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LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 1 | P á g i n a Sumário AULA nº 01– COMUNICAÇÃO HUMANA .................................................................. 5 1. TORNAR-SE POLICIAL MILITAR .................................................................... 5 2. A COMUNICAÇÃO HUMANA E SEGURANÇA PÚBLICA ........................... 7 3. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO ............................................................................. 7 4. O QUE É LINGUAGEM? ..................................................................................... 8 5. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ................................................................................ 9 6. AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO E O POLICIAL MILITAR ..................... 10 ACONTECEU I... ................................................................................................... 13 ACONTECEU II... .................................................................................................. 14 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 17 AULA Nº 02– FUNÇÃO SOCIAL DA LEITURA E DA ESCRITA NO ÂMBITO DA SEGURANÇA PÚBLICA, DA DEFESA SOCIAL E DOS DIREITOS HUMANOS; 18 1. A FUNÇÃO SOCIAL DA LEITURA ............................................................... 18 ACONTECEU... ...................................................................................................... 21 ........................................................................................................................................ 22 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 22 AULA Nº 03– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ .............................................. 23 1. LINGUAGEM E PODER ................................................................................... 23 2. A COMUNICAÇÃO OFICIAL .......................................................................... 24 ACONTECEU... ...................................................................................................... 25 3. PRONOMES DE TRATAMENTO .................................................................... 25 ACONTECEU... ...................................................................................................... 27 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 30 AULA Nº 04– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ. CARACTERÍSTICAS DOS DOCUMENTOS OFICIAIS - MEMORANDO ............................................................ 29 1. REGULAÇÃO SOCIAL POR MEIO DE ATOS COMUNICATIVOS ............. 29 2. O QUE DEVE SER EVITADO NA REDAÇÃO OFICIAL .............................. 30 3. CORRESPODÊNCIA INTERNA ....................................................................... 32 ACONTECEU... ...................................................................................................... 32 Homem confessa assassinato, mas não é preso por erro no boletim de ocorrência ............................................................................................................... 32 ACONTECEU... ...................................................................................................... 36 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873417 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873418 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873419 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873422 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873424 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873428 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873430 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873431 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873436 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873437 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873437 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873438 LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 2 | P á g i n a SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 36 AULA Nº 05– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ OFÍCIO ................................ 37 1. A LINGUAGEM DAS FACÇÕES ..................................................................... 37 .................................................................................................................................... 39 ACONTECEU... ...................................................................................................... 39 2. TEXTOS MAL REDIGIDOS ............................................................................. 39 3. OFICIO ................................................................................................................ 39 Disque – Denúncia ......................................................................................................... 42 ACONTECEU... ...................................................................................................... 43 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 44 AULA Nº 06– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ. DOCUMENTO DESCRITIVO E NARRATIVO. REGISTRO DE OCORRÊNCIA. BOPM- BRAT- PARTES ......................................................................................................................... 45 1. LINGUAGEM JURIDICA .................................................................................. 45 BEM VINDO AO E-BRAT. ..................................................................................... 45 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 45 TERMOS E CONDIÇÕES DE USO ................................................................... 45 Instruções para preenchimento............................................................................ 46 (...) ........................................................................................................................... 46 Contato: brat_atendimento@pmerj.rj.gov.br .......................................................... 46 Fonte: http://ebrat.pmerj.rj.gov.br/brat/................................................................... 46 2. TIPOLOGIA TEXTUAL .................................................................................... 46 2.1 Narração ............................................................................................................46 ACONTECEU... ...................................................................................................... 48 ACONTECEU... ...................................................................................................... 50 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 53 AULA Nº 07– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ. DISSERTAÇÃO TIPOS DE DISCURSOS - BRAT .................................................................................................... 52 1. LINGUAGEM E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS .............................................. 52 2. DISSERTAÇÃO .................................................................................................. 53 A POSIÇÃO SOCIAL DA MULHER DE HOJE ................................................... 54 ACONTECEU... ...................................................................................................... 55 Qual é a ideia principal do texto ―A posição social da mulher de hoje‖? ........ 56 ACONTECEU... ...................................................................................................... 57 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873439 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873443 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873446 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873447 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873448 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873451 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873452 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873453 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873454 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873455 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873456 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873457 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873460 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873461 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873462 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873467 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873469 LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 3 | P á g i n a AULA Nº 08– VOCABULÁRIO BOPM ...................................................................... 