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ALPHAVILLE EDUCACIONAL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO, TÉCNICO E SUPERIOR ALBERTINA CARLA DOS SANTOS DOCENTES, PROTAGONISTAS DA TRANSFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO: administração pública como chancela de descaso quanto ao não investimento na formação de educadores. NATAL-RN 2020 ALBERTINA CARLA DOS SANTOS DOCENTES, PROTAGONISTAS DA TRANSFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO: administração pública como chancela de descaso quanto ao não investimento na formação de educadores. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Alphaville Educacional — Unialphaville, como requisito básico para obtenção do título de pós- graduado em Gestão e Docência no Ensino Médio, Técnico e Superior. Área de Concentração: GESTÃO E DOCÊNCIA Orientador: Prof. Sandro Takeshi Munakata da Silva. NATAL-RN 2020 ALBERTINA CARLA DOS SANTOS DOCENTES, PROTAGONISTAS DA TRANSFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO: administração pública como chancela de descaso quanto ao não investimento na formação de educadores. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Alphaville Educacional — Unialphaville, como requisito básico para obtenção do título de pós-graduado em Gestão e Docência no Ensino Médio, Técnico e Superior. Área de concentração: GESTÃO E DOCÊNCIA Data de defesa: de de Resultado: . BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Julgamento: Assinatura: Prof. Dr. Julgamento: Assinatura: Prof. Dr. Julgamento: Assinatura: RESUMO O presente trabalho titulado — “Docentes, protagonistas da transformação na educação: administração pública como chancela de descaso quanto ao não investimento na formação de educadores” — teve como objetivo corroborar sobre a importância do docente como transformador através da educação, uma vez que entre suas principais funções sendo a composição de conhecimento para com cidadãos e com isso o papel de transformadores da realidade educacional desses indivíduos, pois abrangendo diretamente a formação ética, profissional e a socialização do conhecimento dos discentes. O trabalho, feito através de pesquisa bibliográfica com foco na educação, visa também, colocar os desafios que esses profissionais tendem a desviar-se para que possam levar as salas de aulas a reflexão da teoria e prática, como ainda, a exposição da falta de interesse da administração pública para com a formação profissional do educador, criando barreiras para um professor que seja capaz de inovar e romper a bolha de uma educação precária, nesse âmbito, justificando a necessidade desta pesquisa. De natureza qualitativa, teve como método coleta de informações que não buscou apenas medir um tema, mas descrevê-lo, usando impressões, opiniões e pontos de vista. As análises ao longo desse trabalho demonstram a importância de um olhar mais atento do poder público para com os futuros profissionais da educação. Foi verificado que mesmo após avanços normativos, a realidade é que não se tem efetividade, dessa forma, ferindo plenamente os direitos e garantias tutelados pela lei máxima do país, a Constituição brasileira de 1988. Palavras-chave: O que é ser um docente. Agente transformador. Políticas públicas. Docente protagonista. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 06 2. O QUE SER UM DOCENTE ........................................................................... 08 3. DOCENTE AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO E A NECESSIDADE DE SE INVESTIR EM UM NOVO PERFIL PARA PROFISSÃO....................................................................................................12 4. POLÍTICAS PÚBLICAS E A PROFISSÃO DOCENTE....................................17 5. DOCENTE COMO PROTAGONISTA: ser transformado para transformar.23 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................29 REFERÊNCIAS ...............................................................................................31 6 1. INTRODUÇÃO A garantia constitucional a todo e qualquer cidadão ao direito a educação, onde o tema (educação) como direito de todos deve ser ministrada pela família e pelos poderes públicos […] de modo que possibilite eficientes fatores da vida moral e econômica da Nação […], aparecem, pela primeira vez, na Constituição de 1934 em seu artigo 149. Deste a constituição de 1934 a educação é vista como um processo de socialização e aprendizagem encaminhada ao desenvolvimento intelectual e ética de uma pessoa, e de fato a constituição de 1988 veio reiterar que além do dever do Estado tem-se a colaboração familiar indicando o reconhecimento da enorme tarefa que cabe à sociedade na formação dos educandos. Dessa forma, diz o artigo 205 da Constituição Federal de 1988: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Além disso, a atual Constituição garante a liberdade de ensinar, o pluralismo de ideias, as concepções pedagógicas, e a valorização dos profissionais da educação. Não obstante, os docentes no Brasil estão longe de serem valorizados, seja pelos baixos salários, a formação deficitária onde grande parte dos profissionais acabam tendo uma visão parca de como ensinar, inadequação ou mesmo inexistência de planos de cargos e salários, perda de garantias trabalhistas e previdenciárias decorrentes de reformas do Aparelho de Estado, aliadas as dificuldades existentes no contexto próprio da sala de aula. Contudo, é do próprio ofício docente “transmitir, ensinar e internalizar competências, formas de pensar, valorar e sentir que acompanharão os educandos na vida ativa, social e produtiva” (Arroyo, 2000). Esse autor lamenta que a formação de professores não tenha como horizonte a especificidade da Educação Fundamental, a qual “se afirma e se expande no movimento da afirmação dos direitos humanos, da cultura, da proteção e cuidado da infância”. Arroyo assegurando ainda que os conteúdos da docência devem ser 7 ampliados, portanto, com os conteúdos da “humana docência” assumindo “na totalidade da função social e cultural” que exerce. No entanto, é importante ressaltar o desapreço da administração pública para com a educação, pois um dos maiores desafios é o investimento insuficiente, mal distribuído e mal gerido que impossibilita o desenvolvimento dentro e fora das salas de aulas como, por exemplo: falta de salas de informática que na presente era tecnológica entram em cena o computador aliado à Internet e taxado como “máquinas de ensinar” que sendo indispensável na aceleração do conhecimento das informações; inexistência de ambientes laboratoriais que proporcionem aos docentes a condição da prática com os discentes; falta de condições estruturais que assegure o bem-estar dos profissionais e seus educandos, em fim, somente mais investimentos e planejamento educacional mais qualificado são chaves para que o Brasil possa caminhar rumo ao avanço educacional. A falta de prioridade abrange também a formação dos docentes, que estes sendo o elo maior entre educação e desenvolvimento, dessa maneira, lhe caberia maiores e melhores investimentos para que esses futuros profissionais saíssem das universidades com um olhar mais crítico e transformador. O descaso com a falta de criação de políticas públicas capazes e eficazes junto as instituições de ensino, propiciam uma educação medíocre e engessada, que formam educadores incapazes de inovar. Esse estudo tem como objetivo descrever a importância do docente como principal agente transformador daeducação, destacando as dificuldades enfrentadas por esses profissionais pela falta de contribuição da administração pública o que expressamente fere os direitos constitucionais a estes assegurados, como ainda a própria dignidade da pessoa humana. A realidade educacional contemporânea para sociedade brasileira em questão da efetivação dos direitos sociais, sendo foco de muita discussão nos meios jurídico e acadêmico, seja pelo caráter subjetivo desses direitos, pela inexistência de políticas públicas ou pela crescente dificuldade de efetividade do direito a educação. O fato é que existem muitos desafios para se alcançar a garantia plena e o integral acesso ao âmbito educacional, e a problemática se dando na complexidade da administração pública, na má distribuição de investimentos, causando assim, o inchaço de profissionais não capacitados para o mercado, e dessa forma lesando o patrimônio, honra e liberdade dos cidadãos brasileiros. 