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PAULO FREIRE

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“Para Freire, é preciso resgatar a concepção segundo a qual homens e mundo estão em constante interação”. Assim, pode-se ver que a realidade social é uma construção dos homens e que pode, por eles, ser Modi� cada. Esse processo, em que o subjetivo constitui com o objetivo uma unidade dialética, é o que Freire chama de inserção crítica na realidade.
A exigência dessa inserção, por parte de quem se encontra, por exemplo, em situação de opressão, está em conformidade com a concepção de que este, o oprimido, deva ser sujeito de uma pedagogia que deseja ser libertadora. Nesse sentido, a “pedagogia do oprimido” é a restauração da intersubjetividade. E o diálogo constitui, no entender de Freire, a forma pedagógica capaz de desse� ar os sujeitos para um compromisso transformador, uma vez que envolve ré� exame e ação. Como nós podemos superar, transcender as condições dadas, os conhecimentos enraizados nas nossas vidas como verdades absolutas, e as relações estabelecidas socialmente, por mais difíceis e as mais diversas que sejam da nossa realidade, num processo cognoscitivo do qual resultam novas verdades, novas relações e novas condições, é possível asseverar “que em Freire a epistemologia se conecta intimamente com a antropologia.” Ao concretizarmos isso, nos humanizamo-nos no ato de ensinar-aprender, “não no isolamento, no individualismo, mas na comunhão, na solidariedade dos existires”, no diálogo, no respeito, no afeto, no exemplo, na cumplicidade. Na crença nos homens e nas mulheres e na busca incessante da digne� cação deles e delas. Na compreensão da historicidade e na intencionalidade de transformarmos transformando o mundo, dialeticamente. Na humildade e na coragem. E o diálogo constitui, no entender de Freire, a forma pedagógica capaz de desafiar os sujeitos para um compromisso transformador, uma vez que envolve uma reflexão e ação.
O texto apresenta o percurso do ensino de História no Brasil a partir de sua inserção nos currículos das Humanidades propostas para uma educação escolar nos países católicos ocidentais. A trajetória da História como disciplina escolar é apresentada em meio aos confrontos sobre seus objetivos para a formação de uma elite política e econômica caracterizada por uma prática de exclusão dos diferentes grupos sociais dos sistemas de ensino dos séculos XIX ao XXI. O ensino de História é apresentado pelas determinações das políticas educacionais e práticas dos professores no processo de criação de conteúdos e métodos nos currículos das Humanidades clássicas ao científico pelo qual constituíram conceitos de História da Civilização, História Sagrada, História do Brasil, História das Sociedades.
Circe Fernandes Bittencourt

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