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Antropologia e Cultura Brasileira AULA 04 Josete Caldas O EVOLUCIONISMO DO SÉCULO XIX Positivismo: primeira linha de pesquisa da sociologia, influencia muito a produção antropológica. A teoria do evolucionismo social e do positivismo, no século XIX, representava o discurso europeu sobre suas colônias, tratando-se de um discurso de poder, no qual o mais forte era o mais avançado, civilizado, científico, e o mais fraco era o atrasado, selvagem e místico. TEORIAS DETERMINISTAS Determinismo biológico O comportamento cultural é resultado da genética e da hereditariedade dos indivíduos. Laraia (2004): antigamente considerava que os grupos humanos eram diferentes uns dos outros devido a traços psicologicamente inatos, como a inteligência ou temperamento. TEORIAS DETERMINISTAS Determinismo geográfico Laraia (2004) afirma que as diferenças do ambiente físico determinam a diversidade cultural. Esse momento poderia ser chamado de “saber pré-antropológico”, pois ainda não se tratava de um saber científico. ANTROPOLOGIA E ETNOGRAFIA Malinowski foi o antropólogo que trouxe a grande mudança para a antropologia. Dá inicio a uma nova antropologia, que também é chamada de etnografia – mapeamento de etnias. A mudança que realizou foi quanto à forma de se fazer a pesquisa, já que esse pesquisador parou de utilizar informações indiretas, aquelas colhidas por viajantes, colonizadores missionários, e começou a realizar pesquisa de campo, ir até as tribos e conviver com as pessoas para, a partir daí, elaborar suas teorias. OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE Método de pesquisa que revolucionou os estudos antropológicos. No lugar de análise de relatos, o pesquisador passa a ir conhecer os povos, penetrar em sua cultura, desvendar seus significados, guiados por essas informações. Para que uma observação seja participativa, é essencial que essa integração do investigador seja aceita e reconhecida pelos demais integrantes do grupo ou comunidade. ESCOLA ANTROPOLÓGICA FUNCIONALISTA Além da revolução que realizou no trabalho de campo, Malinowski trouxe novos elementos para contrapor ao evolucionismo social e ao etnocentrismo. O funcionalismo elabora uma análise sem se preocupar com a história, parte para o estudo da sociedade do “outro” sem se preocupar com o passado dessa sociedade, pois essas sociedades nem sempre buscavam valorizar o tempo como nós fazemos - de forma linear, um tempo histórico, feito de acontecimentos sucessivos para pensar sua própria existência. FUNCIONALISMO Os estudos funcionalistas permitiram que sociedades não europeias passassem a ser compreendidas dentro de suas especificidades. As sociedades tribais africanas, australianas e asiáticas passaram a ser entendidas a partir de sua função social. CRÍTICAS AO FUNCIONALISMO Feitas a partir dos anos 1960. Apontavam para a ineficácia dos modelos de mudanças sociais, suas contradições estruturais e conflitos. Outras críticas apontavam para a descrição das instituições sociais apenas a partir de seus efeitos, omitindo, portanto, as causas que levariam a esses efeitos. CRÍTICAS AO FUNCIONALISMO Os funcionalistas, ao utilizarem conceitos como aculturação e choque cultural, deixavam de revelar as desigualdades que existem nesse contato, principalmente quando resultam de uma política colonialista. Além disso, são responsáveis pelo que ficou conhecido como relativismo cultural, ou seja, uma postura de tolerância e respeito em relação aos costumes e traços culturais diferentes. O CULTURALISMO NORTE-AMERICANO Franz Boas é um dos primeiros antropólogos a perceber a necessidade de se estudar um povo em suas particularidades, isto é, cada grupo tem suas condições históricas, climáticas, linguísticas etc., e tudo isso determina que cada cultura é específica, por isso a pluralidade de culturas diferentes. Assim como Malinowski, realizará estudos junto ao grupo pesquisado, resultando, esses estudos, também em uma antropologia relativista. RELATIVISMO CULTURAL Para relativizar, é necessário deixar de lado todos os meus valores e procurar conhecer o outro, a maneira como ele expressa e experimenta sua vida. Eu não posso falar como o outro se comporta, pensa e sente. É necessário saber como o outro pensa e sente o seu mundo por meio de seus valores e de seu conhecimento. Não podemos explicar o outro pelo nosso mundo, nossos valores e nossos conhecimentos.
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