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DOCENTES, PROTAGONISTAS DA TRANSFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO administração pública como chancela de descaso quanto ao não investimento na formação de educadores

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ALPHAVILLE EDUCACIONAL 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E DOCÊNCIA NO ENSINO 
MÉDIO, TÉCNICO E SUPERIOR 
 
 
 
 
ALBERTINA CARLA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
DOCENTES, PROTAGONISTAS DA TRANSFORMAÇÃO NA 
EDUCAÇÃO: administração pública como chancela de 
descaso quanto ao não investimento na formação de 
educadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2020 
ALBERTINA CARLA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOCENTES, PROTAGONISTAS DA TRANSFORMAÇÃO NA 
EDUCAÇÃO: administração pública como chancela de descaso 
quanto ao não investimento na formação de educadores. 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Alphaville Educacional — Unialphaville, como 
requisito básico para obtenção do título de pós-
graduado em Gestão e Docência no Ensino 
Médio, Técnico e Superior. 
 
Área de Concentração: GESTÃO E DOCÊNCIA 
 
Orientador: Prof. Sandro Takeshi Munakata da 
Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2020 
ALBERTINA CARLA DOS SANTOS 
 
 
 
DOCENTES, PROTAGONISTAS DA TRANSFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO: 
administração pública como chancela de descaso quanto ao não investimento na 
formação de educadores. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Alphaville Educacional — 
Unialphaville, como requisito básico para 
obtenção do título de pós-graduado em 
Gestão e Docência no Ensino Médio, 
Técnico e Superior. 
 
 
 
Área de concentração: GESTÃO E DOCÊNCIA 
 
Data de defesa: de de 
Resultado: . 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
Prof. Dr. 
 
Julgamento: Assinatura: 
 
 
 
Prof. Dr. 
 
Julgamento: Assinatura: 
 
 
 
Prof. Dr. 
 
Julgamento: Assinatura: 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho titulado — “Docentes, protagonistas da transformação na 
educação: administração pública como chancela de descaso quanto ao não 
investimento na formação de educadores” — teve como objetivo corroborar sobre a 
importância do docente como transformador através da educação, uma vez que entre 
suas principais funções sendo a composição de conhecimento para com cidadãos e 
com isso o papel de transformadores da realidade educacional desses indivíduos, pois 
abrangendo diretamente a formação ética, profissional e a socialização do 
conhecimento dos discentes. O trabalho, feito através de pesquisa bibliográfica com 
foco na educação, visa também, colocar os desafios que esses profissionais tendem 
a desviar-se para que possam levar as salas de aulas a reflexão da teoria e prática, 
como ainda, a exposição da falta de interesse da administração pública para com a 
formação profissional do educador, criando barreiras para um professor que seja 
capaz de inovar e romper a bolha de uma educação precária, nesse âmbito, 
justificando a necessidade desta pesquisa. De natureza qualitativa, teve como método 
coleta de informações que não buscou apenas medir um tema, mas descrevê-lo, 
usando impressões, opiniões e pontos de vista. As análises ao longo desse trabalho 
demonstram a importância de um olhar mais atento do poder público para com os 
futuros profissionais da educação. Foi verificado que mesmo após avanços 
normativos, a realidade é que não se tem efetividade, dessa forma, ferindo 
plenamente os direitos e garantias tutelados pela lei máxima do país, a Constituição 
brasileira de 1988. 
 
 
 
Palavras-chave: O que é ser um docente. Agente transformador. Políticas públicas. 
Docente protagonista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 06 
2. O QUE SER UM DOCENTE ........................................................................... 08 
3. DOCENTE AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO E A NECESSIDADE DE SE 
INVESTIR EM UM NOVO PERFIL PARA 
PROFISSÃO....................................................................................................12 
4. POLÍTICAS PÚBLICAS E A PROFISSÃO DOCENTE....................................17 
5. DOCENTE COMO PROTAGONISTA: ser transformado para transformar.23 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................29 
REFERÊNCIAS ...............................................................................................31 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A garantia constitucional a todo e qualquer cidadão ao direito a educação, onde 
o tema (educação) como direito de todos deve ser ministrada pela família e pelos 
poderes públicos […] de modo que possibilite eficientes fatores da vida moral e 
econômica da Nação […], aparecem, pela primeira vez, na Constituição de 1934 em 
seu artigo 149. 
Deste a constituição de 1934 a educação é vista como um processo de 
socialização e aprendizagem encaminhada ao desenvolvimento intelectual e ética de 
uma pessoa, e de fato a constituição de 1988 veio reiterar que além do dever do 
Estado tem-se a colaboração familiar indicando o reconhecimento da enorme tarefa 
que cabe à sociedade na formação dos educandos. Dessa forma, diz o artigo 205 da 
Constituição Federal de 1988: 
 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida 
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
 
Além disso, a atual Constituição garante a liberdade de ensinar, o pluralismo 
de ideias, as concepções pedagógicas, e a valorização dos profissionais da educação. 
Não obstante, os docentes no Brasil estão longe de serem valorizados, seja pelos 
baixos salários, a formação deficitária onde grande parte dos profissionais acabam 
tendo uma visão parca de como ensinar, inadequação ou mesmo inexistência de 
planos de cargos e salários, perda de garantias trabalhistas e previdenciárias 
decorrentes de reformas do Aparelho de Estado, aliadas as dificuldades existentes no 
contexto próprio da sala de aula. 
Contudo, é do próprio ofício docente “transmitir, ensinar e internalizar 
competências, formas de pensar, valorar e sentir que acompanharão os educandos 
na vida ativa, social e produtiva” (Arroyo, 2000). Esse autor lamenta que a formação 
de professores não tenha como horizonte a especificidade da Educação Fundamental, 
a qual “se afirma e se expande no movimento da afirmação dos direitos humanos, da 
cultura, da proteção e cuidado da infância”. 
Arroyo assegurando ainda que os conteúdos da docência devem ser 
7 
 
ampliados, portanto, com os conteúdos da “humana docência” assumindo “na 
totalidade da função social e cultural” que exerce. 
No entanto, é importante ressaltar o desapreço da administração pública para 
com a educação, pois um dos maiores desafios é o investimento insuficiente, mal 
distribuído e mal gerido que impossibilita o desenvolvimento dentro e fora das salas 
de aulas como, por exemplo: falta de salas de informática que na presente era 
tecnológica entram em cena o computador aliado à Internet e taxado como “máquinas 
de ensinar” que sendo indispensável na aceleração do conhecimento das 
informações; inexistência de ambientes laboratoriais que proporcionem aos docentes 
a condição da prática com os discentes; falta de condições estruturais que assegure 
o bem-estar dos profissionais e seus educandos, em fim, somente mais investimentos 
e planejamento educacional mais qualificado são chaves para que o Brasil possa 
caminhar rumo ao avanço educacional. 
A falta de prioridade abrange também a formação dos docentes, que estes 
sendo o elo maior entre educação e desenvolvimento, dessa maneira, lhe caberia 
maiores e melhores investimentos para que esses futuros profissionais saíssem das 
universidades com um olhar mais crítico e transformador. O descaso com a falta de 
criação de políticas públicas capazes e eficazes junto as instituições de ensino, 
propiciam uma educação medíocre e engessada, que formam educadores incapazes 
de inovar. 
Esse estudo tem como objetivo descrever a importância do docente como 
principal agente transformador daeducação, destacando as dificuldades enfrentadas 
por esses profissionais pela falta de contribuição da administração pública o que 
expressamente fere os direitos constitucionais a estes assegurados, como ainda a 
própria dignidade da pessoa humana. 
A realidade educacional contemporânea para sociedade brasileira em questão 
da efetivação dos direitos sociais, sendo foco de muita discussão nos meios jurídico 
e acadêmico, seja pelo caráter subjetivo desses direitos, pela inexistência de políticas 
públicas ou pela crescente dificuldade de efetividade do direito a educação. O fato é 
que existem muitos desafios para se alcançar a garantia plena e o integral acesso ao 
âmbito educacional, e a problemática se dando na complexidade da administração 
pública, na má distribuição de investimentos, causando assim, o inchaço de 
profissionais não capacitados para o mercado, e dessa forma lesando o patrimônio, 
honra e liberdade dos cidadãos brasileiros. 
8 
 