8 Além disso, Durkheim afirma que é preciso que a educação assegure uma comunidade de ideias e sentimentos, sem o qual nenhuma sociedade sobrevive. Com efeito, admitindo que a educação seja função social, não podem os estados dela se desinteressarem. O Estado tem importante papel na educação. Se a educação se apresenta como função coletiva, se tem por fim adaptar a criança ao meio social para a qual se destina, é impossível que a sociedade se desinteresse pelo trabalho. Durkheim afirma ainda que para definir a educação será preciso considerar os sistemas educativos que existem, ou tenham existido, compará-los e aprender deles os caracteres comuns. O conjunto teórico do trabalho terá como foco a importância do docente como agente transformador na educação brasileira, partindo da análise das barreiras as quais se deparam esses profissionais antes, durante e até depois da atuação profissional, passando pela inércia do Estado quanto a investimento para o melhoramento de condições na formação de docentes, até a constitucionalidade de sua previsão enquanto direito, garantia e a clara violação dos direitos daqueles que em sucessivas conquistas históricas de conjunturas políticas, filosóficas, culturais e sociais buscaram uma solução jurídica para o referido problema. 2. O QUE É SER UM DOCENTE Docente — Pessoa que ensina. Professor. Assim descreve o Dicionário Larousse Língua Portuguesa. Como ainda, conforme Professor Dr. Evandro Silva, a etimologia de alguns vocábulos referentes à educação, descreve a palavra docente os que nos levam também, ao conhecimento da descrição do termo Pedagogo. O vocábulo docente veio do latim docens, docentis que era o particípio presente do verbo latino docere que significa ‘ensinar’. Este verbo veio da raiz indo-européia dek, dak, de que dimanam, através de transformações materiais e semânticas, os verbos gregos dékomai, didásko, dókeo, com inúmeros derivados. Docente seria aquele que ensina, instrui e informa. Sua datação, na Língua Portuguesa, seria de 1877. Pedagogo. Este vocábulo teve origem na língua grega: paidagógós, ou significando ‘escravo encarregado de conduzir as crianças à escola; preceptor de crianças, pedagogo’. Da língua de Homero, o vocábulo vai para o latim em que é encontrado como paedagogus,i com a acepção de ‘o que dirige meninos, aio, pedagogo, preceptor, mestre, diretor’. Segundo alguns etimologistas, o vocábulo teria entrado na língua em 1589. 9 A função de repassar aquilo que era considerado importante é muito anterior as primeiras instituições educadoras. Na Antiguidade os filósofos eram as primeiras representações de professores e os pedagogos eram os escravos que levavam os filhos da classe mais alta para observar os filósofos nas ágoras. Durante o período da Idade Média a figura do professor no processo educacional era valorizada e a educação teve grande influência religiosa da Igreja Católica que estabelecia o que deveria ser estudado. No Brasil com a chegada dos portugueses, trouxeram membros da Companhia de Jesus com o objetivo propagar a fé católica, ensinando aos nativos saberes básicos, como ler e contar, pois, a alfabetização era o caminho mais propício para esse fim. Em 1820 foi instalada a primeira instituição de preparação de professores no Brasil baseado no método Lancaster, que é um método pedagógico desenvolvido pelo inglês Joseph Lancaster (1778 – 1838) no final do século XVIII na Europa. Conhecido também por método monitoral ou mútuo, difere dos métodos que o antecederam por utilizar alunos que se destacam dos demais como alunos monitores, responsáveis por contribuir para o ensino do restante do grupo. O método Lancaster enfraquece pela falta de uma organização educativa e falta de instrumentos pedagógicos nos meados do século XIX, e o novo método adotado foi o de professores adjuntos, que consistia nos alunos de 12 ou 13 anos, que possuíssem um conhecimento satisfatório, observarem a aula do professor, objetivando aprender por meio da observação e imitação para mais tarde poder ensinar. Nesse período do século XIX, o corpo docente em sua grande maioria, era formado por professores do sexo masculino, o que houve uma crescente saída dos homens visando à modernização da economia, com isso, viram a educação como elemento essencial para o desenvolvimento do país, reconhecendo a necessidade de um investimento na educação feminina na época. Numa concepção basicamente masculina, com resquícios de uma visão paternalista, no decorrer do tempo a profissão docente foi essencialmente vinculada à mulher, ao feminino. Nesse contexto, conforme Tambara (1998, p. 49): “Considerava-se a docência uma tarefa de pouca relevância teórica e técnica; mais do que uma profissão, seria uma prolongação do papel materno de cuidar das crianças. Assim, surgiu a FEMINILIZAÇÃO do magistério.” 10 Silva (2002, p.96) considera que a feminização do magistério ocorreu como luta das mulheres para se estabelecerem profissionalmente, configurando um nicho no mercado de trabalho ocupado por estas. Nesse processo denominado, feminização do magistério, os argumentos mais difundidos colocam como questões centrais o desinteresse dos homens em continuarem nesse espaço por conta da precarização da docência, em especial devido aos baixos salários e a dificuldade de acesso da mulher a outras profissões, entre outras razões. Nos dias atuais, podemos citar Ens e Donato (2011), quanto a denominada “sociedade do conhecimento”, na qual nos encontramos imersos, traz algumas implicações para o “ser professor”. Nesse âmbito de implicações, estando a gestão governamental adaptada aos princípios do liberalismo clássico às exigências de um Estado regulador e assistencialista, que deveria controlar parcialmente o funcionamento do mercado, que produz por meio das políticas públicas, maneira de funcionamento da formação docente e de sua prática pedagógica. No entanto, as atuais políticas presentes na formação de futuros docentes sendo protagonista de diversidades entre normas e realidades, onde as estratégias apresentadas são fragmentadas o que não se apresenta como investimento a longo prazo para a referida profissão. A profissão do docente surgiu com muita dificuldade no Brasil, uma vez que sendo o último país americano a criar uma Universidade, e somente durante o século XIX, se conseguiu implantar pouco mais de 10 (dez) faculdades. Com a Constituição de 1988 se abriu ao ensino uma nova visão