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Contabilidade Societária

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Contabilidade 
Societária
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Wellington Rodrigues Silva Souza
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Consolidação (Parte 2)
• Consolidação Envolvendo Transações entre Controlada 
e sua Controladora: Aspectos Introdutórios
• Consolidação Quando 100% das Mercadorias Adquiridas da Controlada 
pela Controladora Ainda não Foram Revendidos a Terceiros 
• Consolidação Quando 100% das Mercadorias Adquiridas da Controlada 
pela Controladora já Foram Revendidos a Terceiros
• Consolidação Quando Apenas Parte das Mercadorias Adquiridas 
da Controlada pela Controladora já foi Revendida a Terceiros
 · Avançar no conceito de consolidação das demonstrações contábeis, 
apresentando mais eliminações de operações entre companhias, 
principalmente operações de mercadorias com lucro não realizado 
nos estoques (conceito abordado anteriormente para o cálculo 
da equivalência patrimonial e aqui recuperado). Ademais, nesta 
unidade, estendemos o estudo dos procedimentos de consolidação 
à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Consolidação (Parte 2)
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Consolidação Envolvendo Transações 
entre Controlada e sua Controladora: 
Aspectos Introdutórios
Vimos anteriormente que é comum uma coligada ou controlada efetuar 
transações com sua investidora. Também aprendemos nesta unidade a calcular a 
equivalência patrimonial considerando-se operações de venda de mercadorias da 
investida para sua investidora com lucro não realizado. Aqui, retomaremos este 
conceito, mas com outro objetivo: no caso das controladas, as quais devem ter 
suas demonstrações consolidadas para as demonstrações da controladora, o efeito 
dos lucros não realizados nos estoques geram ajustes de consolidação, os quais 
trabalharemos com mais detalhes em exemplo prático.
Ademais, sobre conta de Estoque, avançaremos trabalhando eliminações de 
operações de empréstimos, serviços, contas a receber e fornecedores entre con-
trolada e sua controladora.
Para cada um dos seguintes tópicos, serão apresentados exemplos ilustrativos 
das principais transações entre investidor (empresa A) e investida (empresa B), 
sendo consolidados os balanços patrimoniais e as demonstrações do resultado do 
exercício (DRE) de ambas as empresas com base nos valores simulados em cada 
um dos exemplos.
Eliminação de Operações com Mercadorias, 
Clientes e Fornecedores
Digamos que uma controlada B vendeu a prazo para sua controladora A 
mercadorias por $10.000,00, sendo que essas lhe custaram $4.500,00. A alíquota 
de Imposto de Renda e Contribuição Social (IR/CS) a que está sujeita a empresa B 
é de 34%. Considere que nenhuma das mercadorias adquiridas de B já tenham 
sido vendidas por A aos consumidores finais, ou seja, 100% das mercadorias 
adquiridas permanecem no estoque de A. O lucro auferido por B na transação e o 
lucro não realizado foram os seguintes:
Receita da venda de B para A 10.000,00
(-) Custo da venda de B para A (4.500,00)
(=) Lucro bruto da venda de B para A 5.500,00
(-) IR/CS sobre lucro bruto da venda de B para A (34%) (1.870,00)
(=) Lucro líquido da venda de B para A 3.630,00
(x) Percentual não realizado do lucro 100%
(=) Lucro não realizado 3.630,00
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Os lançamentos na empresa B pela venda foram:
• DÉBITO: Clientes
• CRÉDITO: Receita de vendas – 10.000,00
• DÉBITO: CMV
• CRÉDITO: Estoques – 4.500,00
• DÉBITO: Despesa com IR/CS
• CRÉDITO: IR/CS a pagar – 1.870,00
A empresa A, por sua vez, efetuou o seguinte lançamento contábil pelo ingresso 
das mercadorias em seu estoque:
• DÉBITO: Estoques
• CRÉDITO: Fornecedores – 10.000,00
Esses são os lançamentos cabíveis às empresas individuais, os quais impactarão 
os saldos finais de todas as contas contábeis envolvidas. No entanto, a partir do 
momento em que consolidamos as demonstrações, é preciso termos em mente 
que ambas as demonstrações tornam-se uma única. Em transações de venda de 
uma controlada para sua controladora, temos como se a mercadoria tivesse sido 
transferida de um bolso (empresa B) para outro (empresa A). Perceba que o lucro 
bruto de $5.500,00 obtido pela empresa B na transação, dado pela diferença entre 
o valor da venda ($10.000,00) e o valor que esta mercadoria originalmente custou 
para a empresa B ($4.500,00), está embutido no estoque registrado pela empresa 
A por $10.000,00. Em outras palavras, o estoque foi inflado em $5.500,00, 
passando de $4.500,00 para $10.000,00. Esse efeito deve ser, portanto, eliminado 
na consolidação, pois se trata de um lucro fictício quando as demonstrações de 
ambas as empresas são consolidadas.
