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CADERNO DE PRÁTICAS PRÉ ESCOLA 2020

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2 
 
 
PREFEITO MUNICIPAL DE ABAETETUBA 
ALCIDES EUFRÁSIO DA CONCEIÇÃO NEGRÃO 
 
VICE-PREFEITO MUNICIPAL 
 JOÃO MARIA SILVA RODRIGUES 
 
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
MARIA DO SOCORRO FIGUEIRÓ GUIMARÃES 
 
DIRETORA DE ENSINO 
MARIA IRACEMA ALCÂNTARA LIMA 
 
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL 
IRACEMA FERREIRA NOBRE 
 
EQUIPE TÉCNICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL 
ALZILENE RIBEIRO VILHENA 
ANA LÚCIA FERREIRA 
ELDEVÂNIA CORRÊA DA SILVA 
ELESSANDRA RODRIGUES PACHECO 
MARIA JOANA CARVALHO FERREIRA 
MARIA DE JESUS CARDOSO DA SILVA 
 
ELABORAÇÃO, SISTEMATIZAÇÃO E REVISÃO 
ELDEVÃNIA CORRÊA DA SILVA 
 
COLABORAÇÃO 
EQUIPE TÉCNICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL, DO CAMPO E ENSINO FUNDAMENTAL DA SEMEC/ABAETETUBA-Pa. 
EQUIPE GESTORA DAS UNIDADES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
PROFESSORES COORDENADORES PEDAGÓGICOS E EQUIPE DE APOIO DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INFANTIL – INSTITUTO AVISA-LÁ EM PARCERIA COM BANCO SANTANDER- 2015 A 2017. 
 
 
3 
 
AOS PROFISSIONAIS DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL DA PRÉ-ESCOLA 
 
A arte de cuidar e educar crianças pequenas não são uma tarefa fácil, pressupõe muitos desafios, mas também muitas conquistas... Ao iniciar 
sua trajetória de vida, as crianças têm direito a saúde, amor, aceitação e segurança, que constituem um forte alicerce para suportar as fases posteriores 
de desenvolvimento. Assim sendo, surge uma nova concepção de ambientes coletivos de educação e cuidados — que sinaliza para a fundamental 
importância de que a este espaço, anteriormente direcionado somente aos cuidados para com a criança, atribua-se um papel educativo complementar 
junto às famílias. As famílias, as instituições e a sociedade como um todo são responsáveis pela infância e realizam ações que se complementam. Em 
algum momento uma substituirá a outra, pois são de grande importância para a Educação Infantil. 
A concepção de cuidado/educação adotada nos últimos anos na Educação Infantil se apoia no reconhecimento de que para a criança tornar-se 
cada vez mais sujeito humano, aprendendo e desenvolvendo-se, é necessário que, no seu processo de formação, a pessoa que trabalha com ela atue 
nas duas direções. 
Isso significa dizer que, em função da extrema dependência motora, afetiva e cognitiva do ser humano, nessa etapa da vida, e da sua gradativa 
possibilidade de autonomia, é fundamental que nas Unidades de Educação Infantil ou que atendem o referido público se favoreça a apropriação de 
conhecimentos, valores, procedimentos e atitudes. Ao mesmo tempo, deve-se promover o bem-estar da criança, por meio do atendimento às suas 
necessidades básicas e relacionais, em um clima de afetividade. Dessa maneira, a instituição estará contribuindo para que a criança aprenda e se 
desenvolva, inserindo – se na cultura e transformando-a, em harmonia com a natureza. 
As instituições de Educação Infantil devem assegurar a educação em sua integralidade, entendo o cuidado como algo indissociável ao 
processo educativo. Educar cuidando inclui acolher, garantir a segurança, mas também alimentar a curiosidade, a ludicidade e a 
expressividade infantis (DCNEI Resolução n° 5 CNE/ CEB, de 17 de dezembro de 2009). 
Portanto, na organização intencional do trabalho de cuidar dessas crianças e educá-las, os (as) professores (as) devem ter como perspectiva 
possibilitar que as crianças vivenciem experiências diversas, por meio das quais tragam e ampliem seus saberes e aprendam determinados 
conhecimentos, procedimentos e valores da cultura, adequando a prática pedagógica às necessidades específicas e às possibilidades de 
desenvolvimento e aprendizagem delas. 
4 
 
A criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que se desenvolve nas interações, relações e práticas cotidianas 
a ela disponibilizadas e por ela estabelecidas com adultos e crianças de diferentes idades nos grupos e contextos culturais nos quais se insere. Nessas 
condições ela faz amizades, brinca com água ou terra, faz-de-conta, deseja, aprende, observa, conversa, experimenta, questiona, constrói sentidos 
sobre o mundo e suas identidades pessoal e coletiva, produzindo cultura. 
O Currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das 
crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico. Tais práticas são efetivadas por meio 
de relações sociais que as crianças desde bem pequenas estabelecem com os professores e as outras crianças, e afetam a construção de suas identidades. 
O Reconhecimento e o respeito à diversidade de crianças que apresentam deficiências e necessidades educacionais específicas, torna necessária 
a constituição de escolas inclusivas desde a Educação Infantil. Isso compreende em garantir acessibilidade dos “espaços, materiais, objetos, brinquedos 
e instruções para as crianças com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação” conforme destacam as 
DCNEI”s (2010, p.20). Garantindo a permanência dessas crianças na escola, bem como, favorecendo e assegurando o direito à cidadania. 
No Artigo 8° da Resolução n°2, de 22 de dezembro de 2017, considera, para tanto, o contexto e as características dos estudantes, devendo: 
contextualizar os conteúdos curriculares, identificando estratégias para apresenta-los, representa-los, exemplifica-los, conectá-los e torna-los 
significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens se desenvolvem e são constituídas; selecionar e aplicar 
metodologias e estratégias didáticas pedagógicas diversificadas (...). O olhar acolhedor de diversidades também se refere às crianças com 
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. 
As instituições necessariamente precisam conhecer as culturas plurais que constituem o espaço da creche e da pré-escola, a riqueza 
das contribuições familiares e da comunidade, suas crenças e manifestações, e fortalecer formas de atendimento articuladas aos saberes e às 
especificidades étnicas, linguísticas, culturais e religiosas de cada comunidade (seja ela composta pelas populações que vivem nos centros 
urbanos, ou a população do campo, os povos da floresta e dos rios, os indígenas, quilombolas ou afrodescendentes). 
Enquanto profissionais e pessoas de bem, precisamos ter um olhar acurado para as características e peculiaridades da criança real e 
concreta que interage com seus pares/colegas e seus profissionais no interior das instituições educacionais, faz ser ela do campo, quilombola, 
indígena, público da educação especial ou da cidade. 
5 
 
A Educação é, pois, processo e prática que se concretizam nas relações sociais que transcendem o espaço e o tempo escolares, tendo em vista 
os diferentes sujeitos que a demandam. Educação consiste, portanto, no processo de socialização da cultura da vida, no qual se constroem, se mantêm 
e se transformam saberes, conhecimentos e valores. 
É preciso que o professor/a compreenda que para saber cuidar (e educar) as crianças faz – se necessário as seguintes situações: 
• Planejar e organizar o ambiente; 
• Acolher, observar e interagir; 
• Estar consciente da comunicação de suas intenções expressas na organização espacial, na própria mímica facial, gestos e tom 
de voz que emprega; 
• Empregar procedimentos seguros e adequados ao contexto educacional coletivo; 
• Registrar o processo de cuidado e desenvolvimento para acompanhar, avaliar, informar e planejar; 
• Identificar as necessidades das crianças e do grupo de crianças, avaliar, decidir e agir; 
• Garantir o protagonismo da criança, atentando ao sentido que a criança pode dar a cada atividade; 
• Informar, obter e transmitir informações; 
• Compartilhar e negociar valores, crenças e conhecimentos sobredesenvolvimento e cuidados infantis; e 
• Valorizar os saberes e vivências infantis; 
• Questionamentos de um movimento de reflexão/avaliação constante, em que o professor se pergunta: O que espero que as 
crianças aprendam? Que situações vivenciaram? Que condições (tempo, espaço, materiais e interações) foram oferecidas? 
Como agiram nessas situações? O que observo que as crianças aprenderam? 
 
❖ ALGUNS CUIDADOS BÁSICOS 
✓ Leia os rótulos de tudo o que for utilizar. Nunca use nada que tenha produtos tóxicos e alergênicos; 
6 
 
✓ Peça aos familiares uma camiseta velha de adulto para que a criança possa usar sem estragar sua roupa, ou um avental (pano ou plástico). Se 
não for possível, oriente os responsáveis para que a criança venha sempre á escola com roupas que possam ser manchadas e assim ficar mais a 
vontade nas suas explorações; 
✓ Forre com jornal os lugares que for utilizar para propor brincadeiras com tinta, inclusive onde a tinta for escorrer; 
✓ Forre mesas com plástico transparente grosso para proteger as superfícies de madeira, plástico e fórmica de manchas e para facilitar o trabalho 
de limpeza, e assim proporcionar ambiente aconchegante e prazeroso; 
✓ Quando uma criança no ambiente escolar recusa o alimento, deve-se oferece outra opção e nunca deixar a criança passar horas com fome. 
✓ Cartazes, murais, livros, etc., deve estar disposto à altura da criança para melhor visualização e aprendizagens. 
✓ As crianças aprendem a se organizar ao encontrarem um ambiente organizado. Saber como e onde guardar cada coisa ajuda-las a terem noção 
de espaço e a aprenderem a respeitar seu próprio trabalho e ao trabalho do outro. O cuidado com os materiais é revelado do cuidado do professor 
com as crianças, pois na organização está implícita a pesquisa, a seleção e a forma como os diferentes materiais são oferecidos; 
✓ As crianças precisam de água para lavar os pincéis e mãos e não pode ser pouca, não! Potes grandes, bacias e baldes ajudam nesta tarefa, assim 
como torneiras próximas; 
✓ Cuide para que os acessórios das pinturas ou modelagem sejam seguros, sem ponta, sem corte, e evite peças pequenas, que podem engasgar e 
levadas á boca etc. 
✓ O ambiente escolar precisa oferecer uma infância saudável: com limpeza e higiene, conforto e simplicidade; pessoas que amam e cuidam 
(alimentação, higiene, sono, brincadeiras, etc.). O importante é o olhar atento que emprestamos na educação infantil das crianças. 
 
