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Guilherme CadonhottoOutubro de 2020 Como investir em imóveis com apenas R$ 100 02 Opa, tudo bem? Este relatório-presente é o nosso cartão de boas-vin- das para recebermos você de braços abertos aqui na Spiti, uma casa de análise independente que vai fa- lar sobre investimentos com você como se estivesse no sofá da sua casa. A propósito, sabia que Spiti em grego significa “casa”? Neste relatório, vou abordar os motivos pelos quais o investimento em imóveis feito do jeito tradicional é pouco vantajoso, e mostro uma maneira alternati- va de investir no setor muito mais segura e manten- do os rendimentos mensais. Além disso, trago uma recomendação de investimento para você começar ainda hoje. Vamos começar! 03 Ser uma “pessoa que investe” ganhou significados diferentes ao longo dos últimos anos. Nos anos de 1990 e início dos anos 2000, ser um in- vestidor ou uma investidora significava comprar um imóvel e colocá-lo para alugar, de maneira a receber uma renda constante mês a mês. Entre 2000 e 2010, fazer um investimento era ba- sicamente emprestar dinheiro ao governo por meio da compra de títulos públicos. E esse discurso ganha força quando você descobre que muita gente ganhou dinheiro nesse período no Brasil. A questão é que a taxa de juros no país no período chegou a incríveis 26,5% ao ano em seu auge (2003), o que facilitava demais obter rendimentos acima de 15% ao ano nesse período com certa consistência. 04 Depois de 2010, foi a vez do investimento em ações, impulsionado pela forte alta do Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, na década anterior. Agora, em 2020, com a sofisticação do mercado fi- nanceiro brasileiro, e, claro, do investidor e investido- ra brasileiro, é possível investir de imóveis até moe- das digitais. Sim, o cenário mudou. Acontece que o Brasil permaneceu algumas boas décadas com níveis de inflação elevadíssimos, uma característica já marcante desde o século 19. Isso impedia o desenvolvimento de um mercado financei- ro robusto, já que você não possuía títulos de longo prazo sendo negociados no mercado, consequência da baixa confiança causada pela inflação permanen- temente alta no país. Isso fazia com que os investimentos em ativos reais se sobressaíssem frente aos demais. E qual o principal deles? Imóveis. 05 Isso tem uma explicação razoável: se o valor do seu dinheiro fosse corrigido pela inflação, você poderia fi- car tranquilo ou tranquila, pois o preço do seu imóvel muito provavelmente subiria também. Por exemplo, se durante o início dos anos de 1990, você possuísse um imóvel no valor de R$ 50 mil, e a inflação no ano fosse de 100%, o valor de mercado do seu imóvel com a correção seria de R$ 100 mil. Essa proteção que os ativos reais (aqueles conheci- dos por representarem algo físico) ofereciam faziam deles excelentes opções para os investidores naque- la época. Quando era mais novo, eu me lembro de muitas con- versas informais entre minha mãe e meu pai sobre como poderiam comprar um imóvel e colocá-lo para alugar. Assim teriam acesso a uma renda passiva, lí- quida e certa. Esse é um dos motivos pelos quais os brasileiros gostam tanto de investir em imóveis. 06 Eles, assim como milhões de outros brasileiros e bra- sileiras, estavam atrás de um complemento do salário. Em outras palavras, uma renda extra e recorrente. Por outro lado, nunca ouvi eles conversando uma vez sequer sobre investimentos em títulos públicos, por exemplo. Mas não os culpo, já que o acesso à infor- mação naquela época era extremamente limitado, e a ideia de investimento focado em imóveis era a prin- cipal via – se não a única – acessível. E eu aposto que, independentemente da sua idade, você já ouviu alguma frase do tipo: “ Invista em tijolo e nunca ficará pobre.Pois você vai receber aluguel, e o preço do seu imóvel só sobe. ” Ela ainda é usada com frequência, mas infelizmente não é verdadeira. 