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Prof. Msc. Wilson Tadeu Rosa Filho wilson@3es.eng.br | (15) 99729-9860 1 SITE:WWW.3ES.ENG.BR/MADEIRA 2 Estrutura de Madeira – Dimensionamento segundo a Norma NBR 7190/97 e critérios das Normas Norte Americana DNS e Europeia EUROCODE 5 Autor: Pfeil, Walter 6º Edição – Rio de Janeiro | LTC – 2003 LIVRO DE REFERÊNCIA 6 Estrutura Madeira A madeira como material de construção Capítulo 01 7 1.1 - Introdução A madeira pode ser aplicada em: - Estruturas de Coberturas - Casas de madeira - Arquitetura rústica - Formas e cimbramentos - Estruturas provisórias - Pontes - Edifício de múltiplos andares 8 Aplicações: 9 10 11 Aplicações: 12 Aplicações: 13 Aplicações: 14 15 Aplicações: 16 https://www.youtube.com/watch?v=qGYLj9-KLP4 Aplicações: https://www.youtube.com/watch?v=qGYLj9-KLP4 Aplicações: 17 https://www.youtube.com/watch?v=ay2ngGSNtQ4 https://www.youtube.com/watch?v=ay2ngGSNtQ4 Aplicações: 18 19 Aplicações: 20 https://minhacasaprefabricada.com.br/ https://minhacasaprefabricada.com.br/ Aplicações: 21 https://www.youtube.com/watch?v=qMYgqpdTLxQ https://www.youtube.com/watch?v=qMYgqpdTLxQ ▪ Fôrmas de madeira 22 ▪ Cimbramento de pontes 23 ▪ Cimbramento de pontes 24 25 26 https://www.youtube.com/watch?v=xOgfOgfhMcc https://www.youtube.com/watch?v=xOgfOgfhMcc Pontes: 27 https://youtu.be/6WS8HdL2GKI https://youtu.be/6WS8HdL2GKI Pavilhões de evento: 28 https://www.youtube.com/watch?v=CuvDjNCXDVs https://www.youtube.com/watch?v=CuvDjNCXDVs Edifício de múltiplos andares: 29 https://www.youtube.com/watch?v=WvbZ6hniWVc https://www.youtube.com/watch?v=WvbZ6hniWVc Edifício de múltiplos andares: 30 31 32 Cite 3 aplicações que você considerada útil utilizar o material madeira, quais são as vantagens de se utilizar a madeira nestas aplicações? Se possível ilustre as aplicações com imagens. 33 1 Comparação com outros materiais de construção civil. 34 Tabela 1.1 Propriedades de alguns materiais de construção Material p(t/m³) f (MPa) f/p Madeira a tração 0,5-1,2 30-110 60-90 Madeira a compressão 0,5-1,2 30-60 50-60 Aço a tração 7,85 250 32 Concreto a compressão 2,5 40 16 Nota: p=massa específica; f=resistência característica 35 EXERCICIO 1 - Calcular o peso da viga de madeira indicada: Dados: Madeira: Eucalipto Citriodora Seção: 20x20cm Comprimento: 3m 36 Resolução: a) Decodificação das variáveis: b = 20cm h = 20cm L = 300cm 37 b) Busca do rap (12%) na tabela A.1.1 Nome Comum rap (12%) fc ft ftn fv Ec (dicotiledôneas) kg/m3 MPa MPa MPa MPa MPa Angelim-araroba 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12876 Angelim-ferro 1170 79,5 117,8 3,7 11,8 20827 Angelim-pedra 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12912 Angelim-pedra verdadeiro 1170 76,7 104,9 4,8 11,3 16694 Branquilho 803 48,1 87,9 3,2 9,8 13481 Cafearana 677 59,1 79,7 3,0 5,9 14098 Canafistula 871 52 84,9 6,2 11,1 14613 Casca Grossa 801 56,0 120,2 4,1 8,2 16224 Castelo 759 54,8 99,5 7,5 12,8 11105 Catiúba 1221 83,8 86,2 3,3 11,1 19426 Cedro Amargo 504 39 58,1 3 6,1 9839 Tabela A.1.1 - Valores médios de resistência e módulo de deformação longitudinal, para U=12%, de madeira dicotiledoneas nativas e de florestamento (NBR 7190, 1996) 38 Nome