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Língua e Comunicação

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LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
1 | P á g i n a 
 
Sumário 
AULA nº 01– COMUNICAÇÃO HUMANA .................................................................. 5 
1. TORNAR-SE POLICIAL MILITAR .................................................................... 5 
2. A COMUNICAÇÃO HUMANA E SEGURANÇA PÚBLICA ........................... 7 
3. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO ............................................................................. 7 
4. O QUE É LINGUAGEM? ..................................................................................... 8 
5. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ................................................................................ 9 
6. AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO E O POLICIAL MILITAR ..................... 10 
ACONTECEU I... ................................................................................................... 13 
ACONTECEU II... .................................................................................................. 14 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 17 
AULA Nº 02– FUNÇÃO SOCIAL DA LEITURA E DA ESCRITA NO ÂMBITO DA 
SEGURANÇA PÚBLICA, DA DEFESA SOCIAL E DOS DIREITOS HUMANOS; 18 
1. A FUNÇÃO SOCIAL DA LEITURA ............................................................... 18 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 21 
 ........................................................................................................................................ 22 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 22 
AULA Nº 03– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ .............................................. 23 
1. LINGUAGEM E PODER ................................................................................... 23 
2. A COMUNICAÇÃO OFICIAL .......................................................................... 24 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 25 
3. PRONOMES DE TRATAMENTO .................................................................... 25 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 27 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 30 
AULA Nº 04– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ. CARACTERÍSTICAS DOS 
DOCUMENTOS OFICIAIS - MEMORANDO ............................................................ 29 
1. REGULAÇÃO SOCIAL POR MEIO DE ATOS COMUNICATIVOS ............. 29 
2. O QUE DEVE SER EVITADO NA REDAÇÃO OFICIAL .............................. 30 
3. CORRESPODÊNCIA INTERNA ....................................................................... 32 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 32 
Homem confessa assassinato, mas não é preso por erro no boletim de 
ocorrência ............................................................................................................... 32 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 36 
file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873417
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LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
2 | P á g i n a 
 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 36 
AULA Nº 05– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ OFÍCIO ................................ 37 
1. A LINGUAGEM DAS FACÇÕES ..................................................................... 37 
 .................................................................................................................................... 39 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 39 
2. TEXTOS MAL REDIGIDOS ............................................................................. 39 
3. OFICIO ................................................................................................................ 39 
Disque – Denúncia ......................................................................................................... 42 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 43 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 44 
AULA Nº 06– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ. DOCUMENTO 
DESCRITIVO E NARRATIVO. REGISTRO DE OCORRÊNCIA. BOPM- BRAT-
PARTES ......................................................................................................................... 45 
1. LINGUAGEM JURIDICA .................................................................................. 45 
BEM VINDO AO E-BRAT. ..................................................................................... 45 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 45 
TERMOS E CONDIÇÕES DE USO ................................................................... 45 
Instruções para preenchimento............................................................................ 46 
(...) ........................................................................................................................... 46 
Contato: brat_atendimento@pmerj.rj.gov.br .......................................................... 46 
Fonte: http://ebrat.pmerj.rj.gov.br/brat/................................................................... 46 
2. TIPOLOGIA TEXTUAL .................................................................................... 46 
2.1 Narração ............................................................................................................46 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 48 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 50 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 53 
AULA Nº 07– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ. DISSERTAÇÃO TIPOS DE 
DISCURSOS - BRAT .................................................................................................... 52 
1. LINGUAGEM E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS .............................................. 52 
2. DISSERTAÇÃO .................................................................................................. 53 
A POSIÇÃO SOCIAL DA MULHER DE HOJE ................................................... 54 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 55 
 Qual é a ideia principal do texto ―A posição social da mulher de hoje‖? ........ 56 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 57 
file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873439
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LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
3 | P á g i n a 
 
AULA Nº 08– VOCABULÁRIO BOPM ...................................................................... 58 
1. LÓGICA, ARGUMENTAÇÃO E VERACIDADE DOS FATOS NA FALA E 
NOS DOCUMENTOS OFICIAIS .............................................................................. 58 
2. VOCABULÁRIO ................................................................................................ 58 
3. O SENTIDO DAS PALAVRAS: A POLISSEMIA. .......................................... 60 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 64 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 65 
AULA Nº 09– FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO E PARÁGRAFO ................................. 66 
1. O TEXTO E A CONSTRUÇÃO DE SENTIDO ................................................ 66 
2. FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO E PARÁGRAFO. ............................................. 67 
3. ORAÇÃO ............................................................................................................ 69 
4. PARÁGRAFO ..................................................................................................... 69 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 71 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 73 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 74 
AULA Nº 10– COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL ................................................. 75 
1. O TEXTO É UMA TRAMA TECIDA DE COERÊNCIA E COESÃO. ........... 75 
2. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL .............................................................. 76 
ACONTECEU I... ................................................................................................... 79 
ACONTECEU II... .................................................................................................. 81 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 82 
AULA Nº 11– QUALIDADES E DEFEITOS DE UM TEXTO ................................... 83 
1. QUALIDADES E DEFEITOS DE UM TEXTO ................................................ 83 
2. QUALIDADES ................................................................................................... 83 
3. DEFEITOS DE UM TEXTO .............................................................................. 84 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 86 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 85 
SAIBA MAIS... ....................................................................................................... 89 
AULA Nº 12– INTERPRETAÇÃO DE TEXTO. DEPOIMENTO E OFÍCIO ............ 90 
1. O DESAFIO DA COMPREENSÃO ................................................................... 90 
2. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ........................................................................ 90 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 92 
3. NÍVEIS DE LEITURA ........................................................................................ 92 
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file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873475file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873481
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file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873483
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file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873494
file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873495
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LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
4 | P á g i n a 
 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 93 
LEIA O DEPOIMENTO DO RÉU E DAS TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO ........ 93 
ACONTECEU... ...................................................................................................... 93 
SAIBA MAIS... ......................................................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873502
file:///G:/SSEVP-Comum/Superintendência%20de%20Educação/2016/5_COORD_FORMAÇÃO/ATUALIZAÇÃO%20CURRICULAR/PMERJ/CFSD/Material%20Diagramado/Lingua%20e%20Comunicação.docx%23_Toc444873503
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LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
5 | P á g i n a 
 
 
AULA nº 01– COMUNICAÇÃO HUMANA 
 
 
1. TORNAR-SE POLICIAL MILITAR 
 
Caro estudante, 
Tornar-se Policial Militar é uma tarefa 
fácil? 
Essa reflexão deve pautar a sua 
formação, tendo em vista que tornar-se Policial 
Militar decorre de uma construção de dimensão 
individual e social no âmbito da Segurança 
Pública. Tarefa complexa cujo aprendizado 
depende de protagonismo discente. 
 
Mas o que é protagonismo? 
 
Protagonismo discente é o processo 
por meio do qual o estudante assume uma 
postura atuante como o principal ator no 
desenvolvimento de suas competências e 
habilidades para atuar como Agente do 
Estado. Reitera-se que o sucesso do seu 
aprendizado e a consequente concretização de 
tornar-se Policial Militar depende de uma 
construção possível por meio do seu 
protagonismo. 
Os processos comunicativos da 
Polícia Militar 
Limitações da linguagem 
Os processos comunicativos na 
Polícia Militar envolvem 
cooperação, integração, comunhão, 
diversidade, colaboração, 
compromisso etc. Mas também 
envolvem adversidade de 
interesses, conflitos ideológicos, 
cerceamento de liberdade. Além 
disso, outros mecanismos 
comunicativos interagem nas 
relações com o ambiente interno e 
externo, alcançando um estágio de 
desenvolvimento organizacional 
capaz de mobilizar ações coletivas 
para a obtenção dos objetivos da 
instituição. 
A postura do Policial Militar, o ar 
de interesse ou a deselegância, 
pressa ou calma, interrupções e 
intromissões, o riso, as meias 
palavras, tudo isso compõe um 
conjunto complexo de sinais e 
signos de representação 
institucional, como produtores da 
imagem da PM, sem os quais a 
interatividade da corporação, com 
o cidadão, não seria possível 
acontecer. (...) 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
6 | P á g i n a 
 