07 Existe, sim, um risco de desvalorização do seu imó- vel. Além disso, receber a renda mensal advinda dele pode não ser tão simples. Duvida? Vamos olhar então a variação do preço nos imóveis no Brasil a fim de verificar se há a possibilidade de perder dinheiro com imóveis. O gráfico abaixo traz o índice FipeZap, elaborado pela Fipe (Fundação Ins- tituto de Pesquisas Econômicas) em parceria com a empresa Zap para monitorar o preço dos imóveis nas principais regiões metropolitanas do Brasil: Fonte: FipeZap -5% 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 208 2019 2020 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% Variação de preços de imóveis no Brasil (12 meses) 08 Entre os anos de 2009 e 2015, podemos ver uma va- riação positiva considerável no preço dos imóveis no Brasil, reflexo da expansão da nossa atividade e do financiamento com taxas mais acessíveis de imóveis nesse período. Porém, quem acreditou que esse movimento duraria para sempre, acabou não se dando tão bem assim. A partir de 2016, a oscilação acumulada em 12 me- ses no preço médio dos imóveis no Brasil ficou perto de 0% e, em muitas situações, acumulou variações negativas. Somente agora, quatro anos depois, em plena pandemia do novo coronavírus, em que os fi- nanciamentos imobiliários estão com juros bem bai- xos, os preços voltaram a oscilar de maneira positiva, ainda que de maneira comedida. É importante ressaltar que essa é uma média do Bra- sil, um país de dimensões continentais. Se fizer a pes- quisa levando em conta regiões específicas, vai ver que algumas sofreram muito mais oscilações do que outras nesse período. Portanto, podemos, sim, perder dinheiro com imóveis. Não se engane. 09 Outro motivo pelo qual imóveis são tão bem vistos por aqui é o fato de que eles podem te garantir uma renda, por meio do aluguel. Mas, nesse caso, também existe uma série de problemas. Entre comprar um imóvel (em muitos casos, finan- ciado, que aumenta seu valor inicial) e colocá-lo para alugar, o que implica receber um inquilino ou inquili- na responsável, com uma renda estável, que pague pontualmente e não deprecie o seu imóvel, existe um caminho muito longo. Além disso, há alguns riscos consideráveis em todo o processo, tais como: Isso é mais comum do que se imagina. Às vezes, por não conhecermos tão bem a região, os vizinhos, a rua e outras características importantes de determinado empreendimento, você pode acabar pagando um va- lor maior do que o imóvel realmente vale. Comprar o imóvel por um preço maior do que ele realmente vale1 10 Vale ressaltar que, quando isso acontece, o investi- dor ou investidora dificilmente recupera o prejuízo. Fato: não há garantia de que você vai conseguir alu- gar seu imóvel logo após a compra. Ele pode estar em uma região pouco valorizada no momento, ou o mer- cado talvez esteja em um período mais fraco. Independentemente do motivo, você ainda terá ou- tras dores de cabeça, como os gastos com IPTU, ta- xas de água, luz e gás (se for o caso), que são de sua inteira responsabilidade enquanto o imóvel estiver vago. Isso sem contar na taxa condominial caso o imóvel esteja em um condomínio. Um inquilino ou inquilina pouco “responsável” pode ser um problema enorme. Além de poder causar pro- blemas com vizinhos, pode não pagar os aluguéis em dia e colocar seu investimento em risco. Não conseguir alugar o imóvel por um longo período Arrumar um péssimo inquilino ou inquilina 2 3 11 Pior: a pessoa pode danificar seu imóvel a tal pon- to que você precise gastar uma quantia considerável apenas para deixá-lo “habitável” novamente. Por mais que o imóvel que você esteja sondando fi- que em uma região desvalorizada, não tenha tanta metragem ou não esteja nas melhores condições de habitação e uso no momento da compra, o valor mí- nimo a se investir em um imóvel é bem alto, o que pode dificultar uma venda futura. E isso nos leva ao último ponto... Ao comprar um imóvel, você já sabe que esse dinhei- ro vai ficar parado ali por alguns anos, não é mesmo? Isso porque é muito complicadovender um imóvel. Apenas a negociação e a finalização do processo po- dem durar meses, e adicione a isso