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APS Ética e Profissionalismo

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1. O que é Stem Cell?
Stem cells (células tronco hematopoiéticas) são células jovens que possuem uma grande capacidade para auto-renovação e um potencial proliferativo. Estes fatores possibilitam que elas se diferenciam em células progenitoras de todas as linhagens sanguíneas e a reconstituição da população hematopoiética a partir de uma única células. Além disso, as recentes pesquisas mostram a possibilidade da célula tronco regenerar outros órgãos e tecidos não pertencentes ao sistema sangüíneo.
2. De onde as Stem Cells podem ser obtidas?
Elas podem ser obtidas durante duas fases de vida do indivíduo. Na fase adulta, se encontram no sangue de cordão umbilical, medula-óssea e sangue periférico mobilizado. Na fase embrionária, estas células se encontram no blastocisto, uma estrutura formada nos primeiros dias após a fecundação do embrião.
3. Quais as maiores implicações éticas nas pesquisas em células tronco - discuta aprofundando o assunto com exemplos.
No que se refere a obtenção de células-tronco a partir de embriões congelados, chama-se atenção para o grau do simbolismo existente nos embriões congelados dentro dos cilindros nas clínicas de reprodução assistida. "Muitos casais já consideram estes embriões como filhos que podem existir a qualquer momento". "Alguns outros os vêem como material biológico", afirma Marlene Braz
Pela possibilidade de se estabelecer uma relação com o seu "embrião", o casal passa a viver um problema ético.O que fazer com os embriões se não planejamos ter mais filhos? É nesta hora que alguns defendem uma espécie de "ética da solidariedade", isto é, em nome do bem da sociedade seria oferecida, ao casal, a possibilidade de doar os embriões para a pesquisa. Será que o casal tem informação suficiente para decidir o destino daquele material? O embrião que a princípio foi produzido para gerar vida pode virar um órgão e isto seria diferente da clonagem reprodutiva?
4. Qual a lei que regulamenta os transplantes no Brasil?
A Constituição Federal de 1988 decreta o direito à vida. E para reforçar esse direito, a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, institui a legalidade sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, caso seja de livre vontade e autorizada pelo doador ou seu familiar responsável.
O artigo 2º da Lei nº 9.434 autoriza a realização do transplante de órgãos somente em estabelecimentos de saúde e médico-cirúrgicas de remoção e transplante permitidos pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde (SUS).
5. Como é o fluxo para doação de órgãos no Brasil?
O processo de distribuição de órgãos e tecidos para transplantes é realizado entre os pacientes previamente inscritos num programa do Ministério da Saúde, o Sistema de Gerenciamento de Lista. Esta inscrição é realizada pelo próprio médico ou equipe de transplante que acompanha o paciente.
A ordem dos pacientes para receber os órgãos doados depende dos critérios estabelecidos na legislação de transplante para cada tipo de enxerto: para o fígado se estabelece o critério de gravidade da doença, que é calculado a partir de exames laboratoriais específicos pelo próprio sistema; para o coração, o pulmão, o pâncreas e as córneas o critério é cronológico (tempo de lista), já para o transplante renal utiliza-se de critérios imunológicos (HLA). Os receptores listados concorrem aos órgãos doados no estado que ele se inscreveu, podendo receber órgãos de outros Estados nos casos de urgência. 
Não é permitida a inscrição de um mesmo receptor em mais de um Estado simultaneamente, porém é dado ao paciente o direito de solicitar transferência de um estado para o outro sempre que desejar, sem prejuízos de pontuação.
Os órgãos retirados são encaminhados para os centros transplantadores para ser efetuado o transplantes dos receptores selecionados.

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