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00 - Aula-AFRFB-Definicao-de-Tributo-e-Especies-Tributarias

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Matéria: Direito Tributário 
Professor: Cadu Carrilho 
Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Cadu Carrilho 
 
Prof. Cadu Carrilho 2 de 117 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Esse é um curso de Direito Tributário para o cargo de Auditor 
Fiscal da Receita Federal do Brasil. Em função da notícia da 
saída da ESAF como a banca examinadora desse concurso, 
fizemos a reformulação das questões para todas as bancas, com 
ênfase na FCC e na CESPE. 
Olá!!! Eu sou o Professor Cadu Carrilho. Fui aprovado em PRIMEIRO LUGAR 
em um dos concursos mais difíceis do BRASIL, Auditor Fiscal da Receita 
Estadual do Rio de Janeiro, famoso ICMS-RJ, cargo que ocupo hoje. 
Além disso, passei no concurso de Auditor Fiscal da Prefeitura de São 
Paulo, chamado de ISS-SP, em 2007, ocupei esse cargo por 4 anos. Fui 
aprovado e ocupei o cargo de Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 
em 2006. Aprovado também no concurso de Auditor Fiscal da Prefeitura do Rio 
de Janeiro em 2010. Sou formado em Ciências Navais pela Escola Naval, quase 
me formando em Direito e com uma especialização em Direito Tributário. No 
mundo dos concursos dou aulas nas matérias de Legislação Tributária 
Estadual, Direito Tributário e Direito Empresarial. É uma trajetória que me 
enche de orgulho, não o orgulho altivo, mas o de saber que obtive esses 
resultados em função de muita dedicação e sacrifício. Foi um investimento 
bem grande de recursos, tempo e aprendizado. E tenho ajudado outros a 
alcançarem esse mesmo sucesso há alguns anos. Então, nosso objetivo é usar 
toda essa experiência e bagagem no mundo dos concursos a te ajudar a ter o 
melhor material. E proporcionar um EXCELENTE RESULTADO nesse 
concurso tão difícil. Tenha convicção de que o seu esforço será recompensado, 
só depende de você. 
É com base nessas aprovações que venho aqui apresentar e oferecer um 
excelente material, mas não basta o material ser bom, é preciso que gere o 
resultado e atenda as expectativas. O RESULTADO PRETENDIDO é a sua 
aprovação no concurso, fazendo você mandar muito bem na prova de Direito 
Tributário que tem um peso significativo no concurso. O objetivo desse conteúdo 
é deixar você apto a “arrebentar” na prova de Direito Tributário. 
 O curso é feito tendo como base os melhores materiais, com a teoria 
necessária e adequada a um correto aprendizado. Além disso, teremos muitos 
esquemas que ajudam a melhor compreensão do conteúdo. Haverá muitos 
exercícios, essa ideia de fazer muitos exercícios norteia nossos trabalhos aqui 
no exponencial, pois a experiência nos mostra que os exercícios são ferramentas 
indispensáveis à aprovação. Eu, no intuito de facilitar a vida do aluno, procuro 
colocar no corpo da aula a reprodução da letra da lei, porque, se você for 
reparar, a grande maioria das questões de Direito (qualquer um) nas provas de 
concurso, cobra a literalidade da lei. 
Apresentação 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Cadu Carrilho 
 
Prof. Cadu Carrilho 3 de 117 
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Assim, você não vai precisar abrir nenhum outro livro, código ou site para 
alcançar o conteúdo explicado, pois já estará ali, à sua disposição. Fica a dica!!! 
Vamos nos ater também à jurisprudência, no que for cabível, já que as 
decisões do STF e STJ são usadas pelas bancas para elaborar questões com uma 
certa frequência. Então, como concurseiro, sempre gostei muito de ver no corpo 
da teoria o artigo citado 
Nosso trabalho principal é facilitar seus estudos, de maneira que não seja 
necessário nenhum outro material complementar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Letra da Lei e
Jurisprudência
Esquemas 
e
Exercícios
Teoria
Estilo do Curso 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
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Aula Conteúdo 
00 Sistema Tributário Nacional. Tributo: definição e espécies - impostos, 
taxas 
01 Tributo: definição e espécies contribuição de melhoria, empréstimos 
compulsórios, contribuições especiais. 
02 Competência tributária. Capacidade tributária. Repartição de receitas 
tributárias. 
03 Limitações ao poder de tributar 1: Princípios gerais. 
04 Limitações ao poder de tributar 2: Imunidade. Incidência e não 
incidência. Isenção. 
05 Impostos da União. Impostos dos Municípios. 
06 Impostos dos Estados e do Distrito Federal 
07 Legislação tributária: fontes do Direito Tributário, vigência, 
aplicação, integração e interpretação. 
08 Obrigação tributária: principal e acessória. Fato gerador. Base de 
cálculo. Alíquota. Sujeito ativo. Sujeito passivo: contribuinte e 
responsável. Domicílio tributário. 
09 Responsabilidade solidária, responsabilidade de terceiros, 
responsabilidade por infrações. 
10 Crédito tributário: lançamento - efeitos e modalidades. 
11 Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário. 
12 Administração tributária - fiscalização, regulamentação, 
competência, limites, procedimentos. Dívida ativa - certidão 
negativa. Garantias e privilégios. 
13 Simples Nacional – Lei Complementar nº 123/2006 e alterações 
 
A ideia desse cronograma é poder fazer uma divisão equitativa em termos 
de conteúdo, de maneira que as aulas tenham um número similar de páginas, 
principalmente em relação à parte teórica. Acho que a divisão ficou boa!! 
Perceba também o enfoque em fazermos muitas questões e recentes. 
Visto isto, vamos em frente! 
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Direito Tributário 
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SUMÁRIO 
1 - Conceito de Tributo ........................................................................8 
2 - Espécies de Tributo ...................................................................... 15 
3 - Classificação dos Tributos ............................................................ 19 
3.1- Quanto a Hipótese de Incidência ...................................................... 19 
3.2- Quanto ao Destino da Arrecadação .................................................. 21 
3.3- Quanto à Finalidade ....................................................................... 22 
3.4- Natureza Jurídica dos Tributos ......................................................... 23 
4 - Impostos ..................................................................................... 26 
4.1- Princípio da Não Afetação ............................................................... 28 
4.2- Classificação dos Impostos ............................................................. 28 
4.2.1 - Impostos Direitos e Indiretos .................................................................. 29 
4.2.2 - Impostos Proporcionais, Progressivos ou Regressivos ................................ 30 
4.2.3 - Impostos Classificados Segundo o CTN .................................................... 31 
4.2.4 - Impostos Reais e Pessoais ...................................................................... 31 
4.3- Capacidade Contributiva dos Impostos ............................................. 32 
5 - Taxas ........................................................................................... 33 
5.1- Taxa de Serviço ............................................................................ 34 
5.2- Taxa de Polícia .............................................................................. 36 
5.3- Base de Cálculo das Taxas .............................................................. 39 
5.4 - Taxas e Preço Público .................................................................... 41 
6 – Questões Comentadas ................................................................. 44 
7 – Lista de Exercícios .......................................................................91 
8 – Gabarito .................................................................................... 117 
 
 
 
Aula 00 – Tributo, Definição e Espécies: impostos e taxas 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Cadu Carrilho 
 
Prof. Cadu Carrilho 6 de 117 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Seja bem-vindo ao curso de Direito Tributário. Como bem sabemos, o 
Direito, como ciência jurídica, é um sistema jurídico completo e integrado de 
princípios, normas, leis e regras impostas pelo Estado. No entanto, para fins 
didáticos e para questões de concursos públicos, existe sim a divisão entre os 
ramos do Direito. Vamos nos ater a um desses ramos considerado autônomo, 
o Direito Tributário. Observação importante, quando me refiro a Estado, estou 
falando sobre os entes estatais previstos na Constituição Federal, União, 
Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios. 
Existe também a clássica divisão do Direito em Público e Privado, essa 
classificação varia de acordo com o critério doutrinário, independentemente do 
critério adotado, o Direito Tributário é inserido como Direito Público. Já que é 
um ramo em que sempre uma das partes é o Estado, além disso, na aplicação 
do direito público deve prevalecer a supremacia do interesse público sobre o 
privado e a indisponibilidade do interesse público, vemos isso muito bem em 
Direito Administrativo. 
 
