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PROJETO FINAL PISC (IMPACTO NA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO CONFINAMENTO PERANTE A PANDEMIA DO COVID-19) (2)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES 
METROPOLITANAS UNIDAS (FMU) 
 
Amanda da Silva Santos RA: 2851124 – Odontol. 
Angileidy Gomes Lavor RA: 2921153 – Enf. 
Caroline Aparecida Ribeiro Cardoso RA: 2796667 – Enf. 
Débora Cristine B. Figueiras RA: 1240884 – Odontol. 
Fabiana Camillotto RA: 2466987 – Nutri. 
Fabiano Santos de Carvalho RA: 2999364 – Enf. 
Felipe Artur Vieira Santos RA: 5823179 – Enf. 
Gabriella Barros de Oliveira RA: 1797036 – Odontol. 
Graziela Santos Maia RA: 2863260 – Enf. 
Jeniffer Alves RA: 2431520 – Nutri. 
Livia Stipp Pereira RA: 2672588 – Nutri. 
Marçal Alves de Almeida RA: 5258110 – Odontol. 
Maria do Socorro de Sá Gama RA: 3056209 – Enf. 
Nathanyell Silva de Melo RA: 2936845 – Enf. 
Wellington de Jesus Lacerda RA: 2399249 – Enf. 
 
 
 
IMPACTO NA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO 
CONFINAMENTO PERANTE A PANDEMIA DO COVID-19 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
Amanda da Silva Santos RA: 2851124 – Odontol. 
Angileidy Gomes Lavor RA: 2921153 – Enf. 
Caroline Aparecida Ribeiro Cardoso RA: 2796667 – Enf. 
Débora Cristine B. Figueiras RA: 1240884 – Odontol. 
Fabiana Camillotto RA: 2466987 – Nutri. 
Fabiano Santos de Carvalho RA: 2999364 – Enf. 
Felipe Artur Vieira Santos RA: 5823179 – Enf. 
Gabriella Barros de Oliveira RA: 1797036 – Odontol. 
Graziela Santos Maia RA: 2863260 – Enf. 
Jeniffer Alves RA: 2431520 – Nutri. 
Livia Stipp Pereira RA: 2672588 – Nutri. 
Marçal Alves de Almeida RA: 5258110 – Odontol. 
Maria do Socorro de Sá Gama RA: 3056209 – Enf. 
Nathanyell Silva de Melo RA: 2936845 – Enf. 
Wellington de Jesus Lacerda RA: 2399249 – Enf. 
 
 
IMPACTO NA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO 
CONFINAMENTO PERANTE A PANDEMIA DO COVID-19 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
Projeto Final desenvolvido como requisito na 
disciplina de PISC (Programa de Saúde 
Comunidade) no curso de Enfermagem, 
Nutrição e Odontologia do Centro 
Universitário das Faculdades Metropolitanas 
Unidas (FMU), campus Liberdade e Santo 
Amaro. 
 
Profa. Orientadora: Me. Vanda Passos. 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 02 
2 OBJETIVO ..................................................................................................... 04 
3 METODOLOGIA ............................................................................................ 05 
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ...................................................... 07 
 4.1 Observação da realidade .................................................................. 07 
 4.2 Resultados da observação da realidade ......................................... 09 
 4.3 Pontos chaves ................................................................................... 13 
 4.4 Teorização .......................................................................................... 14 
 4.4.1 Crianças e adolescentes ...................................................... 14 
 4.4.2 Isolamento social .................................................................. 14 
 4.4.3 Suspensão das aulas presenciais e adoção de aulas on-
line .......................................................................................... 
 
15 
 4.4.4 O impacto do uso das tecnologias para crianças e 
adolescentes ......................................................................... 
 
16 
 4.4.5 Ansiedade e estresse no confinamento ............................. 18 
 4.4.6 Obesidade X Quarentena ..................................................... 19 
 4.4.7 Higiene bucal ........................................................................ 21 
 4.4.8 Relações familiares .............................................................. 22 
 4.5 Hipótese e Solução ........................................................................... 23 
 4.5.1 Aulas on-line, acesso à tecnologia, estresse e ansiedade 23 
 4.5.2 Alimentação .......................................................................... 25 
 4.5.3 Higiene Bucal ........................................................................ 26 
 4.6 Aplicação da realidade ...................................................................... 27 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 29 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 30 
ANEXOS ................................................................................................................ 33 
ANEXO I – QUESTIONÁRIO / ANAMNESE GOOGLE FORMS .......................... 33 
ANEXO II – TERMOS DE CONSENTIMENTOS .................................................. 36 
ANEXO III – OBSERVAÇÃO DA REALIDADE INDIVIDUAL .............................. 52 
ANEXO IV – TEORIZAÇÃO INDIVIDUAL ............................................................. 75 
ANEXO V – CARTILHA EDUCATIVA ................................................................... 111 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
O projeto de integração saúde e comunidade (PISC) tem como 
finalidade desenvolver o conhecimento de diferentes áreas de atenção em 
relação a saúde e bem-estar e formando grupos interprofissionais, contribuindo 
para a formação integral do estudante pela exploração da integração teórico-
prática na promoção de saúde, prevenção de doenças e melhoria da qualidade 
de vida a partir da prática colaborativa em instituições e comunidades. 
Fora designado aos alunos o papel de criar um projeto relacionado a 
saúde integrando a comunidade de acordo com as etapas do Arco de 
Maguerez com o propósito de trazer mudanças e melhorias para a sociedade. 
Desde o final de dezembro de 2019, um surto de uma nova doença de 
corona vírus (COVID-19, causada pelo corona vírus 2 da Síndrome 
Respiratória Aguda Grave -SARS-CoV-2) foi relatado em Wuhan, China, e 
posteriormente afetou 26 países em todo o mundo (XU et al., 2020; WU et al., 
2020). Em geral, a COVID-19 é uma doença respiratória aguda, que apresenta 
uma taxa de mortalidade de 2% (WU et al., 2020). O início da doença pode 
resultar em morte devido a danos alveolares maciços e insuficiência 
respiratória progressiva (XU et al., 2020; HUANG et al., 2020). 
A COVID-19 chegou à América Latina em 25 de fevereiro de 2020, 
quando o Ministério da Saúde do Brasil confirmou o primeiro caso da doença, 
um homem brasileiro, de 61 anos, que viajou de 9 a 20 de fevereiro de 2020 
para a Lombardia, norte da Itália, onde estava ocorrendo um surto significativo 
(RODRIGUEZ-MORALES et al., 2020). Até o dia 22.10.2020, no Brasil já 
haviam 5.323.630 casos confirmados da COVID-19 e 155.900 óbitos, sendo 
1.076.939 casos confirmados no estado de São Paulo e 38.482 óbitos de 
acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde (BRASILa, 2020). 
Devido a essa pandemia o decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020, 
foi adotada com o objetivo de inibir a aglomeração de pessoas e controlar a 
proliferação do novo corona vírus e também dar o tratamento uniforme as 
medidas restritivas (quarentena) feita para cada região, de acordo com os 
critérios estabelecidos pelo Plano São Paulo (BRASILb, 2020). 
3 
 