 
Assim sendo, o protagonismo 
envolve compromisso e responsabilidade, e 
ocorre quando o aluno põe em prática uma 
atitude ética, crítica e de centralidade dentro 
de um contexto de respeito à hierarquia, 
questionando, analisando, comparando e 
desenvolvendo suas potencialidades para o 
desempenho da segurança pública, cujos 
propósitos institucionais são a defesa da 
ordem pública, o cumprimento da Lei, a 
proteção do cidadão, a defesa dos Direitos 
Humanos. 
A formação do Policial Militar 
focada no protagonismo discente opõe-se 
radicalmente à perspectiva de um ensino 
―bancário‖ por meio do qual o professor depositaria a informação no banco de memória 
do estudante. Contrário à educação bancária, Paulo Freire concebe a educação como uma 
prática de autonomia em que o estudante afasta-se de posições de passividade. 
Nesta direção, o material que segue pautado na centralidade do estudante, visa 
contribuir para a consolidação das diretrizes do Ministério da Justiça para a formação de 
Policial Militar e para a consolidação das diretrizes do MEC, em especial, para a 
consolidação dos Pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a 
ser e aprender a conviver. 
Portanto, cabe a você, caro estudante, aprender a conhecer instrumentalizando-se 
por meio de aprendizado e desenvolvendo suas competências cognitivas; aprender a fazer 
a segurança do cidadão e a defesa da ordem pública em face aos desafios que a complexa 
função requer; aprender a viver em uma sociedade multicultural, a conviver com a 
diversidade respeitando-a e a aprender a ser um policial cidadão em busca da defesa e da 
promoção do Estado Democrático de Direito. 
 
 
(...) 
A comunicação policial-militar também 
ocorre no plano epistolar (Epistolar diz 
respeito ao que é próprio do gênero literário 
cuja forma é a carta. Narrativa em forma 
epistolar.) dentro das relações internas da 
organização, quando sofre limitações da 
linguagem escrita e do largo espaço de 
tempo entre a organização e a coletividade. 
A temporalidade desse tipo comunicação 
pode anular a potencialidade de interação e 
os participantes do processo poderão não 
compartilhar do mesmo sistema. Neste caso, 
a comunicação aqui está associada à 
tramitação de documentos internos, à 
distribuição de releases
7
 aos meios de 
comunicação de massa e aos documentos 
oficiais de conhecimento do público interno 
e externo. 
Demétrio Cardoso da Silva 
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/n
ews/view/os_processos_comunicativos_da_poli
cia_militar 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
7 | P á g i n a 
 
2. A COMUNICAÇÃO HUMANA E SEGURANÇA PÚBLICA 
Considerando-se que, em uma sociedade a regulação (conduta ética, hierarquia, 
código/regulamento disciplinar, direitos, deveres e obrigações) e as práticas sociais são 
estabelecidas e exercidas por meio de processos comunicativos, torna-se fundamental o 
ensino de Língua Portuguesa como ferramenta para a construção e consolidação das 
orientações para a formação do Policial Militar no estado do Rio de Janeiro. 
Nesta direção, a LínguaPortuguesa é instrumento de comunicação que, no âmbito 
da Segurança Pública, compreende aspectos administrativos, de policiamento, de 
mediação de conflitos, de interesses difusos e de construção da identidade do Policial 
Militar e da imagem institucional da Polícia Militar do Rio de Janeiro. (PMERJ). 
Dada à complexidade da atividade policial e os recursos advindos da comunicação 
humana como um vasto repertório discursivo, gramatical e social, considera-se que a 
disciplina de Língua e Comunicação possa contribuir para a formação do Policial Militar 
como protagonista da defesa, manutenção e proteção social, bem como um ―educador‖ 
social no estabelecimento da relação de pertencimento, sem a qual, não se consolida a 
polícia de proximidade e de pacificação. Em face ao avanço tecnológico e 
comunicacional (as mídias, hipertexto), a comunicação tem ocupado um papel 
preponderante na transmissão e construção do conhecimento, e como ferramenta para as 
relações sociais que têm crescente demanda para o exercício da cidadania. 
Portanto, a Língua e a comunicação e estes múltiplos e interdisciplinares aspectos 
são compreendidos como pilares para a formação do Policial Militar e para a construção 
da Cultura da Paz e dos Direitos Humanos no âmbito da Segurança Pública e da Defesa 
Social. 
3. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
A Língua Portuguesa se faz presente em toda a sociedade, a qual utilizamos para 
nos comunicar e expressar, seja por meio de palavras ou gestos. Usar adequadamente a 
língua verbal e não verbal é cada vez mais necessário. Ter o domínio da língua implica 
estar preparado para interagir com outras pessoas, influenciando seu modo de pensar e 
de agir. 
No mundo atual há uma grande diversidade de línguas e, consequentemente, de 
linguagens. Para o profissional de Segurança Pública e Defesa Social, a linguagem é 
uma ferramenta para o desenvolvimento de seu trabalho, cuja utilização abarca 
orientações, intervenções e abordagens, sempre visando uma comunicação satisfatória 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
8 | P á g i n a 
 
entre o policial e o cidadão. A utilização efetiva da linguagem minimiza os riscos e 
maximiza os resultados. 
Portanto, o estudo da linguagem é o primeiro pilar a ser lapidado para que a 
construção do conhecimento seja eficaz. 
A DISCIPLINA LÍNGUA E COMUNICAÇÃO é o eixo central para os 
profissionais de segurança pública e defesa social, pois, a comunicação, seja ela por 
domínio da linguagem falada, seja por meio 
da escrita ou corporal, faz parte de seu uso 
diário, sendo primordial para o desempenho 
e sucesso de suas funções. 
4. O QUE É LINGUAGEM? 
A linguagem é a representação do 
pensamento por meio de sinais. É o que nos 
torna aptos a expressar nossas ideias, opiniões 
e sentimentos, permitindo a comunicação e a 
interação entre as pessoas. Ela está 
relacionada a fenômenos comunicativos. Onde 
há comunicação, há linguagem. Um 
agrupamento de pessoas só será uma 
comunidade se existir uma linguagem que 
possibilite a comunicação entre elas. 
A linguagem e a sociedade 
relacionam-se intimamente: uma não existe 
sem a outra. Dessa forma, a língua utilizada 
é adaptada de forma que os membros de um 
mesmo grupo possam se comunicar com 
eficiência. Por conta disso, existem 
variações linguísticas dentro de uma mesma 
língua. A Língua Portuguesa possui 
variações sociais, culturais, regionais, 
históricas, etárias etc. 
PRECONCEITO LINGUÍSTICO 
 
―(...) Eu canto em português errado 
Acho que o imperfeito não participa 
do passado 
Troco as pessoas 
Troco os pronomes (…)‖. 
(Meninos e Meninas – Legião Urbana) 
 
―Eu canto em português errado‖. A 
afirmação de Renato Russo na letra 
da canção Meninos e Meninas é o 
pontapé para uma interessante 
investigação linguística: afinal, é 
possível cantar ou falar em 
―português errado‖? 
Quantas vezes ouvimos de pessoas 
próximas frases do tipo ―eu não sei 
português‖, ―eu não gosto de 
português‖, ―eu falo errado‖, ―fulano 
fala tudo errado‖, ―eu já falo 
português, por que preciso estudar 
isso?‖, entre outras afirmações e 
questionamentos que fazem com que 
nossa língua se pareça com um 
mistério insondável? É possível que 
você, falante da língua portuguesa, 
possa não saber nada sobre seu 
próprio idioma? Ou saber tudo a 
ponto de não precisar adentrar nas 
minúcias gramaticais? Pois bem, 
quando o poeta gritou para o mundo 
que ―canta em português errado‖, na 
verdade ele sabia que, às vezes, 
―falar errado‖ deixa o idioma mais, 
digamos assim, palatável. 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
9 | P á g i n a 
 