Portanto, podemos definir o Direito Tributário como o ramo jurídico de 
Direito Público didaticamente autônomo que estuda e analisa as relações 
jurídicas entre o Estado e o contribuinte, no que tange à instituição, fiscalização 
e arrecadação de tributos. 
 
Instituir tributo significa usar a imperatividade estatal para criar tributo, 
fiscalizar tem a ver com as atividades promovidas pela Administração Pública 
sobre o contribuinte e arrecadar significa o ato em que os recursos vão do 
contribuinte para o Estado. 
O Estado organizado precisa de recursos financeiros para manter sua 
estrutura e oferecer ao cidadão os serviços que lhe competem, atendendo à 
coletividade, além de diversas outros compromissos, obrigações e 
competências. Esses recursos financeiros são as receitas públicas. As receitas 
públicas obtidas pelo Estado são classificadas em originárias e derivadas. 
Receitas originárias são as obtidas pelo Estado quando age como um 
particular, são advindas de situações contratuais, decorrentes da exploração do 
patrimônio estatal. Exemplo de receita originária ocorre quando o Estado é dono 
de um imóvel e aluga esse imóvel para um particular, veja que esse particular 
paga o aluguel porque quis contratar, manifestou sua vontade com a assinatura 
do contrato de aluguel. Outros exemplos de receitas originárias são os 
dividendos obtidos quando o Estado é sócio de uma sociedade que obteve lucro 
e quando o Estado explora atividade econômica. Não há, na obtenção desse tipo 
de receita, coercitividade ou imperatividade estatal. Há igualdade nas relações. 
Receitas derivadas são as obtidas pelo Estado no uso do seu poder de 
império, utiliza as prerrogativas que lhe são próprias e sua soberania outorgada 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadasProf. Cadu Carrilho 
 
Prof. Cadu Carrilho 7 de 117 
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pela sociedade, para impor, por meio de lei, que as pessoas transfiram seus 
recursos financeiros. Não há manifestação de vontade do cidadão. São exemplos 
desse tipo de receita os tributos, as multas e as reparações de guerra. O imposto 
de renda é um bom exemplo de receita derivada, já que é cobrado da pessoa 
que obtenha renda de maneira coercitiva e sem análise de vontade do 
contribuinte. Nas receitas derivadas o Estado faz valer seu poder sobre o 
contribuinte. Para isso, o Estado edita leis. As partes aqui são desiguais. 
Os tributos são as principais fontes de receitas públicas derivadas obtidas 
pelo Estado. 
 
RECEITAS 
ORIGINÁRIAS DERIVADAS 
Relações de Dir. Privado Relações de Dir. Público 
Exploração do próprio patrimônio DERIVA do Poder de Império 
Natureza contratual Previsão legal 
Isonomia entre as partes Desigualdade entre as partes 
Ex: Alugueis, dividendos Ex: Tributos 
 
O Direito Tributário estuda os tributos e as relações jurídicas que 
ensejarão a cobrança, fiscalização e pagamento desses tributos, enquanto o 
uso, gasto e utilização desses recursos pelo Governo é estudado no Direito 
Financeiro e não será objeto de nossa análise. 
As relações jurídico-tributárias são aquelas em que o polo ativo é o 
ente tributante (pessoa jurídica de direito público) e o polo passivo é o sujeito 
passivo, contribuinte e devedor do tributo. 
É interessante também saber que o Direito Tributário se relaciona de 
perto com os outros diversos ramos do Direito, como Constitucional, 
Administrativo, Civil, Processual, e até mesmo o Penal. 
1. (FCC/INFRAERO/Advogado/2011) O imposto, a 
taxa e a contribuição de melhoria são, para o Estado, formas de receita 
a) derivada, derivada e originária, respectivamente. 
b) originária. 
c) derivada. 
d) derivada, originária e derivada, respectivamente. 
e) originária, derivada e derivada, respectivamente. 
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Teoria e Questões comentadas 
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Comentário: 
Os tributos são as principais fontes de receitas públicas obtidas pelos Estados. 
Imposto, taxa e contribuição de melhoria são espécies de tributo e são, 
portanto, considerados receitas derivadas. 
Gabarito 1: C 
 
2. (FCC/TCE-PR/Analista/2011) Com relação aos 
tributos, é correto afirmar que são considerados receita derivada e têm por 
finalidade obter recursos financeiros para o Estado custear as atividades que lhe 
são correlatas. 
Comentário: 
Os tributos existem para financiar e custear as atividades públicas e são 
considerados receitas derivadas. 
Gabarito 2: Correta 
 
 
O nosso estudo de Direito Tributário será feito de acordo com as previsões 
da Constituição Federal de 1988 (CF) e do Código Tributário Nacional 
(CTN) principalmente. A Constituição Federal estipula as regras e princípios 
tributários, as competências dos entes tributantes, além de impor limites ao 
poder de tributar e a manutenção das garantias e direitos individuais. É nela 
que tiraremos os princípios norteadores da nossa matéria. 
Essas previsões constitucionais compõem o chamado Sistema Tributário 
Nacional que estão lá do Artigo 145 a 162 da CF. Atente que as questões 
tributárias constitucionais não se esgotam nesses artigos. Precisamos conhecer 
o conceito de tributo. Essa definição não está prevista na Constituição e sim 
no Código Tributário Nacional (CTN). Antes de vermos a definição de tributo, é 
importante, desde já, sabermos qual o poder normativo do CTN. 
A Constituição Federal estipula quais as situações que serão reguladas por 
lei complementar. E em relação ao Direito tributário diz o seguinte: 
Constituição Federal - Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies (...) 
Portanto, cabe à lei complementar definir tributo. Encontramos essa 
definição no CTN, podemos afirmar, então, que o CTN é uma lei complementar. 
1 - Conceito de Tributo 
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Muita calma em relação a essa afirmação, ela é verdadeira, mas precisa ser 
melhor analisada. 
O CTN é a Lei 5.172 de 1966, foi aprovado, à época, como Lei Ordinária, 
até porque a constituição da época não previa a existência de lei complementar. 
O CTN é uma lei que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas 
gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Em 1988 foi 
promulgada à Constituição, pela lógica do sistema, conclui-se que o CTN apesar 
de formalmente ter sido aprovado como Lei Ordinária, foi recepcionado pela 
Constituição de 1967 como Lei Complementar em função, exatamente, desse 
artigo exposto acima e mantido esse status de Lei Complementar ao ser 
recepcionado também pela Constituição de 88. Tanto é que, caso o legislador 
queira alterar o CTN, precisa fazer isso por meio de lei complementar. 
Agora sim podemos concluir a afirmação sobre o poder normativo do CTN. 
O Código Tributário Nacional é materialmente conceituado como lei 
complementar, pois assim foi recepcionado pela CF e formalmente lei 
ordinária e, de acordo com a ordem constitucional, define tributo e as 
normas gerais de direito tributário. 
Definição legal de tributo: 
Código Tributário Nacional - Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
 
TRIBUTO é toda
prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir
prestação compulsória
que não constitua sanção e de ato ilícito
instituída em lei
cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada
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3. (FCC/SEGEP-MA/Técnico da Receita/2016) De 
acordo com a definição do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação 
a) compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo valor 
nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída pela 
legislação tributária e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial 
plenamente vinculada. 
b) pecuniária compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, 
cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial 
plenamente vinculada. 
c) compulsória, preferencialmente em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída pela legislação 
tributária e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
d) pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que 
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
e) compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que constitua 
ou não sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada 
mediante atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada. 
Comentário: 
Tributo, conforme o CTN, no Artigo 3º, é toda prestação pecuniária compulsória, 
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de 
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. 
Gabarito 3: D 
 
