Buscar

HILDEANA SALES BARBOSA - DEFESA - TCC II 01 06 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 105 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 105 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 105 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ribeirão Preto SP 
2020 
HILDEANA SALES BARBOSA 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO QUANTITATIVO 
 
Ribeirão Preto SP 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO QUANTITATIVO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
(Instituição Anhanguera Institucional 
Participações S/A), como requisito parcial para 
a obtenção do título de graduado em
(Engenharia Civil). 
Orientador: (Ângelo Silva) 
 
 
 
HILDEANA SALES BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
HILDEANA SALES BARBOSA 
 
ORÇAMENTO QUANTITATIVO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
(Instituição Anhanguera Institucional 
Participações S/A), como requisito parcial para 
a obtenção do título de graduado em 
(Engenharia Civil. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(a). Rangel Nocera 
 
 
Prof(a). Luiz Paulo Loureiro 
 
 
Prof(a). Tracy Kelly 
 
 
Ribeirão Preto, 15 de Junho de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha família e 
especialmente ao meu marido Alex, que 
desde o início tem estado ao meu lado, 
incentivando-me e apoiando-me ao longo 
destes cinco anos de caminhada e muito 
aprendizado. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço principalmente ao Alex Sales Barbosa, meu marido, pois sem dúvida, 
foi o maior responsável para que eu tenha concluído o meu curso. Ao final do terceiro 
semestre, com o nascimento da nossa filha, vieram muitas dificuldades, porém, ele 
esteve sempre ao meu lado, dando-me suporte para que não desistisse dos meus 
estudos. 
Gostaria de agradecer à Deus que colocou na minha vida pessoas maravilhosas, 
no qual compartilhamos momentos inesquecíveis durante estes cinco anos de curso. 
Juntos tivemos momentos de alegrias, aprendizados, ajuda mútua, trabalhos em 
grupo, frustações, preocupações e sonhos. Amigos que levarei para toda a minha 
vida, dentre eles alguns se destacam, são eles: (Marlon, Henrique, Pedro, Joelson, 
Júlio, Pamela e Fernanda). 
Agradeço ao meu coordenador e professor do curso, Rangel Nocera, um 
exemplo de pessoa e inspiração para minha vida pessoal e profissional. Agradeço 
também a todos os meus professores que durante meu curso transmitiram em suas 
aulas, não somente conhecimento, más, muito amor, dedicação, e respeito pelos 
alunos. 
 Em especial agradeço aos queridos professores Luiz Paulo, Inara Amoroso, 
Denise Simões, Maurício e Rangel Nocera, que permitiram-me assistir suas aulas e 
até mesmo realizar provas com a presença da minha filha Liz Maria. São exemplos 
de professores excelentes, que demonstraram uma alta sensibilidade e total empatia 
a uma aluna, mãe e estudante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ciência é sobre saber, a engenharia é sobre fazer. 
(Henry Petroski) 
BARBOSA, Hildeana Sales. Orçamento Quantitativo. 2020. 104 f. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Faculdade Anhanguera, 
Ribeirão Preto Sp, 2020. 
 
RESUMO 
 
O objetivo principal deste trabalho de conclusão de curso é discutir os conceitos e 
métodos orçamentários em obras, de uma forma concisa e clara, aonde possibilite a 
importância e valorização na etapa da construção de levantamentos orçamentários. 
Durante o processo de construção e execução de uma obra, conhecer o detalhamento 
de cálculos quantitativos, permite o melhor detalhamento de previsão de gastos e 
insumos, garantindo assim, economias e desperdícios de mão de obra e materiais. 
Através de pesquisas bibliográficas e estudos aprofundados, este trabalho 
proporciona formas abrangentes e detalhamentos sobre a elaboração de um 
orçamento quantitativo, principalmente voltado para obras pequenas. Desta forma 
possa contribuir na elaboração organizada de todas as etapas principais de um 
orçamento, trazendo exemplos de ferramentas como as planilhas e tabelas que são 
usadas para organizar os quantitativos. Todas as informações contidas neste trabalho, 
visam desmitificar dentro da própria área da engenharia civil, as dificuldades 
encontradas ao se tratar sobre orçamentação. Pois este é um assunto pouco discutido 
e valorizado pelos profissionais da área, más que tem um peso importantíssimo e 
significativo ao processo de qualquer projeto de sucesso. Mesmo que seja um projeto 
grande ou pequeno, sem um devido levantamento quantitativo, o sucesso no projeto 
final de qualquer construção ficará comprometido. 
 
 
 
Palavras-chave: Orçamento; Quantitativo; Levantamento; Tabela; Planilha. 
 
 
BARBOSA, Hildeana Sales. Quantitative Budget: 2020.104 f. Course Completion 
Work (Graduate in Civil Engeineering) – Anhanguera College, Ribeirão Preto SP, 
2020. 
 
 
ABSTRACT 
The main objective of this course conclusion work is to discuss budget concepts and 
methods in works, in a concise and clear way, where it makes possible the importance 
and valorization in the construction phase of budget surveys. During the process of 
construction and execution of a work, knowing the details of quantitative calculations, 
allows the best detail of forecasting of expenditures and inputs, thus ensuring savings 
and waste of labor and materials. Through bibliographic research and in-depth studies, 
this work provides comprehensive forms and details on the preparation of a 
quantitative budget, mainly aimed at small works. In this way, you can contribute to the 
organized elaboration of all the main stages of a budget, bringing examples of tools 
such as spreadsheets and tables that are used to organize the quantities. All the 
information contained in this work, aim to demystify within the civil engineering area, 
the difficulties encountered when dealing with budgeting. This is a subject little 
discussed and valued by professionals in the field, but it has an extremely important 
and significant weight in the process of any successful project. Even if it is a large or 
small project, without a due quantitative survey, the success in the final project of any 
construction will be compromised. 
 
 
 
Key-words: Budget; Quantitative; Lifting; Table; Spreadsheet. 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 – Exemplo de custos indiretos ................................................................... 33 
Figura 2 – Encargos sociais .................................................................................... 35 
Figura 3 – Fórmula de encargos sociais...................................................................36 
Figura 4 – Terminologia padrão empregado ao CUB .............................................. 39 
Figura 5 – Fórmula do BDI ...................................................................................... 42 
Figura 6 - Curva ABC ............................................................................................. 55 
Figura 7 – Planta detalhada da vala..........................................................................66 
Figura 8 – Detalhamento broca ............................................................................... 68 
Figura 9 – Broca diâmetro de 25 cm e taxa de armadura ....................................... 69 
Figura 10 – Montagem de fôrma viga baldrame ...................................................... 70 
Figura 11 – Detalhamento da viga baldrame ........................................................... 73 
Figura 12 – Impermeabilização da viga baldrame....................................................75 
Figura 13 – Detalhamento fôrma no pilar ................................................................ 76 
Figura 14 – Detalhamento armadura no pilar .......................................................... 77 
Figura 15 – Verga e contra verga ............................................................................ 83 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
Tabela 1 – Exemplo de composição de preço unitário - CPU .................................. 38 
Tabela 2 – Evolução média do CUB, Brasil e regiões .............................................40 
Tabela 3 – Principais custos de uma obra ............................................................... 43 
Tabela 4 – Componentes do BDI ............................................................................. 44 
Tabela 5 – Perdas de materiais ............................................................................... 47 
Tabela 6 - Exemplo de planilha orçamentária..........................................................51 
Tabela 7 – Exemplo de insumos fornecidos pelo caixa/sinap .................................. 53 
Tabela 8 – Curva ABC em obras ............................................................................. 55 
Tabela 9 – Nível 1 de EAP........................................................................................58 
Tabela 10 – Detalhamento de EAP nível 3. ............................................................. 58 
Tabela 11 – Relação peso do aço por metro linear ................................................. 72 
Tabela 12- Espessura da laje pré moldada..............................................................81 
Tabela 13 – Planilha orçamentária levantamento quantitativo..................................94 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1 - Analogia dos tipos de planejamento.......................................................25 
Quadro 2 - Itens considerados no orçamento por estimativa de custos...................28 
Quadro 3 - Exemplos de custos diretos....................................................................32 
Quadro 4 - Fórmula do cálculo da CPU....................................................................37 
Quadro 5 - Cálculo do lucro......................................................................................45 
Quadro 6 - Cálculo do preço de venda.....................................................................46 
Quadro 7 - Curva S...................................................................................................56 
Quadro 8 - Dimensões da placa de obra..................................................................64 
Quadro 9 - Tempo para retirar fôrmas de madeira...................................................71 
Quadro 10 - Detalhamento viga................................................................................79 
Quadro 11- Dimensionamento laje pré moldada......................................................81 
Quadro 12 – Fórmula inclinação do telhado..............................................................85 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
AGETOP Agencia Goiânia de Transporte e Obras 
BDI Bonificação de Despesas Indiretas 
CBIC Câmera Brasileira da Industria da Construção Civil 
CLT Consolidação das Leis Trabalhistas 
CM Centímetros 
CPU Composição de Preço Unitário 
CUB Custo Unitário Básico 
EAP Estrutura Analítica de Projeto 
EPIs Equipamentos de Proteção Individuais 
FCK Resistência Característica Concreto 
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
IBEC Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
KG Quilograma 
KG/ML Quilograma por Milímetro 
LDO Lei de Diretrizes Orçamentarias 
M Metros 
M² Metros Quadrados 
M³ Metros Cúbicos 
MM Milímetros 
MPA Mega Pascal 
NBR Norma Brasileira 
PIB Produto Interno Bruto 
PQS Planilha de Serviço e Qualidade 
SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices na Construção Civil 
SINDISCON Sindicato da Industria da Construção Civil 
TCPO Tabela de Composição e Preços para Orçamento 
TCU Tribunal de Contas da União 
VB Verba 
 
