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Andrezza_Lima_PFB_TCCB

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS 
 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE 
TECNOLOGIAS 
 
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
ANDREZZA OLIVER DE LIMA 
 
 
 
 
UM ESTUDO SOBRE O NFC - ALTERNATIVAS À 
INFLUÊNCIA DE METAL, PLÁSTICO E VIDRO NA 
COMUNICAÇÃO NFC 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
 2020 
 
 
 
ANDREZZA OLIVER DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM ESTUDO SOBRE O NFC - ALTERNATIVAS À 
INFLUÊNCIA DE METAL, PLÁSTICO E VIDRO NA 
COMUNICAÇÃO NFC 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
exigência para obtenção de diploma de graduação 
no curso de engenharia de telecomunicações, do 
Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de 
Tecnologias, da Pontifícia Universidade Católica de 
Campinas. 
Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto de Castro Junior 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
2020 
 
 
 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, AMBIENTAIS E DE 
TECNOLOGIAS – FACULDADE DE ENGENHARIA 
ELÉTRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente da Banca e Orientador Prof. Carlos Alberto de Castro Junior 
 
 
 
 
Examinador Prof. Dr. Frank Herman Behrens 
 
 
 
 
 
 
“Dedico este trabalho aos meus pais, meu 
irmão, amigos, influencers e todos os familiares que 
me apoiaram por trás das cortinas. Sua grande força 
e incentivo foram a mola propulsora que permitiu o 
meu desenvolvimento e a conquista dessa vitória. 
Vos agradeço imensamente.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Aos meus colegas de curso, os quais foram meus companheiros nos anos mais 
intensos da minha vida e pela troca de experiências que me proporcionaram crescer 
no âmbito pessoal e profissional. À Pontifícia Universidade Católica de Campinas e 
ao governo federal pela concessão da bolsa de graduação através do Programa 
Universidade para Todos (PROUNI), que me possibilitaram incríveis anos de 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Conheça todas as teorias, domine 
todas as técnicas, mas ao tocar uma alma 
humana seja apenas outra alma humana." 
 
Carl G. Jung 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A presença de dispositivos que utilizam a comunicação sem fio para realizar trocas de 
dados entre si está cada dia mais presente nas atividades cotidianas, na automação 
das indústrias e nos serviços oferecidos pelo comércio e instituições bancárias com a 
ascensão da internet das coisas (IoT). O desenvolvimento das atividades deste 
trabalho baseia-se no estudo e caracterização do serviço de pagamento por 
proximidade implementado em grande parte do transporte público no Brasil. Dentro 
dos resultados esperados está a captação do sinal transmitido e a análise da 
interferência de outros materiais, como o metal, plástico e vidro que estão sempre 
presentes nas proximidades dos dispositivos, alterando a potência do sinal e até 
mesmo causando a sua distorção. Os resultados do estudo demonstram a efetividade 
do sistema, mesmo sob condições de perda e interferência. 
 
Termos de indexação: Near Field Communication. Transmissão de dados. 
Interferência. Eletromagnetismo. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The presence of devices that use wireless communication to exchange data 
among them, is becoming more present in our day-to-day activities, in the automation 
of industries and in the services offered by commerce and banking institutions. This 
work is based on the study and characterization of the payment service by proximity 
implemented in large proportion of public transportation in Brazil. Among the expected 
results are to capture the transmitted signal and analysis the interference of other 
materials, such as metal and plastic, which is always present in the vicinity of the 
devices, changing the power of the signal and even causing its distortion. The results 
of this study demonstrate the effectiveness of the system, even under conditions of 
loss and interference. 
 
Indexing Terms: Near Field Communication. Safety. Transmission of data. 
Interference. Electromagnetism. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Comparativo taxa de dados x alcance entre as tecnologias sem fio 
existentes .................................................................................................................. 17 
Figura 2 - Os seis fundamentos das cidades inteligentes ......................................... 19 
Figura 3 - Comparativo entre dispositivos conectados e pessoas ............................. 21 
Figura 4 - Atribuição de Faixas de Frequência no Brasil ........................................... 26 
Figura 5 - Diagrama de blocos de funcionamento do NFC. ...................................... 27 
Figura 6 - Irradiação antena dipolo meia onda .......................................................... 30 
Figura 7 - Linhas de um fluxo magnético são geradas ao redor do condutor. ........... 31 
Figura 8 - Linhas de fluxo magnético ao redor de um condutor e uma bobina 
cilíndrica .................................................................................................................... 31 
Figura 9 – Arquitetura do Sistema de Bancada ......................................................... 33 
Figura 10 - Protótipo Físico do Sistema de Bancada ................................................ 33 
Figura 11 - Comparação atenuação com e sem plástico (frente) .............................. 38 
Figura 12 - Comparação atenuação com e sem plástico (costas) ............................. 38 
Figura 13 - Atenuação com o uso de vidro ................................................................ 40 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Frequências RFID. (Wyld, 2006) .............................................................. 25 
Tabela 2 - Medidas sem case plástica (frente) .......................................................... 34 
Tabela 3 - Medidas sem case plástica (trás) ............................................................. 34 
Tabela 4 - Medidas frente utilizando case plástica .................................................... 35 
Tabela 5 - Medidas posterior utilizando case plástica ............................................... 35 
Tabela 6 - Atenuação e erro médio (frente) s/ material invasor................................. 36 
Tabela 7 - Atenuação e erro médio (costas) s/ material invasor ............................... 37 
Tabela 8 - Atenuação e erro médio (frente) c/ case plástica ..................................... 37 
Tabela 9 - Atenuação e erro médio (costas) c/ case plástica .................................... 37 
Tabela 10 - Medidas posterior influência do vidro ..................................................... 39 
Tabela 11 - Medidas com o uso de vidro .................................................................. 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE EQUAÇÕES 
 
Equação 1 ................................................................................................................. 31 
Equação 2 ................................................................................................................. 32 
Equação 3 ................................................................................................................. 32 
Equação 4 ................................................................................................................. 36 
Equação 5 ................................................................................................................. 36 
Equação 6 .................................................................................................................36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações 
 