Vamos analisar cada um dos aspectos dessadefinição, dividindo em 5 
partes essa análise: 
 
Tributo é: 
- Prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir. 
O tributo é prestação que deve ser cumprida em dinheiro, considera-se 
redundante a expressão usada pelo CTN ao dizer “pecuniária” e “em moeda”. 
Pecúnia é dinheiro, é moeda. O objetivo aqui é deixar claro que não se deve 
pagar tributo em serviços (como serviço militar obrigatório ou serviços nas 
eleições), nem com bens e nem com mercadorias ou in natura. 
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O termo “cujo valor nela se possa exprimir” não deve ser entendido como 
a possibilidade, de pegar algo com valor econômico, como um bem ou uma 
mercadoria, e atribuir um valor que possa ser expresso em moeda pagando o 
tributo, isso não pode ser feito. Essa expressão deve ser analisada no sentido 
de que há autorização para que um tributo seja expresso em unidades fiscais 
de referência, chamados de indexadores, como UFIR, OTN, etc. 
 
Importante observação sobre essa regra de prestação pecuniária ocorre 
em relação a um tipo específico de situação de extinção do crédito tributário por 
meio da dação em pagamento de bens imóveis. O CTN prevê as 
possibilidades de extinção do crédito tributários, uma dessas é a possibilidade 
de extinção do crédito tributário por meio da dação em pagamento de bens 
imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei (CTN, Art. 156, inciso XI). 
Essa situação excepcional só é admitida, não obstante o conceito de tributo, 
porque está expressamente prevista no próprio código. Isso não quer dizer 
nenhum tipo de derrogação do artigo 3º. 
O Supremo Tribunal Federal (STF) já consolidou entendimento sobre a 
inconstitucionalidade de dação em pagamento de bens móveis, considerando 
uma lei inconstitucional que previa o pagamento de tributo em bens móveis, 
por ferir os princípios da licitação. E o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende 
que não se pode quitar ou compensar tributo com títulos da dívida pública. 
Conclusão, tributo deve ser pago em dinheiro como regra, admitindo-se 
na forma da lei, dação em pagamento de bens imóveis. 
 
- Prestação compulsória 
A compulsoriedade do tributo ocorre exatamente pela aplicação do poder 
de império do Estado, as pessoas não pagam tributo porque querem pagar, mas 
porque a lei determinada que sejam pagos. Tributo decorre de imposição legal. 
Somente a lei pode obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa. 
Independe da vontade do contribuinte. Compulsório é o contrário de 
voluntário, de facultativo. A Constituição autoriza que um ente crie um tributo, 
o ente faz uma lei instituindo o tributo, respeitando os princípios e garantias, 
ele deve ser pago pelo sujeito passivo. Não sendo pago, aplicam-se os 
mecanismos legais e judiciais de cobrança do tributo. 
 
- Não constitui sanção de ato ilícito 
O tributo não é punição, paga-se o tributo porque o legislador estipulou 
que uma determinada situação praticada pelo sujeito passivo enseja a cobrança 
do tributo, essa situação é chamada de fato gerador. 
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Fato gerador é uma situação abstrata prevista em lei que, quando ocorre 
no mundo concreto, enseja a cobrança do tributo. Portanto, muito importante 
saber que tributo não é multa e não deve ser confundida com essa. Mesmo se 
estivermos falando de infringência à legislação tributária que acarreta cobrança 
de multa tributária, você precisa ter convicção de que essa multa não é tributo. 
Pois, tributo não é punição por um ato ilícito. Tributo tem finalidade 
arrecadatória e interventiva e multa tem finalidade punitiva. 
Há uma outra análise interessante sobre essa previsão, falo da análise de 
fatos geradores que ocorrem em função da prática de um ato ilícito. Exemplo, 
banqueiro de jogo do bicho ou aquele que comercializa produtos ilícitos ou 
drogas, ambos auferem renda dessas atividades e, por isso, caracteriza-se o 
fato gerador do imposto de renda. Pela regra em comento, é devida a cobrança 
do imposto de renda, até mesmo nesses casos, mas não como sanção ao ato 
ilícito praticado, essa sanção deve até ocorrer pelas vias penais, e sim pela 
prática do fato gerador em comento. Portanto, ocorrido fato gerador é devido 
tributo, ocorrida a infração à legislação tributária deve ser cobrada multa como 
forma de punição. Tributo é poder fiscal do Estado, multa é poder de punir. 
Nessa situação temos o que a doutrina chama de princípio da pecúnia 
non olete, quer dizer dinheiro não tem cheiro. O imperador romano passeando 
com seu filho pelas ruas de Roma, mostra ao filho que cobra o tributo pelo uso 
das latrinas públicas, o filho questiona dizendo que seria uma situação ruim pelo 
fedor das latrinas, o imperador entrega uma moeda ao seu filho e pergunta: 
“tem algum cheiro?”, então, o dinheiro não tem cheiro, por isso cobramos 
independentemente de onde vem esse dinheiro. 
 
 
- Instituída em lei 
Todo tributo só existe e pode ser cobrado se houver lei. Há uma relação 
direta entre a previsão legal do tributo e a compulsoriedade. Essa parte da 
definição está ligada a questão do princípio da legalidade, vamos ver mais 
detalhadamente esse princípio tão relevante, as regras, as exceções entre 
outros detalhes. Afinal, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo 
senão em virtude de lei. 
TRIBUTO
• Não possui finalidade
sancionária.
• O objetivo é arrecadar e 
interfirir no cenário econômico e 
social.
MULTA
• É sanção por ato ilícito.
• O objetivo é coibir o ato 
ilícito.
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Nesse caso aqui, que fique claro, o fato de que, tem que ser lei em sentido 
estrito, ou seja, ato normativo emanado pelo Poder Legislativo, ou com força 
de lei como as medidas provisórias (MP) já que a Constituição atribui força 
de lei, não cabe instituição de tributo por decreto, resolução ou outros atos que 
compõem a chamada legislação tributária. 
Em regra, a instituição de tributo se dá por meio de lei ordinária, mas é 
preciso saber que há exceções, ou seja, alguns tributos podem ser instituídos 
por medida provisória (desde que se tornem lei), e alguns outros SÓ podem ser 
instituídos por lei complementar. 
 
- Cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada 
A cobrança do tributo deve ser feita pela autoridade competente que 
deve agir de acordo com o mandamento legal. Não há análise de oportunidade 
e conveniência, típica dos atos discricionários, por parte da agente, constatada 
a situação que enseja cobrança de tributo, deve ser feita a cobrança. A atividade 
tributária no que tange à cobrança do tributo é vinculada. 
Exemplo: não cabe ao fiscal ficar com pena de alguém e deixar de cobrar 
o tributo porque a situação do contribuinte está difícil, sua atividade de cobrança 
do tributo é plenamente vinculada. Esse termo “vinculado” aparece em outras 
situações da nossa matéria, existe a classificação dos tributos em tributos 
vinculados e não vinculados, outra classificação que separa em tributos de 
receita vinculada e receita não vinculada. São situações diferentes dessa que 
está na definição de tributo, aqui, esse termo é utilizado para a atividade de 
cobrança de todos os tributos que é vinculada. 
Olha que interessante, o tributo é compulsório, ou seja, o contribuinte 
tem que pagar e cobrado por meio de atividade vinculada, ou seja, a 
autoridade tem que cobrar. O contribuinte é obrigado a pagar e o agente, como 
representante doEstado, é obrigado a cobrar. 
 