 
 
 
 
 
13 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 155 
 
2. ORÇAMENTO QUANTITATIVO .............. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.6 
2.1 DEFINIÇÃO DE ORÇAMENTO............................................................................16 
2.1.1 Problemas gerados pela falta de elaboração do orçamento.............................18 
2.1.2 Impacto do orçamento para as obras................................................................19 
2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ORÇAMENTO ......................................20 
2.2.1 Vantagens.........................................................................................................20 
2.2.2 Desvantagens....................................................................................................21 
2.3 O QUE É PLANEJAMENTO.................................................................................22 
2.3.1 Tipos de planejamento......................................................................................24 
2.4 ORÇAMENTO COMO PROCESSO E PRODUTO..............................................25 
2.5 TIPOS DE ORÇAMENTO....................................................................................26 
2.5.1 Estimativa de custos.........................................................................................27 
2.5.2 Orçamento preliminar.......................................................................................28 
2.5.3 Orçamento analítico ou detalhado....................................................................29 
2.6 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS..............................................................................30 
2.6.1 Custos diretos...................................................................................................31 
2.6.2 Custos indiretos................................................................................................32 
2.6.3 Encargos sociais...............................................................................................34 
2.7 CPU - COMPOSIÇÃO DE PREÇO UNITARIO...................................................36 
2.8 CUB - CUSTO UNITARIO BASICO.....................................................................38 
2.9 BDI - BONIFICAÇÃO DE DESPESAS INDIRETAS.............................................41 
2.9.1 Cálculo do BDI...................................................................................................41 
2.9.2 Custo total e lucro..............................................................................................44 
2.9.3 Preço de venda.................................................................................................46 
2.9.4 Perdas...............................................................................................................46 
2.9.5 Visita técnica.....................................................................................................47 
2.9.6 Fechamento do orçamento...............................................................................48 
3. O USO DE PLANILHAS E TABELAS NO ORÇAMENTO ................................ 49 
3.1 IMPORTANCIA DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA..............................................49 
3.2 TCPO - TABELA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇOS PARA ORÇAMENTAÇÃO .50 
3.3 SINAPI - SISTEMANA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTO E INDÍCE DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL................................................................................................52 
3.4 CURVA ABC.........................................................................................................53 
3.5 CURVA S..............................................................................................................55 
3.6 EAP - ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO..................................................56 
4. LEVANTANMENTO QUANTITATIVO PASSO A PASSO .................................. 61 
4.1 DESPESAS OU SERVIÇOS INICIAIS.................................................................62 
4.2SERVIÇOS PRELIMINARES...............................................................................63 
 
 
14 
4.2.1 Cálculo dos serviços prelinimares.....................................................................64 
4.3 MOVIMNETO DE TERRA....................................................................................64 
4.3.1 Cálculo apiloamento fundo da vala...................................................................65 
4.3.2 Cálculo reaterro da vala m³...............................................................................67 
4.4 FUNDAÇÃO E INFRAESTRUTURA....................................................................67 
4.4.1 Fórmulas de fundação e infraestrutura..............................................................68 
4.4.2 Armadura para broca diâmetro de 25 cm..........................................................69 
4.4.3 Concreto para broca fck de 25mpa e o lastro de concreto magro....................69 
4.4.4 Fôrmas de madeira incluindo montagem e desforma.......................................70 
4.4.5 Armação em aço...............................................................................................71 
4.4.6 Cálculo para viga baldrame..............................................................................73 
4.4.7 Cálculo alvenaria de tijolo comum em m³.........................................................74 
4.5 ESTRUTURA.......................................................................................................75 
4.5.1 Pilares...............................................................................................................75 
4.5.2 Armadura em aço para pilar.............................................................................77 
4.5.3 Vigas.................................................................................................................78 
4.5.4 Armadura em aço CA 50/60..............................................................................79 
4.6 LAJES...................................................................................................................80 
4.6.1 Painéis e paredes..............................................................................................82 
4.6.2 Esquadrias.........................................................................................................83 
4.6.3 Instalação elétrica e hidráuilica.........................................................................84 
4.7 COBERTURA.......................................................................................................84 
4.7.1 Revestimento interno de paredes.....................................................................86 
4.7.2 Azulejo..............................................................................................................87 
4.7.3 Revestimento interno tetos...............................................................................88 
4.8 REVESTIMENTO EXTERNO...............................................................................88 
4.8.1 Revestimento pisos...........................................................................................89 
4.8.2. Rodapé cerâmico.............................................................................................90 
4.9 PINTURA INTERNA E EXTERNA.......................................................................90 
4.9.1 Pintura interna...................................................................................................90 
4.9.2 Emassamento das esquadrias de madeira.......................................................91 
4.9.3 Pintura externa..................................................................................................91 
4.10 PAVIMENTAÇÃO EXTERNA.............................................................................92 
4.10.1 Vidros..............................................................................................................92 
4.10.2 Serviços complementares...............................................................................93 
4.10.3 Limpeza geral da obra.....................................................................................93 
4.11 MODELO PLANILHA ORÇAMENTARIA............................................................93 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 99 
 
6. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 100 
 
 
 
15 
1. INTRODUÇÃO 
 
Na área da construção civil, o orçamento quantitativo é uma parte essencial e 
fundamental para se ter uma boa visualização e controle dos gastos. É através da 
elaboração do orçamento, que se determina as previsões de todos os custos 
necessários dentro de uma construção. Desta forma, obtém-se um resultado final com 
qualidade e dentro do custo real planejado, gerando uma construção em que os 
índices de prejuízos sejam evitados. 
Por este motivo, a escolha do tema deste trabalho é justamente discutir a 
necessidade de um bom orçamento quantitativo, demostrando e seus parâmetros. De 
forma que o mesmo possa colaborar e auxiliar na elaboração dos levantamentos 
quantitativos, garantindo assim o controle dos custos e um maior detalhamento aonde 
expresse com clareza os maiores prejuízos e como evita-los. 
Más, qual é a importância do orçamento quantitativo na construção civil? 
Atualmente, o maior desafio na construção civil é justamente ter o controle dos 
custos e gastos, de tal forma que não garanta as melhorias na qualidade de seus 
projetos. Isto porque o orçamento não é pensado como uma ferramenta inicial no 
planejamento e gerenciamento das obras. O que acaba gerando problemas com a 
falta de controle na execução e operações dentro da empresa. 
 Assim, o presente trabalho tem como objetivo geral descrever de forma coesa 
e clara, as etapas construtivas de um orçamento quantitativo e suas nuances. A 
importância deste trabalho servirá de orientação a futuros profissionais da área e 
empresas, que buscam informações e dados para a construção de um orçamento. 
Pois, este trabalho apresentará as etapas de um levantamento quantitativo 
direcionado, principalmente, a obras pequenas, do início ao fim na execução de uma 
obra. 
Para a construção deste trabalho foi utilizada uma abordagem de pesquisa 
bibliográfica, retirada de livros, artigos, teses, monografias e dissertações. São vários 
os autores, que abordam e comentam a importância do assunto discutido neste 
trabalho. As referências bibliográficas que serviram de base para esta pesquisa estão 
disponíveis em livros e artigos científicos, publicadas entre os anos de 2000 a 2019. 
 
 
 
 
16 
 
2. ORÇAMENTO QUANTITATIVO 
 
2.1 DEFINIÇÃO DE ORÇAMENTO 
 
Segundo pesquisa realizada através da Câmera Brasileira da Industria da 
Construção – CBIC (2018, p. 6), desde o ano de 2007 que o setor da construção civil 
no Brasil vem enfrentando uma crise econômica. No ano de 2014 esta crise teve seu 
pior declínio, prejudicando diversas empresas e profissionais ligados a construção 
civil. No entanto, a partir do ano de 2016, conforme dados levantados pelo IBGE e 
PIB, houve um crescimento, mesmo que de forma mais lenta que o esperado. 
Conforme afirma a CBIC (2019, p.02), a indústria da construção é responsável 
por 50% dos investimentos, onde sua produção responde rapidamente aos estímulos 
recebidos. No Brasil, principalmente nos últimos anos as empresas de construção vêm 
adaptando-se a novas mudanças, quanto aos seus processos construtivos. Pois, com 
o crescimento da concorrência, é necessário um investir em melhores gerenciamento 
dos processos, e inovações tecnológicas. 
Hoje em dia a maioria das pequenas e grandes empresas buscam atender aos 
seus clientes com qualidade e eficiência. De acordo com MULLER (2016, p.10), para 
oferecer otimização de seus meios de produção e minimizaçãodos custos, uma 
ferramenta que as empresas utilizam, é a orçamentação dos custos. O orçamento é 
uma parte integrante e essencial para o planejamento e execução de obras. 
Conforme afirma ÁVILLA, LIBRELOTTO e LOPES (2003, p.2), orçamento 
significa quantificar os insumos, mão de obra, materiais e os equipamentos 
necessários, para realizar uma obra. O orçamento quantitativo é baseado no 
levantamento destes dados, no qual serão organizados em tabelas e planilhas. É 
importantíssimo esta etapa para a realização da planilha orçamentaria que deverá 
apresentar dados aonde o orçamente apresente de forma real o custo do 
empreendimento. 
MATTOS, (2006, p.24) afirma que não se pode confundir orçamento com 
orçamentação. Pois, o orçamento é o produto e orçamentação é o processo, a este, 
determinado. Para se ter um resultado de sucesso, um fator determinante para o 
 