 Outros dois elementos que deverão ser ajustados são a conta de Clientes 
registrada pela empresa B contra a conta de Fornecedores registrada pela empresa 
A. Afinal, quando consolidadas as demonstrações, não há lógica em considerar que 
a empresa tem direito a receber dela mesma, ou que deve para si mesma.
Eliminação de Empréstimos
É prática comum entre empresas de um mesmo grupo a concessão e realização 
de empréstimos. Isso porque quando um investidor ou investida tem necessidades de 
caixa, é possível negociar entre elas próprias uma taxa de juros reduzida em relação 
a o que seria cobrada por fontes terceiras de captações de recursos (empréstimos 
bancários ou emissão de debêntures, por exemplo). Esses empréstimos entre 
investidor e investida são conhecidos como mútuo.
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UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Admitamos que a empresa A (controladora) tomou um empréstimo de $2.000,00 
de sua controlada B e os juros incorridos (integralmente pagos no período) tenham 
sido de $30,00. Suponha-se que do total do empréstimo tomado por A, 30% já 
tenha sido amortizado (liquidado). Assim, temos o seguinte cenário:
Tabela 1
Valor total (a) 2000
% liquidado (b) 30%
Valor liquidado (a x b) = (c)(600)
Saldo (a) - (c) 1400
Juros incorridos e pagos 30
A seguir, são demonstrados os lançamentos contábeis efetuados pela empresa 
A, tomadora do empréstimo:
Pelo empréstimo obtido junto à empresa B:
• DÉBITO: Banco
• CRÉDITO: Empréstimos e financiamentos – 2.000,00
Pela amortização (liquidação) de parte do empréstimo:
• DÉBITO: Empréstimos e financiamentos
• CRÉDITO: Banco – 600,00
Pelos juros incorridos no período:
• DÉBITO: Despesas financeiras com juros
• CRÉDITO: Empréstimos e financiamentos – 30,00
Pelos juros pagos no período:
• DÉBITO: Empréstimos e financiamentos
• CRÉDITO: Banco – 30,00
A empresa B (concessora do empréstimo) registrou os seguintes lançamentos:
Pelo empréstimo concedido à empresa A:
• DÉBITO: Empréstimos concedidos
• CRÉDITO: Banco – 2.000,00
Pelo recebimento de parte do empréstimo:
• DÉBITO: Banco
• CRÉDITO: Empréstimos concedidos – 600,00
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Pelos juros ganhos no período:
• DÉBITO: Empréstimos concedidos
• CRÉDITO: Receitas financeiras com juros – 30,00
Pelos juros recebidos no período:
• DÉBITO: Banco
• CRÉDITO: Empréstimos concedidos – 30,00
Note que o registro efetuado pela empresa A tem efeito reflexo inverso na 
empresa B (enquanto uma tem obrigação e despesas com juros, a outra tem direto 
e receitas com juros). No processo de consolidação, os saldos remanescentes a 
pagar e a receber são eliminados no balanço patrimonial e a despesa e receita 
financeiras são eliminadas na demonstração do resultado do exercício (DRE).
Eliminação de Serviços
Esse tipo de eliminação é mais simples: basicamente, elimina-se a receita obtida 
por uma empresa com a despesa correspondente incorrida pela outra. Eliminam-
se, também, tal como nas operações com mercadorias, qualquer saldo de clientes 
ou fornecedores no caso das operações a prazo.
Vamos considerar que a empresa B tenha prestado serviços à empresa A no 
valor de $1.500,00, dos quais 40% foi pago à vista e o restante, a prazo.
A empresa A efetuou o seguinte lançamento contábil:
• DÉBITO: Despesas com serviços tomados – 1.500,00
• CRÉDITO: Banco – 600,00
• CRÉDITO: Fornecedores – 900,00
A empresa B, por sua vez, registrou:
• DÉBITO: Banco – 600,00
• DÉBITO: Clientes – 900,00
• CRÉDITO: Receita de serviços – 1.500,00
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UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Consolidação Quando 100% das 
Mercadorias Adquiridas da Controlada 
pela Controladora Ainda não Foram 
Revendidos a Terceiros
Agora, apresentaremos as demonstrações contábeis consolidadas das empresas 
A e B, considerando que A controla a empresa B com 55% de participação 
societária e, na sequência, exploraremos cada um dos ajustes de consolidação:
Tabela 2 − Consolidação dos Balanços Patrimoniais das Empresas A e B
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
ATIVO 191.970 79.500 230.570
Circulante 142.430 68.00 193.070
 · Banco 70.000 30.000 100.000
 · Clientes 45.000 19.000
10.000 (e)
900(g)
10.900
53.100
 · Estoques 26.000 13.000 5.500 (c) 33.500
 · Empréstimos concedidos - 6.000 1.400 (f ) 4.600
 · Dividendos a receber 1.430 - 1.430 (h) -
 · IR/CS diferidos - - 1.870(d) 1.870
Não circulante 49.540 11.500 37.500
 · Realizável a longo prazo 12.000 3.000 15.000