58 1. LÓGICA, ARGUMENTAÇÃO E VERACIDADE DOS FATOS NA FALA E NOS DOCUMENTOS OFICIAIS .............................................................................. 58 2. VOCABULÁRIO ................................................................................................ 58 3. O SENTIDO DAS PALAVRAS: A POLISSEMIA. .......................................... 60 ACONTECEU... ...................................................................................................... 64 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 65 AULA Nº 09– FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO E PARÁGRAFO ................................. 66 1. O TEXTO E A CONSTRUÇÃO DE SENTIDO ................................................ 66 2. FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO E PARÁGRAFO. ............................................. 67 3. ORAÇÃO ............................................................................................................ 69 4. PARÁGRAFO ..................................................................................................... 69 ACONTECEU... ...................................................................................................... 71 ACONTECEU... ...................................................................................................... 73 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 74 AULA Nº 10– COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL ................................................. 75 1. O TEXTO É UMA TRAMA TECIDA DE COERÊNCIA E COESÃO. ........... 75 2. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL .............................................................. 76 ACONTECEU I... ................................................................................................... 79 ACONTECEU II... .................................................................................................. 81 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 82 AULA Nº 11– QUALIDADES E DEFEITOS DE UM TEXTO ................................... 83 1. QUALIDADES E DEFEITOS DE UM TEXTO ................................................ 83 2. QUALIDADES ................................................................................................... 83 3. DEFEITOS DE UM TEXTO .............................................................................. 84 ACONTECEU... ...................................................................................................... 86 ACONTECEU... ...................................................................................................... 85 SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 89 AULA Nº 12– INTERPRETAÇÃO DE TEXTO. DEPOIMENTO E OFÍCIO ............ 90 1. O DESAFIO DA COMPREENSÃO ................................................................... 90 2. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ........................................................................ 90 ACONTECEU... ...................................................................................................... 92 3. NÍVEIS DE LEITURA ........................................................................................ 92 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873474 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873475file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873481 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873482 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873483 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873487 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873488 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873489 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873494 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873495 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873496 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873500 LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 4 | P á g i n a ACONTECEU... ...................................................................................................... 93 LEIA O DEPOIMENTO DO RÉU E DAS TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO ........ 93 ACONTECEU... ...................................................................................................... 93 SAIBA MAIS... ......................................................... Erro! Indicador não definido. file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873502 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873503 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873504 file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873505 LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 5 | P á g i n a AULA nº 01– COMUNICAÇÃO HUMANA 1. TORNAR-SE POLICIAL MILITAR Caro estudante, Tornar-se Policial Militar é uma tarefa fácil? Essa reflexão deve pautar a sua formação, tendo em vista que tornar-se Policial Militar decorre de uma construção de dimensão individual e social no âmbito da Segurança Pública. Tarefa complexa cujo aprendizado depende de protagonismo discente. Mas o que é protagonismo? Protagonismo discente é o processo por meio do qual o estudante assume uma postura atuante como o principal ator no desenvolvimento de suas competências e habilidades para atuar como Agente do Estado. Reitera-se que o sucesso do seu aprendizado e a consequente concretização de tornar-se Policial Militar depende de uma construção possível por meio do seu protagonismo. Os processos comunicativos da Polícia Militar Limitações da linguagem Os processos comunicativos na Polícia Militar envolvem cooperação, integração, comunhão, diversidade, colaboração, compromisso etc. Mas também envolvem adversidade de interesses, conflitos ideológicos, cerceamento de liberdade. Além disso, outros mecanismos comunicativos interagem nas relações com o ambiente interno e externo, alcançando um estágio de desenvolvimento organizacional capaz de mobilizar ações coletivas para a obtenção dos objetivos da instituição. A postura do Policial Militar, o ar de interesse ou a deselegância, pressa ou calma, interrupções e intromissões, o riso, as meias palavras, tudo isso compõe um conjunto complexo de sinais e signos de representação institucional, como produtores da imagem da PM, sem os quais a interatividade da corporação, com o cidadão, não seria possível acontecer. (...) LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 6 | P á g i n a Assim sendo, o protagonismo envolve compromisso e responsabilidade, e ocorre quando o aluno põe em prática uma atitude ética, crítica e de centralidade dentro de um contexto de respeito à hierarquia, questionando, analisando, comparando e desenvolvendo suas potencialidades para o desempenho da segurança pública, cujos propósitos institucionais são a defesa da ordem pública, o cumprimento da Lei, a proteção do cidadão, a defesa dos Direitos Humanos. A formação do Policial Militar focada no protagonismo discente opõe-se radicalmente à perspectiva de um ensino ―bancário‖ por meio do qual o professor depositaria a informação no banco de memória do estudante. Contrário à educação bancária, Paulo Freire concebe a educação como uma prática de autonomia em que o estudante afasta-se de posições de passividade. Nesta direção, o material que segue pautado na centralidade do estudante, visa contribuir para a consolidação das diretrizes do Ministério da Justiça para a formação de Policial Militar e para a consolidação das diretrizes do MEC, em especial, para a consolidação dos Pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. Portanto, cabe a você, caro estudante, aprender a conhecer instrumentalizando-se por meio de aprendizado e desenvolvendo suas competências cognitivas; aprender a fazer a segurança do cidadão e a defesa da ordem pública em face aos desafios que a complexa função requer; aprender a viver em uma sociedade multicultural, a conviver com a diversidade respeitando-a e a aprender a ser um policial cidadão em busca da defesa e da promoção do Estado Democrático de Direito. (...) A comunicação policial-militar também ocorre no plano epistolar (Epistolar diz respeito ao que é próprio do gênero literário cuja forma é a carta. Narrativa em forma epistolar.) dentro das relações internas da organização, quando sofre limitações da linguagem escrita e do largo espaço de tempo entre a organização e a coletividade. A temporalidade desse tipo comunicação pode anular a potencialidade de interação e os participantes do processo poderão não compartilhar