 
17 
construtor é uma orçamentação eficiente. Geralmente quando o orçamento é malfeito, 
ocorre imperfeições e possíveis frustrações de custo e prazo. 
Segundo afirma HERMANN (2015, p.21): ao realizar um orçamento de um 
projeto, sempre haverá uma margem de incertezas. Neste sentido, MATTOS (2006, 
p.26) os principais atributos da orçamentação: 
Aproximação: todos os orçamentos são aproximados, por se fundamentar 
em previsões. Não há necessidade de ser exato, mas preciso, aproximando-
se o máximo de quanto irá custar; 
Especificidade: todo orçamento depende do local em que ele será 
implantado, não pode ser considerado padrão nem genérico; 
Temporariedade: todo orçamento realizado anos atrás, hoje possui seus 
custos defasados, e para ser válido seus custos devem ser atualizados; 
MATTOS (2006, p. 26) 
 
De acordo com a revista ENGENHARIA (PENSAR, 2015; v.3, p.4) a definição 
de orçamento é uma previsão de custos que pode ser interpretada de diversas formas, 
más, que ao mesmo tempo deve ser elaborado de forma bem detalhado. Quanto 
maior for o detalhamento do orçamento, o mesmo beneficiara o construtor, 
estabelecendo metas orçamentarias de materiais e serviços, cumprindo prazos, 
estabelecendo valores mínimos e máximos para os custos do projeto. Desta forma, o 
orçamento fornecerá a viabilidade ou não de uma construção. 
Conforme afirma DIAS (2011, p.18) “é fundamental a experiência do 
orçamentista ao elaborar um orçamento, não somente nos custos, como na execução 
do tipo da obra a ser orçada.” Desta forma, o mesmo fornecer informações, na fase 
de tomada de decisões de um novo projeto, permitindo através dos levantamentos 
quantitativos, prever e calcular a produção de mão de obra. 
Assim, como controlar os preços, produtos e materiais usados na execução da 
obra, e o próprio valor financeiro da obra. Segundo revista ENGENHARIA (PENSAR, 
2015, v.3, p. 4), um orçamento, mesmo que bem detalhado, apresentara uma margem 
de incertezas. É neste sentido que o orçamentista deve buscar seguir as etapas da 
orçamentação com certa rigidez, para que as margens de erros sejam mínimas 
possíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
2.1.1 Problemas gerados pela falta da elaboração do orçamento 
 
De acordo com MATTOS, (2006, p. 24), quando um orçamento não é realizado 
ou se o mesmo é mal elaborado, as empresas fatalmente enfrentarão prejuízos e 
frustação ao longo do tempo. Principalmente quanto aos custos e prazos das obras 
que serão realizadas. É comum que algumas empresas contratem engenheiros ou 
técnicos recém formados para realizar orçamentos quantitativos, sem terem muita 
experiência. O que acaba gerando alguns problemas na construção do orçamento, 
pois na sua maioria, os orçamentistas ficam em escritórios, dificultando assim a 
comunicação com o que está acontecendo na obra. 
Conforme revista ENGENHARIA, (PENSAR, 2017, p. 5) afirma que alguns 
problemas relacionados à falta de um orçamento, estão relacionados ao controle das 
variações consideráveis dos preços. Pois as variações dos preços tratam-se das 
condições previstas ou estimadas pelo orçamentista. Desta forma haverá sempre a 
necessidade constante de um aperfeiçoamento do processo e suas técnicas. A 
eficácia da execução depende dos esforços contínuos dos gestores. 
Ainda segundo revista ENGENHARIA, (PENSAR, 2017, p. 5), diz que o 
orçamento não pode ser analisado isoladamente da gestão empresarial. O mesmo 
deverá contemplar o processo de planejamento e controle como um todo. Grande 
parte das obras tem dificuldades na utilização do orçamento para a melhoria do seu 
desempenho, por este motivo não tornam o orçamento como ferramenta disponível a 
todos os interessados, assim como os planejamentos e estratégias organizacionais. 
Segundo MATTOS, (2006, p. 24), um outro problema que causa distorções na 
elaboração do orçamento é a falta da visita técnica dos orçamentistas nas obras. Com 
a visita técnica é possível receber do pessoal de campo as produtividades reais, os 
percentuais de perda dos principais insumos e comentários sobre os parâmetros de 
orçamento. Os principais problemas gerados pela falta do orçamento que as 
empresas enfrentam são: 
 
 Não entregar a obra no prazo determinado; 
 Penalidades por atraso do não cumprimento do prazo; 
 Pagamento errado aos serviços de mão de obra; 
 Medições erradas; 
 
 
19 
 Custos acima do planejado; 
 Falta ou sobra de materiais e insumos; 
 Frustações com resultados não alcançados no orçamento 
 
 
2.1.2 Impacto do orçamento para as obras 
 
De acordo com SANTOS, SILVA e OLIVEIRA, (2012, p. 32), afirmam que na 
construção civil, o impacto que o orçamento gera nas empresas está diretamente 
relacionado com o impacto econômico e financeiro do empreendimento. Através dos 
levantamentos quantitativos, o orçamento ajuda o alcance das metas e objetivos da 
empresa. 
Segundo SILVA, SABA e BORGES, (2011, p. 21), outro impacto que o 
orçamento oferece é através do controle eficiente, determinando uma maior ou menor 
relevância de alguns itens. Bem como focar em determinados insumos ou serviços da 
obra, influenciando nos custos para que e nos valores orçados, oferecendo um 
controle de maior qualidade nos processos de execução e produção da obra em 
andamento. 
Conforme afirma LIMA, (2014, p. 28), o orçamento é um meio eficaz de efetuar 
e continuar os planos pensados pelos gestores. Oferecendo assim medidas que 
possam avaliar o desempenho das empresas e permitindo acompanhar a estratégia, 
verificando o grau de êxito e tomar ações corretivas em caso de necessidade. Desta 
forma o impacto que o orçamento visa também está direcionado quanto a 
organização, comando, direção, motivação e coordenação dos colaboradores da 
empresa. 
Para SCOTTI, (2014, p. 12), o impacto do orçamento não se resume apenas 
aos custos, acaba tornando se um ciclo onde o mesmo tem finalidade maior que 
beneficiam as empresas. Dentre elas podemos citar: 
 
 Levantamento dos materiais e serviços; 
 Obtenção de índices para acompanhamento; 
 Dimensionamento de equipes; 
 Capacidade de revisão de valores e índices; 
 
 
20 
 Realização de simulações; 
 Geração de cronogramas físico e financeiro; 
 Analise de viabilidade econômico-financeira; 
 
 
2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ORÇAMENTO 
 
Segundo LIMA, (2014, p. 57) no orçamento quantitativo podemos observar 
algumas vantagens e desvantagens, em seu processo. Mesmo com algumas 
mudanças e inovações, como o uso de softwares que auxiliam em sua elaboração. O 
orçamento permanece inalterado em relação à incorporação das novas medidas de 
desempenho. 
 
 
2.2.1 Vantagens 
 
De acordo com VASCONCELOS (2004, p. 58), algumas das vantagens do 
orçamento são: 
 
 Expressa quantitativamente os ingressos e saídas de recursos, 
determinando o plano financeiro consoante aos objetivos 
organizacionais; 
 Comunica metas de curto prazo; 
 Serve de base para coordenação das atividades operacionais; 
 Sinaliza eventuais problemas de nível operacional (por meio da 
diferençaentre desempenho real e orçado); 
 Constitui referência para avaliação de desempenho; 
 Facilita o controle financeiro. 
 Provê uma forma de comunicação gerencial acerca de planos; 
 Força os gerentes a pensar sobre ações para o futuro, evitando que 
estes, na ausência do orçamento, gastem esforços em ações do dia-a -
dia; 
 Provê uma forma de alocar recursos entre os departamentos e as áreas; 
 
 
21 
 Pode evitar o surgimento de potenciais restrições; 
 Coordena as atividades por meio da integração dos planos das várias 
áreas e auxilia que estes estejam na mesma direção; e 
 Define metas e objetivos e serve como benchmarks para futura 
avaliação de desempenho. 
 