Atualmente, o conceito de Polícia de 
Proximidade está cada vez mais presente 
nas ações policiais. Dentre os princípios da 
Unidade de Polícia Pacificadora, 
encontramos: colaboração, cordialidade e 
integração com a comunidade. Reconhecer 
a variedade linguística utilizada em 
determinado grupo, favorece essa 
aproximação entre a polícia e a 
comunidade. Dessa forma, vamos 
compreender melhor os fatores que 
determinam a variação linguística. 
5. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
São diversos os fatores que 
determinam a variação linguística e esses 
fatores relacionam-se às vivências 
particulares de cada falante, como: 
 Fatores socioeconômicos; 
 Fatores profissionais; 
 Fatores subjetivos; 
 Fatores regionais; 
 Fatores situacionais. 
Por conta da pluralidade cultural e das 
condições socioeconômicas no Brasil, é 
preciso refletir sobre os conceitos adotados 
em relação ao que é linguagem certa ou 
errada. Pessoas que consideram a 
linguagem culta como a única aceita 
socialmente, muitas vezes poderão agir de 
maneira preconceituosa e intolerante, sem 
levar em consideração o próprio conceito de 
língua, assim como o seu uso: 
Por exemplo, segundo a gramática, o 
verbo namorar é transitivo direto, ou 
seja, ele não aceita preposição. Mas 
atire a primeira pedra quem nunca 
disse que ―namora com alguém‖, 
não é mesmo? Outro exemplo: você 
diz ―eu te amo‖ ou ―amo-te‖? A 
primeira opção é uma preferência 
nacional, a menos que você seja um 
linguista fanático por gramatiquices 
que não suporta variações na 
modalidade oral. Essas questões nos 
fazem refletir sobre as variações 
linguísticas, que são, e devem ser, 
admitidas na fala. Dizer que alguém 
fala o português melhor ou pior do 
que alguém só reforça a combatida 
ideia do preconceito linguístico, tão 
presente em nossa cultura. 
A norma-padrão pode não estar 
adequada a todas as situações 
comunicativas. A coloquialidade é 
um interessante recurso expressivo. 
A gramática é um compêndio de 
regras importantes para a 
manutenção do idioma. Imagine se 
não tivéssemos um manual ao qual 
pudéssemos consultar na ocorrência 
de uma dúvida? Imagine se as regras 
não existissem e, por esse motivo, 
cada falante resolvesse estabelecer 
suas próprias normas? Viveríamos 
em uma verdadeira ―Torre de 
Babel‖, e nossa língua portuguesa 
estaria fadada ao esquecimento. 
Quando falamos em preconceito 
linguístico, não estamos propondo 
que os falantes rasguem a gramática, 
mas sim que considerem as duas 
modalidades do idioma: oral e 
escrita, assim como a existência de 
uma língua culta e de uma língua 
coloquial. Dizer que alguém ―fala 
errado‖ desconsidera diversos 
fatores extralinguísticos, como as 
variações existentes em cada 
comunidade, cada região, cada 
contexto cultural. 
 
 
http://www.portugues.com.br/redacao/variacao-linguistica-lingua-movimento.html
http://www.portugues.com.br/redacao/variacao-linguistica-lingua-movimento.html
http://www.portugues.com.br/redacao/lingua-culta-coloquial.html
http://www.portugues.com.br/redacao/lingua-culta-coloquial.html
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
10 | P á g i n a 
 
Por isso, os linguistas afirmam que não existe certo ou errado. O que existe é o 
uso da norma padrão (norma culta) ou não padrão (norma popular). 
A linguagem pode ser classificada comoqualquer sistema que auxilie na 
efetividade da comunicação. Portanto, devemos ter cuidado para não agirmos de forma 
discriminatória em relação à linguagem utilizada por um determinado grupo. 
6. AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO E O POLICIAL MILITAR 
 As atividades desempenhadas pelo Policial Militar, administrativas ou de 
policiamento, exigem a utilização de processos comunicativos que favoreçam o 
desenvolvimento das ações. Os processos de comunicação são essenciais na transmissão 
de mensagens da instituição. 
Segundo Demétrio Cardoso (2009), os elementos da comunicação visam atingir e 
a influenciar na sensação de segurança. Porém, observa-se que os tipos de processos 
comunicativos, identificados ou não, na Polícia Militar, abrangem à comunicação 
interativa que pressupõe, necessariamente, o intercâmbio influenciando a corporação e a 
sociedade na produção das mensagens. Aspecto relevante diz respeito ao fato de que os 
processos comunicativos envolvem colaboração e proximidade, mas também envolvem 
conflitos de interesses e cerceamento de liberdade. 
 A comunicação na atividade Policial Militar pode ocorrer das seguintes 
maneiras: 
A comunicação verbal é todo o tipo de passagem ou troca de informações, por 
meio de linguagem escrita ou falada. É a forma mais comum de comunicação entre o 
Policial Militar e as pessoas, apesar de todos os novos recursos comunicacionais. A 
conversação é considerada como a forma mais eficiente de interagir com a população. 
A comunicação não verbal é transmitida por meio da postura do policial 
(interesse ou deselegância, pressa ou calma, interrupções e intromissões, riso ou 
seriedade) e por tudo que compõe um conjunto de sinais e signos de representação 
institucional, como produtores da imagem da PMERJ. 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
11 | P á g i n a 
 
Dessa forma, para potencializar o exercício de suas funções, o policial deve estar 
atento a algumas técnicas que auxiliem na comunicação. Seguem abaixo algumas dicas 
que auxiliam na expressão oral e escrita do policial: 
Dica 1 - Expressão Oral 
Verbalizar significa expressar ou exprimir algo por meio de palavras, ou seja, por 
meio do sistema linguístico. A verbalização é a técnica utilizada pelo Policial Militar 
durante sua atuação em intervenções, abordagens a pessoas e vistorias de veículos, com 
a finalidade de emitir orientações e ordens. Para cada tipo de operação e, dependendo do 
contexto no qual ela ocorre, a verbalização varia em alguns aspectos, porém, sempre 
com o objetivo de possibilitar uma comunicação efetiva entre a polícia e o cidadão. 
Verbalizar corretamente minimiza os riscos e maximiza os resultados durante uma 
abordagem. 
Para uma verbalização eficiente, durante uma operação AREP3, popularmente 
conhecida como blitz policial, por exemplo, podemos destacar alguns aspectos: 
 Expressar sua intenção de forma firme e segura, demonstrando domínio técnico 
para que o cidadão acate as ordens e aceite as orientações recebidas, durante a 
abordagem; 
 Utilizar linguagem clara, precisa e objetiva, facilitando a compreensão do cidadão, 
acerca dos objetivos da ação policial; 
 Verbalizar em tom de voz firme e respeitoso; 
 Falar de forma pausada, permitindo à pessoa a interpretação da sua mensagem; 
 Avaliar se o cidadão compreendeu a mensagem; 
 Fazer uma breve leitura da situação, avaliando as características do abordado e 
adotando uma linguagem coerente às condições dele, pois, você poderá abordar 
um estrangeiro ou pessoas com dificuldades auditivas ou de fala. Nesses casos, 
deve atentar-se para a utilização de gestos e de sinais que favoreçam a 
compreensão de sua intenção comunicativa. 
 CUIDADO! Algumas expressões podem ser desconhecidas para determinadas 
pessoas ou podem ter significados diferentes em outras regiões; por isso, seja 
coerente. Jamais utilize gírias, apelidos ou termos que possam sugerir preconceito. 
 
 
Dica 2 - Expressão Escrita 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
12 | P á g i n a 
 
Assim como a expressão oral, a escrita também é fundamental para as relações 
internas da organização, principalmente nas atividades administrativas. Uma escrita não 
compreendida leva a interpretações distintas. A falha na comunicação pode ocorrer na 
tramitação de documentos internos, para a distribuição de releases aos meios de 
comunicação de massa e nos documentos oficiais de conhecimento do público interno e 
externo. 
Para evitar este tipo de erro, é importante estar atento a alguns aspectos, tais 
como: 
 
 Respeitar a estrutura/ tema e características do tipo de texto escolhido; 
 Organizar as ideias de forma articulada; 
 Construir frases sintaticamente corretas; 
 Respeitar o tamanho do texto proposto; 
 Acentuar as palavras corretamente; 
 Escrever corretamente sem erros de ortografia; 
 Pontuar corretamente; 
 Apresentar caligrafia legível; 
 Delimitar parágrafos; 
 Utilizar vocabulário variado e adequado. 
 