 · Investimentos 23.540 - -
 · Participações societárias 
em controladas 23.540 - 23.540 (a) -
 · Imobilizado 9.000 6.500 15.500
 · Intangível 5.000 2.000 7.000
PASSIVO 53.900 30.100 70.270
Circulante 50.500 28.600 65.370
 · Fornecedores 23.000 11.000
10.000 (f )
900 (g)
10.900
23.100
 · Salários a pagar 11.000 6.000 17.000
 · Empréstimos e financiamentos 5.500 - 1.400 (f ) 4.100
 · IR/CS a pagar 11.000 9.000 20.000
 · Dividendos a pagar - 2.600 1.430 (h) 1.170
Não circulante 3.400 1.500 4.900
 · Provisões 3.400 1.500 4.900
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Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) 138.070 49.400 160.300
 · Capital social 68.000 25.000
13.750 (a)
11.250 (b)
25.000
68.000
 · Reservas de lucro 70.070 24.400
9.790 (a)
10.980 (b)
5.500 (c)
26.270
1.870 (d) 70.070
 · Participação de acionistar 
não controladores - - 22.230 (b) 22.230
PASSIVO + PL 191.970 79.500 230.570
Tabela 3− Consolidação das Demonstrações do Resultado do Exercício das Empresas A e B
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
Receitas de vendas 60.000,00 25.000,00 10.000 (i) 75.000,00
Receita de serviços - 6.000,00 1.500 (k) 4.500,00
(-) CMV/CSP (24.000,00) (13.950,00) 4.500 (i) (33.450,00)
(=) Lucro Bruto 36.000,00 17.050,00 46.050,00
(-) Despesas com energia e água (5.000,00) (1.200,00) (6.200,00)
(-) Despesas com depreciação 
e amortização (4.500,00) (900,00) (5.400,00)
(-) Despesas com serviços tomados (3.700,00) - 1.500 (k) (2.200,00)
(+) Equivalência patrimonial 1.833,15 - 1833,18 (l) -
(=) Lucro antes do resultado 
financeiro, IR/CS 24.633,15 14.950,00 32.250,00
(-) Despesa financeira (250,00) (100,00) 30 (j) (320,00)
(+) Receita financeira 50,00 200,00 30 (j) 220,00
(=) Lucro antes do IR/CS 24.433,15 15.050,00 32.150,00
(-) Despesas com IR/CS (8.307,00) (5.117,00) 1.870 (i) (11.554,00)
(=) Lucro líquido 16.126,16 9.933,00 20.596,00
 · Atribuível aos acionistas 
não controladores (*) 4.469,85
 · Atribuível aos acionistas 
controladores (**) 16.126,15
(*) 9933,00 x 45% = 4.469,85 
(**) 20596,00 - 4469,85 = 16126,15
A seguir, detalharemos os ajustes de consolidação efetuados no balanço patrimonial.
Ajuste de eliminação a: eliminamos 100% do valor da conta de Participações 
societárias em controladas ($23.540,00). A contrapartida foi o patrimônio 
líquido da empresa B, proporcionalmente à participação de 55%, como segue:
• Na conta Capital social = $25.000,00 x 55% = $13.750,00
• Na conta de Reservas de lucro:
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UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Reservas de lucro da empresa B 24.400,00
(x) % de participação de A 55%
(=) Reserva de lucros proporcional 13.420,00
(-) Lucro não realizado (3.630,00)
(=) Eliminação 9.790,00
Importante!
Perceba um detalhe: se calcularmos 55% do PL da empresa B ($49.400,00 x 55%), 
chegamos ao valor de $27.170,00. Teoricamente, esse valor deveria corresponder 
ao saldo da participação societária de A em B. No entanto, há uma diferença entre os 
dois valores: $27.170,00 – $23.540,00 = $3.630,00. Não por acaso, essa diferença é 
exatamente o valor do lucro não realizado (demonstrado no tópico Eliminação de 
operações com mercadorias, clientes e fornecedores deste material teórico), que 
vimos anteriormente, ser subtraído do cálculo da equivalência patrimonial, portanto 
diminuindo o valor a ser refletido na conta representativa do investimento. Veremos o 
tratamento dessa diferença no ajuste de eliminação d.
Importante!
Ajuste de eliminação b: reclassificamos a parcela do patrimônio líquido detida 
pelos acionistas não controladores (45% do patrimônio líquido = $22.230,00) 
para a conta Participação de acionistas não controladores. Analiticamente, o 
valor reclassificado de cada conta do patrimônio líquido foi:
• Capital social: $25.000,00 x 45% = $11.250,00
• Reservas de lucro: $24.400,00 x 45% = $10.980,00
• TOTAL = $11.250,00 + $10.980,00 = $22.230,00
Ajuste de eliminação c: eliminamos o lucro não realizado dos estoques (valor 
da margem de lucro na venda das mercadorias pela empresa B para a empresa A 
e que ainda não foram revendidas para terceiros). Conforme informadono tópico 
Eliminação de operações com mercadorias, clientes e fornecedores deste 
material teórico, B vendeu para A por $10.000,00 uma mercadoria que lhe custou 
$4.500,00, ou seja, o lucro na venda foi de $5.500,00. Como o lucro apurado por 
B foi destinado à conta de Reservas de lucro no balanço patrimonial, essa conta 
é a contrapartida de eliminação do lucro não realizado em estoques.