 
2.2.2 Desvantagens 
 
LIMA (2014, p. 58) afirma que: “no processo do orçamento a falta de melhorias 
significativas na forma de concepção e utilização deixa o orçamento à mercê de muitas 
críticas por parte de executivos e estudiosos”. Pois o orçamento não é somente 
conhecimento e capital intelectual. O orçamento precisa contar com pessoas 
capacitadas, qualificadas e que tem forte liderança. 
Ainda de acordo com LIMA (2014, p. 58), os gestores não devem fixar tetos e 
custos como expectativa de crescimento, deixando de lado o todo. Estas medidas 
impedem as melhorias nos resultados, tornando-se barreiras na sinergia entre as 
unidades empresariais. Quanto as críticas e desvantagens, VASCONCELOS, (2004, 
p. 55), afirma: 
O orçamento consiste na formalização e sistematização das tarefas de 
planejamento e controle. Trata-se, de maneira bastante simplificada, da 
expressão monetária dos planos de ação nas diversas áreas de uma 
organização. Embora o orçamento seja usado como instrumento de controle, 
seu objetivo não é impor limites para cercear a liberdade de expressão, mas 
sim, promover a eficácia operacional. Conceito que, necessariamente, 
pressupõe economicidade no uso de recursos e alcance de metas. 
(VASCONCELOS et al., 2004, p. 58) 
 
Segundo VASCONCELOS (2004, p.55) as desvantagens e críticas do 
orçamento são: 
 
 Consumo de tempo e recursos; 
 Obstáculo à responsabilidade, mudança e flexibilidade; 
 Desalinhamento com as estratégias corporativas; 
 Foco demasiado nos custos em detrimento de uma maior atenção na 
criação de valor; 
 
 
22 
 Fortalecimento do controle verticalizado; 
 Não contemplação das novas estruturas de rede de trabalho; 
 Encorajamento à prática de “jogos” entre gestores e colaboradores; 
 Morosidade na realização dos ajustes; 
 Baseiam-se mais em “desejos” do que em dados contundentes; 
 Criam barreiras departamentais; 
 Provocam nas pessoas a sensação de “subavaliados”; 
 
 
2.3 O QUE É PLANEJAMENTO 
 
Segundo GOLDMAN, (2004, p. 13), para o sucesso do orçamento na 
construção civil, primeiramente, deve-se pensar nas táticas do planejamento dentro 
de uma obra. A relação do planejamento ao gerenciamento é muito importante, pois 
mesmo que ele não possa garantir a certeza de perfeição na atividade humana, existe 
um risco inerente em todas as áreas construtivas do projeto. 
Segundo MATTOS (2006, p. 23), o processo de planejamento é um papel 
essencial e fundamental nas empresas, porque tem um forte impacto no desempenho 
da produção, na construção civil. Uma das causas de deficiência na baixa produção, 
perdas e produtos com baixa qualidades, estão relacionados com a falta de 
planejamento e controle nas empresas. 
Atualmente, mais do que nunca, planejar é garantir de certa maneira a 
perpetuidade da empresa pela capacidade que os gerentes ganham de dar respostas 
rápidas e certeiras por meio do monitoramento da evolução do empreendimento e do 
eventual redirecionamento estratégico. MATTOS (2006, p. 23), afirma: 
De acordo com LIMA (2014, p.19) “o processo de planejamento é essencial 
para evitar situações difíceis ou pelo menos minimizar os riscos a serem enfrentados 
pela empresa”. Bem como uma ferramenta que tanto as empresas e pessoas podem 
administrar e realizar futuras decisões. Ele é a base de sucesso de qualquer 
empreendimento. 
Conforme afirma VASCONCELOS, (2004, p. 10), “a prática do planejamento 
tende a diminuir as incertezas associadas ao processo decisório e desempenho, 
aumentando com isso as chances de os objetivos organizacionais serem alcançados”. 
 
 
23 
Portanto, planejar significa definir os objetivos e resultados, é um meio de decidir o 
que e como será feito algo. Além de oferece vários benefícios e vantagens as 
empresas. 
De acordo com MATTOS (2006, p.19), “planejar é pensar, aplicar, controlar e 
corrigir o tempo”. O mesmo ainda afirma: 
Ao usar as premissas de índices de produtividades e dimensionamento de 
equipes empregadas no orçamento, o engenheiro casa orçamento com planejamento, 
tornando possível avaliar inequações e identificar oportunidades de melhoria. Ignorar 
as produtividades com que os serviços foram orçados, significa ficar sem um 
parâmetro de controle, conforme afirma MATTOS, (2010 p. 25). 
Conforme GOLDMAN (2014, p. 13), um planejamento bem elaborado abrange 
informações complexas de diversos setores. Por tanto, deve-se levar em 
consideração informações a respeito do mercado atual, demandas e ofertas, o tipo de 
construção a ser realizada, viabilidade técnica, financeira e econômica da empresa, 
entre vários outros fatores. 
Vale ressaltar que o planejamento se torna relevante ao proporcionar melhorias 
no desenvolvimento de todas as atividades, que serão executadas no decorrer da 
construção. De acordo com SILVA (2011, p.29), o planejamento reduzirá as incertezas 
a respeito da falta de conhecimento por parte dos envolvidos no processo, isto, em 
relação as tarefas que deverão ser realizadas, em que direção deverão caminhar e 
quanto tempo será o trabalho será finalizado. 
 
Segundo SILVA, (2011, p. 29), as partes que compõem um planejamento são: 
 
 Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado; 
 Planejamento de meios: direcionamento para a empresa chegar ao 
objetivo desejado; 
 Planejamento organizacional: esquematização dos requisitos 
organizacionais para poder realizar os meios propostos; 
 Planejamento de recursos: dimensionamento de recursos humanos e 
materiais, determinação da origem e aplicação de recursos financeiros; 
 Planejamento de Implantação e controle: corresponde à atividade de 
planejar o gerenciamento de implantação do estabelecimento. 
 
 
24 
 
Conforme afirma MATTOS, (2006, p. 23) os principais benefícios de um 
planejamento são: 
 
 Conhecimento pleno da obra; 
 Detecção de situações desfavoráveis; 
 Agilidade de decisões; 
 Relação como orçamento; 
 Otimização da alocação de recursos; 
 Referência para acompanhamento; 
 Padronização; 
 Referência para metas; 
 Documentação e rastreabilidade; 
 Criação de dados históricos; 
 Profissionalismo; 
 
 
2.3.1 Tipos de planejamento 
 
Conforme SILVA (2001, p.29) dependendo do objetivo do planejamento, ele 
pode ser classificado tanto em partes como por tipos. Os três principais tipos do 
planejamento são: 
 
Planejamento Estratégico: é um processo gerencial que permite ao executivo definir o 
rumo que será seguido pela empresa, com vista a obter um nível de aperfeiçoamento na 
relação da empresa e seu ambiente. 
Planejamento Operacional: se dá na formalização através de documentos escritos, das 
metodologias de desenvolvimentos e implantações estabelecidas. 
Planejamento Tático: nem tão emergencial, nem tão em longo prazo, reúne informações 
presentes para serem formalizadas a um tempo médio determinado. SILVA, (2011, p.29) 
 
Segundo SILVA (2001, p.31) o planejamento é subdividido em três níveis 
hierárquicos, porém com outra denominação. Planejamento estratégico ou de longo 
prazo, planejamento tático ou de médio prazo e planejamento operacional ou de curto 
prazo. 
Planejamento estratégico ou de longo prazo: são definidas as metas da 
obra, tais como definiçõesde datas de início e fim das grandes etapas da 
 
 
25 
mesma, compreendendo a etapa de orçamento, fluxo de caixa e definição de 
layout do canteiro. 
Planejamento tático ou de médio prazo: vincula as metas do plano de longo 
prazo com o de curto prazo, enumerando-se os recursos e suas limitações, 
para que as metas estabelecidas no longo prazo sejam cumpridas. Nesse 
nível de planejamento são estabelecidas as quantidades de trabalho a serem 
realizadas, programação e sequência obedecendo os limites estabelecidos 
no nível estratégico. 
Planejamento operacional ou de curto prazo: o planejamento operacional 
tem a função de proteger a produção contra os efeitos da incerteza. Este é 
no nível operacional onde ocorre a distribuição dos pacotes de trabalho para 
as equipes, preparando uma detalhada programação da produção para o seu 
efetivo controle. SILVA, (2001, p.31) 
 
Conforme destaca VASCONCELOS, (2004, p. 13), no quadro abaixo segue a 
analogia entre os três tipos de planejamento, quanto mais organizada for esta 
estrutura dos níveis estratégico, gerencial e operacional, melhor será o desempenho 
da organização. O planejamento, nesse contexto, tem o papel de ensejar o 
desempenho desejado por meio do delineamento dos caminhos para atingi-lo. 
 
 Quadro 1: Analogia dos tipos de planejamento 
 
 Fonte: VASCONCELOS (2004, p. 13) 
 
 
2.4. ORÇAMENTO COMO PROCESSO E PRODUTO 
 
Segundo BRAGA (2015, p.20), devido a busca crescente das grandes 
empresas sobre o desenvolvimento, uma ferramenta forte que passou a ser usada, foi 
o orçamento. Pois, ele é um instrumento de planejamento e controle que estabelece 
e divulga as metas a serem cumpridas. Dentro de uma empresa de engenharia, o 
conhecimento dos custos é de grande importância para o gerente, pois esses custos 
 
 
26 
são contínuos e os valores são expressivos, sendo que o faturamento ocorre de forma 
discreta. 
São muitos os tipos de orçamento no qual as empresas buscam otimizar e 
incluir como ferramenta de viabilidade econômica. No setor da construção civil, 
orçamento poderá ser classificado de acordo com o padrão escolhido ou da finalidade 
da estimativa e disponibilidade dos dados. De acordo com AVILA, LIBRELOTTO, 
LOPES (2003, p.02), dependendo das fases de um projeto, a elaboração a ser 
analisado e o grau de detalhamento do orçamento, o mesmo poderá ser observado 
sob duas óticas: como processo ou como produto. 
De acordo com AVILA, LIBRELOTTO, LOPES (2003, p.2), o orçamento 
processo tem como objetivo estabelecer metas empresarias em termos de custos, 
faturamento e desempenho. Todos os envolvidos na gestão empresarial, participam 
na elaboração do orçamento e se comprometem com a sua realização. Desta forma 
possibilitam a empresa, efetuar, conhecer e avaliar as projeções futuras mensais, com 
a elaboração do balanço projetado. Todavia, o estudo como orçamento processo não 
será discutido em detalhes neste trabalho. 
AVILA, LIBRELOTTO, LOPES (2003, p.2), ainda destaque que o orçamento 
como produto tem como objetivo definir o custo e o preço de dos produtos na empresa, 
aonde tem definido suas diretrizes no processo orçamentário, pois toda a empresa 
funciona como. Seja na realização de algum serviço, material ou construção de algum 
bem. O desempenho da empresa é influenciado pelo orçamento produto, e vice versa. 
O orçamento produto é principalmente usado na área da construção civil. 
 