CO2 – Dióxido de Carbono 
 
COVID-19 – Coronavirus Disease 2019 
 
DB – Decibéis 
 
GB – Gigabyte 
 
HF – High Frequency 
 
ISM – Industrial, Scientific and Medical 
 
IoT – Internet of Things 
 
KBPS – Kilobytes per second 
 
LF – Low frequency 
 
MB – Megabyte 
 
NFC – Near Field Communication 
 
RFID – Radio Frequency Identification 
 
UHF – Ultra High Frequency 
 
QR Code – Quick Response Code 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 15 
2. Apresentação do Tema ............................................................................... 16 
3. Objetivo ........................................................................................................ 17 
4. Justificativa .................................................................................................. 18 
4.1 O conceito de cidades inteligentes ............................................................ 18 
4.2 A terceira onda – IoT ................................................................................... 20 
5. Fundamentação Teórica .............................................................................. 23 
5.1 O RFID ........................................................................................................... 23 
5.1.1 Introdução ao RFID ................................................................................ 23 
5.1.2 A tecnologia do RFID ............................................................................. 24 
5.1.3 Composição física sistema RFID .......................................................... 26 
5.2 NFC ............................................................................................................... 28 
5.2.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NFC ......................... 28 
5.2.1.1 Leitor ....................................................................................................... 28 
5.2.1.2 Tag ...................................................................................................... 29 
5.2.1.3 Antena ................................................................................................. 29 
5.3 Eletromagnetismo........................................................................................ 30 
5.3.1 Força do Campo Magnético ................................................................. 30 
6. METODOLOGIA ............................................................................................ 32 
6.1 Materiais Utilizados ..................................................................................... 33 
7. RESULTADOS .............................................................................................. 34 
7.1 Descrição do Projeto ................................................................................... 34 
7.2 ANÁLISE DA INTERFERÊNCIA DE MATERIAIS À COMUNICAÇÃO NFC 34 
7.2.1 Sem Material Invasor ............................................................................ 34 
7.2.2 A influência do plástico ........................................................................ 35 
7.2.3 Erros de medição, relação frente x posterior e uso do plástico ....... 35 
7.2.5 Influência de um objeto metálico ......................................................... 40 
7.2.6 Simulação de um caso prático – Estrutura utilizada no ônibus ....... 41 
8. CONCLUSÃO ................................................................................................ 42 
9. REFÊRENCIAS ............................................................................................. 43 
10. APÊNDICE A – Código do Arduino ............................................................ 45 
 
 
15 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Problemas são a mola propulsora para o desenvolvimento. Ao longo da história da 
raça humana, projetamos diferentes meios de comunicação a fim de nos 
aproximarmos de seres que viviam em locais distantes, desde sinais de fumaça até 
adestramento de pombos para que fossem utilizados como correio. Foram criadas 
diversas alternativas e tecnologias para a realização de múltiplas tarefas à distância, 
como manter-se informado, expressar ideias, participar de eventos, até alcançarmos 
o nível atual de globalização que nos colocou à prova durante a pandemia de COVID-
19. Vimo-nos obrigados a ficar em casa mantendo os nossos compromissos, só que 
de maneira remota. Um pequeno avanço para cada indivíduo, mas um grande avanço 
para a humanidade como um todo. 
Tal avanço não seria factível se não houvesse a presença da comunicação wireless 
embutida em nosso cotidiano. Essa revolução vem transformando o mundo desde os 
últimos anos do século XIV, quando Guglielmo Marconi (1874 – 1937) provou a 
capacidade do rádio de fornecer uma transmissão contínua com a realização da 
primeira transmissão em ondas de rádio. A partir de então, a tecnologia wireless foi 
disseminada, podendo ser aplicada em longo ou curto alcance. Conceitualmente, a 
comunicação wireless (sem fio) visa transmitir informações sem usar nenhum meio 
físico para a efetivação da comunicação, podendo ser transmitida via rádio frequência, 
obtendo assim um longo alcance através da utilização de antenas ou transmitida via 
micro-ondas, alcançando uma comunicação de curto alcance e também infravermelho 
(IR). Assim, existem diversas maneiras dentro de cada alcance para que seja efetuada 
a transmissão, como televisão, estação de rádio, sistema ponto a ponto, ponto a 
multiponto, redes celulares e outras redes sem fio. 
Neste trabalho, o foco será estudar a comunicação de curto alcance, analisando 
possíveis interferências físicas que possam impactar as ondas eletromagnéticas 
geradas para a efetivação da transferência de dados via NFC. 
 
 
 
16 
 
 
2. Apresentação do Tema 
 
Devido à crescente demanda por novos métodos de transferência de dados, como o 
bluetooth e o RFID (Radio Frequency Identification) que são os mais difundidos, surgiu 
o objeto de estudo deste trabalho, a NFC. Uma promissora tecnologia de comunicação 
sem fio de curto alcance, que facilita a vida de bilhões de pessoas ao redor do mundo 
embutida em diversos serviços, desde aplicativos de pagamento até chaves para 
escritórios e residências. Eventualmente, a tecnologia NFC integra todos esses 
serviços em um único dispositivo, o telefone celular ou até mesmo em cartões de 
crédito. A tecnologia NFC traz simplicidade às transações, fornece uma entrega de 
conteúdo fácil e permite compartilhamento de informações. Ao mesmo tempo, cria 
novas oportunidades para várias partes interessadas; operadoras móveis, bancos, 
operadores de transporte e comerciantes que desejam obter transações mais rápidas 
e reduzir o manuseio de papel moeda. 
Baseada em RFID, a NFC é uma tecnologia que parte do padrão disseminado pela 
tecnologia RFID, sendo assim, ambas são completamente compatíveis. Sua taxa de 
dados máxima pode alcançar 424 kbps, com a transmissão contactless (sem contato) 
em até aproximadamente quatro centímetros. 
O comparativo entre a NFC e as demais tecnologias sem fio existentes é mostrado na 
Figura 1. 
 
 
17 
 
 
Figura 1 - Comparativo taxa de dados x alcance entre as tecnologias sem fio 
existentes 
 
Fonte: NFC Fórum, novembro de 2020. 
3. Objetivo 
 
Este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo geral difundir os dados aqui 
estudados sobre a tecnologia NFC, buscando o incentivo da utilização da mesma 
através de exemplos práticos, além avaliar o impacto do meio durante a transmissão 
de dados da NFC a partir de medições realizadas em laboratório. 
 
Buscando remover os empecilhos do pagamento via papel moeda, atualmente as 
funcionalidadesde acessos às catracas e da compra de bilhetes de ônibus nas 
cidades de Jundiai e Campinas, são feitas exclusivamente através da utilização de um 
cartão com a tecnologia NFC ou QR Code. Assim, viu-se a oportunidade de estudar 
um problema muito frequente: a interferência causada neste serviço. 
A fim de avaliar tal interferência, foi construída uma estrutura física similar a existente 
nos ônibus, para análise se essa estrutura ou o case do cartão de ônibus, causam 
impactos significativos de interferência na tecnologia NFC. 
 