Instituída em Lei
Criar ou extinguir
tributo
Sem exceção!
Regra: Lei Ordinária ou
Medida Provisória
Exceções: Lei 
Complementar
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4. (CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2017) A partir da 
definição legal de tributo, considerando-se o art. 3º e outras disposições 
constantes do Código Tributário Nacional, é correto afirmar: 
a) Tributo é toda prestação pecuniária, podendo constituir sanção de ato ilícito. 
b) Tributo é prestação em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, sendo 
vedado o uso de unidades fiscais para indexação. 
c) Tributo é pagável em dinheiro, mas também em bens imóveis, nos termos 
da lei. 
d) A característica de ser prestação compulsória denota a natureza de receita 
originária do tributo. 
Comentário 
a) Errada - Tributo não pode ser sanção de ato ilícito. 
b) Errada - Pode ser usado indexadores nos tributos. 
c) Correta - Em regra tributo deve ser pago em dinheiro, mas pode também, 
nos casos da lei, ser pago com bens imóveis. 
d) Errada - Tributo é receita derivada. 
Gabarito 4: C 
 
5. (CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2017) A partir da 
definição de tributo, é correto afirmar: 
a) O tributo é compulsório, mas essa característica não possui nenhuma relação 
com a garantia constitucional segundo a qual ninguém é obrigado a fazer ou 
deixar de fazer algo senão em virtude da lei. 
b) A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal firmou-se no 
sentido da possibilidade de medida provisória ser veículo idôneo para a 
instituição de tributo. 
c) Admite-se a edição de medida provisória sobre matéria reservada a lei 
complementar. 
d) Medida provisória não pode instituir imposto. 
Comentário 
a) Errada – A compulsoriedade do tributo tem tudo a ver com a questão da 
garantia constitucional da legalidade. 
b) Correta – Medida provisória, como tem força de lei, pode sim ser usada para 
instituir tributo. 
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c) Errada – A medida provisória não pode ser usada nos casos de tributos que 
só podem ser feitos por lei complementar. 
d) Errada – Imposto é um tipo de tributo, medida provisória pode sim instituir 
imposto, desde que siga os requisitos que aprenderemos mais à frente. 
Gabarito 5: B 
 
 
Precisamos conhecer todas as espécies tributárias que existem no nosso 
ordenamento jurídico. A clássica divisão em três tipos ou espécies de tributos 
está no CTN, a Constituição, no Artigo 145, aparentemente também prevê esses 
mesmos três tipos de tributos que podem ser instituídos pelos entes federados, 
mas essa análise não para por aí. Os tributos previstos pelo CTN são os 
impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Chamada de teoria 
tripartida. 
 
CTN - Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 
Porém, na nossa constituição, há previsão de outros dois tipos de exações 
a serem impostas ao cidadão que diferenciam-se dessas três, seriam o 
empréstimos compulsórios, no Artigo 148 e as contribuições especiais do 
Artigo 149 e 149-A. Durante um tempo houve uma discussão, se seriam ou não 
espécies tributárias distintas das demais, porém, tal discussão está superada, 
pois o STF, assim como a maioria da doutrina já consolidou entendimento, 
estabelecendo a chamada teoria pentapartida. 
Então, temos, hoje, cinco espécies tributárias de acordo com o 
entendimento do STF. São elas: impostos, taxas, contribuições de 
melhorias, empréstimo compulsórios e contribuições especiais. 
 
Espécies de tributos
Imposto Taxa
Contribuição 
de melhoria
Empréstimos 
compulsórios
Contribuições 
especiais
Teoria Tripartida 
(CTN)
Teoria Pentapartida 
(STF)
2 - Espécies de Tributo 
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Gostaria de, nesse momento, trazer à tona os tributos que temos previsão 
constitucional. O intuito é apenas dar uma pincelada para você já ter uma noção 
do que vem pela frente. Vamos falar detalhadamente sobre cada um deles no 
momento oportuno. Agora é só mesmo para ter uma visão geral. 
Os tributos podem ser instituídos pelos entes federados, União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios de acordo com as competências estipuladas 
pela Constituição. Lembrando, tributos podem ser: impostos, taxas, 
contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições especiais. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
 
Quanto aos impostos, temos que a União pode instituir 7 impostos (Art. 
156 da CF): imposto de importação (II), imposto de exportação (IE), imposto 
de renda (IR), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre 
operações financeiras (IOF), imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), 
imposto sobre grandes fortunas (IGF). 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
A União também pode instituir o imposto residual e o imposto 
extraordinário de guerra. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, 
(...) 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
(...) 
 
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Os Estados podem instituir 3 impostos (Art. 155), o imposto sobre a 
transmissão causa mortis e doação (ITCMD), o imposto sobre a circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação (ICMS) e o imposto sobre a propriedade de 
veículos automotores (IPVA). 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores. 
 
Os Municípios podem instituir 3 impostos (Art. 156), o imposto sobre a 
propriedade predial e territorial urbana (IPTU), o imposto sobre a transmissão 
“inter vivos” de bens imóveis (ITBI) e o imposto sobre serviços (ISS). 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, 
definidos em lei complementar. 
 
Em relação às taxas cada ente tem competência para instituir as taxas no 
que tangem às suas atribuições. Ou seja, taxa pode ser instituída por qualquer 
ente da federação, desde que se enquadrem nos requisitos constitucionais e 
legais para isso. As taxas podem surgir pela prestação de serviço público ou 
pelo exercício do poder depolícia. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados 
ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
 
As contribuições de melhorias são tributos que, assim como as taxas, 
podem ser instituídas por qualquer um dos entes da federação. 
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Contribuição de melhoria pode ser instituída quando ocorre valorização 
imobiliária decorrente de obra pública. 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
Os empréstimos compulsórios só podem ser instituídos pela União e 
dentro dos parâmetros constitucionais previstos. 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios: 
 
Vamos ver as contribuições especiais. São muitas e estão previstas em 
locais fora dos artigos que se referem ao Sistema Tributário. As contribuições 
especiais são divididas em contribuições sociais (com mais subdivisões), 
contribuições de intervenção no domínio econômico, contribuição de categorias 
profissionais ou econômicas, e as contribuições de iluminação pública. 
As contribuições sociais podem ser contribuições para a seguridade 
social, ou outras contribuições sociais e, por fim, contribuições sociais gerais. A 
constituição prevê várias contribuições sociais, sendo muitas delas da 
seguridade social. 
 
A União é competente para instituir quase todas essas contribuições acima 
descritas, com exceção das contribuições previdenciárias dos servidores dos 
outros entes, essas ficam a cargo de cada ente e as contribuições de iluminação 
pública (COSIP) que só podem ser instituídas pelos Municípios ou pelo DF em 
sua competência municipal. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, 
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas, (...) 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, 
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime 
previdenciário de que trata o art. 40 (...) 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, 
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação 
pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 
 
 
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6. (FUNDATEC/SEFAZ-RS/Técnico Tributário/2014) 
I - Pelo fato de o Art. 145 da Constituição Federal contemplar a expressão “os 
tributos são os seguintes: impostos, taxas e contribuição de melhoria”, o 
empréstimo compulsório e as demais contribuições não se enquadram como 
exação tributária. 
II - As espécies tributárias restringem-se às exações previstas no Capítulo I do 
Sistema Tributário Nacional, contido no Título VI – Da Tributação e do 
Orçamento, da Constituição Federal. 
Comentário: 
I – Errada – Aprendemos que o entendimento é de que existem 5 espécies 
tributárias e não apenas 3. 
II – Errada – Algumas contribuições especiais estão previstas em outros artigos 
da Constituição sem ser esses dentro do Sistema Tributário Nacional, vamos 
aprender detalhadamente sobre isso. 
Gabarito 6: E; E 
 
 
Antes de adentrarmos especificamente nos ditames de cada tipo de tributo, 
acho que é interessante aprendermos algumas classificações e divisões 
adotadas pela doutrina e pelas normas no que tange aos tributos. Essa 
classificação é feita levando em conta as peculiaridades de cada tipo de tributo 
e nos fornece uma visão geral, além de permitir as diferenciações importantes 
para entendimento de cada assunto. Ajudam, inclusive, a determinar 
competência, natureza jurídica, base de cálculo e destinação da receita. Essa 
classificação nos ajuda a compreender melhor cada tributo. 
 
