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Tema: fotografar e compartilhar tragédias no Brasil Na Roma Antiga, por muitos séculos, os gladiadores lutavam entre si ou contra animais ferozes até a morte para entreter os Romanos, sendo uma atividade muito atrativa para o grande público. Hoje, a exposição de acontecimentos trágicos ainda é aprazível a sociedade. Com o advento das redes sociais, fotografar e compartilhar tragédias tornou-se uma ação cotidiana e questionável. Nesse cenário, convém analisar o comportamento humano como mediador da inercial problemática. De fato, o interesse por episódios de tragédia é inerente ao ser humano. O cérebro humano está condicionado a aprender mais rapidamente comportamentos relacionados a imagens negativas, como o medo, do que positivas. Dessa maneira, certamente, o interesse e curiosidade por notícias trágicas despertam a atenção, pois há uma maior consolidação desses eventos na memória pelo instinto de se aprender a evitar situações perigosas e, do mesmo modo, o compartilhamento dessas informações carece de necessidade. Porém, é fundamental que limites sejam impostos no momento em que isso se torna incoerente com a humanidade. Outrossim, a cultura de vaidade também é impulsionadora da problemática. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a “Modernidade Líquida”, característica da sociedade atual, é maculada sob a óptica da volatilidade das ações. Nesse contexto, o ato de fotografar e compartilhar tragédias dá-se, por certo, pelo exibicionismo online, que está voltado mais para o espetáculo do que para o comportamento ético, revelando a falta de empatia para com o próximo. Logo, é necessário que haja uma mudança de perspectiva diante dos meios de comunicação. O ato de fotografar e compartilhar tragédias é um problema em questão no Brasil, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Governo Federal assegurar a aplicação das leis já vigentes sobre o compartilhamento de imagens e tragédias, pela denúncia de internautas a portais digitais criados pelo Estado, a fim de que haja redução da divulgação desses eventos nas redes sociais. Ademais, a mídia, por meio de campanhas, deve incentivar as pessoas a evitarem o compartilhamento e visualização exacerbada de tragédias, visando a conscientização coletiva para a mudança de hábitos criados pela cultura da vaidade. Com essas medidas, será possível alcançar, gradativamente, uma sociedade mais solidária e humana, contrária a manifestada na Roma Antiga.
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