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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU) Amanda da Silva Santos RA: 2851124 – Odontol. Angileidy Gomes Lavor RA: 2921153 – Enf. Caroline Aparecida Ribeiro Cardoso RA: 2796667 – Enf. Débora Cristine B. Figueiras RA: 1240884 – Odontol. Fabiana Camillotto RA: 2466987 – Nutri. Fabiano Santos de Carvalho RA: 2999364 – Enf. Felipe Artur Vieira Santos RA: 5823179 – Enf. Gabriella Barros de Oliveira RA: 1797036 – Odontol. Graziela Santos Maia RA: 2863260 – Enf. Jeniffer Alves RA: 2431520 – Nutri. Livia Stipp Pereira RA: 2672588 – Nutri. Marçal Alves de Almeida RA: 5258110 – Odontol. Maria do Socorro de Sá Gama RA: 3056209 – Enf. Nathanyell Silva de Melo RA: 2936845 – Enf. Wellington de Jesus Lacerda RA: 2399249 – Enf. IMPACTO NA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO CONFINAMENTO PERANTE A PANDEMIA DO COVID-19 SÃO PAULO 2020 Amanda da Silva Santos RA: 2851124 – Odontol. Angileidy Gomes Lavor RA: 2921153 – Enf. Caroline Aparecida Ribeiro Cardoso RA: 2796667 – Enf. Débora Cristine B. Figueiras RA: 1240884 – Odontol. Fabiana Camillotto RA: 2466987 – Nutri. Fabiano Santos de Carvalho RA: 2999364 – Enf. Felipe Artur Vieira Santos RA: 5823179 – Enf. Gabriella Barros de Oliveira RA: 1797036 – Odontol. Graziela Santos Maia RA: 2863260 – Enf. Jeniffer Alves RA: 2431520 – Nutri. Livia Stipp Pereira RA: 2672588 – Nutri. Marçal Alves de Almeida RA: 5258110 – Odontol. Maria do Socorro de Sá Gama RA: 3056209 – Enf. Nathanyell Silva de Melo RA: 2936845 – Enf. Wellington de Jesus Lacerda RA: 2399249 – Enf. IMPACTO NA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO CONFINAMENTO PERANTE A PANDEMIA DO COVID-19 SÃO PAULO 2020 Projeto Final desenvolvido como requisito na disciplina de PISC (Programa de Saúde Comunidade) no curso de Enfermagem, Nutrição e Odontologia do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), campus Liberdade e Santo Amaro. Profa. Orientadora: Me. Vanda Passos. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 02 2 OBJETIVO ..................................................................................................... 04 3 METODOLOGIA ............................................................................................ 05 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ...................................................... 07 4.1 Observação da realidade .................................................................. 07 4.2 Resultados da observação da realidade ......................................... 09 4.3 Pontos chaves ................................................................................... 13 4.4 Teorização .......................................................................................... 14 4.4.1 Crianças e adolescentes ...................................................... 14 4.4.2 Isolamento social .................................................................. 14 4.4.3 Suspensão das aulas presenciais e adoção de aulas on- line .......................................................................................... 15 4.4.4 O impacto do uso das tecnologias para crianças e adolescentes ......................................................................... 16 4.4.5 Ansiedade e estresse no confinamento ............................. 18 4.4.6 Obesidade X Quarentena ..................................................... 19 4.4.7 Higiene bucal ........................................................................ 21 4.4.8 Relações familiares .............................................................. 22 4.5 Hipótese e Solução ........................................................................... 23 4.5.1 Aulas on-line, acesso à tecnologia, estresse e ansiedade 23 4.5.2 Alimentação .......................................................................... 25 4.5.3 Higiene Bucal ........................................................................ 26 4.6 Aplicação da realidade ...................................................................... 27 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 29 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 30 ANEXOS ................................................................................................................ 33 ANEXO I – QUESTIONÁRIO / ANAMNESE GOOGLE FORMS .......................... 33 ANEXO II – TERMOS DE CONSENTIMENTOS .................................................. 36 ANEXO III – OBSERVAÇÃO DA REALIDADE INDIVIDUAL .............................. 52 ANEXO IV – TEORIZAÇÃO INDIVIDUAL ............................................................. 75 ANEXO V – CARTILHA EDUCATIVA ................................................................... 111 2 1 INTRODUÇÃO O projeto de integração saúde e comunidade (PISC) tem como finalidade desenvolver o conhecimento de diferentes áreas de atenção em relação a saúde e bem-estar e formando grupos interprofissionais, contribuindo para a formação integral do estudante pela exploração da integração teórico- prática na promoção de saúde, prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida a partir da prática colaborativa em instituições e comunidades. Fora designado aos alunos o papel de criar um projeto relacionado a saúde integrando a comunidade de acordo com as etapas do Arco de Maguerez com o propósito de trazer mudanças e melhorias para a sociedade. Desde o final de dezembro de 2019, um surto de uma nova doença de corona vírus (COVID-19, causada pelo corona vírus 2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave -SARS-CoV-2) foi relatado em Wuhan, China, e posteriormente afetou 26 países em todo o mundo (XU et al., 2020; WU et al., 2020). Em geral, a COVID-19 é uma doença respiratória aguda, que apresenta uma taxa de mortalidade de 2% (WU et al., 2020). O início da doença pode resultar em morte devido a danos alveolares maciços e insuficiência respiratória progressiva (XU et al., 2020; HUANG et al., 2020). A COVID-19 chegou à América Latina em 25 de fevereiro de 2020, quando o Ministério da Saúde do Brasil confirmou o primeiro caso da doença, um homem brasileiro, de 61 anos, que viajou de 9 a 20 de fevereiro de 2020 para a Lombardia, norte da Itália, onde estava ocorrendo um surto significativo (RODRIGUEZ-MORALES et al., 2020). Até o dia 22.10.2020, no Brasil já haviam 5.323.630 casos confirmados da COVID-19 e 155.900 óbitos, sendo 1.076.939 casos confirmados no estado de São Paulo e 38.482 óbitos de acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde (BRASILa, 2020). Devido a essa pandemia o decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020, foi adotada com o objetivo de inibir a aglomeração de pessoas e controlar a proliferação do novo corona vírus e também dar o tratamento uniforme as medidas restritivas (quarentena) feita para cada região, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Plano São Paulo (BRASILb, 2020). 3 Com isso a Secretaria de Educação do Governo do Estado de São Paulo, como medida de segurança, as aulas presenciais nas Instituições de Ensino público e privado do Estado de São Paulo, foram suspensas, de acordo com o decreto n°64.864, de 16 de março de 2020 (BRASILc, 2020). Contudo crianças e adolescentes passaram a ter aulas on-line durante o isolamento social (quarentena). Para muitas pessoas a experiência de estar em casa, caminho mais seguro para evitar o contagio e a disseminação do vírus, infelizmente pode representar um agravamento de quadros de ansiedade preexistentes, evolução para quadros de depressão bem como aumento nos índices de violência domiciliar (MARTINS, 2020). Será desenvolvido um Projeto Multi e Interdisciplinarcom os cursos de Enfermagem, Nutrição e Odontologia do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), que visa identificar os problemas enfrentados no cotidiano das famílias durante a isolamento social com enfoque na saúde e aprendizado de crianças e adolescentes com faixa etária entre 4 e 17 anos da região Metropolitana de São Paulo. 4 2 OBJETIVO O trabalho tem como principal objetivo criar um projeto relacionado a saúde, integrando a comunidade de acordo com as etapas do Arco de Maguerez, identificar os problemas em relação a dificuldades enfrentadas no cotidiano das famílias durante o isolamento social com enfoque na saúde e aprendizado de crianças e adolescentes para trazer melhorias e mudanças para esta comunidade. 