 
Quanto a hipótese de incidência, que é a situação prevista pelo legislador 
como fato gerador da exação, os tributos podem ser vinculados e não-
vinculados. Essa classificação refere-se ao caso em que o fato gerador do 
tributo está relacionado ou não a uma contraprestação estatal. 
Tributo vinculado é aquele em que o fato gerador se vincula a alguma 
atividade estatal em prol do contribuinte, é cobrado quando ocorre um “fato 
do Estado”. Para que a cobrança do tributo aconteça é preciso que o ente 
cobrador realize alguma atividade relativa ao sujeito passivo. Alguns autores 
chamam de tributo retributivo. Exemplo: taxa e contribuição de melhoria. 
3 - Classificação dos Tributos 
3.1- Quanto a Hipótese de Incidência 
 
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Tributo não vinculado é aquele que o fato gerador não tem nada a ver 
com alguma atividade estatal, não há relação ou vínculo entre o fato gerador 
do tributo e alguma atividade do governo para o contribuinte em relação ao 
pagamento do tributo. Há sim um “fato do contribuinte”. Não há necessidade 
de um agir estatal em direção ao contribuinte especificamente sobre o tributo 
cobrado. Alguns chamam de tributos contributivos. Exemplo clássico: imposto, 
por isso, que não faz muito sentido dizer que é um absurdo termos estradas 
esburacadas se pagamos IPVA, porque o pagamento de IPVA ocorre por uma 
manifestação de riqueza do contribuinte e esse imposto vai para o cofre “geral 
do governo”, que usa esse dinheiro sem vínculo entre o pagamento de IPVA e 
os buracos na estrada. 
 Em relação aos empréstimos compulsórios e contribuições especiais não 
há previsão constitucional determinando ou estabelecendo fato gerador 
vinculado ou não vinculado para esses tributos, mas essa situação especial 
desses tributos deve ser analisada especificamente, não há um consenso na 
doutrina sobre o assunto. 
 
7. (FGV/Prefeitura de Salvador/Técnico em 
Contábeis/2017) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda 
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, 
constituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. Os tributos podem ser classificados em vinculados e não vinculados. 
Assinale a opção que indica um tributo não vinculado. 
a) Taxas. 
b) Impostos. 
c) Contribuições de melhoria. 
d) Contribuições sociais. 
e) Empréstimos compulsórios. 
TRIBUTOS
VINCULADOS
•Fato gerador é um "fato do 
Estado", pois depende de 
uma ação estatal.
• Contraprestacionais
• Caráter retributivo
• São as taxas e as 
contribuições de melhoria
TRIBUTOS
NÃO VINCULADOS
• Fato gerador é um "fato 
do contribuinte", pois 
independe de ação estatal
• Não contraprestacionais
• Caráter contributivo
• São os impostos
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Comentário: Taxas e contribuições de melhorias são tributos vinculados e 
impostos são tributos não vinculados. 
Gabarito 7: B 
 
 
 Tributos podem ser de arrecadação vinculada ou de arrecadação não 
vinculada. É muito importante que você entenda a diferença da classificação 
anterior com essa daqui. A análise nesse ponto é feita no sentido de saber qual 
o destino da arrecadação do tributo instituído, para onde vai o dinheiro 
arrecadado, ou, pelo menos, para onde a lei ou a constituição definemque deve 
ir. Se tem determinação para que o tributo vá para o cofre geral do governo ele 
é um tributo de arrecadação não vinculada, se ao contrário, existe uma 
determinação para que a arrecadação do tributo tenha uma destinação 
específica, será um tributo de arrecadação vinculada. 
 Tributo de arrecadação vinculada é aquele instituído de maneira que 
seus recursos são destinados ou comprometidos a certas despesas ou 
necessidades. O ente instituidor não tem liberdade de usar esses recursos como 
queira, deve sim, conforme estipulação constitucional ou legal, dar destino certo 
a esses recursos. Também chamados de tributos finalísticos. Exemplo: os 
empréstimos compulsórios e as contribuições especiais. 
 Tributos de arrecadação não vinculada são os que os recursos da 
arrecadação podem ser utilizados livremente pelo Estado no atendimento de 
seus serviços à população (respeitando, é claro, a lei orçamentária). Não há 
uma previsão constitucional dando destinação ou vinculando a receita a alguma 
despesa. Exemplo: mais uma vez, impostos. 
 As taxas e as contribuições de melhoria não possuem nenhuma 
determinação constitucional quanto a essa vinculação ou não. O ente instituidor 
desses tributos pode escolher se vincula a receita ou não, por meio da lei 
criadora do tributo. Então, veja bem, a taxa é tributo vinculado, podendo ser de 
arrecadação não vinculada. 
 
 
3.2- Quanto ao Destino da Arrecadação 
 
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Nessa classificação os tributos podem ser fiscais, extrafiscais ou 
parafiscais. Finalidade nos remete a saber qual o intuito do tributo, para que 
serve. Para fins meramente arrecadatórios, para fins de intervir na atividade 
econômica ou outro motivo. 
Os tributos fiscais são os que têm o objetivo principal de arrecadar, como 
fonte para os recursos da máquina estatal. Exemplo: alguns impostos como o 
ISS, ICMS, IR. 
O tributo extrafiscal, ou também chamado extra arrecadatório ou mesmo 
regulatório, existe com o objetivo de influenciar o comportamento das pessoas 
de maneira que o tributo intervenha em alguma situação social ou econômica. 
Muito usado para incentivar ou mesmo desmotivar o consumo de alguns tipos 
de produtos, ou intervir de verdade na economia, como controle de comércio 
internacional. Exemplo: contribuições interventivas, II, IPI. 
Mesmo que o tributo seja instituído como interventor, acaba também, de 
alguma maneira, contribuindo para a arrecadação, portanto, não são situações 
excludentes, mas deve ser analisada a função precípua do tributo. Ou seja, um 
tributo pode ser eminentemente fiscal e ser usado também de alguma maneira 
com uma função extrafiscal, enquanto um tributo extrafiscal, além de intervir, 
pode ajudar na arrecadação do ente. 
Por fim, temos a parafiscalidade, em que a lei estabelece que o ente que 
cobrará e ficará com os recursos do tributo é diverso do que institui. 
Exemplo: as contribuições previdenciárias antes da incorporação da 
Receita Federal pela Secretaria da Receita Previdenciária, já que antes disso o 
Tributo de 
ARRECADAÇÃO
VINCULADA
A receita arrecadada deve ser 
destinada exclusivamente a 
determinadas atividades
São conhecidos como tributos
finalísticos. 
Ex: empréstimos compultórios e 
contribuições especiais
NÃO
VINCULADA
A receita arrecadada pode ser 
utilizada em qualquer
despesa do ente estatal.
Ex: impostos
3.3- Quanto à Finalidade 
 
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tributo era instituído pela União, mas a arrecadação do tributo era do INSS, uma 
pessoa diferente, outros exemplos são as contribuições corporativas para os 
Conselhos Regionais. 
 
