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Gestão de Projetos Prof.ª Marcos Aurélio Borchardt Identificação, seleção e priorização de projetos Identificação, seleção e priorização de projetos Identificação de projetos • Cestas estratégicas • Priorização e seleção de projetos • Detalhamento dos critérios de seleção Nota de corte • Estabelecimento da nota mínima e máxima dos projetos • Rodando o modelo • Balanceamento da carteira de projetos Concepção estratégica Existem basicamente 2 formas de conceber projetos estratégicos: Top Down Bottom – Up Desdobrando Projetos do Plano Estratégico Alinhando Projetos com o Planejamento Estratégico Concepção estratégica (Top-Down) Mapa Estratégico – Se for Órgão Público Finanças Orçamento Clientes Sociedade Processos Internos Aprendizado e Crescimento Concepção estratégica (Bottom-Up) É solicitado às áreas que proponham projetos. E uma unidade organizacional (como Assessoria de Gestão Estratégica, Planejamento ou Escritório de Projeto) analisa, consolida e alinha as propostas de projetos ao Plano Estratégico. Concepção estratégica (Bottom-Up) No contexto da concepção estratégica, não é interessante dificultar ou burocratizar a proposição de projetos. TIP - I 1 2 3 Entretanto, os projetos devem ser propostos dentro de um padrão. Nesse sentido, sugere-se o TIP – Termo de Intenção de Projeto. TIP – Termo de Intenção de Projeto Um TIP pode conter os seguintes campos: 01 Objetivo 02 Justificativa 03 Benefícios 04 Descrição do Produto/Serviço que será entregue 05 Duração estimada 06 Orçamento estimado 07 Partes interessadas 08 Indicação se o projeto é uma determinação legal Cestas estratégicas E é para isso que servem as Cestas Estratégicas. Independente do modelo (Top-Down ou Bottom- Up) será necessário organizar os projetos. Cestas são macro classificações, utilizadas para agrupar iniciativas similares e permitir uma análise coerente P ix a b a y . Pixabay. Cestas estratégicas – exemplo 1 •Iniciativas relacionadas à atividade-fim do Órgão Atividade-fim •Iniciativas que suportam a realização da atividade-fim do Órgão (projetos relacionados a TI, Segurança, Infraestrutura etc) Suporte à atividade-fim •Iniciativas que resultarão em uma melhoria organizacional (projetos relacionados às melhorias operacionais, à imagem do Órgão, à Educação Corporativa etc) Fortalecimento institucional Iniciativas obrigatórias por força legal Legal Cestas estratégicas – exemplo 2 •Iniciativas relacionadas à inovação, novos produtos e serviços na melhoria dos produtos/serviços Sociedade •Iniciativas que visam diminuir a ociosidade, o desperdício e o retrabalho Processos internos •Iniciativas que buscam a motivação, a capacitação e o comprometimentos das pessoas Aprendizado e crescimento Iniciativas relacionadas ao planejamento e a execução orçamentária e financeira Orçamento Priorização e seleção de projetos A priorização e seleção acontece nas Cestas Estratégicas, por meio de Critérios. Critérios são parâmetros usados para estabelecer uma comparação, escolha, julgamento ou avaliação. •Iniciativas relacionadas à inovação, novos produtos e serviços na melhoria dos produtos/serviços Sociedade •Iniciativas que visam diminuir a ociosidade, o desperdício e o retrabalho Processos internos •Iniciativas que buscam a motivação, a capacitação e o comprometimentos das pessoas Aprendizado e crescimentoP3 P2 P1 P4 P5 P6 PS1 PS2 Priorização e seleção de projetos Podem ser utilizados critérios únicos para todas as cestas ou critérios específicos para cada cesta. São 2 tipos de critérios: CRITÉRIO DESCRIÇÃO EXEMPLOS DE CRITÉRIOS ELIMINATÓRIOS AQUELES SE NÃO ATENDIDOS, EXCLUEM O PROJETO • Prazo do projeto tem que ser inferior a 4 anos; • Orçamento do projeto não pode ultrapassar R$ XX milhões; • Um Projeto não pode consumir mais do que 20% do orçamento disponível; • Projeto só pode utilizar tecnologia nacional; • Projeto que não impacte direta ou indiretamente um Objetivo Estratégico. CLASSIFICATÓRIOS AQUELES QUE ATRIBUEM UMA NOTA QUE CLASSIFICA O PROJETO • Alinhamento estratégico; • Recursos disponíveis; • Capacidade organizacional e Nível de risco. Priorização e seleção de projetos No caso dos Critérios Classificatórios deve haver uma ponderação, ou seja, deve ser distribuído o peso entre os critérios. Exemplo de pesos para critérios: CRITÉRIOS PESOS 1 0,5 2 0,3 3 0,2 TOTAL 1,0 Priorização e seleção de projetos Vamos elaborar os Critérios eliminatórios e classificatórios, com os respectivos pesos? (considerem o Órgão escolhido anteriormente e as Cestas Estratégicas propostas). Detalhamento dos critérios Para cada critério, devemos identificar: item, descrição, objetivo e forma de avaliação. bruna Realce bruna Realce bruna Realce bruna Realce bruna Realce bruna Realce bruna Realce bruna Realce PESO CRITÉRIO ITEM DESCRIÇÃO OBJETIVO AVALIAÇÃO (ESCALA 1 A 9) 0,5 A lin h am e n to E st ra té gi co Contribuição às METAS Estratégicas Pontua a iniciativa de acordo com a provável contribuição para a META. Avaliar a contribuição da iniciativa à META Estratégica, priorizando aquelas de maior impacto OBS: Trata-se de critério subjetivo 1. Baixo impacto 5. Médio Impacto 9. Alto impacto Demanda da alta administração Projeto demandado pela Alta Administração do Ministério Pontuar aqueles projetos prioritários para a Alta Administração 1. Não 9. Sim bruna Realce bruna Realce bruna Realce PESO CRITÉ RIO ITEM DESCRIÇÃO OBJETIVO AVALIAÇÃO (ESCALA 1 A 9) 0,3 R e cu rs o s Situaçã o de imple menta ção Avalia o estágio de desenvolvi mento da iniciativa Pontuar as iniciativas em grau avançado de desenvolvimento, de forma a valorizar os recursos já utilizados 1. Iniciativa não iniciada até 20% de percentual de Implementação 3. Percentual de Implementação: > 20% e < 50% 5. Percentual de Implementação: >50% e < 80% 9. Percentual de Implementação: >80% Equipe para realiza r o projet o Avalia a equipe disponível para realizar o projeto Checar se a iniciativa já conta com pessoal (em número e em capacitação) suficiente para conclusão da iniciativa 1. Insuficiência de pessoal/qualificações; dificuldade de obter recursos externos 5. Suficiência de pessoal/qualificações; dificuldade de obter recursos internos 9. Suficiência de pessoal/qualificações; recursos internos disponíveis Prazo de imple menta ção Tempo utilizado no desenvolvi mento da iniciativa Avaliar o prazo necessário a conclusão da iniciativa, de modo a serem priorizados aqueles com menor tempo de execução 1. > 24 meses 3. 18 - 24 meses 5. 12 - 18 meses 7. 6 - 12 meses 9. < 6 meses bruna Realce bruna Realce PESO CRITÉRIO ITEM DESCRIÇÃO OBJETIVO AVALIAÇÃO (ESCALA 1 A 9) 0,2 C ap ac id ad e o rg an iz ac io n al e n ív e l d e r is co Envolvimento de unidades Examina o número de interfaces da iniciativa Examinar o número de áreas impactadas, priorizando os projetos mais simples 1. Mais de 4 áreas impactadas 5. 