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Fundamentos Metodológicos de Ensino de 
História e Geografia: II
Organizado por Vivian Fiori
Alfabetização Cartográfica
Principais referências:
FANTIN, Maria Eneida. Metodologia do Ensino de 
Geografia. Curitiba: Intersaberes, 2013 (e-book).
FURLAN, Adriana. A cartografia e o ensino de 
História e Geografia (apostila). 
PONTUSCHKA, Nídia N.; PAGANELLI, Tomoko I.; 
CACETE, Nuria. H.: Para ensinar e aprender 
Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. (Livro-Texto-
Xerox)
TOLEDO, Márcio Roberto; RIBEIRO JR, Halferd 
Carlos. Representando o espaço. (apostila) 
História dos Mapas
Visões do Mundo
Ga-Sur
MAPA DE GA-SUR (3.800 a 2.500 AC)
Este é considerado um dos mapas mais antigos, foi encontrado na região da 
Mesopotâmia.
Representa o rio Eufrates e acidentes geográficos adjacentes.
É uma pequena placa de barro cozido que cabe na palma da mão e que foi 
descoberta perto da cidade de Harran, no nordeste do Iraque atual. 
Influência Grega
• Heródoto foi 
historiador, geógrafo, 
cartógrafo grego, 
nascido no século V 
a.C. (485?–420 a.C.) 
em Halicarnasso (hoje 
Bodrum, na Turquia). 
Mundo de HERÓDOTO, 450 a.C
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IDADE MÉDIA
Europeia
Mapa T-O
A igreja Católica por
conta de seu poder
definiu a Ásia como
central neste mapa,
pois é onde Cristo
nasceu.
Grandes Navegações
No século XVI, a confecção de mapas passou por um
grande desenvolvimento. Além da confirmação de
que a Terra era redonda (a partir da viagem de
circunavegação realizada por Fernão de Magalhães,
navegador português), diversos fatores contribuíram
para o desenvolvimento da Cartografia.
• Em primeiro lugar, as grandes navegações exigiam
mapas mais rigorosos e corretos quanto aos contornos
das costas. Os grandes descobrimentos – consequência
das navegações – alargaram o horizonte geográfico e
ampliaram o espaço conhecido, tornando possível a
representação do mundo de maneira mais próxima da
realidade.
Invenção da Imprensa
• Em segundo lugar, a invenção da imprensa e da técnica
de gravação permitiu que os mapas pudessem ser
reproduzidos em grande número. Antes disso, eles eram
manuscritos e não havia produção em grande escala.
Estes mapas manuscritos eram verdadeiras obras de
arte e levavam meses e até anos para serem
finalizados. A possibilidade de impressão e copia dos
mapas fez com que muitas pessoas tivessem acesso a
eles e com mais pessoas observando os mapas muitos
ajustes poderiam ser feitos, a partir das diversas
informações que cada um obtinha sobre os lugares
conhecidos.
Projeções
• Concluímos, então, que muitas áreas podem 
aparecer nos mapas com um tamanho diferente 
do que são na realidade. Observe o mapa-
múndi a seguir e observe que a Groenlândia é 
quase do tamanho da América do Sul. Isto é 
efeito do sistema de projeção adotado pelo 
cartógrafo que escolheu esticar mais a parte 
norte do planeta, já que ao transferir uma esfera 
para o plano sobrarão áreas que precisam ser 
“esticadas”. 
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Mapa Mundi
• Baseando-se nos trabalhos de Ptolomeu,
aproveitando seus acertos e corrigindo seus
erros, os cartógrafos (pessoas que faziam os
mapas) do século XVI aprimoraram bastante os
mapas da época. Dentre os cartógrafos,
destacou-se Gerard Mercator, que viveu de
1512 a 1594. O mapa-múndi mais comum que
conhecemos hoje deve sua origem ao mapa-
múndi elaborado por Mercator, pois já naquela
época ele construiu seu mapa com um grande
rigor e detalhes de informações, em relação à
representação da Terra e suas dimensões
PROJEÇÃO DE MERCATOR
A projeção de Mercator é a mais antiga. Foi criada no século
XVI, quando se iniciou o processo de expansão da burguesia
mercantil europeia sobre o mundo.
• Reflete, pois, uma ideologia 
Sensoriamento Remoto
Atualmente- Uso de imagens a distância- de satélite
DO DESENHO AO MAPA
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Orientação 
Orientação Orientação 
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Nesse sentido, podemos, depois de
“mapearmos” a sala de aula, levá-los para
conhecer o restante da escola. Caminhar por
todos os lugares, observar de que lado está o
sol etc.
Depois disso, podemos pedir para que eles
representem os lugares do seu cotidiano, por
exemplo, a sua casa, a sua escola, o caminho
que fazem de casa até a escola.
Neste trajeto, eles devem observar elementos
familiares: uma padaria, uma farmácia, um
supermercado, a casa de um a amigo e representá-
las no papel
Maquete
• Faça agora uma maquete do seu quarto.