 
 
8. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista/2014) A 
parafiscalidade caracteriza-se pela destinação do produto da arrecadação a ente 
diverso do que instituiu o tributo. 
Comentário: 
A parafiscalidade é exatamente o que está descrito no enunciado. Um ente 
institui o tributo e o outro fica com o dinheiro desse tributo. 
Gabarito 8: Correta 
 
 
Diante dessa apresentação inicial sobre os tributos que existem em nosso 
ordenamento, podemos finalmente aprender como descobrir a natureza jurídica 
do tributo. O CTN estabelece como deve ser feita a análise para descobrir qual 
a natureza jurídica de um imposto. 
A natureza jurídica do tributo é definida pelo fato gerador da obrigação. 
Ou seja, para eu saber se um determinado tributo é imposto, ou taxa ou 
contribuição, preciso analisar o seu fato gerador. Por exemplo, se um tributo 
tiver um fato gerador vinculado a uma contraprestação estatal poderá ser uma 
taxa, mas não poderá ser imposto, lembra a classificação em tributo vinculado 
e não vinculado. 
O comentado artigo ainda nos ensina que será irrelevante para qualificar 
o tributo a denominação e as características formais adotadas pela lei, bem 
como a destinação legal do que for arrecadado. 
TRIBUTOS 
FISCAIS 
Objetiva 
principalmente: 
arrecadar recursos 
financeiros 
 
Ex.: IR, IPTU, ICMS, 
IPVA, ITBI, ISS 
 
3.4- Natureza Jurídica dos Tributos 
 
TRIBUTOS 
EXTRAFISCAIS 
Objetiva 
principalmente: 
intervir em uma 
situação social ou 
econômica. 
Ex.: II, IE, IOF, IPI 
 
TRIBUTOS 
PARAFISCAIS 
A instituidora do 
tributo atribui a 
disponibilidade dos 
recursos arrecadados 
a entidade distinta. 
Ex: Contribuição ao 
CREA. 
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Portanto, não importa muito para análise da natureza jurídica de um 
tributo o nome dado pela lei ao tributo, ou mesmo, para onde vai o valor 
arrecadado. Por exemplo, se um ente institui um tributo com nome de “imposto 
de coleta de lixo municipal”, e é cobrado mediante a prestação de um serviço 
público de limpeza a favor do contribuinte, então, apesar do nome que a lei deu 
de “imposto”, nitidamente trata-se de uma taxa. E deve ser tratado como taxa, 
caso seja considerado constitucional. 
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato 
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
Na verdade, esse segundo inciso do artigo complica um pouco nosso 
entendimento, porque nós vimos que alguns tributos são de receita vinculada, 
então, importa sim saber qual a destinação da receita para definir o tributo. A 
Constituição, mais nova que o CTN em idade, prevê dois novos tributos que não 
estavam no CTN, por isso, para os três tipos de tributos inicialmente previstos 
no CTN realmente não importava a destinação da arrecadação, no entanto, para 
os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais essa situação 
importa. Então, o artigo 4 do CTN foi parcialmente recepcionado pela 
Constituição Federal. 
O entendimento não se encerra aí, temos ainda que analisar sim outros 
aspectos do tributo para saber sua natureza jurídica. A constituição estabelece 
que as taxas não podem ter base de cálculo próprias de imposto. Exemplo: 
não pode um ente instituir taxa que use a base de cálculo sobre a renda da 
pessoa. Enfim, é preciso, portanto, para determinar a natureza jurídica de um 
tributo a análise do fato gerador e da sua base de cálculo. 
Art. 145 - § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos . 
Apesar das outras considerações, aconselho conhecer bem esse artigo 4º 
porque costuma ser cobrado no seu inteiro teor da maneira que está lá na lei. 
 
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9. (VUNESP/IPT-SP/Advogado/2014) A natureza 
jurídica do tributo é determinada 
a) pela sua denominação e demais características formais adotadas pela lei. 
b) pela destinação legal do produto da sua arrecadação. 
c) pelo fato gerador da respectiva obrigação. 
d) pelo crédito tributário correspondente. 
e) pela obrigação tributária que lhe dá origem. 
Comentário: 
Segundo o Artigo 4º do CTN, a natureza jurídica do tributo é determinada pelo 
fato gerador da obrigação. 
a) Errada – Pelo CTN, a denominação e demais características são irrelevantes 
para qualificar o tributo. 
b) Errada – De acordo com a literalidade do artigo do CTN, a destinação legal 
do produto da arrecadação do tributo é irrelevante para qualificar e determinar 
a sua natureza jurídica. 
c) Correta – Está de acordo com a lei. 
d) Errada – Crédito tributário é assunto que será visto no curso mais à frente, 
mas não é o que determina a natureza jurídica. 
e) Errada – A obrigação tributária dá origem ao crédito tributário e não a 
natureza jurídica do tributo. 
Gabarito 9: C 
 
CF 88
Relevante na 
qualificação 
CTN
Irrelevante para 
qualificá-la
Natureza Jurídica do 
Tributo
Determinada pelo:
Fato Gerador
denominação e 
demais 
características
Base de Cálculo
destinação da 
arrecadação
o destino da 
arrecadação
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Imposto é uma espécie de tributo, e tem como característica ser não 
vinculado, ou seja, é exigido independente de uma contraprestação estatal, o 
seu fato gerador não é decorrente de uma atividade estatal específica em prol 
do contribuinte. Além disso, sua receita também é não vinculada. Incide sobre 
a manifestação de riqueza do contribuinte, possuem, portanto, caráter 
contributivo e solidário, já que fazem com que o Estado possa arrecadar e com 
esses recursos possa atender à coletividade, financiam a atividade geral do 
Estado. Vamos entender melhor essas características do imposto. 
A lei definiu o imposto de forma negativa, ou seja, diz o que ele não é. O 
imposto é um tributo em que o fato gerador constitui uma obrigação tributária 
de uma situação independente de qualquer contraprestação estatal específica 
voltada para o contribuinte desse imposto. Portanto, é o tributo eminentemente 
não vinculado, diferente das taxas e contribuições de melhorias em que há uma 
vinculação do fato gerador e a contraprestação do Estado para o contribuinte. 
 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte. 
 
Veremos mais para frente o princípio da capacidade contributiva aplicada 
aos impostos prevista no Artigo 145 § 1º da CF. 
 
10. (CESPE/TJ-RN/Juiz/2013) Imposto consiste em 
tributo cujo fato gerador representa situação que depende de uma atividade 
estatal específica em relação ao contribuinte. 
Comentário: 
Imposto é tributo em que o fato gerador INDEPENDE de atividade estatal 
voltada para o contribuinte que pagou o imposto. 
IMPOSTOS Fato Gerador
Situação independente de 
qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao 
contribuinte (Art. 16 CTN)
Devem ser graduados de 
acordo com a capacidade
econômica do contribuinte. 
(Art. 145, § 1º )
4 - Impostos 
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Gabarito 10: Errada 
11. (FUNDEP/MPE-MG/Promotor/2018) Imposto é o 
tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
Comentário: 
Perfeita, está de acordo com o Artigo 16 do CTN. 
Gabarito 11: Correta 
 
 Depois, entraremos nos detalhes das competências para instituições de 
todos os tributos, mas creio que nunca é demais lembrar o que é importante. 
 A Constituição Federal não cria os tributos e nem os impostos, ela atribui 
competência para que os entes façam isso, instituam os tributos. Ou seja, o 
ente pode criar o imposto quando autorizado pela Constituição, mas saiba que, 
se resolver criar, tem que ser por meio de lei, em regra pode ser por lei 
ordinária, ou até mesmo por medida provisória, só não pode usar medida 
provisória nos casos de tributos que só possam ser criados por meio de lei 
complementar, já que alguns outros impostos só podem ser criados por meio 
de lei complementar. 
 
