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Classificação e Conceitos de Receitas Públicas

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Receitas Públicas
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RECEITAS PÚBLICAS
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Amplo: todo e qualquer tipo de ingresso/entrada de recursos nos cofres do 
Estado;
Estrito: disponibilidade e os valores que entram e de fato pertencem ao 
Estado.
�Oss:� existem algumas receitas que não representam algo que se incorpora ao 
patrimônio. Exs: caução depositado para a entrada de imóveis, que não 
pertence ao Estado, são receitas extraorçamentárias. 
Conceitos:
Receita pública em sentido mais abrangente ou ingresso público: são todas 
as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título em certo período 
de tempo que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se 
incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. 
Exemplos: receitas tributárias (impostos, taxas, contribuições de melhoria), 
operações de crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções 
(ingressos temporários) etc.
A receita orçamentária: é definida como o ingresso de recursos financeiros 
durante determinado exercício orçamentário, sendo um novo elemento para o 
patrimônio público. Ou seja, é um dinheiro que pertence ao Estado, chamado de 
“disponibilidades”.
Atenção!
Nem toda receita chamada orçamentária está necessariamente no orçamento. 
Só é considerada uma receita orçamentária se for recurso que pertence ao 
Estado, mesmo que não esteja prevista. 
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Atenção!
Toda receita que está no orçamento é orçamentária.
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA
As naturezas de receitas orçamentárias buscam representar o fato gerador 
que ocasionou o ingresso dos recursos nos cofres públicos.
Deverá conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações.
São divididas em cinco níveis, dentre elas estão: a categoria econômica, origem, 
espécie, desdobramento para a identificação de peculiaridades e o tipo. 
1º nível – Categoria econômica da receita: esse nível da classificação por 
natureza obedece ao critério econômico.
É utilizado para representar o impacto das decisões do Governo na economia 
nacional (custeio, investimentos etc.). É codificada e subdividida principalmente 
da seguinte forma:
1. Receitas Correntes: normalmente aumentam o patrimônio líquido;
2. Receitas de Capital: normalmente não alteram o patrimônio líquido.
Patrimônio líquido: é a diferença ativo – passivo.
Exemplos: 
• Se for uma receita de impostos, ocorrerá a entrada do dinheiro e de imediato 
não terá saída, pois o Estado aplica esses recursos como bem entende 
posteriormente, e não no ingresso da receita.
• Em contrapartida, se um indivíduo adquire um imóvel do Estado, entra um 
recurso financeiro (dinheiro), mas sai um bem patrimonial (imóvel) – ou 
seja, é uma receita de capital, chamada alienação de bens.
Receitas Correntes
Classificam-se nessa categoria aquelas receitas que nascem do poder impo-
sitivo do Estado – Impostos, Taxas, Contribuições de Melhoria e demais Contri-
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buições; da exploração de seu patrimônio – Patrimonial; da exploração de ativi-
dades econômicas – Agropecuária, Industrial e de Serviços; as provenientes de 
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, 
quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes – 
Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens 
anteriores – Outras Receitas Correntes.
O pulo do gato
Há 8 origens dentro da chamada categoria Receita Corrente, são elas: 
1) Imposto, taxa, contribuição de melhoria;
2) Contribuição;
3) Patrimonial;
4) Agropecuária;
5) Industrial;
6) Serviços;
7) Transferências correntes;
8) Outras receitas correntes.
Receitas de Capital 
São provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de cons-
tituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos 
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender 
despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o Superávit do Orça-
mento Corrente.
Em geral, essas receitas são representadas por fatos contábeis que nada 
acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patri-
moniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos finan-
ceiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca de 
recursos financeiros).
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Exemplo: alienação de bens. Imagine que o Estado venda um prédio, por 
isso haverá uma entrada de recursos financeiros (dinheiro), mas haverá uma 
saída de um bem do patrimônio público.
No caso das receitas de capital, distinguem-se:
• as provenientes de operação de crédito;
• da alienação de bens;
• da amortização dos empréstimos;
• das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou 
ainda, de outros ingressos de capital.