5 3 METODOLOGIA A metodologia utilizada para o desenvolvimento do projeto foi a revisão de literatura e problematização, por meio do Arco de Maguerez (figura 01), contendo as seguintes etapas: observação da realidade, pontos chaves, teorização, hipóteses de solução, aplicação. O projeto foi desenvolvido no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), no campus Liberdade, na disciplina de Programa de Integração Saúde Comunidade (PISC), no período de setembro a novembro de 2020. Para a coleta de dados os autores realizaram a observação da realidade onde foi realizado uma entrevista com famílias da região metropolitana de São Paulo, buscando informações sobre a sua rotina, saúde e aprendizado das crianças e adolescentes e o impacto da tecnologia sobre os mesmos, em relação ao momento que estão passando, uma pandemia. Para o levantamento bibliográfico foram utilizadas palavras-chaves como: pandemia, COVID-19, aulas on-line, ansiedade, obesidade, higiene bucal, estresse, convívio social, uso de tecnologia, confinamento, crianças e adolescente. A elaboração do trabalho baseou-se na aquisição de bibliografia nacional (português- 14) e internacional (inglês- 5) do período de 2005 a 2020, relacionada ao tema de pesquisa. Foram consultados livros, boletins técnicos, revistas indexadas de interesse, artigos de congressos, leis, normas técnicas, entre outros. As publicações foram obtidas em bancos de dados, da Biblioteca do Centro Universitário das Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU). As principais fontes consultadas na internet foram sites idôneos como: Scielo, Google Acadêmico, Pubmed e Bireme. 6 Figura 01. Arco de Maguerez. Fonte: PIERINI; PIZZ, 2017. 7 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 4.1 Observação da realidade Nos relatórios individuais feitos pelos alunos dos cursos de Enfermagem, Nutrição e Odontologia, foram feitas 17 entrevistas com responsáveis por crianças com idade de 4 até 17 anos. O local escolhido para a entrevista foi a região metropolitana de São Paulo. Nas entrevistas feitas, os entrevistadores fizeram perguntas relacionadas à nova rotina das famílias e o impacto principalmente da tecnologia para as crianças e adolescentes, em relação ao momento que estão passando, uma pandemia, este questionário consta em Anexo I. Em todas as entrevistas foram obtidas as autorizações dos responsáveis pelas crianças e adolescentes do estudo em questão (Anexo III), foi utilizada a plataforma Google Formulários (forms) para aprimoramento da entrevista. As principais mudanças notadas pelas famílias (Anexo II) foi o aumento de peso e piora da alimentação na maioria das crianças, por estarem sempre em casa e com alimentos sempre à disposição para petiscos. Em alguns casos isolados, houve perda de apetite, provavelmente pelo fato de estarem gastando menos energia no decorrer do dia, e com isso perda de peso. Já em outro caso isolado, foi relatado que os filhos melhoraram a alimentação, já que agora há uma maior supervisão por parte dos responsáveis, que ocasionou em menor ingestão de alimentos processados e uma alimentação mais equilibrada, buscando fazer mais refeições ao dia. Além das mudanças relacionadas à alimentação, houve relatos em que os responsáveis se queixavam de falta de higiene bucal por parte das crianças e adolescentes, que apenas escovam os dentes quando saem de casa, e como estão todos em isolamento social, não veem necessidade de tal fato. Com a diminuição da higiene bucal, alguns pais relataram que a incidência de lesões cariosas aumentou nos dentes das crianças e adolescentes. Na maioria das entrevistas, os pais fizeram comentários relacionados ao aumento da ansiedade por parte dos filhos, já que os mesmos reclamam das 8 aulas à distância e de estarem longe de seus amigos e colegas. O isolamento social fez com que muitas dessas crianças ficassem mais ansiosas e perdidas, tentando se adaptar à nova rotina, com isso também sofreram alteração no padrão de sono. A maioria das crianças e adolescentes observados não possuem regras quanto ao uso de meios tecnológicos como celulares, computadores e televisão. Fazem uso dos aparelhos muitas horas ao longo do dia, alguns sem a supervisão dos pais, o que preocupa a equipe quanto aos danos que o uso prolongado da tecnologia pode causar a eles. As relações familiares sofreram mudanças ao longo do isolamento, algumas melhoraram e outras sofreram com desentendimentos entre si, já que agora o convívio entre eles aumentou e em certos momentos se tornou exaustivo. As aulas online tem mostrado muitas dificuldades para os alunos e também para os pais, as crianças não conseguem se concentrar, se sentem perdidas entre as aulas e dependem da ajuda dos pais para conseguir realizar as atividades. Muitos pais se sentem exaustos com a rotina da quarentena, na qual precisam ajudar seus filhos em dobro com seus estudos, tem dificuldades por estarem muito tempo longe da escola e agora precisam relembrar ou até mesmo aprender os assuntos das aulas de seus filhos para que assim possam auxiliá-los. As crianças ficam ansiosas e agitadas, algumas não conseguem se concentrar, perderam o interesse nas aulas, o que acarreta no estresse de pais e filhos. Com esses relatos postos em pauta, foram pensadas medidas cabíveis para uma melhora. Entre elas, a importância de uma maior supervisão por parte dos pais e responsáveis, principalmente com crianças pequenas, criando uma rotina que agregue atividades físicas e brincadeiras, horários para as refeições, além de sempre observarem seus filhos quando forem fazer a higienização bucal e na utilização de equipamentos eletrônicos, os auxiliando no que for necessário. 9 4.2 Resultados da observação da realidade Segue abaixo os resultados obtidos pelo nosso questionário na plataforma do Google Formulário (forms): 10 11 12 13 4.3 Pontos chaves Nesta etapa serão apontados os principais pontos que foram observados entre os entrevistados, para serem pesquisados e discutidos: • Aulas on-line – todos possuem dificuldades em acompanhar, alguns mais do que outros, o auxílio dos pais é essencial para estimular o aprendizado dos filhos. • Ansiedade – foi inevitável nesse período de confinamento, onde estão aprendendo a conviver com uma nova rotina. • Aumento de peso – com a ansiedade e em casa sem possuir rotina, o peso acaba sofrendo alterações, aumentando o consumo de alimentos com alta densidade calórica (alimentos como salgadinho, biscoitos, bolachas, bolos e guloseimas ricos em açúcares e considerados agradáveis ao paladar). • Padrão de sono – sem rotina estabelecida o sono é prejudicado, também associado aos estresses e ansiedade. • Acesso à tecnologia – sem regras quanto ao uso de celulares, televisão e computadores, as crianças ficam expostas, o que provoca também alterações nos padrões desono, problemas motores e má posturas devido a longos períodos diante das telas, entre outros. • Relações familiares – em alguns casos o estresse em casa aumentou, fragilizando o ambiente familiar e suas interações. • Convívio social – o isolamento prejudica o desenvolvimento social das crianças. Através das múltiplas respostas foi possível observar que cada família vive a pandemia de forma diferente, crianças que moram em apartamento e não tem irmãos estão mais deprimidas e afetadas psicologicamente, já as que moram no interior ou em casas com quintal e possuem mais irmãos estão sendo menos impactadas. • Higiene bucal – diminuiu-se a frequência e qualidade da higiene bucal, pois não podem sair de casa e acabam não escovando os dentes, gerando o cenário ideal para o surgimento de cáries e alterações gengivais. 14 4.4 Teorização 4.4.1 Crianças e adolescentes De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, o artigo 2º considera criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade (BRASILd, 1990). De acordo com o artigo 4º: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASILb, 1990). 4.4.2 Isolamento social Desde o final de dezembro de 2019, um surto de uma nova doença de corona vírus (COVID-19, causada pelo corona vírus 2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave -SARS-CoV-2) foi relatado em Wuhan, China, e posteriormente afetou 26 países em todo o mundo (XU et al, 2020; WU et al, 2020). A COVID-19 é transmitida de pessoa para pessoa, por gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, acompanhado por contato pela boca, nariz ou olhos, ou até mesmo, por meio de objetos e superfícies contaminadas (PEREIRA et al.,2020). Devido a essa pandemia o decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020, foi adotada com o objetivo de inibir a aglomeração de pessoas e controlar a proliferação do novo corona vírus e também dar o tratamento uniforme as medidas restritivas (quarentena) feita para cada região, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Plano São Paulo (BRASILb, 2020). Atualmente, pesquisadores e profissionais da área da saúde estão em um constante desafio conforme o avanço no número de casos de COVID-19, pois a doença ainda não possui o risco clínico totalmente definido, como também não se conhece com exatidão o padrão de transmissibilidade, 15 infectabilidade, letalidade e mortalidade. Ressalta-se que ainda não há vacinas ou medicamentos específicos disponíveis contra a doença (PEREIRA et al.,2020). Entre estas estratégias, a primeira medida adotada é o distanciamento social, evitando aglomerações a fim de manter, no mínimo, um metro e meio de distância entre as pessoas, como também a proibição de eventos que ocasionem um grande número de indivíduos reunidos (escolas, universidades, shows, shoppings, academias esportivas, eventos esportivos, entre outros) (PEREIRA et al.,2020). Em contrapartida, em casos extremos é adotado o isolamento social, conceitualmente, quando as pessoas não podem sair de suas casas como forma de evitar a proliferação do vírus. Dessa forma, há ainda a recomendação de que as pessoas suspeitas de portarem o vírus permaneçam em quarentena por quatorze dias, pois este é o período de incubação do SARS-COV-2, ou seja, o tempo para o vírus manifestar-se no corpo do indivíduo (PEREIRA et al.,2020). 