 
18 
 
 
O objetivo prático é, em bancada, estabelecer uma comunicação de dados em meio 
não confinado, provocar alteração no meio de transmissão e mensurar o impacto no 
sinal. 
Enumera-se, abaixo, de forma detalhada, os objetivos específicos do projeto: 
I. Explorar a tecnologia NFC, bem como as influências de materiais metálicos, 
plásticos e de vidro na transmissão; 
II. Projetar e construir o sistema para troca de dados; 
III. Aplicar material metálico, plástico e vidro na proximidade do sistema e 
quantizar efeitos quanto a degradação do sinal; 
IV. Divulgar os resultados, bem como o seu impacto aos serviços de 
pagamento por proximidade. 
4. Justificativa 
Podemos dividir em dois principais temas as justificativas para estudarmos a NFC: 
1. Internet das coisas (Internet of Things – IoT) 
2. Cidades Inteligentes 
Sob o ponto de vista da internet das coisas, ou IoT, termo frequentemente utilizado, a 
NFC é um grande facilitador na transmissão de sinais entre as “coisas”, e a IoT vem 
para permitir a criação das cidades inteligentes, sendo assim, os temas se 
complementam. 
4.1 O conceito de cidades inteligentes 
Em um breve resumo, o conceito de smart cities ou cidades inteligentes pode ser 
interpretado como uma abordagem moderna para a gestão de assuntos públicos. Ou 
seja, cidades que buscam aumentar a sua competitividade, capital social, através de 
mudanças na governança e de uma nova gestão pública, ao mesmo tempo que 
incluem o uso de tecnologias avançadas a fim de aumentarem a sua eficiência e 
melhor gerir os recursos de energia, buscando a redução de emissão de gases de 
CO2², garantindo consequentemente uma melhor qualidade de vida aos seus 
moradores (Sikora-Fernandez, 2016). 
As cidades foram a base para a construção de um mundo civilizado. Não são apenas 
a criação do trabalho humano, fruto de uma cooperação extraordinária entre as 
 
 
19 
 
 
pessoas (Szymańska, 2007), mas também um lugar onde se concentram as suas 
atividades, uma incubadora de novas ideias é uma força motriz do crescimento 
económico. 
Figura 2 - Os seis fundamentos das cidades inteligentes 
 
Fonte: www.smart-cities.eu, novembro de 2020. 
O desenvolvimento de cada área acima mencionadas, é beneficiado a partir da 
utilização de tecnologias de última geração que construirão uma base sólida para o 
crescimento dessas cidades, trazendo para a realidade o surgimento de uma 
infraestrutura eficaz, bem como uma rede crescente de sensores e módulos de 
direção, resultando no aumento das cidades informatizadas. O grande benefício desta 
tendência geral é que a qualidade dos serviços prestados aos habitantes cresce, 
enquanto as economias em termos de recursos financeiros, bem como de tempo e 
energia necessários para o funcionamento da cidade se tornam uma possibilidade. 
 
 
20 
 
 
4.2 A terceira onda – IoT 
“As tecnologias mais importantes são aquelas que desaparecem. Elas se 
integram à vida no dia a dia até serem indistinguíveis dele.” 
Mark Weiser (1952-1999) 
A partir citação de Mark Weiser acima, pai da computação ubíqua, que trouxe o 
conceito de que os dispositivos conectados serão tão comuns para o ser humano, que 
iremos deixar de notar a presença deles, podemos refletir sobre a crescente 
conectividade que alcançamos na última década. 
O conceito de IoT explica que, com a conectividade generalizada e com a alta 
produção de dados, os objetos se tornarão cada vez mais inteligentes, e a função dos 
computadores mais integrados ao nosso ambiente, assim eles tendem a desaparecer 
como máquinas mas, sua função estará presente em cada objeto, como atualmente 
em celulares, óculos e relógios inteligentes e etc. Enquanto são desenvolvidas novas 
tecnologias de comunicação entre objetos, tornando-as quase imperceptíveis e 
centrados em dados, assim, a conectividade tem um enorme potencial para agregar 
valor, tornando tarefas simples automáticas. 
Com o desenvolvimento massivo dos smartphones até a automação residencial que 
permite a automação de objetos simples como: fechaduras, lâmpadas e interruptores, 
objetos comuns, mas que hoje já estão conectados à internet, o que em parecia uma 
realidade distante quando citada por Weiser em seu estudo “The Computer for the 
21st Century – 1991”, em menos de 30 anos se tornaria parte do cotidiano, 
possibilitado através do avanço de tecnologias como o RFID e a NFC. 
 
 
 
21 
 
 
Figura 3 - Comparativo entre dispositivos conectados e pessoas 
 
Fonte: Cisco IBSG, abril de 2011. 
 
Conforme podemos observar na Figura 3, retirado de um profundo estudo da Cisco 
intitulado “A Internet das Coisas: Como a próxima evolução da Internet está mudando 
tudo”, desde 2008 temos mais dispositivos conectados à internet do que pessoas no 
mundo, e assim foi considerado o “nascimento” da IoT. 
De acordo com o ABINC (2017), a internet passou por três grandes gerações: 
1. Digitalização da informação – Transição do mundo físico para o meio digital. 
2. Web 2.0 – Aumento considerável da quantidade de pessoas conectadas a 
internet e aparelhos. 
3. Internet das Coisas – Revolução capaz de conectar pessoas e objetos a 
internet e comunicarem entre si. 
Neste contexto, a IoT torna-se imensamente importante, pois é um salto que levará a 
aplicativos revolucionários com potencial para melhorar drasticamente a maneira 
como as pessoas vivem, aprendem, trabalham e se divertem. Como exemplo, a IoT 
 
 
22 
 
 
já pôde tornar a Internet um ambiente sensorial através da medição de variáveis como 
a temperatura, pressão, vibração, luz, umidade. Além disso, a Internet está se 
expandindo para lugares que até então eram inacessíveis. Os pacientes estão 
ingerindo dispositivos da Internet em seus próprios corpos para ajudar os médicos a 
diagnosticar e determinar as causas de certas doenças, sensores extremamente 
pequenos podem ser colocados em plantas, animais e características geológicas, e 
tudo isso conectado à Internet, permitindo-nos assim ser mais proativos e menos 
reativos. 
É nessa transformação que a chamada Internet das Coisas encontra crescimento, a 
partir de uma presença generalizada de uma variedade de coisas ou objetos capazes 
de interagir uns com os outros para alcançar objetivos comuns, oferecendo novas 
camadas de valor na sociedade (Sun, 2012; Guisto et al., 2010). Com a massiva 
utilização de dispositivos eletrônicos (como smartphones, tablets, televisores), 
integrados às redes de transmissão de dados (como GPS, Wi-Fi, Bluetooth, RFID e 
NFC), a tecnologia consolida-se como importante aliada do ser humano para a 
realização de tarefas diárias (Atzori et al., 2010). Conforme Sterling (2005), a 
implantação concreta da Internet das Coisas ocorre com o aumento de objetos que 
podem ser rastreados e que criam uma comunicação entre si. Dessa forma, pode-se 
entender o funcionamento da Internet das Coisas a partir de quaisquer itens que 
estejam ligados entre si, para a troca de informação e comunicação, a fim de 
identificar, localizar, rastrear, monitorar e gerenciar uma rede. 
Nesse contexto, a NFC presta suporte a tais avanços da IoT, proporcionando a 
transferência de dados eficiente e rápida como uma cidade inteligente demanda. 
 