A busca de informação e conhecimento auxilia na produção escrita e minimizam 
os erros. O Novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em janeiro de 2009, e tem o 
objetivo de facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre os países de 
Língua Portuguesa, além de ampliar a divulgação do idioma e da literatura. 
A partir de 2016 esta nova escrita começou a ser obrigatória. Portanto, esteja 
atento às alterações previstas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
13 | P á g i n a 
 
 
 
 
 
 
ACONTECEU I... 
COMUNICAÇÃO NA PMDF 
 
A Polícia Militar promoveu, ( terça-feira (9) um workshop para ressaltar a importância da 
comunicação no cotidiano policial. Segundo o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Adilson 
Evangelista, o evento serviu para quebrar paradigmas dentro da Corporação. ―O workshop é um 
exemplo de uma nova filosofia de comunicação social na Polícia Militar‖. 
Cerca de duzentos policiais militares, além de representantes da Polícia Civil, do Corpo de 
Bombeiros e do Exército participaram do evento realizado na Embaixada de Portugal. O 
comandante-geral da PM, coronel Jooziel de Melo Freire, ressaltou que a polícia precisa sair do 
ostracismo e abolir a cultura de que policiais não falam com a imprensa. ―Estamos num momento de 
mudanças, onde precisamos aprender a nos comunicar‖. 
Um dos momentos marcantes do evento foi a exibição do vídeo institucional da PM. A apresentação 
emocionou a plateia e chamou a atenção do palestrante Estevão Damázio, gerente regional da rádio 
CBN em Brasília. ―O vídeo precisa ser mostrado para todo mundo‖. 
 
 
Para Estevão Damázio, a PM precisa inserir no seu cotidiano os seguintes termos: sociedade, 
transparência, redes sociais e pró-atividade. A ideia é aprimorar a prestação de serviço à população 
do Distrito Federal. Segundo ele, o público externo é estratégico. Por isso, é importante que todo o 
conteúdo apresentado no workshop seja repassado a toda a tropa. Essa proposta foi defendida pelo 
comandante do Centro de Comunicação Social da PM, coronel Zilfrank Antero. ―Cada policial é 
guardião da marca da Polícia Militar‖, frisou. 
Ainda segundo o gerente regional da CBN, a Polícia Militar precisa se dispor das seguintes armas: 
clareza, objetividade e conhecimento da situação. Com isso, é preciso se cercar de meios para 
mostrar à sociedade o trabalho realizado no dia a dia. 
http://www.pmdf.df.gov.br/site/index.php/noticias/destaques/528-workshop-destaca-a-importancia-
da-comunicacao-na-pmdf 
Observe que: 
A notícia ressalta a importância da comunicação no cotidiano da atividade policial. 
 
http://www.pmdf.df.gov.br/site/index.php/noticias/destaques/528-workshop-destaca-a-importancia-da-comunicacao-na-pmdf
http://www.pmdf.df.gov.br/site/index.php/noticias/destaques/528-workshop-destaca-a-importancia-da-comunicacao-na-pmdf
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
14 | P á g i n a 
 
 
 
 
ACONTECEU II... 
Alunos do Sólon de Lucenaparam o trânsito em protesto contra furtos e arrastões 
na escola. 
 
 
Cerca de 150 alunos da Escola Estadual Sólon de Lucena fizeram uma 
manifestação na frente da escola, localizada na avenida Constantino Nery, bairro 
São Geraldo, Zona Centro-Sul de Manaus, em protesto a uma onda de furtos e 
assaltos ocorridos no local nas trocas de turno. 
Segundo o tenente R. Feitoza, da 22ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), 
os furtos, que costumavam ocorrer nas entradas e saídas de turnos do 
estabelecimento de ensino, criaram um clima de insegurança geral. Alguns alunos 
chegaram a dizer que bandidos entravam na escola e realizavam arrastões lá 
dentro. 
Tudo isso gerou uma indignação que impeliu os estudantes a organizar o ato, que 
começou por volta das 19h e terminou cerca de meia-hora depois, após os 
policiais militares chegarem e conversarem com os manifestantes. "Mesmo 
enquanto policiais, achamos que a reivindicação deles é válida. Fomos lá 
querendo diálogo e eles, no fundo, queriam alguém que os ouvisse. Os membros 
da guarnição chegaram a conversar com o diretor do colégio e a situação foi 
resolvida sem incidentes", contou o PM. 
Ele ainda mencionou que a abordagem comunicativa dos policiais garantiu que os 
estudantes parassem rapidamente com o bloqueio da avenida Constantino Nery, 
algo que planejavam fazer. "Ao dizer que entendíamos como justo o que eles 
queriam e que iríamos atendê-los, conseguimos convencê-los a pararem de 
atrapalhar o trânsito, pois isso feriria o direito de outras pessoas, assim como o 
direito à segurança deles estava sendo ferido", relatou o tenente. 
Observe que: 
 
Os policiais militares utilizaram a comunicação como instrumento para a 
mediação de conflitos. O diálogo permitiu uma proximidade entre policiais e os 
cidadãos, favorecendo a cooperação e o fortalecimento da relação de pertença. 
Logo, a matéria jornalística nos permite compreender a complexidade da 
comunicação e sua importância como ferramenta para a Segurança Pública e a 
Defesa Social. 
 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
15 | P á g i n a 
 
PROTAGONISMO DISCENTE 
O protagonismo é uma estratégia que permite desenvolver a competência 
necessária à pratica policial, tal como ter acesso aos bens culturais e cognitivos atuando 
ativamente para a produção do conhecimento realizando as tarefas que são propostas 
como as que seguem abaixo: 
1) Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo: 
I. Os processos comunicativos permitem a regulação das práticas sociais. 
II. A comunicação, no âmbito da Segurança Pública, também envolve aspectos 
administrativos e de mediação de conflitos. 
III. Reconhecer a complexidade da comunicação e respeitar a variedade linguística 
contribui para a construção da polícia de proximidade. 
 
(A) Somente a I está incorreta. 
(B) As opções I e III estão corretas. 
(C) Todas estão corretas 
(D) Somente a II está correta. 
 
2) Assinale o procedimento linguístico inadequado durante uma operação policial 
(blitz). 
 
(A) Verificar se o cidadão compreendeu a mensagem. 
(B) Utilizar linguagem culta e rebuscada. 
(C) Adotar linguagem coerente com a situação. 
(D) Abolir linguagem obscura e ambígua. 
 
O texto de humor de autoria desconhecida e que circula na Internet aponta para 
diferentes maneiras para expressar a ocorrência de um assalto em diferentes regiões do 
Brasil. Essas diferenças são identificadas como variações linguísticas. Por quê? 
Assaltante nordestino 
 
-Ei, bichim... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula nem faça muganga... 
Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e 
boto teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da 
moléstia. 
 
Assaltante mineiro 
 
-Ô, sô, prestenção... Isso é um assarto, uai... Levanta os braço e fica quetim quesse trem 
na minha mão tá cheio de bala... Mió passá logo os trocado que eu num tô tão bão hoje. 
Vai andando, uai! Tá esperando o quê, uai! 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
16 | P á g i n a 
 
Assaltante gaúcho 
 
-ô, guri, ficas atento... Bah, isso é um assalto... Levantas os braços e te aquietas, tchê! 
Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pila pra 
cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala. 
 
Assaltante carioca 
 
-Seguinte, bicho... Tu te deu mal. Isso é um assalto. Passa a grana e levanta os braços, 
rapá... Não fica de bobeira que eu atiro bem pra... Vai andando e, se olhar pra trás, vira 
presunto... 
Assaltante baiano 
 
-ô, meu rei... (longa pausa) Isso é um assalto... (longa pausa) Levanta os braços, mas 
não se avexe não... (longa pausa) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar 
cansado... Vai passando a grana, bem devagarinho...(longa pausa) Num repara se o 
berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado... não esquenta meu irmãozinho 
(longa pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada... 
 
Assaltante paulista 
 
-Orra, meu... Isso é um assalto, meu... Alevanta os braços, meu... Passa a grana logo, 
meu... Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o 
ingresso do jogo do Corinthians, meu... Pô, se manda, meu... 
Fonte:http://aulasdelinguaportuguesaeliteratura.blogspot.com.br/2011/03/atividade-1-
variacoes-linguisticas.html 
 
3) Leia atentamente o texto Comunicação Humana e Segurança Pública e o fragmento: 
Título II do Aditamento do boletim (Aj G – Adit ao Bol da PM n.º 076 - 23 Nov 
2004) e responda a questão abaixo: 
T Í T U L O II 
 
DO ENSINO E DA INSTRUÇÃO POLICIAL MILITAR 
Art. 3º A atividade de ensino e de instrução na Polícia Militar do Estado do Rio 
de Janeiro, inspirada nos princípios democráticos de liberdade e nos ideais de 
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento das 
qualidades e das aptidões intelectuais, psicológicas, físicas, éticas e morais, 
inerentes às atribuições funcionais do profissional de segurança pública, seu 
preparo para fazer cumprir a Lei e garantir o exercício da cidadania e sua 
qualificação continuada para o trabalho. 
 