Com isso a Secretaria de Educação do Governo do Estado de São 
Paulo, como medida de segurança, as aulas presenciais nas Instituições de 
Ensino público e privado do Estado de São Paulo, foram suspensas, de acordo 
com o decreto n°64.864, de 16 de março de 2020 (BRASILc, 2020). 
Contudo crianças e adolescentes passaram a ter aulas on-line durante o 
isolamento social (quarentena). Para muitas pessoas a experiência de estar em 
casa, caminho mais seguro para evitar o contagio e a disseminação do vírus, 
infelizmente pode representar um agravamento de quadros de ansiedade 
preexistentes, evolução para quadros de depressão bem como aumento nos 
índices de violência domiciliar (MARTINS, 2020). 
Será desenvolvido um Projeto Multi e Interdisciplinarcom os cursos de 
Enfermagem, Nutrição e Odontologia do Centro Universitário das Faculdades 
Metropolitanas Unidas (FMU), que visa identificar os problemas enfrentados no 
cotidiano das famílias durante a isolamento social com enfoque na saúde e 
aprendizado de crianças e adolescentes com faixa etária entre 4 e 17 anos da 
região Metropolitana de São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 OBJETIVO 
O trabalho tem como principal objetivo criar um projeto relacionado a 
saúde, integrando a comunidade de acordo com as etapas do Arco de 
Maguerez, identificar os problemas em relação a dificuldades enfrentadas no 
cotidiano das famílias durante o isolamento social com enfoque na saúde e 
aprendizado de crianças e adolescentes para trazer melhorias e mudanças 
para esta comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3 METODOLOGIA 
A metodologia utilizada para o desenvolvimento do projeto foi a revisão 
de literatura e problematização, por meio do Arco de Maguerez (figura 01), 
contendo as seguintes etapas: observação da realidade, pontos chaves, 
teorização, hipóteses de solução, aplicação. 
O projeto foi desenvolvido no Centro Universitário das Faculdades 
Metropolitanas Unidas (FMU), no campus Liberdade, na disciplina de Programa 
de Integração Saúde Comunidade (PISC), no período de setembro a novembro 
de 2020. 
Para a coleta de dados os autores realizaram a observação da realidade 
onde foi realizado uma entrevista com famílias da região metropolitana de São 
Paulo, buscando informações sobre a sua rotina, saúde e aprendizado das 
crianças e adolescentes e o impacto da tecnologia sobre os mesmos, em 
relação ao momento que estão passando, uma pandemia. 
Para o levantamento bibliográfico foram utilizadas palavras-chaves 
como: pandemia, COVID-19, aulas on-line, ansiedade, obesidade, higiene 
bucal, estresse, convívio social, uso de tecnologia, confinamento, crianças e 
adolescente. 
A elaboração do trabalho baseou-se na aquisição de bibliografia 
nacional (português- 14) e internacional (inglês- 5) do período de 2005 a 2020, 
relacionada ao tema de pesquisa. Foram consultados livros, boletins técnicos, 
revistas indexadas de interesse, artigos de congressos, leis, normas técnicas, 
entre outros. 
As publicações foram obtidas em bancos de dados, da Biblioteca do 
Centro Universitário das Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU). As principais 
fontes consultadas na internet foram sites idôneos como: Scielo, Google 
Acadêmico, Pubmed e Bireme. 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01. Arco de Maguerez. 
Fonte: PIERINI; PIZZ, 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 4.1 Observação da realidade 
Nos relatórios individuais feitos pelos alunos dos cursos de Enfermagem, 
Nutrição e Odontologia, foram feitas 17 entrevistas com responsáveis por 
crianças com idade de 4 até 17 anos. O local escolhido para a entrevista foi a 
região metropolitana de São Paulo. 
Nas entrevistas feitas, os entrevistadores fizeram perguntas 
relacionadas à nova rotina das famílias e o impacto principalmente da 
tecnologia para as crianças e adolescentes, em relação ao momento que estão 
passando, uma pandemia, este questionário consta em Anexo I. 
Em todas as entrevistas foram obtidas as autorizações dos responsáveis 
pelas crianças e adolescentes do estudo em questão (Anexo III), foi utilizada a 
plataforma Google Formulários (forms) para aprimoramento da entrevista. 
As principais mudanças notadas pelas famílias (Anexo II) foi o aumento 
de peso e piora da alimentação na maioria das crianças, por estarem sempre 
em casa e com alimentos sempre à disposição para petiscos. Em alguns casos 
isolados, houve perda de apetite, provavelmente pelo fato de estarem gastando 
menos energia no decorrer do dia, e com isso perda de peso. Já em outro caso 
isolado, foi relatado que os filhos melhoraram a alimentação, já que agora há 
uma maior supervisão por parte dos responsáveis, que ocasionou em menor 
ingestão de alimentos processados e uma alimentação mais equilibrada, 
buscando fazer mais refeições ao dia. 
Além das mudanças relacionadas à alimentação, houve relatos em que 
os responsáveis se queixavam de falta de higiene bucal por parte das crianças 
e adolescentes, que apenas escovam os dentes quando saem de casa, e como 
estão todos em isolamento social, não veem necessidade de tal fato. Com a 
diminuição da higiene bucal, alguns pais relataram que a incidência de lesões 
cariosas aumentou nos dentes das crianças e adolescentes. 
Na maioria das entrevistas, os pais fizeram comentários relacionados ao 
aumento da ansiedade por parte dos filhos, já que os mesmos reclamam das 
8 
 
aulas à distância e de estarem longe de seus amigos e colegas. O isolamento 
social fez com que muitas dessas crianças ficassem mais ansiosas e perdidas, 
tentando se adaptar à nova rotina, com isso também sofreram alteração no 
padrão de sono. 
A maioria das crianças e adolescentes observados não possuem regras 
quanto ao uso de meios tecnológicos como celulares, computadores e 
televisão. Fazem uso dos aparelhos muitas horas ao longo do dia, alguns sem 
a supervisão dos pais, o que preocupa a equipe quanto aos danos que o uso 
prolongado da tecnologia pode causar a eles. 
As relações familiares sofreram mudanças ao longo do isolamento, 
algumas melhoraram e outras sofreram com desentendimentos entre si, já que 
agora o convívio entre eles aumentou e em certos momentos se tornou 
exaustivo. 
As aulas online tem mostrado muitas dificuldades para os alunos e 
também para os pais, as crianças não conseguem se concentrar, se sentem 
perdidas entre as aulas e dependem da ajuda dos pais para conseguir realizar 
as atividades. Muitos pais se sentem exaustos com a rotina da quarentena, na 
qual precisam ajudar seus filhos em dobro com seus estudos, tem dificuldades 
por estarem muito tempo longe da escola e agora precisam relembrar ou até 
mesmo aprender os assuntos das aulas de seus filhos para que assim possam 
auxiliá-los. As crianças ficam ansiosas e agitadas, algumas não conseguem se 
concentrar, perderam o interesse nas aulas, o que acarreta no estresse de pais 
e filhos. 
Com esses relatos postos em pauta, foram pensadas medidas cabíveis 
para uma melhora. Entre elas, a importância de uma maior supervisão por 
parte dos pais e responsáveis, principalmente com crianças pequenas, criando 
uma rotina que agregue atividades físicas e brincadeiras, horários para as 
refeições, além de sempre observarem seus filhos quando forem fazer a 
higienização bucal e na utilização de equipamentos eletrônicos, os auxiliando 
no que for necessário. 
 
 
9 
 
 4.2 Resultados da observação da realidade 
Segue abaixo os resultados obtidos pelo nosso questionário na 
plataforma do Google Formulário (forms): 
10 
 
 
 
 
 
11 
 
 
12 
 
 
13 
 
 4.3 Pontos chaves 
 Nesta etapa serão apontados os principais pontos que foram 
observados entre os entrevistados, para serem pesquisados e discutidos: 
• Aulas on-line – todos possuem dificuldades em acompanhar, alguns 
mais do que outros, o auxílio dos pais é essencial para estimular o 
aprendizado dos filhos. 
• Ansiedade – foi inevitável nesse período de confinamento, onde estão 
aprendendo a conviver com uma nova rotina. 
• Aumento de peso – com a ansiedade e em casa sem possuir rotina, o 
peso acaba sofrendo alterações, aumentando o consumo de alimentos 
com alta densidade calórica (alimentos como salgadinho, biscoitos, 
bolachas, bolos e guloseimas ricos em açúcares e considerados 
agradáveis ao paladar). 
• Padrão de sono – sem rotina estabelecida o sono é prejudicado, 
também associado aos estresses e ansiedade. 
• Acesso à tecnologia – sem regras quanto ao uso de celulares, 
televisão e computadores, as crianças ficam expostas, o que provoca 
também alterações nos padrões desono, problemas motores e má 
posturas devido a longos períodos diante das telas, entre outros. 
• Relações familiares – em alguns casos o estresse em casa aumentou, 
fragilizando o ambiente familiar e suas interações. 
• Convívio social – o isolamento prejudica o desenvolvimento social das 
crianças. Através das múltiplas respostas foi possível observar que 
cada família vive a pandemia de forma diferente, crianças que moram 
em apartamento e não tem irmãos estão mais deprimidas e afetadas 
psicologicamente, já as que moram no interior ou em casas com quintal 
e possuem mais irmãos estão sendo menos impactadas. 
• Higiene bucal – diminuiu-se a frequência e qualidade da higiene bucal, 
pois não podem sair de casa e acabam não escovando os dentes, 
gerando o cenário ideal para o surgimento de cáries e alterações 
gengivais. 
 
14 
 
4.4 Teorização 
 4.4.1 Crianças e adolescentes 
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, de 
13 de julho de 1990, o artigo 2º considera criança a pessoa até doze anos de 
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade 
(BRASILd, 1990). De acordo com o artigo 4º: 
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do 
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos 
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASILb, 
1990). 
 
 4.4.2 Isolamento social 
Desde o final de dezembro de 2019, um surto de uma nova doença de 
corona vírus (COVID-19, causada pelo corona vírus 2 da Síndrome 
Respiratória Aguda Grave -SARS-CoV-2) foi relatado em Wuhan, China, e 
posteriormente afetou 26 países em todo o mundo (XU et al, 2020; WU et al, 
2020). 
A COVID-19 é transmitida de pessoa para pessoa, por gotículas de 
saliva, espirro, tosse, catarro, acompanhado por contato pela boca, nariz ou 
olhos, ou até mesmo, por meio de objetos e superfícies contaminadas 
(PEREIRA et al.,2020). 
Devido a essa pandemia o decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020, 
foi adotada com o objetivo de inibir a aglomeração de pessoas e controlar a 
proliferação do novo corona vírus e também dar o tratamento uniforme as 
medidas restritivas (quarentena) feita para cada região, de acordo com os 
critérios estabelecidos pelo Plano São Paulo (BRASILb, 2020). 
Atualmente, pesquisadores e profissionais da área da saúde estão em 
um constante desafio conforme o avanço no número de casos de COVID-19, 
pois a doença ainda não possui o risco clínico totalmente definido, como 
também não se conhece com exatidão o padrão de transmissibilidade, 
15 
 
infectabilidade, letalidade e mortalidade. Ressalta-se que ainda não há vacinas 
ou medicamentos específicos disponíveis contra a doença (PEREIRA et 
al.,2020). 
Entre estas estratégias, a primeira medida adotada é o distanciamento 
social, evitando aglomerações a fim de manter, no mínimo, um metro e meio de 
distância entre as pessoas, como também a proibição de eventos que 
ocasionem um grande número de indivíduos reunidos (escolas, universidades, 
shows, shoppings, academias esportivas, eventos esportivos, entre outros) 
(PEREIRA et al.,2020). 
Em contrapartida, em casos extremos é adotado o isolamento social, 
conceitualmente, quando as pessoas não podem sair de suas casas como 
forma de evitar a proliferação do vírus. Dessa forma, há ainda a recomendação 
de que as pessoas suspeitas de portarem o vírus permaneçam em quarentena 
por quatorze dias, pois este é o período de incubação do SARS-COV-2, ou 
seja, o tempo para o vírus manifestar-se no corpo do indivíduo (PEREIRA et 
al.,2020). 
 