mais algumas se- manas para resolver questões burocráticas. Pagar um preço muito elevado pelo investimento inicial Liquidez muito baixa 4 5 12 Já pensou se, nesse intervalo de tempo, você preci- sa do dinheiro? Seja para uma emergência, seja para uma oportunidade de última hora? Ou se você per- de o emprego e não consegue pagar as despesas do imóvel, que pode estar vazio, ou seja, sem inquilinos? Em situações extremas, existe ainda o risco de você precisar vender o imóvel a preço de banana, caso precise de dinheiro na mão rápido. É um investimento como outro qualquer, e na minha opinião, apresenta riscos e desvantagens maiores do que os investimentos convencionais no mercado fi- nanceiro brasileiro. A boa notícia é que existe uma alternativa de inves- timento para que você aproveite a valorização do preço dos imóveis e que também pague um aluguel mensalmente, sem todos os riscos que a compra de um imóvel físico costuma trazer. Isso é possível através dos... 13 Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) Os fundos de investimento imobiliário, assim como outros fundos de investimento, funcio- nam como se fossem um condomínio de in- vestidores – nesse caso, eles se juntam para investir no setor imobiliário. A pessoa que investe coloca seu dinheiro em um fun- do, assim como centenas ou milhares de outros in- vestidores, e os gestores cuidam da administração dos recursos. Ao fazer isso, ela se torna um cotista, já que, ao investir em um fundo, basicamente está com- prando cotas (um pedaço) dele. 14 E como os gestores investem todo esse dinheiro? Por meio da compra de imóveis, galpões logísticos, participações em shoppings e até mesmo imóveis re- sidenciais, que depois são colocados para alugar. 95% dos lucros desse fundo devem ser repassados aos investidores, que vão receber os “aluguéis” men- salmente, de maneira proporcional ao valor investido. Por exemplo, se um fundo imobiliário tem R$ 100 milhões de patrimônio, e um único investidor ou investidora possui R$ 10 milhões investidos nele, 10% dos lucros mensais serão pagos a essa pessoa. 15 Os fundos imobiliários derrubam logo de cara uma desvantagem clara ao se investir diretamente em imóveis: o valor mínimo para se começar a investir é bem baixo. Por que investir em FIIs? Em outras palavras, isso significa que você pode com- prar uma cota de um imóvel ou de um grupo de imó- veis com menos de R$ 100. E sabe o melhor? Mesmo com um aporte pequeno, comprando uma única parte (cota) do fundo, você já passa a receber aluguéis mensais. Muito melhor do que imóvel, não? Você pode começar a investir em fundos imobiliários com um valor inferior a R$ 100. 16 Outra vantagem dos FIIs é a liquidez. Como a maioria desses fundos tem essas cotas nego- ciadas em Bolsa, é bem fácil adquiri-las. Basta aces- sar o home broker da sua corretora de investimentos, digitar o código do fundo que tem interesse e efetuar a compra. Bem simples, não? Por dia, acontecem milhares de negociações de cotas de fundos imobiliários, que movimentam bilhões de reais diariamente. Por isso, na hora de vender suas cotas, você não deve enfrentar grandes problemas também. E tudo isso sem precisar pagar impostos, como o ITBI, o Imposto sobre Transmissão de Bem Imóvel, um tributo que deve ser pago antes da negociação de imóveis físicos. Falando nisso, outra grande vantagem dos fundos imobiliários é que eles são isentos da cobrança do Imposto de Renda. 17 E sabia que os FIIs são uma maneira interessante de fazer a diversificação em seus investimentos? Ao comprar uma cota, você tem a possibilidade de in- vestir em grandes empreendimentos, como prédios comerciais na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, galpões logísticos utilizados por grandes em- presas em diversos estados do país, ou até mesmo em shopping centers que você frequenta no fim de semana. E outra coisa muito interessante é que os fundos são administrados por verdadeiros profissionais do ramo. Eles escolhem quais ativos (prédios, shoppings e galpões) vão colocar na carteira após