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Prova Direito Publico

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PARTE I: Revisão e Questões Dissertativas Valor: 10 pontos
1 – Indique quais são as ondas renovatórias do processo. Em seguida, explique em que consistiu cada uma delas e qual é a sua importância para a garantia do acesso à justiça. 
Resposta...
Mauro Cappelletti e Bryant Garth, em sua memorável obra “Acesso à justiça”, dividiram em três ondas os principais movimentos renovatórios do acesso à justiça. A Primeira Onda Renovatória, diz respeito à assistência judiciária aos pobres e está relacionada ao obstáculo econômico do acesso à justiça. No Brasil, a Primeira Onda Renovatória do acesso à justiça alcançou uma consistência jurídica com a entrada em vigor da Lei 1.060, de 5 (cinco) de fevereiro de 1950e, mais de quarenta anos após, com a instituição da Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios, por meio da Lei Complementar 80, de 12 de janeiro de 1994. Hoje, com a Constituição Federal de 1988, a assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos está inserida no catálogo dos direitos e garantias fundamentais, mais precisamente no inciso LXXIV do artigo 5.º. [A Defensoria Pública foi consagrada no artigo 134 da Constituição como “instituição essencial à função jurisdicional do Estado” e, por ser uma garantia institucional, não pode ser suprimida do ordenamento jurídico]. Como é cediça, a primeira onda de reforma do processo civil não foi suficiente para resolver todos os problemas de acesso à justiça. Tampouco a instituição dos Juizados Especiais – os quais fazem parte da terceira onda do acesso à justiça, inicialmente pela Lei 7.244, de 7 de novembro de 1984, e, mais recentemente, por meio das Leis 9.099, de 26 de setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de 2001, em que se chegou a permitir o acesso à tutela jurisdicional em primeiro grau sem a exigência de participação de advogado, conseguiu solucionar o referido problema. Isso porque o maior obstáculo de acesso à justiça não é meramente econômico, e sim psicológico e cultural.
· A Segunda Onda Renovatória refere-se à representação dos interesses difusos em juízo e visa contornar o obstáculo organizacional do acesso à justiça. A Segunda Onda Renovatória é de substancial relevância, isto porque põe em xeque a representação dos interesses difusos e de grupos, visto que a primeira só se voltava à assistência conferida aos menos abastados. Mauro Cappelletti e Bryan Garth vão aduzir que. “Centrando seu foco de preocupação especificamente nos interesses difusos, esta segunda onda de reformas forçou a reflexão sobre noções tradicionais muito básicas do Processo Civil e sobre o papel dos tribunais. Sem dúvida, uma verdadeira “revolução” está se devolvendo do processo civil”. (CAPPELETTI, GARTH, 1988 p. 18). 
· A Terceira Onda Renovatória, denominada de “o enfoque do acesso à justiça”, detém a concepção mais ampla de acesso à justiça e tem como escopo instituir técnicas processuais adequadas e melhor preparar estudantes e aplicadores do direito. A terceira onda renovatória do acesso à justiça, por sua vez, é ampla e leva em consideração, dentre outros, o papel do magistrado na condução do processo, com o objetivo de incentivar a sua atuação ativa e direcionada a contornar os obstáculos burocráticos e formalísticos que impedem seja a sua prestação jurisdicional efetiva. A terceira onda propugna que os magistrados abandonem o tradicional papel de mero expectador para serem criativos e inovadores na condução do processo. Nesse sentido, deve o magistrado, por meio da ação civil pública e das técnicas processuais colocadas à sua disposição, fazer valer o seu poder geral de efetivação, buscando os meios idôneos para prestar a tutela adequada, tempestiva e efetiva aos direitos transindividuais, de modo a observar atentamente o cumprimento do disposto no artigo 14 do Código de Processo Civilbrasileiro.
2 – Indique quais são as razões que justificam a criação do processo coletivo. Em seguida, explique o que são direitos de titularidade indeterminada, direitos economicamente desinteressantes no plano individual e demandas repetitivas.
