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ATIVIDADE INDIVIDUAL AVALIATIVA COORDENAÇÃO: CURSO: DIREITO DISCIPLINA: BENS E NEGÓCIOS JURÍDICOS NOME: Priscila de Sousa Ferreira PROF.: NATÁLIA GORETI BARROS TOMÁS DATA: 25/11/2020 GRAU: A2 TURNO NOITE MATRÍCULA: 20192100466 Instruções: A cada questão objetiva foi atribuído o valor de 1 (um) ponto e para as discursivas o valor de 2 (dois) pontos. A ATIVIDADE DEVERÁ SER POSTADA ATÉ O DIA 30/11 1ª. Parte: questões objetivas (justifique a alternativa correta em no máximo 3 linhas) 1- Prescrição e decadência a) extinguem o direito de ação. b) extinguem, respectivamente, o direito potestativo e a pretensão. c) extinguem, respectivamente, a pretensão e o direito potestativo. d) extinguem a pretensão. e) extinguem o direito subjetivo. Letra C. Direito potestativo. A prescrição é extinção da pretensão, esta nasce com a violação do direito e extingue-se pela prescrição. Quanto à decadência, esta é o prazo de exercício do direito potestativo, findo este prazo, extingue-se o direito potestativo pois ocorre a decadência. 2- Quanto à validade dos negócios jurídicos, considere as seguintes afirmações e responda: I - É nulo o negócio jurídico quando apresente objeto impossível ou indeterminável. II - É nulo e ineficaz o ajuste contratual que tem por objeto bem vinculado de inalienabilidade, feito sem autorização judicial, em razão da ilicitude de seu objeto. III - É nulo o negócio jurídico celebrado com vício resultante de dolo, coação, estado de perigo ou fraude. IV - É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for, na substância e na forma. a) Apenas I e III estão corretas. b) Apenas II e IV estão corretas. c) Apenas a alternativa III está incorreta. d) Apenas as alternativas I e IV estão incorretas. e) Nenhuma alternativa está correta. A alternativa III está incorreta. - Art. 171 CC - Além dos casos expressamente declarados em lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 3- Para o Código Civil, o abuso do direito a) é previsto como ato ilícito e gera responsabilidade ao agente ofensor, por desvio da finalidade social e econômica do ato tido por abusivo. b) é previsto como ato ilícito, mas não gera responsabilidade ao agente ofensor, por não se tratar de ato ilegal. c) é previsto como ato lícito, não gerando responsabilidade ao ofensor. d) não é previsto no Código Civil, mas apenas na doutrina e na jurisprudência. e) é previsto como ato ilícito, gerando apenas a possibilidade de desfazimento do ato, sem outras cominações legais. Letra A. Art. 187 do CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 4- Segundo o Código Civil, a) a deterioração ou a destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente, constitui ilícito. b) o abuso do direito é um ato ilícito, cometido por quem, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. c) o negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. d) o negócio jurídico simulado, com subsistência do ato dissimulado, se for eficaz na substância e na forma, é anulável. e) o vício resultante do estado de perigo gera a ineficácia do negócio jurídico. Letra B. O art. 187 traz o chamado ilícito equiparado, que é o abuso de direito. Ele se traduz no exercício irregular de um direito. Os parâmetros que a lei traz para a verificação se o abuso de direito está ou não configurado é: fim econômico ou social; boa fé; bons costumes. 2ª. Parte: questões discursivas (responda em no máximo 5 linhas) 1- Júlia e Mateus, noivos e sem experiência acerca de imóveis, decidiram comprar um apartamento. André, corretor de imóveis que os atendeu, percebendo a inexperiência do casal, alterou o valor do contrato de venda e compra do imóvel para três vezes acima do preço de mercado. O contrato foi celebrado e, no ano seguinte, após terem pago a maior parte das parcelas, em uma conversa com um amigo corretor de imóveis, Júlia e Mateus descobriram o caráter abusivo do valor entabulado e decidiram ajuizar uma ação com o objetivo de permanecerem no imóvel e serem ressarcidos somente do valor excedente já pago. Considerando a situação hipotética, em conformidade com o disposto no Código Civil, deve ser alegado algum vício de consentimento no respectivo negócio jurídico? Justifique. A lesão, sendo possíveis a revisão judicial bem como a anulação do negócio jurídico. Art. 157 do CC, ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Vale ressaltar que o negócio jurídico não será nulo se a outra parte oferecer suplemento suficiente. § 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. 2- Paulo, assim que ficou viúvo, casou-se com a sua enteada, Amanda. Dez anos após a celebração do casamento o Ministério Público, com base no artigo 1.549 do Código Civil, requer a nulidade do mesmo, haja vista a expressa proibição quanto ao casamento das pessoas unidas pelo parentesco (parentesco por afinidade da linha reta, enteada e padrasto, proibido pelo art. 1521, inc. II do CC). O casal indaga que não seria possível, depois de tanto tempo. Pode ser alegada a prescrição ou a decadência após os 10 anos? Justifique com base na doutrina.: (2p) Decadência. Nos termos do artigo 1.560, III, do Código Civil, é de 3 (três) anos o prazo decadencial para a propositura da ação anulatória do casamento civil, sob a justificativa, prevista nos artigos 1.550, III, 1.556, 1.557, I e III, todos do Código Civil, de ocorrência de erro essencial, consubstanciado no erro acerca da honra e boa fama, além da ignorância, anterior ao casamento, da impotência coeundi. Não observado o prazo, o processo deve ser extinto por força do disposto no artigo 269, IV, do CPC. 3- Maria compra uma bela casa e duas semanas após a compra, sentiu-se incomodada com uma janela da casa vizinha, aberta a 80 cm da linha divisória entre os dois terrenos. Maria se sente invadida em sua privacidade e decide tomar uma providência. Os vizinhos argumentam que aquela situação já existia em relação aos antigos proprietários, com quem conviveram ao longo de 8 anos. Maria pesquisou no Código Civil e verificou que os artigos 1.301 e 1.302 do Código dá ao prejudicado o prazo de um ano e um dia para reclamar. Pergunta-se: (2p) a) – O direito previsto no art.1302 do Código Civil é subjetivo ou potestativo? Explique. Potestativo. Conforme disposto no art. 1.302 do CC, o proprietário poderá no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que sejam desfeitas janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não poderá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo antecedente. Ou seja, o prazo que se iniciou a partir da conclusão da obra, não permite que Maria conteste sua privacidade, visto que o caso já ocorre ao longo de 8 anos, nesse caso impera o direito potestativo, sem direito a contestações. b) – O prazo em questão é de prescrição ou decadência? Justifique. Decadência, visto que Maria teve perda efetiva de um direito que não foi não requerido no prazo legal.
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