Além disso, Durkheim afirma que é preciso que a educação assegure uma 
comunidade de ideias e sentimentos, sem o qual nenhuma sociedade sobrevive. Com 
efeito, admitindo que a educação seja função social, não podem os estados dela se 
desinteressarem. O Estado tem importante papel na educação. Se a educação se 
apresenta como função coletiva, se tem por fim adaptar a criança ao meio social para 
a qual se destina, é impossível que a sociedade se desinteresse pelo trabalho. 
Durkheim afirma ainda que para definir a educação será preciso considerar os 
sistemas educativos que existem, ou tenham existido, compará-los e aprender deles 
os caracteres comuns. 
O conjunto teórico do trabalho terá como foco a importância do docente como 
agente transformador na educação brasileira, partindo da análise das barreiras as 
quais se deparam esses profissionais antes, durante e até depois da atuação 
profissional, passando pela inércia do Estado quanto a investimento para o 
melhoramento de condições na formação de docentes, até a constitucionalidade de 
sua previsão enquanto direito, garantia e a clara violação dos direitos daqueles que 
em sucessivas conquistas históricas de conjunturas políticas, filosóficas, culturais e 
sociais buscaram uma solução jurídica para o referido problema. 
 
 
2. O QUE É SER UM DOCENTE 
 
 Docente — Pessoa que ensina. Professor. Assim descreve o Dicionário 
Larousse Língua Portuguesa. Como ainda, conforme Professor Dr. Evandro Silva, a 
etimologia de alguns vocábulos referentes à educação, descreve a palavra docente 
os que nos levam também, ao conhecimento da descrição do termo Pedagogo. 
 
O vocábulo docente veio do latim docens, docentis que era o particípio 
presente do verbo latino docere que significa ‘ensinar’. Este verbo veio da raiz 
indo-européia dek, dak, de que dimanam, através de transformações 
materiais e semânticas, os verbos gregos dékomai, didásko, dókeo, com 
inúmeros derivados. Docente seria aquele que ensina, instrui e informa. Sua 
datação, na Língua Portuguesa, seria de 1877. 
 
Pedagogo. Este vocábulo teve origem na língua grega: paidagógós, ou 
significando ‘escravo encarregado de conduzir as crianças à escola; 
preceptor de crianças, pedagogo’. Da língua de Homero, o vocábulo vai para 
o latim em que é encontrado como paedagogus,i com a acepção de ‘o que 
dirige meninos, aio, pedagogo, preceptor, mestre, diretor’. Segundo alguns 
etimologistas, o vocábulo teria entrado na língua em 1589. 
9 
 
 
 A função de repassar aquilo que era considerado importante é muito anterior 
as primeiras instituições educadoras. Na Antiguidade os filósofos eram as primeiras 
representações de professores e os pedagogos eram os escravos que levavam os 
filhos da classe mais alta para observar os filósofos nas ágoras. 
 Durante o período da Idade Média a figura do professor no processo 
educacional era valorizada e a educação teve grande influência religiosa da Igreja 
Católica que estabelecia o que deveria ser estudado. No Brasil com a chegada dos 
portugueses, trouxeram membros da Companhia de Jesus com o objetivo propagar a 
fé católica, ensinando aos nativos saberes básicos, como ler e contar, pois, a 
alfabetização era o caminho mais propício para esse fim. 
 Em 1820 foi instalada a primeira instituição de preparação de professores no 
Brasil baseado no método Lancaster, que é um método pedagógico desenvolvido pelo 
inglês Joseph Lancaster (1778 – 1838) no final do século XVIII na Europa. Conhecido 
também por método monitoral ou mútuo, difere dos métodos que o antecederam por 
utilizar alunos que se destacam dos demais como alunos monitores, responsáveis por 
contribuir para o ensino do restante do grupo. 
 O método Lancaster enfraquece pela falta de uma organização educativa e falta 
de instrumentos pedagógicos nos meados do século XIX, e o novo método adotado 
foi o de professores adjuntos, que consistia nos alunos de 12 ou 13 anos, que 
possuíssem um conhecimento satisfatório, observarem a aula do professor, 
objetivando aprender por meio da observação e imitação para mais tarde poder 
ensinar. 
 Nesse período do século XIX, o corpo docente em sua grande maioria, era 
formado por professores do sexo masculino, o que houve uma crescente saída dos 
homens visando à modernização da economia, com isso, viram a educação como 
elemento essencial para o desenvolvimento do país, reconhecendo a necessidade de 
um investimento na educação feminina na época. 
 Numa concepção basicamente masculina, com resquícios de uma visão 
paternalista, no decorrer do tempo a profissão docente foi essencialmente vinculada 
à mulher, ao feminino. Nesse contexto, conforme Tambara (1998, p. 49): 
“Considerava-se a docência uma tarefa de pouca relevância teórica e técnica; mais 
do que uma profissão, seria uma prolongação do papel materno de cuidar das 
crianças. Assim, surgiu a FEMINILIZAÇÃO do magistério.” 
10 
 
 Silva (2002, p.96) considera que a feminização do magistério ocorreu como luta 
das mulheres para se estabelecerem profissionalmente, configurando um nicho no 
mercado de trabalho ocupado por estas. Nesse processo denominado, feminização 
do magistério, os argumentos mais difundidos colocam como questões centrais o 
desinteresse dos homens em continuarem nesse espaço por conta da precarização 
da docência, em especial devido aos baixos salários e a dificuldade de acesso da 
mulher a outras profissões, entre outras razões. 
 Nos dias atuais, podemos citar Ens e Donato (2011), quanto a denominada 
“sociedade do conhecimento”, na qual nos encontramos imersos, traz algumas 
implicações para o “ser professor”. Nesse âmbito de implicações, estando a gestão 
governamental adaptada aos princípios do liberalismo clássico às exigências de um 
Estado regulador e assistencialista, que deveria controlar parcialmente o 
funcionamento do mercado, que produz por meio das políticas públicas, maneira de 
funcionamento da formação docente e de sua prática pedagógica. No entanto, as 
atuais políticas presentes na formação de futuros docentes sendo protagonista de 
diversidades entre normas e realidades, onde as estratégias apresentadas são 
fragmentadas o que não se apresenta como investimento a longo prazo para a referida 
profissão. 
 A profissão do docente surgiu com muita dificuldade no Brasil, uma vez que 
sendo o último país americano a criar uma Universidade, e somente durante o século 
XIX, se conseguiu implantar pouco mais de 10 (dez) faculdades. Com a Constituição 
de 1988 se abriu ao ensino uma nova visão e oportunidade de mudanças, através Lei 
de Diretrizes e Bases do Ensino Nacional — Lei 9.394, transformou-se a concepção 
da educação no país e se implantou a legislação de Avaliação, Regulação e 
Supervisão do Ensino que surgiram no século XXI. 
 Apesar da legislação ampliar a importância da profissão do docente e existir 
por parte do Poder Público e o Governo o dever de acompanhar evolução do ensino, 
nunca houve esse direcionamento,o que contextualiza o resultado de no Brasil 
ocorrer a maior privatização do Ensino Superior das Américas, o que por 
consequência, a educação é transformada em um grande “negócio”, comercializado 
entre mercado e estudantes. No fragmento a seguir, Apple (2001, p. 18) sintetiza a 
mudança da concepção de educação: 
 