 4.4.3 Suspensão das aulas presenciais e adoção de aulas on-line 
Devido a pandemia do corona vírus as aulas dos ensinos público e 
privado foram suspensas temporariamente no Brasil em março de 2020. Com o 
objetivo de continuar as aulas durante a quarentena, as instituições de ensino 
adotaram o ensino remoto a distância, onde alunos e professores tiveram que 
se adequar com este novo cenário com aulas online, sendo muito importante 
afim de minimizar os danos causados pela ausência das aulas presenciais 
(CORDEIRO, 2020). 
A educação a distância possui muitos desafios e um deles é a 
desigualdade de acesso às tecnologias, pois nem todas as crianças possuem 
computador, celular e acesso à internet. O apoio dos pais é crucial para o 
aprendizado das crianças, uma vez que o incentivo e a colaboração deles 
ajudam os filhos a participar das atividades, criando uma parceria entre escola 
e família (CORDEIRO, 2020). 
16 
 
As aulas remotas seguem os mesmos princípios das aulas presenciais e 
se assemelha a EAD (educação à distância) apenas por ser mediada pela 
tecnologia. Nas aulas remotas as aulas são em tempo real e no mesmo horário 
que as presenciais, com as mesmas disciplinas a interação é diária com o 
professor, calendário próprio de acordo com o Plano de ensino adaptado para 
a situação emergencial (CORDEIRO, 2020). 
De acordo com a portaria nº 343 de 17 de março de 2020, o MEC dispõe 
a substituição das aulas presenciais por aulas em meio digitais enquanto durar 
a situação de pandemia do COVID-19. Neste aspecto todos os meios 
tecnológicos como internet, mídias digitais, celulares, smartphones, televisão, 
são fundamentais neste processo (CORDEIRO, 2020). 
 
 4.4.4 O impacto do uso das tecnologias para crianças e adolescente 
Crianças e adolescentes podem ter acesso a internet desde que seja 
com cuidado e supervisão dos pais, uma vez que ela apresenta perspectivas 
mais abrangentes do mundo, o que causa perigo podendo ocasionar riscos à 
saúde quando os limites são ultrapassados entre o mundo real e virtual, 
intimidade e distorção de fatos. Os pais devem acompanhar o desempenho 
escolar dos filhos e supervisionar suas interações com as tecnologias, já que 
são responsáveis pela educação, segurança e saúde dos filhos (CORREA et 
al., 2016). 
O mundo virtual prejudica a criatividade das crianças, pois faz uma 
ilustração que a mente deveria fazer e influência o comportamento através do 
que é visto nas telas. O acesso à tecnologia está muito presente na vida das 
crianças, a televisão é a mais utilizada e o tempo médio que a criança assiste 
diariamente é de 5h04min (CORREA et al., 2016). 
A maior influência da televisão no comportamento humano é indireta, 
sutil e cumulativa. As pessoas que assistem muito possuem o risco de se iludir, 
confundindo o mundo real com o que é exibido. Quando a família não impõe 
seus valores, os mesmos podem ser feitos pelo aparelho (CORREA et al., 
2016). 
17 
 
A televisão muitas vezes faz o papel de babá eletrônica, fazendo 
companhia para a criança, que não possui relacionamento, nem frustrações, 
onde tudo já vem pronto. Isso pode gerar problemas, entre eles a dificuldade 
que as crianças apresentam em acompanhar o ritmo da escola, pois não 
toleram o que não vem pronto. Além disso, raramente vemos nos programas 
de tv um conteúdo de qualidade para o público infantil, que forneçam 
conhecimentos gerais, que enfatizem a literatura infantil e que forneçam bons 
exemplos de família, moralidade e ética, de forma original e motivadora 
(CORREA et al., 2016). 
A família deve ser a primeira a exigir programas infantis de melhor 
qualidade e horários apropriados para que os programas de adultos sejam 
exibidos. Contudo, sabemos que nem sempre a sociedade está consciente 
dessa necessidade, por isso fica o alerta aos profissionais da saúde e 
educação, pois eles têm o papel de orientar os pais e direcioná-los para a 
promoção do viver saudável infantil (CORREA et al., 2016). 
Há uma negociação entre pais e filhos quanto ao uso das tecnologias, 
de acordo com o comportamento, os pais estipulam horários para o uso, mas 
sem supervisão. O problema não está na tecnologia, mas, sim,em seu mau 
uso (CORREA et al., 2016). 
A internet abre um mundo ilimitado de pesquisa, mas deve ser 
direcionada para que crianças não sejam expostas a conteúdos adultos, dos 
quais ainda não compreendem, o que pode fazer com que elas amadureçam 
antes do tempo, afetando seu caráter e comportamento (CORREA et al., 2016). 
Os efeitos da tecnologia sobre as crianças são complicados, pois possuem 
benefícios e custos. A tecnologia pode ajudar ou atrapalhar o desenvolvimento 
do pensamento das crianças dependendo de qual, como e com que frequência 
ela é usada (CORREA et al., 2016). 
O trabalho multidisciplinar é importante e nele destaca-se o enfermeiro 
que atua como educador na perspectiva de jovens e crianças. Ele deve alertar 
sobre o mau uso das tecnologias pelas crianças e conduzir ao 
acompanhamento e controle efetivo, uma vez que quando utilizadas 
didaticamente tornam-se potentes ferramentas para o desenvolvimento infantil 
18 
 
(CORREA et al., 2016). Deve sugerir aos pais que procurem levar seus filhos a 
novos espaços, novas atividades, de preferência com contato com a natureza e 
animais. Ou, ainda, investir em brincadeiras ativas, como alternativa 
extremamente benéfica ao desenvolvimento de seus filhos, buscando afastá-
los da terapia televisiva, do contato rotineiro com o mundo virtual e digital dos 
videogames e internet (CORREA et al., 2016). 
 
 4.4.5 Ansiedade e estresse no confinamento 
Para muitas pessoas a experiência de estar em casa, caminho mais 
seguro para evitar o contagio e a disseminação do vírus, infelizmente pode 
representar um agravamento de quadros de ansiedade preexistentes, evolução 
para quadros de depressão bem como aumento nos índices de violência 
domiciliar (MARTINS, 2020). 
Ansiedade é uma reação natural do ser humano, faz parte da 
experiência humana e se faz necessária para nossa sobrevivência, pois em 
uma situação de perigo precisamos nos colocar em alerta para lutar ou fugir. É 
uma resposta biológica do nosso organismo em situações sobre as quais não 
temos controle absoluto e que, por algum motivo, tememos falhar e ter um 
desempenho não satisfatório (MARTINS, 2020). 
Muitos comportamentos ansiogênicos fazem parte de um repertório 
comportamental aprendido a partir de figuras significativas das nossas relações 
afetivas e que temos como modelos (pai, mãe, professores) e outros parentes 
com os quais se convive com uma certa frequência. Segundo estudioso 
canadense chamado Albert Bandura citado por Michiner (2005), o conceito de 
aprendizagem vicária que nos diz: “o comportamento é aprendizado e o 
aprendizado é bidirecional, ou seja, nós aprendemos com o meio e o meio se 
modifica graças a nossas ações”. 
Como defender a ideia de que estamos educando uma geração de 
pessoas que desde a infância acreditam sofrer de transtornos de ansiedade 
desenvolvendo assim um padrão comportamental disfuncional quando na 
verdade essa compreensão é fruto de outros fatores a exemplo da banalização 
19 
 
do termo, identificado nas crenças ou pensamentos gerados pela pessoa nas 
relações estabelecidas no seu convívio familiar e social (MARTINS, 2020). 
 
 4.4.6 Obesidade X Quarentena 
Embora a prioridade à frente da pandemia da doença pelo SARS-COV-2 
(COVID-19) seja atentar-se para o seu impacto imediato, é necessário chamar 
a atenção para o efeito dessa pandemia em longo prazo, em especial na saúde 
das crianças. Com o fechamento das escolas e a necessidade de 
distanciamento social levando ao confinamento, estudos alertam para a 
possibilidade de exacerbação da epidemia de obesidade infantil e aumento das 
disparidades no risco de obesidade após a pandemia (COSTA et al., 2020). 
Com os pedidos de distanciamento social feitos pelas autoridades e a 
permanência em casa, houve uma redução das oportunidades de atividade 
física entre as crianças. Além disso, o consumo de alimentos industrializados 
vem aumentando ao longo desse período, semelhante ao período de férias 
escolares (COSTA et al., 2020). 
Esse cenário é preocupante, pois estudos mostram que o ganho de peso 
entre as crianças não se dá durante o ano letivo, mas sim durante o período de 
férias escolares, ressaltando ainda que o peso ganhado durante esses meses 
é mantido durante o próximo ano letivo e se acumula de férias em férias. 
Extrapolando esse resultado para o período de confinamento, há um risco de 
aumento dos índices de obesidade infantil (COSTA et al., 2020). 
A dificuldade dos responsáveis em resguardar esse tempo dedicado à 
saúde e manter horários de refeição e sono dos mesmos, se deve muitas 
vezes à dificuldade da adequação própria e ao fatigador momento que os pais 
e responsáveis vivem hoje, e incontestavelmente isso tem afetado as crianças 
e adolescentes expostos as mesma condições de não consolidação de 
horários, o que está contribuindo diretamente para aumento de casos de 
obesidade, ansiedade e outros, levando em consideração que o uso de telas 
em geral favorecem o sedentarismo porque não atuam estimulando a 
brincadeiras com materiais tangíveis e logo não proporcionará estímulo ao 
20 
 