 
2.5 TIPOS DE ORÇAMENTO 
 
De acordo com a revista ENGENHARIA (PENSAR, 2015, V3; p.4) conforme 
foram ocorrendo as mudanças no ambiente empresarial, dentre eles, da construção 
civil. O aprimoramento dos processos de avaliação e controle dos custos, vem sendo 
exigido cada vez mais das empresas. Principalmente no quesito em melhorias da 
qualidade, expansão de mercado e lucratividade, sendo o orçamento um valioso 
instrumento de planejamento e controle das operações da empresa, qualquer que seja 
seu ramo de atividade, natureza ou porte. 
 
 
27 
Segundo MATTOS, ao falar de orçamento, dependendo do grau de 
detalhamento do mesmo, ele pode ser classificado em três tipos, sendo eles: 
 
Estimativa de custo: avaliação expedita com base em custos históricos e 
comparação com projetos similares. Dá uma ideia aproximada da ordem de 
grandeza do custo do empreendimento. 
Orçamento preliminar: mais detalhado do que a estimativa de custos 
pressupõe o levantamento de quantidades e requer a pesquisa de preços dos 
principais insumos e serviços. Seu grau de incerteza é menor. 
Orçamento analítico ou detalhado: elaborado com composição de custos e 
extensa pesquisa de preços dos insumos. Procura chegar a um valor bem 
próximo do custo "real", com uma reduzida margem de incerteza. MATTOS, 
(2006 p.36) 
 
 
2.5.1 Estimativa de custo 
 
Segundo GOLDMAN (2004, p. 105), o orçamento por estimativas de custos é 
um tipo de orçamento simplificado da obra, é feito uma avaliação através de 
comparação com projetos similares e com base em custos históricos. O seu objetivo 
é estimar o custo da construção usando dados técnicos fornecidos pela empresa para 
realizar os cálculos. É uma alternativa para quando não se tem por completo os 
projetos executivos ou com um curto prazo de tempo para realizar esse levantamento. 
O seu objetivo é obter o custo do empreendimento considerando apenas dados 
técnicos, assim, coletando informações em um curto prazo. Más, ao executar a 
estimativa de custo, existe uma margem superficial que gera incertezas. Através do 
orçamento obtém-se um valor mais preciso, mesmo sujeito a oscilações em função 
do tempo. 
Segundo MIOTTO, CROVADOR, MIOTTO (2014, p.36) para obter o cálculo por 
estiva de custo podemos utilizar duas fórmulas, o cálculo simplificado que é através 
do custo unitário do metro quadrado. Ou o orçamento por estimativas que é obtido 
pelos principais itens e serviços da construção. Para o cálculo simplificado dois fatores 
são fundamentais: considera-se a somatória das áreas equivalentes dos pavimentos 
da obra, aonde os valores são obtidos através da Norma Brasileira 12721 (ABNT, 
2005). 
Ainda de acordo com MIRON, (2014, p.37), o custo unitário do metro quadrado 
de uma construção, pode ser obtido através de revistas técnicas, empresas de 
consultoria e sindicatos. Pois, os mesmos fornecem mensalmente o custo unitário do 
 
 
28 
metro quadrado para diversos tipos de edificações e locais. Os principais serviços na 
construção civil que são calculados no orçamento por estimativa, são descritos nos 
itens da tabela abaixo. 
 
Quadro 2: Itens considerados no orçamento por estimativa de custo 
 
Fonte: MIOTTO, CROVADOR, MIOTTO (2014, p.37) 
 
 
2.5.2 Orçamento Preliminar 
 
De acordo com a revista ENGENHARIA, (PENSAR, 2015, V3, p.4), o 
orçamento preliminar é muito mais detalhado que o orçamento por estimativa de custo. 
Ele é feito através do levantamento de quantidades, sendo necessário realizar 
pesquisa de preços dos principais insumos e serviços. Desta forma o seu grau de 
incerteza é menor. O método usado no orçamento preliminar é o processo de 
orçamentação por correlação, que utiliza uma maior quantidade de indicadores que 
aprimoram a estimativa inicial. 
Segundo MATTOS, (2006, p.38), este tipo de orçamento pode ser realizado por 
etapas, porém, é necessário a correlação entre cada atividade que serão executadas, 
 
 
29 
desta maneira obtém-se a somatória e o orçamento preliminar total. Cada edificação 
tem no em seus projetos indicares particulares, alguns podem seguir um padrão no 
seu quantitativo diferente de outros, más os indicares não se diferenciam muito. 
Ainda conforme descreve MATTOS (2006 p. 41), no orçamento preliminar é 
trabalhado uma quantidade maior de indicadores, que tem como objetivo gerar 
pacotes de trabalho menores, uma maior facilidade de orçamentação e analise de 
preços. Alguns indicadores são: a espessura média de lajes, vigas e pilares para 
quantificaro volume de concreto; a taxa de aço utilizada por metro cúbico de concreto; 
a quantidade de metro quadrado de formas por metro cúbico de concreto. 
 
 
2.5.3 Orçamento analítico ou detalhado 
 
De acordo com MATTOS, (2006, p. 41), o orçamento analítico é o tipo mais 
detalhado e preciso que existe para prever o custo de um empreendimento. Ele é 
realizado através de composições de custos e pesquisa de mercado, dos preços dos 
insumos com o intuito de aproxima-se do valor real. Nele é composto custos unitários 
por uma relação extensa dos serviços ou atividades a serem executados na obra. 
Este tipo de orçamento que utiliza a metodologia aplicada que considera todos 
os recursos e variáveis, pois os levantamentos são detalhados em todas as etapas, 
baseados na composição de custos unitários. Apresentando desta maneira à 
confiabilidade do preço apresentado. O projeto é subdividido em atividades aonde é 
feito a decomposição detalhada de cada uma delas, conforme descreve MATTOS, 
(2006, p.41). 
De acordo com MIOTTO, CROVADOR, MIOTTO (2014, p. 39), o objetivo 
principal do orçamento analítico é servir de base para a área de orçamentação, 
auxiliando na verificação de critérios de aceitabilidade de preços. Por tanto, para 
realizar o orçamento analítico é essencial que o orçamentista conheça os serviços 
necessários para a execução da obra, tais como: leitura do projeto, memorial 
descritivo, e especificações técnicas e caderno de encargos. 
Somente levantar com precisão os quantitativos desses serviços; calcular o 
custo unitário dos serviços; calcular o custo direto da obra; estimar os custos indiretos 
e o lucro da construtora. Afirma MATTOS, 2006, (p. 44) “Além do custo dos serviços, 
 
 
30 
são computados também os custos de manutenção do canteiro de obras, equipes 
técnica, administrativa e de suporte da obra, taxas e emolumentos, chegando a um 
valor orçado preciso e coerente”. 
 
 
2.6 COMPOSIÇAO DOS CUSTOS 
 
Segundo DIAS (2011, p. 10) a composição de custos é a área da engenharia 
onde princípios, normas, critérios e experiência são utilizados para resolução de 
problemas de estimativa de custos, avaliação econômica, de planejamento e de 
gerência e controle de empreendimentos. A composição de custo deve ser utilizada 
em etapas iniciais dos estudos de um empreendimento, na viabilidade econômica do 
projeto básico, quando as informações ainda não são completas para a elaboração 
do orçamento detalhado. 
De acordo com MATTOS, (2006, p. 30), a composição de custos é o 
procedimento que estipula os custos dos serviços ou atividades, representados por 
insumos e condições pré-estabelecidas. Aonde são listados todos os insumos 
necessários para a execução de um serviço e suas quantidades, seja de materiais, 
equipamentos ou mão-de-obra, traz também sua unidade de mediada, o índice de 
incidência do insumo sobre o serviço, seu custo unitário e total. 
Conforme afirma DIAS, (2011, p. 10) a respeito da composição de custos: 
 
A engenharia de custos não termina com a previsão de custos de 
investimentos, prossegue, necessariamente na fase de construção, com o 
mesmo rigor, através do planejamento, controle, acompanhamento de custos 
e definição dos custos de manutenção das mesmas. Serve ainda para a 
montagem de bancos de dados com as composições analíticas de custo dos 
serviços de interesse da empresa, com base nos resultados obtidos nas 
obras que vão sendo executadas, uma vez que isto virá consolidar o trabalho 
de estimativas de custo de futuras obras. DIAS, (2011, p. 10). 
 
 
Neste contexto MATTOS (2006, p. 30) descreve: “o custo total de uma obra é 
fruto orçado para cada um dos serviços integrantes da obra”. Os custos são os 
primeiros dados a serem orçados. O custo é definido como um desprendimento de 
recursos utilizados para a confecção de outro bem, enquanto que as despesas é o 
gasto necessário para que haja receita. 
 
 
31 
Segundo afirma TISAKA, (2006, p. 44): para o cálculo dos custos unitários é 
necessário conhecer a quantidade de material a ser utilizado, a quantidade de horas 
da mão de obra, e horas de equipamento a ser utilizado, por unidade desses serviços. 
Portanto, custo é o valor da soma dos insumos da obra tais como: mão de obra, 
materiais, e equipamento e outros bens ou serviços. 
De acordo TAVES, (2014, p.15) a composição de custos também visa a 
viabilidade econômica e o pré-investimento, que podem gerir políticas que determinam 
a visibilidade de projetos individuais. Quanto aos gastos constitui-se relativamente ao 
bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. A composição de 
custos visa orientar o empreiteiro sobre o valor futuro da obra. Os custos são 
classificados em dois tipos, custos diretos e custos indiretos. 
Ainda de acordo com TISAKA, (2006, p. 44), geralmente, as empresas usam a 
TCPO – Tabela de Composição de Preços da PINI, como referência para os cálculos 
dos custos unitários. Nesta tabela são encontrados os parâmetros de quantitativos e 
horas necessárias para as composições dos principais serviços utilizados na 
construção civil e predial. A TCPO apresenta valores próximos da realidade, más, 
nada impede que as empresas criem seus próprio métodos de composição de custos. 
 