4.4.3 Suspensão das aulas presenciais e adoção de aulas on-line Devido a pandemia do corona vírus as aulas dos ensinos público e privado foram suspensas temporariamente no Brasil em março de 2020. Com o objetivo de continuar as aulas durante a quarentena, as instituições de ensino adotaram o ensino remoto a distância, onde alunos e professores tiveram que se adequar com este novo cenário com aulas online, sendo muito importante afim de minimizar os danos causados pela ausência das aulas presenciais (CORDEIRO, 2020). A educação a distância possui muitos desafios e um deles é a desigualdade de acesso às tecnologias, pois nem todas as crianças possuem computador, celular e acesso à internet. O apoio dos pais é crucial para o aprendizado das crianças, uma vez que o incentivo e a colaboração deles ajudam os filhos a participar das atividades, criando uma parceria entre escola e família (CORDEIRO, 2020). 16 As aulas remotas seguem os mesmos princípios das aulas presenciais e se assemelha a EAD (educação à distância) apenas por ser mediada pela tecnologia. Nas aulas remotas as aulas são em tempo real e no mesmo horário que as presenciais, com as mesmas disciplinas a interação é diária com o professor, calendário próprio de acordo com o Plano de ensino adaptado para a situação emergencial (CORDEIRO, 2020). De acordo com a portaria nº 343 de 17 de março de 2020, o MEC dispõe a substituição das aulas presenciais por aulas em meio digitais enquanto durar a situação de pandemia do COVID-19. Neste aspecto todos os meios tecnológicos como internet, mídias digitais, celulares, smartphones, televisão, são fundamentais neste processo (CORDEIRO, 2020). 4.4.4 O impacto do uso das tecnologias para crianças e adolescente Crianças e adolescentes podem ter acesso a internet desde que seja com cuidado e supervisão dos pais, uma vez que ela apresenta perspectivas mais abrangentes do mundo, o que causa perigo podendo ocasionar riscos à saúde quando os limites são ultrapassados entre o mundo real e virtual, intimidade e distorção de fatos. Os pais devem acompanhar o desempenho escolar dos filhos e supervisionar suas interações com as tecnologias, já que são responsáveis pela educação, segurança e saúde dos filhos (CORREA et al., 2016). O mundo virtual prejudica a criatividade das crianças, pois faz uma ilustração que a mente deveria fazer e influência o comportamento através do que é visto nas telas. O acesso à tecnologia está muito presente na vida das crianças, a televisão é a mais utilizada e o tempo médio que a criança assiste diariamente é de 5h04min (CORREA et al., 2016). A maior influência da televisão no comportamento humano é indireta, sutil e cumulativa. As pessoas que assistem muito possuem o risco de se iludir, confundindo o mundo real com o que é exibido. Quando a família não impõe seus valores, os mesmos podem ser feitos pelo aparelho (CORREA et al., 2016). 17 A televisão muitas vezes faz o papel de babá eletrônica, fazendo companhia para a criança, que não possui relacionamento, nem frustrações, onde tudo já vem pronto. Isso pode gerar problemas, entre eles a dificuldade que as crianças apresentam em acompanhar o ritmo da escola, pois não toleram o que não vem pronto. Além disso, raramente vemos nos programas de tv um conteúdo de qualidade para o público infantil, que forneçam conhecimentos gerais, que enfatizem a literatura infantil e que forneçam bons exemplos de família, moralidade e ética, de forma original e motivadora (CORREA et al., 2016). A família deve ser a primeira a exigir programas infantis de melhor qualidade e horários apropriados para que os programas de adultos sejam exibidos. Contudo, sabemos que nem sempre a sociedade está consciente dessa necessidade, por isso fica o alerta aos profissionais da saúde e educação, pois eles têm o papel de orientar os pais e direcioná-los para a promoção do viver saudável infantil (CORREA et al., 2016). Há uma negociação entre pais e filhos quanto ao uso das tecnologias, de acordo com o comportamento, os pais estipulam horários para o uso, mas sem supervisão. O problema não está na tecnologia, mas, sim,em seu mau uso (CORREA et al., 2016). A internet abre um mundo ilimitado de pesquisa, mas deve ser direcionada para que crianças não sejam expostas a conteúdos adultos, dos quais ainda não compreendem, o que pode fazer com que elas amadureçam antes do tempo, afetando seu caráter e comportamento (CORREA et al., 2016). Os efeitos da tecnologia sobre as crianças são complicados, pois possuem benefícios e custos. A tecnologia pode ajudar ou atrapalhar o desenvolvimento do pensamento das crianças dependendo de qual, como e com que frequência ela é usada (CORREA et al., 2016). O trabalho multidisciplinar é importante e nele destaca-se o enfermeiro que atua como educador na perspectiva de jovens e crianças. Ele deve alertar sobre o mau uso das tecnologias pelas crianças e conduzir ao acompanhamento e controle efetivo, uma vez que quando utilizadas didaticamente tornam-se potentes ferramentas para o desenvolvimento infantil 18 (CORREA et al., 2016). Deve sugerir aos pais que procurem levar seus filhos a novos espaços, novas atividades, de preferência com contato com a natureza e animais. Ou, ainda, investir em brincadeiras ativas, como alternativa extremamente benéfica ao desenvolvimento de seus filhos, buscando afastá- los da terapia televisiva, do contato rotineiro com o mundo virtual e digital dos videogames e internet (CORREA et al., 2016). 4.4.5 Ansiedade e estresse no confinamento Para muitas pessoas a experiência de estar em casa, caminho mais seguro para evitar o contagio e a disseminação do vírus, infelizmente pode representar um agravamento de quadros de ansiedade preexistentes, evolução para quadros de depressão bem como aumento nos índices de violência domiciliar (MARTINS, 2020). Ansiedade é uma reação natural do ser humano, faz parte da experiência humana e se faz necessária para nossa sobrevivência, pois em uma situação de perigo precisamos nos colocar em alerta para lutar ou fugir. É uma resposta biológica do nosso organismo em situações sobre as quais não temos controle absoluto e que, por algum motivo, tememos falhar e ter um desempenho não satisfatório (MARTINS, 2020). Muitos comportamentos ansiogênicos fazem parte de um repertório comportamental aprendido a partir de figuras significativas das nossas relações afetivas e que temos como modelos (pai, mãe, professores) e outros parentes com os quais se convive com uma certa frequência. Segundo estudioso canadense chamado Albert Bandura citado por Michiner (2005), o conceito de aprendizagem vicária que nos diz: “o comportamento é aprendizado e o aprendizado é bidirecional, ou seja, nós aprendemos com o meio e o meio se modifica graças a nossas ações”. Como defender a ideia de que estamos educando uma geração de pessoas que desde a infância acreditam sofrer de transtornos de ansiedade desenvolvendo assim um padrão comportamental disfuncional quando na verdade essa compreensão é fruto de outros fatores a exemplo da banalização 19 do termo, identificado nas crenças ou pensamentos gerados pela pessoa nas relações estabelecidas no seu convívio familiar e social (MARTINS, 2020). 4.4.6 Obesidade X Quarentena Embora a prioridade à frente da pandemia da doença pelo SARS-COV-2 (COVID-19) seja atentar-se para o seu impacto imediato, é necessário chamar a atenção para o efeito dessa pandemia em longo prazo, em especial na saúde das crianças. Com o fechamento das escolas e a necessidade de distanciamento social levando ao confinamento, estudos alertam para a possibilidade de exacerbação da epidemia de obesidade infantil e aumento das disparidades no risco de obesidade após a pandemia (COSTA et al., 2020). Com os pedidos de distanciamento social feitos pelas autoridades e a permanência em casa, houve uma redução das oportunidades de atividade física entre as crianças. Além disso, o consumo de alimentos industrializados vem aumentando ao longo desse período, semelhante ao período de férias escolares (COSTA et al., 2020). Esse cenário é preocupante, pois estudos mostram que o ganho de peso entre as crianças não se dá durante o ano letivo, mas sim durante o período de férias escolares, ressaltando ainda que o peso ganhado durante esses meses é mantido durante o próximo ano letivo e se acumula de férias em férias. Extrapolando esse resultado para o período de confinamento, há um risco de aumento dos índices de obesidade infantil (COSTA et al., 2020). A dificuldade dos responsáveis em resguardar esse tempo dedicado à saúde e manter horários de refeição e sono dos mesmos, se deve muitas vezes à dificuldade da adequação própria e ao fatigador momento que os pais e responsáveis vivem hoje, e incontestavelmente isso tem afetado as crianças e adolescentes expostos as mesma condições de não consolidação de horários, o que está contribuindo diretamente para aumento de casos de obesidade, ansiedade e outros, levando em consideração