movimento. A mesma notoriedade se emprega ao tempo e qualidade de sono 
bem como aos horários das refeições, já que o sono afeta a sinalização de 
fome e saciedade através do aumento dos níveis de grelina e diminuição dos 
níveis da leptina e até mesmo impactar nas escolhas alimentares, que nos leva 
a associar ao mesmo outra decorrência comum: a ansiedade, que também 
pode impactar nessas escolhas alimentares, devido a questões multifatoriais, 
podemos exemplificar alguns pontos como modificações no padrão endócrino e 
o comer emocional que tendem a ser seletivos aos alimentos calóricos como 
doces, industrializados, frituras etc, que pode vir acompanhado de auto 
questionamentos seguido dessas mesmas refeições seja por questões 
psicológicas, emocionais, hormonais e até carências nutricionais (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2020). 
Manter rotina e horários em refeições proporciona o planejamento prévio 
a escolha de alimentos e preparo contribuindo diretamente para as escolhas 
assertivas, e possivelmente mais saudáveis. Manter horários para a 
alimentação pode proporcionar inclusive a melhora no que diz respeito a 
ansiedade e ao comer emocional já citado justamente pela capacidade de 
planejamento que proporciona. O planejamento por sua vez pode acarretar na 
variação alimentar e nutricional, o que causará bom impacto à promoção de 
saúde de toda a família além de proporcionar através da alimentação um 
momento prazeroso e de integração da família (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2020). 
A melhor alimentação para crianças e adolescentes neste momento ou 
ao longo da vida é certamente uma dieta que propõe variação alimentar, 
procurando ser uma alimentação com boa presença de carboidratos dando 
preferência aos complexos que consistem em ser mais ricos em fibras que 
promove além de mais saciedade, controle glicêmico e auxilio no trânsito 
intestinal como: massas integrais, aveia e inhame. Manter também fontes de 
gordura boas como ácidos graxos ômega 3, ômega 6 presentes em peixes, 
linhaça e oleaginosas como castanhas e nozes e outros. Assim como garantir 
ingesta diária de proteínas através de fonte animal e vegetal, bem como 
diversificar com frequência frutas, legumes e verduras garantindo assim 
vitaminas, macro e micronutrientes gerando uma dieta equilibrada, visando ser 
21 
 
uma dieta além de completa participativa e também ajustada para 
especificidades de acordo com idade e condição metabólica e física, que 
principalmente busque promover a aderência e amplitude alimentar criando 
novos hábitos alimentares (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). 
Enfatizando também a importância de como as atividades físicas e a 
saída do sedentarismo pode ser determinante à saúde, tanto à criança e ao 
adolescente mas também procurar estender esses cuidados de promoção de 
saúde e conscientizaçãoà toda a família que será prontamente fortes aliados a 
boa aceitação e aplicação do plano alimentar determinante ao desfecho de 
resultados na qualidade de vida dos filhos, sempre visando e proporcionando 
que ambos tenham uma boa relação com a sua alimentação mantendo 
compromisso com sua saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). 
 
 4.4.7 Higiene bucal 
É preciso cuidar da saúde da boca, pois dela depende a nutrição do 
organismo. Além disso, estudos científicos comprovam que a saúde bucal tem 
íntima relação com a saúde geral, pois a boca interage com todas as estruturas 
do corpo. As más condições de higiene bucal podem causar doenças bucais, 
que, por sua vez, podem levar a enfermidades (ou agravá-las), principalmente 
doenças cardiovasculares e diabetes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). 
A rotina diária de higiene bucal também é importante, e os cuidados 
devem ser redobrados, uma vez que, a porta de entrada da infecção é o trato 
respiratório superior, boca (dentes, gengivas, língua), faringe (garganta) e 
pulmões. Estudos mostram que os fluídos da boca e do nariz são as maiores 
fontes de disseminação de corona vírus, que podem sobreviver por mais de 24 
horas em temperatura ambiente no metal, vidro, plástico, inclusive nas 
superfícies plásticas da cabeça da escova, cabo e cerdas de nylon, tornando 
um local perfeito para encontrar esse vírus, além da gripe comum, herpes 
bucal, entre outros (SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO 
PAULO, 2020). 
22 
 
A saliva abriga inúmeras bactérias, o que faz com que a boca seja um 
ambiente favorável para a proliferação e crescimento de outros 
microrganismos, como o corona vírus. Além disso, a falta de higiene e saúde 
bucal pode fazer com que a imunidade fique baixa, aumentando os riscos de 
infecções e lesões em boca (SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO 
DE SÃO PAULO, 2020). 
Algumas recomendações importantes para ter uma boa saúde bucal é 
escovar os dentes todos os dias, após cada refeição e também uma última vez 
antes de dormir, utilizando uma escova de dente de tamanho adequado, com 
cerdas macias e creme dental com flúor. Complementar a escovação passando 
o fio dental entre todos os dentes. Manter uma alimentação saudável, 
controlando a frequência da ingestão de alimentos doces, principalmente entre 
as refeições. No caso de quem usa aparelho ortodôntico, preocupar-se ainda 
mais com a limpeza dos dentes e da gengiva e com o uso do flúor, pois o 
aparelho retém muito restos de alimentos. Além disso recomenda-se ir ao 
dentista regularmente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). 
 
 4.4.8 Relações familiares 
As famílias tiveram que se adaptar à nova realidade, além de cuidar da 
casa, trabalho remoto (Home office), precisam acompanhar e auxiliar nas 
atividades dos filhos. Algumas famílias estão tendo dificuldades para 
acompanhar seus filhos pois muitos continuam trabalhando e não tem 
experiência em ensinar (CORDEIRO, 2020). 
Passados mais de quarenta dias de isolamento social e convívio 
intensificado, a conjuntura se tornou cada vez mais cansativa e desgastante 
em muitos lares. Seja pelo excesso de tempo juntos (muitas vezes inédito) ou 
pelas dificuldades e incertezas decorrentes do surto de corona vírus (HAIKAL, 
2020). 
As mudanças provocadas pela pandemia, que envolvem desde ameaças 
de saúde até instabilidade financeira, exigem demais do nosso emocional e 
qualquer bobeira causa irritação. As pessoas ficam sobrecarregadas e 
23 
 
vulneráveis a reações exacerbadas, que variam entre nervosismo, impaciência 
e intolerância. O confinamento é uma condição bastante delicada e, quando 
compartilhado com pessoas emocionalmente instáveis, pode chegar a casos 
extremos de agressões e violência (HAIKAL, 2020). 
 
4.5 Hipótese e Solução 
 4.5.1 Aulas on-line, acesso à tecnologia, estresse e ansiedade 
Sugerimos que os pais acompanhem o desempenho escolar dos filhos, 
supervisionando e auxiliando-os enquanto realizam suas atividades ou 
assistem às aulas on-line. Outras dicas são: 
• Designar um local adequado para assistir as aulas e realizar as 
atividades, onde tenha uma boa iluminação e que seja tranquilo e sem 
interferências de ruídos; 
• Estabelecer uma rotina programada de estudos diariamente designando 
um horário de duas horas para realização de tarefas de casa após as 
aulas; 
• Se houver necessidade, dar um intervalo para a criança; 
• Deixar que a criança se expresse em relação à nova rotina, adaptando o 
que for possível; 
• Se a criança tiver dificuldade em manter a atenção e o foco na aula, 
observar os momentos de maior cansaço e deixar que se levante, vá ao 
banheiro ou beba água, para que ao retornar sua atenção esteja 
novamente focada; 
• Tentar deixar as aulas e a rotina seja o mais próximo possível do que 
era antes da pandemia, fazendo com que a hora de dormir e levantar 
deve ser a mesma de antes, tirar sempre o pijama e conversar com a 
criança sobre a rotina dos pais, em caso de home office; 
• Não exigir da criança mais do que ela pode dar naquele momento. 
Tentar compreender que para ela a mudança de rotina também está 
sendo difícil; 
24 
 
• Fortalecer a interação de seus filhos com os colegas, de forma remota, 
durante a aula e em outros momentos; 
• Entender os sentimentos das crianças e adolescentes e suas 
dificuldades, falar sobre isso com eles; 
• Focar na qualidade do que eles fazem, não na produtividade; 
• Realizar atividades físicas antes de momentos que requerem atenção 
ajudam a aumentar o foco; 
• Realizar atividades diárias da casa e pequenas responsabilidades 
podem ajudá-los a se sentirem mais seguros e úteis como exemplo lavar 
uma louça, arrumar o quarto, tirar o lixo; 
• Estabelecer regras, supervisionar e controlar o tempo de uso dos 
aparelhos eletrônicos (tablet, vídeo games, computador), como por 
exemplo 2 horas e sempre incentivar outros tipos de brincadeiras ao ar 
livre; 
• Estipular horários para o sono, se alimentar, estudar e brincar; 
• Estimular a realização de atividades que a criança ou adolescentes 
gostem, que dão prazer e as deixem felizes afim de tornar o seu dia 
menos pesado e estressante. 
• Manter contato com as pessoas queridas, mesmo que virtuais e não se 
isolar. 
• Não se sentir culpado por não dar conta de tudo e sempre fazer o que é 
possível, estabelecendo prioridades e fazer o que estiver a seu alcance, 
sem autocobrança excessiva; 
• Exercite a positividade, tentando focar no lado bom das experiências que 
está vivendo nesta pandemia e no aprendizado que podem trazer. Nem 
todos os dias, se sentirá otimista, mas cultive bons pensamentos na 
maior parte do tempo; 
• Cuidado com as informações que recebe, sempre escolha fontes 
seguras, mas não fique o tempo todo buscando notícias. Desconecte-se 
sempre que puder. 
• A meditação pode ajudar a acalmar, sendo uma grande aliada no 
combate à ansiedade, ao stress e aos problemas para dormir. Se a 
ansiedade se agravar busque ajuda profissional. 
25 
 