Resposta...
Embasado nas ondas renovatórias, o principal motivo da criação do processo coletivo pode ser definido como aquele processo que não olha somente o interesse individual, porém, aquele que aborda a coletividade, investigando as causas do meio ambiente, direitos de uma massa da população, tutelando bens, valores de um interesse coletivo. Freddie Didier também descreve o processo coletivo com aquele instaurado por um em face de um legitimado autônomo, em que se postula um direito coletivo lato sensu ou se afirma a existência de uma situação jurídica coletiva passiva, com o fito de obter um provimento jurisdicional que se atingirá uma coletividade, um grupo ou um determinado número de pessoas.
As razões que inspiraram a tutela jurisdicional dos direitos coletivos são divididas em três situações: Direitos de titularidade indeterminada; Direitos economicamente desinteressantes no plano individual e a Tutela coletiva do ponto de vista da facilidade ou demandas repetitivas.
· Direitos de titularidade indeterminada: Os interesses difusos têm como suas titulares pessoas indeterminadas e indetermináveis. Abrangem uma população não sendo possível determinar o indivíduo, isto é, se houver uma população com intuito de analisar beneficio para a população de uma cidade, o individuo que reside nela será beneficiado por esta ação;
· Direitos economicamente desinteressantes no plano individual: É aquele que, não gera dano á um indivíduo, porém, atinge a coletividade, como por exemplo, uma empresa de telefonia que acrescenta R$ 0,01 centavo na conta de todos os seus clientes, isso geraria uma receita de milhões para empresa infratora. Fica evidenciado que ninguém por R$0,01 centavo entrará com a demanda, mas o prejuízo para a coletividade é enorme. Assim sendo, seria através do processo coletivo que se deve tutelar esses direitos que no plano individual seria desinteressante economicamente propor a ação;
· Tutela coletiva do ponto de vista da facilidade ou demandas repetitivas: Demandas Repetitivas são processos nos quais a mesma questão de direito se reproduz de modo que a sua solução pelos Tribunais Superiores ou pelos próprios Tribunais locais pode ser replicada para todos de modo a garantir que essas causas tenham a mesma solução, ganhando-se, assim, celeridade, isonomia e segurança jurídica no tratamento de questões com grande repercussão social. Por meio da formação de precedentes judiciais obrigatórios, os Tribunais fixam o entendimento acerca de determinada matéria jurídica reduzindo significativamente a quantidade de recursos que chegam às instâncias superiores. As decisões proferidas segundo a técnica de geração de precedentes em demandas repetitivas são de observância obrigatória pelos Tribunais e juízos inferiores de acordo com o artigo 927 do Código de Processo Civil de 2015.
3 – Explique as principais diferenças entre o princípio da indisponibilidade mitigada da ação coletiva e da indisponibilidade da execução coletiva em relação ao Ministério Público.
Resposta... 
· Princípio da indisponibilidade mitigada da ação coletiva, este princípio encontra previsão legal no artigo 5°, §3°, da lei 7.347/85 e no artigo 9°, da lei 4.717/65. Segundo ele, em caso de desistência infundada ou abandono de ação coletiva por sindicato ou associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. Tal preceito justifica-se pela característica indisponibilidade do interesse público que permeia as ações coletivas.Isto porque o objeto da ação coletiva é irrenunciável, uma vez que o objeto do processo não pertence ao autor e sim à coletividade (PEDERIVA; FERREIRA, 2018). Nesse sentido, o autor motivadamente, desde que o pedido seja razoável, poderá a parte autora requerer desistência em caso de falência, neste caso o juiz poderá conceder a homologação. Ao passo que, a desistência imotivada gera efeitosde sucessão processual quanto aos demais autores da ação coletiva. Nesta fase não há o trânsito em julgado da sentença e, vale ressaltar que o direito debatido na ação coletiva não é um direito pertencente a quem ajuíza a ação. Sendo assim, quando o autor renunciar a ação coletiva, o processo continuará para os demais, não havendo extinção do processo, mas a mera sucessão processual.