que o uso de telas em geral favorecem o sedentarismo porque não atuam estimulando a brincadeiras com materiais tangíveis e logo não proporcionará estímulo ao 20 movimento. A mesma notoriedade se emprega ao tempo e qualidade de sono bem como aos horários das refeições, já que o sono afeta a sinalização de fome e saciedade através do aumento dos níveis de grelina e diminuição dos níveis da leptina e até mesmo impactar nas escolhas alimentares, que nos leva a associar ao mesmo outra decorrência comum: a ansiedade, que também pode impactar nessas escolhas alimentares, devido a questões multifatoriais, podemos exemplificar alguns pontos como modificações no padrão endócrino e o comer emocional que tendem a ser seletivos aos alimentos calóricos como doces, industrializados, frituras etc, que pode vir acompanhado de auto questionamentos seguido dessas mesmas refeições seja por questões psicológicas, emocionais, hormonais e até carências nutricionais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Manter rotina e horários em refeições proporciona o planejamento prévio a escolha de alimentos e preparo contribuindo diretamente para as escolhas assertivas, e possivelmente mais saudáveis. Manter horários para a alimentação pode proporcionar inclusive a melhora no que diz respeito a ansiedade e ao comer emocional já citado justamente pela capacidade de planejamento que proporciona. O planejamento por sua vez pode acarretar na variação alimentar e nutricional, o que causará bom impacto à promoção de saúde de toda a família além de proporcionar através da alimentação um momento prazeroso e de integração da família (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). A melhor alimentação para crianças e adolescentes neste momento ou ao longo da vida é certamente uma dieta que propõe variação alimentar, procurando ser uma alimentação com boa presença de carboidratos dando preferência aos complexos que consistem em ser mais ricos em fibras que promove além de mais saciedade, controle glicêmico e auxilio no trânsito intestinal como: massas integrais, aveia e inhame. Manter também fontes de gordura boas como ácidos graxos ômega 3, ômega 6 presentes em peixes, linhaça e oleaginosas como castanhas e nozes e outros. Assim como garantir ingesta diária de proteínas através de fonte animal e vegetal, bem como diversificar com frequência frutas, legumes e verduras garantindo assim vitaminas, macro e micronutrientes gerando uma dieta equilibrada, visando ser 21 uma dieta além de completa participativa e também ajustada para especificidades de acordo com idade e condição metabólica e física, que principalmente busque promover a aderência e amplitude alimentar criando novos hábitos alimentares (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Enfatizando também a importância de como as atividades físicas e a saída do sedentarismo pode ser determinante à saúde, tanto à criança e ao adolescente mas também procurar estender esses cuidados de promoção de saúde e conscientizaçãoà toda a família que será prontamente fortes aliados a boa aceitação e aplicação do plano alimentar determinante ao desfecho de resultados na qualidade de vida dos filhos, sempre visando e proporcionando que ambos tenham uma boa relação com a sua alimentação mantendo compromisso com sua saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). 4.4.7 Higiene bucal É preciso cuidar da saúde da boca, pois dela depende a nutrição do organismo. Além disso, estudos científicos comprovam que a saúde bucal tem íntima relação com a saúde geral, pois a boca interage com todas as estruturas do corpo. As más condições de higiene bucal podem causar doenças bucais, que, por sua vez, podem levar a enfermidades (ou agravá-las), principalmente doenças cardiovasculares e diabetes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). A rotina diária de higiene bucal também é importante, e os cuidados devem ser redobrados, uma vez que, a porta de entrada da infecção é o trato respiratório superior, boca (dentes, gengivas, língua), faringe (garganta) e pulmões. Estudos mostram que os fluídos da boca e do nariz são as maiores fontes de disseminação de corona vírus, que podem sobreviver por mais de 24 horas em temperatura ambiente no metal, vidro, plástico, inclusive nas superfícies plásticas da cabeça da escova, cabo e cerdas de nylon, tornando um local perfeito para encontrar esse vírus, além da gripe comum, herpes bucal, entre outros (SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2020). 22 A saliva abriga inúmeras bactérias, o que faz com que a boca seja um ambiente favorável para a proliferação e crescimento de outros microrganismos, como o corona vírus. Além disso, a falta de higiene e saúde bucal pode fazer com que a imunidade fique baixa, aumentando os riscos de infecções e lesões em boca (SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2020). Algumas recomendações importantes para ter uma boa saúde bucal é escovar os dentes todos os dias, após cada refeição e também uma última vez antes de dormir, utilizando uma escova de dente de tamanho adequado, com cerdas macias e creme dental com flúor. Complementar a escovação passando o fio dental entre todos os dentes. Manter uma alimentação saudável, controlando a frequência da ingestão de alimentos doces, principalmente entre as refeições. No caso de quem usa aparelho ortodôntico, preocupar-se ainda mais com a limpeza dos dentes e da gengiva e com o uso do flúor, pois o aparelho retém muito restos de alimentos. Além disso recomenda-se ir ao dentista regularmente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). 4.4.8 Relações familiares As famílias tiveram que se adaptar à nova realidade, além de cuidar da casa, trabalho remoto (Home office), precisam acompanhar e auxiliar nas atividades dos filhos. Algumas famílias estão tendo dificuldades para acompanhar seus filhos pois muitos continuam trabalhando e não tem experiência em ensinar (CORDEIRO, 2020). Passados mais de quarenta dias de isolamento social e convívio intensificado, a conjuntura se tornou cada vez mais cansativa e desgastante em muitos lares. Seja pelo excesso de tempo juntos (muitas vezes inédito) ou pelas dificuldades e incertezas decorrentes do surto de corona vírus (HAIKAL, 2020). As mudanças provocadas pela pandemia, que envolvem desde ameaças de saúde até instabilidade financeira, exigem demais do nosso emocional e qualquer bobeira causa irritação. As pessoas ficam sobrecarregadas e 23 vulneráveis a reações exacerbadas, que variam entre nervosismo, impaciência e intolerância. O confinamento é uma condição bastante delicada e, quando compartilhado com pessoas emocionalmente instáveis, pode chegar a casos extremos de agressões e violência (HAIKAL, 2020). 4.5 Hipótese e Solução 4.5.1 Aulas on-line, acesso à tecnologia, estresse e ansiedade Sugerimos que os pais acompanhem o desempenho escolar dos filhos, supervisionando e auxiliando-os enquanto realizam suas atividades ou assistem às aulas on-line. Outras dicas são: • Designar um local adequado para assistir as aulas e realizar as atividades, onde tenha uma boa iluminação e que seja tranquilo e sem interferências de ruídos; • Estabelecer uma rotina programada de estudos diariamente designando um horário de duas horas para realização de tarefas de casa após as aulas; • Se houver necessidade, dar um intervalo para a criança; • Deixar que a criança se expresse em relação à nova rotina, adaptando o que for possível; • Se a criança tiver dificuldade em manter a atenção e o foco na aula, observar os momentos de maior cansaço e deixar que se levante, vá ao banheiro ou beba água, para que ao retornar sua atenção esteja novamente focada; • Tentar deixar as aulas e a rotina seja o mais próximo possível do que era antes da pandemia, fazendo com que a hora de dormir e levantar deve ser a mesma de antes, tirar sempre o pijama e conversar com a criança sobre a rotina dos pais, em caso de home office; • Não exigir da criança mais do que ela pode dar naquele momento. Tentar compreender que para ela a mudança de rotina também está sendo difícil; 24 • Fortalecer a interação de seus filhos com os colegas, de forma remota, durante a aula e em outros momentos; • Entender os sentimentos das crianças e adolescentes e suas dificuldades, falar sobre isso com eles; • Focar na qualidade do que eles fazem, não na produtividade; • Realizar atividades físicas antes de momentos que requerem atenção ajudam a aumentar o foco; • Realizar atividades diárias da casa e pequenas responsabilidades podem ajudá-los a se sentirem mais seguros e úteis como exemplo lavar uma louça, arrumar o quarto, tirar o lixo; • Estabelecer regras, supervisionar e controlar o tempo de uso dos aparelhos eletrônicos (tablet, vídeo games, computador), como por exemplo 2 horas e sempre incentivar outros tipos de brincadeiras ao ar livre; • Estipular horários para o sono, se alimentar, estudar e brincar; • Estimular a realização de atividades que a criança ou adolescentes gostem, que dão prazer e as deixem felizes afim de tornar o seu dia menos pesado e estressante. • Manter contato com as pessoas queridas, mesmo que virtuais e não se isolar. • Não se sentir culpado por não dar conta de tudo e sempre fazer o que é possível, estabelecendo prioridades e fazer o que estiver a seu alcance, sem autocobrança excessiva; • Exercite a positividade, tentando focar no lado bom das experiências que está vivendo nesta pandemia e no aprendizado que podem trazer. Nem todos os dias, se sentirá otimista, mas cultive bons pensamentos na maior parte do tempo; • Cuidado com as informações que recebe, sempre escolha fontes seguras, mas não fique o tempo todo buscando notícias. Desconecte-se sempre que puder. • A meditação pode ajudar a acalmar, sendo uma grande aliada no combate à ansiedade, ao stress e aos problemas para dormir. Se a ansiedade se agravar busque ajuda profissional. 