 
 
23 
 
 
5. Fundamentação Teórica 
5.1 O RFID 
Primeiramente estudaremos o RFID, tendo em vista que o NFC é uma extensão dela, 
nos capítulos adiante iremos nos aprofundarao conceito de NFC. 
5.1.1 Introdução ao RFID 
O uso do RFID começou há mais de oito décadas pelos militares britânicos durante a 
Segunda Guerra Mundial, buscando identificar objetos como aviões, e naquela época, 
também fazia parte do sistema de refinamento do radar. Na década de 1960, o RFID 
foi considerado pela primeira vez como uma solução para uso comercial e nos anos 
70 e 80, foi desenvolvido para aplicações comerciais. Já em 1998, uma pesquisa do 
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) começou a encontrar novas maneiras 
de rastrear e identificar objetos em movimento em diferentes locais físicos. 
Atualmente, o RFID é desenvolvido para permitir que os sistemas sejam usados em 
aplicações comerciais de baixo custo. Os primeiros desenvolvimentos de RFID foram 
vigilâncias eletrônicas chamadas tags, e atualmente os sistemas RFID consistem em 
tags e leitores. Uma tag é um microchip conectado a uma antena e embalado de forma 
que possa ser fixado em um objeto, tais etiquetas obtêm um número de série único e 
o seu número de identificação, o que permite a recepção e envio de sinais com o leitor, 
concretizando assim a comunicação do sistema. O dever do leitor é emitir ondas 
eletromagnéticas da antena de forma que as ondas enviadas sejam absorvidas pela 
etiqueta e usadas como energia para alimentar o microchip da etiqueta a fim de 
 
 
24 
 
 
permitir que a etiqueta envie um sinal que inclui a identificação número de volta ao 
leitor. 
Além disso, existem dois tipos de tags, as de alta frequência (HF), que podem ser 
integrados a uma distância de até 0,8 metros, enquanto a ultra alta frequência (UHF) 
que pode ser lida a uma distância de até 15 metros de um leitor. 
Isto posto, as tags podem ter dois modos: 
• Ativo – A tag é caracterizada como ativa, quando uma etiqueta usa o 
transmissor para retornar informações do leitor, onde a maioria das etiquetas 
ativas são alimentadas por bateria. 
• Passivo – A tag passiva não possui fonte de alimentação, utiliza como recurso 
as ondas eletromagnéticas do transmissor. 
5.1.2 A tecnologia do RFID 
O sistema RFID utiliza radiofrequências para a comunicação a fim de identificar os 
objetos marcados, isso acontece quando um objeto etiquetado entra no ambiente de 
leitura do leitor, de forma que o mesmo inicializa a comunicação enviando um sinal e 
para a etiqueta, e a mesma absorve esses sinais e os usa como sua própria energia 
para enviar de volta os dados armazenados. 
As tags podem conter diferentes tipos de dados sobre o objeto marcado; esses dados 
podem incluir informações como: o número de série, carimbos de hora e data, 
configurações, podendo atender os mais variados públicos consumidores. 
Uma outra alternativa interessante proposta pelo RFID, é a inclusão de muitos leitores, 
onde todos esses leitores podem ser construídos em uma única rede usando um 
controlador. Além disso, o mesmo design é possível para um único leitor poder se 
comunicar com várias tags simultaneamente. 
Os sistemas de identificação operam em bandas de radiofrequência não licenciadas 
conhecidas como ISM (industrial, scientific and medical), mas as frequências precisas 
que são definidas para RFID podem variar dependendo dos regulamentos em 
diferentes países. Existem várias bandas de frequência na Europa, Japão e Estados 
 
 
25 
 
 
Unidos, todas designadas como ISM, e a maioria dos sistemas RFID opera nessas 
frequências. Essas categorias de frequência e as frequências mais usuais do sistema 
RFID estão listadas na Tabela 1. Em geral, as frequências de operação são 
organizadas em quatro bandas de frequência principais de LF, HF, UHF e Micro-
ondas, onde essas frequências são mostradas na Tabela 1. Esta tabela representa as 
bandas de frequência aplicadas em RFID e algumas outras informações como a 
quantidade de taxa de dados por cada uma dessas bandas além das características 
e aplicações típicas. 
Tabela 1 - Frequências RFID. (Wyld, 2006) 
Frequência Alcance 
Aproximado 
Velocidade Custo do 
Tag 
Aplicações - 
Exemplos 
LF Low 
Frequency - 
(Frequência 
Baixa) 
125kHz 
5cm (passivo) Baixa Baixo Controle de 
acesso, 
identificação de 
animais 
HF High 
Frequency - 
(Frequência 
Alta) 
13,56MHz 
1m (passivo) Moderada/Baixa Médio/Baixo Cartões 
inteligentes, 
pagamentos 
UHF Ultra 
High 
Frequency - 
(Frequência 
Ultra Alta) 
433MHz 
100m (ativo) Moderada Alto Defesa 
UHF Ultra 
High 
Frequency - 
(Frequência 
Ultra Alta) 
865- 928MHz 
7m (passivo) Moderada/Alta Baixo Identificação de 
mercadorias, 
rastreamento 
de bagagens e 
encomendas 
Micro-ondas 
- 2.45 e 
5,8GHz 
15m 
(passivo), 
40m (ativo) 
Alta Alto Rastreamento 
de contêineres, 
pagamento 
automático de 
pedágio e 
estacionamento 
 
 
 
 
26 
 
 
Na Figura 4, ilustra-se como a Agência Nacional de Telecomunicações trata as 
frequências ISM no Brasil: 
Figura 4 - Atribuição de Faixas de Frequência no Brasil 
 
Fonte: Anatel, março 2015. 
5.1.3 Composição física sistema RFID 
Um sistema RFID consiste em três componentes principais: 
• Transponder (tag); 
• Leitor; 
• Controlador (middleware); 
https://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=325100&pub=principal&filtro=1&documentoPath=325100.pdf
 
 
27 
 
 
Figura 5 - Diagrama de blocos de funcionamento do NFC. 
 