Qual a importância da comunicação para a formação do Policial Militar? 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
17 | P á g i n a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS... 
 
 Polícia preparada e pronta para ouvir o cidadão. 
In: http://www.upprj.com/index.php/faq 
Texto que ressalta a importância da comunicação e do diálogo para a 
solução de conflitos. 
 Da Servidão Moderna - O Poder na Linguagem. (2”11) 
Vídeo que apresenta aspectos discursivos da linguagem ,que envolvem as 
relações de poder, a construção da verdade e seu caráter coercitivo. 
 Comunicação oral e as variantes linguísticas ( 3”49) 
Vídeo do programa TV ESCOLA que aborda a complexidade da língua 
portuguesa sobre as variações linguísticas e a importância do idioma para o 
exercício da cidadania. 
 
http://www.upprj.com/index.php/faq
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
18 | P á g i n a 
 
AULA Nº 02– FUNÇÃO SOCIAL DA LEITURA E DA ESCRITA NO 
ÂMBITO DA SEGURANÇA PÚBLICA, DA DEFESA SOCIAL E DOS 
DIREITOS HUMANOS; 
 
 
1. A FUNÇÃO SOCIAL DA LEITURA 
A Leitura é concebida, no âmbito social, como um mecanismo que promove a 
compreensão de textos, discursos, mensagens e representações, que são suporte das 
relações sociais. Além disso, também possibilita compreender como se estabelecem as 
relações de poder e como essas constroem 
enunciados que justificam determinadas 
práticas no interior dos grupos sociais. Os 
textos são formas de organização de 
racionalidade, de organização do mundo e 
a fixação de um suposto consenso para 
legitimar os ordenamentos segundo 
determinada visão de mundo. 
O leitor que acumula, atualiza e 
ressignifica constantemente seu capital 
cultural e intelectual por meio da leitura, 
aumenta as chances de acessar diferentes e 
novospadrões discursivos. Nessa direção, 
a leitura é um jogo, onde o perdedor é 
quem não sabe fazer uso social da leitura e 
da escrita, logo, não sabe fazer-se entender 
por meio de textos, pode até ler, mas não 
decifra, não interpreta e não compreende 
as regras do jogo, as redes de 
conhecimento emanadas a partir do texto. 
Lya Luft 
Brasileiro não gosta de ler? 
A meninada precisa ser seduzida. 
Ler pode ser divertido 
e interessante, pode entusiasmar, distrair e 
dar prazer 
Não é a primeira vez que falo nesse assunto, o 
da quantidade assustadora de analfabetos deste 
nosso Brasil. Não sei bem a cifra oficial, e não 
acredito muito em cifras oficiais. Primeiro, 
precisa ser esclarecida a questão do que é 
analfabetismo. E, para mim, alfabetizado não é 
quem assina o nome, talvez embaixo de um 
documento, mas quem assina um documento 
que conseguiu ler e... entender. A imensa 
maioria dos ditos meramente alfabetizados não 
está nessa lista, portanto são analfabetos – um 
dado melancólico para qualquer país civilizado. 
Nem sempre um povo leitor interessa a um 
governo (falo de algum país ficcional), pois 
quem lê é informado, e vai votar com relativa 
lucidez. Ler e escrever faz parte de ser gente. 
Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas 
porque em nossa casa livro era um objeto 
cotidiano, como o pão e o leite. Lembro de 
minhas avós de livro na mão quando não 
estavam lidando na casa. Minha cama de 
menina e mocinha era embutida em prateleiras. 
Criança insone, meu conforto nas noites 
intermináveis era acender o abajur, estender a 
mão, e ali estavam os meus amigos. Algumas 
vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e 
dando risadas com a boneca Emília, de 
Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia 
mil artes e todo mundo achava graça. (...) 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
19 | P á g i n a 
 
O analfabeto funcional é um exemplo de 
leitor que apenas decodifica os textos 
realizando análises superficiais ou não 
realizando. 
Nesse jogo, há de haver uma 
dinâmica de fruição e de interação em 
que o autor aciona sistemas de 
conhecimento disponíveis em sua 
memória, ele seleciona modelos 
discursivos, faz escolhas linguísticas e 
utiliza estratégias convenientes à sua 
intencionalidade, ao leitor e à situação 
dada, com o intuito de fazer-se entender. 
O leitor, por sua vez, entra na regra do 
jogo, que é acionar seu acervo, 
identificar, reconhecer as escolhas e 
seleção realizadas pelo escritor e atribuir 
sentido ao texto e às condições de 
elaboração e de circulação. 
Tal como afirma Paulo Freire: 
 ―Não basta saber que Eva viu a uva. 
É preciso compreender qual a posição 
que Eva ocupa no seu contexto social, 
quem trabalha para produzir a uva e 
quem lucra com esse trabalho.‖ 
(FREIRE, Paulo. Pedagogia do 
oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e 
Terra). 
 Como se observa, em seu sentido 
amplo, a leitura de mundo precede à 
leitura da palavra, e esse mecanismo 
aciona saberes necessários à mobilidade 
e às práticas sociais, porque ler é um ato 
(...) E a escola não conseguiu estragar esse meu 
amor pelas histórias e pelas palavras. Digo isso 
com um pouco de ironia, mas sem nenhuma 
depreciação ao excelente colégio onde estudei, 
quando criança e adolescente, que muito me 
preparou para o mundo maior que eu 
conheceria saindo de minha cidadezinha aos 18 
anos. Falo da impropriedade, que talvez exista 
até hoje (e que não era culpa das escolas, mas 
dos programas educacionais), de fazer 
adolescentes ler os clássicos brasileiros, os 
românticos, seja o que for, quando eles ainda 
nem têm o prazer da leitura. Qualquer menino 
ou menina se assusta ao ler Macedo, Alencar e 
outros: vai achar enfadonho, não vai entender, 
não vai se entusiasmar. Para mim esses 
programas cometem um pecado básico e fatal, 
afastando da leitura estudantes ainda imaturos. 
Como ler é um hábito raro entre nós, e a 
meninada chega ao colégio achando livro uma 
coisa quase esquisita, e leitura uma chatice, 
talvez ela precise ser seduzida: percebendo que 
ler pode ser divertido, interessante, pode 
entusiasmar, distrair, dar prazer. Eu sugiro 
crônicas, pois temos grandes cronistas no 
Brasil, a começar por Rubem Braga e Paulo 
Mendes Campos, além dos vivos como 
Verissimo e outros tantos. Além disso, cada um 
deve descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, 
talvez, pela vida afora. Não é preciso que todos 
amem os clássicos nem apreciem romance ou 
poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, 
explorações, viagens, astronáutica ou 
astronomia, história, artes, computação, seja o 
que for. 
O que é preciso é ler. Revista serve, jornal é 
ótimo, qualquer coisa que nos faça exercitar 
esse órgão tão esquecido: o cérebro. Lendo a 
gente aprende até sem sentir, cresce, fica mais 
poderoso e mais forte como indivíduo, mais 
integrado no mundo, mais curioso, mais ligado. 
Mas para isso é preciso, primeiro, alfabetizar-
se, e não só lá pelo ensino médio, como ainda 
ocorre. Os primeiros anos são fundamentais não 
apenas por serem os primeiros, mas por 
construírem a base do que seremos, faremos e 
aprenderemos depois. Ali nasce a atitude em 
relação ao nosso lugar no mundo, escolhas 
pessoais e profissionais, pela vida afora. Por 
isso, esses primeiros anos, em que se aprende a 
ler e a escrever, deviam ser estimulantes, 
firmes, fortes e eficientes (não perversamente 
severos). Já se faz um grande trabalho de leitura 
em muitas escolas. Mas, naquelas em que com 
9 ou 10 anos o aluno ainda não usa com 
naturalidade a língua materna, pouco se pode 
esperar. E não há como se queixar depois, com 
a eterna reclamação de que brasileiro não gosta 
de ler: essa porta nem lhe foi aberta. 
 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
20 | P á g i n a 
 
político, um direito à construção dos 
sujeitos e de sua racionalidade. Leitura é 
uma prática intimamente ligada à 
formação das consciências. 
 Logo, a leitura dá ensejo à 
compreensão dos engendramentos, ou 
seja, das relações de poder, do 
funcionamento das engrenagens da 
sociedade. Cabe, portanto, desenvolver o 
mais possível as competências e as 
habilidades de leitura e de escrita no 
âmbito social para o exercício de qualquer 
atividade, mas, em especial, a que 
envolve as garantias de direitos 
inalienáveis quanto o é na Segurança 
Pública. 
PROTAGONISMO DISCENTE: 
Caro aluno, 
 A postura de centralidade comum ao 
protagonismo, favores a construção das 
competências e habilidades relativas à 
leitura e à escrita em sua dimensão social. 
Tema para debate em grupo: 
Por que o analfabetismo funcional é um entrave para o exercício da cidadania? 
Apresente três aspectos importantes: 
 
 
O CONCEITO DE LEITURA NOS 
DOCUMENTOS OFICIAIS. 
 