do mesmo sistema. Neste caso, a comunicação aqui está associada à tramitação de documentos internos, à distribuição de releases 7 aos meios de comunicação de massa e aos documentos oficiais de conhecimento do público interno e externo. Demétrio Cardoso da Silva http://www.observatoriodaimprensa.com.br/n ews/view/os_processos_comunicativos_da_poli cia_militar LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 7 | P á g i n a 2. A COMUNICAÇÃO HUMANA E SEGURANÇA PÚBLICA Considerando-se que, em uma sociedade a regulação (conduta ética, hierarquia, código/regulamento disciplinar, direitos, deveres e obrigações) e as práticas sociais são estabelecidas e exercidas por meio de processos comunicativos, torna-se fundamental o ensino de Língua Portuguesa como ferramenta para a construção e consolidação das orientações para a formação do Policial Militar no estado do Rio de Janeiro. Nesta direção, a LínguaPortuguesa é instrumento de comunicação que, no âmbito da Segurança Pública, compreende aspectos administrativos, de policiamento, de mediação de conflitos, de interesses difusos e de construção da identidade do Policial Militar e da imagem institucional da Polícia Militar do Rio de Janeiro. (PMERJ). Dada à complexidade da atividade policial e os recursos advindos da comunicação humana como um vasto repertório discursivo, gramatical e social, considera-se que a disciplina de Língua e Comunicação possa contribuir para a formação do Policial Militar como protagonista da defesa, manutenção e proteção social, bem como um ―educador‖ social no estabelecimento da relação de pertencimento, sem a qual, não se consolida a polícia de proximidade e de pacificação. Em face ao avanço tecnológico e comunicacional (as mídias, hipertexto), a comunicação tem ocupado um papel preponderante na transmissão e construção do conhecimento, e como ferramenta para as relações sociais que têm crescente demanda para o exercício da cidadania. Portanto, a Língua e a comunicação e estes múltiplos e interdisciplinares aspectos são compreendidos como pilares para a formação do Policial Militar e para a construção da Cultura da Paz e dos Direitos Humanos no âmbito da Segurança Pública e da Defesa Social. 3. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO A Língua Portuguesa se faz presente em toda a sociedade, a qual utilizamos para nos comunicar e expressar, seja por meio de palavras ou gestos. Usar adequadamente a língua verbal e não verbal é cada vez mais necessário. Ter o domínio da língua implica estar preparado para interagir com outras pessoas, influenciando seu modo de pensar e de agir. No mundo atual há uma grande diversidade de línguas e, consequentemente, de linguagens. Para o profissional de Segurança Pública e Defesa Social, a linguagem é uma ferramenta para o desenvolvimento de seu trabalho, cuja utilização abarca orientações, intervenções e abordagens, sempre visando uma comunicação satisfatória LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 8 | P á g i n a entre o policial e o cidadão. A utilização efetiva da linguagem minimiza os riscos e maximiza os resultados. Portanto, o estudo da linguagem é o primeiro pilar a ser lapidado para que a construção do conhecimento seja eficaz. A DISCIPLINA LÍNGUA E COMUNICAÇÃO é o eixo central para os profissionais de segurança pública e defesa social, pois, a comunicação, seja ela por domínio da linguagem falada, seja por meio da escrita ou corporal, faz parte de seu uso diário, sendo primordial para o desempenho e sucesso de suas funções. 4. O QUE É LINGUAGEM? A linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais. É o que nos torna aptos a expressar nossas ideias, opiniões e sentimentos, permitindo a comunicação e a interação entre as pessoas. Ela está relacionada a fenômenos comunicativos. Onde há comunicação, há linguagem. Um agrupamento de pessoas só será uma comunidade se existir uma linguagem que possibilite a comunicação entre elas. A linguagem e a sociedade relacionam-se intimamente: uma não existe sem a outra. Dessa forma, a língua utilizada é adaptada de forma que os membros de um mesmo grupo possam se comunicar com eficiência. Por conta disso, existem variações linguísticas dentro de uma mesma língua. A Língua Portuguesa possui variações sociais, culturais, regionais, históricas, etárias etc. PRECONCEITO LINGUÍSTICO ―(...) Eu canto em português errado Acho que o imperfeito não participa do passado Troco as pessoas Troco os pronomes (…)‖. (Meninos e Meninas – Legião Urbana) ―Eu canto em português errado‖. A afirmação de Renato Russo na letra da canção Meninos e Meninas é o pontapé para uma interessante investigação linguística: afinal, é possível cantar ou falar em ―português errado‖? Quantas vezes ouvimos de pessoas próximas frases do tipo ―eu não sei português‖, ―eu não gosto de português‖, ―eu falo errado‖, ―fulano fala tudo errado‖, ―eu já falo português, por que preciso estudar isso?‖, entre outras afirmações e questionamentos que fazem com que nossa língua se pareça com um mistério insondável? É possível que você, falante da língua portuguesa, possa não saber nada sobre seu próprio idioma? Ou saber tudo a ponto de não precisar adentrar nas minúcias gramaticais? Pois bem, quando o poeta gritou para o mundo que ―canta em português errado‖, na verdade ele sabia que, às vezes, ―falar errado‖ deixa o idioma mais, digamos assim, palatável. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 9 | P á g i n a Atualmente, o conceito de Polícia de Proximidade está cada vez mais presente nas ações policiais. Dentre os princípios da Unidade de Polícia Pacificadora, encontramos: colaboração, cordialidade e integração com a comunidade. Reconhecer a variedade linguística utilizada em determinado grupo, favorece essa aproximação entre a polícia e a comunidade. Dessa forma, vamos compreender melhor os fatores que determinam a variação linguística. 5. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA São diversos os fatores que determinam a variação linguística e esses fatores relacionam-se às vivências particulares de cada falante, como: Fatores socioeconômicos; Fatores profissionais; Fatores subjetivos; Fatores regionais; Fatores situacionais. Por conta da pluralidade cultural e das condições socioeconômicas no Brasil, é preciso refletir sobre os conceitos adotados em relação ao que é linguagem certa ou errada. Pessoas que consideram a linguagem culta como a única aceita socialmente, muitas vezes poderão agir de maneira preconceituosa e intolerante, sem levar em consideração o próprio conceito de língua, assim como o seu uso: Por exemplo, segundo a gramática, o verbo namorar é transitivo direto, ou seja, ele não aceita preposição. Mas atire a primeira pedra quem nunca disse que ―namora com alguém‖, não é mesmo? Outro exemplo: você diz ―eu te amo‖ ou ―amo-te‖? A primeira opção é uma preferência nacional, a menos que você seja um linguista fanático por gramatiquices que não suporta variações na modalidade oral. Essas questões nos fazem refletir sobre as variações linguísticas, que são, e devem ser, admitidas na fala. Dizer que alguém fala o português melhor ou pior do que alguém só reforça a combatida ideia do preconceito linguístico, tão presente em nossa cultura. A norma-padrão pode não estar adequada a todas as situações comunicativas. A coloquialidade é um interessante recurso expressivo. A gramática é um compêndio de regras importantes para a manutenção do idioma. Imagine se não tivéssemos um manual ao qual pudéssemos consultar na ocorrência de uma dúvida? Imagine se as regras não existissem e, por esse motivo, cada falante resolvesse estabelecer suas próprias normas? Viveríamos em uma verdadeira ―Torre de Babel‖, e nossa língua portuguesa estaria fadada ao esquecimento. Quando falamos em preconceito linguístico, não estamos propondo que os falantes rasguem a gramática, mas sim que considerem as duas modalidades do idioma: oral e escrita, assim como a existência de uma língua culta e de uma língua coloquial. Dizer que alguém ―fala errado‖ desconsidera diversos fatores extralinguísticos, como as variações existentes em cada comunidade, cada região, cada contexto cultural. http://www.portugues.com.br/redacao/variacao-linguistica-lingua-movimento.html http://www.portugues.com.br/redacao/variacao-linguistica-lingua-movimento.html http://www.portugues.com.br/redacao/lingua-culta-coloquial.html http://www.portugues.com.br/redacao/lingua-culta-coloquial.html LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 10 | P á g i n a Por isso, os linguistas afirmam que não existe certo ou errado. O que existe é o uso da norma padrão (norma culta) ou não padrão (norma popular). A linguagem pode ser classificada comoqualquer sistema que auxilie na efetividade da comunicação. Portanto, devemos ter cuidado para não agirmos de forma discriminatória em relação à linguagem utilizada por um determinado grupo. 6. AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO E O POLICIAL MILITAR As atividades desempenhadas pelo Policial Militar, administrativas ou de policiamento, exigem a utilização de processos comunicativos que favoreçam o desenvolvimento das ações. Os processos de comunicação são essenciais na transmissão de mensagens da instituição. Segundo Demétrio Cardoso (2009), os elementos da comunicação visam atingir e a influenciar na sensação de segurança. Porém, observa-se que os tipos de processos comunicativos, identificados ou não, na Polícia Militar, abrangem à comunicação interativa que pressupõe, necessariamente, o intercâmbio influenciando a corporação e a sociedade na produção das mensagens. Aspecto relevante diz respeito ao fato de que os processos comunicativos envolvem colaboração e proximidade, mas também envolvem conflitos de interesses e cerceamento de liberdade. A comunicação na atividade Policial Militar pode ocorrer das seguintes maneiras: A comunicação verbal é todo o tipo de passagem ou troca de informações, por meio de linguagem escrita ou falada. É a forma mais comum de comunicação entre o Policial Militar e as pessoas, apesar de todos os novos recursos comunicacionais. A conversação é considerada como a forma mais eficiente de interagir com a população. A comunicação não verbal é transmitida por meio da postura do policial (interesse ou deselegância, pressa ou calma, interrupções e intromissões, riso ou seriedade) e por tudo que compõe um conjunto de sinais e signos de representação institucional, como produtores da imagem da PMERJ. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 11 | P á g i n a Dessa forma, para potencializar o exercício de suas funções, o policial deve estar atento a algumas técnicas que auxiliem na comunicação. Seguem abaixo algumas dicas que auxiliam na expressão oral e escrita do policial: Dica 1 - Expressão Oral Verbalizar significa expressar ou exprimir algo por meio de palavras, ou seja, por meio do sistema linguístico. A verbalização é a técnica utilizada pelo Policial Militar durante sua atuação em intervenções, abordagens a pessoas e vistorias de veículos, com a finalidade de emitir orientações e ordens. Para cada tipo de operação e, dependendo do contexto no qual ela ocorre, a verbalização varia em alguns aspectos, porém, sempre com o objetivo de possibilitar uma comunicação efetiva entre a polícia e o cidadão. Verbalizar corretamente minimiza os riscos e maximiza os resultados durante uma abordagem. Para uma verbalização eficiente, durante uma operação AREP3, popularmente conhecida como blitz policial, por exemplo, podemos destacar alguns aspectos: Expressar sua intenção de forma firme e segura, demonstrando domínio técnico para que o cidadão acate as ordens e aceite as orientações recebidas, durante a abordagem; Utilizar linguagem clara, precisa e objetiva, facilitando a compreensão do cidadão, acerca dos objetivos da ação policial; Verbalizar em tom de voz firme e respeitoso; Falar de forma pausada, permitindo à pessoa a interpretação da sua mensagem; Avaliar se o cidadão compreendeu a mensagem; Fazer uma breve leitura da situação, avaliando as características do abordado e adotando uma linguagem coerente às condições dele, pois, você poderá abordar um estrangeiro ou pessoas com dificuldades auditivas ou de fala. Nesses casos, deve atentar-se para a utilização de gestos e de sinais que favoreçam a compreensão de sua intenção comunicativa. CUIDADO! Algumas expressões podem ser desconhecidas para determinadas pessoas ou podem ter significados diferentes em outras regiões; por isso, seja coerente. Jamais utilize gírias, apelidos ou termos que possam sugerir preconceito. Dica 2 - Expressão Escrita LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 12 | P á g i n a Assim como a expressão oral, a escrita também é fundamental para as relações internas da organização, principalmente nas atividades administrativas. Uma escrita não compreendida leva a interpretações distintas. A falha na comunicação pode ocorrer na tramitação de documentos internos, para a distribuição de releases aos meios de comunicação de massa e nos documentos oficiais de conhecimento do público interno e externo. Para evitar este tipo de erro, é importante estar atento a alguns aspectos, tais como: Respeitar a estrutura/ tema e características do tipo de texto escolhido; Organizar as ideias de forma articulada; Construir frases sintaticamente corretas; Respeitar o tamanho do texto proposto; Acentuar as palavras corretamente; Escrever corretamente sem erros de ortografia; Pontuar corretamente; Apresentar caligrafia legível; Delimitar parágrafos; Utilizar vocabulário variado e adequado. A busca de informação e conhecimento auxilia na produção escrita e minimizam os erros. O Novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em janeiro de 2009, e tem o objetivo de facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre os países de Língua Portuguesa, além de ampliar a divulgação do idioma e da literatura. A partir de 2016 esta nova escrita começou a ser obrigatória. Portanto, esteja atento às alterações previstas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 13 | P á g i n a ACONTECEU I... COMUNICAÇÃO NA PMDF A Polícia Militar promoveu, ( terça-feira (9) um workshop para ressaltar a importância da comunicação no cotidiano policial. Segundo o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Adilson Evangelista, o evento serviu para quebrar paradigmas dentro da Corporação. ―O workshop é um exemplo de uma nova filosofia de comunicação social na Polícia Militar‖. Cerca de duzentos policiais militares, além de representantes da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e do Exército participaram do evento realizado na Embaixada de Portugal. O comandante-geral da PM, coronel Jooziel de Melo Freire, ressaltou que a polícia precisa sair do ostracismo e abolir a cultura de que policiais não falam com a imprensa. ―Estamos num momento de mudanças, onde precisamos aprender a nos comunicar‖. Um dos momentos marcantes do evento foi a exibição do vídeo institucional da PM. A apresentação emocionou a plateia e chamou a atenção do palestrante Estevão Damázio, gerente regional da rádio CBN em Brasília. ―O vídeo precisa ser mostrado para todo mundo‖. Para Estevão Damázio, a PM precisa inserir no seu cotidiano os seguintes termos: sociedade, transparência, redes sociais e pró-atividade. A ideia é aprimorar a prestação de serviço à população do Distrito Federal. Segundo ele, o público externo é estratégico. Por isso, é importante que todo o conteúdo apresentado no workshop seja repassado a toda a tropa. Essa proposta foi defendida pelo comandante do Centro de Comunicação Social da PM, coronel Zilfrank Antero. ―Cada policial é guardião da marca da Polícia Militar‖, frisou. Ainda segundo o gerente regional da CBN, a Polícia Militar precisa se dispor das seguintes armas: clareza, objetividade e conhecimento da situação. Com isso, é preciso se cercar de meios para mostrar à sociedade o trabalho realizado no dia a dia. http://www.pmdf.df.gov.br/site/index.php/noticias/destaques/528-workshop-destaca-a-importancia- da-comunicacao-na-pmdf Observe que: A notícia ressalta a importância da comunicação no cotidiano da atividade policial. http://www.pmdf.df.gov.br/site/index.php/noticias/destaques/528-workshop-destaca-a-importancia-da-comunicacao-na-pmdf http://www.pmdf.df.gov.br/site/index.php/noticias/destaques/528-workshop-destaca-a-importancia-da-comunicacao-na-pmdf LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 14 | P á g i n a ACONTECEU II... Alunos do Sólon de Lucenaparam o trânsito em protesto contra furtos e arrastões na escola. Cerca de 150 alunos da Escola Estadual Sólon de Lucena fizeram uma manifestação na frente da escola, localizada na avenida Constantino Nery, bairro São Geraldo, Zona Centro-Sul de Manaus, em protesto a uma onda de furtos e assaltos ocorridos no local nas trocas de turno. Segundo o tenente R. Feitoza, da 22ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), os furtos, que costumavam ocorrer nas entradas e saídas de turnos do estabelecimento de ensino, criaram um clima de insegurança geral. Alguns alunos chegaram a dizer que bandidos entravam na escola e realizavam arrastões lá dentro. Tudo isso gerou uma indignação que impeliu os estudantes a organizar o ato, que começou por volta das 19h e terminou cerca de meia-hora depois, após os policiais militares chegarem e conversarem com os manifestantes. "Mesmo enquanto policiais, achamos que a reivindicação deles é válida. Fomos lá querendo diálogo e eles, no fundo, queriam alguém que os ouvisse. Os membros da guarnição chegaram a conversar com o diretor do colégio e a situação foi resolvida sem incidentes", contou o PM. Ele ainda mencionou que a abordagem comunicativa dos policiais garantiu que os estudantes parassem rapidamente com o bloqueio da avenida Constantino Nery, algo que planejavam fazer. "Ao dizer que entendíamos como justo o que eles queriam e que iríamos atendê-los, conseguimos convencê-los a pararem de atrapalhar o trânsito, pois isso feriria o direito de outras pessoas, assim como o direito à segurança deles estava sendo ferido", relatou o tenente. Observe que: Os policiais militares utilizaram a comunicação como instrumento para a mediação de conflitos. O diálogo permitiu uma proximidade entre policiais e os cidadãos, favorecendo a cooperação e o fortalecimento da relação de pertença. Logo, a matéria jornalística nos permite compreender a complexidade da comunicação e sua importância como ferramenta para a Segurança Pública e a Defesa Social. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 15 | P á g i n a PROTAGONISMO DISCENTE O protagonismo é uma estratégia que permite desenvolver a competência necessária à pratica policial, tal como ter acesso aos bens culturais e cognitivos atuando ativamente para a produção do conhecimento realizando as tarefas que são propostas como as que seguem abaixo: 1) Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo: I. Os processos comunicativos permitem a regulação das práticas sociais. II. A comunicação, no âmbito da Segurança Pública, também envolve aspectos administrativos e de mediação de conflitos. III. Reconhecer a complexidade da comunicação e respeitar a variedade linguística contribui para a construção da polícia de proximidade. (A) Somente a I está incorreta. (B) As opções I e III estão corretas. (C) Todas estão corretas (D) Somente a II está correta. 2) Assinale o procedimento linguístico inadequado durante uma operação policial (blitz). (A) Verificar se o cidadão compreendeu a mensagem. (B) Utilizar linguagem culta e rebuscada. (C) Adotar linguagem coerente com a situação. (D) Abolir linguagem obscura e ambígua. O texto de humor de autoria desconhecida e que circula na Internet aponta para diferentes maneiras para expressar a ocorrência de um assalto em diferentes regiões do Brasil. Essas diferenças são identificadas como variações linguísticas. Por quê? Assaltante nordestino -Ei, bichim... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula nem faça muganga... Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia. Assaltante mineiro -Ô, sô, prestenção... Isso é um assarto, uai... Levanta os braço e fica quetim quesse trem na minha mão tá cheio de bala... Mió passá logo os trocado que eu num tô tão bão hoje. Vai andando, uai! Tá esperando o quê, uai! LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 16 | P á g i n a Assaltante gaúcho -ô, guri, ficas atento... Bah, isso é um assalto... Levantas os braços e te aquietas, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pila pra cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala. Assaltante carioca -Seguinte, bicho... Tu te deu mal. Isso é um assalto. Passa a grana e levanta os braços, rapá... Não fica de bobeira que eu atiro bem pra... Vai andando e, se olhar pra trás, vira presunto... Assaltante baiano -ô, meu rei... (longa pausa) Isso é um assalto... (longa pausa) Levanta os braços, mas não se avexe não... (longa pausa) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado... Vai passando a grana, bem devagarinho...(longa pausa) Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado... não esquenta meu irmãozinho (longa pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada... Assaltante paulista -Orra, meu... Isso é um assalto, meu... Alevanta os braços, meu... Passa a grana logo, meu... Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Corinthians, meu... Pô, se manda, meu... Fonte:http://aulasdelinguaportuguesaeliteratura.blogspot.com.br/2011/03/atividade-1- variacoes-linguisticas.html 3) Leia atentamente o texto Comunicação Humana e Segurança Pública e o fragmento: Título II do Aditamento do boletim (Aj G – Adit ao Bol da PM n.º 076 - 23 Nov 2004) e responda a questão abaixo: T Í T U L O II DO ENSINO E DA INSTRUÇÃO POLICIAL MILITAR Art. 3º A atividade de ensino e de instrução na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, inspirada nos princípios democráticos de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento das qualidades e das aptidões intelectuais, psicológicas, físicas, éticas e morais, inerentes às atribuições funcionais do profissional de segurança pública, seu preparo para fazer cumprir a Lei e garantir o exercício da cidadania e sua qualificação continuada para o trabalho. Qual a importância da comunicação para a formação do Policial Militar? LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 17 | P á g i n a SAIBA MAIS... Polícia preparada e pronta para ouvir o cidadão. In: http://www.upprj.com/index.php/faq Texto que ressalta a importância da comunicação e do diálogo para a solução de conflitos. Da Servidão Moderna - O Poder na Linguagem. (2”11) Vídeo que apresenta aspectos discursivos da linguagem ,que envolvem as relações de poder, a construção da verdade e seu caráter coercitivo. Comunicação oral e as variantes linguísticas ( 3”49) Vídeo do programa TV ESCOLA que aborda a complexidade da língua portuguesa sobre as variações linguísticas e a importância do idioma para o exercício da cidadania. http://www.upprj.com/index.php/faq LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 18 | P á g i n a AULA Nº 02– FUNÇÃO SOCIAL DA LEITURA E DA ESCRITA NO ÂMBITO DA SEGURANÇA PÚBLICA, DA DEFESA SOCIAL E DOS DIREITOS HUMANOS; 1. A FUNÇÃO SOCIAL DA LEITURA A Leitura é concebida, no âmbito social, como um mecanismo que promove a compreensão de textos, discursos, mensagens e representações, que são suporte das relações sociais. Além disso, também possibilita compreender como se estabelecem as relações de poder e como essas constroem enunciados que justificam determinadas práticas no interior dos grupos sociais. Os textos são formas de organização de racionalidade, de organização do mundo e a fixação de um suposto consenso para legitimar os ordenamentos segundo determinada visão de mundo. O leitor que acumula, atualiza e ressignifica constantemente seu capital cultural e intelectual por meio da leitura, aumenta as chances de acessar diferentes e novospadrões discursivos. Nessa direção, a leitura é um jogo, onde o perdedor é quem não sabe fazer uso social da leitura e da escrita, logo, não sabe fazer-se entender por meio de textos, pode até ler, mas não decifra, não interpreta e não compreende as regras do jogo, as redes de conhecimento emanadas a partir do texto. Lya Luft Brasileiro não gosta de ler? A meninada precisa ser seduzida. Ler pode ser divertido e interessante, pode entusiasmar, distrair e dar prazer Não é a primeira vez que falo nesse assunto, o da quantidade assustadora de analfabetos deste nosso Brasil. Não sei bem a cifra oficial, e não acredito muito em cifras oficiais. Primeiro, precisa ser esclarecida a questão do que é analfabetismo. E, para mim, alfabetizado não é quem assina o nome, talvez embaixo de um documento, mas quem assina um documento que conseguiu ler e... entender. A imensa maioria dos ditos meramente alfabetizados não está nessa lista, portanto são analfabetos – um dado melancólico para qualquer país civilizado. Nem sempre um povo leitor interessa a um governo (falo de algum país ficcional), pois quem lê é informado, e vai votar com relativa lucidez. Ler e escrever faz parte de ser gente. Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas porque em nossa casa livro era um objeto cotidiano, como o pão e o leite. Lembro de minhas avós de livro na mão quando não estavam lidando na casa. Minha cama de menina e mocinha era embutida em prateleiras. Criança insone, meu conforto nas noites intermináveis era acender o abajur, estender a mão, e ali estavam os meus amigos. Algumas vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e dando risadas com a boneca Emília, de Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia mil artes e todo mundo achava graça. (...) LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 19 | P á g i n a O analfabeto funcional é um exemplo de leitor que apenas decodifica os textos realizando análises superficiais ou não realizando. Nesse jogo, há de haver uma dinâmica de fruição e de interação em que o autor aciona sistemas de conhecimento disponíveis em sua memória, ele seleciona modelos discursivos, faz escolhas linguísticas e utiliza estratégias convenientes à sua intencionalidade, ao leitor e à situação dada, com o intuito de fazer-se entender. O leitor, por sua vez, entra na regra do jogo, que é acionar seu acervo, identificar, reconhecer as escolhas e seleção realizadas pelo escritor e atribuir sentido ao texto e às condições de elaboração e de circulação. Tal como afirma Paulo Freire: ―Não basta saber que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.