 
2.6.1 Custos diretos 
 
De acordo como TISAKA (2006, p.37) os custos diretos são todos os custos 
diretamente envolvidos na produção da obra, como os insumos constituídos por 
materiais, mão-de-obra e equipamentos auxiliares, mais toda a infraestrutura de apoio 
necessária para a sua execução no ambiente da construção. Os custos diretos devem 
ser identificados, caracterizados, quantificados e especificados de forma técnica. Na 
tabela abaixo mostra um exemplo de custos diretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 Quadro 3: Exemplo de custos diretos 
 
 Fonte: Silva, (2009, p.21) 
 
 
De acordo com o PAIVA, os custos diretos são subdivididos em custos fixos e 
custos fixos e custos variáveis. 
Custos fixos: são os custos incidentes sobre a permanência dos 
equipamentos na obra, isto independentemente do número de horas 
trabalhadas. Podemos citar como: remuneração do capital, depreciação, 
licenciamento, seguros, salários, encargos e benefícios dos operadores e 
motoristas, alimentação, transporte e alojamento dos mesmos, assim como 
todas as despesas admissionais, demissionais, medicina, segurança e 
uniforme. 
Custos variáveis: são os custos que incidem sobre os equipamentos e são 
dependentes das horas trabalhadas, tais como: combustíveis, manutenção 
preditiva, preventiva e corretiva, material rodante, pneus, material de 
desgastes, filtros e lubrificantes, peças de reposição e mão de obra de 
manutenção. PAIVA, (2018, p. 136) 
 
 
2.6.2 Custos indiretos 
 
Segundo PAIVA (2018, p. 151) os custos indiretos são aqueles necessários à 
execução dos serviços, mas que não devem ser direcionados de forma direta a uma 
única atividade. Geralmente, a apropriação dos custos indireto é realizada através de 
rateio sobre os custos diretos. De uma forma geral estes custos não influem de forma 
proporcional na produção da obra. Dentre os tipos de custos indiretos PAIVA, (2018, 
p. 131) descreve: 
 
 Custo com a administração local: representa todos os custos locais 
que não são diretamente relacionados com os itens da planilha e, 
portanto, não são considerados na composição dos custos diretos. Inclui 
itens como: custo da estrutura organizacional (pessoal técnico, 
 
 
33 
administrativo, apoio e segurança/medicina do trabalho), incluindo folha 
de pagamento, encargos, benefícios, alimentação, transporte, 
alojamento, segurança e saúde ocupacional; móveis e utensílios, 
material de expediente, material de consumo e limpeza; controle 
tecnológico e topografia 
 
 Podemos citar como custos indiretos: canteiro de obra, tapumes, 
transporte, alimentação, equipamentos não lançados na CPU, 
mensalistas, contas de telefone, agua, luz,etc. 
 
 Custo com a administração central: é a parcela que corresponde ao 
custo da Administração Central do Executor a ser rateado para a obra. 
 
 Seguros: são os custos relacionados aos seguros da obra. 
 
 Custos financeiros: são os custos decorrentes do financiamento da 
obra por parte do executor, que ocorre quando os desembolsos mensais 
acumulados forem superiores as receitas acumuladas. 
 
A figura a seguir mostra um exemplo de custos indiretos: 
 
Figura 1: Exemplo de custos indiretos 
 
Fonte: Silva (2009, p. 22) 
 
 
 
34 
2.6.3 Encargos sociais 
 
Segundo define DIAS, (2011, p.57), os encargos sociais são todos os impostos 
incidentes sobre a folha de pagamento de salários. O orçamentista deve ficar atento 
quanto as taxas das leis sociais, que devem ser calculadas em função da forma de 
contratação dos profissionais, o que pode ser atestado através da carteira de trabalho 
do profissional, isto é: mensalista, horistas, encargos sobre horas normais, sobre o 
salário mensal e encargos sobre horas extras. 
De acordo com MATTOS (2006, p. 80) cabe ao construtor, durante a 
orçamentação, atribuir à hora de cada insumo e os custos que representam para a 
empresa. Os encargos sociais são valores referentes a impostos e taxas a serem 
desembolsados, e calculados sobre a mão de obra contratada. Assim como 
obrigações e direitos que devem ser pagos ao trabalhador. A CLT - Consolidação das 
Leis Trabalhistas e convenções coletivas tem garantindo esses direitos ao trabalhador 
ao longo do tempo 
 Ainda segundo descreve MATTOS, (2006, p.80), o custo de um trabalhador 
para o empregador não se difunde apenas com o salário-base, más um valor muito 
superior. Pois, não é a apenas o salário que constitui o ônus do empregador, além de 
diversos impostos e encargos sociais ao qual o funcionário faz jus. Existem ainda 
alterações de regras e alíquotas que são frequentes, percentuais que não incidem 
sobre todos na base de cálculo. Para isto é importante estar atento e atualizado a 
respeito de publicações, tais como revistas técnicas e sindicatos da construção. 
Os encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias 
são, entre outros, previdência social, FGTS, salário educação (PINI, 2008, p. 11). Os 
empregados, de acordo com o seu contrato de trabalho – horista ou mensal, além dos 
encargos básicos, tem direito aos encargos sociais incidentes e reincidentes como 
licença maternidade/paternidade, repouso semanal e feriados, 13º salário, multa por 
rescisão de contrato, indenização adicional e outros (PINI, 2008, p. 11). 
O total de encargos exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias para 
trabalhadores horistas é de 125,58% e para mensal, 75,40% (PINI, 2008, p. 11). Não 
se deve negligenciar as taxas incidentes oriundas de convenções coletivas da 
categoria, que variam de acordo com a região de atuação. São, usualmente, 
estabelecidos por dissídios sindicais: vale-transporte, refeição mínima, cesta básica, 
 
 
35 
seguro de vida, EPIs, entre outros. Esses encargos, relacionados diretamente à mão-
de-obra são classificados como encargos complementares (PINI, 2008, p.11). 
 
Na figura baixo são apresentados exemplos de encargos sociais e trabalhista, 
conforme apresenta PAIVA, (2018, p. 154). 
 
 Figura 2: Encargos sociais 
 
 
Fonte: Paiva (2018, p. 154) 
 
 
36 
Abaixo é apresentado um exemplo de cálculo para o custo dos encargos sociais 
que devem ser incluídos no valor considerado pela mão de obra de um pedreiro. O 
valor horário ou mensal deve ser tratado como salário mais encargos. Para o cálculo 
foi considerado o salário base com o valor de R$ 2000,00. O valor de encargos sociais 
conforme apresentado na figura 4 é de R$ 99,38%. Para o cálculo teremos: 
 
 Figura 3: Fórmula encargos sociais 
 
 Fonte: Paiva (2018, p.154) 
 
 
2.7 CPU - COMPOSIÇÃO DE PREÇO UNITARIO 
 
Segundo PAIVA, (2018, p. 136), a composição de preço unitário e todo o 
planejamento dos custos da obra na orçamentação, são baseados na CPU, que são 
planilhas elaboradas e montadas para desmontar os cálculos dos insumos e custos 
levantados. Leva-se em consideração os índices de produtividade de mão de obra 
para cada serviço, as características dos locais onde serão executados devem ser 
adequadas, tais como as dificuldades especificas de sua execução e atualizando os 
preços dos insumos necessários à sua execução. 
Ainda de acordo com PAIVA (2018, p. 137), a CPU deve ser usada após a 
orçamentação, na execução das obras, através dela verifica-se a aderência dos 
custos e da produção das atividades. Este processo permite uma análise individual 
dos itens de contrato, os serviços irão fornecer os resultados planejados. Se 
apresentarem um rendimento abaixo do esperado, os mesmos devem ser adequados. 
Caso contrário eles podem comprometer o resultado financeiro do empreendimento, 
 
 
37 
assim também os serviços com rendimento maior do que o planejado podem melhorar 
o resultado do projeto. 
Geralmente a composição de custo unitário tem os seguintes componentes: 
Índice ou coeficiente de aplicação de materiais; índice ou coeficiente de produção ou 
mão de obra; aplicação de equipamentos com seu custo horário; preço unitário de 
materiais e mão de obra; taxas de encargos sociais e BDI. Os custos são 
determinados em relação a unidade de serviço, como: m², m³, hectares, pontos 
elétricos, horas de equipamentos e mão de obra, descrito por PAIVA, (2018, p. 138). 
Para o cálculo da CPU podemos utilizar a seguinte formula: 
 
Quadro 4: Fórmula cálculo da CPU 
 
Fonte: montado pelo autor 
 
Na figura abaixo pode-se observar um exemplo de planilha de composição de 
custos unitários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
Tabela 1: Exemplo de composição de preço unitário- CPU 
 
Fonte: Pensar Engenharia (Revista, 2015 V3) 
 
 
2.8 CUB – CUSTO UNITARIO BASICO 
 
Segundo MIRON, (2007, p. 23), o CUB – Custo Unitário Básico na 
orçamentação, é referente a variação mensal dos custos de materiais e mão-de-obra. 
O CUB é usado como referência para definição da evolução dos custos no setor da 
construção civil. No Brasil, o termo CUB surgiu no ano de 1964, em função da Lei 
4.591 (Brasil, 1964), que é conhecida como a Lei das Incorporações Imobiliárias. 
Ainda de acordo com MIRON, (2007, p. 23), a ABNT – Associação Brasileira 
de Normas Técnicas, ficou encarregada de definir tanto os critérios como as normas 
para o cálculo dos custos unitários de construção civil, através do SINDUSCON – 
Sindicato da Indústria da Construção Civil. Servindo de base para avaliar parte dos 
custos de construções de edificações. 
 