O pulo do gato
Amortização de empréstimo e amortização de dívida não são a mesma coisa. 
Pois amortizar empréstimo é quando o Estado está receOendo de alguém e 
tem a ver com receita pública. Amortizar dívida tem a ver com uma despesa, 
quando é o Estado pagando para alguém. 
2º nível – Origem:
É a divisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a 
origem das receitas, no momento em que estas ingressam no patrimônio público.
Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador 
dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras).
No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as 
receitas são:
• Compulsórias (Impostos, Taxas, Contribuições de melhoria e demais con-
tribuições);
• Provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produ-
ção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços);
• Da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais);
• Se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas 
correntes, ou ainda, de outros ingressos.
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Origens de Receita
Receitas Correntes Receitas de Capital
Receita Impostos, Taxas e Contribuições de 
Melhoria;
Receita Contribuição;
Receita Patrimonial;
Receita Agropecuária;
Receita Industrial;
Receita Serviços;
Transferências correntes;
Outras receitas correntes.
Operações de Crédito
Alienação de bens
Amortização de Empréstimos
Transferências de Capital
Outras Receitas de Capital
Receita de Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria:
Para custear suas atividades, o Estado deve lançar mão de alguns recursos. 
Uma das fontes é o atributo, o qual é definido pelo art. 3º do Código Tributário 
Nacional – CTN:
Arts 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
O art. 5º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e 
contribuições de melhorias (valorização do setor imobiliário):
Imposto: conforme art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, 
relativa ao contribuinte”.
Normalmente os impostos estão associados à capacidade econômica do 
contribuinte.
• Taxa: de acordo com o art 77, “as taxas cobradas pela União, pelos Esta-dos, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respec-
tivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e 
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”.
As taxas não podem ter a mesma base de cálculo própria de impostos.
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• Contribuição de Melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de melhoria 
cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municí-
pios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face 
ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo 
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo 
de valor que da obra resultar para ada imóvel beneficiado”.
Receitas de Contribuição
É o ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como ins-
trumento de intervenção nas respectivas áreas.
• Contribuições Sociais: destinadas ao custeio da seguridade social, que 
compreende a previdência social, a saúde e a assistência social.
O pulo do gato
Lembre-se de SAP
SAÚDE
ASSISTÊNCIA SOCIAL
PREVIDÊNCIA SOCIAL
• Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico: derivam da contra-
prestação à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo ou 
coletividade.
• Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas: 
destinadas ao fornecimento de recursos aos órgão representativos de cate-
gorias profissionais legalmente regulamentadas ou a órgãos de defesa de 
interesse dos empregadores ou empregados.
Exemplo: aquelas destinadas ao custeio de organizações como OAB, CRM...
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Receita Patrimonial
É o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo per-
manente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros 
rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes.
Direto do concurso
(CESPE/ANTT/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2013) Considere que um posto 
de fiscalização de controle da ANTT, localizado às margens de uma rodovia, 
após uma pequena reestruturação organizacional, tenha sido desativado, e 
a área de ocupação haja sido submetida a licitação pública pela ANTT para 
exploração comercial privada. Nesse caso, a receita proveniente do aluguel 
seria classificada como receita de capital, pois remunera o investimento da 
ANTT no imóvel.
Comentário
Trata-se de aluguel ativo permanente do Estado. Constitui uma Receita 
Patrimonial, logo não é Receita de Capital, e, sim, Receita Corrente. 
Receita Agropecuária: é o ingresso da atividade ou da exploração agrope-
cuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificação as receitas 
advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, 
recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades 
de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações 
existentes nos próprios estabelecimentos;
Receita Industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de extra-
ção mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das ativida-
des industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística – IBGE.
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Receita de Serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de 
transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fisca-
lização, processamento de dados, vendas e mercadorias e produtos inerentes à 
atividade da entidade e outros serviços.
Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou enti-
dades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao 
ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas 
ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja o uso com despe-
sas correntes. 
GABARIT�
1. E
���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor José Wesley.

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