e oportunidade de mudanças, através Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Nacional — Lei 9.394, transformou-se a concepção da educação no país e se implantou a legislação de Avaliação, Regulação e Supervisão do Ensino que surgiram no século XXI. Apesar da legislação ampliar a importância da profissão do docente e existir por parte do Poder Público e o Governo o dever de acompanhar evolução do ensino, nunca houve esse direcionamento,o que contextualiza o resultado de no Brasil ocorrer a maior privatização do Ensino Superior das Américas, o que por consequência, a educação é transformada em um grande “negócio”, comercializado entre mercado e estudantes. No fragmento a seguir, Apple (2001, p. 18) sintetiza a mudança da concepção de educação: (…) o que outrora foi um conceito e uma prática política apoiada numa 11 negociação e diálogo coletivo é, hoje em dia, um conceito “totalmente” econômico. Atualmente, debaixo da influência do neoliberalismo, o verdadeiro significado de cidadania foi radicalmente transformado. Nos dias de hoje, em muitos países, o cidadão é simplesmente um consumidor. O mundo é visto como um vasto supermercado. As escolas e inclusive os nossos alunos (…) tornam-se mercadorias que são compradas e vendidas do mesmo modo como se compram e vendem outro gênero de mercadorias. Situação essa, que o mercado financeiro achou uma nova área de investimento, instituindo as faculdades particulares em fontes de investidores, alunos com poderes aquisitivos capazes criar um negócio, uma relação jurídica consumidor x prestação de serviços educacional. Negócio esse, que movimentam bilhões de reais, uma vez que trabalhadores preocupados com sua formação, viram uma forma de acesso ao conhecimento, e nos dias atuais, sendo crescente o número de estudantes universitários no Brasil. Como também, sendo nessas instituições privadas onde se encontram em sua maioria, estruturas físicas adequadas, equipamentos tecnológicos e possibilidade de maior acesso ao aprendizado, o que sendo de extrema importância, tendo em vista a era digital globalizada que veio como forma de mudanças, inclusive na educação, na forma de ensino, inovando e transformando, possibilidando alunos ter acesso as aulas sem precisarem do deslocamento, por meio do ensino a distância. É certo a ocorrência de enormes avanços na ciência, na tecnologia, porém, os cursos a distância que contempla a área tecnológica ao qual deveria fazer parte de projetos para formação de docentes, sendo outra face do problema no âmbito público, uma vez que se tratando de uma questão econômica para a gestão governamental, e ficando a cargo da privatização a formação com Ensino à Distância. Os dados relativos a esses cursos demonstram que 87,4% das matrículas em cursos de Pedagogia à distância estão no setor privado (das quais, 61% em universidades, 27,3% em centros universitários e cerca de 12% em faculdades). As Instituições de Ensino Superior (IES) públicas concentram apenas 12,6% das matrículas em cursos de Pedagogia nessa modalidade (FREITAS, 2014). A falta de investimento na educação, reprimi a formação de futuros profissionais educadores afastando a oportunidade de produtividade, pois não havendo possibilidade da maximização crescente de seus rendimentos ao longo da vida, ou seja, esses indivíduos deixam de ser pró-ativos, inovadores, inventivos, flexíveis, com senso de oportunidade, com notável capacidade de provocar mudanças, etc. Nesta circunstância, importante ressaltar que ser docente é formar o aluno no intuito de 12 prepará-lo para viver na sociedade das mudanças, e para ser capaz de enfrentar desafios, e diante dessa responsabilidade o profissional devendo primeiramente ter a chance de estar adequadamente preparado. Ademais, estar adequadamente preparando, sendo premissa para qualquer educador, pois, podemos afirmar que a sociedade espera dos professores uma participação ativa e crítica do seu processo de desenvolvimento profissional e atuação, a qual, segundo Perrenoud (2009), consiste em: 1. Aprender a cooperar e a atuar em rede; 2. Aprender a viver a escola como uma comunidade educativa; 3. Aprender a sentir-se membro de uma verdadeira profissão e responsável por ela; 4. Aprender a dialogar com a sociedade. Com isso, é preciso se pensar em Políticas Públicas no que tange as Políticas Educacionais como sendo fator que se precisa reverter investimentos para oportunizar o acesso a uma boa formação de professores desde o ensino básico para que tenham capacidade de agir nas escolas e nas universidades, pois na sociedade contemporânea o docente tem que desenvolver em si próprio o olhar integral e humano para educar, além de ser um bom conhecedor do conteúdo programático e das práticas pedagógicas, pois sendo este a figura mais importante de todo o processo educativo, cabe-lhe a formação ética, profissional e cultural dos cidadãos. 3. DOCENTE AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO E A NECESSIDADE DE SE INVESTIR EM UM NOVO PERFIL PARA PROFISSÃO Estamos vivendo um momento de muitas mudanças ocasionadas pela globalização, que desde a invenção do quadro negro, passando pelos projetores, as fotocopiadoras e ainda a videocassete que muitos se utilizaram como forma de transmitir informação e conhecimento em sala de aula, mas foi no século XXI a explosão e disseminação de computadores e programas interativos que abriram janelas para o mundo da informação mudando o contexto do ensino e aprendizado. É verdade que avanços importantes da última década, ampliam as possibilidades de interação, entretenimento, velocidade na informação, enfim, um novo mundo tecnológico o qual nos adaptamos dia após dia. No cenário de tecnologias e informações, adentramos a formação de professores deste do ensino básico até o ensino superior como uma das principais preocupações, pois os avanços 13 no processo de formação utilizando as tecnologias, tornou-se um desafio cada vez maior, posto que o alcance tecnológico nas escolas da rede pública e universidades federais e/ou estaduais ainda caminham a passos lentos. Primeiramente, há de se observar que foi com a expansão principalmente em instituições privadas do ensino superior brasileiro que se contribuiu para a diversificação da oferta de cursos de formação de professores, que entre estes, o curso de Pedagogia e de Licenciaturas. Instituições estas privadas, oferecem estruturas tecnológicas para formação de profissionais diferentemente das instituições públicas, porém, por vezes esses futuros profissionais não sendo capacitado adequadamente durante a graduação, e mesmo após formados não conseguem uma continuidade no processo de aprendizagem, e muito menos integrar ao seu trabalho o potencial das novas tecnologias da informação e da comunicação. Diante do universo de tecnologias no âmbito educacional, é notório que, a problemática se inicia desde a formação até a ampliação e intensificação do trabalho dos docentes que não estão acompanhadas de políticas públicas de investimento para uma melhoria efetiva dos recursos materiais e das condições de trabalho em que se exerce a docência, o que dificulta o desenvolvimento pedagógico no país. É certo que a tecnologia, por si só, não é capaz de transformar a prática de um professor, porém, se usada de modo contextualizado, isso possibilitará conhecimentos práticos desde a formação passando atuar com melhor performance. Com isso, há necessidade de uma prática de