 
39 
Conforme MIRON, (2007, p.23), devido algumas deficiências, a ABNT fez 
alterações significativas na norma NBR 140, que regia o custo unitário básico. No ano 
de 1992, substitui-se então a norma 140 pela norma NBR 12.721 (ABNT, 1992) 
Avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições 
para condomínios edilícios. Esta norma apresenta sequência de cálculo para custos 
por área de construção de projetos padrão de edificações habitacionais, comerciais, 
casa popular e galpão industrial. 
No entanto, com o passar dos anos a ABNT foi introduzindo alterações de 
novos lotes básicos para apurações de cálculos padrões comerciais e residenciais. 
Em 2006 foi publicada a nova NBR 12.721 (ABNT, 2006), em atendimento ao artigo 
54 da Lei no 4.591/64. A mesma serve de base para a avaliação de parte dos custos 
de construção das edificações, mantendo os conceitos teóricos anteriores. Más, que 
trazendo profundas alterações em seu conteúdo. O CUB apresenta valores diferentes 
para cada padrão estabelecido de imóvel. 
Segundo MIRON, (2007, p. 24) os custos do CUB são empregados e divididos 
acordo com: tipos de construção (que pode ser habitacional ou comercial); número de 
pavimentos (1,4, 8, 12 ou 16); número de quartos (2 ou 3) e o padrão de acabamento 
(baixo, normal e alto). 
 
 
Figura 4: Terminologia padrão empregada ao CUB 
 
Fonte: MIRON, (2007 p. 24) 
 
 
 
40 
 A seguir, podemos acompanhar a evolução do CUB/m² médio do Brasil, média 
do CUB da região centro oeste e média CUB da região nordeste do ano de 2019. 
 
Tabela 2: Evolução média CUB Brasil e regiões 
 
Fonte: CUB/m² médio Brasil – Evolução (Bando de dados) CBIC 2019 
 
 
De acordo com GOLDMAN, (2004, p. 137) para atender os objetivos do CUB, 
a norma NBR 12.721/2006 é composta por oito quadros que devem ser alimentados 
com informações correspondentes à edificação, no qual servirão de informações para 
arquivo no Registro de Imóveis. São eles: 
 
 Quadro I - Cálculo das áreas nos pavimentos e das áreas globais. 
 Quadro II - Cálculo das áreas das unidades autônomas. 
 Quadro III - Avaliação do custo global da construção e do preço por 
metro quadrado cia construção. 
 Quadro IV - Avaliação do custo de construção de cada unidade 
autônoma. Quadro V - Informações gerais. 
 Quadro VI - Memorial descritivo dos equipamentos. 
 
 
41 
 Quadro VII - Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de 
uso privativo. 
 Quadro VIII - Memorial descritivo dos acabamentos das dependências 
de uso comum. 
 
 
2.9 BDI – BONIFICAÇÃO DE DESPESAS INDIRETAS 
 
De acordo com MATTOS, (2006, p. 237), o BDI – Bonificação de Despesas 
Indiretas, também conhecido como Benefícios de Despesas Indiretas, tem como 
objetivo apresentar os custos e despesas indiretas envolvidos na realização da obra. 
De tal forma, o mesmo deve suprir as despesas eventuais e garantir o lucro. Deve-se 
levar em consideração o percentual, as características e a peculiaridades de cada 
obra, pois sua influência nos custos diretos, será o responsável pela determinação do 
preço total da obra. 
Segundo MULLER, (2016, p.13), além dos custos administrativos e financeiros, 
o BDI compõe fatores de risco que podem variar entre as empresas, ou até mesmo 
entre obras da mesma companhia. Conforme PAIVA (2018, p. 155), as empresas e 
os profissionais da Engenharia Civil no Brasil, em sua maioria, são contratados a 
preços unitários, utilizando a técnica do BDI. Seu uso é constante para a elaboração 
dos orçamentos quantitativos das obras, seja por empresas prestadoras de serviços, 
contratadas, particulares ou por órgãos públicos. A taxa do BDI é diferente de cada 
obra, à soma dos custos diretos é que resultará no seu preço global da obra. 
 
 
2.9.1 Cálculo do BDI 
 
De acordo com PAIVA, (2018, p.155), antes de definir o cálculo do BDI é 
necessário realizar o levantamento dos custos diretos, custos indiretos, despesas 
administrativas e todas as incidências de impostos, taxas e contribuições. Vale 
destacar que as taxas no numerador são relativas aos custos diretos e as taxas no 
denominador é referente ao faturamento ou preço de venda. É importante colocar em 
 
 
42 
tabela os resultados em porcentagem ou em valores decimais, pois facilita a 
elaboração da formula. 
Existe ainda uma fórmula geral para cálculo do BDI que é simplificada, e 
expressa em porcentagem onde é obtida pela expressão a seguir: 
 
% BDI = (Total do Indireto + Lucro) ÷ Total do Custo Direto 
 
 
 Segundo a TCPO 13, (2010) descreve a formula do cálculo do BDI como: 
 
 Figura 5: Fórmula BDI 
 
 Fonte: AVILA, (2003, p. 17) 
 
 
Os principais itens que compõem os custos diretos, indiretos e as despesas de 
uma obra são apresentados na tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 Tabela 3: Principais custos de uma obra 
 
 Fonte: ÁVILLA, LIBRELOTTO, LOPES (2003 p. 17) 
 
 
De acordo com HERRMANN, (2015, p.32), o TCU - Tribunal de Contas da 
União, é o órgão que estabelece as taxas do BDI para cada tipo de obra. De acordo 
com o Acórdão Nº 2622/2013 os valores médios do BDI são taxas que foram fixadas 
por um grupo de trabalho. Aonde estabeleceram parâmetros de mercado analisando 
orçamentos, principalmente de obras públicas, utilizando critérios contábeis e 
estatísticos, e controlando a representatividade das amostras. 
Na tabela a seguir são apresentados alguns exemplos dos componentes do 
BDI: 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 Tabela 4: Componentes do BDI 
 
 Fonte: MENIN, (2007, p. 36) 
 
 
2.9.2 Custo total e lucro 
 
Segundo AVILA, LIBRELOTTO, LOPES (2003, p. 17), a soma de todos os 
custos diretos e custos indiretos resulta no custo total da obra, as parcelas que 
compõem os custos, necessariamente devem ser minuciosamente orçados. O 
orçamentista deve levantar todos os dados possíveis relacionados com o projeto, 
apresentando assim, um orçamento altamente detalhado, ou seja, mais próximo 
possível da realidade. 
O lucro é a previsão para remunerar o custo obtido no empreendimento, na 
atividade econômica. O seu valor nunca pode ser zero. O percentual do lucro pode 
variar entre 5,0 % a 15% do valor da venda, de acordo com tipo da obra. A maioria 
dos construtores adotam uma média de 10,00%. Conforme ÁVILA, (2003, p. 14) 
afirma: “Quando o lucro, as despesas e os custos são englobados em um único fator, 
ocorre o que se denomina de mark-up - µ”. 
Segundo AVILA, LIBRELOTTO, LOPES (2003, p. 17), para o cálculo do lucro 
é usado à seguinte fórmula: 
 
 
 
45 
Quadro 5: Cálculo do Lucro 
 
 Fonte: AVILA, LIBRELOTTO, LOPES (2003, p.17) 
 
Segundo AVILA, LIBRELOTTO, LOPES, (2003, p. 16), conforme apresentado 
na formula acima, observa-se que o lucro passou a ser em função do preço e dos 
custos incorridos. Nesta situação é possível que a empresa garanta a margem de 
lucro estabelecida. No entanto, esta equação foi reajustada, pois devido a busca por 
melhorias e implementações no setor da engenharia civil, como programas e 
softwares. A busca das empresas não é apenas por controle, más, por um 
gerenciamento de custos. 
De acordo com AVILA, LIBRELOTTO, LOPES, (2003, p. 17) a nova fórmula é 
expressa da seguinte forma: 
 
CUSTO = ʄ (Preço – Margem de Lucro) 
 
 
De acordo com PAIVA, (2018, p. 158) o lucro previsto para um empreendimento 
é livremente estabelecido pelo construtor ou empreendedor, aonde são levados em 
consideração alguns parâmetros importantes, como: 
 
 • Risco da obra. 
• Idoneidade do cliente. 
• Saúde financeira do contratante. 
 • Capacidade operacional e contratada da empresa 
 
 
 
46 
2.9.3 Preço de venda 
 
De acordo com AVILA, LIBRELOTTO, LOPES, (2003, p.17), o preço de venda 
é o valor final do orçamento, ou seja, é o valor total ofertado pelo contrato. Ele engloba 
todos os custos, o lucro e os impostos. Com ele a construtora propõe o negócio ao 
contratante. E o valor da venda pode ser calculado usando a taxa de BDI sobre os 
custos diretos totais da obra. Como também somando o valor dos custos diretos totais 
com o valor do BDI incidente sobre eles 
Abaixo é expressado na seguinte fórmula: 
 
 Quadro 6: Calculo preço de venda 
 
 Fonte: AVILA, LIBRELOTTO, LOPES (2003,p. 17) 
 
 
2.9.4 Perdas 
 
Segundo MATTOS, (2006, p. 60), as perdas na orçamentação devem ser 
levadas em consideração, pois elas inevitavelmente acontecem, principalmente de 
materiais, o que gera um montante de desperdicio e prejuizo. No entanto, as perdas 
podem ser compatidas e controladas, de forma que o reaproveitamento destes 
materiais possa ser utilizados. Gerando assim, uma maneira de economizar insumos. 
 Segundo OLIVEIRA, (2017, p.26), afirma que alguns fatores podem provocar 
as perdas de materiais, como por exemplo problemas relacionados com a carga e 
descarga mal realizadas. assi, como o armazenamento, manuseio e transporte dos 
materiais feitos de forma impropria ou até mesmo furtom de materiais. Para as perdas 
algumas porcentagens usuais devem ser acrescidas na quantidade total do 
orçamento. Conforme mostra a tabela abaixo. 
 