 
 
 
AVALIAR É PRECISO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
7 
 
Segundo Resolução n° 2, de 22 de dezembro de 2017 que Institui e oriente a implantação da Base Nacional Comum Curricular em seu 
artigo 8° os currículos, coerentes com a proposta pedagógica da instituição e ou rede de ensino, devem construir e aplicar procedimentos de 
avaliação formativa de processo ou de resultado, que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros 
como referência para melhorar o desempenho da instituição escolar dos professores e dos alunos; 
Para avaliar o desenvolvimento das crianças nas Instituições de Educação Infantil faz-se necessário três instrumentos: a observação, o registro 
e a documentação. Segundo o relato de um grupo de professoras da Educação Infantil participantes do Programa de Educação Infantil – PEI (2015-
2017) no município, o professor deve propiciar situações de aprendizagens às crianças, explorando os diversos espaços da escola, de forma que seja 
feita uma observação contínua das crianças neste cotidiano. Neste sentido, Horn destaca que, para desenvolver uma prática avaliativa que dê 
mais importância aos processos do que aos resultados, é necessário que o (a) educador (a) desenvolva a capacidade de abrir os olhos, de olhar. 
Olhar para ver além do que está visível. Por isso, é fundamental que o (a) professor (a) desenvolva habilidades de observação do cotidiano 
das crianças que lhes permitam ver além do que é aparente ou daquilo que se apresenta. (HORN 2012, p.10). 
A partir das observações o professor da Educação Infantil pode registrar o que foi mais significativo para cada criança e/ou o grupo. Estes 
registros podem acontecer por meio de diferentes ferramentas, tais como: fotografias, desenhos, avaliação do dia pelas crianças, relatórios diários e 
gerais, etc. Porém, Horn destaca que “o importante é pensar no significado dos registros e como eles podem apontar caminhos para melhor 
conhecer e acompanhar o desenvolvimento das crianças” (2012, p.10). 
Outro instrumento fundamental para sistematização da avaliação na Educação Infantil é a documentação. Na rede pública municipal de 
Abaetetuba-Pa têm sido utilizados os pareceres descritivos, registros diários, relatórios semestrais, fichas de acompanhamento do desenvolvimento e 
os portfólios. É importante destacar que, mais do que um instrumento para entregar às famílias, ou cumprir uma exigência da instituição, os pareceres 
descritivos devem ser pensados com o um instrumento que organiza, sistematiza as observações realizadas e amplia a nossa reflexão sobre as crianças. 
Os portfólios na educação Infantil geralmente incluem os trabalhos das crianças, e também os materiais que foram utilizados ao longo do período que 
se pretende avaliar, tais como: recortes, documentos variados, passeios, dúvidas, fotografias ou imagens significativas. Desta forma, coloca-se em 
evidencia o caráter pedagógico da Educação Infantil, garantindo que a avaliação das crianças “far-se-á mediante o acompanhamento e 
registro do seu desenvolvimento. Sem o objetivo de promoção ou classificação, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.” (BRASIL, Art. 
31 LDB, 1996). 
8 
 
Afirma as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil ano 2013 - “A observação sistemática, crítica e criativa do comportamento 
de cada criança, de grupos de crianças, das brincadeiras e interações entre as crianças no cotidiano, e a utilização de múltiplos registros realizados por 
adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.), feita ao longo do período em diversificados momentos, são condições necessárias 
para compreender como a criança se apropria de modos de agir, sentir e pensar culturalmente constituídos. Conhecer as preferências das crianças, a 
forma delas participarem nas atividades, seus parceiros prediletos para a realização de diferentes tipos de tarefas, suas narrativas, pode ajudar o 
professor a reorganizar as atividades de modo mais adequado ao alcance dos propósitos infantis e das aprendizagens coletivamente trabalhadas. A 
documentação dessas observações e outros dados sobre a criança devem acompanhá-la ao longo de sua trajetória da Educação Infantil e ser entregue 
por ocasião de sua matrícula no Ensino Fundamental para garantir a continuidade dos processos educativos vividos pela criança”. 
Em síntese, avaliar na Educação Infantil requer um olhar sensível e reflexivo sobre a criança, caracterizando a uma avaliação 
continuada, acompanhando seus avanços e singularidades; observando o que as crianças “precisam” aprender e o que elas “querem” 
aprender. A avaliação é um instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica na busca de melhores caminhos para orientar as 
aprendizagens das crianças. 
 
A ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL É A ESTRUTURA BÁSICA, DA ESPINHA DORSAL DAS ATIVIDADES DO DIA. 
Ambientes lotados, horários de entrada e saída conturbados e filas imensas no refeitório, no banheiro e no parque. Em uma escola de Educação 
Infantil, esses são alguns dos indícios de que a organização da rotina não vai bem. Uma das maneiras de solucionar esses problemas é propor atividades 
que ocorram simultaneamente - em espaços diferentes - e o escalonamento dos horários das turmas, dos funcionários e dos educadores. A rotina diária 
é o desenvolvimento prático do planejamento. É também a sequência de diferentes atividades que acontecem no dia-a-dia da creche e, é esta sequência 
que vai possibilitar que a criança se oriente narelação tempo-espaço e se desenvolva. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo para a 
criança, pois permite que ela estruture sua independência e autonomia, além de estimular a sua socialização. 
Maria Carmen Barbosa e Maria da Graça Horn, afirma em Organização do Espaço e do Tempo na Escola Infantil que: 
 
“O cotidiano de uma Escola Infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma 
forma para crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: 
o horário da chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras – os jogos diversificados – como o faz-de-conta, 
9 
 
os jogos imitativos e motores, de exploração de materiais gráficos e plásticos – os livros de histórias, as atividades 
coordenadas pelo adulto e outras”. 
 Assim, para organizar estas atividades no tempo, é fundamental levar em consideração três diferentes necessidades das crianças: “As 
necessidades biológicas, como as relacionadas ao repouso, à alimentação, à higiene e à sua faixa etária; as necessidades psicológicas, que se referem 
às diferenças individuais como, o tempo e o ritmo de cada um; as necessidades sociais e históricas que dizem respeito à cultura e ao estilo de vida 
de cada criança”. É interessante aqui reforçar a ideia de que a rotina deve prever pouca espera das crianças, principalmente durante os períodos de 
higiene e de alimentação. A espera pode ser evitada se organizarmos a nossa sala de aula de maneira que a criança tenha a possibilidade de realizar 
outras atividades, de forma mais autônoma, tendo livre acesso a espaços e materiais, enquanto o professor está atendendo uma única criança. 
 De acordo com a Base Nacional Comum Curricular no Art. 10 da Resolução n° 2, de dezembro de 2017, deve-se assegurar na rotina diária da 
instituição escolar os seguintes direitos de aprendizagem e desenvolvimento no âmbito da Educação Infantil: 
▪ Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e 
do outro, o respeito em relação á cultura e as diferenças entre as pessoas; 
▪ Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e 
diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, 
corporais, sensórias, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais; 
▪ Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades, propostas pelo educador 
quanto a da realização da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes 
linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando em relação a eles; 
▪ Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos 
da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando 
seus saberes sobre a cultura em suas diversas modalidades: As artes, a escrita, a ciência e a tecnologia; 
▪ Expressar, como sujeito de dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, 
questionamentos, por meio de diferentes linguagens; 
10 
 