(…) o que outrora foi um conceito e uma prática política apoiada numa 
11 
 
negociação e diálogo coletivo é, hoje em dia, um conceito “totalmente” 
econômico. Atualmente, debaixo da influência do neoliberalismo, o 
verdadeiro significado de cidadania foi radicalmente transformado. Nos dias 
de hoje, em muitos países, o cidadão é simplesmente um consumidor. O 
mundo é visto como um vasto supermercado. As escolas e inclusive os 
nossos alunos (…) tornam-se mercadorias que são compradas e vendidas do 
mesmo modo como se compram e vendem outro gênero de mercadorias. 
 
 Situação essa, que o mercado financeiro achou uma nova área de 
investimento, instituindo as faculdades particulares em fontes de investidores, alunos 
com poderes aquisitivos capazes criar um negócio, uma relação jurídica consumidor 
x prestação de serviços educacional. Negócio esse, que movimentam bilhões de reais, 
uma vez que trabalhadores preocupados com sua formação, viram uma forma de 
acesso ao conhecimento, e nos dias atuais, sendo crescente o número de estudantes 
universitários no Brasil. Como também, sendo nessas instituições privadas onde se 
encontram em sua maioria, estruturas físicas adequadas, equipamentos tecnológicos 
e possibilidade de maior acesso ao aprendizado, o que sendo de extrema importância, 
tendo em vista a era digital globalizada que veio como forma de mudanças, inclusive 
na educação, na forma de ensino, inovando e transformando, possibilidando alunos 
ter acesso as aulas sem precisarem do deslocamento, por meio do ensino a distância. 
 
 É certo a ocorrência de enormes avanços na ciência, na tecnologia, porém, os 
cursos a distância que contempla a área tecnológica ao qual deveria fazer parte de 
projetos para formação de docentes, sendo outra face do problema no âmbito público, 
uma vez que se tratando de uma questão econômica para a gestão governamental, e 
ficando a cargo da privatização a formação com Ensino à Distância. Os dados relativos 
a esses cursos demonstram que 87,4% das matrículas em cursos de Pedagogia à 
distância estão no setor privado (das quais, 61% em universidades, 27,3% em centros 
universitários e cerca de 12% em faculdades). As Instituições de Ensino Superior (IES) 
públicas concentram apenas 12,6% das matrículas em cursos de Pedagogia nessa 
modalidade (FREITAS, 2014). 
 A falta de investimento na educação, reprimi a formação de futuros profissionais 
educadores afastando a oportunidade de produtividade, pois não havendo 
possibilidade da maximização crescente de seus rendimentos ao longo da vida, ou 
seja, esses indivíduos deixam de ser pró-ativos, inovadores, inventivos, flexíveis, com 
senso de oportunidade, com notável capacidade de provocar mudanças, etc. Nesta 
circunstância, importante ressaltar que ser docente é formar o aluno no intuito de 
12 
 
prepará-lo para viver na sociedade das mudanças, e para ser capaz de enfrentar 
desafios, e diante dessa responsabilidade o profissional devendo primeiramente ter a 
chance de estar adequadamente preparado. 
 Ademais, estar adequadamente preparando, sendo premissa para qualquer 
educador, pois, podemos afirmar que a sociedade espera dos professores uma 
participação ativa e crítica do seu processo de desenvolvimento profissional e 
atuação, a qual, segundo Perrenoud (2009), consiste em: 1. Aprender a cooperar e a 
atuar em rede; 2. Aprender a viver a escola como uma comunidade educativa; 3. 
Aprender a sentir-se membro de uma verdadeira profissão e responsável por ela; 4. 
Aprender a dialogar com a sociedade. 
 Com isso, é preciso se pensar em Políticas Públicas no que tange as Políticas 
Educacionais como sendo fator que se precisa reverter investimentos para oportunizar 
o acesso a uma boa formação de professores desde o ensino básico para que tenham 
capacidade de agir nas escolas e nas universidades, pois na sociedade 
contemporânea o docente tem que desenvolver em si próprio o olhar integral e 
humano para educar, além de ser um bom conhecedor do conteúdo programático e 
das práticas pedagógicas, pois sendo este a figura mais importante de todo o processo 
educativo, cabe-lhe a formação ética, profissional e cultural dos cidadãos. 
 
 
3. DOCENTE AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO E A NECESSIDADE DE SE 
INVESTIR EM UM NOVO PERFIL PARA PROFISSÃO 
 
 Estamos vivendo um momento de muitas mudanças ocasionadas pela 
globalização, que desde a invenção do quadro negro, passando pelos projetores, as 
fotocopiadoras e ainda a videocassete que muitos se utilizaram como forma de 
transmitir informação e conhecimento em sala de aula, mas foi no século XXI a 
explosão e disseminação de computadores e programas interativos que abriram 
janelas para o mundo da informação mudando o contexto do ensino e aprendizado. 
 É verdade que avanços importantes da última década, ampliam as 
possibilidades de interação, entretenimento, velocidade na informação, enfim, um 
novo mundo tecnológico o qual nos adaptamos dia após dia. No cenário de 
tecnologias e informações, adentramos a formação de professores deste do ensino 
básico até o ensino superior como uma das principais preocupações, pois os avanços 
13 
 
no processo de formação utilizando as tecnologias, tornou-se um desafio cada vez 
maior, posto que o alcance tecnológico nas escolas da rede pública e universidades 
federais e/ou estaduais ainda caminham a passos lentos. 
 Primeiramente, há de se observar que foi com a expansão principalmente em 
instituições privadas do ensino superior brasileiro que se contribuiu para a 
diversificação da oferta de cursos de formação de professores, que entre estes, o 
curso de Pedagogia e de Licenciaturas. Instituições estas privadas, oferecem 
estruturas tecnológicas para formação de profissionais diferentemente das instituições 
públicas, porém, por vezes esses futuros profissionais não sendo capacitado 
adequadamente durante a graduação, e mesmo após formados não conseguem uma 
continuidade no processo de aprendizagem, e muito menos integrar ao seu trabalho 
o potencial das novas tecnologias da informação e da comunicação. 
 Diante do universo de tecnologias no âmbito educacional, é notório que, a 
problemática se inicia desde a formação até a ampliação e intensificação do trabalho 
dos docentes que não estão acompanhadas de políticas públicas de investimento para 
uma melhoria efetiva dos recursos materiais e das condições de trabalho em que se 
exerce a docência, o que dificulta o desenvolvimento pedagógico no país. É certo que 
a tecnologia, por si só, não é capaz de transformar a prática de um professor, porém, 
se usada de modo contextualizado, isso possibilitará conhecimentos práticos desde a 
formação passando atuar com melhor performance. Com isso, há necessidade de 
uma prática de reflexão sobre a importância dos recursos didáticos, através de uma 
proposta que justifique a sua utilização. 
 Para LORENZATO (1991), 
 