· Indisponibilidade da execução coletiva em relação ao Ministério Público, LACP Art. 15 - Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados. LAP Art. 16, Caso decorridos 60 (sessenta) dias de publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução, o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave. Havendo condenação é obrigatória a execução da sentença caso não haja cumprimento voluntário. O art. 15, da Lei de Ação Civil Pública diz que se em 60 dias o autor não executar a sentença, qualquer legitimado poderá fazê-lo, ou, subsidiariamente, o próprio MP.
As principais diferenças entre Princípio da indisponibilidade mitigada da ação coletiva é que não é absoluta a indisponibilidade da demanda coletiva, conjugando-se a obrigatoriedade com um juízo de conveniência e oportunidade para o ajuizamento da ação, ainda que o autor coletivo seja o Ministério Público, que deve avaliar o que melhor atende ao interesse público e a Indisponibilidade da execução coletiva em relação ao Ministério Público, fazer juízo de conveniência e oportunidade para concluir se deve assumir a autoria da demanda ou mesmo dela desistir, pois é possível que a mesma se mostre improcedente.
4 – Explique as diferenças entre os princípios: (a) do máximo benefício da tutela coletiva; (b) da máxima eficácia da tutela coletiva; (c) da máxima amplitude da tutela coletiva. 
Resposta...
As diferenças entre os Princípios são: do máximo benefício da tutela coletiva, Por esse Princípio, entende-se que a coisa julgada coletiva só́ beneficia os indivíduos; NUNCA os prejudica. A decisão coletiva contraria não vincula o individuo que poderá́ ajuizar sua própria ação individual posteriormente.
Fala-se, assim, no transporte in utilibus da coisa julgada coletiva. Nas ações coletivas, mesmo que negado o direito, o particular pode propor ação individual.
Direito Coletivo – Princípio do Máximo Benefício da Tutela Jurisdicional Coletiva
De acordo com o artigo 103, do CDC:
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
I – erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81; (direitos difusos).
II – ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; (direitos coletivos).
III – erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81. (individuais homogêneos).
1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.
2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual.
3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99. 
Direito Coletivo – Princípio do Máximo Benefício da Tutela Jurisdicional Coletiva
Obs.: Há algumas exceções ao transporte in utilibus da coisa julgada coletiva, tais como a prevista no art. 94 do CDC (que traz hipótese em que o individuo é abarcado pela coisa coletiva: quando se habilita como litisconsorte no processo).
Principioda máxima eficácia da tutela coletiva, pelo princípio da máxima efetividade do processo coletivo ou do ativismo judicial, ocorre um aumento dos poderes do órgão jurisdicional no processo coletivo, com fundamento no interesse público que envolve a lide. O juiz age de acordo com o que determina a Constituição, de forma a concretizar de fato as expectativas da coletividade, por vezes indo além do mero impulso oficial que lhe é peculiar. São expressões deste princípio a atuação do juiz no controle das políticas públicas, os poderes de flexibilização procedimental e o aumento dos poderes instrutório do juiz.
Principio da máxima amplitude da tutela coletiva,todos os tipos de ações são possíveis na defesa dos interesses coletivos. O objetivo é garantir a efetividade também nos processos que tratem dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos.
5 – O que é controle da adequada representação coletiva? Quais as diferenças entre um sistema de controle da representação coletiva opejudicis e ope legis. 
Resposta...
Controle da adequada representação coletiva, é assegurar o direito de acesso à justiça seja verdadeiro pressuposto do Estado Democrático de Direito, razões que se trata de garantia essencial para se assegurar os demais direitos fundamentais. Na sociedade moderna, caracterizada pelos conflitos de massa e expansão das violações de direitos transindividuais, evidenciou-se a necessidade de uma tutela diferenciada daquela tradicional atribuída aos direitos individuais.