▪ Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, construindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, 
nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e 
comunitário. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL., 2010, p.18) descrevem que a proposta pedagógica “deve ter como 
objetivo garantir à criança o acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens 
[...].” Deste modo, o professor precisa estar em constante reflexão diante de seu trabalho. 
É essencial o estabelecimento de uma rotina, porque estabelece organização das atividades no tempo, no qual possibilita ao educador uma 
direção para o trabalho que se propõe a fazer e as crianças segurança e compreensão de que estamos em um mundo organizado e que as coisas 
acontecem em uma determinada ordem de sucessão: antes, durante e depois. Essa sequência de acontecimentos é de grande ajuda para a organização 
de todo o trabalho. A rotina deve ser intencionalmente planejada e flexiva, que atenda as reais necessidades e expectativas de cada faixa etária; além 
da alimentação, higiene, sono, como nas situações diversificadas, que envolvem as brincadeiras, movimentos, cantigas e etc. em um ambiente amplo 
e acolhedor e desafiador organizado para a construção e o desenvolvimento integral da criança. 
O educador, então, deve planejar o dia-a-dia da criança na instituição como um contexto que garante o direito de toda criança a um ambiente 
acolhedor e desafiador, ao organizar tempo e espaço para a realização de diferentes atividades que promovam o aprendizado do cuidado pessoal, do 
envolvimento das crianças em brincadeiras e o estimulo à realização por elas de projetos de investigação que atendam a seus interesses e necessidades, 
tudo isso em um programa de parceria com as famílias. Conclui-se que a rotina é uma sequência de ações que dá condições para que a criança se 
organize no espaço, no tempo e na proposta. 
A lei que estabelece diretrizes e bases da educação nacional – LDB – determina que os conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção 
de todas as formas de violência contra a criança e adolescente serão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares em todas as 
etapas da educação escolar, tendo como diretriz o Estatuto da Criança e do Adolescente, apresentados através de projetos institucionais e temáticos 
incluídos, assegurados e efetivados na proposta pedagógica das unidades escolares que ofertam Educação Infantil. 
De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação em direitos Humanos (Parecer CNE/CP nº 8/2012 – Resolução CNE/CP nº 1/2012) 
são os seguintes princípios que devem orientar a prática da educação voltada para a efetivação de direitos humanos: 
a. Dignidade humana: o ser humano tem valor só pelo fato de ser homem e mulher. É uma qualidade intrínseca ao ser humano. 
11 
 
b. Igualdade de direitos: todos os direitos devem ser estendidos a todos; são universais. 
c. Reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades: as diferenças não devem ser transformadas em desigualdades. Daí a 
necessidade de combater ao preconceito e a discriminação. 
d. Laicidade do Estado: a religião não influência o Estado e o Estado não detêm nenhum poder religioso. 
e. Democracia na Educação: a democracia na escola exige diálogo e participação de todos no processo educativo. 
f. Transversalidade, Vivência e Globalidade: Educação em Direitos Humanos exige dialogo interdisciplinar, experiências e o envolvimento 
de todos na escola. 
g. Sustentabilidade socioambiental: a dimensão política da educação se estende ao cuidado com o meio ambiente local, regional e global. 
O interesse social de longo prazo com a prática da educação em Direitos Humanos diz respeito à construção de sociedades que valorizem e 
propiciem condições para a garantia da dignidade humana. Daí a importância do ambiente escolar se constitua em lócus privilegiado para a vivência 
e promoção dos direitos humanos, que precisam estar constituídos nas propostas pedagógicas das instituições escolares, iniciado desde a primeira 
infância. 
Daí a proposta do Arranjo Curricular para a Educação Infantil na Base Nacional Comum se dar em Campos de Experiências, nos impulsionando 
a Reorganização da Proposta Curricular da EducaçãoInfantil do Município de Abaetetuba-PA. Os Campos de Experiências incluem determinadas 
práticas sociais e culturais de uma comunidade e as múltiplas linguagens simbólicas que nelas estão presentes; assim como temas (Educação para o 
Trânsito, Diversidade Cultural, Educação Alimentar, Ciência e Tecnologia e Educação em Direitos Humanos, Cidadania e Civismo, etc.) que afetam 
a vida humana em escala local, regional e global preferencialmente de forma transversal e integradora. Constituem-se como forma de organização 
curricular adequada a esse momento da educação da criança de até 5 anos, quando certos conhecimentos, trabalhados de modo interativo e lúdico, 
promovem a apropriação por elas de conteúdos relevantes. Os campos potencializam experiências de distintas naturezas, dadas a relevância e a 
amplitude dos desafios que uma criança de 0 a 5 anos enfrenta em seu processo de viver, de compreender o mundo e a si mesma. Estrutura baseada 
no sujeito, quebrando com a lógica da organização de conteúdos em áreas de conhecimento que dá conta de uma concepção baseada no conhecimento; 
coloca os conteúdos curriculares na perspectiva daquilo que preenche o dia a dia da criança. Os campos integram as relações afetivas, o 
conhecimento de si mesmo e do outro, as explorações dos objetos e espaços, a linguagem, as normas, as interações, a cultura, a criança, a 
literatura, a música, a plástica, as tecnologias, os saberes e vivências culturais e as diversas manifestações artísticas. 
12 
 
 
❖ COMO AS ATIVIDADES PODEM SER ORGANIZADAS? 
 As atividades devem ser organizadas ao longo da jornada diária, da semana, do ano, considerando diferentes modalidades organizativas que 
levem em conta sua frequência ou encadeamento. Nesse sentido, uma sugestão para a organização do tempo didático das instituições de Educação 
Infantil são: 
• Atividades Permanentes: ocorrem com regularidade (diária, semanal ou quinzenal) e têm como objetivo familiarizar as crianças com 
determinadas experiências de aprendizagem e que apresenta um sentido real para elas. Essas atividades, embora não tenham uma relação temática ou 
sequencial com outras atividades, têm sentido e significado, em si mesmas, para o grupo de crianças, pois elas têm prazer em realizá-las ou mesmo 
porque compreendem o “para que” de sua realização. Elas asseguram seu contato com rotinas básicas significativas, para a aquisição de certas 
competências, considerando que a constância do fazer possibilita a construção do conhecimento essencial pelas crianças. Para os grupos de crianças 
menores, atividades como a exploração de diferentes objetos e de percursos motores, as brincadeiras cantadas, os momentos de movimentação e dança 
e a leitura pelo professor- entre muitas outras – devem ser, sem dúvida, permanentes. Entre as atividades permanentes para os grupos de crianças 
maiores, as conversas diárias em roda, o desenho, as atividades de artes visuais no ateliê, rotina de cuidados, brincadeiras espontâneas, movimentos 
livres, a brincadeira no parque e leitura diária de histórias são apenas algumas das que devem estar na jornada. Além dessas, são também permanentes, 
e por isso mesmo constituem oportunidades para o desenvolvimento de competências específicas importantes, as atividades de cuidado de si como as 
refeições, as trocas e banhos das crianças, a escovação de dentes, a ida ao banheiro, o momento de descanso e tantas outras. Essas atividades cotidianas 
e a qualidade de sua vivência marcam, de forma intensa, o ambiente da instituição e o modo como as crianças o sentem e veem. 
• Sequência de Atividades: trata-se de um conjunto de propostas, com eventual ordem crescente de dificuldades, em que cada passo permite o 
próximo seja realizado, ou seja, refere-se ao desdobramento de uma atividade significativa em várias outras. Seu objetivo é trabalhar experiências 
mais específicas, aprendizagens que requerem aprimoramento com a experiência. São exemplos de sequência de atividades a exploração de objetos 
semelhantes, várias vezes, pelas crianças, em que a repetição e a constância qualificam as interações e aprendizagem; e as sequências de leitura de um 
mesmo gênero de histórias durante um certo período de tempo, no caso das crianças maiores. 
• Atividades Ocasionais: permitem trabalhar com as crianças, em algumas oportunidades, um conteúdo que se considera valioso, mesmo não 
tendo correspondência com o que está planejado para o momento. Se a proposta permite trabalhar de maneira significativa, a organização de uma 
13 
 
situação independente se justifica. São exemplos de atividades ocasionais a preparação de uma salada com as frutas presenteadas por alguma família 
à unidade escolar; o convite para que um músico, de passagem pela comunidade, venha tocar para as crianças; a elaboração de uma festa de despedida 
para uma criança que vá se mudar e deixar de frequentar a creche; a discussão de uma notícia de grande importância, publicada pelos jornais, na roda 
de conversa; ou cuidar, durante alguns dias, de um passarinho machucado encontrado no quintal, até que possa voar novamente etc. 
• Projetos Educativos: seu planejamento tem objetivos claros, previsão do tempo, divisão de tarefas e avaliação final em função do que se 
pretende. Suas principais características são a existência de um produto final e de objetivos mais abrangentes. A compreensão de que se realiza um 
trabalho em etapas e o compartilhamento de um objetivo comum caracterizam os projetos como uma modalidade de organização de tempo didático 
que se presta mais aos grupos de crianças maiores, a partir dos 3 anos. 
• Oficina ou Ateliê: é uma metodologia que prevê um trabalho diversificado com atividades significativas, em que os grupos escolhem com o 
que ou onde irão trabalhar, prevendo – se ou não um produto coletivo. Exemplo, o “projeto do sapo”, a mesma atividade significativa de leitura de 
história pode ser desdobrada em ateliês ou em oficinas, com uma proposta de trabalho diversificado. Assim, um dos grupos pode ocupar o cantinho 
de fantasia, escolhendo e preparando roupas, adornos, e demais complementos que constituiriam o figurino dos personagens; ou outro grupo, o cantinho 
de artes plásticas, fazendo atividades de desenho, pintura, recorte e colagem para montar o cenário; um terceiro grupo pode escolher o canto de música, 
selecionando um repertório já conhecido de músicas que envolva a temática trabalhada, fechando com a dramatização. 
Com base nas ideias discutidas aqui sobre planejamento e atividades organizativas, é possível ao professor, em conjunto com sua 
instituição educativa, organizar programações mais ajustadas às crianças, construindo ao longo da passagem do tempo um currículo repleto 
de experiências para as crianças. 
 