Os recursos interferem fortemente no processo de ensino e aprendizagem; o 
uso de qualquer recurso depende do conteúdo a ser ensinado, dos objetivos 
que se deseja atingir e da aprendizagem a ser desenvolvida, visto que a 
utilização de recursos didáticos facilita a observação e a análise de elementos 
fundamentais para o ensino experimental, contribuindo com o aluno na 
construção do conhecimento. (LORENZATO, 1991) 
 
As tecnologias ampliam as possibilidades do professor ensinar e do aluno 
aprender. Verifica-se que quando utilizadas adequadamente, auxiliam no processo 
educacional. Conforme DEMO (2008), sobre as Tecnologias de Informação e 
Comunicação, aponta: 
 
Toda proposta que investe na introdução das TICs naescola só pode dar 
certo passando pelas mãos dos professores. O que transforma tecnologia 
em aprendizagem, não é a máquina, o programa eletrônico, o software, mas 
https://www.somospar.com.br/tecnologia-na-educacao-e-motivacao-em-sala/
14 
 
o professor, em especial em sua condição socrática. 
 
Dessa forma, ao se pensar em investimento na educação as tecnologias da 
informática sendo um exemplo de avanço que se precisa chegar a rotinas das 
escolas e universidades brasileiras, porque ao se refletir quanto ao professor como 
sendo o principal ator no processo ensino aprendizagem onde procuram transformar 
a maneira de se apresentar os conteúdos, ele precisa de um preparo adequado, além 
do mais, por esse exercício profissional ir além das salas de aulas. LIBÂNEO (2007, 
p.310), ressalta: “o exercício profissional do professor compreende, ao menos, três 
atribuições: a docência, a atuação na organização e na gestão da escola e da 
produção de conhecimento pedagógico.” 
Ante o contexto, tende-se um olhar voltado aos novos cenários e conteúdos 
do trabalho do docente e sua formação, uma vez que o desenvolvimento nem sempre 
vem acompanhados de recursos, autonomia e mudanças nos sistemas educacionais 
ou na cultura escolar, e cabendo a estes conviver com a relação de trabalho não 
acompanhado de processos sistêmicos e integrais para que o professorando 
desempenhe seus papeis com resultados. 
 Reconhecer que a qualidade do desempenho do docente depende de um 
conjunto de fatores, se reconhecem que há necessidade de mudanças educacionais. 
O papel fundamental desses profissionais, a partir de uma visão renovada e integral 
pelo processo de mobilização de sua responsabilidade social participando no 
gerenciamento educacional, implementando políticas educacionais locais e 
nacionais fortalecendo cultura institucional democrática que impactam na formação 
dos alunos, sendo o panorama para o futuro. 
O Docente é um agente de transformação do “sujeito” aluno, para que esse se 
aproprie de novas tentativas possibilitando o estímulo e a sujeição podendo sê-las: 
emancipadora, libertadora, curadora, transformadora, contribuidora, sonhadora e 
acima de tudo de oportunidade nos aspectos de um autoconceito crítico coletivo. 
Para continuar tentando fazer o ato transformador, esse profissional continua 
tendo a mesma formação que basicamente não se alterou, o que não o prepara para 
enfrentar os conflitos e os desafios das situações presentes nas escolas, e apesar 
de todo o desenvolvimento de um mundo globalizado ao qual envolve tudo e todos, 
sendo um contrate na realidade dos Docentes por insuficiência dos recursos 
destinados à educação, onde a inercia de investimentos desistimulam a capacidade 
15 
 
de reflexão da própria profissão. 
 
Diante dessa realidade, NÓVOA (1999, p. 20) nos diz que: 
 
A refundação da escola tem muitos caminhos, mas todos eles passam pelos 
professores. Esta profissão representou, no passado, um dos lugares onde 
a ideia de escola foi inventada. No presente, o seu papel é essencial para 
que a escola seja recriada como espaço de formação individual e de 
cidadania democrática. Mas, para que tal aconteça é preciso que os 
professores sejam capazes de refletirem sobre a sua própria profissão, 
encontrando modelos de formação e de trabalho que lhes permitam não só 
afirmar a importância dos aspectos pessoais e organizacionais da vida 
docente, mas também de consolidar as dimensões coletivas da profissão. 
 
A educação muda o mundo. Através dela, um cidadão se torna mais crítico, 
tem mais oportunidades de emprego e melhoria na sua própria qualidade de vida. A 
importância de aprender e compartilhar os conhecimentos com os outros, sendo uma 
contribuição humana e social do docente, e este tendo a necessidade do 
reconhecimento de sua profissão como missão primordial. 
Ademais, exemplificarmos a necessidade de implantação das tecnologias 
como uma das fontes facilitadoras de recursos para formação dos docentes, que a 
falta de investimentos em sua maioria desviam a essencial da importância do ensinar, 
que o não reconhecimento da profissão reprimi a capacidade de mudança. Contudo, 
Chapman e Aspin (2001), editores do International Handbook of Lifelong Learning 
(Manual Internacional de Educação Continuada), reafirmam a urgente necessidade 
de profundas transformações nos sistemas educacionais: 
 
• A necessidade de oferecer oportunidades educativas que respondam aos 
princípios de: eficácia econômica, justiça social, inclusão social, participação 
democrática e desenvolvimento pessoal. 
• A necessidade de reavaliar os currículos tradicionais e as maneiras de ensinar 
em resposta aos desafios educacionais produzidos pelas mudanças 
econômicas e sociais e pelas tendências associadas ao surgimento de uma 
economia do conhecimento e de uma sociedade da aprendizagem. 
• A reavaliação e redefinição dos lugares onde a aprendizagem acontece, assim 
como a criação de ambientes de aprendizagem flexíveis, que sejam positivos, 
estimulantes e motivadores, e que superem as limitações de currículos 
padronizados, da divisão por matérias, dos tempos curtos e das rígidas 
16 
 
pedagogias. 
• Uma aceitação da importância do valor agregado que proporciona a 
aprendizagem. 
• A consciência de que embora se comece a perceber que a escola não é a 
principal fonte de aquisição de conhecimento, ela está se convertendo em 
instituição fundamental na socialização da população jovem. 
• A ideia de que os caminhos de aprendizagem entre as escolas e as instituições 
de ensino superior, os trabalhadores desse setor e outros provedores de 
educação, terão um alto impacto na formação de relações entre a escola e a 
comunidade. 
• A necessidade de promover a ideia da escola como comunidade de 
aprendizagem e como centros de aprendizagem ao longo da vida 
 
Sendo evidente a urgente necessidade de profundas transformações no 
contexto educacional brasileiro, a deterioração das condições de trabalho dos 
docentes, a desmoralização, abandono da profissão e absentismo sendo reflexo da 
falta de interesse quanto da não existência de políticas públicas eficientes e eficacies 
voltadas a educação. Por muitas vezes, os profissionais da educação trabalham de 
maneira artesanal, onde os resultados não ultrapassam as paredes da escola, “em 
geral”, com um baixo salário, onde por vezes aumentam seus turnos de trabalho ou 
assumir funções extras para manter um padrão de vida enfrentando rotinas que 
exigem muita dedicação dentro e fora da sala de aula, dificuldades essas, pela 
oportunidade de transformar a sociedade, pois sendo a educação impacto 
transversal em todas as áreas da vida de um indivíduo e, consequentemente, do 
País. 
A busca da integração da dignidade e credibilidade do ofício docente, passaria 
por uma reconfiguração de identidade profissional, formação de qualidade, pois se 
constitui como um dos pontos cruciais da requalificação do educador. Nesse contexto 
(Nóvoa 2004), afirma que: 
 
A formação é um ciclo que abrange a experiência do docente como aluno 
(educação de base), como aluno-mestre (graduação), como estagiário 
(práticas de supervisão), como iniciante (primeiros anos da profissão) e como 
titular (formação continuada). 
 