reflexão sobre a importância dos recursos didáticos, através de uma proposta que justifique a sua utilização. Para LORENZATO (1991), Os recursos interferem fortemente no processo de ensino e aprendizagem; o uso de qualquer recurso depende do conteúdo a ser ensinado, dos objetivos que se deseja atingir e da aprendizagem a ser desenvolvida, visto que a utilização de recursos didáticos facilita a observação e a análise de elementos fundamentais para o ensino experimental, contribuindo com o aluno na construção do conhecimento. (LORENZATO, 1991) As tecnologias ampliam as possibilidades do professor ensinar e do aluno aprender. Verifica-se que quando utilizadas adequadamente, auxiliam no processo educacional. Conforme DEMO (2008), sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação, aponta: Toda proposta que investe na introdução das TICs naescola só pode dar certo passando pelas mãos dos professores. O que transforma tecnologia em aprendizagem, não é a máquina, o programa eletrônico, o software, mas https://www.somospar.com.br/tecnologia-na-educacao-e-motivacao-em-sala/ 14 o professor, em especial em sua condição socrática. Dessa forma, ao se pensar em investimento na educação as tecnologias da informática sendo um exemplo de avanço que se precisa chegar a rotinas das escolas e universidades brasileiras, porque ao se refletir quanto ao professor como sendo o principal ator no processo ensino aprendizagem onde procuram transformar a maneira de se apresentar os conteúdos, ele precisa de um preparo adequado, além do mais, por esse exercício profissional ir além das salas de aulas. LIBÂNEO (2007, p.310), ressalta: “o exercício profissional do professor compreende, ao menos, três atribuições: a docência, a atuação na organização e na gestão da escola e da produção de conhecimento pedagógico.” Ante o contexto, tende-se um olhar voltado aos novos cenários e conteúdos do trabalho do docente e sua formação, uma vez que o desenvolvimento nem sempre vem acompanhados de recursos, autonomia e mudanças nos sistemas educacionais ou na cultura escolar, e cabendo a estes conviver com a relação de trabalho não acompanhado de processos sistêmicos e integrais para que o professorando desempenhe seus papeis com resultados. Reconhecer que a qualidade do desempenho do docente depende de um conjunto de fatores, se reconhecem que há necessidade de mudanças educacionais. O papel fundamental desses profissionais, a partir de uma visão renovada e integral pelo processo de mobilização de sua responsabilidade social participando no gerenciamento educacional, implementando políticas educacionais locais e nacionais fortalecendo cultura institucional democrática que impactam na formação dos alunos, sendo o panorama para o futuro. O Docente é um agente de transformação do “sujeito” aluno, para que esse se aproprie de novas tentativas possibilitando o estímulo e a sujeição podendo sê-las: emancipadora, libertadora, curadora, transformadora, contribuidora, sonhadora e acima de tudo de oportunidade nos aspectos de um autoconceito crítico coletivo. Para continuar tentando fazer o ato transformador, esse profissional continua tendo a mesma formação que basicamente não se alterou, o que não o prepara para enfrentar os conflitos e os desafios das situações presentes nas escolas, e apesar de todo o desenvolvimento de um mundo globalizado ao qual envolve tudo e todos, sendo um contrate na realidade dos Docentes por insuficiência dos recursos destinados à educação, onde a inercia de investimentos desistimulam a capacidade 15 de reflexão da própria profissão. Diante dessa realidade, NÓVOA (1999, p. 20) nos diz que: A refundação da escola tem muitos caminhos, mas todos eles passam pelos professores. Esta profissão representou, no passado, um dos lugares onde a ideia de escola foi inventada. No presente, o seu papel é essencial para que a escola seja recriada como espaço de formação individual e de cidadania democrática. Mas, para que tal aconteça é preciso que os professores sejam capazes de refletirem sobre a sua própria profissão, encontrando modelos de formação e de trabalho que lhes permitam não só afirmar a importância dos aspectos pessoais e organizacionais da vida docente, mas também de consolidar as dimensões coletivas da profissão. A educação muda o mundo. Através dela, um cidadão se torna mais crítico, tem mais oportunidades de emprego e melhoria na sua própria qualidade de vida. A importância de aprender e compartilhar os conhecimentos com os outros, sendo uma contribuição humana e social do docente, e este tendo a necessidade do reconhecimento de sua profissão como missão primordial. Ademais, exemplificarmos a necessidade de implantação das tecnologias como uma das fontes facilitadoras de recursos para formação dos docentes, que a falta de investimentos em sua maioria desviam a essencial da importância do ensinar, que o não reconhecimento da profissão reprimi a capacidade de mudança. Contudo, Chapman e Aspin (2001), editores do International Handbook of Lifelong Learning (Manual Internacional de Educação Continuada), reafirmam a urgente necessidade de profundas transformações nos sistemas educacionais: • A necessidade de oferecer oportunidades educativas que respondam aos princípios de: eficácia econômica, justiça social, inclusão social, participação democrática e desenvolvimento pessoal. • A necessidade de reavaliar os currículos tradicionais e as maneiras de ensinar em resposta aos desafios educacionais produzidos pelas mudanças econômicas e sociais e pelas tendências associadas ao surgimento de uma economia do conhecimento e de uma sociedade da aprendizagem. • A reavaliação e redefinição dos lugares onde a aprendizagem acontece, assim como a criação de ambientes de aprendizagem flexíveis, que sejam positivos, estimulantes e motivadores, e que superem as limitações de currículos padronizados, da divisão por matérias, dos tempos curtos e das rígidas 16 pedagogias. • Uma aceitação da importância do valor agregado que proporciona a aprendizagem. • A consciência de que embora se comece a perceber que a escola não é a principal fonte de aquisição de conhecimento, ela está se convertendo em instituição fundamental na socialização da população jovem. • A ideia de que os caminhos de aprendizagem entre as escolas e as instituições de ensino superior, os trabalhadores desse setor e outros provedores de educação, terão um alto impacto na formação de relações entre a escola e a comunidade. • A necessidade de promover a ideia da escola como comunidade de aprendizagem e como centros de aprendizagem ao longo da vida Sendo evidente a urgente necessidade de profundas transformações no contexto educacional brasileiro, a deterioração das condições de trabalho dos docentes, a desmoralização, abandono da profissão e absentismo sendo reflexo da falta de interesse quanto da não existência de políticas públicas eficientes e eficacies voltadas a educação. Por muitas vezes, os profissionais da educação trabalham de maneira artesanal, onde os resultados não ultrapassam as paredes da escola, “em geral”, com um baixo salário, onde por vezes aumentam seus turnos de trabalho ou assumir funções extras para manter um padrão de vida enfrentando rotinas que exigem muita dedicação dentro e fora da sala de aula, dificuldades essas, pela oportunidade de transformar a sociedade, pois sendo a educação impacto transversal em todas as áreas da vida de um indivíduo e, consequentemente, do País. A busca da integração da dignidade e credibilidade do ofício docente, passaria por uma reconfiguração de identidade profissional, formação de qualidade, pois se constitui como um dos pontos cruciais da requalificação do educador. Nesse contexto (Nóvoa 2004), afirma que: A formação é um ciclo que abrange a experiência do docente como aluno (educação de base), como aluno-mestre (graduação), como estagiário (práticas de supervisão), como iniciante (primeiros anos da profissão) e como titular (formação continuada). 