 4.5.2 Alimentação 
Mediante a observação da realidade se fez notório a necessidade de 
intervenções para promoção de saúde visando qualidade e variedade alimentar 
e estímulo às atividades físicas, chegando ao consenso de tais hipóteses de 
solução: 
• Diminuir a compra e consumo de alimentos ultra processados, uma vez 
que esses alimentos não estão à disposição na dispensa dificulta a 
adesão e o consumo deles; 
• Aumentar o consumo da alimentação de frutas, verduras e legumes para 
aumento da qualidade alimentar, aumento de fibras e vitaminas e 
minerais; 
• Melhorar a rotina de hábitos alimentares, como por exemplo comer nos 
horários certos; que poderá auxiliar na ansiedade e no comer emocional, 
além de promover momento de integração familiar; 
• Providenciar ambiente calmo e sem distrações para o momento das 
refeições; 
• Indicar uma elaboração de cardápio para facilitar na hora de 
preparações; 
• Apontamentos devida rotina de alimentose atividades que incluem as 
crianças a participar da elaboração de algumas receitas saudáveis; 
• Fazer novas preparações e apresentar novos alimentos tornando 
possível a participação das crianças no momento do preparo, a fim de 
que se desperte o interesse ao alimento influenciando em melhores 
escolhas e promovendo uma atividade; 
• Incentivar brincadeiras lúdicas e prazerosas que busquem uma atividade 
mais intensa a fim de aumentar o gasto calórico; 
• Estabelecer rotina de atividades, tanto escolares, como brincadeiras e 
físicas, visando promoção ao movimento e propiciando a saída do 
sedentarismo; 
Incentivar brincadeiras lúdicas e prazerosas que busquem uma atividade 
mais intensa a fim de aumentar o gasto calórico. 
 
26 
 
 4.5.3 Higiene Bucal 
Uma rotina adequada com técnica de escovação correta, uso do fio dental e 
do enxaguante bucal, ajuda a evitar a transmissão da Covid-19. 
1. Escovar os dentes: escova de cerdas macias com creme dental, todos os 
dias após as refeições e principalmente antes de dormir. 
• Após a escovação: lave a escova em água corrente, garantindo a 
remoção dos resíduos que sobram da escovação, não devemos enxugar 
na toalha que utilizamos para enxugaras mãos e o rosto, local com 
bactérias, que podemos transferir para a escova dental. 
• Limpeza: Borrifar álcool a 70% ou água oxigenada a 0,5% sobre toda 
superfície da escova (cabeça, cerdas e cabo), por 1 (um) minuto, pois o 
vírus tem baixa resistência a essas substâncias desinfetantes e após, 
lavagem em água corrente. 
• Armazenamento: Ao contrário do que muitas pessoas pensam, guardar 
a escova de dentes na gaveta, armários ou com protetores não é o mais 
indicado, pois são lugares quentes e úmidos, que aumentam a 
proliferação de bactérias, porém deixar em cima da pia, também requer 
certos cuidados. Guarde em um copo ou outro recipiente qualquer, com 
as cerdas voltadas para cima, tomando o cuidado de manter as escovas 
separadas dos outros membros da família, ou seja, um copo para cada 
escova de dentes. Devemos prestar atenção com a proximidade do vaso 
sanitário, no momento da descarga, joga para o ar partículas, um spray 
de germes, ocasionando viroses intestinais. 
• Validade: Trocar a escova de dente regularmente (a cada dois ou três 
meses), assim que você perceber sinais de desgaste das cerdas, ou 
ainda se aparecer sinais de gripe ou resfriado. Não emprestar a escova 
de dente para outra pessoa, mesmo sendo da família - uso individual. 
2. Usar o fio dental, antes da escovação: garante a limpeza correta em 
locais da boca que a escova não consegue atingir, remove restos de 
alimentos entre dentes. 
27 
 
3. Higienizar a língua: com raspador de língua específico ou mesmo escova 
de dente iniciando a ação de limpeza da parte mais posterior da língua para 
a ponta da língua. 
4. Uso de enxaguante bucal: quando recomendado pelo dentista. 
5. Orientar os pais a escovarem os dentes junto dos filhos, supervisionando-
os. 
6. Deixar a escovação algo divertido, comprando escovas personalizadas. 
 
4.6 Aplicação da Realidade 
Como medida interventiva o grupo criou um perfil no Instagram, já que 
nos dias atuais devido a pandemia do Corona vírus devemos manter um 
distanciamento social e por isso o projeto teve que ser aplicado virtualmente 
através do WhatsApp e Instagram. 
O perfil chamado “Quareteninha Kids” tem o intuito de ajudar as 
crianças, adolescentes e os pais a enfrentarem de uma maneira agradável o 
confinamento imposto pela pandemia do COVID-19, repassando dicas e 
informações que colaborem para a saúde física e mental da família, ensinando-
os a lidar com a ansiedade e estresse, com as aulas online, contribuindo para o 
aprendizado, alimentação adequada e saúde bucal. 
O nosso Instagram tem como publicações entrevistas com especialistas, 
entre eles, dentistas, nutricionistas, enfermeiras especializadas em saúde 
mental, chefe de cozinha dando dicas de gastronomia e a participação de 
crianças dando dicas de higiene e proteção contra o corona vírus. 
Além disso foi criado posts educativos relacionados a prevenção do 
corona vírus e a atividades que fortaleçam as relações familiares trazendo 
momentos de lazer entre pais e filhos que ajudam a aliviar o estresse causado 
pelo confinamento. 
Nosso perfil atingiu em três dias duzentos seguidores, entre eles estão 
os participantes do projeto, os quais receberam todo o material publicado no 
28 
 
Instagram mais uma cartilha educativa (Anexo V) com todas as hipóteses de 
solução via WhatsApp. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O COVID-19 chegou ao Brasil em 2020 e causou grandes mudanças na 
rotina de todos, tivemos que modificar os nossos hábitos de vidas para evitar a 
disseminação do corona vírus. Sendo assim começamos a trabalhar de casa 
(Home office), as crianças e adolescente passaram a ter aulas on-line, 
aumentando o convívio familiar que se tornou exaustivo. Iniciando o 
aparecimento de doenças relacionadas ao confinamento social como o quadro 
de ansiedade, estresse, depressão, obesidade causada pela má alimentação, 
alteração no padrão do sono, falta de higiene bucal. 
Iniciamos um projeto para contribuir para a saúde mental, nutrição, 
higiene bucal, entretenimento e o convívio social agradável das famílias com as 
crianças e adolescente nessa pandemia através da nossa rede social do 
Instagram “Quarenteninha Kids”. 
Este Instagram é composto por vídeos educativos, posts, enquetes, 
caixas de perguntas para que os seguidores adquiram conhecimentos e fiquem 
à vontade para expressar suas dúvidas e dar sugestões de postagem. Além 
disso temos as conversas com especialistas de diversas áreas entre elas a de 
saúde mental, nutrição e odontologia, dando dicas de como devemos nos 
comportar durante o confinamento de uma maneira agradável e saudável. 
As redes sociais nos dias atuais são as ferramentas mais utilizadas com 
impacto enorme, sendo uma fonte de influência de grande proporção, criando 
novos estilos, ditar novos valores e até mesmo formar uma geração, por isso 
foi através dela que encontramos uma maneira segura para aplicar o projeto 
uma vez que estamos vivendo um momento que nos impõem um 
distanciamento social para conter a disseminação do novo corona vírus. 
 
 
 
 
30 
 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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33 
 
ANEXOS 
 ANEXO I – QUESTIONÁRIO / ANAMNESE GOOGLE FORMS 
IMPACTO NA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO CONFINAMENTO PERANTE A 
PANDEMIA DO COVID-19 
 
Coleta de dados para observação da realidade. 
Sejam bem vindos!!! 
Sua ajuda é valiosa na vida de nós universitários, muito obrigado por participar. 
Este é um Projeto realizado por alunos dos cursos de Enfermagem, Nutrição e Odontologia 
da FMU, disciplina Programa de Integração Saúde Comunidade (PISC), ministrado pela 
Professora Vanda Passos. 
Posteriormente lhe encaminharemos o termo de consentimento para participar do projeto, 
onde deverá ser assinado. 
Responda o questionário de acordo com os dados do seu filho em idade escolar. 
Desde já agradeço a sua participação na pesquisa. 
 