Sistema de controle da representação coletiva opejudicis: O sistema opejudicis, reconhece ao juiz o dever poder de verificar a adequada representação, sendo que nestes casos o controle será indeterminado, em decisão fundamentada, segundo critérios não taxativos indicados em lei. Este modelo tem sido utilizadonoBrasil para o controle da adequada representação do MP nos casos em que se versa sobre direitos individuais homogêneos, quando se exige para a legitimação a presença do “relevante interesse público social”. Já O Sistema ope legis, preponderante no Brasil, exige que a adequação seja previamente determinada em lei, sendo que somente o legislador pode prever requisitos para a legitimação. A vantagem deste sistema é evitar que considerações deordem pragmática levem a um juízo de ilegitimidade da parte não porque esta não representa adequadamente os direitos em causa, mas porque o juiz não quer decidir o mérito da ação.
presença 
presença do “re levante interesse pública social”. 
23
∙MINISTÉRIO PÚBLICO 
6 – Indique quais são os legitimados para a ação coletiva elencados na de Ação Civil Pública. Em seguida, explique as razões que justificam a legitimidade atribuída a eles. 
Resposta...
São legitimados para propor a ação coletiva elencados na Ação Civil Pública, conforme elenca o artigo 82, do CDC: “o Ministério Público, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente”...
· Legitimidade Atribuída ao Ministério Público: O artigo 129 inciso III da Carta Magna qualifica com função institucional do Ministério Público o ato de instaurar inquérito civil e propor ação civil pública para a tutela do meio ambiente e outros interesses difusos e coletivos. Portanto, o Ministério Público á parte legítima para mover ação civil pública para a defesa de quaisquer interesses difusos ou coletivos, legitimação esta outorgada diretamente pela CF/1988,não dependendo, assim, de previsão expressa em diploma infraconstitucional para ser considerada parte legítima para a tutela, via ação civil pública, dos interesses transindividuais dos contribuintes.Ressalte-se, ainda, que, o artigo 110 da Lei 8.078/90 acrescentou o inciso IV ao art. 1º da Lei 7.347/85, explicitando que suas disposições também se aplicam "a qualquer outro interesse difuso ou coletivo". Portanto, depreende-se pela nova redação do art. 1º da LACP, conferida pelo art. 110 do CDC, que o âmbito de abrangência dos direitos e interesses suscetíveis de tutela pelo instrumento da ação civil pública foi consideravelmente ampliado, alcançando muito além dos interesses dos consumidores (NERY, 2011, p. 220).
· Legitimidade Atribuída a União:A Defensoria Pública da União não possui autorização apenas na Lei 7.347/85, mas também no art. 4º, VII, da LC 80/94:
“Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras: VII – promover ação civil pública e todas as espécies de ações capazes de propiciar a adequada tutela dos direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos quando o resultado da demanda puder beneficiar grupo de pessoas hipossuficientes;”
   Assim, a tutela de direitos transindividuais também é reconhecida para a Defensoria Pública, desde que se guarde a pertinência temática com o direito tutelado. Assim, deve haver adequação entre o perfil institucional do órgão e o objeto da demanda judicial.
O Supremo Tribunal Federal deixa claro essa posição na Tese firmada no tema 607 da Lista de Repercussão Geral:
“A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ação civil pública que vise a promover a tutela judicial de direitos difusos ou coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas.” 
    Nesse contexto, muito embora o tema não tivesse origem em demanda trabalhista, deve-se reconhecer legitimidade para atuação da Defensoria Pública da União em direitos metaindividuais trabalhistas, sobretudo porque os trabalhadores são, na grande maioria das vezes, hipossuficientes.