17 Sendo de extrema urgência a necessidade de se investir em um novo perfil do Docente para a construção da educação do futuro dotado de competência compatível com a atual realidade. Esses profissionais precisam reencontrar inspiração no ambiente de trabalho, precisam de investimento para o seu crescimento profissional, individual e coletivo, possibilitando condições que assemelhem a carreira docente com a qualidade de trabalho, valorizando, prestigiando e engrandecendo o caminho dos educadores. “Os professores precisam reencontrar novos valores, novos idealismos escolares que permitam atribuir um novo sentido à ação docente”. (NÓVOA, 1995, p. 29). O novo Docentedeve ter conhecimentos diversificados de prática e ensino, sendo capaz de expor os conteúdos de modo contextualizado, globalizado e diversificado o suficiente para despertar interesse e motivação dos alunos. 4. POLÍTICAS PÚBLICAS E A PROFISSÃO DOCENTE Em premissa, há de se conceitua o termo profissão, proveniente do latim professio, estabelece relações semânticas com os vocábulos, declaração, emprego, exercício, profissão e ocupação. O conceito de profissão pode ainda ser definido como algo que “[…] é utilizado para identificar um grupo altamente formado, competente, especializado e dedicado, que corresponde efetiva e eficientemente à confiança pública” (POPKEWITZ apud VEIGA, 2005). Contudo, o conceito de profissão em referência aos professores resulta da ação dos sujeitos e das mobilizações e lutas em torno de sua construção, e dessa forma, observa-se que o profissional da docência nunca conseguido reunir características profissionais ao seu ofício e a docência nunca atingiu o status de profissão. Vale dizer, que a referida classe sempre ficou à margem das demais profissões no que diz respeito a criar normas próprias da docência, onde o processo pelo qual o profissional é reconhecido por estatuto próprio na organização social do trabalho nunca progrediu. Ainda, que as dificuldades oriundas da formação precária, massificação do ensino, degradação do trabalho docente, e a ausência de políticas públicas voltadas à resolução das problemáticas educacionais, resultaram na decadência profissional da docência no Brasil. Tratando-se de Políticas Públicas, essas influenciam diretamente ou por meio de delegação na vida dos cidadãos, onde podemos definir os planos de educação 18 como documentos (políticas públicas), com força de lei, que estabelecem metas para que a garantia do direito à educação de qualidade avance em um município, estado ou país. Desse modo, ao analisar os Artigos 208 e 214 da Constituição Federal, pode- se extrair a razão política dos Planos de Educação. Diz a lei: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I- Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; I- Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996). I- Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009). II- Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; II- Progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996). III- Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV- Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; IV- Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006). V- Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI- Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII- Atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. VII- Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do poder público que conduzam à: I- Erradicação do analfabetismo; II- Universalização do atendimento escolar; III- Melhoria da qualidade do ensino; IV- Formação para o trabalho; V- Promoção humanística, científica e tecnológica do País É notório que, a Constituição Federal prioriza a importância quanto a educação, uma vez que esta sendo necessária para que a sociedade se desenvolva 19 e tenha cidadãos críticos. Nesse sentido, o governo brasileiro em tentativa de colocar em condições similares a educação brasileira a forma de demais países, os métodos de ensinos educacionais vem se moldando aos longos de décadas, pois a evolução da sociedade está intrinsecamente ligada à evolução da educação. Como afirma Paulo Freire (1993), a educação como intervenção inspira mudanças radicais na sociedade, na economia, nas relações humanas e na busca dos direitos, ou seja, uma sociedade sem educação não evolui. Contudo, para uma revolução positiva educacional das nações é preciso que o processo tenha início na formação dos docentes. No entanto, ainda nos dias atuais, um dos desafios mais complexos dos governos, é o tratamento das questões quanto aos docentes como matéria de política pública. Reconhecer a importância da questão docente e a definir como prioridade nas agendas educacionais e políticas, não sendo prioridades das pautas administrativas, onde podendo visivelmente ser percebido no cenário no qual ocorre o desrespeito ao profissional, seja nos espaços físicos, infraestruturas, equipamentos, como ainda, clima institucional, características do ambiente (faltando interação entre condições de trabalho), saúde docente e desempenho profissional. Para Enguita (1991), os docentes vivem, desde há muito tempo, uma crise de identidade. Nem a categoria, nem a sociedade, conseguem entrar em um acordo sobre sua imagem social, seus campos de competência e organização de carreira. Toda a ambivalência que permeia a docência poderia ser resumida, segundo o autor, como “uma localização intermediária e instável, entre a profissionalização e a proletarização”. Exercer a profissão de docente na maioria das vezes é um ato de bravura e determinação, onde a falta de políticas públicas em compromissos e ações que possibilitem uma educação continuada que lhes permitesse o acompanhamento profissional, mantendo-os atualizados, favorecendo o seu desenvolvimento e sua participação eficaz na vida da instituição, programas de verticalização da formação uma vez que encontram dificuldades para entrar em programas de pós-graduação, principalmente os de stricto sensu, como ainda, falta de flexibilização dos horários, falta tempo e até mesmo falta de informação ainda são grandes obstáculos para o processo de formação dos docentes, e com isso, a necessidade de tornar as escolas o lócus da formação com desenvolvimento cultural e social não apenas do aluno para também dos docentes. 