Ajuste de eliminação d: quando B vendeu para A com lucro, independentemente 
de ser uma transação entre empresas do mesmo grupo, B estava obrigada a 
apurar e recolher aos cofres públicos o respectivo imposto (IR/CS) sobre o lucro 
gerado na transação ($5.500,00 x 34% = $1.870,00, conforme visto no tópico 
Eliminação de operações com mercadorias, clientes e fornecedores deste 
material teórico). No entanto, quando consolidadas as demonstrações contábeis, 
devem ser eliminados os valores relativos ao lucro não realizado, inclusive o efeito 
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tributário da transação. Chamamos esse ajuste temporário relativo ao imposto 
sobre o lucro não realizado de IR/CS diferidos, uma vez que se posterga o efeito 
do crédito tributário a que terá direito a empresa A quando essa baixar para CMV 
a parcela dos estoques inflada pelo lucro não realizado por ocasião da venda das 
mercadorias a terceiros. Como o lucro permanece integralmente nos estoques de 
A, o ajuste do efeito tributário também é feito integralmente.
Importante!
Perceba que o ajuste feito a crédito na conta de Reserva de lucros no lançamento 
c ($5.500,00) menos o ajuste feito a débito no lançamento d ($1.870,00) resulta em 
$3.630,00, exatamente a diferença mencionada no lançamento de ajuste a.
Importante!
Ajuste de eliminação e: eliminamos $10.000,00 relativos à venda que B 
efetuou para A, conforme mencionado no tópico Eliminação de operações 
com mercadorias, diminuindo a conta de Clientes da empresa B e a conta de 
Fornecedores da empresa A.
Ajuste de eliminação f: eliminamos $1.400,00 relativos ao saldo em aberto 
do empréstimo tomado por A de B conforme mencionado no tópico Eliminação 
de empréstimos”, diminuindo a conta Empréstimos concedidos da empresa B e 
a conta Empréstimos e financiamentos da empresa A. 
Ajuste de eliminação g: eliminamos $900,00 relativos à parte a prazo do 
serviço que B prestou para A conforme mencionado no tópico Eliminação de 
serviços, diminuindo a conta de Clientes da empresa B e a conta de Fornecedores 
da empresa A.
Ajuste de eliminação h: eliminamos a parte que cabe à empresa A dos dividendos 
totais devidos pela empresa B ($2.600,00 x 55% = $1.430,00), diminuindo a 
conta de Dividendos a receber da empresa A e a conta de Dividendos a pagar 
da empresa B.
A seguir, detalhamos os ajustes de consolidação efetuados na demonstração do 
resultado do exercício:
Ajuste de eliminação i: eliminamos o efeito no resultado pela venda de 
mercadorias da empresa B para a empresa A, conforme mencionado no tópico 
Eliminação de operações com mercadorias, clientes e fornecedores.
Ajuste de eliminação j: eliminamos o efeito no resultado pelos juros relativos 
ao empréstimo tomado da empresa B pela empresa A, conforme mencionado no 
tópico Eliminação de empréstimos.
Ajuste de eliminação k: eliminamos o efeito no resultado pelo serviço pres-
tado pela empresa B à empresa A, conforme mencionado no tópico Eliminação 
de serviços.
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UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Ajuste de eliminação l: eliminamos o efeito no resultado pela equivalência 
patrimonial. Para melhor visualização, a tabela abaixo demonstra como foi calculada 
a equivalência patrimonial com base na regra que aprendemos na Unidade 3, a 
qual consiste em subtrair o lucro não realizado após a aplicação do percentual de 
participação sobre o lucro total da controlada:
Lucro líquido total da controlada 9.933,00
(x) Percentual de participação societária 55%
 (=) Resultado de equivalência patrimonial 
antes do lucro não realizado 5.463,15 
(-) Lucro não realizado, líquido dos efeitos tributários (3.630,00)
(=) Resultado de equivalência patrimonial 1.833,15
Adicionalmente aos ajustes de consolidação efetuados na DRE, note que o lucro 
consolidado ($20.596,00) é aberto em duas linhas: (i) atribuível aos acionistas não 
controladores, dado pela aplicação do percentual de participação dos acionistas 
minoritários ao lucro da investida ($9.933,00 x 45% = $4.469,85); e (ii) atribuível 
aos acionistas controladores, dado pela diferença entre o lucro consolidado total e 
o lucro atribuível aos não controladores ($20.596,00 – $4.469,85 = $16.126,15). 
Não por acaso, o lucro da empresa A individualmente é igual a parte que lhe cabe 
do lucro consolidado – afinal, quando calculamos e contabilizamos a equivalência 
patrimonial da empresa A sobre o lucro da empresa B, já embutimos 55% do 
lucro ajustado (pelo lucro não realizado) da investida ao resultado individual da 
investidora via conta Resultado de equivalência patrimonial.