17 
 
Sendo de extrema urgência a necessidade de se investir em um novo perfil do 
Docente para a construção da educação do futuro dotado de competência compatível 
com a atual realidade. Esses profissionais precisam reencontrar inspiração no 
ambiente de trabalho, precisam de investimento para o seu crescimento profissional, 
individual e coletivo, possibilitando condições que assemelhem a carreira docente com 
a qualidade de trabalho, valorizando, prestigiando e engrandecendo o caminho dos 
educadores. “Os professores precisam reencontrar novos valores, novos idealismos 
escolares que permitam atribuir um novo sentido à ação docente”. (NÓVOA, 1995, p. 
29). O novo Docentedeve ter conhecimentos diversificados de prática e ensino, sendo 
capaz de expor os conteúdos de modo contextualizado, globalizado e diversificado o 
suficiente para despertar interesse e motivação dos alunos. 
 
 
4. POLÍTICAS PÚBLICAS E A PROFISSÃO DOCENTE 
 
Em premissa, há de se conceitua o termo profissão, proveniente do latim 
professio, estabelece relações semânticas com os vocábulos, declaração, emprego, 
exercício, profissão e ocupação. O conceito de profissão pode ainda ser definido como 
algo que “[…] é utilizado para identificar um grupo altamente formado, competente, 
especializado e dedicado, que corresponde efetiva e eficientemente à confiança 
pública” (POPKEWITZ apud VEIGA, 2005). Contudo, o conceito de profissão em 
referência aos professores resulta da ação dos sujeitos e das mobilizações e lutas em 
torno de sua construção, e dessa forma, observa-se que o profissional da docência 
nunca conseguido reunir características profissionais ao seu ofício e a docência nunca 
atingiu o status de profissão. 
Vale dizer, que a referida classe sempre ficou à margem das demais profissões 
no que diz respeito a criar normas próprias da docência, onde o processo pelo qual o 
profissional é reconhecido por estatuto próprio na organização social do trabalho 
nunca progrediu. Ainda, que as dificuldades oriundas da formação precária, 
massificação do ensino, degradação do trabalho docente, e a ausência de políticas 
públicas voltadas à resolução das problemáticas educacionais, resultaram na 
decadência profissional da docência no Brasil. 
Tratando-se de Políticas Públicas, essas influenciam diretamente ou por meio 
de delegação na vida dos cidadãos, onde podemos definir os planos de educação 
18 
 
como documentos (políticas públicas), com força de lei, que estabelecem metas para 
que a garantia do direito à educação de qualidade avance em um município, estado 
ou país. Desse modo, ao analisar os Artigos 208 e 214 da Constituição Federal, pode-
se extrair a razão política dos Planos de Educação. Diz a lei: 
 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a 
garantia de: 
 
I- Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não 
tiveram acesso na idade própria; 
I- Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta 
gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996). 
I- Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a 
ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009). 
 
II- Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; 
II- Progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 14, de 1996). 
 
III- Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
 
IV- Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de 
idade; 
IV- Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos 
de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006). 
 
V- Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI- Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
 
VII- Atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde. 
VII- Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde. 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração 
plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus 
diversos níveis e à integração das ações do poder público que conduzam à: 
 
I- Erradicação do analfabetismo; 
II- Universalização do atendimento escolar; 
III- Melhoria da qualidade do ensino; 
IV- Formação para o trabalho; 
V- Promoção humanística, científica e tecnológica do País 
 
É notório que, a Constituição Federal prioriza a importância quanto a 
educação, uma vez que esta sendo necessária para que a sociedade se desenvolva 
19 
 
e tenha cidadãos críticos. Nesse sentido, o governo brasileiro em tentativa de colocar 
em condições similares a educação brasileira a forma de demais países, os métodos 
de ensinos educacionais vem se moldando aos longos de décadas, pois a evolução 
da sociedade está intrinsecamente ligada à evolução da educação. Como afirma 
Paulo Freire (1993), a educação como intervenção inspira mudanças radicais na 
sociedade, na economia, nas relações humanas e na busca dos direitos, ou seja, 
uma sociedade sem educação não evolui. 
Contudo, para uma revolução positiva educacional das nações é preciso que 
o processo tenha início na formação dos docentes. No entanto, ainda nos dias atuais, 
um dos desafios mais complexos dos governos, é o tratamento das questões quanto 
aos docentes como matéria de política pública. Reconhecer a importância da questão 
docente e a definir como prioridade nas agendas educacionais e políticas, não sendo 
prioridades das pautas administrativas, onde podendo visivelmente ser percebido no 
cenário no qual ocorre o desrespeito ao profissional, seja nos espaços físicos, 
infraestruturas, equipamentos, como ainda, clima institucional, características do 
ambiente (faltando interação entre condições de trabalho), saúde docente e 
desempenho profissional. 
Para Enguita (1991), os docentes vivem, desde há muito tempo, uma crise de 
identidade. Nem a categoria, nem a sociedade, conseguem entrar em um acordo 
sobre sua imagem social, seus campos de competência e organização de carreira. 
Toda a ambivalência que permeia a docência poderia ser resumida, segundo o autor, 
como “uma localização intermediária e instável, entre a profissionalização e a 
proletarização”. 
Exercer a profissão de docente na maioria das vezes é um ato de bravura e 
determinação, onde a falta de políticas públicas em compromissos e ações que 
possibilitem uma educação continuada que lhes permitesse o acompanhamento 
profissional, mantendo-os atualizados, favorecendo o seu desenvolvimento e sua 
participação eficaz na vida da instituição, programas de verticalização da formação 
uma vez que encontram dificuldades para entrar em programas de pós-graduação, 
principalmente os de stricto sensu, como ainda, falta de flexibilização dos horários, 
falta tempo e até mesmo falta de informação ainda são grandes obstáculos para o 
processo de formação dos docentes, e com isso, a necessidade de tornar as escolas 
o lócus da formação com desenvolvimento cultural e social não apenas do aluno para 
também dos docentes. 
20 
 
