Buscar

Tratamento e Destinação de Dejetos (1) (1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Tratamento e Destinação de Dejetos
Nomes: Alana Fernandes Spolaor e Alessandra 
Primeiramente cabe conceituar o que são dejetos e porque eles precisam de tratamento, esses abrangem fezes, urina, água de higienização, resíduos de ração, pelos, penas e todos os outros materiais que são produzidos durante o processo de criação. Os dejetos possuem nutrientes, mas quando não são tratados e são lançados no meio ambiente de qualquer forma, se tornam um potencial poluidor das águas e do solo. Por esse motivo, se faz necessário uma destinação adequada com base em tecnologias que vão resolver ou amenizar o impacto ambiental causado pela produção animal e, além disso trazer retorno para o produtor. Esse processo de destinação dos dejetos envolve em um primeiro momento o armazenamento e o tratamento desse material para poder ser utilizado posteriormente. Existem diversas formas de tratamento, porém para avaliar o método mais adequado é necessário levar em conta o volume de produção, as condições do produtor de investir em práticas mais elaboradas, a capacidade de consumo e a disponibilidade de área. 
Problemas causados pela destinação inadequada de dejetos
O lançamento direto de dejetos frescos em cursos d'água permite um aumento da população bacteriana e de algas provocando a eutrofização, a diminuição do oxigênio dissolvido na água e a mortandade de peixes, além de impossibilitar o uso da água para diversos fins. 
Um grande número de microorganismos, como bactérias, vírus, protozoários, presentes no trato digestivo dos animais, são geralmente encontrados nos dejetos, onde muitos deles são potenciais causadores de doenças tanto para o homem quanto para os animais.
O nitrogênio presente nos dejetos também é uma preocupação pois a lixiviação de nitratos na forma inorgânica, após a aplicação de dejetos no solo, provoca a poluição da água e a eliminação da amônia (NH3) na forma gasosa, causa a poluição do ar. 
A poluição do ar também se dá através da produção de gás carbônico (CO2) e metano (CH4), resultantes do processo de digestão anaeróbia. O primeiro já é conhecido pelas repercussões mundiais devido aos problemas causados pela sua excessiva emissão e contribuição ao efeito estufa. O metano possui um potencial de aquecimento global (GWP) 21 vezes maior do que o CO2.
Manejo dos Dejetos
Produção e coleta
Armazenamento
Tratamento
Distribuição
Utilização 
Tecnologias de Manejo e Tratamento em uso no Brasil
ESTERQUEIRAS: A esterqueira consiste em um tanque escavado e impermeável usado para a fermentação dos dejetos, é muito importante que essa esterqueira seja muito bem impermeabilizada para evitar que os dejetos infiltrem e contaminem o solo. Essa deve ter 2,5 metros de profundidade, formato de trapézio com a base inferior menor e a superior maior, a capacidade sera determinada pela quantidade de dejetos que são produzidos na propriedade. Com a fermentação na esterqueira o poder poluidor dos dejetos é reduzido, possibilitando o seu aproveitamento em lavouras e pastagens como biofertilizante. 
BIODIGESTORES: Os biodiogestores são reatores anaeróbios, alimentados com biomassa e que têm como produtos o biofertilizante e o biogás. Sua estrutura constitui-se de uma câmara de digestão e um gasômetro. A câmara de digestão é onde acontece degradação da matéria orgânica, possuindo uma parede divisória, que favorece a hidrodinâmica e a eficiência do processo. O gasômetro se encontra sobre a câmara de digestão e é onde o biogás é retido para o seu posterior uso.
LAGOAS DE TRATAMENTO: Como alternativa tecnológica, as lagoas de tratamento de dejetos de suínos são, via de regra, um sistema primário de separação da fase sólido líquido, que é fundamental para diminuir o assoreamento do sistema e aumentar sua vida útil. A separação de fases é seguida por quatro lagoas em série: primeiro, duas anaeróbias, depois uma facultativa e, por último, uma lagoa de aguapés. Esse sistema mostra-se bastante interessante para produtores que dispõem de área para implementação do sistema e apresenta altas taxas de remoção de matéria orgânica e nutrientes. Os inconvenientes do sistema estão associados ao seu alto tempo de detenção hidráulico (geralmente maior de 100 dias) e à baixa controlabilidade do processo, que podem se tornar crítico no inverno.
CAMA SOBREPOSTA: O sistema de criação de suínos em cama sobreposta representa uma tecnologia de manejo de dejetos de suínos na fase sólida onde a cama, constituída de maravalha, serragem ou outros substratos, é utilizada em substituição ao piso convencional para a alocação dos animais. Esse sistema permite a incorporação das fezes e urina do animal diretamente na cama, eliminando o dejeto líquido e diminuindo a geração de odores e a proliferação de moscas. Uma outra vantagem refere-se aos baixos custos de implementação e operacionalização do sistema, o que diminui a necessidade de estruturas de processos complementares de tratamento, haja vista que a estabilização do dejeto já se inicia na própria cama e é acelerada pelo revolvimento dela pelos animais.
SUINOCULTURA 
A suinocultura é reconhecidamente uma atividade de grande potencial poluidor, por produzir grandes quantidades de resíduos com altas cargas de nutrientes (fósforo e nitrogênio), matéria orgânica, sedimentos, patógenos, metais pesados (cobre e zinco utilizados nas rações como promotores de crescimento, por exemplo), hormônios e antibióticos. O modelo de produção atual, caracterizado pela criação intensiva e em confinamento, concentra grande número de animais em áreas reduzidas, o que aumenta ainda mais os riscos de contaminação ambiental.
SISTRATES
O Sistrates (Sistema de Tratamento de Efluentes da Suinocultura) é um processo que permite obter um alto nível de tratabilidade dos efluentes da suinocultura. A tecnologia baseia-se na separação física de sólidos, seguida da biodigestão anaeróbia, remoção biológica de nitrogênio por nitrificação e desnitrificação e precipitação química de fósforo. O Sistrates pode ser aplicado de maneira modular e adicional, de acordo com as necessidades de tratamento (módulo BIO + módulo N + módulo P). Tem a vantagem de se acoplar à tecnologia de tratamento mais difundida no Brasil, que são os biodigestores.
· Vantagens e subprodutos
· Controle da poluição do ar, do solo e da água
· Produção de biogás para geração de energia elétrica e calor
· Recuperação de fósforo de alta pureza para utilização como fertilizante (pode ser comercializado e transportado a grandes distâncias)
· Reuso da água na granja ou na piscicultura (ou lançamento do efluente nos corpos d'água)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Mais conteúdos dessa disciplina