Em relação aos impostos temos as seguintes possibilidades de instituição: 
 - União, são 7 ordinários e mais 2 tipos – II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF, 
IEG e I Residual. Estados podem criar IPVA, ICMS e ITCMD. Municípios podem 
criar ITBI, IPTU e ISS. O Distrito Federal pode criar os impostos Estaduais e 
Municipais. 
 De acordo com a constituição, cada ente que for instituir o seu imposto 
deve se atentar na hora de elaborar a sua lei para as regras gerais relativas ao 
imposto em pauta. Essas regras gerais do IMPOSTO a ser instituído serão 
feitas com base em lei complementar federal. A Lei Complementar deve 
estabelecer normas gerais em relação aos fatos geradores, às bases de cálculo 
e aos contribuintes dos impostos, de maneira que, assim sendo, o ente 
federativo não tem plena liberdade legislativa. Exemplo: Diversos impostos 
possuem essas regras gerais no próprio CTN, o ICMS tem a Lei Complementar 
87 de 1996, famosa Lei Kandir, o ISS também possui lei geral que é a LC 116 
de 2003. 
 No entanto, há casos em que essa LC ainda não existe, mesmo assim, o 
STF já pacificou entendimento de que o ente pode legislar plenamente, 
enquanto não houver a lei geral do imposto. Quando essa lei for aprovada, a lei 
do ente pode ter os efeitos suspensos no que for contrário à lei geral. 
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Exemplo: não existe a lei geral do ITCMD, então, cada Estado faz sua própria 
lei, devendo respeitar, é claro, a Constituição. 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
 
 
Além disso, o imposto é um tributo em que os recursos adquiridos por essa 
exação não estão vinculados a nenhum tipo de despesa específica, até porque, 
a própria constituição proíbe essa vinculação. É a aplicação de um princípio 
chamado de princípio da não afetação ou não vinculação. A regra constitucional 
diz que é vedada vinculação de receita de impostos à órgão, fundo ou 
despesa. Essa é a regra geral, veja abaixo que o próprio constituinte estabeleceu 
alguns casos em que se admitirá a vinculação. Dentre essas exceções vale a 
pena destacar as vinculações atribuídas pela própria constituição em outros 
trechos, como a repartição de receitas de impostos com outros entes, além das 
despesas com saúde, educação e com a administração tributária. 
Art. 167. São vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino 
e para realização de atividades da administração tributária, como 
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a 
prestaçãode garantias às operações de crédito por antecipação de receita, 
previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo. 
 
 
Vamos ver uma classificação sobre impostos, alguns poucos usam essa 
classificação para os tributos em geral, mas nas provas e alguns outros 
doutrinadores usam dessa mesma maneira que vou fazer agora. E, na prática, 
é uma divisão que se aplica aos impostos, e que, inclusive, nos ajuda na 
compreensão de outros assuntos correlatos. 
 
4.1- Princípio da Não Afetação 
 
4.2- Classificação dos Impostos 
 
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4.2.1 - Impostos Direitos e Indiretos 
O imposto direto é aquele que a pessoa que paga o imposto é o próprio 
contribuinte definido na lei. A pessoa que manifestou riqueza e que praticou o 
fato gerador é a mesma que arcará financeiramente com esse pagamento. A 
pessoa eleita pela lei para ser o contribuinte é chamada de contribuinte de 
direito. Quem suporta o ônus da carga tributária é chamado de contribuinte de 
fato. Quando a mesma pessoa elencada pela lei como contribuinte é a que de 
fato arca com esse pagamento, ou seja, contribuinte de direito e contribuinte 
de fato são a mesma pessoas tem-se o imposto direto. Exemplo: IR, IPTU, 
IPVA, ITBI. 
Imposto indireto é aquele em que o ônus tributário recai sobre terceira 
pessoa não elencada na lei. Ocorre quando a lei estipula que uma pessoa é o 
contribuinte, chamado de contribuinte de direito, mas quem arca com o custo 
financeiro e sobre quem recai a diminuição patrimonial é outra pessoa, chamada 
de contribuinte de fato. Geralmente ao consumidor final de um produto ou 
serviço é repassado o valor do imposto no preço da venda ou serviço. O 
contribuinte de direito consegue transferir a outra pessoa o encargo econômico. 
Exemplo: IPI, ICMS, ISS. 
 Não pense que, nesses casos, o ente estatal cobrará o imposto do 
contribuinte de fato, pois a lei diz quem tem que pagar, essa situação de repasse 
do ônus financeiro ocorre em decorrência do mercado e da economia. Então fica 
assim, imposto direto é aquele em que o contribuinte de direito (da lei) e 
contribuinte de fato (arca com o ônus) são a mesma pessoa e imposto indireto 
é aquele em o contribuinte de direito é um e contribuinte de fato é outro. 
 
Contribuinte
de direito
Aquele que tem o dever 
legal de pagar o tributo
de fato
Aquele que, do ponto de 
vista econômico, suporta
o ônus da carga tributária
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4.2.2 - Impostos Proporcionais, Progressivos ou Regressivos 
Essa diferenciação ocorre principalmente pela mudança da alíquota a ser 
aplicada para cada base de cálculo. Vamos aprender que os impostos são 
calculados, basicamente, pela multiplicação do valor da base de cálculo pela 
alíquota (Imposto = BC x Alíq.). 
Imposto proporcional é aquele em que não há variação da alíquota, ou 
seja, mesmo que mude a base de cálculo, aumentando ou diminuindo esse 
valor, a alíquota permanece a mesma. Em termos de justiça fiscal é considerado 
“neutro”. Exemplo: ICMS sobre uma circulação de mercadorias com base de 
cálculo de R$ 100.000,00 e outra operação com base de cálculo de R$ 
200.000,00, a alíquota de 18% será a mesma para os dois casos, não mudando 
a alíquota só porque aumentou a base, mantendo a cobrança proporcional. 
Imposto progressivo é o que aumenta a alíquota conforme for 
aumentando a base de cálculo. De maneira que, quem demonstra mais riqueza, 
vai pagar mais progressivamente do que quem demonstra menos riqueza. 
Exemplo: IR, quem ganha R$ 3.000,00 por mês paga sobre uma alíquota de 
15%, e quem recebe no valor de R$ 6.000,00 calcula o IR com alíquota de 
27,5%, ou seja, o imposto é progressivo. 
Imposto regressivo é o contrário do progressivo, quanto mais riqueza, ou 
seja, maior a base de cálculo, menor seria a alíquota e menor o valor 
proporcionalmente considerado vai ser pago. Não vislumbro exemplo dessa 
possibilidade em nosso país. 
TRIBUTOS DIRETOS 
Contribuinte de Direito 
 
Contribuinte de Fato 
Não há transferência / 
repercussão do ônus 
tributário. 
Contribuinte de Direito 
arca com o ônus econômico 
do tributo. 
Ex: IR, IPVA, IPTU, ITDC, ITBI 
 
 
TRIBUTOS INDIRETOS 
Contribuinte de Direito 
 
Contribuinte de Fato 
Há transferência / 
repercussão do ônus 
tributário. 
Contribuinte de Direito 
repassa o encargo 
econômico do tributo para 
outro (contribuinte de fato) 
Ex: IPI, ICMS e ISS 
 
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Atente ainda para a possibilidade de imposto fixo, ou seja, determina-se 
um valor fixo para o pagamento do imposto. Essas regras de progressividade e 
proporcionalidade são decorrentes da seletividade e da capacidade contributiva 
que aprenderemos no tempo oportuno. 
12. (CS-UF/Prefeitura de Goiânia/Auditor de 
Tributos/2016) O imposto em que a alíquota diminui à proporção que os 
valores sobre os quais incide são maiores pode ser considerado um imposto 
a) seletivo. 
b) proporcional. 
c) regressivo. 
d) progressivo. 
Comentário: 
O imposto em que a alíquota diminui com o aumento da base de cálculo é 
regressivo. 
Gabarito 12: C 
 
4.2.3 - Impostos Classificados Segundo o CTN 
Existe uma classificação prevista no CTN bastante criticada pela doutrina, 
mas que ajuda o entendimento de alguns detalhes. É assim: 
Imposto sobre o comércio exterior seriam o II e o IE. Imposto sobre o 
patrimônio e renda, nesse caso, IR, ITR, IGF, IPVA, ITCMD, IPTU e ITBI. 
Imposto sobre a produção e circulação, que são IPI, IOF, ICMS e ISS. Por 
fim, impostos extraordinários como o IEG. 
 