Conforme apresentado na Figura 5, cada elemento possui uma função específica para 
a efetivação da comunicação RFID. Uma tag, nada mais é que um microchip (chip 
semicondutor) conectado a uma antena. As tags são anexadas aos objetos que serão 
identificados, e têm um número de série único e seu número de identificação que 
permite a comunicação (receber e enviar sinais) com o leitor. 
O leitor é um dispositivo responsável pela leitura e escrita, composto por uma antena, 
um módulo eletrônico de RF para transmissão e recepção de sinais e um módulo 
eletrônico de controle. 
Já o controlador ou middleware, desempenha uma das funções mais relevantes, pois 
ele processa os dados recebidos do leitor e traduz a informação para a interface de 
rede, ficando assim finalmente, o dado disponível para uso do usuário final. 
Normalmente é usado um computador para tal função. Através deste processo pode-
se gerar relatórios ou outra infinidade de alternativas a fim de atender ás necessidades 
da demanda. 
Um bom exemplo de RFID aplicado a negócios na prática, onde a empresa JD.com, 
instalou em suas lojas de conveniência uma solução que utiliza o RFID (Faias, 2020), 
através das câmeras do teto o movimento dos clientes são identificados e geram 
mapas de calor para monitorar as áreas de maior ou menor fluxo dentro da loja, 
gerando insights sobre o mix de produtos e preferências dos consumidores (estas 
 
 
28 
 
 
analises são o resultado do trabalho do middleware após a leitura e interpretação dos 
dados do leitor). 
Além disso, essas câmeras identificam qual a reação do cliente ao ver o produto e, os 
sensores de gravidade analisam se as gôndolas estão vazias ou cheias. Dessa forma, 
o repositor é notificado quando existe uma ruptura, aumentando a sua performance e 
diminuindo as perdas por esse motivo. 
5.2 NFC 
A NFC é uma tecnologia para comunicação ponto a ponto de curta distância sem fio 
de alta frequência. O alcance operacional para NFC é de menos de 20 cm, o que é 
bom sob uma perspectiva de segurança, pois diminui a ameaça de espionagem. Outro 
bom motivo para disseminar o uso da NFC é o baixo custo dos componentes 
necessários. O pequeno circuito é conectado em uma pequena antena, capaz de 
transmitir dados para um dispositivo leitor (leitor) em resposta a uma consulta. A 
maioria das etiquetas RFID são passivas, o que significa que eles não têm bateria e 
obtêm como fonte de energia o próprio sinal de consulta. Essas etiquetas já são 
usadas em várias aplicações, estando anexadas a: roupas, alimentos, cartões de 
acesso etc. Sem contato, o token cobre amaioria dos aplicativos que usam NFC para 
recuperar alguns dados de um token passivo. 
O token passivo pode ser um cartão inteligente sem contato, uma etiqueta RFID, ou 
um chaveiro. No aplicativo de emissão de bilhetes, a interface NFC é usada para 
transferir informações valiosas, os dados são armazenados em um dispositivo seguro, 
o que poderia também ser um cartão inteligente sem contato, mas por questões de 
praticidade também poderíamos utilizar um telefone celular. 
5.2.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NFC 
5.2.1.1 Leitor 
O leitor NFC é o dispositivo ativo, ou seja, é o dispositivo que fornece o campo de 
radiofrequência. Isso significa que o leitor NFC é quem procura dispositivos que 
possuem a tecnologia NFC mais próxima. “Para o leitor NFC funcionar, é preciso que 
ele esteja próximo de um dispositivo tag, ou seja, um dispositivo precisa ser o passivo. 
 
 
29 
 
 
Com isso, o leitor NFC vai se comunicar com essa tag e irá decodificar os sinais para 
que realize a atividade solicitada. Quando uma etiqueta passa na região de alcance 
do seu campo eletromagnético, a informação armazenada no chip da etiqueta é 
interpretada pelo leitor que envia as informações para o middleware, o qual realiza a 
integração do fluxo de dados entre as etiquetas e a aplicação que solicita as 
informações da etiqueta.” (Alves, 2016). 
5.2.1.2 Tag 
As etiquetas ou tags podem ser divididas em dois tipos: etiquetas ativas e etiquetas 
passivas. As passivas usam a própria corrente que foi induzida pelo leitor para se 
alimentar, responder e enviar alguma informação e as ativas utilizam sua própria 
alimentação. Existem então três modos de comunicação NFC, que são: 
● Emulação de cartão: onde um dispositivo se passa por uma tag ou cartão NFC 
passivo para responder a um pedido de um iniciador ativo; 
● Leitura e gravação de cartão: onde um iniciador pode ler ou gravar alguma 
informação em um dispositivo passivo; 
● Peer to peer: onde dois dispositivos NFC ativos comunicam entre si. 
Em sistemas de cartão para pagamento de passagens de ônibus utiliza-se as 
etiquetas passivas que utilizam a energia do leitor para ativar sua identificação, ou 
seja, o modo de leitura e gravação e apresentam alta confiabilidade de leitura. 
5.2.1.3 Antena 
A antena do leitor emite sinais de rádio para ativar a etiqueta. Ela é o canal de 
comunicação entre a etiqueta e o leitor, na qual controla aquisições de dados do 
sistema. O campo eletromagnético produzido por uma antena pode estar 
constantemente presente quando várias etiquetas são esperadas continuamente. Nos 
serviços de pagamento de ônibus a frequência de operação é de 13,5 MHz, a zona 
de detecção de uma antena, normalmente, é de no máximo 10 centímetros de 
distância e é uma antena dipolo. Os dois dispositivos, a etiqueta e a antena, interagem 
quase que instantaneamente, para completar a transação de pagamento de 
passagem. 
 
 
30 
 
 
A antena dipolo de meia onda está entre as mais utilizadas nas diversas aplicações 
de recepção e transmissão de sinais de radiofrequência e é caracterizada por ter um 
comprimento igual à metade do comprimento de onda (l=λ/2). (BRAGA, NEWTON C.) 
O padrão de radiação desta antena é obtido matematicamente via integração dos 
campos individuais das antenas diferenciais que a compõem e sua irradiação é 
mostrada na Figura 6. 
Figura 6 - Irradiação antena dipolo meia onda 
 
fonte: http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/component/content/article/101-
diversos/diversos/3922-politica-site 
5.3 Eletromagnetismo 
Para compreendermos o funcionamento da NFC, é necessário a compreensão dos 
princípios físicos e de eletromagnetismo relacionados. 
5.3.1 Força do Campo Magnético 
O fluxo de corrente que move cargas elétricas em fios ou no vácuo gera campo 
magnético, conforme a Figura 7. A magnitude deste campo é definida pelas linhas de 
fluxo magnético e mostrado por H, sendo independentemente das propriedades 
materiais do espaço. 
 
 
31 
 
 
Figura 7 - Linhas de um fluxo magnético são geradas ao redor do condutor. 
 