· Legitimidade Atribuída aos Estados: O Estado tem legitimidade para a prática dos atos que lhe cabem por meio de um complexo de órgãos ao qual a Constituição outorga competências visando ao exercício das três referidas funções jurídicas essenciais. A partirdaí, fala-se em ciclo ou estrutura de legitimação democrática dos atos do Estado. Referido ciclo tem origem no povo, pelo voto, quando elege seus representantes para a função legislativa e seus governantes para a função administrativa. Os representantes eleitos para a função legislativa, pelo processo constitucional legislativo, elaboram as normas que compõem o ordenamento jurídico do Estado, visando à disciplina das relações das pessoas do povo entre si e as relações do Estado com as pessoas do povo. Os governantes eleitos para a função executiva, administrativa ou governamental realizam a gestão dos negócios públicos e interesses coletivos segundo as prescrições normativas do ordenamento jurídico em vigor, sob a fiscalização direta do povo e por meio de seus representantes eleitos para a função legislativa. Se as normas jurídicas postas em vigor pelo Estado e se seus atos administrativos contrariarem a Constituição ou desrespeitarem os direitos fundamentais das pessoas, qualquer do povo, pelo devido processo constitucional, exerce o direito de ação, postulando a função jurisdicional e reagindo contra o ilícito. Em razão de tais afirmações, tenho sustentado que o processo constitucional, metodologia sistemática pela qual são examinadas as relações normativas do processo com a Constituição, concorre para o fortalecimento da legitimação democrática do Estado, seja o processo constitucional legislativo, seja o processo constitucional jurisdicional.
· Legitimidade Atribuída ao Distrito Federal:Em decisão unânime, os ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça entenderam que o Distrito Federal possui legitimidade para ajuizar ação civil pública visando à defesa de interesse coletivo de consumidores residentes na respectiva unidade federativa.Nos termos do artigo 81 do Código de Defesa do Consumidor, como transindividual de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte adversa por uma relação jurídica base.
 “Nessa hipótese, de defesa de interesses ou direitos coletivos, é patente a legitimação do ente federativo. Assim, é indiscutível que o Distrito Federal tem legitimidade para propor ação civil pública em prol dos consumidores do DF.”.
· Legitimidade Atribuída às entidades e órgãos da Administração Pública:Os entes da Administração Pública estão legitimados para a ação civil pública, desde que possuam personalidade jurídica. O rol de legitimados para a ação civil pública deve ser compreendido mediante estudo integrado dos vários diplomas legais do microssistema processual coletivo.
7 – Explique a diferença entre representante processual e substituto processual. 
Resposta...
Decorre que na representação, o preposto está em juízo debatendo o interesse de outra pessoa, toda via, o preposto não age em nome próprio tampouco é parte do processo, o preposto age em nome alheio. Seria como exemplo a mãe que representa o filho em ação de alimentos, pelo fato do menor não ser capaz de ajuizar ação em nome próprio, a mãe no caso o representa, mas quem está postulando os alimentos é o filho. Diferente do substituto processual é derivado da lei, conforme artigo 18 do NCPC: “Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”, está em juízo debatendo o interesse de outra pessoa, o substituto age em nome próprio, e é parte do processo, o substituído não é parte do processo, contudo, sofrem todos os efeitos a sentença, a sentença faz coisa julgadatanto para o substituto quanto para o substituído. Seria como exemplo a impetração do remédio constitucional habeas corpus, o impetrante é substituto processual do substituído.
8 – O que se entende por microssistema processual coletivo?
Resposta...
O microssistema processual coletivose depara em amparo na doutrina e jurisprudência, manifestou-se a carência de proteger os procedimentos coletivos e que não podem ser assistidos pelos procedimentos individuais. Dispõe-se com o intuito de tutelar os direitos que alcançando a sociedade como um todo ou determinados grupos em situação de fato e de direito, neste contexto, observa-se que o processo individualista clássico não conseguiria suprir o amparo que necessita uma coletividade por conta da morosidade judicial, julgando caso a caso, uma vez que o que ocorre é que um determinado grupo de pessoas possui o mesmo direito, o que significa que seria mais benéfico julgar a demanda com efeitos para toda a coletividade partes do processo. O caráter individual desses direitos não é afastado. As regras tradicionais do processo individual não podem simplesmente serem aplicadas no microssistema processual coletivo, tais regras como: prescrição, decadência, competência etc. Como exemplo o art 81 da lei 10.471/2003: “Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos...”, bem como o art. 5°, alínea b da lei 7.347/885: “inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.”, formando assim um microssistema processual coletivo, buscando o amparo da coletividade.