20 Infelizmente, a educação de qualidade ainda parece longe de fazer parte das prioridades públicas, ficando à mercê de inúmeros problemas, tais como a tradicional descontinuidade das iniciativas educacionais, a superlotação das salas de aula, o descaso com do professor, e principalmente na deficiência na formação do docente. Essa histórica falta de prioridade “conflitos”, apresentam uma ruptura educacional principalmente no âmbito do ensino público e a sua ausência nos planos diretores e propostas do Estado demonstrando eternos desencontros e confrontos entre governos e docentes, até por não fazer parte das prioridades da própria sociedade, está refletida por consequência, em prejuízos na concepção e implementação de políticas públicas eficientes que tragam verdadeiramente resultados substanciais à melhoria da qualidade da educação. Portanto, uma educação básica de qualidade é a porta de entrada para que os alunos possam enfrentar as diversidades aonível igualitário, e para isso, se torna indispensável recuperar a imagem dos docentes diante da sociedade, melhorando assim seu desempenho e conferindo-lhes autoridade para conduzir o processo educacional, ou seja, a valorização dos profissionais da educação, ampliação das condições de acesso e permanência na escola e a ampliação da qualidade do ensino oferecido são alguns dos milhares de desafios que se impõem a um Estado em prol de uma boa educação. Priorizar a educação é treinar o professor, é remunerá-lo de forma digna, de maneira que ele não se sinta ridicularizado pelas péssimas condições de trabalho. À ausência de políticas públicas e à falta de apoio estrutural e pedagógico por parte dos gestores públicos, faz-se com que os docentes sintam-se impotentes e desgastados devido ao assistencialismo arraigado, à não-retenção do aluno — fruto da política de progressão continuada —, ao desinteresse do poder público por uma educação de qualidade, como ainda, estes encontrando-se desamparados em relação à sua qualidade de vida e à sua saúde física e psíquica, o tem atraído cada vez menos alunos para uma profissão que deveria estar em uma das mais valorizadas, onde conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INPE), a cada 100 jovens que ingressam nos cursos de pedagogia e licenciatura no país, apenas 51 concluem. O contexto social brasileiro apresenta uma necessidade muito grande de políticas públicas que ofereçam conhecimentos anuladores das desigualdades que permeiam na sociedade, atropelam a democracia, ferem a Constituição e denigrem 21 a personalidade humana. Países que não maquiam ou não poupam gastos na educação, e ainda, os que investem nos profissionais educacionais são considerados países desenvolvidos, com a apresentação de altos índices de escolarização e com atitudes que invejam outras nações. Assim, faz-se então necessária uma grande reestruturação nas políticas públicas brasileiras, considerando os inúmeros desafios e envolvendo de forma participativa e cooperativa todos os atores da federação. Dessa forma, percebe-se que a solução a curto prazo para os problemas relacionados às políticas públicas o qual se arrastam há longos anos, estando sem previsão. Contudo, sendo indiscutível a importância de se investir em um novo perfil do Docente, pois a formação deste, vai além da mera transmissão de conhecimentos técnicos ou da atualização científica, pedagógica e didática, a responsabilidade do seu papel central se transforma na possibilidade de criar espaços de participação, reflexão e formação de cidadãos capazes de se adaptarem à convivência com a incerteza e complexidade presentes no atual mundo tecnológico globalizado. Além do mais, torna-se evidente a importância de programas de formação inicial de professores durante a graduação, pois é através da prática que será adquirida a experiência para o exercício futuro da docência. Segundo Tardif (2007, p.53): [...] a prática pode ser vista como um processo de aprendizagem por meio do qual os professores retraduzem sua formação e a adaptam à profissão, eliminando o que lhes parece inutilmente abstrato ou sem relação com a realidade vivida e conservando o que pode servir-lhes de uma maneira ou de outra. Ainda segundo BURCHARD; SARTORI: A formação inicial dos professores só pode se dar a partir da aquisição da experiência dos formados (ou seja, tomar a prática existente como referência para a formação) e refletir sobre ela. O futuro profissional não pode constituir seu saber-fazer senão a partir de seu próprio fazer. Não é senão sobre essa base que o saber, enquanto elaboração teórica se constitui. Freqüentando os cursos de formação, os futuros professores poderão adquirir saberes sobre a educação e sobre a pedagogia, mas não estarão aptos a falar em saberes pedagógicos. Esses saberes podem colaborar com a prática, sobretudo, se forem mobilizados a partir dos problemas que a prática coloca, pois, há relação de dependência entre a teoria e a prática. (2011, p.8) A formação do Docente, se exige conhecimentos aprofundados no Ensino Superior, cuja responsabilidade irá definir a educação de crianças, jovens e adultos na sua vida escolar, e as políticas estão diretamente imbricadas com a 22 responsabilidade da administração pública para com a educação, pois implementação de políticas voltadas para tal fato, poderam ser precedidas de medidas eficazes e efetivas necessárias para se solucionar problemas, e apresentar projetos que coadunem na reconstrução da Educação. Porém, enquanto de um lado, o Estado Neoliberal ressalta a necessidade de professores cada vez bem mais formados, motivados e atualizados, de outro lado, retira a autonomia pedagógica dos professores com sua política autoritária se vestindo de Democracia. Há de ressaltar, que as políticas públicas deveriam partir do pressuposto que os mesmos caminhos não podem levar a resultados diferentes, que para alcançar a qualidade precisa-se considerar as particularidades de cada escola e a prática diária de cada profissional, pois aquele que detinha o saber mais completo/universal, baseado em dados sólidos dos escritores renomados, com incrível capacidade de memória, sabendo um pouco de tudo, hoje concorrer com as tecnologias da informação, porque a mídia, a internet, as revistas, os jornais, etc. divulgam acontecimentos em tempo real, e o que é atualidade nesse momento, passa a ser passado há alguns segundos a frente. É certo que, já se foram implantandas várias políticas no âmbito da educação brasileira, porém, para avançar, há necessidade que se considere a educação como bem público considerando o alto custo de uma boa formação dos docentes, envolvendo meios transformadores para importantes processos educacionais e que estes fiquem mais ao alcance da população. Sendo preciso ações-chave que impactem for forma abrangente a formação de futuros educadores, transformado-os em agente transformador. Importante ressaltar, que concluir o curso de licenciatura é apenas uma das etapas do processo de formação de professor. O aprendizado contínuo é de primordial importância para esta profissão. Só o profissional pode ser o responsável por sua formação […] A formação é algo que pertence ao próprio sujeito e se inscreve num processo de ser (nossas vidas e experiências, nosso passado, etc.) e num processo de ir sendo (nossos projetos, nossa ideia de futuro). (NÓVOA apud GENTILE, 2001, p. 15). Nesse meio-tempo, enquanto o poder público não visualizar a educação como única forma de mudar o futuro, ao Docente resta desenvolver práticas pedagógicas adequadas e eficientes para com o ensino para garantir o “resgate da autoridade pelo 23 conhecimento”. (YVES DE LA TAILLE apud POLATO, 2008, p. 43) 5. DOCENTE COMO PROTAGONISTA: ser transformado para transformar O docente como protagonista no aprendizado sendo elemento crucial para o sucesso do desenvolvimento educacional, as condições institucionais dependendo como essas se desenvolvem, constroem e estimulam as características pessoais profissionais desses