2 - 3 áreas impactadas 9. Nenhuma outra área impactada Complexidade Examina a estrutura existente e necessidade s de adequação Examinar a estrutura disponível, priorizando os projetos mais simples 1. Alta 5. Média 9. Baixa bruna Realce bruna Realce PESO CRITÉRIO ITEM SOCIE DADE PROCESOS INTERNOS APRENDIZADO CRESCIMENTO ORÇAMENTO 0,5 Alinhamento Estratégico Contribuição às METAS Estratégicas X X X Demanda da alta administração X X X 0,3 Recursos Situação de implementação X X X Equipe para realizar o projeto X X X X Prazo de implementação X X 0,2 Capacidade organizacion al e nível de risco Envolvimento de unidades X X Complexidade X X X X bruna Realce bruna Realce bruna Realce Nota de corte Na prática, as cestas estratégicas com os respectivos critérios servem para estabelecer uma linha de corte objetivados projetos por pontuação alcançada (Selecionar projetos). Para definir a nota de corte é necessário identificar a nota mínima e máxima que os projetos poderiam obter para os critérios e itens escolhidos. PROJETO OBJETIVO BENEFÍCIO PROD/SERV PONTUAÇÃO AAA AAA AAA AAA 28 BBB BBB BBB BBB 27 CCC CCC CCC CCC 23 DDD DDD DDD DDD 21 EEE EEE EEE EEE 19 FFF FFF FFF FFF 17 GGG GGG GGG GGG 16 LINHA DE CORTE EXEMPLO = 20 PTS bruna Realce PESO CRITÉRIO ITEM DESCRIÇÃO OBJETIVO AVALIAÇÃO (ESCALA 1 A 9) NOTA MÍNIMA (B) NOT A MÁX IMA ( C ) NOTA MÍNIMA PONDERADA (A X B) NOTA MÁXIMA PONDERADA (A X C) 0,5 A lin h am e n to E st ra té gi co Contrib uição às METAS Estratég icas Pontua a iniciativa de acordo com a provável contribuição para a META. Avaliar o impacto direto do projeto às metas estratégic as. OBS: critério subjetivo 1.Impacto indireto 5.Impacto direto baixo 9.Impacto direto médio/alto 1 9 0,5 X 1 = 0,5 0,5 X 9 = 4,5 Demand a da alta administ ração Projeto demandado pela Alta Administraçã o do Ministério Pontuar aqueles projetos prioritário s para a Alta Administra ção 1. Não 9. Sim 1 9 0,5 X 1 = 0,5 0,5 X 9 = 4,5 SUBTOTAL DO CRITÉRIO 1 9 Cálculo da nota mínima e máxima para cada critério PESO CRITÉRIO ITEM DESCRIÇÃO OBJETIVO AVALIAÇÃO (ESCALA 1 A 9) NOTA MÍNI MA (B) NOT A MÁX IMA ( C ) NOTA MÍNIMA PONDERADA (A X B) NOTA MÁXIMA PONDERADA (A X C) 0,3 R e cu rs o s Situação de impleme ntação Avalia o estágio de desenvolvime nto da iniciativa Pontuar as iniciativas em grau avançado de Desenvolvi mento... 1. até 20% 3. de > 20% e < 50% 5. de >50% e < 80% 9. de : >80% 1 9 0,3 X 1 = 0,3 0,3 X 9 = 2,7 Equipe para realizar o projeto Avalia a equipe disponível para realizar o projeto Checar se a iniciativa já conta com pessoal (em número.... 1. Insuficiência de pessoal... 5. Suficiência de pessoal... 9. Suficiência de pessoal/qualificaç ões; recursos disponíveis 1 9 0,3 X 1 = 0,3 0,3 X 9 = 2,7 Prazo de impleme ntação Tempo utilizado no desenvolvime nto da iniciativa Avaliar o prazo conclusão, priorizar os de menor tempo de execução 1. > 24 meses 3. 18 - 24 meses 5. 12 - 18 meses 7. 6 - 12 meses 9. < 6 meses 0,3 X 1 = 0,3 0,3 X 9 = 2,7 SUBTOTAL DO CRITÉRIO 0,9 8,1 PESO CRITÉRIO ITEM DESCRIÇÃO OBJETIVO AVALIAÇÃO (ESCALA 1 A 9) NOTA MÍNIMA (B) NOT A MÁX IMA ( C ) NOTA MÍNIMA PONDERADA (A X B) NOTA MÁXIMA PONDERADA (A X C) 0,2 C ap ac id ad e o rg an iz ac io n al e n ív e l d e r is co Envolvime nto de unidades Examina o número de interfaces da iniciativa Examinar o número de áreas impactadas, Priorizar projetos mais simples 1. Mais de 4 áreas impactadas 5. 2 - 3 áreas impactadas 9. Nenhuma outra área impactada 1 9 0,2 X 1 = 0,2 0,2 X 9 = 1,8 Complexi dade Examina a estrutura existente e necessidades de adequação Examinar a estrutura disponível priorizando os projetos mais simples 1. Alta 5. Média 9. Baixa 1 9 0,2 X 1 = 0,2 0,2 X 9 = 1,8 SUBTOTAL DO CRITÉRIO 0,4 3,6 Cálculo da nota mínima e máxima para cada critério PESO CRITÉRIO ITEM DESCRIÇÃO OBJETIVO NOTA MÍNIMA (B) NOTA MÁXIMA ( C ) SUBTOTAL DO CRITÉRIO (MINIMO) SUBTOTAL DO CRITÉRIO (MÁXIMO) NOTA RECEBIDA NA AVALIAÇÃO 0,5 al in h am e n to Metas / dema nda da Alta Adm. avaliação alinhamento as metas e alinhamento as demandas da alta adm. Critério subjetivo 1 9 1 9 x 0,3 re cu rs o s Imple