4.2.4 - Impostos Reais e Pessoais 
Impostos reais incidem sobre a coisa, são cobrados sem considerar a 
situação de pessoa, do sujeito passivo incidem de forma objetiva. Exemplo: 
IPTU, ITR e IPVA. Duas pessoas que possuem o mesmo carro vão pagar o 
mesmo IPVA, mesmo que uma esteja milionária e a outra afundada em dívidas. 
Impostos pessoais são aqueles que levam em consideração as 
particularidades e individualidades do contribuinte, incidem de forma subjetiva, 
os aspectos pessoais do contribuinte são levados em conta para apuração e 
cálculo do imposto devido. Exemplo clássico: IR, duas pessoas auferindo a 
mesma renda podem pagar valores diferentes de imposto na análise de suas 
peculiaridades, em função de terem ou não dependentes na família ou gastos 
com saúde, entre outras situações. 
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Essa última classificação muito nos interessa em relação ao próximo tópico, 
perceba o link entre os assuntos. Vamos lá. 
 
 
A constituição prevê a aplicação do chamado princípio da capacidade 
contributiva dos impostos, dizendo que sempre que possível, os impostos, 
devem ter caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade 
econômica do contribuinte. A administração tributária pode se utilizar de meios 
para identificar os dados do contribuinte quanto ao patrimônio e a renda, para 
uma correta apuração do imposto devido, mas isso deve ser feito respeitando-
se os direitos individuais e os termos da lei. 
Art. 145 - § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitadosos direitos individuais 
e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. 
Esse princípio tem tudo a ver com a pessoalidade dos impostos. O 
legislador instituidor do imposto deve buscar a possibilidade de dar caráter 
pessoal ao imposto, para que fique caracterizado o princípio da isonomia, e 
para que o imposto seja apurado de forma mais justa e pessoal possível em 
relação à manifestação de riqueza do contribuinte. Repare que não há previsão 
constitucional para a busca por esse principio em relação aos outros tributos, 
mas apenas aos impostos. Atenção: Essa omissão constitucional não impede a 
aplicação do princípio aos outros tributos. 
REAIS
• Tributos que não levam em 
consideração características
pessoais, subjetivas dos 
contribuintes. Incidem 
objetivamente
• Incidem sobre coisas.
• Exemplo: Dois proprietários de 
veículos idênticos (residentes no 
mesmo estado) pagarão o mesmo 
valor de IPVA, independentemente 
de suas suas características 
pessoais.
PESSOAIS
• Tributos que levam em consideração 
as características pessoais de cada 
contribuinte, incidindo de forma
subjetiva. 
• Exemplo: Duas pessoas que 
ganham o mesmo salário não 
pagarão, necessariamente, o mesmo 
valor de IR, pois o valor do tributo a 
ser pago dependerá também de 
características pessoais do sujeito 
passivo, como a quantidade de 
dependentes, gastos com saúde, 
educação, etc. 
4.3- Capacidade Contributiva dos Impostos 
 
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13. (CESPE/ANATEL/Especialista em 
Regulação/2014) Acerca de competência tributária, conceito e classificação 
dos tributos, bem como de tributos em espécie, julgue o item a seguir. 
Nos termos da CF, os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria devem 
ser graduadas de acordo com a capacidade contributiva do contribuinte, por 
força do princípio da isonomia. 
Comentário: 
De acordo com a CF, apenas os impostos devem ser graduados de acordo com 
a capacidade econômica ou também chamada capacidade contributiva do 
contribuinte. 
Gabarito 13: Errada 
 
 
A segunda espécie tributária que vamos aprender é a taxa. É um tributo 
que qualquer um dos entes pode instituir, e que existe mediante uma 
contraprestação estatal para o contribuinte. O fato gerador da taxa é o agir do 
Estado que pode ser por um serviço público ou pelo exercício do poder de 
polícia. No caso de taxa de serviço público, é preciso que esse serviço seja 
específico e divisível, e o contribuinte pode utilizar esse serviço efetiva ou 
potencialmente. São serviços que podem ser prestados ao contribuinte ou 
postos à sua disposição. Tem previsão na própria Constituição e no CTN. A outra 
hipótese de taxa tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia. 
 
CF - Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados 
ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
CTN - Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, 
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a 
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
O ente instituidor da taxa será aquele que prestar o serviço ou o que 
exercer o poder de polícia dentro das suas atribuições. 
5 - Taxas 
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São tributos vinculados, também chamados retributivos, em que é 
exigida uma contraprestação estatal para legitimar a cobrança da taxa. São de 
dois tipos em função do fato gerador, a taxa de polícia e a taxa de serviço 
público. 
 
 
 
O fato gerador da taxa de serviço é a utilização, efetiva OU potencial do 
serviço público, para isso, o serviço deve existir efetivamente. Não pode cobrar 
taxa se não houver serviço ou se ainda estiver em implantação. 
Já a utilização pelo contribuinte não é obrigatória, o contribuinte pode 
usar ou não o serviço, já que na definição de taxa de serviço ele pode ser um 
serviço prestado ao contribuinte OU posto à sua disposição. 
Temos aqui dois pontos de vista, o do Estado e o do contribuinte. O Estado 
presta efetiva ou potencialmente, o contribuinte utiliza ou tem à sua disposição, 
ou seja, prestação efetiva quer dizer utilização, prestação potencial quer dizer 
à disposição. 
Exemplo: a taxa de coleta de lixo domiciliar instituída por um município 
vai ser cobrada dos imóveis em que o serviço de coleta de lixo acontece, se a 
pessoa produz muito lixo e a coleta é feita, ele paga a taxa, e o seu vizinho que 
ficou o mês todo viajando, também deve pagar a taxa, mesmo que não tenha 
produzido nenhum lixo, mas o serviço passou lá na sua casa, ou seja, foi posto 
à sua disposição. 
Além disso, temos a definição legal do que vem a ser utilização efetiva 
ou potencial. Serviços são utilizados efetivamente quando usufruídos a 
qualquer título e serviços são utilizados potencialmente quando postos à 
disposição do contribuinte mediante atividade estatal em funcionamento e de 
utilização compulsória. Muita atenção que nessa parte temos o conectivo “OU”. 
A atividade administrativa que enseja a taxa tem que estar em efetivo 
funcionamento. 
 
U, 
E,
DF 
e 
M
Taxa pela 
UTILIZAÇÃO
Efetiva
OU
potencial
de
serviço
público
específico
E
divisível
prestado ao 
contribuinte
OU
posto à sua 
disposição
Taxa pelo EXERCÍCIO regular do poder de polícia.
5.1- Taxa de Serviço 
 
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Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos 
à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo 
funcionamento; 
 
As taxas podem só podem ser instituídas se o serviço público for específico 
E divisível. Tem que ter os dois requisitos. Aqui o conectivo é o “E”. 
Serviço específico é aquele que pode ser destacado em unidades 
autônomas de intervenção, utilidade ou necessidade públicas. Na prática é 
aquele que o contribuinte sabe por qual serviço ele está pagando. 
Serviços são divisíveis quando podem ser utilizados por cada um de seus 
usuários separadamente. Não se pode cogitar cobrança de taxa de serviço 
prestado de forma genérica à coletividade ou universal, é preciso que o usuário 
ou o contribuinte da respectiva taxa seja identificável, já que o serviço é divisível 
e que se possa cobrar desse contribuinte a taxa devida pelo serviço público. 
Divisível, portanto, é o serviço que pode ser singular. 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas 
de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte 
de cada um dos seus usuários. 
 
Diante dessas características, diversos casos chegaram ao STF para 
analisar a constitucionalidade de algumas taxas que foram criadas. Vejamos: 
A taxa de lixo é considerada constitucional pelo STF e pode sim ser 
cobrada em relação aos imóveis. O usuário do serviço pode ser identificado, 
como o proprietário

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