Consolidação Quando 100% 
das Mercadorias Adquiridas 
da Controlada pela Controladora 
já Foram Revendidos a Terceiros
Quando há operação de venda de mercadorias de uma controlada para sua 
controladora e 100% das mercadorias já foram revendidas a terceiros, dizemos 
que não há lucro não realizado nos estoques. Nesse caso, não há qualquer 
eliminação a ser feita nos estoques apresentados no balanço consolidado, uma vez 
que esses já foram baixados pela controladora na ocasião da venda para terceiros.
Na DRE, por sua vez, eliminamos na linha do CMV 100% do custo apurado pela 
controladora na venda para terceiros, prevalecendo, assim, o custo inicial da mer-
cadoria – aquele apurado pela empresa controlada na venda para sua controladora.
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Para melhor entendimento, exploraremos um exemplo (adaptado) abordado por Fer-
nandes, Santos e Schmidt (2015, p. 201):
Suponha que a controlada Ômega venda para a controladora Delta, por $15.000,00, mercadorias 
que lhe custaram $10.000,00, sendo que a controladora Delta vendeu no mesmo exercício todas 
essas mercadorias para terceiros por $18.000,00. A eliminação a ser feita na demonstração do 
resultado do exercício é a seguinte:
Tabela 4
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Delta Ômega Débito Crédito
Receitas de vendas 18.000 15.000 15.000 18.000
(-) CMV (15.000) (10.000) 15.000 (10.000)
(=) Lucro bruto 3.000 5.000 8.000
Perceba que a eliminação a débito corresponde à receita obtida pela controlada Ômega na 
venda para sua controladora Delta e a eliminação a crédito corresponde ao CMV apurado por 
Delta na venda ao consumidor final. Assim, na demonstração consolidada, prevalece a receita 
de $18.000,00 da venda ao consumidor final e o CMV de $10.000,00 relativo ao quanto de fato 
a mercadoria custou quando adquirida por Ômega de seu fornecedor, e não os $15.000,00 in-
flados registrados no estoque de Delta quando Ômega lhe vendeu essas mercadorias com lucro.
Com base nesse raciocínio, daremos continuidade ao exemplo das empresas A 
e B consolidando suas demonstrações contábeis, mas agora considerando que 
a totalidade das mercadorias adquiridas de B por A já foi revendida a ter-
ceiros por $16.000,00 (o recebimento foi à vista), o CMV foi $10.000,00 
(correspondente ao valor registrado no estoque de A quando essa adquiriu 
as mercadorias da sua controlada B) e que o imposto é de 34% sobre o lucro 
($6.000,00 x 34% = $2.040,00). A empresa A efetuou, então, pela venda a 
terceiros, os seguintes lançamentos (que alterarão os saldos apresentados no balan-
ço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício do exemplo anterior):
• DÉBITO: Banco
• CRÉDITO: Receita devendas – 16.000,00
• DÉBITO: CMV
• CRÉDITO: Estoques – 10.000,00
• DÉBITO: Despesa com IR/CS
• CRÉDITO: IR/CS a pagar – 2.040,00
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UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Quanto à equivalência patrimonial, essa passará a ser apurada sem a exclusão de 
qualquer parcela de lucro não realizado, ou seja, haverá um aumento de $3.630,00 
(tanto na receita quanto em sua contrapartida, a conta de Participações societárias 
em controladas) em relação ao cenário de lucro 100% não realizado, passando 
o resultado de equivalência patrimonial de $1.833,15 para $5.463,15, conforme 
cálculo abaixo:
Lucro líquido total da controlada 9.933,00
(x) Percentual de participação societária 55%
(=) Resultado de equivalência patrimonial 
antes do lucro não realizado 5.463,15
(-) Lucro não realizado, líquido dos efeitos tributários -
(=) Resultado de equivalência patrimonial 5.463,15
Após essas mudanças em função da venda das mercadorias adquiridas de B por 
A para terceiros e, consequentemente, do novo valor da equivalência patrimonial 
apurado por A (por não existir mais lucro não realizado), vejamos o balanço 
patrimonial e a demonstração do resultado do exercício consolidados. Na sequência, 
comentamos as eliminações que deixaram de ser feitas (marcadas em vermelho) e 
as eliminações que foram feitas por outros valores (marcadas em amarelo).