uma avaliação profunda de quais acreditam ter um maior potencial de valorização e, claro, quais devem ter uma boa de- manda por aluguéis. E não apenas o aluguel é repassado aos cotistas, mas também a valorização dos imóveis que compõem os fundos. Veja o gráfico do Ifix, o índice dos fundos imo- biliários no Brasil, que analisa o ganho de valor nos últimos cinco anos: 18 O Ifix apresentou uma valorização de quase 100% no período. Um contraste e tanto em relação ao índice FipeZap, que apresentei no início deste relatório. Tudo isso apenas reforça o poder de uma gestão pro- fissional que escolhe os melhores imóveis disponí- veis no território nacional. Acredito que agora você esteja mais do que conven- cido ou convencida de que os fundos imobiliários são uma das melhores opções para investir atualmente, pois aliam potencial de valorização e renda constante. Fonte: Bloomberg -20% 2016 2017 2018 2019 2020 0% 20% 40% 60% 80% 120% 19 Diante de tudo isso, imagino que você esteja se perguntando... Antes de finalmente apresentar qual fundo imobiliá- rio eu acredito ser uma boa oportunidade de investi- mento, gostaria de pontuar que existe diversos seg- mentos de fundos imobiliários por aí. Você pode alocar seus recursos em fundos que in- vestem em shopping centers, prédios comerciais, galpões logísticos, hospitais, agências bancárias e até mesmo escolas e universidades. E, assim como em todas as áreas de investimentos, houve também segmentos no setor imobiliário que sofreram muito com a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19: Quais são os setores disponíveis? E como está o cenário atual? 20 O segmento de shopping centers foi um deles. Isso porque esses estabelecimen- tos foram fechados por tempo indetermi- nado assim que as quarentenas foram im- postas, o que fez com que fundos desse setor caíssem muito. Inclusive, alguns de- les não conseguiram pagar dividendos aos cotistas durante alguns meses. O setor de agências bancárias, que já vem sofrendo há algum tempo com a migração da maior parte dos serviços para a inter- net, também foi bastante impactado, uma vez que a circulação de pessoas em locais fechados impediu o funcionamento normal das agências bancárias no país. Muitos prédios comerciais também sofre- ram na pandemia. Diversas empresas mi- graram do sistema presencial para o home office, seja parcial, seja integral, o que fez 21 Dos setores mais prejudicados, cheguei a con- siderar um deles para incluirmos nessa reco- mendação: o setor de shopping centers. Isso porque há pouca demanda por novos projetos de shoppings no Brasil. Portanto, assim que a situa- ção relacionada ao novo coronavírus se normalizar e a economia entrar em um ritmo de retomada aqui no Brasil e no mundo, a oferta por shoppings e praças com que a demanda por escritórios em vá- rios locais do país diminuísse, e parte des- ses fundos sofreu de maneira considerável. Escolas e universidades também sofre- ram os impactos da pandemia com o fecha- mento por tempo indeterminado de suas unidades. Vale lembrar que, até o momen- to, poucas instituições no país voltaram a receber alunos, professores e funcionários mesmo com medidas rígidas de higiene e distanciamento social. 22 comerciais será limitada. Assim, esses espaços de- vem voltar a ser bastante disputados, e isso faria com que o preço e a cota desses fundos, no geral, se valo- rizassem. Mas existe um grande problema com tal cenário. A economia no Brasil pode não acelerar com tanto ím- peto, o que faria com que a retomada no preço da cota desses fundos ainda enfrentasse um caminho tortuoso nos próximos meses, com possibilidades de entrada nesses ativos em uma situação mais favorá- vel no futuro do que agora. O restante dos setores pode passar por uma mudan- ça estruturalcom ajustes de longo prazo, com esco- las e universidades adotando cada vez mais o siste- ma de aulas online, agências bancárias ainda mais enxutas em relação a número de funcionários, e uma demanda menor de prédios comerciais com a adoção do home office pelas grandes