se uma proposta genérica visando apenas a correção do FP visto apenas da concessionária esquecendo dos principais problemas físicos que o baixo FP apresenta no sistema. Para tal correção, é necessário um estudo de controle de reativo na planta. De forma resumida (overview) em primeiro lugar, deve-se contabilizar a demanda consumida da planta em relação ao seu FP. Após, deve-se avaliar quais cargas promovem a maior parte da demanda de reativo da rede e assim apresentar a estratégica necessária de da realização da a aplicação da correção do fator de potência do banco capacitivo, como citado anteriormente como as “quatro maneiras de se instalar os capacitores”. Logo, há de se analisar minuciosamente cada cenário, verificando as condições de operação da planta, quais cargas ou grupos de cargas possuem um baixo fator de potência, se há turbogeradores ou geradores a diesel dentre outros fatores. A escolha certa de empresas que tenha o know-how necessário para realizar tal estudo e não oportunistas que se dizem “conhecedores” oferecendo soluções genéricas e sem expertise, é fundamental para se evitar os problemas de um baixo fator de potência, que como apresentado neste trabalho, vá muito além da multa da concessionária. Oportunistas que apresentam soluções genéricas que se dizem funcionais, das quais provavelmente acarretara custos operacionais, redução de lucros e retrabalho. 4. Exemplo Prático da correção do fator de potência Considerando um motor elétrico trifásico gaiola de esquilo com as características descritas por uma placa de identificação como na Figura 5 a seguir: Figura 5: Placa de identificação de motor Fonte: https://www.docsity.com/pt/palestra-wmo-ffb-julho- 2011-2/4794728/ visitado em: 31/08/20 Determinamos que: cos𝜑𝜑 = 0,82 𝜑𝜑 = cos−1 0,82 𝜑𝜑 = 34,9° - A tensão VFF utilizada: 380V - A freqüência: 60Hz E desejamos corrigir para cos𝜑𝜑 = 0,98 ∴ 𝜑𝜑 = 11,47° Utilizando o triângulo de potências da Figura 6, aplicando semelhança de triângulo termos que: Figura 6: Triângulo de potências para correção de FP Fonte: Siemens – Conceitos e Definições para correção do fator de potência através de carga capacitiva – Outubro/2002. Onde: ϕ: ângulo de defasagem S1: potência aparente não compensada S2: potência aparente com compensação através dos capacitores Por meio dessa semelhança temos que a potência dos capacitores é determinada por: 𝑄𝑄𝐶𝐶 = 𝑃𝑃. (tan𝜑𝜑1 − tan𝜑𝜑2) Onde QC: Potência dos capacitores [kVAR] P: Potência Ativa [kW] ϕ1: Ângulo de defasagem do FP do motor ϕ2: Ângulo desejado do FP Para determinar a capacitância do capacitor, utiliza-se: 𝐶𝐶 = 𝑄𝑄𝐶𝐶 (𝑉𝑉𝐹𝐹𝐹𝐹2 . 2.𝜋𝜋. 𝑓𝑓. 10−9) Onde: C: Capacitância [μF] VFF: Tensão entre fases f: Frequência [Hz] Portanto para calcular a potência dos capacitores, teremos: 𝑄𝑄𝐶𝐶 = 7,5(tan 34,9° − tan 11,47°) 𝑄𝑄𝐶𝐶 = 3,71 𝑘𝑘𝑉𝑉𝐴𝐴𝑅𝑅 E o capacitor utilizado é calculado: 𝐶𝐶 = 3,71 (3802. 2.𝜋𝜋. 60. 10−9) 𝐶𝐶 = 4089 𝜇𝜇𝐹𝐹 Devendo-se, portanto, utilizar a célula com valor mais próximo. Referências Bibliográficas MAMEDE F. J. Manuel de Equipamentos Elétricos. Volume 4. Ed. Rio de Janeiro: (LTC) Livros Técnicos e Científicos Editora, 2013. HAMANN, J. R.; MISKE Jr, S. A.; JOHNSON, I. B.; COURTS, A. L.; A zinc oxide varistor protective system for series capacitors. IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, v. 3, p. 1-9, march 1981. ALCÂNTARA, Márcio Venício Pilar. Alocação de capacitores em sistemas de distribuição de energia elétrica. 2005, 137f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Engenharia Elétrica, Universidade Estadual de Campinas, 2005. WEG Manual para Correção do Fator de Potência (cod. 958/10) –Agosto/2019. Siemens – Conceitos e Definições para correção do fator de potência através de carga capacitiva – Outubro/2002. MATEUS, Valdecir. Fator de potência. Cuiabá, 2001. REIS, J.C.S; KIKUCHI, G.T. Banco de capacitores para correção de fator de potência em indústria, 2015. Revista O SETOR ELÉTRICO. São Paulo: Atitude. Edição 66, 2011.
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