Infelizmente, a educação de qualidade ainda parece longe de fazer parte das 
prioridades públicas, ficando à mercê de inúmeros problemas, tais como a tradicional 
descontinuidade das iniciativas educacionais, a superlotação das salas de aula, o 
descaso com do professor, e principalmente na deficiência na formação do docente. 
Essa histórica falta de prioridade “conflitos”, apresentam uma ruptura educacional 
principalmente no âmbito do ensino público e a sua ausência nos planos diretores e 
propostas do Estado demonstrando eternos desencontros e confrontos entre 
governos e docentes, até por não fazer parte das prioridades da própria sociedade, 
está refletida por consequência, em prejuízos na concepção e implementação de 
políticas públicas eficientes que tragam verdadeiramente resultados substanciais à 
melhoria da qualidade da educação. 
Portanto, uma educação básica de qualidade é a porta de entrada para que 
os alunos possam enfrentar as diversidades aonível igualitário, e para isso, se torna 
indispensável recuperar a imagem dos docentes diante da sociedade, melhorando 
assim seu desempenho e conferindo-lhes autoridade para conduzir o processo 
educacional, ou seja, a valorização dos profissionais da educação, ampliação das 
condições de acesso e permanência na escola e a ampliação da qualidade do ensino 
oferecido são alguns dos milhares de desafios que se impõem a um Estado em prol 
de uma boa educação. Priorizar a educação é treinar o professor, é remunerá-lo de 
forma digna, de maneira que ele não se sinta ridicularizado pelas péssimas condições 
de trabalho. 
À ausência de políticas públicas e à falta de apoio estrutural e pedagógico por 
parte dos gestores públicos, faz-se com que os docentes sintam-se impotentes e 
desgastados devido ao assistencialismo arraigado, à não-retenção do aluno — fruto 
da política de progressão continuada —, ao desinteresse do poder público por uma 
educação de qualidade, como ainda, estes encontrando-se desamparados em 
relação à sua qualidade de vida e à sua saúde física e psíquica, o tem atraído cada 
vez menos alunos para uma profissão que deveria estar em uma das mais 
valorizadas, onde conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira (INPE), a cada 100 jovens que ingressam nos cursos 
de pedagogia e licenciatura no país, apenas 51 concluem. 
O contexto social brasileiro apresenta uma necessidade muito grande de 
políticas públicas que ofereçam conhecimentos anuladores das desigualdades que 
permeiam na sociedade, atropelam a democracia, ferem a Constituição e denigrem 
21 
 
a personalidade humana. Países que não maquiam ou não poupam gastos na 
educação, e ainda, os que investem nos profissionais educacionais são considerados 
países desenvolvidos, com a apresentação de altos índices de escolarização e com 
atitudes que invejam outras nações. Assim, faz-se então necessária uma grande 
reestruturação nas políticas públicas brasileiras, considerando os inúmeros desafios 
e envolvendo de forma participativa e cooperativa todos os atores da federação. 
Dessa forma, percebe-se que a solução a curto prazo para os problemas 
relacionados às políticas públicas o qual se arrastam há longos anos, estando sem 
previsão. Contudo, sendo indiscutível a importância de se investir em um novo perfil 
do Docente, pois a formação deste, vai além da mera transmissão de conhecimentos 
técnicos ou da atualização científica, pedagógica e didática, a responsabilidade do 
seu papel central se transforma na possibilidade de criar espaços de participação, 
reflexão e formação de cidadãos capazes de se adaptarem à convivência com a 
incerteza e complexidade presentes no atual mundo tecnológico globalizado. 
Além do mais, torna-se evidente a importância de programas de formação 
inicial de professores durante a graduação, pois é através da prática que será 
adquirida a experiência para o exercício futuro da docência. 
Segundo Tardif (2007, p.53): 
 
[...] a prática pode ser vista como um processo de aprendizagem por meio 
do qual os professores retraduzem sua formação e a adaptam à profissão, 
eliminando o que lhes parece inutilmente abstrato ou sem relação com a 
realidade vivida e conservando o que pode servir-lhes de uma maneira ou 
de outra. 
 
Ainda segundo BURCHARD; SARTORI: 
 
A formação inicial dos professores só pode se dar a partir da aquisição da 
experiência dos formados (ou seja, tomar a prática existente como 
referência para a formação) e refletir sobre ela. O futuro profissional não 
pode constituir seu saber-fazer senão a partir de seu próprio fazer. Não é 
senão sobre essa base que o saber, enquanto elaboração teórica se 
constitui. Freqüentando os cursos de formação, os futuros professores 
poderão adquirir saberes sobre a educação e sobre a pedagogia, mas não 
estarão aptos a falar em saberes pedagógicos. Esses saberes podem 
colaborar com a prática, sobretudo, se forem mobilizados a partir dos 
problemas que a prática coloca, pois, há relação de dependência entre a 
teoria e a prática. (2011, p.8) 
 
A formação do Docente, se exige conhecimentos aprofundados no Ensino 
Superior, cuja responsabilidade irá definir a educação de crianças, jovens e adultos 
na sua vida escolar, e as políticas estão diretamente imbricadas com a 
22 
 
responsabilidade da administração pública para com a educação, pois 
implementação de políticas voltadas para tal fato, poderam ser precedidas de 
medidas eficazes e efetivas necessárias para se solucionar problemas, e apresentar 
projetos que coadunem na reconstrução da Educação. 
Porém, enquanto de um lado, o Estado Neoliberal ressalta a necessidade de 
professores cada vez bem mais formados, motivados e atualizados, de outro lado, 
retira a autonomia pedagógica dos professores com sua política autoritária se 
vestindo de Democracia. Há de ressaltar, que as políticas públicas deveriam partir do 
pressuposto que os mesmos caminhos não podem levar a resultados diferentes, que 
para alcançar a qualidade precisa-se considerar as particularidades de cada escola 
e a prática diária de cada profissional, pois aquele que detinha o saber mais 
completo/universal, baseado em dados sólidos dos escritores renomados, com 
incrível capacidade de memória, sabendo um pouco de tudo, hoje concorrer com as 
tecnologias da informação, porque a mídia, a internet, as revistas, os jornais, etc. 
divulgam acontecimentos em tempo real, e o que é atualidade nesse momento, passa 
a ser passado há alguns segundos a frente. 
É certo que, já se foram implantandas várias políticas no âmbito da educação 
brasileira, porém, para avançar, há necessidade que se considere a educação como 
bem público considerando o alto custo de uma boa formação dos docentes, 
envolvendo meios transformadores para importantes processos educacionais e que 
estes fiquem mais ao alcance da população. Sendo preciso ações-chave que 
impactem for forma abrangente a formação de futuros educadores, transformado-os 
em agente transformador. 
Importante ressaltar, que concluir o curso de licenciatura é apenas uma das 
etapas do processo de formação de professor. O aprendizado contínuo é de 
primordial importância para esta profissão. 
 
Só o profissional pode ser o responsável por sua formação […] A formação 
é algo que pertence ao próprio sujeito e se inscreve num processo de ser 
(nossas vidas e experiências, nosso passado, etc.) e num processo de ir 
sendo (nossos projetos, nossa ideia de futuro). (NÓVOA apud GENTILE, 
2001, p. 15). 
 