Fonte: NFC: A technical overview 
De forma geral, podemos dizer que a integral de contorno da força do campo 
magnético ao longo de uma curva fechada é igual à soma das intensidades de 
corrente das correntes dentro dela e é mostrado pela equação (3.1). Para calcular a 
intensidade de campo H de qualquer tipo de condutor, equação 1 é aplicada 
(Finkenzeller 2003). 
Equação 1 
∑𝑰 = ∮ �⃗⃗⃗� ⋅ 𝒅𝒔⃗⃗⃗⃗ 
 
A Figura 8 mostra como o fluxo magnético se comporta quando uma corrente 
passa por um condutor, onde observamos que os loops dos condutores são usados 
como antenas magnéticas para produzir o campo magnético alternado nos 
dispositivos do sistema RFID acoplado indutivamente. 
Figura 8 - Linhas de fluxo magnético ao redor de um condutor e uma bobina 
cilíndrica 
 
 
 
32 
 
 
Fonte: NFC: A technical overview 
Além disso, em um condutor reto, a intensidade do campo H ao longo de uma linha 
de fluxo circular a uma distância r é constante. Para o condutor reto H pode ser 
calculado como: 
Equação 2 
𝑯 =
𝟏
𝟐𝝅𝒓
 
 
O caminho da intensidade do campo ao longo do eixo x de uma bobina, pode ser 
calculado usando a equação 3. Considere que a intensidade do campo magnético H 
diminui quando o ponto de medição se afasta do centro do eixo da bobina, isto é 
mostrado por x na Figura 8. 
Equação 3 
𝑯 =
ⅈ ⋅ 𝑵 ⋅ 𝒓𝟐
𝟐√(𝒓𝟐 + 𝒙𝟐)
𝟑 
 
 
6. METODOLOGIA 
Para a análise, conforme arquitetura na Figura 9, no Arduino Mega foi carregado o 
código descrito no apêndice A deste trabalho, do qual tinha a função de decrementar 
valores a fim de simular o pagamento da passagem de ônibus (assim como é 
decrementado o crédito no cartão). Para medição da atenuação a modo de comparar 
a atenuação de potência do uso do cartão sem capinha de plástico, com capinha e 
com interferência do vidro e de um material metálico na comunicação, utilizou-se um 
analisador de espectro, na função power meter obtendo valores em mili Watts (mW) 
e decibéis em relação ao nível de referência de um 1 mW (dBm). A antena de captação 
do equipamento assimilava o sinal exatamente na frequência desejada de 13,5 MHz, 
conforme a Figura 10 da montagem em bancada. 
 
 
33 
 
 
 
Figura 9 – Arquitetura do Sistema de Bancada 
 
Figura 10 - Protótipo Físico do Sistema de Bancada 
 
 
6.1 Materiais Utilizados 
• Analisador de Espectro - Anritsu, modelo MS2036A; 
• Chip RFID-RC522; 
• Arduíno mega; 
 
 
34 
 
 
7. RESULTADOS 
Este capítulo tem como objetivo demonstrar a caracterização dos módulos do sistema 
com análise estatística dos dados, apresentando resultados e gráficos que evidenciem 
o tratamento abordado na execução do ensaio alternativas à influência de metal, 
plástico e vidro na comunicação NFC. 
7.1 Descrição do Projeto 
A fim de provar em bancada os conceitos teóricos apresentados neste trabalho de 
conclusão de curso, desenvolveu-se o protótipo demonstrado no próximo capítulo, 
cujo o principal objetivo é simular uma situação prática de utilização da NFC no 
cotidiano, simulando a situação de pagamento via cartão NFC em um ônibus e a partir 
de tal situação, mensurar as interferências presentes durante a efetivação desta 
comunicação. 
7.2 ANÁLISE DA INTERFERÊNCIA DE MATERIAIS À COMUNICAÇÃO 
NFC 
7.2.1 Sem Material Invasor 
 Conforme a figura 8, a antena dipolo meia onda irradia sinal para frente e para 
trás, a fim de consolidar a teoria foram feitas as medidas das tabelas 1 e 2. 
• Sinal Frontal 
Tabela 2 - Medidas sem case plástica (frente) 
 
• Sinal Posterior 
Tabela 3 - Medidas sem case plástica (trás) 
 
 
 
35 
 
 
Acima nota-se através da detecção do analisador de espectro, a perda de atenuação 
na medida em que o cartão vai se distanciando do módulo NFC. É notável, que apesar 
de estar se tratando de uma antena dipolo, a antena para de reconhecer o sinal 
quando utilizamosa parte traseira do módulo, isso pode ser observado nas perdas de 
atenuação por distanciamento acima. 
7.2.2 A influência do plástico 
Também realizando medidas frente e posterior no módulo, foi utilizado uma case 
plástica no cartão e os dados obtidos podem ser observados nas Tabelas 4 e 5. 
Tabela 4 - Medidas frente utilizando case plástica 
 
Tabela 5 - Medidas posterior utilizando case plástica 
 
Os valores das tabelas 4 e 5 foram obtidos utilizando os mesmos padrões de medida, 
com exceção do valor inicial de potência que houve variação por conta da diferença 
de dia e horário em que foi realizado. Nessas medidas foram usadas o case plástico 
envolto no cartão NFC para analisar a diferença de atenuação. É notável que o gap 
entre as medidas não é significante ao ponto de influenciar no sinal até a distância de 
3cm, após isso o módulo encontra dificuldade em estabelecer conexão. 
7.2.3 Erros de medição, relação frente x posterior e uso do 
plástico 
Por se tratar de uma antena dipolo meia onda, foram obtidos resultados medidos nas 
partes da frente e posterior do componente, de modo a observar a completa 
irradiação, nota-se também a necessidade de encapsular o chip com a capa plástica, 
para mantê-lo afastado do material metálico, visto que o metal funciona como um 
refletor, ou seja, reflete a energia para longe da tag impedindo assim a antena de 
 
 
36 
 
 
receber energia e estabelecer comunicação. Então, a análise estatística se deu 
através de cinco medidas distando de um em um centímetro até a perda do sinal, que 
foi observada com quatro cm nas medidas para frente (Tabela 6) e três cm para trás 
(Tabela 7), sem a utilização de nenhum material invasor, em seguida obteve-se a 
média, a atenuação dada pela Equação 4 e por fim calculou-se o erro médio através 
da Equação 5 onde foi relacionado o desvio padrão pela Equação 6. Com a média o 
obteve-se um valor em porcentagem. 
 