9 – Cite e explique exemplos de aplicação do princípio da integratividade do microssistema de tutela coletiva.
Resposta...
O processo coletivo recebe uma regulamentação específica, própria, pautada em leis determinadas com vistas a garantir a adequada prestação jurisdicional. Desde a edição da lei da ação civil pública, lei n° 7.417/1985, e do CDC, lei n°8.078/1990, estes diplomas legislativostornaram-se o “núcleo essencial” do sistema processual coletivo (normas que regem o processo coletivo), por trazerem em seus textos a normatização básica para a defesa dos interesses e direitos difusos e coletivos. Diz-se “núcleo essencial”, porque em seu entorno gravitam vários outros diplomas normativos, chamados de “normas de reenvio”, a exemplo do Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Estatuto das Cidades, Mandado de Segurança Coletivo. Estas normas travam a todo instante um “diálogo” com o núcleo essencial, num eterno envio e reenvio de informações, daí receberem a denominação de normas de reenvio. Todo esse emaranhado normativo, em que um núcleo essencial (Lei da Ação Civil Pública e Código de Defesa do Consumidor) é gravitado por normas de reenvio, e está assentado sob as bases do Código de Processo Civil, representa a “Teoria do Diálogo das Fontes Normativas” ou “Sistema Integrativo Aberto”. Por esta teoria entende-se que, somente em não havendo norma protetiva do direito coletivo no núcleo essencial e nas normas de reenvio, deve-se buscar aplicação do Código de Processo Civil. Importa ressaltar que esta teoria, que é fruto de estudos doutrinários, vem sendo aceita pelos Tribunais Superiores, como o Superior Tribunal de Justiça. Em recente julgado, este tribunal entendeu que a regra do reexame necessário na ação popular aplica-se à ação civil pública, na hipótese de a coletividade perder a ação.
10 – Conceitue e dê exemplos de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, indicando as diferenças entre os institutos.
Resposta...
Os direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos nasceram com a Constituição Federal de 1988, mas antes disso haviam sido materializados com a edição da Política Nacional do Meio Ambiente em 1981, da Lei de Ação Civil Pública - Lei 7.347/85 e do Código de Defesa do Consumidor - Lei 8.078/90. Historicamente, os direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos são oriundos de conquistas sociais e são considerados instrumentos processuais eficientes no atendimento da demanda reprimida, permitindo, desse modo, a solução dos conflitos coletivos de ordem econômica, social ou cultural.
Podem significar o alcance de um determinado direito em relação a um indivíduo ou em relação a um grande grupo de indivíduos. A defesa destes direitos pode ser exercida pelo Ministério Público, mas em relação aos direitos individuais homogêneos a legitimidade do Ministério Público é bastante controvertida.
Direitos Difusos: Os interesses difusos têm como suas titulares pessoas indeterminadas e indetermináveis. Constituem direitos transindividuais isso se refere a direito pessoal que por algum motivo ou situação deve-se a esse direito de forma correta e necessária que ultrapassam a esfera de um único indivíduo, caracterizados principalmente por sua indivisibilidade, onde a satisfação do direito deve atingir a uma coletividade indeterminada, porém, ligada por uma circunstância de fato. Por exemplo, o direito ao meioambiente equilibrado, à qualidade de vida, entre outros que pertençam a uma massa de indivíduos que não possa ser individualizada em um ou mais grupos específicos e, por conseguinte, os prejuízos em eventual reparação de danos não podem ser individualmente calculados. Por força do art. 2º, parágrafo único e art. 29, ambos do CDC, os consumidores são titulares estes direitos por equiparação. Assim, a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que tenha intervindo na relação de consumo (art. 2º, parágrafo único) ou todas as pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas comerciais (art.29), são consideradas consumidores.