Lembre-se de representar todos os
elementos. Utilize uma caixa de sapato e
materiais de sucata como caixas de
fósforo vazias, caixas de remédio, pasta
de dentes, tampinha de pasta de dentes,
tesoura, cola e o que mais sua
imaginação permitir reaproveitar. Em
seguida, descreva todos os elementos
representados.
Google MAPS
• Um recurso que podemos utilizar hoje é o
googlemaps. Nele, é possível mostrar para as
crianças o espaço visto de cima, exatamente
como fizemos com a sala de aula. Se houver
disponibilidade de uma sala de informática,
pode-se mostrar para eles como os elementos
aparecem quando vistos de uma única
perspectiva. Assim, eles compreenderam que os
mapas são uma representação gráfica da
realidade, reduzido em escala. Todos os mapas
devem ter: título, legenda, orientação e escala.
Uso de Imagens de Satélite Recortando e Colando Imagens
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Uso de Novas TICs
Escala
A escala pode ser colocada no mapa de duas
maneiras:
• escala numérica: aparece em números 1:
100.000 (lê-se um para cem mil, onde cada
centímetro do mapa representa 100.000
centímetros ou 1 quilômetro do terreno);
• escala gráfica: de forma gráfica, como exemplo
abaixo:
50 101520 m5 m
Escala Gráfica
• Utilizamos a escala para calcular a distância entre os
lugares do mapa. Para tanto, é preciso medir a distância
entre eles em centímetros, com uma régua, e se
multiplicar pela escala (o valor equivalente a 1 cm da
escala valerá X km no mapa). Por exemplo, se a escala
do mapa indica, como a escala gráfica mostrada acima,
que 1 cm vale 50 km e medimos uma linha de 8 cm no
mapa devemos multiplicar 8X50 (8cm medidos com a
régua no mapa vezes o que vale 1 cm na escala, ou
seja 50). O resultado será 400 km, ou seja, a distância
real no terreno, em função da escala do mapa, é de 400
km.
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Alfabetização Cartográfica
Para que se realize a alfabetização cartográfica,
não basta apenas entender a simbologia, é preciso,
também, que a criança seja capaz de interpretar e
compreender o que lê.
Durante o Ensino Fundamental I, do 1º ao 5º ano, as
crianças devem vivenciar a linguagem cartográfica
para tornarem-se aptas a elaborar e interpretar
mapas históricos e geográficos.
Esse processo deve auxiliar os alunos a compreender
melhor a organização do espaço onde vivem,
minimizando, dessa forma, as dificuldades nas séries
posteriores, quando os conteúdos se apresentam de
forma mais complexa e mais abstrata.
Alfabetização Cartográfica
A este processo de aprendizagem de confecção e
leitura do mapa chamamos de alfabetização
cartográfica. Assim como ensinamos letras, palavras e
frases aos alunos com o objetivo de alfabetizá-lo na
linguagem escrita e de leitura é preciso, ao longo do
tempo escolar, alfabetizar o aluno na linguagem dos
mapas.
O mapa é outra forma de linguagem, outra
possibilidade de leitura da realidade. Por meio deles
podemos observar a distribuição territorial dos
fenômenos.
Mapas
Os mapas têm características típicas que os classificam
e representam elementos selecionados em um
determinado espaço geográfico, de forma reduzida,
utilizando simbologia e projeção cartográfica (LOCH,
2006). Os mapas são produtos construídos a partir de
um sistema de signos que são explicados na legenda do
mapa.
Esta legenda pode ser considerada como a tradução
dos símbolos e cores utilizados no mapa. Há símbolos e
cores internacionalmente estabelecidos e estes fazem
parte do que se denomina convenções cartográficas.
Por exemplo, é uma convenção cartográfica utilizar a cor
azul para pintar tudo que se relacione a água, verde
para vegetação, marrom para relevo e assim por diante.
Legenda
• Explica o significadodas cores e símbolos
de um mapa. É uma explicação. Exprime o
resultado de uma interpretação. Contudo,
toda imagem pode ser transformada em
carta-imagem se corrigida
(georreferenciada) e acrescida de
informações topográficas.
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Recursos em Semiologia Gráfica
Semiologia Gráfica
Semiologia Gráfica
Semiologia Gráfica
Exemplo de Figura Geométrica Proporcional
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Tipologias Diferentes
Resumindo:
» Um mapa é uma representação gráfica da 
realidade reduzida em escala. 
» Observar o espaço vivido é de fundamental 
importância para representá-lo. 
» A legenda tem um papel primordial na 
leitura dos mapas, sem elas, eles são 
incompreensíveis. 
» Os mapas devem sempre ter título, 
legenda, escala e orientação. 
• A criança adquire os referenciais topológicos ao longo 
de sua formação. É importante que o professor estimule 
seu exercício, pensando em direita, esquerda, frente e 
trás ou com os pontos cardeais (N, S, O, E).

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