O ensino da leitura e da escrita é umas das 
principais tarefas da escola, já que se 
configurou como importante instrumento para 
que as pessoas exerçam seus direitos, possam 
trabalhar, participar da sociedade, aprender e 
desenvolver novas habilidades ao longo da 
vida. 
No contexto escolar, a leitura e a escrita são 
fundamentais em qualquer uma das 
disciplinas, por isso, em cada ano escolar, o 
aluno precisa desenvolver capacidades, 
habilidades e estratégias de ler e de escrever, 
para atender às demandas curriculares. 
Mesmo vivendo na época denominada como 
―Era da Informação‖, que possibilita o acesso 
rápido à leitura de diferentes textos, constata-
se, de acordo com dados do Instituto Nacional 
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira-Inep (on line, acesso em 23-01-
2010), o alto índice de analfabetos funcionais, 
ou seja, pessoas que dominam o código 
linguístico, porém não desenvolveram 
habilidades de compreensão e interpretação. O 
Brasil apresenta cerca de 16 milhões de 
analfabetos com quinze anos ou mais e 30 
milhões de analfabetos funcionais. Diante 
desse quadro, estudos, como o ―Mapado 
Analfabetismo no Brasil‖ (INEP, on line, 23-
01-2010), são realizados, assim como 
avaliações oficiais de leitura, visando à 
melhoria da qualidade da educação, 
especificamente no que se refere à leitura. 
 
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signu
m/article/viewFile/7500/6981 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
21 | P á g i n a 
 
 
 ACONTECEU... 
BLOGS COMO EVENTOS DE LETRAMENTO 
Daniel Dantas 
 
As preocupações com a formação do sujeito como agente social têm passado, nas 
últimas décadas, pela discussão das noções de letramento e alfabetização, inclusive pelas 
tentativas de relacionar esses campos teóricos. Acreditamos que o campo virtual da 
Internet e a cibercultura* a ele filiada e correspondente são importantes espaços onde se 
inserem questões de letramento. Tais questões se tornam nítidas e necessárias em 
relação ao nosso campo de pesquisa, os blogs, e ao nosso objeto, os processos de 
intersubjetividade virtual na leitura de blogs. Na tentativa de entender o letramento, ou 
letramentos diversos, é interessante a definição de pelo menos quatro conceitos mais 
básicos: o próprio conceito de letramento, as noções de eventos, práticas e mundos de 
letramento. 
Assim, em primeiro lugar, quando nos propomos a discutir o letramento, buscaremos 
uma forma de conceituação. Corroborando com Marcuschi (2001: 15, nota 2), definimos 
letramento como se constituindo em eventos nos quais se manifestam a escrita, a 
compreensão e a interação de forma profundamente imbricada. Ainda nesse sentido, 
destacamos que, para Soares (2000), letrar-se é adquirir condições de fazer uso social 
das habilidades de ler e escrever. Ampliando esta noção, Macedo (1990: 107) defende 
que um sujeito se torna letrado quando pode fazer uso da língua para a reconstrução 
social e política, ou seja, quando se torna capaz de ler o mundo. 
Uma outra definição importante do conceito é dada por Street (1993), que cita Rockhill, 
quando afirma que o letramento está mergulhado nas práticas discursivas e nas relações 
de poder. Dessa forma, ele é socialmente construído, materialmente produzido, 
moralmente regulado e carrega um significado simbólico que não pode ser captado por 
uma redução a qualquer destes aspectos (ROCKHILL apud STREET, 1993: 8-9). Além 
disso, Street (1993) afirma que a aquisição do letramento potencializa o sujeito a 
desafiar o discurso dominante. Como veremos adiante, esta noção aproxima-se à visão 
da pedagogia crítica. 
Contemporaneamente tem-se falado bastante sobre formas de letramento envolvidas 
pelo desenvolvimento das novas mídias digitais e virtuais. O computador e a Internet 
têm propiciado espaço para que surja uma nova noção de letramento: o letramento 
digital. O ser letrado digitalmente significa ter capacidade de participar, de forma ativa, 
de eventos de letramento ocorridos no campo virtual, ou simplificando, na Internet. A 
Internet é o espaço que privilegia a interação social por meio do uso ativo da leitura e da 
escrita. Desse modo, fenômenos como blogs se caracterizam como eventos de 
letramento digital.(...) 
http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais15/Sem11/danieldantas.htm 
Observe que: 
O texto apresenta reflexões sobre o leitor como um agente social e sobre a leitura em 
contexto digital, espaço que privilegia a interação por meio da leitura e da escrita. 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
22 | P á g i n a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS... 
 
Livro: 
A Importância do ato de Ler. Paulo Freire 
Texto disponível na íntegra em: http://educacaointegral.org.br/wp-
content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf 
 
Livro que apresenta grandes contribuições sobre a importância da leitura de 
mundo para a cidadania. 
 
Vídeo: 
A importância do ato de Ler. (8‖22) 
Vídeo apresenta uma reflexão sobre ato de ler como estratégia na superação de 
obstáculo e de conflitos. 
Direitos humanos 13: A formação dos policiais.( 2‖18) 
Vídeo trata da importância da Educação na formação do Policial Militar 
cidadão. 
 
http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf
http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
23 | P á g i n a 
 
AULA Nº 03– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ 
 
 
1. LINGUAGEM E PODER 
A vida em sociedade pressupõe 
convívio e intercâmbio entre os homens por 
meio de uma linguagem (gestos, sinais 
luminosos ou palavras). Os vínculos sociais 
dependem, nesse sentido, da linguagem. 
Mas além de seu caráter instrumental, é 
preciso reconhecer a complexidade da 
linguagem, pois os atos comunicativos 
permitem a construção da memória 
individual e social, permitem construir e 
consolidar visões de mundo, a história das 
mentalidades, dos grupos e das instituições, 
como por exemplo, a PMERJ. 
Segundo Fiorin, ―o sujeito é formado 
pelo discurso, pois o homem aprende como 
ver o mundo pelos discursos que assimila e, 
na maioria das vezes, reproduz esses 
discursos e sua fala.‖ (p.35) Mas se por um 
lado, a linguagem não se reduz à ideologia, 
o sujeito não é passivo com relação ao que 
internaliza, podendo, inclusive contrapor-se 
à ideologia que os discursos veiculam. 
Cabe destacar que a linguagem é um 
importante instrumento de poder de tal 
importância para o Policial Militar quanto o 
é para os grupos marginais e 
 
A REDAÇÃO OFICIAL 
 A redação oficial deve caracterizar-
se pela impessoalidade, uso do 
padrão culto de linguagem, clareza, 
concisão, formalidade e 
uniformidade. Fundamentalmente 
esses atributos decorrem da 
Constituição, que dispõe, no artigo 
37: "A administração pública direta, 
indireta ou fundacional, de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência 
(...)". Sendo a publicidade e a 
impessoalidade princípios 
fundamentais de toda administração 
pública, claro está que devem 
igualmente nortear a elaboração dos 
atos e comunicações oficiais. 
 Não se concebe que um ato 
normativo de qualquer natureza seja 
redigido de forma obscura, que 
dificulte ou impossibilite sua 
compreensão. A transparência do 
sentido dos atos normativos, bem 
como sua inteligibilidade, são 
requisitos do próprio Estado de 
Direito: é inaceitável que um texto 
legal não seja entendido pelos 
cidadãos. A publicidade implica, 
pois, necessariamente, clareza e 
concisão. (...) 
manual de redação da presidência da república 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
24 | P á g i n a 
 
marginalizados. É por meio de atos de fala 
que grupos criminosos e facções também 
constroem suas identidades, marcam seu 
território, fazem apologia aos valores e 
tentam impor sua visão de mundo contrária 
à cultura da Paz. 
É em face à complexidade da 
linguagem que o Policial Militar deve 
comprometer-se com sua formação 
reconhecendo a importância da 
comunicação e da linguagem para o 
exercício de poder, da cidadania no âmbito 
da Segurança Pública tendo em vista que os 
atos comunicativos envolvem relações de 
poder, a defesa de direitos, deveres, 
condutas e hierarquia, a consolidação de 
normas, disputas e mediação de conflitos. 
2. A COMUNICAÇÃO OFICIAL 
O processo de comunicação interna 
utilizado pela instituição no plano 
administrativo é de fundamental 
importância. Essa comunicação ocorre de 
forma escrita, por meio de ofícios e demais 
documentos oficiais. 
A correspondência oficial e comercial 
são meios de que se dispõe para manter a comunicação em serviços. Essas mensagens 
escritas compreendem documentos lavrados, expedidos e recebidos. 
 A redação oficial obedece a preceitos e normas. Apresenta as seguintes 
características: 
1. Clareza absoluta – entendimento fácil e rápido da mensagem; 
2. Concisão – ideias dispostas com um mínimo de dispêndiode palavras; 
3. Correção gramatical – adequação aos critérios gramaticais da norma culta; 
 