Comum rap (12%) fc ft ftn fv Ec (dicotiledôneas) kg/m3 MPa MPa MPa MPa MPa Cedo Doce 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8058 Champagne 1090 93,2 133,5 2,9 10,7 23002 Cúpiuba | Peroba do Norte 838 54,4 62,1 3,3 10,4 13627 Eucalipto Alba 705 47,3 69,4 4,6 9,5 13409 Eucalipto Camaldulesis 899 48,0 78,1 4,6 9,0 13286 Eucalipto Citriodora 999 62 123,6 3,9 10,7 18421 Eucalipto Cloeziana 822 51,8 90,8 4,0 10,5 13963 Eucalipto Dunnii 690 48,9 139,2 6,9 9,8 18029 Eucalito Grandis 640 40,3 70,2 2,6 7,0 12813 Eucalipto Maculata 931 63,5 115,6 4,1 10,6 18099 Eucalipto Maidene 924 48,3 83,7 4,8 10,3 14431 Eucalipto Microcorys 929 54,9 118,6 4,5 10,3 16782 Eucalipto Paniculata 1087 72,7 147,4 4,7 12,4 19881 Eucalipto Propinqua 952 51,6 89,1 4,7 9,7 15561 Eucalipto Punctata 948 78,5 125,6 6,0 12,9 19360 Eucalipto Saligna 731 46,8 95,5 4 8,2 14933 Eucalipto Tereticornis 899 57,7 115,9 4,6 9,7 17198 Tabela A.1.1 - Valores médios de resistência e módulo de deformação longitudinal, para U=12%, de madeira dicotiledoneas nativas e de florestamento (NBR 7190, 1996) 39 Nome Comum rap (12%) fc ft ftn fv Ec (dicotiledôneas) kg/m3 MPa MPa MPa MPa MPa Eucalipto Triantha 755 53,9 100,9 2,7 9,2 14617 Eucalipto Umbra 889 42,7 90,4 3,0 9,4 14577 Eucalipto Urophylla 739 46 85,1 4,1 8,3 13166 Garapa Roraima 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18359 Guaiçara 825 71,4 115,6 4,2 12,5 14624 Guarucaia 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17212 Ipê 1068 76 96,8 3,1 13,1 18011 Jatobá 1074 93,3 157,5 3,2 15,7 23607 Louro-preto 684 56,5 111,9 3,3 9 14185 Maçaranduba 1143 82,9 138,5 5,4 14,9 22733 Mandioqueira | Cambará 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18971 Oiticica Amarela 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14719 Quarubarana 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9067 Sucupira 1106 95,2 123,4 3,4 11,8 21724 Tatajuba 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19583 Tabela A.1.1 - Valores médios de resistência e módulo de deformação longitudinal, para U=12%, de madeira dicotiledoneas nativas e de florestamento (NBR 7190, 1996) 40 Nome Comum rap (12%) fc ft ftn fv Ec (coníferas) kg/m3 MPa MPa MPa MPa MPa Pinho-do-paraná 580 40,9 93,1 1,6 8,8 15225 Pinús caribea 579 35,4 64,8 3,2 7,8 8431 Pinus bahamensis 537 32,9 52,7 2,4 6,8 7110 Pinus elliotti 560 40,4 66,0 2,5 7,4 11889 Pinus hondurensis 535 42,3 50,3 2,6 7,8 9868 Pinus oocarpa 538 43,6 60,9 2,5 8,0 10904 Pinus taeda 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13304 rap(12%) = massa especifica aparante a 12% de umidade fv = resistência ao cisalhamento Ec = módulo de elásticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às fibras. Coeficiente de variação para resistência a solicitações normais d = 18% Coeficiente de variação para resistência a solicitações tangenciais d = 28% Tabela A.1.2 - Valores médios de resistência e módulo de deformação longitudinal, para U=12%, de madeira coniferas nativas e de florestamento (NBR 7190, 1996) fc = resistência à compressão paralela às fibras 41 c) Volume da peça de madeira V = b x h x L V = (20/100) x (20/100) x (300/100) = 0,12m³ d) Peso da viga de madeira P = V x rap