25 4.5.2 Alimentação Mediante a observação da realidade se fez notório a necessidade de intervenções para promoção de saúde visando qualidade e variedade alimentar e estímulo às atividades físicas, chegando ao consenso de tais hipóteses de solução: • Diminuir a compra e consumo de alimentos ultra processados, uma vez que esses alimentos não estão à disposição na dispensa dificulta a adesão e o consumo deles; • Aumentar o consumo da alimentação de frutas, verduras e legumes para aumento da qualidade alimentar, aumento de fibras e vitaminas e minerais; • Melhorar a rotina de hábitos alimentares, como por exemplo comer nos horários certos; que poderá auxiliar na ansiedade e no comer emocional, além de promover momento de integração familiar; • Providenciar ambiente calmo e sem distrações para o momento das refeições; • Indicar uma elaboração de cardápio para facilitar na hora de preparações; • Apontamentos devida rotina de alimentose atividades que incluem as crianças a participar da elaboração de algumas receitas saudáveis; • Fazer novas preparações e apresentar novos alimentos tornando possível a participação das crianças no momento do preparo, a fim de que se desperte o interesse ao alimento influenciando em melhores escolhas e promovendo uma atividade; • Incentivar brincadeiras lúdicas e prazerosas que busquem uma atividade mais intensa a fim de aumentar o gasto calórico; • Estabelecer rotina de atividades, tanto escolares, como brincadeiras e físicas, visando promoção ao movimento e propiciando a saída do sedentarismo; Incentivar brincadeiras lúdicas e prazerosas que busquem uma atividade mais intensa a fim de aumentar o gasto calórico. 26 4.5.3 Higiene Bucal Uma rotina adequada com técnica de escovação correta, uso do fio dental e do enxaguante bucal, ajuda a evitar a transmissão da Covid-19. 1. Escovar os dentes: escova de cerdas macias com creme dental, todos os dias após as refeições e principalmente antes de dormir. • Após a escovação: lave a escova em água corrente, garantindo a remoção dos resíduos que sobram da escovação, não devemos enxugar na toalha que utilizamos para enxugaras mãos e o rosto, local com bactérias, que podemos transferir para a escova dental. • Limpeza: Borrifar álcool a 70% ou água oxigenada a 0,5% sobre toda superfície da escova (cabeça, cerdas e cabo), por 1 (um) minuto, pois o vírus tem baixa resistência a essas substâncias desinfetantes e após, lavagem em água corrente. • Armazenamento: Ao contrário do que muitas pessoas pensam, guardar a escova de dentes na gaveta, armários ou com protetores não é o mais indicado, pois são lugares quentes e úmidos, que aumentam a proliferação de bactérias, porém deixar em cima da pia, também requer certos cuidados. Guarde em um copo ou outro recipiente qualquer, com as cerdas voltadas para cima, tomando o cuidado de manter as escovas separadas dos outros membros da família, ou seja, um copo para cada escova de dentes. Devemos prestar atenção com a proximidade do vaso sanitário, no momento da descarga, joga para o ar partículas, um spray de germes, ocasionando viroses intestinais. • Validade: Trocar a escova de dente regularmente (a cada dois ou três meses), assim que você perceber sinais de desgaste das cerdas, ou ainda se aparecer sinais de gripe ou resfriado. Não emprestar a escova de dente para outra pessoa, mesmo sendo da família - uso individual. 2. Usar o fio dental, antes da escovação: garante a limpeza correta em locais da boca que a escova não consegue atingir, remove restos de alimentos entre dentes. 27 3. Higienizar a língua: com raspador de língua específico ou mesmo escova de dente iniciando a ação de limpeza da parte mais posterior da língua para a ponta da língua. 4. Uso de enxaguante bucal: quando recomendado pelo dentista. 5. Orientar os pais a escovarem os dentes junto dos filhos, supervisionando- os. 6. Deixar a escovação algo divertido, comprando escovas personalizadas. 4.6 Aplicação da Realidade Como medida interventiva o grupo criou um perfil no Instagram, já que nos dias atuais devido a pandemia do Corona vírus devemos manter um distanciamento social e por isso o projeto teve que ser aplicado virtualmente através do WhatsApp e Instagram. O perfil chamado “Quareteninha Kids” tem o intuito de ajudar as crianças, adolescentes e os pais a enfrentarem de uma maneira agradável o confinamento imposto pela pandemia do COVID-19, repassando dicas e informações que colaborem para a saúde física e mental da família, ensinando- os a lidar com a ansiedade e estresse, com as aulas online, contribuindo para o aprendizado, alimentação adequada e saúde bucal. O nosso Instagram tem como publicações entrevistas com especialistas, entre eles, dentistas, nutricionistas, enfermeiras especializadas em saúde mental, chefe de cozinha dando dicas de gastronomia e a participação de crianças dando dicas de higiene e proteção contra o corona vírus. Além disso foi criado posts educativos relacionados a prevenção do corona vírus e a atividades que fortaleçam as relações familiares trazendo momentos de lazer entre pais e filhos que ajudam a aliviar o estresse causado pelo confinamento. Nosso perfil atingiu em três dias duzentos seguidores, entre eles estão os participantes do projeto, os quais receberam todo o material publicado no 28 Instagram mais uma cartilha educativa (Anexo V) com todas as hipóteses de solução via WhatsApp. 29 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O COVID-19 chegou ao Brasil em 2020 e causou grandes mudanças na rotina de todos, tivemos que modificar os nossos hábitos de vidas para evitar a disseminação do corona vírus. Sendo assim começamos a trabalhar de casa (Home office), as crianças e adolescente passaram a ter aulas on-line, aumentando o convívio familiar que se tornou exaustivo. Iniciando o aparecimento de doenças relacionadas ao confinamento social como o quadro de ansiedade, estresse, depressão, obesidade causada pela má alimentação, alteração no padrão do sono, falta de higiene bucal. Iniciamos um projeto para contribuir para a saúde mental, nutrição, higiene bucal, entretenimento e o convívio social agradável das famílias com as crianças e adolescente nessa pandemia através da nossa rede social do Instagram “Quarenteninha Kids”. Este Instagram é composto por vídeos educativos, posts, enquetes, caixas de perguntas para que os seguidores adquiram conhecimentos e fiquem à vontade para expressar suas dúvidas e dar sugestões de postagem. Além disso temos as conversas com especialistas de diversas áreas entre elas a de saúde mental, nutrição e odontologia, dando dicas de como devemos nos comportar durante o confinamento de uma maneira agradável e saudável. As redes sociais nos dias atuais são as ferramentas mais utilizadas com impacto enorme, sendo uma fonte de influência de grande proporção, criando novos estilos, ditar novos valores e até mesmo formar uma geração, por isso foi através dela que encontramos uma maneira segura para aplicar o projeto uma vez que estamos vivendo um momento que nos impõem um distanciamento social para conter a disseminação do novo corona vírus. 30 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASILa. Ministério da Saúde (MS). Corona vírus Brasil: DF; 2020. Disponível em: <https://covid.saude.gov.br/>. Acesso em: 23 out 2020. BRASILb. Decreto n° 64.881, de 22 de março de 2020. Decreto da quarentena, formulado com apoio do Comitê Administrativo Extraordinário, que trata das demandas da administração pública e do setor privado sobre as medidas para combate da COVID-19. Diário Oficial, Poder Executivo Seção I, São Paulo, v. 130, n. 57, 2020. Disponível em: <http://dobuscadireta.imprensaoficial.com.br/default.aspx?DataPublicacao=20200323& Caderno=DOE-I&NumeroPagina=1São Paulo>. Acesso em: 23 out. 2020. BRASILc. Decreto n° 64.864, de 16 de março de 2020. Suspensão das aulas. Diário Oficial, Poder Executivo Seção I, São Paulo, v. 130, n. 527, 2020. Disponível em: < http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v5/index.asp?c=4&e=20200317&p=1>. Acesso em: 23 out. 2020. BRASILd. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Brasília, DF, p. 15, 13 jul. 1990. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto- da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf>. Acesso em: 24 out. 2020. CORDEIRO, Karolina Maria de Araújo. O impacto da pandemia na educação: a utilização da tecnologia como ferramenta de ensino. Faculdades IDAAM, Brasil, p. 1- 15, 2020. Disponível em: <http://repositorio.idaam.edu.br/jspui/handle/prefix/1157>. Acesso em: 20 out. 2020. CORREA, Aline Medianeira Gomes et al. Impacto das tecnologias: o olhar dos pais acercado viver saudável da criança. R. Enferm. Cent. O. Min., Minas Gerais, ano 2016, v. 6, n. 1, p. 1915-1929, 11 abr. 2016. Disponível em: <http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/903>. Acesso em: 18 out. 2020. COSTA, Luciano Rodrigues et al. Obesidade infantil e quarentena: crianças obesas possuem maior risco para a COVID-19?. Residência Pediatrica. Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Pediatria., Rio de Janeiro., v. 10, n. 2, p. 1-6, 19 jun. 2020. Disponível em: <https://cdn.publisher.gn1.link/residenciapediatrica.com.br/pdf/rp130820a01.pdf>. Acesso em: 23 out. 2020. HAIKAL, Priscilla Auilo. Isolamento provoca desgaste familiar: como lidar com convivência em excesso. Uol, [S. l.], 8 maio 2020. Vivabem. Disponível em: <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/05/08/isolamento-provoca- desgaste-familiar-como-lidar-com-convivencia-em- excesso.htm?next=0001H241U11N>. Acesso em: 24 out. 2020. HUANG C, WANG Y, LI X, REN L, ZHAO J, HU Y, ZHANG L, FAN G, XU J, GU X, CHENG Z, Yu T, XIA J, WEI Y, Wu W, XIE X, YIN W, LI H, LIU M, XIAO Y, GAO H, GUO L, XIE J, WANG G, JIANG R, GAO Z, JIN Q, WANG J, CAO B. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in Wuhan, China. Lancet, 2020; 95(10223):497-506. Disponível em:< https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0140673620301835>. Acesso em: 23 out. 2020. 31 MARTINS, Flávia Regina Sousa. Ansiedade versus Covid 19: Como você lida com ela durante a pandemia?. Revista da FAESF, Floriano- PI, ano 20, v. 4, n. 1, 1 jul. 2020. ISNN 2594-7125, p. 64-69. 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Responda o questionário de acordo com os dados do seu filho em idade escolar. Desde já agradeço a sua participação na pesquisa. 1) Qual o nome dos Pais ou Responsável? _____________________________ 2) Qual a Idade dos Pais ou Responsáveis? ____________________________ 3) Qual a profissão dos Pais ou Responsáveis? _________________________ 4) Qual o nome da Criança ou Adolescente? _____________________ 5) Qual a data de nascimento da Criança ou Adolescente? ___________________ 6) Qual o seu endereço? ______________________________ 7) Seu filho está matriculado em alguma instituição de ensino? Sim ou Não 8) Seu filho possui acesso à internet? Sim ou Não 9) Sua Família possui acesso aos serviços de saúde? Sim ou Não 10) Sua Família possui histórico de doenças? Sim ou Não 11) Se sim quais? _____________________________ 12) Descreva o seu ambiente familiar: ______________________________ 13) Durante o confinamento social devido a Pandemia do COVID-19 você se afastou do seu trabalho? Sim ou Não 14) Com que seu filho passa a maior parte do tempo em casa? ________________ 15) Seu filho compreende o porquê do isolamento social? Sim ou Não 16) Seu filho já perguntou porquê está em casa? Sim ou Não 34 17) Seu filho perguntou o que é o Corona vírus ? Sim ou Não 18) Seu filho demonstrou sinais de ansiedade? (Por exemplo dores de cabeça, barriga, agitação, etc). 19) Seu filho mudou o padrão de sono? Sim ou Não 20) As relações familiares melhoraram ou pioram durante a pandemia? Melhorou, Piorou ou Se manteve a mesma. 21) Seu filho tem total acesso ou é regrado quanto ao uso de meios tecnológicos como televisão, vídeo game, celular, tablet ou computador? Total acesso, Regrado. 22) Quanto horas por dia seu filho faz o uso de televisão, vídeo game, celular, tablet ou computador? 1h, 2h, 3h, 4h, 5h, Mais que 5 horas. 23) Seu filho tem acesso às aulas online? Sim ou Não 24) Como seu filho se comporta nas aulas online? ___________________________ 25) Seu filho estuda sozinho ou com seu auxílio? Sozinho, Com auxílio. 26) Você percebeu mudanças na concentração do seu filho? Sim ou Não 27) Quais mudanças? _______________________________________ 28) De 0 a 10, qual a nota você daria para as aulas on-line? 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. 29) Na sua casa há uma rotina estabelecida? (Horário para comer, dormir, brincar e estudar). Sim ou Não 30) Em relação à alimentação do seu filho, o apetite aumento ou diminuiu nesse período de confinamento? Sim ou Não 31) Houve alteração de peso? Sim ou Não 32) Seu filhopratica alguma atividade física? Sim ou Não 33) Quais atividades físicas? ________________________________ 34) Há um momento de lazer, recreação com os seus filhos? Sim ou Não 35) Quais são? ________________________________________ 36) A higiene bucal do seu filho é melhor em casa ou na escola? Casa, Escola ou Ambos. 37) Essa higiene mudou durante o confinamento? Sim ou Não 38) Faz o uso de fio dental? Sim ou Não 39) Você supervisiona a escovação dele? Sim ou Não 40) Seu filho morde objetos? Sim ou Não 41) Qual a frequência que você o leva ao dentista? _____________________ 42) Qual o tipo de alimentos que seu filho mais costuma comer? _______________ 43) Como seu filho se sente estando confinado em casa? _____________________ 44) Após meses de quarentena você acha que eles estão mais acostumados com os cuidados necessários como a lavagem das mãos uso de máscara e álcool em gel? Sim ou Não 35 45) Deixe uma sugestão, como podemos esclarecer suas dúvidas e auxilia-los da melhor maneira? ____________________________________________ Aqui aproveitamos para deixar três links com informações, úteis para interagir com os pequenos usando a criatividade -apprendendo.org.br -labedu.org.br - livronautas.com.br Link do Formulário do Google Forms: https://forms.gle/BxE6XZJPH8qE7qpa9 https://secure-web.cisco.com/1PnfXHy7Rk0JLnvc53QbRsD6Hk66o3D7tVhhup4Da11NllI5L5a-vcVrBxdJxDLjiK5UnzhSFERVp77DnaGbXwviLcMNz_yD1FBYhMnaeREtb4fZGYN2t1x5Xw2W5z8eT_sJExmv5aszHcFxmxnZ3Ku717eAtrtyHxgKu1VpHRfiKbxs002pxpMKWBMtJ9ZWWwsgQr0O7Yy_2t1zOUDOZJcLGGqa9elGYfoanUmIuHuzgXFcljmOgE1oxBBlufJZrA784yd19VixO2oO24OhhdMKmJ9mgBSvOxgs9eQdRxr_dYukxdnkmH6IrVNTux4Pa/https%3A%2F%2Fwww.google.com%2Furl%3Fq%3Dhttp%3A%2F%2Fapprendendo.org.br%26sa%3DD%26ust%3D1602186839020000%26usg%3DAFQjCNGDm21eh5UBlY1NstWk_MucCc3s4Q https://secure-web.cisco.com/1EeJE-WdKP7iviO1hu44mMSRjAV72P0uigf7ezhAY2y14Bo1PQUZv8GRnTuEgY0We8ubFHoM6H3L3vqE4HNpM82wgx4KrJplhbP-H6MKEAiYECEBb7_Fg93DBOhRwgYw_fb800XzWPrbLL0OaFb_mrWHQO_qLMsnkaIzx9Ou9jSzqPKIr3xg9D9v8ofSD4X3MyIPqtY0FwclrWLfAmSNeNwDFXu3pLOLYMS7uOMeiQg1tEdcLG45hZDwY2v3Dg4dP2k0zNttJSsYdi-si2j7ui-0qwaGebmjrq1irxCXlPCkyWh21A-z3wfVJnvK1VDIy/https%3A%2F%2Fwww.google.com%2Furl%3Fq%3Dhttp%3A%2F%2Flabedu.org.br%26sa%3DD%26ust%3D1602186839020000%26usg%3DAFQjCNFOeECwM9htpYOMeNMuJWIIBHuT3g https://secure-web.cisco.com/1p9-anoqrSVPq5uO9_t3zl_eiMaZ6e8e9f9bsR2nFdiMUup7m9jHpZWeeUKtoBlhO-XbWRqXv7FznVP9m8G4Rs_p2dGDkoasnRIpa1-9Tj9JwOJ83FRAK7cFpP8lhOy-nNozL-o6nDtI5-q8z5pFRFtUWSQXGc3pS8b1BG65IpJUX7vmfmy9NS_zHLN-DU1hdckIeKLskLoELktXL8qIq5y5Ld18_XerW4Y63hQ7ADYzNe-559LDvWmnWvGbQHYhJ0YzmDUK9xNZrJ2ie3_X_q6suwdo6afRS_5zeu_1ghiSRgPfl5fXcXyLqpZyaHEFb/https%3A%2F%2Fwww.google.com%2Furl%3Fq%3Dhttp%3A%2F%2Flivronautas.com.br%26sa%3DD%26ust%3D1602186839020000%26usg%3DAFQjCNFY8w6MbQNh16DPQRudZztXjE9TjA 36 ANEXO II – TERMOS DE CONSENTIMENTO 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 ANEXO III – OBSERVAÇÃO DA REALIDADE INDIVIDUAL OBSERVAÇÃO DA REALIDADE AMANDA DA SILVA SANTOS Observado em casa com um filho de 8 anos e enteado de 8 anos. Mudanças de habito; • 3x mais na frente da tela de celular, para ter acesso a aula, depois a lição de casa e os jogos e vídeos do youtube que aumentaram pois eles não estão saindo pra brincar no playground. • Vídeo game, quando não estão no celular. • Falta de atividade física • Perca de apetite, acredito que pela falta de gasto de energia, na escola acordava cedo, praticava esportes. • Falta de higiene, eles acham que não precisa tomar banho porque não saíram de casa, escovar os dentes depois das refeições tenho que mandar até de manhã ao acordar que com a rotina da escola já faziam automaticamente. • Dieta, está sob controle pois não tenho habito de comprar bolachas, salgadinhos, bala, doces em geral pra casa. • Ansiedade, para acabar a aula e poder ir jogar, causando a mania de morder objetos que acaba afetando a saúde bucal podendo causar desgastes dos dentes, bruxismo e disfunção temporomandibular. • Conclusão: A nossa atual realidade afeta SIM e muito em crianças e adolescentes tanto no emocional quanto no físico. Devemos estar sempre com medidas e cuidados para apoia-los nesse momento pois os mesmos não tem experiências e conhecimento para lidarem sozinhos e sair sem sequelas desse isolamento. 53 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE ANGILEIDY GOMES LAVOR Mãe: Angileidy Gomes lavor 31 anos. Pai: Juan Bezerra Lavor 32 anos. Criança: Alice Gomes Lavor 4 anos. Residência: Rua Regina Cabalau Mendonça, 860 Ap 507 – Suzano - SP Como sou Técnica de Enfermagem, estudante de enfermagem, esposa de um imunodeprimido e mãe. Tentei ao máximo adaptar a rotina de todos não foi e não está sendo fácil. Pontos observados: 1. Alimentação: Consumo excessivo de alimentos de alto teor calórico, rico em gorduras saturadas e glúten. Porem tento sempre incluir alimentos saudáveis como frutas, verduras e fibras. Ao se tratar de uma criança de 4 anos, muitos dos dias obtive sucesso, mas não foram em todas as refeições. 