1) Qual o nome dos Pais ou Responsável? _____________________________ 
2) Qual a Idade dos Pais ou Responsáveis? ____________________________ 
3) Qual a profissão dos Pais ou Responsáveis? _________________________ 
4) Qual o nome da Criança ou Adolescente? _____________________ 
5) Qual a data de nascimento da Criança ou Adolescente? ___________________ 
6) Qual o seu endereço? ______________________________ 
7) Seu filho está matriculado em alguma instituição de ensino? Sim ou Não 
8) Seu filho possui acesso à internet? Sim ou Não 
9) Sua Família possui acesso aos serviços de saúde? Sim ou Não 
10) Sua Família possui histórico de doenças? Sim ou Não 
11) Se sim quais? _____________________________ 
12) Descreva o seu ambiente familiar: ______________________________ 
13) Durante o confinamento social devido a Pandemia do COVID-19 você se afastou do seu 
trabalho? Sim ou Não 
14) Com que seu filho passa a maior parte do tempo em casa? ________________ 
15) Seu filho compreende o porquê do isolamento social? Sim ou Não 
16) Seu filho já perguntou porquê está em casa? Sim ou Não 
34 
 
17) Seu filho perguntou o que é o Corona vírus ? Sim ou Não 
18) Seu filho demonstrou sinais de ansiedade? (Por exemplo dores de cabeça, barriga, 
agitação, etc). 
19) Seu filho mudou o padrão de sono? Sim ou Não 
20) As relações familiares melhoraram ou pioram durante a pandemia? Melhorou, Piorou ou 
Se manteve a mesma. 
21) Seu filho tem total acesso ou é regrado quanto ao uso de meios tecnológicos como 
televisão, vídeo game, celular, tablet ou computador? Total acesso, Regrado. 
22) Quanto horas por dia seu filho faz o uso de televisão, vídeo game, celular, tablet ou 
computador? 1h, 2h, 3h, 4h, 5h, Mais que 5 horas. 
23) Seu filho tem acesso às aulas online? Sim ou Não 
24) Como seu filho se comporta nas aulas online? ___________________________ 
25) Seu filho estuda sozinho ou com seu auxílio? Sozinho, Com auxílio. 
26) Você percebeu mudanças na concentração do seu filho? Sim ou Não 
27) Quais mudanças? _______________________________________ 
28) De 0 a 10, qual a nota você daria para as aulas on-line? 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. 
29) Na sua casa há uma rotina estabelecida? (Horário para comer, dormir, brincar e estudar). 
Sim ou Não 
30) Em relação à alimentação do seu filho, o apetite aumento ou diminuiu nesse período de 
confinamento? Sim ou Não 
31) Houve alteração de peso? Sim ou Não 
32) Seu filhopratica alguma atividade física? Sim ou Não 
33) Quais atividades físicas? ________________________________ 
34) Há um momento de lazer, recreação com os seus filhos? Sim ou Não 
35) Quais são? ________________________________________ 
36) A higiene bucal do seu filho é melhor em casa ou na escola? Casa, Escola ou Ambos. 
37) Essa higiene mudou durante o confinamento? Sim ou Não 
38) Faz o uso de fio dental? Sim ou Não 
39) Você supervisiona a escovação dele? Sim ou Não 
40) Seu filho morde objetos? Sim ou Não 
41) Qual a frequência que você o leva ao dentista? _____________________ 
42) Qual o tipo de alimentos que seu filho mais costuma comer? _______________ 
43) Como seu filho se sente estando confinado em casa? _____________________ 
44) Após meses de quarentena você acha que eles estão mais acostumados com os cuidados 
necessários como a lavagem das mãos uso de máscara e álcool em gel? Sim ou Não 
35 
 
45) Deixe uma sugestão, como podemos esclarecer suas dúvidas e auxilia-los da melhor 
maneira? ____________________________________________ 
 
Aqui aproveitamos para deixar três links com informações, úteis para interagir com os 
pequenos usando a criatividade 
-apprendendo.org.br 
-labedu.org.br 
- livronautas.com.br 
 
Link do Formulário do Google Forms: https://forms.gle/BxE6XZJPH8qE7qpa9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://secure-web.cisco.com/1PnfXHy7Rk0JLnvc53QbRsD6Hk66o3D7tVhhup4Da11NllI5L5a-vcVrBxdJxDLjiK5UnzhSFERVp77DnaGbXwviLcMNz_yD1FBYhMnaeREtb4fZGYN2t1x5Xw2W5z8eT_sJExmv5aszHcFxmxnZ3Ku717eAtrtyHxgKu1VpHRfiKbxs002pxpMKWBMtJ9ZWWwsgQr0O7Yy_2t1zOUDOZJcLGGqa9elGYfoanUmIuHuzgXFcljmOgE1oxBBlufJZrA784yd19VixO2oO24OhhdMKmJ9mgBSvOxgs9eQdRxr_dYukxdnkmH6IrVNTux4Pa/https%3A%2F%2Fwww.google.com%2Furl%3Fq%3Dhttp%3A%2F%2Fapprendendo.org.br%26sa%3DD%26ust%3D1602186839020000%26usg%3DAFQjCNGDm21eh5UBlY1NstWk_MucCc3s4Q
https://secure-web.cisco.com/1EeJE-WdKP7iviO1hu44mMSRjAV72P0uigf7ezhAY2y14Bo1PQUZv8GRnTuEgY0We8ubFHoM6H3L3vqE4HNpM82wgx4KrJplhbP-H6MKEAiYECEBb7_Fg93DBOhRwgYw_fb800XzWPrbLL0OaFb_mrWHQO_qLMsnkaIzx9Ou9jSzqPKIr3xg9D9v8ofSD4X3MyIPqtY0FwclrWLfAmSNeNwDFXu3pLOLYMS7uOMeiQg1tEdcLG45hZDwY2v3Dg4dP2k0zNttJSsYdi-si2j7ui-0qwaGebmjrq1irxCXlPCkyWh21A-z3wfVJnvK1VDIy/https%3A%2F%2Fwww.google.com%2Furl%3Fq%3Dhttp%3A%2F%2Flabedu.org.br%26sa%3DD%26ust%3D1602186839020000%26usg%3DAFQjCNFOeECwM9htpYOMeNMuJWIIBHuT3g
https://secure-web.cisco.com/1p9-anoqrSVPq5uO9_t3zl_eiMaZ6e8e9f9bsR2nFdiMUup7m9jHpZWeeUKtoBlhO-XbWRqXv7FznVP9m8G4Rs_p2dGDkoasnRIpa1-9Tj9JwOJ83FRAK7cFpP8lhOy-nNozL-o6nDtI5-q8z5pFRFtUWSQXGc3pS8b1BG65IpJUX7vmfmy9NS_zHLN-DU1hdckIeKLskLoELktXL8qIq5y5Ld18_XerW4Y63hQ7ADYzNe-559LDvWmnWvGbQHYhJ0YzmDUK9xNZrJ2ie3_X_q6suwdo6afRS_5zeu_1ghiSRgPfl5fXcXyLqpZyaHEFb/https%3A%2F%2Fwww.google.com%2Furl%3Fq%3Dhttp%3A%2F%2Flivronautas.com.br%26sa%3DD%26ust%3D1602186839020000%26usg%3DAFQjCNFY8w6MbQNh16DPQRudZztXjE9TjA
36 
 
 ANEXO II – TERMOS DE CONSENTIMENTO 
 
 
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52 
 
 ANEXO III – OBSERVAÇÃO DA REALIDADE INDIVIDUAL 
 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE AMANDA DA SILVA SANTOS 
Observado em casa com um filho de 8 anos e enteado de 8 anos. 
Mudanças de habito; 
• 3x mais na frente da tela de celular, para ter acesso a aula, depois a 
lição de casa e os jogos e vídeos do youtube que aumentaram pois eles 
não estão saindo pra brincar no playground. 
• Vídeo game, quando não estão no celular. 
• Falta de atividade física 
• Perca de apetite, acredito que pela falta de gasto de energia, na escola 
acordava cedo, praticava esportes. 
• Falta de higiene, eles acham que não precisa tomar banho porque não 
saíram de casa, escovar os dentes depois das refeições tenho que 
mandar até de manhã ao acordar que com a rotina da escola já faziam 
automaticamente. 
• Dieta, está sob controle pois não tenho habito de comprar bolachas, 
salgadinhos, bala, doces em geral pra casa. 
• Ansiedade, para acabar a aula e poder ir jogar, causando a mania de 
morder objetos que acaba afetando a saúde bucal podendo causar 
desgastes dos dentes, bruxismo e disfunção temporomandibular. 
 
• Conclusão: A nossa atual realidade afeta SIM e muito em crianças e 
adolescentes tanto no emocional quanto no físico. Devemos estar 
sempre com medidas e cuidados para apoia-los nesse momento pois os 
mesmos não tem experiências e conhecimento para lidarem sozinhos e 
sair sem sequelas desse isolamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE ANGILEIDY GOMES LAVOR 
Mãe: Angileidy Gomes lavor 31 anos. 
Pai: Juan Bezerra Lavor 32 anos. 
Criança: Alice Gomes Lavor 4 anos. 
Residência: Rua Regina Cabalau Mendonça, 860 Ap 507 – Suzano - SP 
Como sou Técnica de Enfermagem, estudante de enfermagem, esposa de um 
imunodeprimido e mãe. Tentei ao máximo adaptar a rotina de todos não foi e 
não está sendo fácil. 
 
Pontos observados: 
1. Alimentação: 
Consumo excessivo de alimentos de alto teor calórico, rico em 
gorduras saturadas e glúten. Porem tento sempre incluir alimentos 
saudáveis como frutas, verduras e fibras. Ao se tratar de uma criança 
de 4 anos, muitos dos dias obtive sucesso, mas não foram em todas 
as refeições. 
 
2. Ansiedade: 
Sinto a Alice mais ansiosa, carente e querendo chamar a atenção de 
todas as formas possíveis, e visível a falta que o convívio com os 
amigos do colégio teve impacto na vida dela. Todos os dias ela me 
pergunta quando o corona vírus vai acabar para ela rever os amigos 
e a professora. 
 
3. Comportamento: 
Chora com uma frequência maior e o jeito dela de expressar sua 
angustia de confinamento. 
 
4. Aprendizado: 
Imaginem uma aula on-line com 10 crianças de 4 anos é uma 
bagunça divertida, são pais e crianças falando tudo ao mesmo tempo 
o começo da aula rola bem mas nunca dura o tempo estimado eles 
perdem o interesse muito rápido. 
 