Equação 4 
𝐴𝑡ⅇ𝑛 = 𝑃𝑖𝑛 − 𝑃0𝑢𝑡 
 
Equação 5 
𝐸𝑅𝑅𝑂 𝑀ⅇ𝑑𝑖𝑜 = (
𝜎
𝑚ⅇ𝑑
) ⋅ 100 
 
Equação 6 
𝜎 = √
𝛴𝑖=1
𝑛 (𝑥𝑖 − 𝑚é𝑑)²
𝑁
 
 
Tabela 6 - Atenuação e erro médio (frente) s/ material invasor 
 
 
 
37 
 
 
Tabela 7 - Atenuação e erro médio (costas) s/ material invasor 
 
Pode-se notar que o erro médio está menor que 5%, o que é considerado normal 
tendo em vista que são medidas com interferência humana e outros parâmetros 
externos (como o clima e a posição dos componentes) que acarreta esta incerteza. 
Feito isto, foram medidos os valores com a influência da case plástica a modo de 
verificar a sua interferência, foi medida também a atenuação em dB, dados obtidos 
nas Tabelas 8 e 9. 
 
Tabela 8 - Atenuação e erro médio (frente) c/ case plástica 
 
Tabela 9 - Atenuação e erro médio (costas) c/ case plástica 
 
Os valores acima foram obtidos utilizando os mesmos padrões de medida, com 
exceção do valor inicial de potência que houve variação por conta da diferença de dia 
e horário em que foi realizado. Nessas medidas foi usado o case plástico envolto no 
cartão NFC para analisar a diferença de atenuação. É notável que o gap entre as 
medidas não é significante ao ponto de influenciar no sinal até a distância de 3cm, 
após esta distância, o módulo encontra dificuldade em estabelecer conexão. As 
 
 
38 
 
 
Figuras 13 e 14 demonstram a perda comparando com a presença ou não do plástico 
(com barra de erro padrão) tanto para frente quanto para as costas do componente. 
Figura 11 - Comparação atenuação com e sem plástico (frente) 
 
Figura 12 - Comparação atenuação com e sem plástico (costas) 
 
Nota-se a atenuação à medida em que o cartão vai se distanciando do módulo NFC. 
É notável que, apesar de estar se tratando de uma antena dipolo, a antena apresenta 
dificuldade de reconhecer o sinal quando utilizamos a parte traseira do módulo. Isso 
 
 
39 
 
 
pode ser observado nas perdas de atenuação por distanciamento acima as medidas 
de costas foram feitas apenas a modo de estudo. Na sequência será utilizada apenas 
a frente do componente, tendo em vista que as costas serão encapsuladas com uma 
capa plástica de 6 cm evitando o contato com o metal. Conclui-se então que utilizando 
a frente do chip a atenuação é praticamente imperceptível com o uso do plástico. 
7.2.4 A influência do vidro 
Tabela 10 - Medidas posterior influência do vidro 
 
Utilizando as mesmas equações e sistema do descrito anteriormente, introduziu-se 
um material de vidro de 2 cm de espessura às medidas o obteve-se os valores da 
Tabela 5 e Figura 14. 
Tabela 11 - Medidas com o uso de vidro 
 
 
 
 
40 
 
 
Figura 13 - Atenuação com o uso de vidro 
 
Pode-se notar que a atenuação foi bem maior que a do plástico e a perda de sinal foi 
notada a partir dos 2 cm. 
7.2.5 Influência de um objeto metálico 
O maior empecilho para utilização do NFC é dividir o espaço com componentes 
metálicos visto, que o metal funciona como um refletor, ou seja, reflete a energia para 
longe da tag impedindo assim a antena de receber energia e estabelecer 
comunicação. 
A permeabilidade magnética mensura o campo 
magnético no interior de um material - devido ao 
campo magnetizante pré-existente na região onde o 
material é colocado bem como à magnetização por 
esta induzida no material - em relação ao próprio 
campo magnetizante em questão. Ao colocar o 
material no local considerado, no interior deste material 
verifica-se a presença de um campo magnético cujo 
valor deve-se tanto ao campo magnetizante quanto à 
magnetização induzida no material em resposta a este 
último. 
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Permeabilidade_ma
gn%C3%A9tica 
 
 
41 
 
 
De acordo com a citação acima a permeabilidade magnética está associada ao campo 
magnético, como a antena do chip NFC é um indutor que gera campo, o que alimenta a 
TAG e possibilita a comunicação o uso de metal interfere na transmissão impedindo o 
funcionamento. “A permeabilidade do ferro pode ser até 2000 vezes maior que a do ar, 
ou seja, podem passar 2000 vezes mais linhas de indução por determinado espaço 
ocupado pelo metal referido do que quando esse mesmo espaço esteja ocupado apenas 
pelo ar” (Aprender Eletricidade, 2019). Portanto, não foram obtidos resultados. 
7.2.6 Simulação de um caso prático – Estrutura utilizada no 
ônibus 
Conforme os tópicos acima e a análise da figura 4, entendemos que a estrutura de metal 
utilizada nos ônibus reduz o sinal a distância máxima de 3cm, dessa forma o 
encapsulamento plástico faz com que a base metálica onde a estrutura é fixada não 
interfira na comunicação do sinal. 
 
 
 
 
42 
 
 
8. CONCLUSÃO 
 
O presente trabalho apresentou uma detalhada análise de interferência 
eletromagnética de materiais como o plástico, o metal e o vidro na comunicação NFC, 
simulando o pagamento de passagem de ônibus via cartão, levando em conta as 
seguintes relações: tipo de metal, cases comumente usadas para proteção do cartão; 
outros tipos de polímeros; região de leitura da antena. A análise se deu de forma 
numérica e experimental para demonstrar qual melhor tipo de plástico a ser usado e 
a perda associada, bem como a interferência do metal. Com a utilização de um 
analisador de espectro para visualização da perda em dB como método para 
avaliação dos resultados obtidos. 
Os resultados foram de acordo com o esperado, onde a case que envolve o 
cartão e a capa plástica que comumente é usada na estrutura dos ônibus tal como a 
tela de vidro do display não interferem significativamente na comunicação NFC a 
modo de perda de sinal e sim apenas na redução da distância máxima de captação 
do sinal e que são alternativas viáveis à base de metal, que devido à sua 
magnetização impede a comunicação leitor/tag e deve ser evitado em um raio de 5cm 
da comunicação. Para todas as medidas, além de observada a atenuação foi 
observada a eficácia da comunicação através de um código do Arduino que mostravaa mensagem “cartão detectado” quando a comunicação era efetivada. 
Por fim, utilizando o sistema da Figura 10, simulando a estrutura do ponto de 
ônibus não foram feitas medidas, apenas a observação da comunicação através do 
monitor serial do software comprovando que a estrutura de 6 cm de plástico 
encapsulando o chip com a tela de vidro evitava a perda do sinal pela proximidade de 
um material metálico e que com a distância de até 2 cm a comunicação funcionava 
perfeitamente. 
 