P = 0,12 x 999 = 120kg 42 EXERCICIO 2 - Recalcular o exemplo anterior considerando madeira Eucalipto Grandis: 43 Nome Comum rap (12%) fc ft ftn fv Ec (dicotiledôneas) kg/m3 MPa MPa MPa MPa MPa Cedo Doce 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8058 Champagne 1090 93,2 133,5 2,9 10,7 23002 Cúpiuba | Peroba do Norte 838 54,4 62,1 3,3 10,4 13627 Eucalipto Alba 705 47,3 69,4 4,6 9,5 13409 Eucalipto Camaldulesis 899 48,0 78,1 4,6 9,0 13286 Eucalipto Citriodora 999 62 123,6 3,9 10,7 18421 Eucalipto Cloeziana 822 51,8 90,8 4,0 10,5 13963 Eucalipto Dunnii 690 48,9 139,2 6,9 9,8 18029 Eucalito Grandis 640 40,3 70,2 2,6 7,0 12813 Eucalipto Maculata 931 63,5 115,6 4,1 10,6 18099 Eucalipto Maidene 924 48,3 83,7 4,8 10,3 14431 Eucalipto Microcorys 929 54,9 118,6 4,5 10,3 16782 Eucalipto Paniculata 1087 72,7 147,4 4,7 12,4 19881 Eucalipto Propinqua 952 51,6 89,1 4,7 9,7 15561 Eucalipto Punctata 948 78,5 125,6 6,0 12,9 19360 Eucalipto Saligna 731 46,8 95,5 4 8,2 14933 Eucalipto Tereticornis 899 57,7 115,9 4,6 9,7 17198 Tabela A.1.1 - Valores médios de resistência e módulo de deformação longitudinal, para U=12%, de madeira dicotiledoneas nativas e de florestamento (NBR 7190, 1996) 44 Resolução: P = V x rap P = 0,12 x 640 = 77kg 45 EXERCICIO 3 - Recalcular o exemplo anterior considerando: a) estrutura de concreto armado, considere a densidade do concreto armado é igual a 2500 kg/m3. b) estrutura de aço, considere a densidade aço é igual a 7850 kg/m3. 46 Resolução: Volume da viga V = 0,2 x 0,2 x 3m = 0,12m³ a) Concreto Armado P = V x r P = 0,12 x 2500 = 300kg b) Aço P = V x r P = 0,12 x 7850 = 942kg 47 TABELA COMPARATIVA DO PESO DAS VIGA Material da vigaPeso (kg) Eucalipto Citriodora 120 Eucalipto Grandis 77 Concreto Armado 300 Aço 942 Comparando-se os pesos da vigas com os diferentes materiais chega-se a conclusão que a madeira realmente é o material mais leve para uso estrutural. 48 EXERCICIO 4 - Calcular a relação da densidade aparente (rap) do Eucalipto Citriodora com a densidade aparente (rap) do Eucalipto Grandis. Adicionalmente calcular a relação da resistência a compressão fc das mesmas espécies de madeira. Qual conclusão que poderá se chegar. 49 Resolução: ρ𝑎𝑝 % = ρ𝑎𝑝.𝑐𝑖𝑡𝑟𝑖𝑜𝑑𝑜𝑟𝑎 ρ𝑎𝑝.𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑖𝑠 100 ρ𝑎𝑝 % = 999 640 100 = 156% 50 Resolução: f𝑐 % = 62 40,3 100 = 154% 51 ρ𝑎𝑝 % = 999 640 100 = 156% f𝑐 % = 62 40,3 100 = 154% Conclui-se que existe uma relação de proporcionalidade entre a densidade aparente (rap) e a resistência a compressão (fc) das madeiras. Resolução: 2 52 EXERCICIO 5 - Para a passarela indicada calcular. a) Volume de madeira consumido b) Peso da estrutura de madeira c) Estimativa de custo 53 54 https://1drv.ms/u/s!AmOoieWTRBxXh7Eo0i5xOrtO9p8Bug?e=oKia48 Arquivo SketchUp em: 55 Viga Principal: 20cm x 60cm | comp.: 10,0 m | 2 vigas Transversina: 5cm x 15cm | comp.: 2,0m | 11 transversinas c/1m Caibros: 5cm x 5cm | comp.: 10,0 m | 2 caibros Tábuas: 2,5cm x 15cm | comp.: 2,20m | 67 tábuas Componentes estrutural 56 Resolução: a) Cálculo do volume de madeira: Volume Viga Principal: 0,20 x 0,60 x 10,0 m x 2 = 2,4m³ Volume Transversina: 0,05 x 0,15 x 2,0 m x 11 = 0,165m³ Volume Caibros: 0,05 