A Linguagem dos Atos em 
Comunicações Oficiais 
 A necessidade de empregar 
determinado nível de linguagem nos atos 
e expedientes oficiais decorre, de um 
lado, do próprio caráter público desses 
atos e comunicações; de outro, de sua 
finalidade. Os atos oficiais, aqui 
entendidos como atos de caráter 
normativo, ou estabelecem regras para a 
conduta dos cidadãos, ou regulam o 
funcionamento dos órgãos públicos, o que 
só é alcançado se em sua elaboração for 
empregada a linguagem adequada. O 
mesmo se dá com os expedientes oficiais, 
cuja finalidade precípua é a de informar 
com clareza e objetividade. 
 As comunicações que partem dos 
órgãos públicos federais devem ser 
compreendidas por esse objetivo, há que 
evitar o uso de uma linguagem restrita a 
determinados grupos. Não há dúvida que 
um texto marcado por expressões de 
circulação restrita, como a gíria, os 
regionalismos vocabulares ou o jargão 
técnico, tem sua compreensão dificultada. 
 Ressalte-se que há necessariamente 
uma distância entre a língua falada e a 
escrita. Aquela é extremamente dinâmica, 
reflete de forma imediata qualquer 
alteração de costumes, e pode 
eventualmente contar com outros 
elementos que auxiliem a sua 
compreensão, como os gestos, a entoação, 
etc., para mencionar apenas alguns dos 
fatores responsáveis por essa distância. Já 
a língua escrita incorpora mais lentamente 
as transformações, tem maior vocação 
para a permanência, e vale-se apenas de si 
mesma para comunicar. 
 
Manual de redação da presidência da 
república 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
25 | P á g i n a 
 
4. Polidez – o emissor da mensagem tem formação compatível com a função que 
exerce; 
5. Precisão – emprego da forma ideal (vocabulário) para expressar uma ideia; 
6. Impessoalidade – os interesses objetivos superam os subjetivos. 
3. PRONOMES DE TRATAMENTO 
Os Pronomes de Tratamento são tradicionais na língua portuguesa, com registros 
precisos a partir do século XVI. Passaram a ser empregados paralelamente aos 
pronomes ―tu‖ e ―vós‖, na representação da pessoa ou pessoas a quem se dirige a 
palavra oral e escrita. Consistem em uma fórmula de distinção e respeito, em que se 
invoca uma qualidade ou atributo da pessoa hierarquicamente superior, e não a pessoa 
em si. Na sociedade atual, são utilizados criteriosamente como forma de nos dirigirmos 
a autoridades civis, militares e eclesiásticas. 
 ACONTECEU... 
Diário do Comércio, Belo Horizonte 20-08-2009 
Escalado para representar a empresa no contato com a mídia e outros grupos de interesse, o 
porta-voz é habitualmente escolhido para a função por conta de atributos como posição na 
hierarquia empresarial, facilidade de falar em público, bom relacionamento interpessoal e 
conhecimento profundo dos negócios da companhia. 
No entanto, apesar dessas características, problemas relacionados à fala e à postura em 
público podem influenciar o discurso e afetar a imagem de toda a corporação. 
Segundo a especialista em Media Training (Treinamento de Mídia), Aurea Regina de Sá, os 
principais problemas de oratória que acometem muitos porta-vozes são má dicção, trejeitos 
exagerados, postura inadequada e vícios de linguagem. "Na maioria das vezes, o porta-voz 
não percebe em si mesmo essas falhas, e os demais profissionais da empresa têm receio de 
alertar para os erros", explica. "O que não se leva em consideração é que tudo que repercute 
além dos portões da corporação vira domínio público e essas falhas podem inverter o 
objetivo de divulgar positivamente a companhia", alerta. 
http://www.fonocomunicare.com.br/noticias/42-oratoria/48-porta-voz-oratoria-em-
xeque.html 
 
Observe que: 
O texto reflete sobre o impacto dos atos comunicativos para a imagem institucional, o que 
nos aponta para a importância da comunicação oficial no contexto da policia militar do Rio 
de Janeiro. Assim como o porta-voz de uma empresa tem papel relevante junto ao público, 
o profissional da segurança pública representa o Estado no contexto da segurança, devendo, 
portanto zela pela qualidade de seus atos comunicativos. 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
26 | P á g i n a 
 
Os principais Pronomes de Tratamento são: 
 Vossa Excelência – forma de tratamento atribuída às seguintes autoridades: 
Presidente da República, Ministros, Oficiais-Generais das Forças Armadas, Secretários 
de Estado dos governos Estaduais, Governadores, Prefeitos Municipais, Deputados, 
Ministros, Juízes, entre outros. 
 Vossa Senhoria – é empregado para as demais autoridades e para particulares. 
 Vossa Magnificência – Empregado na correspondência com Reitores de 
Universidades. 
 Vossa Santidade – forma de tratamento dirigida ao Papa. 
 Vossa Eminência – referente à Cardeal; 
 Senhor, Senhora, Senhores, Senhoras – formas de tratamento usadas 
principalmente na correspondência empresarial e particular. Escreve-se por extenso; a 
abreviatura é usada quando antecede o nome da pessoa. 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
27 | P á g i n a 
 
OBSERVAÇÃO: A tendência atual é não abreviar os pronomes de tratamento. Ao 
serem escritos por extenso, são facilmente identificados, imprimindo ao documento um 
caráter de formalidade e elegância. 
 
 
PROTAGONISMO DISCENTE 
A sua participação nas aulas e a realização de exercícios são maneiras de 
desenvolver as competências e habilidades, tais como: demonstrar domínio sobre a 
forma de preenchimento de documentos e de ser capaz de agir demonstrando domínio 
 
FORMAS 
 
SINGULAR 
 
PLURAL 
 
Excelentíssimo Senhor 
Meritíssimo 
Polícia Militar 
Exmo. Sr. 
MM. 
PM. 
Exmos. Srs. 
MM. MM 
PMs. 
 ACONTECEU... 
LEI Nº 443, DE 1º DE JULHO DE 1981. 
 
DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITARES DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 
 
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 
Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
 
ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITARES 
TÍTULO I 
GENERALIDADES 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos 
policiais-militares do Estado do Rio de Janeiro. 
Art. 2º - A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, subordinada ao Secretário de Estado de 
Segurança Pública, é uma instituição permanente, organizada com base na hierarquia e na disciplina, 
destinada à manutenção da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro, sendo considerada Força 
Auxiliar, reserva do Exército. 
Art. 3º - Os integrantes da Polícia Militar, em razão de sua destinação constitucional, formam uma 
categoria de servidores do Estado e são denominados policiais-militares. 
§ 1º - Os policiais-militares encontram-se em uma das seguintes situações: 
1. na ativa: 
a) os policiais-militares de carreira; 
b) os incluídos na Polícia Militar voluntariamente, durante os prazos a que se obrigaram a servir; 
c) os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, quando convocados; e 
d) os alunos de órgãos de formação de policiais-militares da ativa. 
(...) 
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/bc008ecb13dcfc6e03256827006dbbf5/b491b877b18a3c7903
2565a6005def48?OpenDocument 
 
Observe que: 
O fragmento acima é um dispositivo legal que apresenta direitos, deveres e hierarquia normatizados 
por documento oficial, cabendo ao Policial Militar identificar, compreender, interpreta, zelar r e 
respeitar as condutas por ele expressos. 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
28 | P á g i n a 
 
sobre a legislação, normas e requerimentos internos aplicados à função e seus trâmites 
no âmbito da segurança do cidadão. Mãos à obra, caro estudante. 
1. Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo: 
I- Os vínculos sociais independem de linguagem e de interação. 
II-Os documentos oficiais expressam hierarquia, direitos e deveres. 
III- A falta de formalidade é imprescindível à padronização dos documentos 
oficiais. 
(A) Somente a I está correta. 
(B) As opções I e III estão incorretas. 
(C) Todas estão incorretas 
(D) Somente a II está incorreta. 
 