futuros educadores que põe em prática a ação no exercício de seu trabalho. Sabe-se que protagonista é o personagem ou o indivíduo que possui o papel de maior destaque nas obras, e possui características como: ser movido por um objetivo, dever; ser leal à causa; transmite confiança... Nesse cenário as instituições sejam elas, públicas ou privadas, carecem de políticas educacionais voltadas a formação de docentes reflexivos, pensantes, criativos e com vontade de transformar, pois, sendo estes os personagens principais capazes de modificar o estado vegetativo que se encontra o âmbito educacional. Nessa conjuntura, sendo notório a importância de investimentos nas universidades que despertem educadores pesquisadores da área educacional,seja de caráter regional ou nacional, que apoiadas na sua formação de professores sob a responsabilidade tembém da administração pública em garantir a qualidade de excelência de processos acadêmicos, buscando de maneira coletiva, alternativas de desenvolvimento e crescimento, garantindo o respeito ao profissionalismo do professor e sua adequada valorização, o embrião da percepção de educação ideal, começaria a se desenvolver. Nesse universo de docentes pesquisadores, podemos observar a Lei de Diretrizes e Bases – LDB (1996), ao destacar a finalidade da educação supeiror: Art. 43. A educação superior tem por finalidade: I- Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II- Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III- Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, 24 e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV- Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V- Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI- Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII- Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. VIII- Atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015) Diante dessa perspectiva, é comprovado a preocupação do legislador quanto a importância em se construir uma base de docentes pesquisadores, pois, sendo indiscutível que um professor pesquisador agrega conhecimentos e consegue aliar prática e teoria. O docente quando se descobre pela pesquisa, este se propõe a corrigir seus inúmeros descompassos, e será capaz de inovar. Inovação, sendo o substantivo que deve estar presente nas salas de aulas, as novas experiências e vários processos de aprendizagem que instigado desde formação acadêmica devendo ser base de ensino de qualidade. De acordo com Ivani Fazenda (2008), é importante que o professor tenha quatro tipos diferentes de competências, caracterizadas por ele como: 1. Competência intuitiva – o professor não se contenta em executar o planejamento elaborado: ele busca sempre alternativas novas e diferenciadas para seu trabalho. Assim, a ousadia acaba sendo um de seus principais atributos. 2. Competência intelectiva – a capacidade de refletir é tão forte e presente nele que imprime esse hábito naturalmente a seus alunos. Analítico por excelência, privilegia todas as atividades que procuram desenvolver o pensamento reflexivo. 3. Competência prática – a organização espaço-temporal é o seu melhor atributo. Tudo ocorre conforme o planejado. Usa com requinte técnicas diferenciadas. Ama a inovação. Copia o que é bom, pouco cria, mas, ao 25 selecionar, consegue bons resultados. 4. Competência emocional – uma outra espécie de equilíbrio é constatada no emocionalmente competente, uma competência de “leitura da alma”. Ele trabalha o conhecimento sempre com base no autoconhecimento. A inovação é sua ousadia maior. Essas competências descritas por Fazenda nos dão uma ideia que o docente estando envolvido em contexto de atitude interdisciplinar que surge como força de sustentação de uma fundamentação que corresponde ao atendimento de necessidade percebida pelos profissionais da educação, na incorporação de conteúdos, passando de uma percepção fracionada para uma concepção unitária do conhecimento, superando a divisão entre ensino (processo de construção do saber com apropriação do conhecimento historicamente produzido pela humanidade) e pesquisa (processo de materialização do saber a partir da produção de novos conhecimentos baseados em problemas emergentes da prática social). Nada obstante, sendo comum a insegurança dos docentes em adotar uma nova atitude pedagógica, que rompa hábitos e acomodações, que busque o novo e o desconhecido, pois, temem sua não permanência nos referidos estabelecimentos escolares, uma vez que os indivíduos receiam o que desconhecem, e com isso, esses profissionais se sentem incapazes de inovar, o que os levam a se tornar cada vez mais “dependente”. No entanto, “o fundamental no desenvolvimento da interdisciplinaridade é uma questão de atitude. (Fazenda, 1999)”. O docente necessita de uma postura reflexiva, consciente do caminho que está propondo. Deixar de ser apenas um mero repassador de conteúdos e passar a se assumir como um agente transformador da realidade e produtor de conhecimento. O exercício da docência, enquanto ação transformadora que se renova tanto na teoria quanto, na prática, requer necessariamente o desenvolvimento dessa consciência crítica que se inicia na formação acadêmica desses profissionais. Na maioria dos contextos nacionais, os docentes se preparam no ensino superior público ou privado e são absolvidos diretamente pelo sistema de educação básica, mantido pelo estado nacional, provincial ou local mesmo sem nenhum apoio prático, visto isso, é preciso que existam diretrizes para orientar, pois, ao Estado e aos responsáveis pelas políticas educacionais devem caber a responsabilidade de mediar, e oferecer condições de trabalho para que esses profissionais consigam 26 desenvolver nessa nova etapa. Michael Fullan, 1993, resume em uma frase, décadas de reformas educacionais com resultados relativos, “a formação de professores ainda tem a honra de ser, simultaneamente, o pior problema e a melhor solução em educação”, e dessa forma devemos aceitar que para educação mudar, é necessário iniciar com a formação dos educadores. Melhorar a qualidade de ensino e educar melhor continua sendo um dos principais objetivos da educação, ao menos “em tese”, no entanto, os docentes são vistos como um dos problemas do gerenciamento governamental, pois representam um elevado número de empregados, consumindo altíssima porcentagem na folha de pagamento do Estado, o que ocasiona o baixo interesse em investimento por aluno e consequentemente a mediocridade do ensino e aprendizagem. Sendo preciso a mudança de mecanismo de alocação, utilização e distribuição de recursos através de estratégicas sistêmicas de ação e não políticas parciais. A política pública deve fortalecer sistemas educacionais inclusivos em todas as etapas, viabilizando acesso pleno à educação básica obrigatória e gratuita. É indiscutível que o exercício da ação docente requer mudanças. Mudanças essas que vão além dos cursos de formação, que os docentes possam adotar mais do que uma postura essencialmente receptiva. Autonomia, cooperação e criticidade são habilidades indispensáveis em um mundo que está constantemente evoluindo. Nesse cenário, o professor “prático reflexivo” é aquele que consegue superar a rotinização de suas práticas e refletir sobre as suas ações cotidianas antes, durante e depois de executá-las (Neto, 2002; Tardif, 2007). Em sua formação há lucidezdos diversos saberes utilizados no cotidiano de trabalho: os saberes curriculares, os experienciais e os disciplinares (Alarcão, 1996; Tardif, 2007). Mudanças, sendo uma tendência da formação de professores, no qual, anunciar que o bom profissional precisa deixar para trás, o modelo anterior chamado de “racionalidade técnica” e passar ao modelo professor reflexivo. Para Almeida (2001), A racionalidade técnica provoca: a divisão do trabalho em diferentes níveis, estabelecendo relações de subordinação; o exercício de um trabalho individual que gera o isolamento do profissional; a aceitação de metas e objetivos externos, considerados neutros. Transformada numa atividade técnica e instrumental, porque decorre da aplicação do conhecimento sistemático e normativo, a prática pedagógica passa a ser entendida como neutra e isenta de subjetividade. (ALMEIDA, 2001, p.02). 