Tabela 5 − Consolidação dos Balanços Patrimoniais das Empresas A e B 
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
ATIVO 201.600 79.500 240.200
Circulante 148.430 68.000 202.700
 · Banco 86.000 30.000 116.000
 · Clientes 45.000 19.000
10.000 (e)
900(g)
10.900
53.100
 · Estoques 16.000 13.000 (c) 29.000
 · Empréstimos concedidos - 6.000 1.400 (f ) 4.600
 · Dividendos a receber 1.430 - 1.430 (h) -
 · IR/CS diferidos - - (d) -
Não circulante 53.170 11.500 37.500
 · Realizável a longo prazo 12.000 3.000 15.000
 · Investimentos 27.170 - -
Participações societárias 
em controladas 27.170 - 27.170 (a) -
 · Imobilizado 9.000 6.500 15.500
 · Intangível 5.000 2.000 7.000
PASSIVO 55.940 30.100 72.310
Circulante 52.540 28.600 67.410
18
19
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
 · Fornecedores 23.000 11.000
10.000 (f )
900 (g)
10.900
23.100
 · Salários a pagar 11.000 6.000 17.000
 · Empréstimos e financiamentos 5.500 - 1.400 (f ) 4.100
 · IR/CS a pagar 13.040 9.000 22.040
 · Dividendos a pagar - 2.600 1.430 (h) 1.170
Não circulante 3.400 1.500 4.900
 · Provisões 3.400 1.500 4.900
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) 145.660 49.400 167.890
 · Capital social 68.000 25.000
13.750 (a)
11.250 (b)
25.000
68.000
 · Reservas de lucro 77.660 24.400
13.420 (a)
10.980 (b)
 _____(c)
24.400
 (d) 77.660
 · Participação de acionistar 
não controladores - - 22.230 (b) 22.230
PASSIVO + PL 201.600 79.500 240.200
Tabela 6 − Consolidação das Demonstrações do Resultado do Exercício das Empresas A e B
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
Receita de vendas 76.000,00 25.000,00 10.000 (i) 91.000,00
Receita de serviços 0,00 6.000,00 1.500 (k) 4.500,00
(-) CMV/CSP (34.000,00) (13.950,00) 10.000 (i) (37.950,00)
(=) Lucro bruto 42.000,00 17.050,00 57.550,00
(-) Despesas com energia e água (5.000,00) (1.200,00) (6.200,00)
(-) Despesas com depreciação e 
amortização (4.500,00) (900,00) (5.400,00)
(-) Despesas com serviços tomados (3.700,00) 0,00 1.500 (k) (2.200,00)
(+) Equivalência patrimonial 5.463,15 0,00 5.463,15 (l) -
(=) Lucro antes do resultado 
financeiro, IR/CS 34.063,15 14.950,00 43.7500,00
(-) Despesa financeira (250,00) (100,00) 30 (j) (320,00)
(+) Receita financeira 50,00 200,00 30 (j) 220,00
(=) Lucro antes do IR/CS 34.063,15 15.050,00 43.650,00
(-) Despesas com IR/CS (10.347,00) (5.117,00) (i) (15.464,00)
(=) Lucro líquido 23.716,15 9.933,00 28.186,00
Atribuível aos acionistas não 
controladores (*) 4.469,85
Atribuível aos acionistas 
controladores (**) 23.716,15
(*) 9.933,00 x 45% = 4.469,85
(**) 28.186,00 - 4.469,85 = 23.716,15
19
UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Ajuste de eliminação a: agora, como não há lucros não realizados, eliminamos 
a conta Participações societárias em controladas contra exatamente 55% das 
contas Capital social e Reservas de lucro:
• Na conta Capital social = $25.000,00 x 55% = $13.750,00
• Na conta de Reservas de lucro: $24.400,00 x 55% = $13.420,00
Ajustes de eliminação c e d: deixaram de ser feitos, pois 100% do lucro da 
venda de B para A, que inicialmente foram registrados no estoque de A, já foram 
realizados (baixados) pela venda das mercadorias por A para terceiros.
Ajuste de eliminação i: agora, o CMV é eliminado pelo valor de $10.000,00, 
que corresponde ao custo apurado na venda de A para terceiros. Dessa forma, 
prevalecerá o custo original da mercadoria, de $4.500,00, o qual está contido no 
CMV total apurado pela empresa B. O ajuste na linha de despesas com IR/CS 
deixa de ser feito, uma vez que 100% do lucro na venda de B para A já foi realizado 
– consequentemente, o efeito tributário sobre esse valor também.
Ajuste de eliminação l: como não há lucros não realizados, a equivalência corres-
ponde ao lucro integral da investida vezes o percentual de participação. Esse novo valor 
de equivalência patrimonial é eliminado da demonstração do resultado do exercício.
Consolidação Quando Apenas Parte das 
Mercadorias Adquiridas da Controlada pela 
Controladora já foi Revendida a Terceiros
Quando há operação de venda de mercadorias de uma controlada para sua 
controladora e apenas parte das mercadorias já foi revendida a terceiros, dizemos 
que parte do lucro da transação não foi realizado, permanecendo nos estoques. 
Essa parte não realizada do lucro que permanece nos estoques da controladora 
deve ser eliminada no balanço patrimonial consolidado.
Na DRE, por sua vez, além de eliminarmos a receita obtida pela controlada na 
venda para sua controladora, eliminamos na linha do CMV: (i) o custo apurado 
na venda da controlada para sua controladora; e (ii) o percentual de vendas já 
realizadas para terceiros sobre o lucro na transação entre as companhias. Dessa 
forma, permanece na linha do CMV apenas o custo efetivamente já realizado pela 
venda a terceiros.