2. Tema para reflexão em grupo: 
Qual a relação entre a capacidade comunicativa por meio de documentos policiais e o 
enunciado abaixo? 
 Ser capaz de coletar e analisar dados isolados transformando-os rapidamente em 
informações úteis; ser capaz de arrolar testemunhas e elementos informativos para o 
flagrante e ter conhecimento sobre os procedimentos administrativos são competências 
e habilidades a serem desenvolvidas pelo policial no ofício da segurança do cidadão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
29 | P á g i n a 
 
AULA Nº 04– DOCUMENTOS OFICIAIS DA PMERJ. CARACTERÍSTICAS 
DOS DOCUMENTOS OFICIAIS - MEMORANDO 
 
1. REGULAÇÃO SOCIAL POR MEIO DE ATOS 
COMUNICATIVOS 
Viver em grupo é próprio do humano, e isso 
só é possível porque existem convenções que 
normatizam comportamentos e condutas. A vida 
em sociedade depende, portanto, de um conjunto 
de normas reguladoras para o funcionamento das 
relações sociais e os processos de interação entre 
os membros de uma comunidade. 
Os atos comunicativos que afirmam, 
legitimam e prescrevem (tratados e 
constituições) são as Leis. E é por força da Lei 
que o Policial Militar constrói-se socialmente 
como um Agente do Estado e exerce sua 
autoridade. Seu dever é cumprir e fazer cumprir 
a Lei e zelar pela ordem Pública. Cabe-lhe 
respeito e obediência ao seu superior hierárquico, 
que também é, por força da Lei, um agente do 
estado no cumprimento da Lei, sem a qual o 
estado Democrático de Direito está sob ameaça. 
Assim sendo, o abuso da força a ele delegada por 
força da Lei e o abuso de poder são uma violação 
dos Direitos Humanos. 
 
Direito à vida, às liberdades em geral, ao 
devido processo legal, direito de não ser 
torturado, representam um estreito rol de 
direitos que a ONU tenta universalizar com 
o objetivo de tornar a barbárie apenas um 
dado histórico. 
A partir de um consenso de vários Estados 
(inclusive o Brasil) de que as atrocidades 
cometidas durante a Segunda Guerra 
Mundial não poderiam se repetir, sob pena 
da humanidade retornar à barbárie, criou-se 
um conjunto de direitos a serem colocados 
no topo do ordenamento jurídico, de forma 
que os próprios governos não pudessem 
revogá-los, mas a condição para isto 
dependeria da instalação de regimes 
democráticos. 
O real sentido dos direitos humanos é a 
proteção de todos, sem distinções. A lei, 
que está acima dos governos, é ―cega‖ e 
não distingue o homem de bem do 
criminoso. Contempla a todos com os 
mesmos direitos humanos na intenção de 
garantir a vida, as liberdades em geral, o 
devido processo legal a todos os cidadãos. 
Não se pode querer repudiar os direitos 
humanos pelo fato dos mesmos incidirem 
sobre todos. O repúdio deveria ser 
canalizado contra a cultura dos 
governantes perpetrada desde o início do 
Estado brasileiro, verdadeiros promotores 
da violência ao se omitirem na prestação 
dos serviços mais básicos. 
 Mas o repúdio que muitos têm ao que 
ficou conhecido como ―direitos humanos‖, 
deve-se ao fato dos criminosos se sentirem 
livres como se estivessem no estado de 
natureza, época em que não existia o 
Estado para regrar as condutas. 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
30 | P á g i n a 
 
A autoridade deve pautar-se nos princípios e fundamentos dos direitos Humanos. 
Daí a importância da formação do Policial Militar, que é recrutado em uma sociedade 
complexa, revelando-se, por vezes, conservadora e contraditória. E se essa sociedade 
pode revelar-se racista, sexista, homofóbica e preconceituosa, a formação do policial 
oriunda desta sociedade deve dar ensejo à reflexão sobre os paradoxos dessa sociedade 
e o Policial Militar deve comprometer-se com à desconstrução de estigmas e 
estereótipos reproduzidos e perpetuados por uma grande parcela da população. 
2. O QUE DEVE SER EVITADO NA REDAÇÃO OFICIAL 
A redação de atos oficiais deve obedecer ao rigor da norma culta e assim sendo, 
deve afastar-se de alguns usos comuns à linguagem informal. A natureza da linguagem 
da comunicação oficial é eliminar vícios de linguagem. Observe o que deve ser evitado: 
 A repetição de termos e palavras cognatas; 
 Expressões regionais; 
 Linguagem figurada e expressão com duplo sentido; 
 Palavras de língua estrangeira, exceto quando não existir palavra com tradução 
ou o uso for consagrado (royalties). Os termos devem ser escritos em itálico ou 
entre aspas; 
 Deve ser evitada a separação silábica, caso seja inevitável, a separação deve 
obedecer às regras da fonologia; 
 Não se deve separar números; 
 Deve-se evitar a separação de sílabas de nomes próprios; 
 A separação de palavras de língua estrangeira; 
 Separação de sílabas com hiatos; 
 SAIBA MAIS... 
Livro 
 O conceito de Leitura nos documentos oficiais. 
Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/7500 
O texto apresenta aspectos relevantes sobre a leitura nos documentos oficiais. 
 Manual de redação da presidência da república 
O site contém informações bem amplas sobre a documentação oficial. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm 
 Cartilha de redação e Correspondências Oficiais- Ifan 
O texto é mais um acervo ao alcance do aluno servindo-lhe como fonte de 
consulta para a elaboração de documentos oficiais. 
Disponível em: 
http://www.ifam.edu.br/portal/images/file/CARTILHA%20DE%20REDACAO%20E%20C
ORRESPONDENCIAS%20OFICIAIS-1.pdf 
 
 
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/7500
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
31 | P á g i n a 
 
 O uso impreciso de sinônimos. 
A liberdade que os criminosos têm para agir contrasta com a baixa efetividade do Estado no 
sentido de neutralizá-los aos limites aceitáveis de violência, visto que a violência é inerente 
ao ser humano, ranço da pré-história. É justamente a assimetria entre o Estado como protetor 
do cidadão e o criminoso que ignora as leis que gera nos homens de boa vontade repúdio aos 
direitos humanos, porque a representação desses direitos está sempre associada ao tratamento 
desumano do criminoso. Já é tempo de se construir uma associação dos direitos humanos às 
vítimas da violência, seja ela praticada pelo próprio Estado ou pelos criminosos. A partir daí é 
possível dar sentido aos direitos humanos à sociedade brasileira. 
Para potencializar esse fundamento que explica porque há tantas vozes contrárias aos direitos 
humanos, sobretudo nas forças de segurança, é preciso lembrar que o elemento cultural é um 
grande contribuinte para piorar o que não poderia ser pior. Refiro-me a um grande grupo de 
pessoas que não vive do crime propriamente dito, mas externaliza condutas violentas 
gratuitas, seja por discordar das origens do outro, seja porque o outro não pensa como ele. 
Exemplos não faltam onde o elemento ―cultura‖ representa o motivo da violência: violência 
contra os homoafetivos, contra as mulheres, contra grupos sociais vulneráveis e assim por 
diante. 
Infelizmente parte da sociedade é extremamente violenta pelo simples fato de não aceitar as 
diferenças dos outros. Considerando que a sociedade brasileira ainda se encontra neste 
estágio, significa que a violência está mais ramificada do que se imagina.(...) 
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 
 
32 | P á g i n a 
 
3. Correspondência Interna 
Constitui a mais simples forma de correspondência interna, utilizada entre 
unidades administrativas de um mesmo órgão para comunicar ou solicitar providências, 
serviços, informações ou esclarecimentos, encaminhar documentos e tratar de assuntos 
referentes à administração. Constitui um instrumento

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