 
❖ O QUE NÃO PODE FALTAR NA ROTINA DIÁRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: 
 ACOLHIDA/ADPTAÇÃO 
 RODA DE CONVERSA 
 LEITURA LITERÁRIA 
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 CONTAR E RECONTAR HISTÓRIAS 
 LAVAGEM DAS MÃOS 
 RECREIO ASSISTIDO 
 HIDRATAÇÃO (CONSUMO DE ÁGUA + BANHO DE SOL EM HORÁRIO PROPÍCIO) 
 PROCEDIMENTO DE ASSOAR O NARIZ 
 HIGIENE BUCAL 
 BRINCADEIRAS E INTERAÇÕES 
 ATIVIDADES CONFORME CAMPO DE EXPERIÊNIA 
 ORGANIZAÇÃO DE HORA ATIVIDADE 
OBS: Cabe a escola ter um olhar específico de sua realidade para adequar/flexibilizar a rotina considerando as necessidades da criança. 
 
 
 
❖ PROPOSTAS DE ATIVIDADES COM MATERIAIS VISUAIS PRESENTES NA SALA DE AULA 
 Pensamos no espaço a partir de suas dimensões (FORNEIRO, 1998): 
 
 
 
 
 
 
DIMENSÃO ESTÉTICA DA SALA 
Dimensão Funcional – forma de utilização dos espaços, sua polivalência e o tipo de atividade que 
nele ocorrem; 
Dimensão Física – geralmente estática, revela as condições estruturais: tamanho da sala, cores, 
objetos e sua disposição no ambiente; 
Dimensão Temporal – condições climáticas do local onde a escola está inserida se atende crianças 
em período integral e ou parcial, em quais momentos da rotinase usam os diferentes espaços da 
escola; 
Dimensão Interacional – refere-se ao espaço como facilitador do encontro entre as pessoas. 
 
➢ A maior parte das paredes (rol de entrada, corredores, pátio, refeitório, salas de atividades, etc.) deve expor os trabalhos realizados pelas crianças: 
desenhos, pinturas, colagens, poemas declamados, histórias lidas; 
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➢ Outra parte pode ser destinada aos dados organizativos do cotidiano: rotina, lembretes, avisos para que as crianças vejam os adultos como usuários 
da linguagem escrita e percebem quais são os marcadores do cotidiano. Nomes para que eles identifiquem cabideiros, pastas, nécessaire. 
➢ Um relógio de parede, com certeza, pois controlar o tempo faz parte da organização do trabalho e as crianças usufruem de um artefato humano 
útil, 
➢ Além dos calendários de uso social. 
➢ Fotos das crianças (autorizadas pelos seus responsáveis), do grupo, das crianças em diferentes momentos do dia, dos familiares, dos bichos de 
estimação, enfim, marcas da história que a criança constrói nesse ambiente. 
➢ Outra parte da parede pode aproximar as crianças da cultura, como por exemplo: reproduções de quadro, gravuras, fotos esculturas, que sejam 
significativas para as crianças e que ao mesmo tempo despertem sua curiosidade, gerando boas conversa; 
➢ É fundamental que os cantos da sala de aula possam variar de uma situação para outra ou ser criado novos cantos com diferentes temáticas, 
possibilitando oportunidades de novas interações e descobrimentos. 
➢ Organização de espaço destinado ao protagonismo infantil, onde a criança expõe suas criações livremente, através dos rabiscos e etc. 
OBS: É importante considerar que conforme a criança vai crescendo o ambiente deve e precisa mudar. A versatilidade é um dos atributos 
essências do espaço físico, que num dia pode se transformar em um deserto e, em outro, em oceano, em função dos elementos que o adulto 
disponibilizar para a brincadeira. Garantir o protagonismo da criança, ou seja, ter como foco da jornada o ponto de vista da criança (e não a 
mera relação de ações dos adultos no cotidiano de cada turma), atentando ao sentido que a criança pode dar a cada atividade. Outro ponto 
relevante é efetivar o planejamento coletivo das ações pelos professores, incluindo a documentação das atividades e a socialização de registros 
entre eles, o que demanda a construção contínua de uma “afinação” da equipe, com conversas frequentes sobre as rotinas e jornadas em jogo e 
o ajuste de condutas, para não deixar as crianças confusas com orientações por vezes antagônicas. Dar conhecimento a família dos objetivos 
sobre a jornada da criança na instituição e sobre a forma como esta se efetiva cotidianamente. 
Com a reformulação da Base Nacional Comum Curricular para Educação Básica em 20 de dezembro de 2017, surge a necessidade de se repensar 
e reestruturar o Currículo da Educação Infantil da Rede Pública Municipal de Educação, não desmerecendo o que já se têm construído ao longo dos anos 
em termo de qualidade da Educação Infantil em nosso município e o que precisamos ainda alcançar por excelência à primeira Infância. Outrossim, 
considerando o que já preconiza o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998); Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996); 
16 
 
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2009); Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96; Plano Municipal de Educação (2015 -
2025); Indicadores de Qualidade para Educação Infantil (2009); Programa de Educação Infantil-PEI (2015-2017) em parceria com Instituto Avisa -lá e 
Banco Santander; Resolução Nº 001 de 17 de janeiro de 2017 e leis vigentes. A Rede Pública Municipal de Educação traz na sua estrutura organizacional 
um currículo pautado na indissociabilidade entre Cuidar X Educar X Brincar, considerando as instituições de educação infantil como articuladoras das 
experiências e saberes das crianças e os conhecimentos que circulam na cultura mais ampla e que despertam o interesse dos pequenos. O Currículo em 
rede propõe direitos de aprendizagem e desenvolvimento e experiências de aprendizagem que devem ser garantidos no currículo das instituições de 
educação infantil da rede pública municipal de educação. Estes, porém, são redistribuídos em Campos de Experiências com seus respectivos Objetivos 
de Aprendizagem para as faixas etárias de Creche e Pré-Escola. A proposta de organização curricular por Campo de Experiência viabilizará o trabalho 
interdisciplinar e possibilitará a criança a fazer várias conexões com o mundo e os diversos conhecimentos, contribuindo para uma aprendizagem 
significativa e expressiva. Tudo acontece de forma articulada e não compartimentada, separada, fragmentada. Num movimento contínuo a vivência da 
criança, suas brincadeiras, suas especificidades e os demais conhecimentos do entorno. Considera-se na proposta do Currículo para a Educação Infantil 
o Eixo Temático Estruturante Interações e Brincadeiras. O que significa a valorização das diversas relações sociais nas quais as crianças se envolve no 
aprendizado dos mais diferentes aspectos e do brincar, como ação a ser priorizada neste momento de vida das crianças, dado que nas brincadeiras, as 
crianças exploram o contexto onde vivem, constroem situações a partir dos materiais disponíveis, de memórias de situações ou de histórias, de canções, 
de rituais, se apropriando da linguagem verbal e corpora, os papéis sociais e as regras de vida social. 
Segue abaixo relações de práticas educativas dos Campos de Experiências com Propostas de Experiências e Aprendizagens Significativas: 
 
ÂMBITO DE EXPERIÊNCIA: CONHECIMENTO DE MUNDO 
PRATICA EDUCATIVA 
❖ CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO 
PRÉ – ESCOLA (Grupo 03): Crianças de 04 anos a 05 anos e 11 meses. 
 
GARANTIR INTEGRALMENTE OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO: CONVIVER, BRINCAR, PARTICIPAR, 
EXPLORAR, EXPRESSAR E CONHECER-SE. 
❖ PRINCIPIOS NORTEADORES DO CAMPO DE EXPERIÊNCIA: 
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Desde o nascimento, as crianças são atraídas e se apropriam da língua materna em situações comunicativas cotidianas com pessoas de diferentes 
idades com quem interagem em diversificadas situações. A gestualidade, o movimento exigido nas brincadeiras e nos jogos corporais, a 
aquisição da linguagem verbal (oral e escrita) ou da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) potencializam tanto a comunicação quanto à 
organização do pensamento das crianças e sua participação na cultura. Na pequena infância, a aquisição e o domínio da linguagem verbal está 
vinculada à constituição do pensamento, à fruição literária, sendo também instrumento de apropriação dos demais conhecimentos. 
❖ SÍNTESE DE APRENDIZAGENS ESPERADAS NESTE CAMPO: 
- Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de interação, por diferentes meios. 
-Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e causal, organizando e adequado sua fala ao contexto. 
-Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas. 
-Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando compreensão da função social da escrita e reconhecendo a leitura como 
fonte de prazer e informação. 
❖ OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO: 
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos 
e outras formas de expressão. 
(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos. 
(EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas. 
(EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura 
da história. 
(EI03EF05) Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba. 
(EI03EF06) Produzirsuas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa. 
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de 
leitura. 
(EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre 
esses textos, como a recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.). 
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea. 
 