Nesse meio-tempo, enquanto o poder público não visualizar a educação como 
única forma de mudar o futuro, ao Docente resta desenvolver práticas pedagógicas 
adequadas e eficientes para com o ensino para garantir o “resgate da autoridade pelo 
23 
 
conhecimento”. (YVES DE LA TAILLE apud POLATO, 2008, p. 43) 
 
 
5. DOCENTE COMO PROTAGONISTA: ser transformado para transformar 
 
O docente como protagonista no aprendizado sendo elemento crucial para o 
sucesso do desenvolvimento educacional, as condições institucionais dependendo 
como essas se desenvolvem, constroem e estimulam as características pessoais 
profissionais desses futuros educadores que põe em prática a ação no exercício de 
seu trabalho. 
Sabe-se que protagonista é o personagem ou o indivíduo que possui o papel 
de maior destaque nas obras, e possui características como: ser movido por um 
objetivo, dever; ser leal à causa; transmite confiança... Nesse cenário as instituições 
sejam elas, públicas ou privadas, carecem de políticas educacionais voltadas a 
formação de docentes reflexivos, pensantes, criativos e com vontade de transformar, 
pois, sendo estes os personagens principais capazes de modificar o estado 
vegetativo que se encontra o âmbito educacional. 
Nessa conjuntura, sendo notório a importância de investimentos nas 
universidades que despertem educadores pesquisadores da área educacional,seja 
de caráter regional ou nacional, que apoiadas na sua formação de professores sob a 
responsabilidade tembém da administração pública em garantir a qualidade de 
excelência de processos acadêmicos, buscando de maneira coletiva, alternativas de 
desenvolvimento e crescimento, garantindo o respeito ao profissionalismo do 
professor e sua adequada valorização, o embrião da percepção de educação ideal, 
começaria a se desenvolver. 
Nesse universo de docentes pesquisadores, podemos observar a Lei de 
Diretrizes e Bases – LDB (1996), ao destacar a finalidade da educação supeiror: 
 
Art. 43. A educação superior tem por finalidade: 
I- Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do 
pensamento reflexivo; 
II- Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a 
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento 
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; 
III- Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, 
24 
 
e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que 
vive; 
IV- Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do 
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; 
V- Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e 
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos 
que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do 
conhecimento de cada geração; 
VI- Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em 
particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à 
comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; 
VII- Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à 
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da 
pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. 
VIII- Atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação 
básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização 
de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão 
que aproximem os dois níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 
2015) 
 
Diante dessa perspectiva, é comprovado a preocupação do legislador quanto 
a importância em se construir uma base de docentes pesquisadores, pois, sendo 
indiscutível que um professor pesquisador agrega conhecimentos e consegue aliar 
prática e teoria. O docente quando se descobre pela pesquisa, este se propõe a 
corrigir seus inúmeros descompassos, e será capaz de inovar. Inovação, sendo o 
substantivo que deve estar presente nas salas de aulas, as novas experiências e 
vários processos de aprendizagem que instigado desde formação acadêmica 
devendo ser base de ensino de qualidade. De acordo com Ivani Fazenda (2008), é 
importante que o professor tenha quatro tipos diferentes de competências, 
caracterizadas por ele como: 
 
1. Competência intuitiva – o professor não se contenta em executar o 
planejamento elaborado: ele busca sempre alternativas novas e diferenciadas 
para seu trabalho. Assim, a ousadia acaba sendo um de seus principais 
atributos. 
2. Competência intelectiva – a capacidade de refletir é tão forte e presente 
nele que imprime esse hábito naturalmente a seus alunos. Analítico por 
excelência, privilegia todas as atividades que procuram desenvolver o 
pensamento reflexivo. 
3. Competência prática – a organização espaço-temporal é o seu melhor 
atributo. Tudo ocorre conforme o planejado. Usa com requinte técnicas 
diferenciadas. Ama a inovação. Copia o que é bom, pouco cria, mas, ao 
25 
 
selecionar, consegue bons resultados. 
4. Competência emocional – uma outra espécie de equilíbrio é constatada no 
emocionalmente competente, uma competência de “leitura da alma”. Ele 
trabalha o conhecimento sempre com base no autoconhecimento. A inovação 
é sua ousadia maior. 
 
Essas competências descritas por Fazenda nos dão uma ideia que o docente 
estando envolvido em contexto de atitude interdisciplinar que surge como força de 
sustentação de uma fundamentação que corresponde ao atendimento de 
necessidade percebida pelos profissionais da educação, na incorporação de 
conteúdos, passando de uma percepção fracionada para uma concepção unitária do 
conhecimento, superando a divisão entre ensino (processo de construção do saber 
com apropriação do conhecimento historicamente produzido pela humanidade) e 
pesquisa (processo de materialização do saber a partir da produção de novos 
conhecimentos baseados em problemas emergentes da prática social). 
Nada obstante, sendo comum a insegurança dos docentes em adotar uma 
nova atitude pedagógica, que rompa hábitos e acomodações, que busque o novo e 
o desconhecido, pois, temem sua não permanência nos referidos estabelecimentos 
escolares, uma vez que os indivíduos receiam o que desconhecem, e com isso, 
esses profissionais se sentem incapazes de inovar, o que os levam a se tornar cada 
vez mais “dependente”. No entanto, “o fundamental no desenvolvimento da 
interdisciplinaridade é uma questão de atitude. (Fazenda, 1999)”. O docente 
necessita de uma postura reflexiva, consciente do caminho que está propondo. 
Deixar de ser apenas um mero repassador de conteúdos e passar a se assumir como 
um agente transformador da realidade e produtor de conhecimento. O exercício da 
docência, enquanto ação transformadora que se renova tanto na teoria quanto, na 
prática, requer necessariamente o desenvolvimento dessa consciência crítica que se 
inicia na formação acadêmica desses profissionais. 
Na maioria dos contextos nacionais, os docentes se preparam no ensino 
superior público ou privado e são absolvidos diretamente pelo sistema de educação 
básica, mantido pelo estado nacional, provincial ou local mesmo sem nenhum apoio 
prático, visto isso, é preciso que existam diretrizes para orientar, pois, ao Estado e 
aos responsáveis pelas políticas educacionais devem caber a responsabilidade de 
mediar, e oferecer condições de trabalho para que esses profissionais consigam 
26 
 
desenvolver nessa nova etapa. Michael Fullan, 1993, resume em uma frase, décadas 
de reformas educacionais com resultados relativos, “a formação de professores ainda 
tem a honra de ser, simultaneamente, o pior problema e a melhor solução em 
educação”, e dessa forma devemos aceitar que para educação mudar, é necessário 
iniciar com a formação dos educadores. 
Melhorar a qualidade de ensino e educar melhor continua sendo um dos 
principais objetivos da educação, ao menos “em tese”, no entanto, os docentes são 
vistos como um dos problemas do gerenciamento governamental, pois representam 
um elevado número de empregados, consumindo altíssima porcentagem na folha de 
pagamento do Estado, o que ocasiona o baixo interesse em investimento por aluno 
e consequentemente a mediocridade do ensino e aprendizagem. Sendo preciso a 
mudança de mecanismo de alocação, utilização e distribuição de recursos através 
de estratégicas sistêmicas de ação e não políticas parciais. A política pública deve 
fortalecer sistemas educacionais inclusivos em todas as etapas, viabilizando acesso 
pleno à educação básica obrigatória e gratuita. 
É indiscutível que o exercício da ação docente requer mudanças. Mudanças 
essas que vão além dos cursos de formação, que os docentes possam adotar mais 
do que uma postura essencialmente receptiva. Autonomia, cooperação e criticidade 
são habilidades indispensáveis em um mundo que está constantemente evoluindo. 
Nesse cenário, o professor “prático reflexivo” é aquele que consegue superar a 
rotinização de suas práticas e refletir sobre as suas ações cotidianas antes, durante 
e depois de executá-las (Neto, 2002; Tardif, 2007). Em sua formação há lucidezdos 
diversos saberes utilizados no cotidiano de trabalho: os saberes curriculares, os 
experienciais e os disciplinares (Alarcão, 1996; Tardif, 2007). 
Mudanças, sendo uma tendência da formação de professores, no qual, 
anunciar que o bom profissional precisa deixar para trás, o modelo anterior chamado 
de “racionalidade técnica” e passar ao modelo professor reflexivo. Para Almeida 
(2001), 
 
A racionalidade técnica provoca: a divisão do trabalho em diferentes níveis, 
estabelecendo relações de subordinação; o exercício de um trabalho 
individual que gera o isolamento do profissional; a aceitação de metas e 
objetivos externos, considerados neutros. Transformada numa atividade 
técnica e instrumental, porque decorre da aplicação do conhecimento 
sistemático e normativo, a prática pedagógica passa a ser entendida como 
neutra e isenta de subjetividade. (ALMEIDA, 2001, p.02). 
 