Coletivos: Os interesses coletivos têm como titulares as pessoas integrantes de um determinado grupo, categoria ou classe. No entanto, esse titular é facilmente determinado, a partir da verificação do direito em jogo. Assim, por exemplo, a qualidade de ensino oferecida por uma escola é tipicamente direito coletivo.
Individuais Homogêneos: Os titulares destes interesses são determináveis, o bem jurídico é divisível e há ligação por uma origem comum. Estes interesses são de natureza coletiva apenas na forma em que são tutelados, pois na realidade são direitos individuais que são homogêneos e que têm uma origem comum, de que é titular individualmente cada membro da coletividade. Entende-se por interesses de origem comum os interesses que têm uma causa comum ou um único fato que gerou várias pretensões. Como exemplo, em relação à ocorrência por um fato comum, temos a situação em que uma indústria de produtos químicos através de suas atividades, deixa ocorrer um vazamento de produtos tóxicos e consequentemente ocorre contaminação da água a ser consumida pelos consumidores. Nesta hipótese, teremos a manifestação dos direitos individuais homogêneos caracterizados pelo fato comum, que diante do caso em tela, será fundamental para quantificação dos danos morais e materiais em relação à pretensão do consumidor. A diferença entre esses institutos reside na titularidade. 
___________________________________________________________________________
PARTE II: Estudos de Caso Valor: 20 pontos
Instruções da Parte II: 
a) Leia os casos trazidos nos enunciados. Pesquise em doutrina, jurisprudência e legislação argumentos para fundamentar as respostas.
b) Responda de maneira embasada.
c) Critérios de avaliação:
- Obterão nota máxima respostas fundamentadas, que explorem fundamentos normativos, doutrinários e jurisprudenciais para as conclusões obtidas.
- Considerando que o direito se trata de uma ciência aberta, com espaço argumentativo, serão consideradas corretas respostas que concatenem fundamentos e conceitos jurídicos de modo coerente. Nem sempre há uma única resposta correta para o casso. 
- Quanto melhor fundamentada em artigos da legislação, doutrina e jurisprudência, as respostas estarão mais próximas de uma nota máxima. 
- Quanto menos fundamentas as respostas terão descontos. Uma resposta sem fundamentação será considerada incompleta e não pontuará.
____________________________________________________________________________
Perguntas e Respostas da Parte II: 
1) A Lei nº W, do Município de Imaginação/MG, prevê que, em dias normais, o cliente não pode esperar mais do que 15 minutos para ser atendido nas agências bancárias. Apesar disso, vários clientes reclamam que o Banco Ganância não cumpre essa lei e que os consumidores esperam horas para serem atendidos. Ademais, as agências desse Banco não possuem assentos destinados a idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Por fim, outra irregularidade está no fato de que se observa que o banco abastece os seus galões de água, disponibilizado para consumo de todas as pessoas que lá comparecem, clientes ou não, com água não filtrada, de um rio próximo ao banco. Diante disso, algumas pessoas noticiaram esses fatos ao Ministério Público. Com base nesses relatos, responda de maneira fundamentada:
1. Qual é a natureza do direito (difuso, coletivo ou individual homogêneo) titularizado pelas coletividades no que diz respeito: (i) à situação em que um determinado número de pessoas, que não sejam clientes do banco, faça ingestão da água lá oferecida e sofram danos em sua integridade física;; (ii) a clientes com conta corrente no banco que sejam obrigados a esperar por mais do que 15 minutos para receberem atendimento; (iii) à coletividade genérica de idosos e deficientes que residem no município, sejam ou não clientes, e que são expostas a potencial atendimento em um banco que não atende à legislação de proteção à pessoa deficiente e idosa. Explique a sua resposta.
I- A natureza do direito é difuso, conforme o art. 81, inciso I, do CDC que dispõe: A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos,para efeitos deste Código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
Além disso, as pessoas que não sejam clientes do banco, mais que ingeriram a água oferecida e sofreram danos físicos, têm direito a indenização por dano moral.