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❖ PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE EXPERIÊNCIAS E APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS PARA CRIANÇAS 
DE 04 ANOS A 05 ANOS E 11 MESES: 
• Rodas de conversas para desenvolvimento de linguagem oral e gestual. 
• Participar de diferentes formas de comunicação e expressão, tais como imagens, canções e música, teatro, dança e movimentos, assim como a língua 
escrita e falada, sem esquecer da língua de sinais, que pode ser aprendida por todas as crianças e não apenas pelas crianças surdas. 
• Propor continuamente a aquisição da linguagem oral, através de situações de aprendizagem que possibilite as crianças observarem e participarem 
cotidianamente de situações de comunicativas diversas onde podem comunicar-se, conversar, ouvir histórias, narrar, contar um fato, brincar com 
palavras, refletir e expressar seus próprios pontos de vista, diferenciar conceitos e descobrir novos caminhos de entender o mundo; 
• Propor atividades com a língua escrita desprovida de práticas mecânicas sem sentido para criança. Sua apropriação pela criança se faz no 
reconhecimento, compreensão e fruição da linguagem que se usa para escrever, mediada pela (o) professora (o), fazendo – se presente em atividades 
prazerosas de contato com diferentes gêneros escritos, como a leitura diária de livros pelo professor, a possibilidade da criança desde cedo manusear 
livros e revistas e produzir narrativas e “textos”, mesmo sem saber ler e escrever; 
• Preparar o ambiente, ou seja, o espaço para que a criança se sinta acolhida e tenha prazer em fazer ou ouvir a leitura; 
• Realizar leitura literária diariamente; 
• Desenvolvimento básico da Língua de Sinais- através da exploração do alfabeto em libras, nomes de animais e objetos, cartazes, bingo das letras 
do alfabeto em libras, características dos animais em sinais, palavras de uso cotidiano da criança em libras, treino e apresentação de músicas do 
repertório infantil em libras, etc.; 
• Propiciar interação entre uma criança ou adulto surdo junto com a criança ouvinte (observar suas relações de comunicação e aprendizagem) etc; 
• Planejamento de atividades em que instigue as crianças a ter contato com o mundo letrado através de diferentes matérias: letras em cartazes, 
propagandas, embalagens, revistas, lista de nomes (Ex: de animais, de brinquedos, de frutas, de material escolar) e jornais. 
• Brincar de pegar letrinha, números, formas geométricas, cores, flores, frutas, personagens etc. Além de ser brincadeira motora, auxilia na construção 
da identidade, valorizando os nomes da cada criança e é ferramenta para ingresso no mundo letrado. 
• Ler e discutir com a criança um filme ou uma peça teatral antes e depois de vê-los. 
• Ler as regras de jogos e brinquedos para a criança antes de começar a brincadeira procurando perceber o quanto ela entendeu. 
• Cantar e dançar musica infantis do folclore regional (Ex: brinquedos/brincadeiras cantadas, de artistas da terra, etc.) 
• Produzir desenhos relacionados à historinha lida pelo adulto e ou relatada pela criança; 
• Criar situações em que as crianças se familiarizem com os signos da escrita alfabética e compreendam os múltiplos papéis da leitura e da escrita nas 
sociedades contemporâneas, através dos diferentes materiais de uso social (cartazes, rótulos, cédulas, bilhetes, avisos, receitas de culinária, bula de 
remédio, etc.). 
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• Recompor uma história com início, meio e fim, reconhecer num grupo pessoas mais velhas, mais novas, colocar em sequência uma história 
contada. 
• Produções de álbuns com rótulos e embalagens, fotografias ou autorretrato, contendo a história de vida da criança. 
• Desenvolver atividades que possibilitem aos alunos fazer distinção entre letras, números, sinais e desenhos. 
• Orientar a criança sobre como utilizar o caderno: margens, linhas, posição para escrever. 
• Trabalhar as vogais no contexto de textos, do alfabeto, de rótulos, do nome dos alunos. 
• Construção de frase e palavras a partir de objetos concretos, jogos com letras, sílabas e palavras, atividades livres de desenhos e pintura, 
dramatizações, escrita espontânea, auto ditado, recontos orais e reescrita a partir de gravuras e estórias. 
• Aula inaugural com teatro de fantoches, músicas, brincadeiras, dinâmicas de socialização, conversa em grupos, canções de roda. 
• Roda de conversa, brincadeiras de faz de conta, utilização de crachás com o nome da criança, construção do nome com o alfabeto. (leitura 
complementar para o professor (a) do material PNAIC/Educação Infantil-2018 e o sobre o Projeto TRILHA do MEC). 
• Estabelecer diálogos, direcionando o falar e o escutar de modo que cada criança perceba que há momentos de fala e escuta, poderá ser trabalhado 
através do contrato didático. 
• Promover o Sarau Infantil para ampliar o repertório de poesias conhecidas pela turma e desenvolver a linguagem oral, corporal e gestual; 
• Coloque as crianças em semicírculo e conte a história mostrando placas correspondentes a cada cena, estimulando a criança a falar sobre o que está 
observando, instigando através de perguntas referentes ao título, autor, tempo, espaço, personagens, características textuais) deixando a criança falar 
espontaneamente), etc. Após a fala das crianças o professor (a) começa a contar a estória, parando em pontos estratégicos. “O que vocês acham que 
irá acontecer agora?” – ouvir as hipóteses das crianças- dar continuidade a estória deixando–a curiosa para saber o que irá acontecer no final. 
• Observação e manuseio de livros, jornais, revistas, listas telefônicas, folhetos de propagandas, etc; 
• Identificar diversos objetos como portadores de textos (livro, propagandas, rótulos, mídias eletrônicas (tablet, celulares, computadores, etc.), dentre 
outros. 
• Diferenciar símbolos, desenhos e rabiscos da escrita alfabética; 
• Realizar a leitura do signo fazendo a relação com a imagem simbolizada; 
• Construir histórias considerando o seu nível de desenvolvimento; 
• A turma nomeia objetos da sala, o educador escreve e cola no objeto. 
• Atividades utilizando receitas, por exemplo: receita de bolo. 
• Comparar e relacionar palavras com valor sonoro formulando rimas. 
• Favoreça o desenvolvimento oral e corporal por meio da música, juntamente com as atividades de higiene, trocas, alimentação etc. 
• Propicie momentos de conto de histórias em ambientes diversificados (debaixo de árvores, de casinhas improvisadas, antes de dormir etc.). 
• Direcione a ação pedagógica de forma a criar situações de fala e compreensão da linguagem (gravar fala, entrevistas com as crianças etc.). 
20 
 
• Aproxime a criança da cultura escrita utilizando os recursos didáticos pedagógicos de sala de aula e outros; 
• Criar situações em que a criança possa experiência as fórmulas sociais de intercambio, explorar gravuras, realizar brincadeiras, músicas, etc.; 
• Colocar a disposição da criança livros, revistas, jornais, gibis, e outros textos impressos, para identificarem letras de seu nome dos colegas, utilização 
de jogos diversos; 
• Estabelecer diálogo constante para verbalização do nome do aluno, propiciando situações para que ele possa ouvir e falar, se comunicar de maneira 
diversa, pode ser através de músicas, painel de chamada com listas de seus nomes em letra cursiva e bastão, etc; 
• Orientação sobre o posicionamento do papel, movimentodos traçados das letras, sentar corretamente na cadeira, mostrar para a criança que nossa 
escrita se orienta de cima para baixo e da esquerda para a direita; 
• Instigue a interação escola x família disponibilizando livros para serem lidos em casa, bem como orientando o cuidado e responsabilidade com o 
mesmo; 
• Promover a dramatização de estórias ou situações contadas anteriormente; 
• Manuseio, observação e comentário sobre diversos tipos de objetos, cenas personagens, materiais expostos em sala de aula, etc; 
• Apresentar vogais dentro do alfabeto para que a criança perceba estas letras como parte de um conjunto; 
• Explorar materiais escritos diversos e construir junto com os alunos murais, álbuns, etc; 
• Elabore jogos estruturados, como por exemplo: jogo de forca, descobrir quais letras faltam no nome dos colegas; perceber entre dois nomes 
selecionados suas semelhanças ou critérios que foram utilizados para a seleção (quantidades de letras, letras semelhantes iniciais ou finais); bingo 
de nomes; letras misturadas para formar os nomes, etc; 
• Utilização de jogos como quebra cabeça, dominó, bingo com: (figuras, letras, números, silabas e palavras), etc; 
• Apresente através de imagens amplas e cartazes expostos da altura da criança os diversos gêneros literários mais conhecidos; proporcionando a 
oralização, a percepção visual e o gosto pela leitura; 
• Praticar a conversação, ouvir músicas, cantar, contar e ouvir histórias, brincar com jogos de regras, com jogos imitativos, ver e comentar programas 
de tv, vídeos e filmes. 
• Usar ambientes impressos, livros, cartazes, letras, revistas, jornais, embalagens de brinquedos e alimentos. 
• Apresentar as letras do alfabeto junto a outros sinais gráfico para que a criança perceba a diferença entre letras e símbolos; 
• Explorar a distinção dos sinais gráficos (letras, números, rabiscos e outros sinais) trabalhando com diversos materiais impressos como: livros, 
revistas, gibi, rótulos, textos escritos, calendários, jornal e outros materiais produzidos pelo professor; 
• Solicitar às crianças que tragam brinquedos não mais utilizados para pendurar na sala ou fora dela, organizando o ambiente e tornando-o o lugar de 
curiosidade, de exploração e de conversação. São objetos que lembram da casa e com muitas histórias para contar e partilhar. 
• Para ampliar as experiências narrativas das crianças, é fundamental que o professor tenha um tempo diário com cada criança para ouvir suas 
narrativas e observar o que elas fazem, para planejar novos suportes para ampliar tais experiências. 
21 
 