x 0,05 x 10 m x 2 = 0,05m³ Volume Tábuas: 0,025 x 0,15 x 2,20 m x 67 = 0,553m³ Volume Total: 3,168m³ 57 b) Cálculo do peso da madeira Peso = Volume x gap (Tabela A.1.1 ou Tabela A.1.2) Peso = 3,168 x 838 = 2.655kg c) Estimativa do Custo Custo = Volume x R$ 2.000/m³ Custo = 3,168 x 2.000 = R$ 6.336,00 1.2 - Classificação das madeiras madeiras duras – provenientes de árvores frondosas , dicotiledôneas, ex: peroba, ipê, aroeira, carvalho. madeiras macias – provenientes em geral das árvores coníferas, ex: pinheiro do paraná, pinheirinho 58 Aroeira 59 Peroba 60 Ipê 61 Mogno 62 Carvalho 63 Eucalipto 64 Pinheiro do Paraná 65 Pinus 66 1.3 - Estrutura e Crescimento da madeira 67 casca – proteção externa da árvore alburno – camada por células vivas cêrne – células vivas inativas, tem a função de sustentar o tronco. 68 Idade das árvores 69 Dicotiledôneas – estrutura fibrosa do lenho 70 Madeira Dura 71 Coníferas - estrutura fibrosa do lenho 72 Madeira Mole 73 1.4 - Propriedades físicas das madeiras Anisotropia Diferença de propriedades na direção longitudinal, radial e tangencial. 74 75 Umidade: grande importância sobre suas propriedades. U(%) = ((Pi – Ps)/Ps)x100 Onde: Ps = Peso da madeira seca em estufa Pi = Peso inicial da madeira. A Umidade padrão de referência é 12% 76 77 EXERCICIO 6 - Calcular a umidade de um tronco de madeira, sabendo-se que seu peso inicial (Pi) é igual 600kg e seu peso seco em estufa (Ps) é igual a 500kg. 78 Resolução: U % = Pi − Ps Ps 100 U % = 600 − 500 500 × 100 = 20% 79 EXERCICIO 7 - Calcular o máximo peso inicial (Pi) que um tronco de madeira dura pode atingir, sabendo-se que seu peso seco em estufa (Ps) é igual a 500kg. 80 Resolução: U % = Pi − Ps Ps 100 Pi = U % × Ps 100 + Ps Pi = 30 × 500 100 + 500 = 650kg Máxima umidade possível 81 EXERCICIO 8 - O Diagrama abaixo apresenta a relação entre a umidade da madeira (%) e o inchamento radical (Er) e o inchamento transversal (Et) da espécie, (1) carvalho brasileiro, (2) eucalipto e (3) pinho brasileiro. 82 Pergunta-se: a) Qual o grau de umidade a partir do qual o inchamento se torna constante b) Qual o inchamento radial do carvalho brasileiro (1) para umidade igual a 20% c) Qual o inchamento transversal do pinho brasileiro (3) para umidade de 30% d) Qual das três espécie listadas apresenta maior inchamento radial, qual o valor aproximado deste inchamento. 83 Resolução: a) 30% b) 2% c) 8% d) Espécie 3 - inchamento de 6,2% 84 85 86 87 88 Veja como funciona o processo de tratamento da madeira em autoclave 89 https://www.youtube.com/watch?v=gTGGJjJd91A&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=gTGGJjJd91A&feature=youtu.be 90 91 92 EXERCICIO 9 - Descrever nas figuras abaixo os principais defeitos utilize para isto a numeração indicada: 1-fibra reversa, 2-arqueamento, 3-abaulamento, 4-greta, 5-fendas e 6-nós a ( ) | b ( ) | c ( ) | d ( ) | e ( ) | f ( ) | 93 Resolução: a ( 6 ) | b ( 5 ) | c ( 4 ) | d ( 3 ) | e ( 2 ) | f ( 1 ) | 94 EXERCICIO 10 - O que significa anisotropia? 95 Anisotropia é a característica de um material, em que certas propriedades físicas serão diferentes conforme as diferentes direções. Resolução: 3
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