2. Ansiedade: Sinto a Alice mais ansiosa, carente e querendo chamar a atenção de todas as formas possíveis, e visível a falta que o convívio com os amigos do colégio teve impacto na vida dela. Todos os dias ela me pergunta quando o corona vírus vai acabar para ela rever os amigos e a professora. 3. Comportamento: Chora com uma frequência maior e o jeito dela de expressar sua angustia de confinamento. 4. Aprendizado: Imaginem uma aula on-line com 10 crianças de 4 anos é uma bagunça divertida, são pais e crianças falando tudo ao mesmo tempo o começo da aula rola bem mas nunca dura o tempo estimado eles perdem o interesse muito rápido. 5. Saúde: Se tratando deste ponto foi positivo, doenças de costume como gripes, coriza, diarreia e até mesmo piolho não existiram esse ano, ao menos não com a minha. 6. Internet e Jogos: O aumento foi grande no consumo de internet, ficamos sempre atentos os que ela assiste e procuramos permitir somente jogos interativos e educativos, mas como tudo em excesso e ruim e é um ponto que me preocupa, pois o aumento foi muito grande. 54 Soluções práticas: • Atividades onde os pais possam interagir mais com a criança. Atividades de interação para suprir a falta da companhia de crianças da mesma idade. • Desenvolver uma rotina mais regrada, com horários mais rígidos tanto para alimentação, como para atividades de interação com os pais, isso melhorará o estresse e diminuirá a ansiedade, e criará uma adequação ao uso da internet, jogos e redes sociais. • Paciência dos pais com relação ao comportamento da criança, e difícil para quem entende imagina pra quem não. Aplicação da realidade: Sentar e explicar de uma forma que a criança possa entender que é uma fase e que vai passar e ensinar novos hábitos como a higiene das mãos. 55 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE CAROLINE APARECIDA RIBEIRO CARDOSO Devido à pandemia do novo corona vírus , crianças e adolescentes foram obrigados a deixar sua rotina escolar e se confinarem em suas casas, o que causa preocupações na equipe multidisciplinar, como por exemplo eles estão se desenvolvendo e interagindo socialmente, suas condições de saúde e interações familiares. Local de observação: Para realizar a observação em um primeiro instante, formulei um questionário no google forms com perguntas diretas e objetivas sobre a rotina e o questionamento das crianças e adolescentes que estão em isolamento social devido à pandemia. Fiz uma sondagem com pais que possuem filhos emidade escolar (4 aos 17 anos) que eu tenho acesso. Eles responderam ao formulário e estou aguardando me enviarem os termos de consentimento assinados. Neste forms coloquei perguntas que tentassem abrangir um pouco de cada curso envolvido (enfermagem, nutrição e odontologia) para ter uma noção de como está a rotina dessas crianças em casa, porém minha observação é focada no olhar do enfermeiro. Dentre as questões pautei sobre a alimentação, alterações no peso, padrão de sono, sinais de ansiedade, higiene bucal, se as crianças entendem o que é o confinamento e como estão reagindo à ele, como se comportam durante as aulas online, quanto tempo por dia tem acesso aos meios tecnológicos e como estão as relações familiares nesse período de isolamento. Coleta de dados: Nome dos pais ou responsável: Karina Vieira Garcia, 33 anos, atendente. Nome da criança ou adolescente: João Pedro Vieira, 12 anos. Local que reside: Rua Yoshinori Toyoda, n 812, centro, São Lourenço da Serra – SP. João Pedro compreende o porquê do isolamento, no começo possuía mais sinais de ansiedade mas agora está mais tranquilo. Tem acesso à internet e participa das aulas online. Houve aumento do peso e as relações familiares se mantiveram as mesmas. Nome dos pais ou responsável: Thaina, 24 anos, dona de casa. Nome da criança ou adolescente: Pietro, 5 anos. Local que reside: Rua Vanessa de Araújo Pinto, n 47, despézio, São Lourenço da Serra – SP. Pietro portador de bronquite asmática, compreende o porquê do confinamento e já perguntou o que é o corona vírus . Participa das aulas online com auxilio dos pais e se distrai facilmente. As relações familiares melhoraram. O peso se manteve. Ele não gosta de ficar trancado em casa e quando sai não gostar de usar mascára. 56 Nome dos pais ou responsável: Cinthia Aparecida de Campos, 35 anos, dona de casa. Nome da criança ou adolescente: Hallana Jennifer de Campos, 17 anos. Local que reside: Estrada dos Pratas, n 90, Pratas, São Lourenço da Serra – SP. Hallana está no último ano do ensino médio e perdeu o interesse pelas aulas online, não assiste as aulas apenas envia atividades. Houve aumento de peso e alteração no padrão de sono, demonstrou sinais de ansiedade, não tem mais concentração e se sente estressada. Pontos chave: • Aulas online - todos possuem dificuldades em acompanhar, alguns mais do que outros, o auxílio dos pais é essencial para estimular o aprendizado dos filhos. • Ansiedade - foi inevitável nesse período de confinamento, onde estão aprendendo a conviver com uma nova rotina. • Aumento de peso - com a ansiedade e em casa sem possuir rotina, o peso acaba sofrendo alterações. • Padrão de sono – sem rotina estabelecida o sono é prejudicado, também associado aos estresses e ansiedade. • Acesso à tecnologia – sem regras quanto ao uso de celulares, televisão e computadores, as crianças ficam expostas, o que provoca também alterações nos padrões de sono, entre outros. • Relações familiares – em alguns casos o estresse em casa aumentou, fragilizando o ambiente familiar e suas interações. • Convívio social – o isolamento prejudica o desenvolvimento social das crianças. Conclusão Nossa sociedade sofreu mudanças nos últimos meses, foi necessário se adaptar ao confinamento e as crianças e adolescentes sentiram esse impacto em sua vida escolar, social e familiar. São necessárias medidas para tornar esse momento difícil um pouco mais agradável e proveitoso para que não afete o desenvolvimento das crianças. Tratar a ansiedade, as alterações no sono e alimentação para que não ocorram maiores problemas futuros. 57 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE FABIANA CAMILLOTTO • Através de um questionário do google, obtivemos respostas de amigos e parentes que vivem em diversos estados do Brasil. Onde dentro de suas casas foi observada a rotina diária de hábitos de crianças e adolescentes de 05 a 15 anos durante este período de pandemia e isolamento social. • Todos os pais que responderam o formulário têm acesso as necessidades básicas e os filhos estudam em escolas públicas ou particulares. Pontos chaves; • Mudança dos hábitos alimentares, decorrentes do período da quarentena e isolamento social. • Na busca da sensação de viver situações cotidianas e prazerosas (viajar, encontrar os amigos e até mesmo ir ao colégio...), acabam encontrando nos alimentos está compensação. • Também por estarem confinados sem nenhuma rotina, existiu uma maior possibilidade de comerem o que querem, a qualquer momento, sem maiores impedimentos. • Houve um grande aumento de consumo de alimentos com alta densidade calórica (Alimentos como salgadinhos, biscoitos, bolachas, bolos e guloseimas ricos em açúcar e considerados agradáveis ao paladar) e também da frequência das refeições e lanches durante o dia o que os leva a comerem mais e mais rápido... • Em contrapartida diminuiu-se a frequência e qualidade da higiene bucal, pois como não têm como sair de casa, comem e não escovam... Gerando o cenário ideal para o surgimento de cáries e alterações gengivais • Aumento do estresse devido ao cenário libera adrenalina e outros hormônios, diminuindo a imunidade e levando a cenários conhecidos da área Odontológica, tais como; Bruxismo, Gengivite, Aftas, Xerostomia (boca seca). • Problemas motores e má postura, devido a longos períodos diante das telas. • Através das múltiplas respostas foi possível observar que cada família vive a pandemia de forma diferente. Crianças que moram em apartamento e não tem irmãos estão mais deprimidas e afetas psicologicamente, já as que moram no interior ou em casas com quintal e possuem mais irmãos estão sendo menos impactadas. Hipóteses de solução; • Diminuir a compra de alimentos industrializados • Aumentar o consumo de água e alimentos in natura ou minimamente processados. • Rotina de hábitos alimentares, hora para comer, brincar, estudar, 58 dormir. • Rotina de higienização bucal com supervisão… Notou-se que houve várias pandemias cada família tem vivido a realidade de uma forma muito singular… • Alguns pais tem obtido sucesso no implemento de rotinas, provocando mudanças benéficas e assim conseguindo manter a saúde psíquica, bucal, física das crianças, jovens adolescentes • Relatos: Matheus de 13 anos, mora no Paraná, tem um irmão de 08 anos os pais estão separados há 01 anos Matheus é cadeirante e tem hidrocefalia, durante a pandemia perdeu 03 quilos, houve um descuido da sua dieta especifica o que agravou significativamente seu quadro de doença renal. Com a separação dos pais e o afastamento do irmão, durante a pandemia Matheus ficou mais introspectivo o que levou a mãe a buscar ajuda profissional de uma psicologa presencial. Segundo relato: Alice de 05 anos, mora em São Paulo em apartamento, filha única. A mãe conta que a criança desenvolveu o hábito de roer as unhas até sangrar, inclusive a dos pés. Alice está com dificuldades para dormir, pesadelos noturnos, episódios de choro constante. Com os níveis de ansiedade elevados Alice aumentou o aporte calorico de forma compulsiva. Terceiro relato: Manoela de 07 anos mora em Vinhedo com a mãe e irmã mais velha, durante a quarentena, aprendeu a ler e a fazer bolo com a mãe. Veste o uniforme para acompanhar as aulas on line e está mais disposta participativa e interessada. 