 
 
 
 
43 
 
 
9. REFÊRENCIAS 
 
 [1] ALVES, ABREU e SPADOTI, A. A. C., R. L. e D. H. Análise de interferência 
eletromagnética nos sistemas RFID em praças de pedágio. Análise numérica e 
experimental em carros blindados em 915MHz. In: UNIFEI. Itajubá-MG, 2016. 
Disponível em: 
https://www.researchgate.net/publication/306012292_Analise_do_Desempenho_de_
Etiquetas_RFID_em_carros_comuns_e_blindados_Analise_numerica_e_experiment
al_em_carros_comuns_e_blindados_em_915MHz. Acesso em: novembro 2020. 
[2] BERNARDES, M., ANTUNES, P. e ALMEIDA, M. NFC - Near Field 
Communication. Trabalho da disciplina de Seminário de Sistemas e Tecnologias da 
Informação I. Universidade Atlântica, Portugal. Disponível em: http://ssti1-
1112.wikidot.com/nfc-near-field-communication. Acesso em: novembro 2020. 
 [3] FERRAZ FILHO, O. L. S. Comunicação NFC (Near Field Communication) entre 
Dispositivos Ativos. Trabalho de Graduação em Engenharia da Computação. In: 
UFPE. Recife-PE, 2010. Disponível em: https://www.cin.ufpe.br/~tg/2010-2/olsff.pdf. 
Acesso em: novembro 2020. 
[4] FILHO, H. C. Sistema termelétrico com tecnologia RFID para medição de 
pressão. Programa de pós-graduação em engenharia elétrica e informática 
industrial. In: UTFPR. Curitiba-PR, 2010. Disponível em: 
https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1039/1/CT_CPGEI_M_Luis%2C%20
Hamilton%20Costa_2010.pdf. Acesso em: novembro 2020. 
[5] MARTINS, R. M. IFSC - ANT – Antenas e Propagação Disponível em: 
https://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/d/d4/5_1IFSC_Engenharia_ANT_2016_1.pdf. 
Acesso em: maio 2019. 
 [6] SILVA, O. L. A tecnologia NFC e os novos modelos de negócio móvel. Relatório 
de Dissertação para Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação. 
Porto, Portugal. 2009. Disponível em: https://silo.tips/download/a-tecnologia-nfc-e-
os-novos-modelos-de-negocio-movel. Acesso em: novembro 2019. 
 
 
44 
 
 
[7] SOUSA, M. F. RFID e suas aplicações – um estudo de caso com prateleiras 
inteligentes. Programa de pós-graduação em engenharia de teleinformática. In:UFC. 
Fortaleza-CE, 2010. Disponível em: https://www.livrosgratis.com.br/ler-livro-online-
141275/rfid-e-suas-aplicacoes---um-estudo-de-caso-com-prateleiras-inteligentes. 
Acesso em: novembro 2020. 
[8] EVANS, D. The Internet of Things: How the Next Evolution of the Internet Is 
Changing Everything. Disponível em: 
https://www.cisco.com/c/dam/en_us/about/ac79/docs/innov/IoT_IBSG_0411FINAL.p
df. Acesso em: novembro, 2020. 
[9] Sikora-Fernandez,D. THE CONCEPT OF SMART CITY IN THE THEORY AND 
PRACTICE OF URBAN DEVELOPMENT MANAGEMENT. Disponível em: 
https://www.researchgate.net/publication/304570582_THE_CONCEPT_OF_SMART
_CITY_IN_THE_THEORY_AND_PRACTICE_OF_URBAN_DEVELOPMENT_MANA
GEMENT. Acesso em: novembro, 2020. 
[10] Szymańska, D. (2007), Urbanization in Poland: Tendencies and Transformation 
https://www.researchgate.net/publication/261703407_Urbanization_in_Poland_Tend
encies_and_Transformation. Acesso em: novembro, 2020. 
[11] Faias, F. COMO O RFID ESTÁ REVOLUCIONANDO O VAREJO 
https://blog.bluesoft.com.br/como-o-rfid-esta-revolucionando-o-varejo/. Acesso em: 
novembro, 2020. 
[12] Abreu, A. Design of Compact mm-wave Tunable Filtenna Using Capacitor 
Loaded Trapezoid Slots in Ground Plane for 5G Router Applications. 
https://ieeexplore.ieee.org/abstract/document/8982004. Acesso em: novembro, 2020. 
[13] Motlagh, N. NEAR FIELD COMMUNICATION (NFC) A TECHNIICAL 
OVERVIEW.https://www.researchgate.net/publication/283498836_Near_Field_Com
munication_NFC_-_A_technical_Overview. Acesso em: novembro, 2020. 
 
 
 
 
45 
 
 
10. APÊNDICE A – Código do Arduino 
 
/* 
PINOUT: 
RC522 MODULE Uno/Nano MEGA 
SDA D10 D9 
SCK D13 D52 
MOSI D11 D51 
MISO D12 D50 
IRQ N/A N/A 
GND GND GND 
RST D9 D8 
3.3V 3.3V 3.3V 
* 
* Include the standard Arduino SPI library */ 
#include 
/* Include the RFID library */ 
#include 
/* Define the DIO used for the SDA (SS) and RST (reset) pins. */ 
#define SDA_DIO 9 
#define RESET_DIO 8 
int productname[5]={228,18,37,75,24}; 
int product[5]={100,120,230,125,70}; 
int token[5]={0,0,0,0,0}; 
int Total; 
/* Create an instance of the RFID library */ 
RFID RC522(SDA_DIO, RESET_DIO); 
void setup() 
{ 
Serial.begin(9600); 
/* Enable the SPI interface */ 
SPI.begin(); 
/* Initialise the RFID reader */ 
RC522.init(); 
} 
void loop() 
{ 
/* Temporary loop counter */ 
byte i=0; 
byte j=0; 
byte k=0; 
int ID; 
/* Has a card been detected? */ 
if (RC522.isCard()) 
{ 
 
 
46 
 
 
/* If so then get its serial number */ 
RC522.readCardSerial(); 
Serial.print(RC522.serNum[i],DEC); 
//Serial.println("Card detected:"); 
/* Output the serial number to the UART */ 
ID=RC522.serNum[0]; 
//Serial.print(ID); 
Serial.println(" "); 
for(i=0;i<5;i++) 
{ 
if(productname[i]==ID) 
{ 
Serial.println("Total Purchase"); 
if(token[i]==0) 
{ 
Total=Total+product[i]; 
token[i]=1; 
} 
else 
{ 
Total=Total-product[i]; 
token[i]=0; 
} 
Serial.println(Total); 
break; 
} 
else if(i==5) 
{ 
Serial.println("Access Denied"); 
break; 
} 
} 
Serial.println(); 
Serial.println(); 
} 
delay(1000); 
} 
Fonte: https://www.instructables.com/id/Interfacing-RFID-RC522-With-Arduino-
MEGA-a-Simple-/

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