II- Natureza do direito será coletivo, conforme o art.81, inciso II do CDC: interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste Código, os transindividuais de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; ou seja, conforme Jurisprudência do STJ, cada estado em seus municípios têm o direito de editar leis que determinam o tempo de espera em filas, e sobre questões específicas, como dias normais, feriado e vésperas de feriados. Portanto cada município tem autonomia editar, não excedendo os direitos dos consumidores e não violando a Constituição do País.
III- A natureza do direito é individual Homogêneo, conforme o art. 81, inciso III: interesses ou direitos individuais homogêneos assim entendidos os decorrentes de origem comum, ou seja, o direito é individual, e determinado porque como o próprio nome diz, apesar de homogêneos, os direitos protegidos são individuais, tanto para os idosos como para os deficientes. 
 O direito de pessoas idosas está garantido pela o estatuto do idoso pela Lei 10.741/03, que definiu pessoa idosa como aquela com idade igual ou superior a sessenta anos, garantindo os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, “assegurando todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”. 
Além disso, também foi criado o estatuto da pessoa com deficiência Lei n° 13.146/15, “deficiente toda pessoa que em impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas’’. os seus direitos fundamentais devem estar garantidos, a fim de que tenham uma vida digna, exercendo sua cidadania de forma plena. Portanto os Municípios devem respeitar os direitos desse grupo de pessoas que também é previsto e garantido na Constituição da República, com o objetivo de proteger e garantir o acesso da melhor forma sem discriminações. 
2. O Ministério Público tem legitimidade para a defesa dos direitos coletivos acima elencados? Explique.
O caso em tela se trata de Ação Civil Pública, sendo que a Ação Civil Pública é um tipo especial de ação jurídica prevista na legislação brasileira, destinada à proteção de direitos difusos e coletivos tanto por iniciativa do Estado quanto de associações com finalidades específicas. A Lei nº 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública).
Portanto o Ministério Público é legitimado para a defesa de qualquer interesse coletivo, latu sensu, como já foi reconhecido pelo STF em seus julgados.
Os legitimados ativos, como se chamam as pessoas que podem propor a Ação, são dados pela já citada Lei nº 7.347/85, em seu art. 5º:
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I – o Ministério Público; 
II – a Defensoria Pública; 
III – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
IV – a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;
 V – a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Como já exposto, o Ministério Público de acordo com a Lei nº 7.347/85, em seu art. 5º, inciso I, tem sim legitimidade para a defesa dos direitos coletivos acima elencados.
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2) Ação civil pública versando sobre direito difuso (proteção ao patrimônio público) foi ajuizada em desfavor de determinado Município por uma associação. O valor atribuído à causa pela parte autora foi equivalente a 102 salários mínimos. Feita a citação, o Município contestou a demanda. A sentença, reputando suficiente as provas, julgou o mérito do pedido improcedente. Todos os envolvidos foram regularmente intimados. Exaurido o prazo recursal da ACP, não houve a interposição de nenhum recurso pelas partes. Pergunta-se: 
1) Ocorreu o trânsito em julgado da ação? Explique. 
Não, pois na hipótese de o julgamento ter sido improcedente, os efeitos não afetam os direitos individuais dos que ajuizaram ACP, podendo eles discutir o mérito da ação coletiva, buscando assim uma sentença favorável, de acordo com o artigo 103, §2º, CDC.
2) Cabe controle de representação adequada sobre a associação? Em caso positivo, quais requisitos o juiz precisará examinar nesse caso?
De acordo com o artigo 82, IV, CDC e artigo 5º, V, LACP, não cabem o controle de representação, uma vez que, somente no direito americano são permitidos tais atos e no direito brasileiro, entende-se não haver necessidade por precisar somente que sejam analisados requisitos objetivos, que esteja constituída há pelo menos um ano nos termos da lei civil.

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