empresas. No curto prazo, é difícil visualizar isso acontecendo em grande escala, mas, com as mudanças causadas pela pandemia, isso pode se tornar um movimento estrutural nos próximos anos. 23 O setor de hospitais foi um exemplo claro de fun- dos imobiliários que se valorizaram. O aumento na demanda de serviços hospitalares fez com que o va- lor das cotas subisse de maneira considerável nestes meses de pandemia. Em um primeiro momento, parece promissor. Mas esse crescimento é sustentável? Não acredito que o aumento na demanda por serviços hospitalares seja permanente, ou melhor, crescente. Isso me faz crer que a elevação no valor dessas cotas não é sustentável no longo prazo. Sendo assim, eu evitaria o segmento hospitalar por ora. Apesar de o fator renda mensal se beneficiar com o cenário atual, o fator potencial de crescimento me preocupa. Porém, existe um segmento que se beneficiou duran- te a pandemia, e acredito que tenha sido apenas o início de um processo estrutural para o mercado con- sumidor brasileiro: E quem se beneficiou? 24 o setor de galpões, também enquadrado como o segmento de logística. Esses fundos englobam a aquisição e administração de galpões, centros de distribuição e armazenamento. Eles tiveram uma alta demanda com o início da pan- demia, já que boa parte do consumo da população foi direcionado das lojas físicas para o setor online. Nessa modalidade, galpões e centros de distribuição e armazenagem são muito utilizados. Portanto, com o aumento da demanda, houve também uma valoriza- ção da cota desses fundos. E, diferentemente do que ocorre com o setor hospi- talar, a mudança no setor logístico até aqui (do vare- jo físico para o online) pode ter sido apenas o início de uma mudança estrutural na maneira como consu- mimos. Acredito, portanto, que galpões, centros de armazena- gem e distribuição serão cada vez mais demandados Brasil afora, e é por isso que a minha busca de fundos imobiliários ficou restrita a essa categoria de ativos. 25 No mercado desde 2010 (considerado antigo para o mercado de fundos imobiliários), o fundo imobiliário BTG Pactual Logística FI Imobiliário (BTLG11) se des- taca pela diversificação nos imóveis do seu portfólio. Dentre os dez imóveis locados no fundo hoje, vemos entre os locatários dos galpões grandes empresas como BRF, Ceratti, Itambé e Natura. Os inquilinos são aprovados por ampla avaliação do risco de crédito. Com maior concentração no estado de São Paulo, os galpões também estão presentes em outros estados, como Rio de Janeiro, Ceará e Santa Catarina, distri- buindo sua receita conforme o mapa abaixo: O fundo escolhido: 26 A receita de locação desse fundo está distribuída da seguinte maneira: Fonte: BTG Log Receita de locação Valor Patrimonial BTGLOG – Carteira Koch Magna Supermarket Itambé Ceratti Natura Femsa BRF 2% 3% 4% 5% 6% 8% 10% 8% 12% 11% 15% 17% 18% 15% 32% 33% CE 32% RJ 6%SP 60% SC 2% % da receita contratada Geografia Fonte: BTG 27 Quase 90% da receita vem de empresas consolida- das no setor e com indicadores financeiros sólidos. Portanto, não vejo problemas com inadimplência em nosso radar. Apesar de o nome do fundo estar associado ao setor de logística, parte do fundo não é diretamente rela- cionado a ele; 25% do fundo é utilizado como galpão industrial, e nessa modalidade o prêmio recebido é maior, já que há uma necessidade de preparação do terreno bem mais relevante. O percentual refrigerado corresponde à armazena- gem de produtos que necessitam ficar estocados em ambientes com temperaturas específicas. E os 3% em varejo hoje correspondem a um supermercado que funciona em um de seus galpões. Logística 37% Varejo 3% Refrigerado 35% Industrial 25% Perfil dos Ativos % da receita contratada Fonte: BTG Log 28 A vacância representa qual percentual dos galpões está desocupado. Neste caso, a vacância é de 0%, ou seja, todos os galpões presentes na carteira do BTLG11 estão ocupados e com suas mensalidades em dia. INDEXADOR DOS REAJUSTES O indexador é o índice de preços que corrige o pre- ço dos aluguéis ano