5. Saúde: 
Se tratando deste ponto foi positivo, doenças de costume como 
gripes, coriza, diarreia e até mesmo piolho não existiram esse ano, 
ao menos não com a minha. 
 
6. Internet e Jogos: 
O aumento foi grande no consumo de internet, ficamos sempre 
atentos os que ela assiste e procuramos permitir somente jogos 
interativos e educativos, mas como tudo em excesso e ruim e é um 
ponto que me preocupa, pois o aumento foi muito grande. 
 
 
 
 
 
54 
 
Soluções práticas: 
• Atividades onde os pais possam interagir mais com a criança. Atividades 
de interação para suprir a falta da companhia de crianças da mesma 
idade. 
• Desenvolver uma rotina mais regrada, com horários mais rígidos tanto 
para alimentação, como para atividades de interação com os pais, isso 
melhorará o estresse e diminuirá a ansiedade, e criará uma adequação 
ao uso da internet, jogos e redes sociais. 
• Paciência dos pais com relação ao comportamento da criança, e difícil 
para quem entende imagina pra quem não. 
 
Aplicação da realidade: 
Sentar e explicar de uma forma que a criança possa entender que é uma fase e 
que vai passar e ensinar novos hábitos como a higiene das mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE CAROLINE APARECIDA RIBEIRO 
CARDOSO 
Devido à pandemia do novo corona vírus , crianças e adolescentes foram 
obrigados a deixar sua rotina escolar e se confinarem em suas casas, o que 
causa preocupações na equipe multidisciplinar, como por exemplo eles 
estão se desenvolvendo e interagindo socialmente, suas condições de 
saúde e interações familiares. 
 
Local de observação: 
Para realizar a observação em um primeiro instante, formulei um questionário 
no google forms com perguntas diretas e objetivas sobre a rotina e o 
questionamento das crianças e adolescentes que estão em isolamento social 
devido à pandemia. Fiz uma sondagem com pais que possuem filhos emidade escolar (4 aos 17 anos) que eu tenho acesso. Eles responderam ao 
formulário e estou aguardando me enviarem os termos de consentimento 
assinados. 
 
Neste forms coloquei perguntas que tentassem abrangir um pouco de cada 
curso envolvido (enfermagem, nutrição e odontologia) para ter uma noção 
de como está a rotina dessas crianças em casa, porém minha observação é 
focada no olhar do enfermeiro. Dentre as questões pautei sobre a 
alimentação, alterações no peso, padrão de sono, sinais de ansiedade, 
higiene bucal, se as crianças entendem o que é o confinamento e como 
estão reagindo à ele, como se comportam durante as aulas online, quanto 
tempo por dia tem acesso aos meios tecnológicos e como estão as relações 
familiares nesse período de isolamento. 
 
Coleta de dados: 
Nome dos pais ou responsável: Karina Vieira Garcia, 33 anos, 
atendente. Nome da criança ou adolescente: João Pedro Vieira, 
12 anos. 
Local que reside: Rua Yoshinori Toyoda, n 812, centro, São Lourenço da 
Serra – SP. João Pedro compreende o porquê do isolamento, no começo 
possuía mais sinais de ansiedade mas agora está mais tranquilo. Tem 
acesso à internet e participa das aulas online. Houve aumento do peso e as 
relações familiares se mantiveram as mesmas. 
 
Nome dos pais ou responsável: Thaina, 24 anos, dona 
de casa. Nome da criança ou adolescente: Pietro, 5 
anos. 
Local que reside: Rua Vanessa de Araújo Pinto, n 47, despézio, São 
Lourenço da Serra – SP. 
Pietro portador de bronquite asmática, compreende o porquê do 
confinamento e já perguntou o que é o corona vírus . Participa das aulas 
online com auxilio dos pais e se distrai facilmente. As relações familiares 
melhoraram. O peso se manteve. Ele não gosta de ficar trancado em casa 
e quando sai não gostar de usar mascára. 
 
56 
 
Nome dos pais ou responsável: Cinthia Aparecida de Campos, 35 anos, 
dona de casa. Nome da criança ou adolescente: Hallana Jennifer de 
Campos, 17 anos. 
Local que reside: Estrada dos Pratas, n 90, Pratas, São Lourenço da Serra 
– SP. Hallana está no último ano do ensino médio e perdeu o interesse 
pelas aulas online, não assiste as aulas apenas envia atividades. Houve 
aumento de peso e alteração no padrão de sono, demonstrou sinais de 
ansiedade, não tem mais concentração e se sente estressada. 
 
Pontos chave: 
• Aulas online - todos possuem dificuldades em acompanhar, alguns 
mais do que outros, o auxílio dos pais é essencial para estimular o 
aprendizado dos filhos. 
• Ansiedade - foi inevitável nesse período de confinamento, 
onde estão aprendendo a conviver com uma nova rotina. 
• Aumento de peso - com a ansiedade e em casa sem possuir 
rotina, o peso acaba sofrendo alterações. 
• Padrão de sono – sem rotina estabelecida o sono é 
prejudicado, também associado aos estresses e ansiedade. 
• Acesso à tecnologia – sem regras quanto ao uso de celulares, 
televisão e computadores, as crianças ficam expostas, o que 
provoca também alterações nos padrões de sono, entre outros. 
• Relações familiares – em alguns casos o estresse em casa 
aumentou, fragilizando o ambiente familiar e suas interações. 
• Convívio social – o isolamento prejudica o desenvolvimento social das 
crianças. 
 
Conclusão 
Nossa sociedade sofreu mudanças nos últimos meses, foi necessário se 
adaptar ao confinamento e as crianças e adolescentes sentiram esse impacto 
em sua vida escolar, social e familiar. São necessárias medidas para tornar 
esse momento difícil um pouco mais agradável e proveitoso para que não 
afete o desenvolvimento das crianças. Tratar a ansiedade, as alterações no 
sono e alimentação para que não ocorram maiores problemas futuros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE FABIANA CAMILLOTTO 
• Através de um questionário do google, obtivemos respostas de 
amigos e parentes que vivem em diversos estados do Brasil. Onde 
dentro de suas casas foi observada a rotina diária de hábitos de 
crianças e adolescentes de 05 a 15 anos durante este período de 
pandemia e isolamento social. 
• Todos os pais que responderam o formulário têm acesso as 
necessidades básicas e os filhos estudam em escolas 
públicas ou particulares. 
 
Pontos chaves; 
• Mudança dos hábitos alimentares, decorrentes do período 
da quarentena e isolamento social. 
• Na busca da sensação de viver situações cotidianas e 
prazerosas (viajar, encontrar os amigos e até mesmo ir ao 
colégio...), acabam encontrando nos alimentos está 
compensação. 
• Também por estarem confinados sem nenhuma rotina, existiu 
uma maior possibilidade de comerem o que querem, a 
qualquer momento, sem maiores impedimentos. 
• Houve um grande aumento de consumo de alimentos com alta 
densidade calórica (Alimentos como salgadinhos, biscoitos, 
bolachas, bolos e guloseimas ricos em açúcar e considerados 
agradáveis ao 
paladar) e também da frequência das refeições e lanches durante 
o dia o que os leva a comerem mais e mais rápido... 
• Em contrapartida diminuiu-se a frequência e qualidade da higiene 
bucal, pois como não têm como sair de casa, comem e não 
escovam... Gerando o cenário ideal para o surgimento de cáries e 
alterações gengivais 
• Aumento do estresse devido ao cenário libera adrenalina e outros 
hormônios, diminuindo a imunidade e levando a cenários conhecidos 
da área Odontológica, tais como; Bruxismo, Gengivite, Aftas, 
Xerostomia (boca seca). 
• Problemas motores e má postura, devido a longos períodos diante 
das telas. 
• Através das múltiplas respostas foi possível observar que cada 
família vive a pandemia de forma diferente. Crianças que moram 
em apartamento e não tem irmãos estão mais deprimidas e afetas 
psicologicamente, já as que moram no interior ou em casas com 
quintal e possuem mais irmãos estão sendo menos impactadas. 
 
Hipóteses de solução; 
• Diminuir a compra de alimentos industrializados 
• Aumentar o consumo de água e alimentos in natura ou minimamente 
processados. 
• Rotina de hábitos alimentares, hora para comer, brincar, estudar, 
58 
 
dormir. 
• Rotina de higienização bucal com supervisão… 
 
Notou-se que houve várias pandemias cada família tem vivido a realidade de 
uma forma muito singular… 
• Alguns pais tem obtido sucesso no implemento de rotinas, 
provocando mudanças benéficas e assim conseguindo manter a 
saúde psíquica, bucal, física das crianças, jovens adolescentes 
• Relatos: 
Matheus de 13 anos, mora no Paraná, tem um irmão de 08 anos os pais 
estão separados há 01 anos 
 
Matheus é cadeirante e tem hidrocefalia, durante a pandemia perdeu 03 
quilos, houve um descuido da sua dieta especifica o que agravou 
significativamente seu quadro de doença renal. Com a separação dos pais e 
o afastamento do irmão, durante a pandemia Matheus ficou mais 
introspectivo o que levou a mãe a buscar ajuda profissional de uma psicologa 
presencial. 
 
Segundo relato: 
Alice de 05 anos, mora em São Paulo em apartamento, filha única. 
A mãe conta que a criança desenvolveu o hábito de roer as unhas até 
sangrar, inclusive a dos pés. Alice está com dificuldades para dormir, 
pesadelos noturnos, episódios de choro constante. 
Com os níveis de ansiedade elevados Alice aumentou o aporte calorico de 
forma compulsiva. 
 