20
21
Para melhor entendimento, vamos explorar um exemplo (adaptado) abordado por 
Fernandes, Santos e Schmidt (2015, p. 205):
Suponha que a controlada Ômega venda para a controladora Delta, por $15.000,00, mercado-
rias que lhe custaram $10.000,00, sendo que a controladora Delta vendeu no mesmo exercício 
metade dessas mercadorias para terceiros por $9.000,00. A eliminação a ser feita na demons-
tração do resultado do exercício é a seguinte:
Tabela 7
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Delta Ômega Débito Crédito
Receitas de vendas 9.000 15.000 15.000 9.000
(-) CMV (7.500) (10.000)
10.000
2.500
12.500
(5.000)
(=) Lucro bruto 1.500 5.000 4.000
Perceba que a eliminação a débito corresponde à receita obtida pela controlada Ômega na 
venda para sua controladora Delta ($15.000,00) e a eliminação a crédito corresponde ao CMV 
apurado por Ômega na venda para Delta ($10.000,00) mais $2.500,00 relativos à proporção do 
lucro já realizado na venda pela empresa A para terceiros conforme cálculo abaixo:
Lucro na venda de B para A 5.000
(x) Percentual de vendas járealizadas por A a terceiros 50%
(=) Valor adicional a ser eliminado na linha “CMV” 2.500
Assim, na demonstração consolidada, prevalece a receita de $9.000,00 da venda ao consumidor 
final e o CMV de $5.000,00 relativo a 50% do valor que de fato a mercadoria custou quando 
adquirida por Ômega de seu fornecedor ($10.000,00 x 50% = $5.000,00).
Com base nesse raciocínio, daremos continuidade ao exemplo das empresas A 
e B consolidando suas demonstrações contábeis, mas agora considerando que 
apenas 40% das mercadorias adquiridas de B por A já foram revendidas a 
terceiros por $6.400,00, (o recebimento foi à vista), o CMV foi de $4.000,00 
(correspondente a 40% do valor registrado no estoque de A quando essa 
adquiriu as mercadorias da sua controlada B por $10.000,00) e que o 
imposto é de 34% sobre o lucro ($2.400,00 x 34% = $816,00). 
A empresa A efetuou, então, pela venda a terceiros, os seguintes lançamentos 
(que alterarão os saldos apresentados no balanço patrimonial e a demonstração do 
resultado do exercício do exemplo inicial):
• DÉBITO: Banco
• CRÉDITO: Receita de vendas – 6.400,00
• DÉBITO: CMV
21
UNIDADE Consolidação (Parte 2)
• CRÉDITO: Estoques – 4.000,00
• DÉBITO: Despesa com IR/CS
• CRÉDITO: IR/CS a pagar – 816,00
Quanto à equivalência patrimonial, essa passará a ser apurada excluindo-se 
apenas a parcela do lucro que ainda não foi realizada. Como 40% das mercadorias 
já foram vendidas para terceiros, logo o lucro não realizado é de 60% sobre o valor 
do lucro na venda de B para A: $3.630,00 x 60% = $2.178,00. Assim, o resultado 
de equivalência patrimonial passará a ser de $3.285,15, conforme cálculo abaixo:
Lucro líquido total da controlada 9.933,00
(x) Percentual de participação societária 55%
(=) Resultado de equivalência patrimonial 
antes do lucro não realizado 5.463,15
(-) Lucro não realizado, líquido dos efeitos tributários (2.178,00)
(=) Resultado de equivalência patrimonial 3.285,15
Após essas mudanças em função da venda de parte das mercadorias adquiridas 
de B por A para terceiros e, consequentemente, do novo valor da equivalência 
patrimonial apurada por A, vejamos o balanço patrimonial e a demonstração do 
resultado do exercício consolidados. Na sequência, comentamos as eliminações 
que deixaram de ser feitas (marcadas em vermelho) e as eliminações que foram 
feitas por outros valores (marcadas em amarelo).