a ano. O fato de 71% da receita contratada ser indexada pelo IGP-M é atrativo para quem investe, já que o índice está nas máximas nos últimos anos, com alta acumulada de quase 18% em 12 meses. Um dos indicadores mais importantes: vacância IPCA 29% IGP-M 71% Indexador % da receita contratada Fonte: BTG Log 29 INDICADORES GERAIS Número de cotistas Gosto de olhar o número de cotistas já que, em ca- sos de estresse de mercado, quanto maior o número de cotistas de um fundo, maior sua liquidez, ou seja, mais fácil de resgatar ou comprar suas cotas. Aqui, não teríamos problema quanto a isso, pois o BTLG11 tem mais de 30 mil cotistas atualmente, um número bem relevante. Preço/Valor Patrimonial (P/VP) É um indicador muito importante e pode te dar alguns indícios se a cota de determinado fundo está “super- valorizada” ou não. Esse indicador é calculado a partir da divisão do pre- ço da cota de mercado (quanto sai uma cota do fundo a preços de mercado) pelo preço da cota patrimonial, que nada mais é do que o valor somado dos imóveis do fundo dividido pelo número de cotas. 30 Valores que ultrapassam de maneira considerável o número 1 indicam que o preço da cota está ficando acima do preço do valor justo dos imóveis dentro de um fundo. Valores abaixo de 1 indicam que há um desconto para você aplicar em determinado fundo com relação ao preço dos imóveis dentro da sua carteira. Hoje o P/VP do BTLG11 está em 1,03, ou seja, a cota de mercado está sendo negociada muito próxima de um valor justo. Performance do fundo Fonte: Bloomberg -40% 2016 2017 2018 2019 2020 -20% 0% 20% 60% 80% 31 Nos últimos cinco anos, o fundo BTLG11 teve uma va- lorização na sua cota de quase 50%, enquanto o Ifix, o índice dos fundos imobiliários no Brasil, apresentou uma valorização de 98% no mesmo período, o que deixaria nosso fundo bem atrás do índice que apre- senta o retorno médio dos fundos imobiliários no país. Mesmo que 50% nos últimos cinco anos seja um retor- no razoável, o fato de estar consideravelmente atrás do benchmark (índice de referência) do setor imobiliário no Brasil pode trazer dúvidas para quem investe. Portanto, vamos observar uma janela mais curta para verificar se tal discrepância se mantém nos últimos três anos: Fonte: Bloomberg 2018 2019 2020 -20% 0% 60% 26.5% 32 No período analisado, o cenário se inverte. O BTLG11 apresentou retorno de 33%, enquanto o Ifix apresen- tou retorno de 26%, o que evidencia uma melhora na gestão dos ativos nos últimos anos. Esperamos que continue assim, não? Dividend Yield O dividend yield (taxa de dividendo) mostra qual per- centual sobre o valor investido o investidor recebeu em sua carteira como dividendos. Por exemplo, se o dividend yield dos últimos 12 meses de um FII foi de 5%, isso significa que, para cada R$ 100 em cotas adquiridas no fundo, o investidor recebeu no ano R$ 5 como dividendo – que, para o caso de imóveis, podemos chamar de aluguel. O dividend yield dos últimos 12 meses do BTLG11 foi de 5,70%, pouco acima da média do segmento de galpões, que está próximo de 5% no período. 3333 Você pode comprar as cotas do fundo de duas maneiras: No home broker da sua corretora; Na seção de fundos imobiliários da sua corretora. Basta digitar o código BTLG11 e pronto! Caso as con- figurações da sua corretora estejam de acordo com o que seu perfil permite, você pode finalizar a compra. No momento em que escrevo este relatório (20 de outubro), a cota do fundo está sendo negociada a um valor pouco acima de R$ 100. Com esse investimen-to, você vai estar apto ou apta a receber a parte que você tem direito sobre o aluguel dos imóveis já no mês seguinte à compra, e com um investimento mui- to inferior do que teria que gastar para adquirir um imóvel próprio. Onde comprar o BTG Pactual Logística FI Imobiliário? 