 
 
 
 
47Tabela 5: Perdas de materiais 
 
Fonte: OLIVEIRA, (2017, p. 26) 
 
 
 
2.9.5 Visita Técnica 
 
De acordo com DIAS, (2011. p. 29), é muito importante que o orçamentista 
realize a visita técnica no local de execução da obra, para se ter um conhecimento 
pleno das dificuldades de logisticas que serão encontradas. O orçamento não pode 
ser concebido sem a visita técnica, e ao relaizar a visita minuciona no local da obra, o 
orçamentista deverá elaborar um relatório para cada tipo de serviço a ser vistoriado. 
Segundo MATTOS, (2006, p. 30), a visita técnica serve também para o 
orçamentistar tirar as duvidas de dados importantes para o orçamento. Bem como, 
titar fotos, avaliar o estado das vias de acesso, avaliar a região e vizinha da obra. 
Outro ponto importante da visita técnica é procurar conersar com algum construtor 
que esteja realizando obras perto, se possivel que seja do mesmo cliente da empresa. 
Conforme DIAS, (2011, p. 29), os formularios evitam que o osprofissionais 
tenham preocupações diferentes na hora de registrar o que viram no local da visita. 
As empresas podem ter formulários para obras urbanas, rurais, de edificação, de 
terraplenagem, etc. O relatorio da visita técnica deverá responder alguns quesitos, 
como: 
 
 Materiais – local, volume e condições de uso; 
 
 
48 
 Condições de acesso ao local de serviço; 
 Mao de obra - especializada ou não; 
 Instalação do canteiro de obras; 
 Fornecimento de energia, agua, rede de esgosto; 
 Levantamento em locais próximos – preços, disponibilidade para 
emprego; 
 
 
2.9.6 Fechamento do orçamento 
 
De acordo com MATTOS, (2010, p. 362), o fechamneto do orçamento ou 
término do orçamento, é a soma total dos custos previstos para o projeto. Ou seja, é 
o custo total orçando de quanto o projeto custaria se tudo ocorresse como o planejado. 
Ainda segundo MATTOS, (2006, p. 32), o fechamneto do orçamento é baseado nas 
condições intrínsecas e extrínsecas da obra. É o construtor que definirá o lucro que o 
mesmo deseja obter no final da obra. Levando em consideração fatores como: 
concorrencia, risco do empreendimento, necessidade de conquistar a obra e etc. 
Segundo SANTOS, SILVA e OLIVEIRA, (2012, p. 8), o fechamneto do 
orçamento pode ser demosntrado através de planilhas, formalizando e 
discriminalizando cada item da obra. Assim, como o preço unitário e o preço total de 
materiais, mão de obra, custos diretos e indiretos, preço de venda e BDI. 
 
 
 
 
 
49 
3 O USO DE PLANILHAS E TABELAS NO ORÇAMENTO 
 
3.1 IMPORTANCIA DA PLANILHA ORÇAMENTARIA 
 
De acordo com VIEIRA, (2013, p.8), com o avanço da tecnologia, o novo 
mercado da construção civil vem enfrentando exigências dentro do setor, o que tornou 
comum terceirizar serviços. No entanto, o orçamento tem um alto índice de contrato 
nas empresas, pois em sua elaboração, demanda-se muito tempo. Para elaborar um 
orçamento, o uso das planilhas e tabelas é muito utilizada pelas empresas e 
orçamentistas. Cada empresa pode personalizar suas tabelas e planilhas, de acordo 
com suas necessidades. 
Todavia, existem alguns modelos prontos de planilhas e tabelas que servem de 
referências na construção e elaboração dos orçamentos, facilitando os cálculos 
orçamentários. Conforme afirma SCOTTI, (2014, p. 32), alguns existem também 
softwares desenvolvidos especialmente para a construção dos orçamentos, como por 
exemplo: 
 Siege: Software criado pela empresa Softplan que no processo de 
elaboração do orçamento se torna muito mais rápido e prático do que 
utilizando apenas o Excel; 
 MS Project: É possível colocar os dados de durações, equipes, 
precedência, entre outros, e obter os resultados finais; 
 Excel: usado na construção de tabelas e planilhas; 
 SAP: Um dos sistemas mais requisitados pelas grandes empresas por 
causa de suas características completas abrangendo todas as áreas da 
organização; 
 EngWhere Magma: Sistema para o engenheiro, arquiteto tecnólogo e 
construtoras na gestão de obras; 
 WK Sistemas – Radar Orçamento: Sistema para elaboração de 
orçamentos de contas do plano de contas contábil/gerencial; 
 Apollo: Sistema para elaboração de orçamentos na área de Engenharia 
Civil; 
 ORSE: Sistema para elaboração de orçamento disponibilizado 
gratuitamente; 
 
 
50 
 Hime System: Sistema que controla a empresa por inteiro incluindo os 
orçamentos; 
 Auto CAD: Sistemas para elaboração de desenhos técnicos e partes 
dos quantitativos de uma obra podem ser obtidos diretamente nos 
desenhos de projetos; 
 
Segundo orientações do TCU, (2014, p.11), o uso da planilha orçamentaria é 
uma importante ferramenta de controle do orçamento. É usada para compatibilizar 
entre a execução da obra e as etapas do orçamento, evitando ocorrências ilegais, 
como de pagamentos. Serve de referência para o físico e financeiro da empresa, para 
a medição dos serviços, para o cálculo de reajustes ou alterações de escopo. 
De acordo com ROCHA, (2010, p.38), as planilhas orçamentarias são 
documentos, aonde registra-se todos os cálculos e descriminação de todos os 
serviços que serão executados na obra. Elas podem apresentar diversos modelos, 
dependendo do tipo da obra ou dimensão, são registrados nas planilhas a quantidade 
de cada serviços, os custos e os preços. Geralmente, são expostos todas as 
características da obra, quantificado os custos e previsões para o final da obra ocorrer 
em segurança. 
 
 
3.2 TCPO – TABELA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇOS PARA 
ORÇAMENTAÇÃO 
 
Segundo TCPO, (2010, p.11), a Tabela de Composição de Preço para 
Orçamentação criada pela editora PINI, onde norteia o orçamento de construção, 
planejamento e controle de obras. Conforme afirma TISAKA, (2006, p. 44), na TCPO 
são encontrados parâmetros que expressam os quantitativos e taxas horarias de mão 
de obra e equipamento. 
A mesma apresenta uma ideia muito próxima da realidade, no entanto, 
empresas tradicionais e bem estruturadas, avaliam através de constantes de 
apropriação analítica de custos de obra. Com o intuito de ter uma maior segurança 
em suas políticas de preços. Todo ano a editora PINI atualiza a TCPO através de 
 
 
51 
pesquisas realizadas em obras selecionas, para a atualização da tabela de 
composição de custos na engenharia de custos, segundo TCPO, (2010, p.7). 
Segundo JUNIOR e PORTO, (2017, p.35), a editora PINI existe a mais de 60 
anos, na TCPO encontram-se mais de 8.500 tipos de composições de serviços, custo 
e outras informações que podem ser utilizadas por profissionais da construção. Nos 
índices da TCPO da editora PINI, pode-se encontrar: os custos e índices unitários 
para edificações, índices de custos para construção industrializada e índices de custos 
de obras e infraestrutura. 
De acordo com MATTOS, (2006, p. 65), a tabela orçamentaria deve ser 
composta com dados coletados e alimentada com as demais informações, tais como: 
Insumos: são cada item de insumos dos materiais, mão de obra e 
equipamento que entram na execução direta dos serviços; 
Unidade: é a unidade de medida do insumo, e quando se trata de material 
pode ser Kg, M³, M², M e outros. Para a mão de obra a unidade sempre é 
hora; 
Índice: é a incidência de cada insumo na execução de uma unidade de 
serviço; 
Custo unitários: é o custo da aquisição ou emprego de uma unidade de 
insumo; 
Custo total: é o custo total na composição dos custos unitários, que é obtido 
pela multiplicação do índice pelo custo unitário. A somatória é o custo total 
unitário do serviço; 
MATTOS, (2006, p. 65) 
 
Conforme afirma MATTOS (2006, p. 66), para a composição dos custo 
unitários, as planilhas e tabelas devem facilitar o entendimento do orçamentista 
quanto os seguintes critérios: interpretar a composição, calcular a quantidade e custo 
de cada insumo. Na figura baixo pode-se observar um modelo de como de uma 
planilha orçamentaria. 
 
Tabela 6: Exemplo de planilha orçamentaria 
 
Fonte:

Outros materiais