menta ção / equip e prazo Avalia a equipe disponível para realizar o projeto Critério subjetivo / objetivo 1 9 0,9 8,1 y 0,2 O rg an iz aç ão e r is co Envolv iment o / compl exida de Número de áreas impactadas quanto aos riscos Subjetivo / objetivo 1 9 0,4 3,6 z TOTAL DA CESTA ESTRATÉGICA (PROJETO) 2,3 20,7 Elimina / classifica PARA RODAR O MODELO DE SELEÇÃO Normalmente, a quantidade final de projetos selecionados é confrontada com o orçamento disponível. Caso o orçamento disponível não seja suficiente, os projetos devem ser selecionados do 1º em diante, dentro do orçamento disponível. ORÇAMENTO DISPONÍVEL = R$ 3.000.000,00 LISTA DE PROJETOS SELECIONADOS (próxima pag) bruna Realce Cada projeto (TIP) deve ser analisado conforme os Critérios e itens definidos. Logo, cada Projeto receberá uma nota. NOTA MÁXIMA 20,7 Projetos com Notas igual ou superior a 16,56 estão selecionados NOTA DE CORTE 16,56 Não significa que o projeto será descartado NOTA MÍNIMA 2,3 Projetos com Notas abaixo de 16,56 estão cortados. Se houver critérios diferentes para as cestas, as notas mínimas e máximas devem ser calculadas para cada Cesta Estratégica. bruna Realce Neste caso somente os 2 primeiros projetos seriam selecionados e sobraria um orçamento de R$ 153.000,00. NOTA Nº ORDEM NOME DO PROJETO ORÇAMENTO (R$) SALDO (R$) PNRS / PERS / PMSB PVH 3.000.000,00 19 1º EDUCAÇÃO AMBIENTAL 347.000,00 2.653.000,00 18 2º ATERRO SANITÁRIO 2.500.000,00 153.000,00 16 3º 05 ECOPONTOS (GALPÕES DE TRIAGEM C/ EQUIPAMENTOS) 1.750.000,00 E AGORA??? 15 4º COLETA SELETIVA 525.000,00 14 5º INCLUSÃO CATADORES 100.000,00 53.000,00 13 6º COMPOSTAGEM DOMÉSTICA 200.000,00 TOTAL EM PROJETOS 5.422.000,00 INÍCIO SUGESTÃO: • por questões de legitimidade, o processo de definição dos critérios, itens e pesos deve ser uma construção coletiva. • os critérios, itens e pesos sejam validados pela Alta Gestão. • após rodar o modelo pela 1ª vez deve ser dado retorno da Nota obtida pelo Projeto para os respectivos proponentes. Em seguida, conceder prazo para que os TIPs sejam revisados e ajustados. BALANCEAMENTO DE PROJETOS: Balancear é analisar a distribuição dos projetos nas Cestas Estratégicas 83 TIPS 83 TIPS BALANCEAMENTO DE PROJETOS: Originalmente foram propostos 83 projetos. 83 TIPS 24 TIPS Após a 1ª rodada: 83 24 projetos. BALANCEAMENTO DE PROJETOS: Se após a 2ª rodada a distribuição dos projetos não refletir a expectativa da Alta Gestão, devem ser solicitados projetos específicos para uma determinada Cesta. 24 TIPS 15 TIPS Em seguida, uma 3ª rodada deve ser realizada. E assim sucessivamen te. Após a 2ª rodada: 83 24 15 projetos. O QUE NÓ VIMOS NA AULA DE HOJE 1. Definir as Cestas Estratégicas 2. Definir os Critérios 3. Detalhar os Critérios – item, descrição, objetivo e forma de avaliação 4. Definir a nota de corte 5. Rodar o modelo a 1ª vez (analisar os TIPs de cada projeto e atribuir nota conforme os critérios) 6. Analisar o balanceamento original e, após a 1ª rodada, se refletir a expectativa da Alta Gestão, então finalizar 7. Verificar o orçamento disponível 8. Informar as notas dos projetos para os respectivos proponentes e solicitar ajustes 9. Rodar o modelo a 2ª vez 10. Analisar o balanceamento. Finalizar TIPS LISTA DE PROJETOS Referencias Prof. Marcos Aurélio Borchardt Curso de identificação, seleção e priorização de projetos da ENAP. Rabechini Jr, Roque; Carvalho, Marly Monteiro de. Gerenciamentos de projetos na prática: casos brasileiros. São Paulo : Atlas, 2009. Trentim, Mário Henrique. Gerenciamento de projetos: guia para as certificações CAPM e PMP. 2 ed. São Paulo – Atlas, 2014.
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