34 Conclusão O BTLG11 possui características que se enquadram no que estamos buscando: gestão sólida, boa perfor- mance, possibilidade de valorização e recompensas mensais. Focado no setor logístico, possui imóveis novos e com tecnologia em seus galpões, boa loca- lização, gestão de primeira, com melhora visível na qualidade de gestão nos últimos anos, dividend yield atrativo e, claro, potencial de valorização no futuro. Se você está se perguntando se a crise causada pela pandemia pode afetar de alguma forma as empresas controladoras dos galpões, saiba que praticamente dois terços da receita do fundo estão atrelados ao se- tor alimentício, essencial para a economia e que so- fre menos com crises econômicas. 35 Portanto, lembre-se de que esse é um dos investi- mentos que eu gosto de ter na carteira. Outros ati- vos como títulos públicos, títulos de renda fixa, boas ações, fundos de investimento, além, é claro, de ou- tros bons fundos imobiliários, são essenciais para compor uma boa carteira de investimento. A diversificação, quando dosada na medida certa, pode proteger o seu patrimônio de grandes quedas, porém mantendo um bom potencial de ganhos. Abraços, Guilherme Cadonhotto Analista responsável: Luciana Seabra Guilherme Cadonhotto é especialista em renda fixa da Spiti, técnico em Administração de Empresas e bacharel em Econo- mia. Atuou na mesa de operações como trader de renda fixa na SulAmérica Investimentos e como analista de investimentos na asset da Porto Seguro. Acredita que simplicidade e bom humor, sempre presentes em suas publicações e vídeos, são essenciais para tornar a informação e a compreensão dos conteúdos de in- vestimentos mais acessíveis a todos. 36 Antes de encerrar, queria falar um pouco da Spiti. Sou a Luciana Seabra, CEO da Spiti, e misturei duas formações, em Comunicação e Economia, com o propósito de ajudar pessoas comuns a investir me- lhor. Também sou analista CNPI e planejadora certi- ficada CFP®. Reuni 40 pessoas em torno do mesmo propósito para construir juntas, começando em setembro de 2019, uma casa de análise regulada pela Comissão de Va- lores Mobiliários (CVM), cujo objetivo é fazer reco- mendações de investimentos com alto potencial de acerto para você, na sua língua, seja você quem for. O nome dela é Spiti, casa em grego – porque inves- timento não é nada de outro mundo, mas, sim, algo que se discute de forma cotidiana, caseira, próxima. Uma condição é decisiva para nós: eu e minha equipe temos independência total para recomendar apenas os produtos em que acreditamos, seja qual for a ges- tora ou corretora. Você vai ver essa independência ao acompanhar nosso trabalho. 3737 É isso que fazemos aqui na Spiti. Ao receber este nos- so presente, você passa a fazer parte do grupo seleto de pessoas que têm acesso a orientações de investi- mento de alto nível e em bom português. Somos independentes porque quem paga pelo meu trabalho e de minha equipe é quem assina nossas séries. Jamais somos comissionados pelos produtos que recomendamos. Você não pagou nada por este conteúdo – ele é uma amostra grátis para você conhecer nosso trabalho. E também não vai pagar nada pelas newsletters que vai receber no seu e-mail a partir de hoje. Até mais! Luciana Seabra e equipe Este relatório de análise foi elaborado pela Spiti Análise Ltda. (“Spiti Análise” ou “Spiti”) de acordo com todas as exigências previstas na Instrução CVM nº 598, de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Spiti Análise não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelos assinantes com base no presente relatório. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à Spiti Análise e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório. Os analistas da Spiti Análise estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários da Spiti Análise. Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de investidor. Antes de qualquer decisão, os assinantes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de investidor. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Spiti Análise. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Spiti. A Spiti se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo. invistaspiti.com.br https://invistaspiti.com.br/
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