• Utilizar livros de pano, de papelão, plástico, com imagens para as crianças “lerem” sozinhas, com amigos ou com a professora e seu agrupamento 
em um espaço aconchegante da sala, com tapetes e almofadas, um baú com os “tesouros” os livros que pode ser levados para casa para leitura em 
casa. 
• Realizar diariamente a leitura de diversos tipos de matérias escritos como parlendas, poemas, bilhetes, avisos, cartaz, etc.., possibilitando que a 
criança perceba a forma, os aspectos sonoros da linguagem, como ritmo e rimas, localizar onde estão escritas determinadas palavras, memorização 
de pequenos versos; 
• Realizar atividade com livros de histórias, onde a criança perceba a diferença entre textos e desenhos, a leitura e interpretação de gravuras, o reconto 
e a reescrita com desenhos da história lida pelo professor; compartilhamento e exposição das produções da criança. 
• Construir caixas de personagens para contação de histórias. 
• Deixar as crianças escolherem e pegarem os livros, pois as narrativas se iniciam com a manipulação: segurar o livro, virar páginas, ver imagens, 
indicar com o olhar ou com o dedo figuras de interesse e ouvi-las contar a história. 
• Fantoches na forma de famílias brancas e negras, animais domésticos ou do zoológico, personagens do folclore como o saci, o curupira, etc. são 
importantes recursos nas alternativas simples e desencadeiam o imaginário e o mundo de interações por meio de brincadeiras. 
• Planejamento de atividades em que instigue as crianças a ter contato com o mundo letrado através de diferentes matérias: letras em cartazes, 
propagandas, embalagens, revistas, jornais, etc. 
• Brincar de pegar letrinha, números, formas geométricas, cores, flores, frutas, personagens etc. Além de ser brincadeira motora, auxilia na construção 
da identidade, valorizando os nomes de cada criança e é ferramenta para ingresso no mundo letrado. 
• Encher primeiramente os balões, em quantidade suficiente para cada participante ter o seu. Amarra-lo para ficar cheio e seguro. No caso de 
participantes capazes de enchê-los solicitar para cada um faze-lo. Dependendo da faixa etária, o participante vai escrever seu nome no balão, ou 
seja, a primeira letra, para poder identifica-lo. Também pode ser colada a xerox da fotografia do participante ou gravuras que se tenha à disposição 
para esta atividade. 
• Apresentar e explorar com a criança gravuras, cenas e estórias para que ela escreva com auxílio do adulto (professor escriba). 
• Realizar atividade que envolva situações da vida cotidiana em que a criança possa observar a junção das vogais como: dramatizações, conversa 
informal, historinhas, ilustrações, alfabeto móvel, quebra cabeça, músicas, etc. 
• Utilizar atividade de sombreamento, trabalhando com os diferentes tipos de letras, explorando o nome através de colagem, pintura, desenho, alfabeto 
móvel; 
• Orientação sobre o posicionamento do papel, movimento dos traçados das letras, sentar corretamente na cadeira, mostrar para a criança que nossa 
escrita se orienta de cima para baixo e da esquerda para a direita. 
• Mostrar e destacar as vogais nos bilhetes, rótulos, avisos, cartazes, convites, livros e revistas. 
• Explorar e identificar as consoantes a partir da construção de bilhetes, avisos, convites, etc, junto com a criança. 
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• Explorar as consoantes em diferentes materiais impressos (rótulos, cartazes, bulas de remédio, crachás, jornais, revistas, etc.). 
• Explorar e identificar as consoantes utilizando diferentes tintas para traçar as letras e utilização de jogos como quebra-cabeça, dominó, bingos de 
memória, etc. 
• Produzir desenhos relacionados a história de vida da criança através do relato oral ou gestual (línguas de sinais) das mesmas. 
• Produzir uma coleção de livros de histórias recontadas pelas crianças para uma troca de livros entre as salas da escola, para ampliar o repertório da 
biblioteca. 
• Escrever histórias sobre heróis de histórias infantis e desenhá-los. 
• Construção de livro de receitas (regionais, favoritas do grupo, sucos e vitaminas, sobremesas, mingau, etc.) para levar para casa e pedir ajuda aos 
pais para preparar algumas das receitas. 
 
 
 
ÂMBITO DE EXPERIÊNCIA: CONHECIMENTO DE MUNDO 
PRÁTICA EDUCATIVA 
❖ CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES. 
PRÉ – ESCOLA (Grupo 03): Crianças de 04 anos a 05 anos e 11 meses 
 
GARANTIR INTEGRALMENTE OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO: CONVIVER, BRINCAR, PARTICIPAR, 
EXPLORAR, EXPRESSAR E CONHECER-SE. 
 
❖ PRINCIPIOS NORTEADORES DO CAMPO DE EXPERIÊNCIA: 
 As crianças são curiosas e buscam compreender o ambiente em que vivem, suas características, suas qualidades, os usos e a procedência de 
diferentes elementos com os quais entram em contato, explicando o “como” e o “porquê” das coisas, dos fenômenos da natureza e dos fatos da 
sociedade. Desde muito pequenas, as crianças veem-se diante de experiências em que precisam se situar em diferentes espaços (rua, casa, escola, 
bairro, cidade, etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.) demonstram curiosidades sobre o próprio corpo, os fenômenos 
atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações da natureza, as relações sociais e de parentesco; e, além disso, também se deparam com 
situações que envolvem contagens, ordenações, relações entre quantidades, medidas,comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de 
distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais. Logo, é papel da educação 
23 
 
infantil promover interações e brincadeiras nas quais as crianças tenham a oportunidade de realizar observações, manipular objetos, investigar 
e explorar o entorno, levantando hipóteses e consultando fontes de informação que esclareçam suas curiosidades e indagações. 
 
❖ SÍNTESE DE APRENDIZAGENS ESPERADAS NESTE CAMPO: 
- Identificar, nomear adequadamente e comparar as propriedades dos objetos, estabelecendo relações. 
-Interagir com o meio ambiente e com fenômenos naturais ou artificiais, demonstrando curiosidade e cuidado. 
-Utilizar vocabulário relativo às noções de grandeza (maior, menor, igual etc.), espaço (dentro e fora) e medidas (comprido, curto, grosso, fino) 
como meio de comunicação de suas experiências. 
-Utilizar unidades de medida (dia e noite; dias, semanas, meses e ano) e noções de tempo (presente, passado e futuro; antes, agora e depois), para 
responder a necessidades e questões do cotidiano. 
-Identificar e registrar quantidades por meio de diferentes formas de representação (contagens, desenhos, símbolos, escrita de números, 
organização de gráficos básicos, etc.). 
 
❖ OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO: 
(EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades. 
(EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais 
e artificiais. 
(EI03ET03) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua conservação. 
(EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em 
diferentes suportes. 
(EI03ET05) Classificar objetos e figuras de acordo com suas semelhanças e diferenças. 
(EI03ET06) Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a história dos seus familiares e da sua comunidade. 
(EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência. 
(EI03ET08) Expressar medidas (peso, altura etc.), construindo gráficos básicos com ajuda do professor (a). 
 
❖ PROPOSTAS DE SITUAÇÕES DE EXPERIÊNCIAS E APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS PARA CRIANÇAS 
DE 04 ANOS A 05 ANOS E 11 MESES: 
24 
 