59 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE FABIANO SANTOS DE CARVALHO Devido à pandemia do novo corona vírus (COVID-19), crianças e adolescentes se viram obrigados a mudar alguns hábitos. Uma simples rotina de ir a escolas, abraçar e cumprimentar amigos e familiares se tornaram perigosas. Local de Observação: Para realizar essa pesquisa busquei ajuda com minha irmã Fabiana que tem filhos de 12 e 2 anos e formulei algumas questões para que possa responder como esta a rotina das crianças na pandemia e como estão lidando com diaa dia. Coleta de Dados: Nome do responsável: Fabiana carvalho, 38 anos, Pedagoga. Nome da criança ou adolescente: Arthur Henrique santos, 12 anos. Agatha Emanuelly santos, 2 anos. Local que reside: Rua Igarapé Água Azul, nº 261, Zona Leste - São Paulo. Arthur compreende bem o isolamento social, no começo não apresentou problemas com o passar do tempo a rotina do mesmo mudou bastante e com isso começou apresentar ansiedade e falta de interesse nas suas atividades diárias. Com essa mudança drástica os meus filhos de 12 e 2 anos se viram perdido em uma nova rotina. Onde pude perceber que um simples hábito de escova os dentes se tornaram uma tortura. Pontos Chaves: ✓ Alimentação – com a ansiedade e em casa sem possuir rotina houve um consumo maior de alimentos e assim por sua vez acabaram ganhando peso. ✓ Ansiedade – foi inevitável vivendo em uma nova rotina todos fomos forçados aprender a lidar com uma nova rotina. ✓ Comportamento- houve um aumento de stress nas disputa por brinquedo, espaço,comidas e até mesmo por atenção. ✓ Aprendizado-houve um atraso no desenvolvimento como: falar,comer sozinha , socializar etc... ✓ Saúde- entende a importância de usar a máscara na situação atual. Todos fazem o uso da máscara. Solução: ✓ Fazer uma rotina diária com horário: hora de se alimentar, brincar, dormir e fazer atividades escolares; ✓ Aumentar o consumo de alimentos rica em fibras; ✓ Rotina de higienização bucal e pessoal; ✓ Gerar brincadeiras e leituras para evitar o stress e a ansiedade; Aplicação de Realidade: ✓ Inserimos novos hábitos na nossa rotina como alimentos, brincadeiras e atividades, bem como mantemos a supervisão de higiene. 60 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE FELIPE ARTUR VIEIRA SANTOS Como sabemos, estamos vivendo um período de pandemia do novo Corona vírus (COVID-19), onde desde março de 2020 tivemos que cumprir isolamento social, e dessa forma tivemos nossas rotinas totalmente adaptadas. Crianças e adolescentes deixaram de ir à escola, tendo que se adaptar à novas rotinas, se privando inclusive de visitar seus avós e/ou familiares e amigos. Local de observação para levantamento dos dados da pesquisa: Foi utilizado a casa da minha irmã, onde mora meu sobrinho de 8 anos, o fora observada a rotina dessa menina, para que conseguisse levantar dados suficientes para elaboração desse relatório. Informações e dados coletados: Mãe: Marina Marta Vieira Santos, 32 anos; Pai: Gerson Rodrigues de Oliveira, 34 anos; Criança: Maria Eduarda Vieira Santos de Oliveira, 8 anos. Residência: Avenida Tâmara, 435, Casa 2, Centro – Carapicuíba – São Paulos Os pais compreenderam a importância do isolamento e isso foi fundamental para o planejamento e adequação das rotinas do Victor. Com a colaboração deles, a criança conseguiu entender a importância do isolamento social, contribuindo dessa forma para a convivência e adaptação à sua nova rotina. A parte mais difícil, após alguns dias de observação, foi com relação à alimentação e o novo modelo adotado pelas escolas, nas aulas via Internet. Pontos observados: 1. Alimentação: Comidas saudáveis porem nessa pandemia teve um aumento no consumo de doces, salgadinhos bala, sorvestes e refrigerante, sanduíches, batatas fritas, com intervalos curtos e com excessos fora dos horários das refeições, onde a impulsionou a comer compulsivamente, resultando num aumento de peso significativo. 2. Ansiedade: Automaticamente, com o isolamento social, foi observado na rotina da criança um aumento da ansiedade, fator responsável pela alimentação desregrada, pois o menino utilizou da alimentação como fator principal da ansiedade. 3. Comportamento: Houve um aumento significativo do estresse, mas levando em consideração a ausência da ida à escola, dos amigos, dos colegas de escola, dos professores. Sem contar que uma criança, que é filha única, teve que conviver apenas com a mãe, sem contato com nenhuma outra criança, isso contribui significativamente para o aumento do estresse durante o confinamento. 61 4. Aprendizado: Com relação ao aprendizado, pude nota uma certa dificuldade para assimilar as informações passadas pela Internet através das aulas on-line e com relação às atividades que precisavam ser feitas. Talvez, esse tenha sido o ponto principal a ser observado na rotina da criança. Sem as aulas presenciais, os alunos tendem a ter uma dificuldade maior de assimilação, pois na sala de aula há uma dinâmica maior entre alunos/alunos e alunos/ professores. Ela ficava com muita raiva de ter que assistir as aulas gravadas, pois queria ter contato com a professora, sofreu muito com toda essa situação. A mãe acabava vendo a aula e tendo que explicar a filha o que era para ser feito, pois a mesma queria fazer sem a explicação. Houve muita reclamação na escola dos pais devido o comportamento da escola com relação a adequação ao nomo meio de ensino. Pois os alunos só tinham aula gravadas e estavam perdendo interesse, e os pais além da responsabilidade normal com a criança e o trabalho home office, ainda assumiram mais uma responsabilidade de ensinar já que eles não queriam assistir as aulas e tinham que entregar diversos trabalhos, apostilas e provas a escola. 5. Saúde: Com relação à esse ponto observado, pude perceber um aumento de peso significativo, como um fator negativo às rotinas diárias e do lado positivo, houve uma preocupação maior da criança com seus hábitos de higiene. Pude notar o excesso no hábito de lavar as mãos e ao uso do álcool em gel. 6. Internet e redes sociais: Pude notar o uso mais frequente do celular, com visita a vídeos do youtube, o que faz com que a criança deixe de ter interesse nas atividades físicas, deixando-o nos momentos livres, mais tempo sentado ou deitado o que não combina com os hábitos alimentares observados. Soluções práticas: ✓ Elaboração de uma dieta, com menos carboidratos, frituras, açúcares e mais fibras e proteínas. ✓ Desenvolvimento de atividades onde os pais possam interagir mais com a criança. Atividades de interação para suprir a falta da companhia de crianças da mesma idade, pois como havia mencionado, o Victor é filho único. ✓ Desenvolver uma rotina mais regrada, com horários mais rígidos tanto para alimentação, como para atividades de interação com os pais, isso melhorará o estresse e diminuirá a ansiedade, e criará uma adequação ao uso da internet, jogos e redes sociais. Aplicação da realidade: Se atentar à alimentação; aproximar os pais ao filho, com atividades de interação, inclusive atividades que possa fazer a criança de movimentar e se exercitar; criar regras para o uso da Internet e do celular; e uma participação maior dos pais no que se diz respeito ao aprendizado. 62 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE GABRIELA BARROS DE OLIVEIRA Pesquisa de crianças A pesquisa de campo foi feita com crianças de 3 a 17 anos na região da zona sul. Interlagos. Entrevistador: Gabriella Barros - 1797036- odontologia Saúde bucal - crianças de 3 a 5 foi relatado que devido a falta de rotina e horários para higiene bucal passam dias sem escovar os dentes. Somente quando sai de casa. Alimentação: Houve um aumento no consumo de alimentos cardiogênico como: Chocolates, Hambúrguer, pizza e bolos. Comportamento: Foi observado um comportamento de stress nas crianças, disputa por brinquedos, comida e até mesmo as pessoas ao seu redor. Ficaram apegadas e manhosas com os pais. Não tem hora para acordar e nem dormi. Aprendizado: Observou-se um atraso no desenvolvimento como: brincar em grupos, higiene oral, rotinas coisas que a creche que ensinava. Saúde: As crianças nessa idade não entendem muito sobre a situação atual, porém, todas fazem o uso de máscaras, relata que nenhuma pegou corona vírus . Solução: Gerar uma rotina as crianças como horário da comida, higiene oral, hora de dormi, hora de brincar e entre outras. Gerar o consumo de
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