27 Ao caracterizar a expressão, “professor reflexivo”, Alarcão (2003) possui a seguinte definição: Uma “organização escolar” que continuadamente se pensa a si própria, na sua missão social e na sua organização, e se confronta com o desenrolar de sua atividade em um processo heurístico simultaneamente avaliativo e formativo (Alarcão, 2001 a, b e c) Se como dizia Habermas, só o EU que se conhece a si próprio e questiona a si mesmo é capaz de aprender, de recusar tornar-se coisa e de obter a autonomia, eu diria que só a escola que se interroga sobre si própria, se transformará em uma instituição autônoma e responsável, autonomizante e educadora. Somente essa escola mudará o seu rosto. (ALARCÃO, 2003, P.25) Zeichner (1993), reconhece nessa tendência de formação reflexiva uma estratégia para melhorar a formação de professores, tendo em vista que pode aumentar sua capacidade de enfrentar a complexidade, as incertezas e as injustiças na escola e na sociedade. Não basta ser apenas reflexivo, o professor precisa passar a ser um profissional intelectualmente crítico e reflexivo. Giroux (1997) expressa que não podemos conceber o papel do ensino apenas reduzido ao simples treino de habilidades práticas, devendo envolver a educação de uma classe de intelectuais vitais para o desenvolvimento de uma sociedade livre. Para Schön (1987) o conhecimento do professor precisa pautar-se em pesquisa e experimentação, na prática, porque dessa maneira o saber poderá emergir espontaneamente, cabendo aos profissionais descrevê-lo e disponibilizá-lo para estudos mais amplos. Nóvoa (1993) descreve que a formação se constrói através de um trabalho de reflexividade das ações do professor. Para esse autor: A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência (NÓVOA, 1993, p. 25). Nesse universo globalizado de evolução constante, transformar o docente engessado de um ensino arcaico para um professor reflexivo e pesquisador, este conseguirá olhar para si e para as suas ações com uma visão crítica, contextualizada e fundamentada. A partir desta reflexão, consegue estabelecer alternativas para agir de forma a aprimorar a sua prática docente, trazendo para salas de aulas o conhecimento inovador, construtivo, motivador e atuante. Com isso, observa-se a importância do Docente estar em aprendizado constante, se inovando, se 28 inventando, absorvendo conhecimentos diversos, através das leituras, experimentações, inovações, trabalhos em equipe, participações em projetos, em formação continuada que possa levar o professor a perceber os momentos propícios a autoformação usando os meios que a situação oferece ou a busca de novos recursos. Perrenoud (2000) diz: Esse tipo de experiência impõe uma descentralização, uma visão mais sistêmica, a tomada de consciência da diversidade das práticas e dos discursos, uma percepção mais lúcida dos recursos e das obrigações da organização, bem como dos desafios que enfrenta ou enfrentará. (PERRENOUD, 2000, p. 16). 29 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ante o exposto, concluímos que, apesar dos avanços normativos para com o ensino se faz urgentemente imprescindíveis mudanças no quadro de políticas públicas voltadas a educação. Que entre essas mudanças, a necessidade de transformação na formação de docentes. Transformações essas que tornem esses profissionais atuantes de forma reflexiva, embasado e fundamento pelo conhecimento e prática. Além da forma reflexiva, esse profissional devendo se descobrir no âmbito da pesquisa acadêmica, uma vez que esse ajuntamento proporciona composição de saberes necessários para abarcar e agir com prática na realidade educacional, expondo propostas de alternativas pedagógicas, inovações no método ensino que visem a construção e a manutenção de instituições que proporcionem o bem-estar da sociedade. O docente que sendo capaz de questionar a sua prática e o seu conhecimento acerca das verdades sedimentadas, ele será capaz de romper barreiras e alcançar mudanças, aumentando o seu conhecimento e prática profissional conseguirá trazer aos discentes diferentes aspectos do saber, transformando a sala de aula, e consequentemente os futuros profissionais cidadãos com garantia dos direitos jurídicos fundamentais tutelados. Para o desenvolvimento da prática deve-se estar constantemente atualizado e integrado com às mudanças e ao desenvolvimento científico e tecnológico acelerado que está se vivenciando, e para isso, a formação continuada sendo indispensável na vida acadêmica e profissional dos Docentes. Para promover a formação contínua do Docente este deve ser o perfil do educador: professor pesquisador e reflexivo. Nesse contexto, reafirma o professor Antonio Nóvoa dizendo que o desafio para o professor é manter-se atualizado sobre as novas metodologias e práticas de ensino mais eficientes e que isso só é possível através da formação continuada. Conclui-se também, que a gestão governamental devendo ser mais atuante, facilitando o acesso às universidades públicas, priorizando a formação dos futuros docentes de forma a estrutura-los para a prática com uma continuidade no aprendizado, implementando a era tecnológica nas instituições de ensinos como 30 pauta obrigatória, dando oportunidade a educação romper barreiras econômicas, sociais e políticas, pois sem dúvidas o protagonista transformador através da educação sendo o educador. Observa-se ainda, que as mudanças necessárias no sistema educacional são profundas, e esse processo inicia-se com a postura de implementação de políticas públicas juntamento com os profissionais da educação. O novo papel do Docente neste contexto será muito mais abrangente: transformador de aprendizagens e ensinos. Neste aspecto, devendo-se observar os métodos oferecidos nos cursos de formação desses futuros profissionais para uma restruturação educacional voltada a sociedade para uma transformação social. Contudo, não se exclui todas as necessidades que o campo educacional brasileiro precisa avançar, no entanto, sendo de primordial importância a colaboratividade de interesses que tornem efetivos e eficazes projetos de desenvolvimento educacional para que os futuros educadores consigam lidar com mais tranquilidade com dificuldades e incertezas das mudanças. Tem-se que se agir desde já. 31 REFERÊNCIAS ALARCÃO (Org.), Formação reflexiva de professores: Estratégias de supervisão (pp. 89- 122). Porto: Porto Editora. Profissional do docente, investigação e prática. Madrid: Akal, 1999, p.96-97. ALARCÃO, I. Professores Reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003, p.25.APPLE, M.W. 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