• As crianças precisam brincar em pátios, quintais, praças, bosques, jardins, praias, parques, e viver experiência de semear, plantar e colher os frutos 
da terra, permitindo a construção de uma relação de identidade, reverência e respeito para com a natureza e o meio em que vive; 
• Construir com a criança uma linha do tempo com a história de vida dela (o dia do seu nascimento, o ano em que começou a andar, a falar, sua idade 
atual, o ano em que começou a frequentar a escola, etc), mostrar produtos que contenham números, placas, cartazes, numeração das casas, 
enfatizando que os números estão presentes o tempo todo em nossa vida; 
• Trabalhar as atividades de matemática sempre por meio de jogos e brincadeiras significativas para torna-la mais prazerosa e estimulante; 
• Utilização diária do calendário, da lista de chamadas, proporcionando diálogos coletivos e individuais que envolvam conceitos verbais de tempo 
(hora, dia, semana, a quantia de dias em cada mês, etc.) permitindo marcar o tempo que falta para alguma festa, prever a data de um passeio, localizar 
as datas de aniversários das crianças, etc; 
• Explorar por meio do calendário a noção de hoje, ontem, antes de ontem, amanhã, depois de amanhã; 
• Propor atividades que estimulem a observância dos fenômenos naturais, relatando conhecimento e formulando hipóteses, utilizando cartazes, 
fotografias, gravuras, vídeos, ilustrações, jornais e revistas, de modo que o aluno possa ampliar a compreensão dos fenômenos naturais; 
• Localizar a data de aniversário da criança no calendário; 
• Organizar atividades em que a criança possa expressar como está organizado o espaço da escola, da sala de aula, de sua casa, etc; 
• Propor situações significativas que envolvam a utilização do relógio, sua importância e utilidade (uso diário do relógio enfatizando a hora da entrada, 
a hora do recreio e a hora da saída); 
• Utilização de fita métrica para medição das crianças, acompanhamento do seu desenvolvimento e montagem de gráfico ou tabela com os dados 
coletados das medidas das crianças. OBS: a coleta dos dados deve ser realizada no coletivo da turma com o professor (a), tendo o mesmo como 
escriba; 
• Introduzir atividades que demonstrem situações concretas de utilização dos elementos do sistema monetário (cédulas e moedas), através de 
simulação do ato de compra x venda e de preços de produtos que a criança gosta como bombom, brinquedos, pipoca, chopp, etc.., explorando seu 
relato oral, dando a elas também noções sobre caro e barato; 
• Promover a quantificação dos objetos, móveis e outros materiais dispostos na sala de aula; 
• Brincar em diferentes posições: deitado, em cima, em baixo, de lado, etc; 
• Contar os dias, observar quantas crianças vieram e quantas faltaram anotar no calendário diário, se há sol, chuva ou nuvens, verificar as atividades 
ao longo do dia; 
• Classificar conjuntos de objetos com palavras como “nenhum”, “muito”, “pouco”, “bastante”; 
• Boliche (de tecido, macio para os menores e mais duro, de plástico, para os maiores) ou argolas para contar os acertos; 
• Brincar de medir as crianças utilizando fita métrica (de preferência fixa na parede de sala de aula, para que a criança junto com o adulto possa 
acompanhar seu crescimento); 
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• Apostar corrida para ver quem chega primeiro a um lugar marcado; 
• Jogar bolas coloridas cada cor em uma cesta; 
• Explorar na lista de chamada o número de meninos e meninas que estão presentes na aula do dia, o numeral que representa aquela quantidade; 
• Promover atividades diversificadas usando o próprio espaço físico e materiais didáticos para a localização e orientação de espaço; 
• Desenvolver atividades em que as crianças possam perceber e identificar características opostas através de objetos da própria criança, do espaço 
físico, cartazes, etc; 
• Construir junto com as crianças o álbum da família de cada aluno com recortes, desenhos, fotografias com palavras e/ou frases produzidas pela 
própria criança com auxílio do professor; 
• Ordenar cartões com figuras e formas em uma sequência de tempo; 
• Vivenciar experiências de semear, plantar e colher os frutos da terra, permitindo a construção de uma relação de identidade, conservação e respeito 
para com a natureza. 
• Vivenciar experiências que possibilitem construir conhecimentos sobre plantas e animais. 
• Proporcionar junto com as crianças o plantio de feijões, hortaliças, etc. e acompanhar o seu crescimento dia-a-dia; 
• O educador pode utilizar-se de uma história do feijão, por exemplo, em que eles desenharão a história da vida do feijão, passando pelas etapas do 
seu desenvolvimento, da semente até a planta adulta; 
• Apresentar cartazes ilustrativos com gravura que demonstrem a ideia de dia, noite, ontem, hoje, muito tempo atrás, muito tempo depois, etc; 
• Realizar atividades em que a criança perceba - se como parte de um grupo social com hábitos, modos de vida e costumes próprios; 
• Desenvolver atividades onde a criança possa explorar a ação de comprar materiais diferenciados, reconhecendo a caracterizando-os com muito ou 
pouco elemento, suas diferentes formas e cores, etc; 
• Utilizar recipientes com água, para apresentar diversas quantidades; 
• Construção de livro sensorial com tecidos, folhas, lixas, esponjas, EVA, serapilheiras, galhos de árvores, canudinhos, sementes, etc. 
• Explorar numerais e quantidades com a utilização de materiais presentes do cotidiano da criança como: quantidadesde lápis, borrachas, cadernos, 
brinquedos, mesas, cadeirinhas, placas de carro, de motos, número de telefone celular, conta de luz, etc; 
• Contar o número de letras que existe no nome do aluno, no nome dos colegas, etc; 
• Orientar os alunos sobre o traçado correto dos números, posição da escrita no papel, realizar apresentação gráfica da escrita dos números por meio 
de movimentos no ar, realizado primeiro pelo professor, depois pelo aluno, em caixa com areia, na lousa, por meio de pintura a dedo, etc; 
• Utilizar materiais concretos para que a criança manipule e ordene, incentivando-os a reconhecer o primeiro, o último, a ordem de organização de 
objetos concretos e desenhos; 
• Criar atividades em que se estabeleçam relações entre coleções diferentes (carteiras, pedras, lápis, grãos, etc..) e que envolvam atividades lúdicas 
como: jogos, brincadeiras, músicas e outros; 
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• Utilizar ações associadas às operações de adição (juntar ou reunir) e subtração (retirar, comprar ou completar) através de materiais concretos como 
palitos, grãos, pedrinhas, peças de jogo, lápis, situações envolvendo o próprio aluno, etc; 
• Propor parcerias com secretaria do meio ambiente na promoção de palestras com a família e em seguida com as crianças, sobre o tema meio 
ambiente; 
• Construir com os alunos lixeiras apropriadas com matérias de sucata como caixa de papelão, para a coleta seletiva do lixo e incentivar a coleta 
seletiva do lixo diariamente no ambiente escolar e familiar; 
• Realizar rodas de conversa sobre os desmatamentos, explorando o conhecimento do aluno sobre esse assunto; 
• Trabalhar com as crianças vídeos que mostram o desmatamento e suas consequências. A partir do vídeo promover atividades de desenho livre ou 
dirigido e pintura com as crianças para explorar a compreensão do aluno sobre o assunto (sugestão de vídeo smilinguido e a invasão das sauvitas), 
etc; 
• Por meio de rodas de conversa orientar sobre a importância do reflorestamento para o meio ambiente; 
• Construir na escola, junto com os alunos, jardins solicitando que tragam mudas para serem plantadas por eles com a ajuda da professora; 
• Realizar atividades de desenho e pintura em que a criança possa criar situações de áreas desmatadas e reflorestadas; 
• Atividade de roda de conversa sobre o trabalho dos pais, recorte, dramatizações que representem algumas profissões; 
• Pesquisa, recorte, desenhos, observações de revistas, jornais, para que o aluno reconheça os diferentes tipos de moradia e suas características; 
• Promoção de atividades e dinâmicas significativas para a criança que possibilite a observação ou percepção dos diferentes seres animados e 
inanimados que fazem parte de seu cotidiano; 
• Realizar cruzadinhas, caças- palavra, parlendas, trava- línguas, desenho, pintura, colagem, para que os alunos possam ampliar e reformular seus 
conhecimentos sobre os animais; 
• Utilizar o espaço da escola para a criação de hortaliça juntamente com a criança; 
• Construir na escola, junto com os alunos, jardins solicitando que tragam mudas para serem plantadas por eles com ajuda da professora; 
• Criar com elas um sistema de organização faz parte da brincadeira, pegando, brincando e depois guardando os brinquedos; 
• Brinquedos e matérias em estantes, na altura do olhar da criança, separados e organizados em caixas etiquetadas com o nome dos brinquedos, 
oferecem autonomia às crianças para pega-los, usa-los depois guarda-los; 
• Brincando com água usando tubos, peneiras, canecas e garrafas, as crianças questionam a razão da água não parar na peneira, o que faz emergir a 
hipótese de “segurar” a água com a mão de baixo da peneira; 
• Brincando com água, fazendo chuva, vapor ou gelo, as crianças aprendem a mudar a natureza das coisas do mundo físico; 
• Usar recursos da natureza para fazer colares, anéis e brincos ou utensílios domésticos, de caça ou pesca, utilizando frutos, cipós, argila, madeira 
macia como a palmeira de miriti, sementes para, junto com as crianças produzir brinquedos e objetos; 
• Desenvolvimento de minioficina com os alunos, pais e comunidade sobre a palmeira e o brinquedo de miriti; 
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• Utilizar pedrinhas do rio e fazer desenhos em sua superfície ou usa-los como peças dos jogos criados pelas crianças valorizarem a natureza e 
oferecerem novas oportunidades de expressão; 
• Promover dinâmicas que possibilitem a percepção dos diferentes seres vivos e inanimados que fazem parte do cotidiano da criança e/ou construir 
com figuras, desenhos, frases e textos; 
• Construir álbum dos animais com figuras, desenhos, frases e textos; 
• Trabalhar com painéis, murais, cartazes, quebra-cabeça, jogos, aulas expositivas e aulas passeio que exploram os diversos tipos de plantas; 
• Promoção de atividades e dinâmicas significativas para a criança que possibilitem a observação ou percepção dos diferentes seres brutos que fazem 
parte de seu cotidiano; 
• Trabalhar com vídeos, contar histórias, dramatizar, propor situações de questionamentos, sobre a terra, a água, o ar e o solo; 
• Proporcionar situações de contato com o solo, a natureza, etc. (implementação de horta, etc). 
• Aulas práticas ou a passeio mostrando a água limpa e suja, sua importância, o seu uso, desperdício na utilização e como preserva - lá; 
• Realizar atividades sobre a importância do ar para os seres vivos por meio da roda de conversa, brincadeiras como estourar e assoprar balão, observar 
bolhas, soprar canudos, barco de papel na água, confeccionar cata-ventos e atividades experimentais que possibilite a criança perceber existência 
do ar em nossa vida; 
• Aproveitar os troncos de madeira caídos ou de arvores que foram cortadas para criar cenários de brincadeiras de expressão motora e que se pula, se 
sobe ou desce, ou se fazem mesas e bancos, que servem para brincadeiras imaginárias; 
• Amarrar nos troncos frondosos cordas para brincar de balançar; 
• Resgate dos brinquedos e brincadeiras cantadas; 
• Utilizar as folhas e flores como alimentos nas brincadeiras imaginaria; 
• Brincar de esconder atrás de arbustos, árvores ou morros; 
• Brincar de colher musgos, conchinhas, pedrinhas, galhos, folhas, e flores para fazer coleções ou recriar a natureza sobre azulejos. A natureza se 
transforma em objetos de arte, em cultura feita pela criança; 
• Brincar de fazer previsões de tempo, observar as fotografias da escola ou da casa da criança antes e depois da reforma, ver o calendário diário e 
semanal da unidade escolar, são atividades que promovem vivencias sobre a noção do tempo; 
• Olhar fotografias do tempo em que entraram na creche com bebês e agora, com 3 ano, já crescidas (4 e 5 anos) e com muita experiência, é outra 
maneira de ver o tempo passar; 
• Os portfólios individuais das crianças são documentos pedagógicos que devem ser vistos pelas crianças para que compreendam a noção do tempo 
sua história de vida ao longo de um período; 
• Pergunta para a criança onde está o céu, o teto, o chão, a lâmpada? E pedir que mostre com o dedo. Em seguida fazer as mesmas perguntas e pedir 
que respondam se está em cima, em baixo, atrás, na frente, etc; 
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ÂMBITO DE EXPERIÊNCIA: CONHECIMENTO DE MUNDO 
PRATICA EDUCATIVA 
❖ CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS” 
PRÉ – ESCOLA (Grupo 03): Crianças de 04 anos a 05 anos e 11 meses. 
 