‖ (FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra). Como se observa, em seu sentido amplo, a leitura de mundo precede à leitura da palavra, e esse mecanismo aciona saberes necessários à mobilidade e às práticas sociais, porque ler é um ato (...) E a escola não conseguiu estragar esse meu amor pelas histórias e pelas palavras. Digo isso com um pouco de ironia, mas sem nenhuma depreciação ao excelente colégio onde estudei, quando criança e adolescente, que muito me preparou para o mundo maior que eu conheceria saindo de minha cidadezinha aos 18 anos. Falo da impropriedade, que talvez exista até hoje (e que não era culpa das escolas, mas dos programas educacionais), de fazer adolescentes ler os clássicos brasileiros, os românticos, seja o que for, quando eles ainda nem têm o prazer da leitura. Qualquer menino ou menina se assusta ao ler Macedo, Alencar e outros: vai achar enfadonho, não vai entender, não vai se entusiasmar. Para mim esses programas cometem um pecado básico e fatal, afastando da leitura estudantes ainda imaturos. Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninada chega ao colégio achando livro uma coisa quase esquisita, e leitura uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo que ler pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar prazer. Eu sugiro crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil, a começar por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, além dos vivos como Verissimo e outros tantos. Além disso, cada um deve descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. Não é preciso que todos amem os clássicos nem apreciem romance ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, explorações, viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação, seja o que for. O que é preciso é ler. Revista serve, jornal é ótimo, qualquer coisa que nos faça exercitar esse órgão tão esquecido: o cérebro. Lendo a gente aprende até sem sentir, cresce, fica mais poderoso e mais forte como indivíduo, mais integrado no mundo, mais curioso, mais ligado. Mas para isso é preciso, primeiro, alfabetizar- se, e não só lá pelo ensino médio, como ainda ocorre. Os primeiros anos são fundamentais não apenas por serem os primeiros, mas por construírem a base do que seremos, faremos e aprenderemos depois. Ali nasce a atitude em relação ao nosso lugar no mundo, escolhas pessoais e profissionais, pela vida afora. Por isso, esses primeiros anos, em que se aprende a ler e a escrever, deviam ser estimulantes, firmes, fortes e eficientes (não perversamente severos). Já se faz um grande trabalho de leitura em muitas escolas. Mas, naquelas em que com 9 ou 10 anos o aluno ainda não usa com naturalidade a língua materna, pouco se pode esperar. E não há como se queixar depois, com a eterna reclamação de que brasileiro não gosta de ler: essa porta nem lhe foi aberta. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 20 | P á g i n a político, um direito à construção dos sujeitos e de sua racionalidade. Leitura é uma prática intimamente ligada à formação das consciências. Logo, a leitura dá ensejo à compreensão dos engendramentos, ou seja, das relações de poder, do funcionamento das engrenagens da sociedade. Cabe, portanto, desenvolver o mais possível as competências e as habilidades de leitura e de escrita no âmbito social para o exercício de qualquer atividade, mas, em especial, a que envolve as garantias de direitos inalienáveis quanto o é na Segurança Pública. PROTAGONISMO DISCENTE: Caro aluno, A postura de centralidade comum ao protagonismo, favores a construção das competências e habilidades relativas à leitura e à escrita em sua dimensão social. Tema para debate em grupo: Por que o analfabetismo funcional é um entrave para o exercício da cidadania? Apresente três aspectos importantes: O CONCEITO DE LEITURA NOS DOCUMENTOS OFICIAIS. O ensino da leitura e da escrita é umas das principais tarefas da escola, já que se configurou como importante instrumento para que as pessoas exerçam seus direitos, possam trabalhar, participar da sociedade, aprender e desenvolver novas habilidades ao longo da vida. No contexto escolar, a leitura e a escrita são fundamentais em qualquer uma das disciplinas, por isso, em cada ano escolar, o aluno precisa desenvolver capacidades, habilidades e estratégias de ler e de escrever, para atender às demandas curriculares. Mesmo vivendo na época denominada como ―Era da Informação‖, que possibilita o acesso rápido à leitura de diferentes textos, constata- se, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira-Inep (on line, acesso em 23-01- 2010), o alto índice de analfabetos funcionais, ou seja, pessoas que dominam o código linguístico, porém não desenvolveram habilidades de compreensão e interpretação. O Brasil apresenta cerca de 16 milhões de analfabetos com quinze anos ou mais e 30 milhões de analfabetos funcionais. Diante desse quadro, estudos, como o ―Mapado Analfabetismo no Brasil‖ (INEP, on line, 23- 01-2010), são realizados, assim como avaliações oficiais de leitura, visando à melhoria da qualidade da educação, especificamente no que se refere à leitura. http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signu m/article/viewFile/7500/6981 LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 21 | P á g i n a ACONTECEU... BLOGS COMO EVENTOS DE LETRAMENTO Daniel Dantas As preocupações com a formação do sujeito como agente social têm passado, nas últimas décadas, pela discussão das noções de letramento e alfabetização, inclusive pelas tentativas de relacionar esses campos teóricos. Acreditamos que o campo virtual da Internet e a cibercultura* a ele filiada e correspondente são importantes espaços onde se inserem questões de letramento. Tais questões se tornam nítidas e necessárias em relação ao nosso campo de pesquisa, os blogs, e ao nosso objeto, os processos de intersubjetividade virtual na leitura de blogs. Na tentativa de entender o letramento, ou letramentos diversos, é interessante a definição de pelo menos quatro conceitos mais básicos: o próprio conceito de letramento, as noções de eventos, práticas e mundos de letramento. Assim, em primeiro lugar, quando nos propomos a discutir o letramento, buscaremos uma forma de conceituação. Corroborando com Marcuschi (2001: 15, nota 2), definimos letramento como se constituindo em eventos nos quais se manifestam a escrita, a compreensão e a interação de forma profundamente imbricada. Ainda nesse sentido, destacamos que, para Soares (2000), letrar-se é adquirir condições de fazer uso social das habilidades de ler e escrever. Ampliando esta noção, Macedo (1990: 107) defende que um sujeito se torna letrado quando pode fazer uso da língua para a reconstrução social e política, ou seja, quando se torna capaz de ler o mundo. Uma outra definição importante do conceito é dada por Street (1993), que cita Rockhill, quando afirma que o letramento está mergulhado nas práticas discursivas e nas relações de poder. Dessa forma, ele é socialmente construído, materialmente produzido, moralmente regulado e carrega um significado simbólico que não pode ser captado por uma redução a qualquer destes aspectos (ROCKHILL apud STREET, 1993: 8-9). Além disso, Street (1993) afirma que a aquisição do letramento potencializa o sujeito a desafiar o discurso dominante. Como veremos adiante, esta noção aproxima-se à visão da pedagogia crítica. Contemporaneamente tem-se falado bastante sobre formas de letramento envolvidas pelo desenvolvimento das novas mídias digitais e virtuais. O computador e a Internet têm propiciado espaço para que surja uma nova noção de letramento: o letramento digital. O ser letrado digitalmente significa ter capacidade de participar, de forma ativa, de eventos de letramento ocorridos no campo virtual, ou simplificando, na Internet. A Internet é o espaço que privilegia a interação social por meio do uso ativo da leitura e da escrita. Desse modo, fenômenos como blogs se caracterizam como eventos de letramento digital.(...) http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais15/Sem11/danieldantas.htm Observe que: O texto apresenta reflexões sobre o leitor como um agente social e sobre a leitura em contexto digital, espaço que privilegia a interação por meio da leitura e da escrita. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 22 | P á g i n a SAIBA MAIS... Livro: A Importância do ato de Ler. Paulo Freire Texto disponível na íntegra em: http://educacaointegral.org.br/wp- content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf Livro que apresenta grandes contribuições sobre a importância da leitura de mundo para a cidadania. Vídeo: A importância do ato de Ler. (8‖22) Vídeo apresenta uma reflexão sobre ato de ler como estratégia na superação de obstáculo e de conflitos. Direitos humanos 13: A formação dos policiais.( 2‖18) Vídeo trata da importância da Educação na formação do Policial Militar cidadão. http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 23 | P á g i n a AULA Nº 03– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ 1. LINGUAGEM E PODER A vida em sociedade pressupõe convívio e intercâmbio entre os homens por meio de uma linguagem (gestos, sinais luminosos ou palavras). Os vínculos sociais dependem, nesse sentido, da linguagem. Mas além de seu caráter instrumental, é preciso reconhecer a complexidade da linguagem, pois os atos comunicativos permitem a construção da memória individual e social, permitem construir e consolidar visões de mundo, a história das mentalidades, dos grupos e das instituições, como por exemplo, a PMERJ. Segundo Fiorin, ―o sujeito é formado pelo discurso, pois o homem aprende como ver o mundo pelos discursos que assimila e, na maioria das vezes, reproduz esses discursos e sua fala.‖ (p.35) Mas se por um lado, a linguagem não se reduz à ideologia, o sujeito não é passivo com relação ao que internaliza, podendo, inclusive contrapor-se à ideologia que os discursos veiculam. Cabe destacar que a linguagem é um importante instrumento de poder de tal importância para o Policial Militar quanto o é para os grupos marginais e A REDAÇÃO OFICIAL A redação oficial deve caracterizar- se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: "A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)". Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. (...) manual de redação da presidência da república LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 24 | P á g i n a marginalizados. É por meio de atos de fala que grupos criminosos e facções também constroem suas identidades, marcam seu território, fazem apologia aos valores e tentam impor sua visão de mundo contrária à cultura da Paz. É em face à complexidade da linguagem que o Policial Militar deve comprometer-se com sua formação reconhecendo a importância da comunicação e da linguagem para o exercício de poder, da cidadania no âmbito da Segurança Pública tendo em vista que os atos comunicativos envolvem relações de poder, a defesa de direitos, deveres, condutas e hierarquia, a consolidação de normas, disputas e mediação de conflitos. 2. A COMUNICAÇÃO OFICIAL O processo de comunicação interna utilizado pela instituição no plano administrativo é de fundamental importância. Essa comunicação ocorre de forma escrita, por meio de ofícios e demais documentos oficiais. A correspondência oficial e comercial são meios de que se dispõe para manter a comunicação em serviços. Essas mensagens escritas compreendem documentos lavrados, expedidos e recebidos. A redação oficial obedece a preceitos e normas. Apresenta as seguintes características: 1. Clareza absoluta – entendimento fácil e rápido da mensagem; 2. Concisão – ideias dispostas com um mínimo de dispêndiode palavras; 3. Correção gramatical – adequação aos critérios gramaticais da norma culta; A Linguagem dos Atos em Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. Manual de redação da presidência da república LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 25 | P á g i n a 4. Polidez – o emissor da mensagem tem formação compatível com a função que exerce; 5. Precisão – emprego da forma ideal (vocabulário) para expressar uma ideia; 6. Impessoalidade – os interesses objetivos superam os subjetivos. 3. PRONOMES DE TRATAMENTO Os Pronomes de Tratamento são tradicionais na língua portuguesa, com registros precisos a partir do século XVI. Passaram a ser empregados paralelamente aos pronomes ―tu‖ e ―vós‖, na representação da pessoa ou pessoas a quem se dirige a palavra oral e escrita. Consistem em uma fórmula de distinção e respeito, em que se invoca uma qualidade ou atributo da pessoa hierarquicamente superior, e não a pessoa em si. Na sociedade atual, são utilizados criteriosamente como forma de nos dirigirmos a autoridades civis, militares e eclesiásticas. ACONTECEU... Diário do Comércio, Belo Horizonte 20-08-2009 Escalado para representar a empresa no contato com a mídia e outros grupos de interesse, o porta-voz é habitualmente escolhido para a função por conta de atributos como posição na hierarquia empresarial, facilidade de falar em público, bom relacionamento interpessoal e conhecimento profundo dos negócios da companhia. No entanto, apesar dessas características, problemas relacionados à fala e à postura em público podem influenciar o discurso e afetar a imagem de toda a corporação. Segundo a especialista em Media Training (Treinamento de Mídia), Aurea Regina de Sá, os principais problemas de oratória que acometem muitos porta-vozes são má dicção, trejeitos exagerados, postura inadequada e vícios de linguagem. "Na maioria das vezes, o porta-voz não percebe em si mesmo essas falhas, e os demais profissionais da empresa têm receio de alertar para os erros", explica. "O que não se leva em consideração é que tudo que repercute além dos portões da corporação vira domínio público e essas falhas podem inverter o objetivo de divulgar positivamente a companhia", alerta. http://www.fonocomunicare.com.br/noticias/42-oratoria/48-porta-voz-oratoria-em- xeque.html Observe que: O texto reflete sobre o impacto dos atos comunicativos para a imagem institucional, o que nos aponta para a importância da comunicação oficial no contexto da policia militar do Rio de Janeiro. Assim como o porta-voz de uma empresa tem papel relevante junto ao público, o profissional da segurança pública representa o Estado no contexto da segurança, devendo, portanto zela pela qualidade de seus atos comunicativos. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 26 | P á g i n a Os principais Pronomes de Tratamento são: Vossa Excelência – forma de tratamento atribuída às seguintes autoridades: Presidente da República, Ministros, Oficiais-Generais das Forças Armadas, Secretários de Estado dos governos Estaduais, Governadores, Prefeitos Municipais, Deputados, Ministros, Juízes, entre outros. Vossa Senhoria – é empregado para as demais autoridades e para particulares. Vossa Magnificência – Empregado na correspondência com Reitores de Universidades. Vossa Santidade – forma de tratamento dirigida ao Papa. Vossa Eminência – referente à Cardeal; Senhor, Senhora, Senhores, Senhoras – formas de tratamento usadas principalmente na correspondência empresarial e particular. Escreve-se por extenso; a abreviatura é usada quando antecede o nome da pessoa. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 27 | P á g i n a OBSERVAÇÃO: A tendência atual é não abreviar os pronomes de tratamento. Ao serem escritos por extenso, são facilmente identificados, imprimindo ao documento um caráter de formalidade e elegância. PROTAGONISMO DISCENTE A sua participação nas aulas e a realização de exercícios são maneiras de desenvolver as competências e habilidades, tais como: demonstrar domínio sobre a forma de preenchimento de documentos e de ser capaz de agir demonstrando domínio FORMAS SINGULAR PLURAL Excelentíssimo Senhor Meritíssimo Polícia Militar Exmo. Sr. MM. PM. Exmos. Srs. MM. MM PMs. ACONTECEU... LEI Nº 443, DE 1º DE JULHO DE 1981. DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei: ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITARES TÍTULO I GENERALIDADES CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos policiais-militares do Estado do Rio de Janeiro. Art. 2º - A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, subordinada ao Secretário de Estado de Segurança Pública, é uma instituição permanente, organizada com base na hierarquia e na disciplina, destinada à manutenção da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro, sendo considerada Força Auxiliar, reserva do Exército. Art. 3º - Os integrantes da Polícia Militar, em razão de sua destinação constitucional, formam uma categoria de servidores do Estado e são denominados policiais-militares. § 1º - Os policiais-militares encontram-se em uma das seguintes situações: 1. na ativa: a) os policiais-militares de carreira; b) os incluídos na Polícia Militar voluntariamente, durante os prazos a que se obrigaram a servir; c) os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, quando convocados; e d) os alunos de órgãos de formação de policiais-militares da ativa. (...) http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/bc008ecb13dcfc6e03256827006dbbf5/b491b877b18a3c7903 2565a6005def48?OpenDocument Observe que: O fragmento acima é um dispositivo legal que apresenta direitos, deveres e hierarquia normatizados por documento oficial, cabendo ao Policial Militar identificar, compreender, interpreta, zelar r e respeitar as condutas por ele expressos. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 28 | P á g i n a sobre a legislação, normas e requerimentos internos aplicados à função e seus trâmites no âmbito da segurança do cidadão. Mãos à obra, caro estudante. 1. Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo: I- Os vínculos sociais independem de linguagem e de interação. II-Os documentos oficiais expressam hierarquia, direitos e deveres. III- A falta de formalidade é imprescindível à padronização dos documentos oficiais. (A) Somente a I está correta. (B) As opções I e III estão incorretas. (C) Todas estão incorretas (D) Somente a II está incorreta. 2. Tema para reflexão em grupo: Qual a relação entre a capacidade comunicativa por meio de documentos policiais e o enunciado abaixo? Ser capaz de coletar e analisar dados isolados transformando-os rapidamente em informações úteis; ser capaz de arrolar testemunhas e elementos informativos para o flagrante e ter conhecimento sobre os procedimentos administrativos são competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo policial no ofício da segurança do cidadão. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 29 | P á g i n a AULA Nº 04– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ. CARACTERÍSTICAS DOS DOCUMENTOS OFICIAIS - MEMORANDO 1. REGULAÇÃO SOCIAL POR MEIO DE ATOS COMUNICATIVOS Viver em grupo é próprio do humano, e isso só é possível porque existem convenções que normatizam comportamentos e condutas. A vida em sociedade depende, portanto, de um conjunto de normas reguladoras para o funcionamento das relações sociais e os processos de interação entre os membros de uma comunidade. Os atos comunicativos que afirmam, legitimam e prescrevem (tratados e constituições) são as Leis. E é por força da Lei que o Policial Militar constrói-se socialmente como um Agente do Estado e exerce sua autoridade. Seu dever é cumprir e fazer cumprir a Lei e zelar pela ordem Pública. Cabe-lhe respeito e obediência ao seu superior hierárquico, que também é, por força da Lei, um agente do estado no cumprimento da Lei, sem a qual o estado Democrático de Direito está sob ameaça. Assim sendo, o abuso da força a ele delegada por força da Lei e o abuso de poder são uma violação dos Direitos Humanos. Direito à vida, às liberdades em geral, ao devido processo legal, direito de não ser torturado, representam um estreito rol de direitos que a ONU tenta universalizar com o objetivo de tornar a barbárie apenas um dado histórico. A partir de um consenso de vários Estados (inclusive o Brasil) de que as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial não poderiam se repetir, sob pena da humanidade retornar à barbárie, criou-se um conjunto de direitos a serem colocados no topo do ordenamento jurídico, de forma que os próprios governos não pudessem revogá-los, mas a condição para isto dependeria da instalação de regimes democráticos. O real sentido dos direitos humanos é a proteção de todos, sem distinções. A lei, que está acima dos governos, é ―cega‖ e não distingue o homem de bem do criminoso. Contempla a todos com os mesmos direitos humanos na intenção de garantir a vida, as liberdades em geral, o devido processo legal a todos os cidadãos. Não se pode querer repudiar os direitos humanos pelo fato dos mesmos incidirem sobre todos. O repúdio deveria ser canalizado contra a cultura dos governantes perpetrada desde o início do Estado brasileiro, verdadeiros promotores da violência ao se omitirem na prestação dos serviços mais básicos. Mas o repúdio que muitos têm ao que ficou conhecido como ―direitos humanos‖, deve-se ao fato dos criminosos se sentirem livres como se estivessem no estado de natureza, época em que não existia o Estado para regrar as condutas. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 30 | P á g i n a A autoridade deve pautar-se nos princípios e fundamentos dos direitos Humanos. Daí a importância da formação do Policial Militar, que é recrutado em uma sociedade complexa, revelando-se, por vezes, conservadora e contraditória. E se essa sociedade pode revelar-se racista, sexista, homofóbica e preconceituosa, a formação do policial oriunda desta sociedade deve dar ensejo à reflexão sobre os paradoxos dessa sociedade e o Policial Militar deve comprometer-se com à desconstrução de estigmas e estereótipos reproduzidos e perpetuados por uma grande parcela da população. 2. O QUE DEVE SER EVITADO NA REDAÇÃO OFICIAL A redação de atos oficiais deve obedecer ao rigor da norma culta e assim sendo, deve afastar-se de alguns usos comuns à linguagem informal. A natureza da linguagem da comunicação oficial é eliminar vícios de linguagem. Observe o que deve ser evitado: A repetição de termos e palavras cognatas; Expressões regionais; Linguagem figurada e expressão com duplo sentido; Palavras de língua estrangeira, exceto quando não existir palavra com tradução ou o uso for consagrado (royalties). Os termos devem ser escritos em itálico ou entre aspas; Deve ser evitada a separação silábica, caso seja inevitável, a separação deve obedecer às regras da fonologia; Não se deve separar números; Deve-se evitar a separação de sílabas de nomes próprios; A separação de palavras de língua estrangeira; Separação de sílabas com hiatos; SAIBA MAIS... Livro O conceito de Leitura nos documentos oficiais. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/7500 O texto apresenta aspectos relevantes sobre a leitura nos documentos oficiais. Manual de redação da presidência da república O site contém informações bem amplas sobre a documentação oficial. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm Cartilha de redação e Correspondências Oficiais- Ifan O texto é mais um acervo ao alcance do aluno servindo-lhe como fonte de consulta para a elaboração de documentos oficiais. Disponível em: http://www.ifam.edu.br/portal/images/file/CARTILHA%20DE%20REDACAO%20E%20C ORRESPONDENCIAS%20OFICIAIS-1.pdf http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/7500 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 31 | P á g i n a O uso impreciso de sinônimos. A liberdade que os criminosos têm para agir contrasta com a baixa efetividade do Estado no sentido de neutralizá-los aos limites aceitáveis de violência, visto que a violência é inerente ao ser humano, ranço da pré-história. É justamente a assimetria entre o Estado como protetor do cidadão e o criminoso que ignora as leis que gera nos homens de boa vontade repúdio aos direitos humanos, porque a representação desses direitos está sempre associada ao tratamento desumano do criminoso. Já é tempo de se construir uma associação dos direitos humanos às vítimas da violência, seja ela praticada pelo próprio Estado ou pelos criminosos. A partir daí é possível dar sentido aos direitos humanos à sociedade brasileira. Para potencializar esse fundamento que explica porque há tantas vozes contrárias aos direitos humanos, sobretudo nas forças de segurança, é preciso lembrar que o elemento cultural é um grande contribuinte para piorar o que não poderia ser pior. Refiro-me a um grande grupo de pessoas que não vive do crime propriamente dito, mas externaliza condutas violentas gratuitas, seja por discordar das origens do outro, seja porque o outro não pensa como ele. Exemplos não faltam onde o elemento ―cultura‖ representa o motivo da violência: violência contra os homoafetivos, contra as mulheres, contra grupos sociais vulneráveis e assim por diante. Infelizmente parte da sociedade é extremamente violenta pelo simples fato de não aceitar as diferenças dos outros. Considerando que a sociedade brasileira ainda se encontra neste estágio, significa que a violência está mais ramificada do que se imagina.(...) LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 32 | P á g i n a 3. Correspondência Interna Constitui a mais simples forma de correspondência interna, utilizada entre unidades administrativas de um mesmo órgão para comunicar ou solicitar providências, serviços, informações ou esclarecimentos, encaminhar documentos e tratar de assuntos referentes à administração. Constitui um instrumento
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