27 
 
Ao caracterizar a expressão, “professor reflexivo”, Alarcão (2003) possui a 
seguinte definição: 
 
Uma “organização escolar” que continuadamente se pensa a si própria, na 
sua missão social e na sua organização, e se confronta com o desenrolar 
de sua atividade em um processo heurístico simultaneamente avaliativo e 
formativo (Alarcão, 2001 a, b e c) Se como dizia Habermas, só o EU que se 
conhece a si próprio e questiona a si mesmo é capaz de aprender, de 
recusar tornar-se coisa e de obter a autonomia, eu diria que só a escola que 
se interroga sobre si própria, se transformará em uma instituição autônoma 
e responsável, autonomizante e educadora. Somente essa escola mudará 
o seu rosto. (ALARCÃO, 2003, P.25) 
 
Zeichner (1993), reconhece nessa tendência de formação reflexiva uma 
estratégia para melhorar a formação de professores, tendo em vista que pode 
aumentar sua capacidade de enfrentar a complexidade, as incertezas e as injustiças 
na escola e na sociedade. Não basta ser apenas reflexivo, o professor precisa passar 
a ser um profissional intelectualmente crítico e reflexivo. Giroux (1997) expressa que 
não podemos conceber o papel do ensino apenas reduzido ao simples treino de 
habilidades práticas, devendo envolver a educação de uma classe de intelectuais 
vitais para o desenvolvimento de uma sociedade livre. 
Para Schön (1987) o conhecimento do professor precisa pautar-se em pesquisa 
e experimentação, na prática, porque dessa maneira o saber poderá emergir 
espontaneamente, cabendo aos profissionais descrevê-lo e disponibilizá-lo para 
estudos mais amplos. Nóvoa (1993) descreve que a formação se constrói através de 
um trabalho de reflexividade das ações do professor. Para esse autor: 
 
A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos 
ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre 
as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal. Por 
isso é tão importante investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da 
experiência (NÓVOA, 1993, p. 25). 
 
Nesse universo globalizado de evolução constante, transformar o docente 
engessado de um ensino arcaico para um professor reflexivo e pesquisador, este 
conseguirá olhar para si e para as suas ações com uma visão crítica, contextualizada 
e fundamentada. A partir desta reflexão, consegue estabelecer alternativas para agir 
de forma a aprimorar a sua prática docente, trazendo para salas de aulas o 
conhecimento inovador, construtivo, motivador e atuante. Com isso, observa-se a 
importância do Docente estar em aprendizado constante, se inovando, se 
28 
 
inventando, absorvendo conhecimentos diversos, através das leituras, 
experimentações, inovações, trabalhos em equipe, participações em projetos, em 
formação continuada que possa levar o professor a perceber os momentos propícios 
a autoformação usando os meios que a situação oferece ou a busca de novos 
recursos. 
Perrenoud (2000) diz: 
 
Esse tipo de experiência impõe uma descentralização, uma visão mais 
sistêmica, a tomada de consciência da diversidade das práticas e dos 
discursos, uma percepção mais lúcida dos recursos e das obrigações da 
organização, bem como dos desafios que enfrenta ou enfrentará. 
(PERRENOUD, 2000, p. 16). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Ante o exposto, concluímos que, apesar dos avanços normativos para com o 
ensino se faz urgentemente imprescindíveis mudanças no quadro de políticas 
públicas voltadas a educação. Que entre essas mudanças, a necessidade de 
transformação na formação de docentes. Transformações essas que tornem esses 
profissionais atuantes de forma reflexiva, embasado e fundamento pelo 
conhecimento e prática. 
Além da forma reflexiva, esse profissional devendo se descobrir no âmbito da 
pesquisa acadêmica, uma vez que esse ajuntamento proporciona composição de 
saberes necessários para abarcar e agir com prática na realidade educacional, 
expondo propostas de alternativas pedagógicas, inovações no método ensino que 
visem a construção e a manutenção de instituições que proporcionem o bem-estar 
da sociedade. 
O docente que sendo capaz de questionar a sua prática e o seu conhecimento 
acerca das verdades sedimentadas, ele será capaz de romper barreiras e alcançar 
mudanças, aumentando o seu conhecimento e prática profissional conseguirá trazer 
aos discentes diferentes aspectos do saber, transformando a sala de aula, e 
consequentemente os futuros profissionais cidadãos com garantia dos direitos 
jurídicos fundamentais tutelados. 
Para o desenvolvimento da prática deve-se estar constantemente atualizado 
e integrado com às mudanças e ao desenvolvimento científico e tecnológico 
acelerado que está se vivenciando, e para isso, a formação continuada sendo 
indispensável na vida acadêmica e profissional dos Docentes. Para promover a 
formação contínua do Docente este deve ser o perfil do educador: professor 
pesquisador e reflexivo. 
Nesse contexto, reafirma o professor Antonio Nóvoa dizendo que o desafio 
para o professor é manter-se atualizado sobre as novas metodologias e práticas de 
ensino mais eficientes e que isso só é possível através da formação continuada. 
Conclui-se também, que a gestão governamental devendo ser mais atuante, 
facilitando o acesso às universidades públicas, priorizando a formação dos futuros 
docentes de forma a estrutura-los para a prática com uma continuidade no 
aprendizado, implementando a era tecnológica nas instituições de ensinos como 
30 
 
pauta obrigatória, dando oportunidade a educação romper barreiras econômicas, 
sociais e políticas, pois sem dúvidas o protagonista transformador através da 
educação sendo o educador. 
Observa-se ainda, que as mudanças necessárias no sistema educacional 
são profundas, e esse processo inicia-se com a postura de implementação de 
políticas públicas juntamento com os profissionais da educação. O novo papel do 
Docente neste contexto será muito mais abrangente: transformador de 
aprendizagens e ensinos. Neste aspecto, devendo-se observar os métodos 
oferecidos nos cursos de formação desses futuros profissionais para uma 
restruturação educacional voltada a sociedade para uma transformação social. 
Contudo, não se exclui todas as necessidades que o campo educacional 
brasileiro precisa avançar, no entanto, sendo de primordial importância a 
colaboratividade de interesses que tornem efetivos e eficazes projetos de 
desenvolvimento educacional para que os futuros educadores consigam lidar com 
mais tranquilidade com dificuldades e incertezas das mudanças. Tem-se que se agir 
desde já. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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