GARANTIR INTEGRALMENTE OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO: CONVIVER, BRINCAR, PARTICIPAR, 
EXPLORAR, EXPRESSAR E CONHECER-SE. 
 
❖ PRINCIPIOS NORTEADORES DO CAMPO DE EXPERIÊNCIA: 
O corpo, no contato com o mundo, é essencial na construção de sentidos pelas crianças, inclusive para as que possuem algum tipo de deficiência, 
transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades/superdotação. Por meio do tato, do gesto, do deslocamento, do jogo, da marcha, dos 
saltos, as crianças expressam-se, percebem, interagem, emocionam-se, reconhecem sensações, brincam, habitam espaçose neles se localizam, 
construindo conhecimento de si e do mundo. 
 
❖ SINTESE DE APRENDIZAGENS ESPERADAS NESTE CAMPO: 
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- Reconhecer a importância de ações e situações do cotidiano que contribuem para o cuidado de sua saúde e a manutenção de ambientes 
saudáveis. 
-Apresentar autonomia nas práticas de higiene e alimentação, no vestir-se no cuidado com seu bem – estar, valorizando o próprio corpo. 
-Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e adequação) como instrumento de interação com o outro e com o meio. 
-Coordenar suas habilidades psicomotoras finas. 
 
❖ OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO: 
 
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em 
brincadeiras, dança, teatro, música. 
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre 
outras possibilidades. 
(EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música. 
(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados à higiene, alimentação, conforto e aparência. 
(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas. 
 
❖ PROPOSTAS DE SITUAÇÕES DE EXPERIÊNCIAS E APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS PARA CRIANÇAS 
DE 04 ANOS A 05 ANOS E 11 MESES: 
• Propor habilidades motoras que levem a criança a aprender a conhecer seu próprio corpo e a movimentar expressivamente, utilizando materiais que 
colaboram para as experiências motoras como: túneis para as crianças percorrerem, caixa de madeira, materiais que rolem e onde as crianças possam 
entrar; utilização de instrumentos musicais ou geradores de som (bandinhas de diversos objetos), cordas e bastões, bancos, sacos de diversos 
tamanhos, pneus, tijolos, espelhos, papeis de todos os tamanhos e formatos, giz, lápis, canetas hidrográficas (de diversos tamanhos), elásticos e 
outros; 
• Participação nas atividades psicomotoras que promova o desenvolvimento físico global, utilizando ambientes internos e externos da unidade e 
exploração de diversos materiais apropriados à faixa etária da criança. 
• Prover estímulo às crianças por meio de atividades sensoriais através do tato, olfato, visão, audição, gustação, movimentos e posições do corpo; 
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• Construção de caixas sensoriais com o objetivo de fazer com que as crianças relaxem enquanto brincam, toquem texturas diferentes e por aí vai. 
Ex.: Uma caixa com areia, arroz colorido ou outros grãos é o ponto de partida para a criação de cenários criativos e superdivertidos; 
• Promoção de atividades diversificadas e contextualizadas com jogos e brincadeiras que envolvam amarrar e desamarrar sapatos, faixas lenços 
pentear-se, escovar os dentes, fechar a torneira, conservação dos objetos didáticos, utilizar o banheiro, de modo trabalhar a independia do aluno; 
• Realizar atividades para que criança tenha contato direto com argila, massas, pedrinhas, grãos, papelão, jornal, revistas, para que a interação do 
mundo da criança com matérias que estimulem o processo de criação; 
• Proporcionar através do manuseio de creme de barbear, gelatina e massinha de modelar o exercício de familiarização com texturas e 
desenvolvimento da coordenação motora fina e o movimento de pinça do polegar com o indicador; 
• Criar recipiente cheio de água dando asas à imaginação para espaços de banho, laguinhos ou aquários. Desafiando os pequenos a adivinhar quais 
objetos vão flutuar. Brincar com variações de temperatura também é ótima ginástica para o cérebro; 
• Desenvolver a coordenação motora global (ampla) através do controle de grandes movimentos, força, velocidade, ritmo, equilíbrio e lateralidade; 
• Desenvolver a coordenação motora fina através da pintura, do recorte com tesoura, do rasgar, do colar, do modelar, do perfurar, do manchar e traçar, 
do dobrar, rabiscar e escrever, etc.; 
• Utilização de massa de modelar, rasgar, amassar e fazer bolinhas de papel, recortar e colar, retirar e colocar pregador, fazer pintura a dedo, com 
areia, etc; 
• Propor exercícios de coordenação visomotora: jogos de bola, por exemplo, onde a destreza, o controle muscular (força) e a leveza dos movimentos 
melhoram a habilidade manual solicitada pelo grafismo; 
• Orientar os alunos na produção de cartazes com pintura das mãos dos alunos, dos pés, pinturas livres, recorte e colagem e outros materiais que 
estimulem o processo de criação; 
• Explorar estruturação espacial e organização temporal explorando o próprio corpo, o ambiente e os objetos; 
• Realizar atividade com uma corda no chão e pedir que a criança ande descalça sobre a corda, com os braços abertos, procurando manter equilíbrio. 
Aproveitando a mesma atividade, peça que a criança ande de costas sobre a corda de braços abertos; 
• Colocar uma corda esticada no chão e orientar a criança para que pule com os pés juntos para esquerda e para direita consecutivamente; 
• Caminhar de frente e voltar de costa; 
• Caminhar de costa, girar e caminhar de frente; 
• Proporcionar atividades como: pular em um pé só, sem perder equilíbrio; 
• Forma um círculo com os alunos e o professor estando em pé deverá se posicionar de forma ereta no centro do círculo, pernas e pés unidos, braços 
ao longo do corpo, mantendo essa posição por alguns segundos, orientando as crianças a fazer o mesmo; Ainda em círculo, com as crianças sentadas 
no chão, o professor deverá se posicionar de forma a ficar com as pernas cruzadas (como no ioga), coluna ereta e mãos sobre os joelhos, mantendo 
esta posição por algum tempo juntamente com os alunos que deverão ser orientados a imitá-lo; 
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• Desenvolver atividades em que as crianças possam movimentar os braços, para frente e para trás, um de cada vez, depois os dois aos mesmo tempo, 
esticar as pernas, movimentar os braços, para frente e para trás, um de cada vez, depois os dois aos mesmo tempo, esticar as pernas, movimentar os 
tornozelos, (sugestão de música para essa atividade. Ex: Música da Xuxa (mão na cabeça, mão na cintura, um pé na frente o outro atrás); 
• Colocar um livro na cabeça para que ela caminhe equilibrando-o; 
• Andar nas pontas dos pés; 
• Caminhar conduzindo um balão entre as cochas; 
• Caminhar com um balão entre as pernas ou entre os pés. (Estas atividades podem ser realizadas em forma de competição); 
• Proporcionar amarração de um cadarço; 
• Modelar com massinha uma cobra comprida e uma cobra curta. – Utilizar o saco ou caixa surpresa, com objetos familiares, letras ou números, para 
que a criança identifique com a mão dominante; 
• Realização de atividades que desenvolva o equilíbrio, concentração apreensão, etc. como: Prender pregadores na beira de uma caixa, colocando e 
depois retirando um de cada vez; Resgar papel em pedaços grandes, em pedaços pequenos, em tiras; Folhear livros e revistas; Brincar com o iô iô; 
Colar recortes sobre uma linha horizontal, vertical; Colar recortes em folha de papel livremente; Colar recortes apenas em uma área determinada; 
Proporcionar atividade como: pintar, cortar, colar livremente; Amassar papel com uma e depois com as duas mãos; Dobrar folha ao meio na 
horizontal e vertical; Exercitar o uso de talheres; Desenvolver atividade de escovar os dentes, pentear- se, vestir-se primeiro com ajuda, depois sem 
ajuda, abotoando e desabotoando; Realizar os jogos de encaixe; Orientar as crianças para exercitarem o modo de segurar a tesoura; Modelar com 
massa e argila em formas circulares, esféricas, achatadas nos polos (como tomate), ovais cônicas (como cenoura), cilíndricas (como pedaços de 
cabo de vassoura, quadrangulares (como tijolos); Enfiar canudinhos em fio de náilon ou de algodão. De início os canudinhos deverão ser grossos 
e o fio grosso e firme, depois com canudinhos finos e fios moles e finos; Realizar

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