Terceiro relato: 
Manoela de 07 anos mora em Vinhedo com a mãe e irmã mais velha, durante 
a quarentena, aprendeu a ler e a fazer bolo com a mãe. 
Veste o uniforme para acompanhar as aulas on line e está mais disposta 
participativa e interessada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE FABIANO SANTOS DE CARVALHO 
Devido à pandemia do novo corona vírus (COVID-19), crianças e 
adolescentes se viram obrigados a mudar alguns hábitos. Uma simples rotina 
de ir a escolas, abraçar e cumprimentar amigos e familiares se tornaram 
perigosas. 
 
Local de Observação: 
Para realizar essa pesquisa busquei ajuda com minha irmã Fabiana que tem 
filhos de 12 e 2 anos e formulei algumas questões para que possa responder 
como esta a rotina das crianças na pandemia e como estão lidando com diaa 
dia. 
 
Coleta de Dados: 
Nome do responsável: Fabiana carvalho, 38 anos, 
Pedagoga. Nome da criança ou adolescente: Arthur 
Henrique santos, 12 anos. 
Agatha Emanuelly santos, 2 anos. 
Local que reside: Rua Igarapé Água Azul, nº 261, Zona Leste - São Paulo. 
Arthur compreende bem o isolamento social, no começo não apresentou 
problemas com o passar do tempo a rotina do mesmo mudou bastante e com 
isso começou apresentar ansiedade e falta de interesse nas suas atividades 
diárias. 
Com essa mudança drástica os meus filhos de 12 e 2 anos se viram perdido 
em uma nova rotina. Onde pude perceber que um simples hábito de escova 
os dentes se tornaram uma tortura. 
 
Pontos Chaves: 
✓ Alimentação – com a ansiedade e em casa sem possuir rotina 
houve um consumo maior de alimentos e assim por sua vez 
acabaram ganhando peso. 
✓ Ansiedade – foi inevitável vivendo em uma nova rotina todos 
fomos forçados aprender a lidar com uma nova rotina. 
✓ Comportamento- houve um aumento de stress nas disputa por 
brinquedo, espaço,comidas e até mesmo por atenção. 
✓ Aprendizado-houve um atraso no desenvolvimento como: 
falar,comer sozinha , socializar etc... 
✓ Saúde- entende a importância de usar a máscara na situação 
atual. Todos fazem o uso da máscara. 
Solução: 
✓ Fazer uma rotina diária com horário: hora de se alimentar, 
brincar, dormir e fazer atividades escolares; 
✓ Aumentar o consumo de alimentos rica em fibras; 
✓ Rotina de higienização bucal e pessoal; 
✓ Gerar brincadeiras e leituras para evitar o stress e a ansiedade; 
Aplicação de Realidade: 
✓ Inserimos novos hábitos na nossa rotina como alimentos, 
brincadeiras e atividades, bem como mantemos a supervisão 
de higiene. 
60 
 
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE FELIPE ARTUR VIEIRA SANTOS 
Como sabemos, estamos vivendo um período de pandemia do novo Corona 
vírus (COVID-19), onde desde março de 2020 tivemos que cumprir isolamento 
social, e dessa forma tivemos nossas rotinas totalmente adaptadas. Crianças e 
adolescentes deixaram de ir à escola, tendo que se adaptar à novas rotinas, se 
privando inclusive de visitar seus avós e/ou familiares e amigos. 
 
Local de observação para levantamento dos dados da pesquisa: 
Foi utilizado a casa da minha irmã, onde mora meu sobrinho de 8 anos, o fora 
observada a rotina dessa menina, para que conseguisse levantar dados 
suficientes para elaboração desse relatório. 
 
Informações e dados coletados: 
Mãe: Marina Marta Vieira Santos, 32 anos; 
Pai: Gerson Rodrigues de Oliveira, 34 anos; 
Criança: Maria Eduarda Vieira Santos de Oliveira, 8 anos. 
Residência: Avenida Tâmara, 435, Casa 2, Centro – Carapicuíba – São Paulos 
Os pais compreenderam a importância do isolamento e isso foi fundamental 
para o planejamento e adequação das rotinas do Victor. Com a colaboração 
deles, a criança conseguiu entender a importância do isolamento social, 
contribuindo dessa forma para a convivência e adaptação à sua nova rotina. A 
parte mais difícil, após alguns dias de observação, foi com relação à 
alimentação e o novo modelo adotado pelas escolas, nas aulas via Internet. 
 
Pontos observados: 
 
1. Alimentação: 
Comidas saudáveis porem nessa pandemia teve um aumento no consumo de 
doces, salgadinhos bala, sorvestes e refrigerante, sanduíches, batatas fritas, 
com intervalos curtos e com excessos fora dos horários das refeições, onde a 
impulsionou a comer compulsivamente, resultando num aumento de peso 
significativo. 
 
2. Ansiedade: 
Automaticamente, com o isolamento social, foi observado na rotina da criança 
um aumento da ansiedade, fator responsável pela alimentação desregrada, 
pois o menino utilizou da alimentação como fator principal da ansiedade. 
 
3. Comportamento: 
Houve um aumento significativo do estresse, mas levando em consideração a 
ausência da ida à escola, dos amigos, dos colegas de escola, dos professores. 
Sem contar que uma criança, que é filha única, teve que conviver apenas com 
a mãe, sem contato com nenhuma outra criança, isso contribui 
significativamente para o aumento do estresse durante o confinamento. 
 
 
 
 
 
61 
 
4. Aprendizado: 
Com relação ao aprendizado, pude nota uma certa dificuldade para assimilar 
as informações passadas pela Internet através das aulas on-line e com relação 
às atividades que precisavam ser feitas. Talvez, esse tenha sido o ponto 
principal a ser observado na rotina da criança. Sem as aulas presenciais, os 
alunos tendem a ter uma dificuldade maior de assimilação, pois na sala de aula 
há uma dinâmica maior entre alunos/alunos e alunos/ professores. Ela ficava 
com muita raiva de ter que assistir as aulas gravadas, pois queria ter contato 
com a professora, sofreu muito com toda essa situação. A mãe acabava vendo 
a aula e tendo que explicar a filha o que era para ser feito, pois a mesma queria 
fazer sem a explicação. Houve muita reclamação na escola dos pais devido o 
comportamento da escola com relação a adequação ao nomo meio de ensino. 
Pois os alunos só tinham aula gravadas e estavam perdendo interesse, e os 
pais além da responsabilidade normal com a criança e o trabalho home office, 
ainda assumiram mais uma responsabilidade de ensinar já que eles não 
queriam assistir as aulas e tinham que entregar diversos trabalhos, apostilas e 
provas a escola. 
 
5. Saúde: 
 
Com relação à esse ponto observado, pude perceber um aumento de peso 
significativo, como um fator negativo às rotinas diárias e do lado positivo, houve 
uma preocupação maior da criança com seus hábitos de higiene. Pude notar o 
excesso no hábito de lavar as mãos e ao uso do álcool em gel. 
 
6. Internet e redes sociais: 
Pude notar o uso mais frequente do celular, com visita a vídeos do youtube, o 
que faz com que a criança deixe de ter interesse nas atividades físicas, 
deixando-o nos momentos livres, mais tempo sentado ou deitado o que não 
combina com os hábitos alimentares observados. 
 
Soluções práticas: 
✓ Elaboração de uma dieta, com menos carboidratos, frituras, açúcares e 
mais fibras e proteínas. 
✓ Desenvolvimento de atividades onde os pais possam interagir mais com 
a criança. Atividades de interação para suprir a falta da companhia de 
crianças da mesma idade, pois como havia mencionado, o Victor é filho 
único. 
✓ Desenvolver uma rotina mais regrada, com horários mais rígidos tanto 
para alimentação, como para atividades de interação com os pais, isso 
melhorará o estresse e diminuirá a ansiedade, e criará uma adequação 
ao uso da internet, jogos e redes sociais. 
 
Aplicação da realidade: 
Se atentar à alimentação; aproximar os pais ao filho, com atividades de 
interação, inclusive atividades que possa fazer a criança de movimentar e se 
exercitar; criar regras para o uso da Internet e do celular; e uma participação 
maior dos pais no que se diz respeito ao aprendizado. 
 
 
62 
 
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE GABRIELA BARROS DE OLIVEIRA 
Pesquisa de crianças 
A pesquisa de campo foi feita com crianças de 3 a 17 anos na região da zona 
sul. Interlagos. 
 
Entrevistador: Gabriella Barros - 1797036- odontologia 
 
Saúde bucal - crianças de 3 a 5 foi relatado que devido a falta de rotina e 
horários para higiene bucal passam dias sem escovar os dentes. Somente 
quando sai de casa. 
 
Alimentação: Houve um aumento no consumo de alimentos cardiogênico 
como: Chocolates, Hambúrguer, pizza e bolos. 
 
Comportamento: Foi observado um comportamento de stress nas crianças, 
disputa por brinquedos, comida e até mesmo as pessoas ao seu redor. Ficaram 
apegadas e manhosas com os pais. Não tem hora para acordar e nem dormi. 
 
Aprendizado: Observou-se um atraso no desenvolvimento como: brincar em 
grupos, higiene oral, rotinas coisas que a creche que ensinava. 
 
Saúde: As crianças nessa idade não entendem muito sobre a situação atual, 
porém, todas fazem o uso de máscaras, relata que nenhuma pegou corona 
vírus . 
 
Solução: Gerar uma rotina as crianças como horário da comida, higiene oral, 
hora de dormi, hora de brincar e entre outras. 
Gerar o consumo de

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