Tabela 8 − Consolidação dos Balanços Patrimoniais das Empresas A e B
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
ATIVO 195.822 79.500 234.422
Circulante 144.830 68.000 196.922
 · Banco 76.400 30.000 106.400
 · Clientes 45.000 19.000
10.000 (e)
900(g)
10.900
53.100
 · Estoques 22.000 13.000 3.300 (c) 31.700
 · Empréstimos concedidos - 6.000 1.400 (f ) 4.600
 · Dividendos a receber 1.430 - 1.430 (h) -
 · IR/CS diferidos - - 1.122 (d) 1.122,00
Não circulante 50.992 11.500 37.500
 · Realizável a longo prazo 12.000 3.000 15.000
 · Investimentos 24.992 - -
Participações societárias 
em controladas 24.992 - 24.992 (a) -
 · Imobilizado 9.000 6.500 15.500
 · Intangível 5.000 2.000 7.000
PASSIVO 54.716 30.100 71.086
22
23
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
Circulante 51.316 28.600 66.186
 · Fornecedores 23.000 11.000
10.000 (f )
900 (g)
10.900
23.100
 · Salários a pagar 11.000 6.000 17.000
 · Empréstimos e financiamentos 5.500 - 1.400 (f ) 4.100
 · IR/CS a pagar 11.816 9.000 20.816
 · Dividendos a pagar - 2.600 1.430 (h) 1.170
Não circulante 3.400 1.500 4.900
 · Provisões 3.400 1.500 4.900
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) 141.106 49.400 163.336
 · Capital social 68.000 25.000
13.750 (a)
11.250 (b)
25.000
68.000
 · Reservas de lucro 73.106 24.400
11.242 (a)
10.980 (b)
3.300 (c)
25.522
1.122 (d) 73.106
 · Participação de acionistar 
não controladores - - 22.230 (b) 22.230
PASSIVO + PL 195.822 79.500 234.422
Tabela 9 − Consolidação das Demonstrações do Resultado do Exercício das Empresas A e B
Individual Ajustes de eliminação
Consolidado
Empresa A Empresa B Débito Crédito
Receita de vendas 66.400,00 25.000,00 10.000 (i) 81.400,00
Receita de serviços 0,00 6.000,00 1.500 (k) 4.500,00
(-) CMV/CSP (28.000,00) (13.950,00)
4.500 (i)
2.200 (j)
6.700
(35.250,00)
(=) Lucro bruto 38.400,00 17.050,00 50.060,00
(-) Despesas com energia e água (5.000,00) (1.200,00) (6.200,00)
(-) Despesas com depreciação e 
amortização (4.500,00) (900,00) (5.400,00)
(-) Despesas com serviços tomados (3.700,00) 0,00 1.500 (k) (2.200,00)
(+) Equivalência patrimonial 3.285,15 0,00 3.285,15 (l) -
(=) Lucro antes do resultado 
financeiro, IR/CS 28.485,15 14.950,00 36.850,00
(-) Despesa financeira (250,00) (100,00) 30 (j) (320,00)
(+) Receita financeira 50,00 200,00 30 (j) 220,00
(=) Lucro antes do IR/CS 28.285,15 15.050,00 36.750,00
(-) Despesas com IR/CS (9.123,00) (5.117,00) 1.122 (i) (13.118,00)
(=) Lucro líquido 19.162,15 9.933,00 23.632,00
Atribuível aos acionistas não 
controladores (*) 4.469,85
Atribuível aos acionistas 
controladores (**) 19.162,15
(*) 9.933,00 x 45% = 4.469,85
(**) 23.632,00 - 4.469,85 = 19.162,15
23
UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Ajuste de eliminação a: eliminamos 100% do valor da conta de Participações 
societárias em controladas ($24.992,00). A contrapartida foi o patrimônio 
líquido da empresa B, proporcionalmente à participação de 55%, como segue:
• Na conta Capital social = $25.000,00 x 55% = $13.750,00
• Na conta de Reservas de lucro:
Reservas de lucro da empresa B 24.400,00
(x) % de participação de A 55%
(=) Reserva de lucros proporcional 13.420,00
(-) Lucro não realizado (2.178,00)
(=) Eliminaçã 11.242,00
Ajustes de eliminação c e d: do Lucro bruto da venda de B para A ($5.500,00), 
60% ainda permanecem nos estoques da empresa A ($5.500,00 x 60% = 
$3.300,00), sendo esse valor, portanto, eliminado na consolidação. Também efe-
tuamos o ajuste do tributo correspondente sobre esse valor ($3.300,00 x 34% = 
$1.122,00).
Ajuste de eliminação i: agora, o CMV é eliminado pelo valor de $6.700,00, que 
corresponde ao CMV apurado na venda de B para A ($4.500,00) mais a parcela já 
realizada do lucro bruto pela venda das mercadorias por A para terceiros ($5.500,00 
x 40% = $2.200,00). Dessa forma, o CVM consolidado relativo às mercadorias que 
foram vendidas por B a A será $1.800,00, como detalhado a seguir:
CVM consolidado - ref. mercadorias vendidas de B para A
CMV apurado na venda de B para A 4.500,00
(+) CMV apurado na venda de A para terceiros(*) 4.000,00
(=) Soma do CMV de A e B 8.500,00
(-) Eliminação (6.700,00)
(=) CMV consolidado 1.800,00
(*) $10.000,00 registrados no estoque de A x 40% vendidos
Não por acaso, após os ajustes de eliminação, o valor do CVM consolidado 
relativo às mercadorias transacionadas entre investida e investidora corresponde 
exatamente a 40% do valor original que B pagou pelas mercadorias ao adquiri-las 
deseu fornecedor, antes de vendê-las com lucro para sua investidora:
Valor original das mercadorias 4.500,00
(x) percentual já vendido por A a terceiros 40%
(=) Custo a ser apresentado na DRE 1.800,00 
Ajuste de eliminação l: eliminação de 100% do valor da equivalência patrimonial.
24
25
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Manual de Contabilidade Societária
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 
2013. Capítulo 41, especificamente item 41.3, 41.4 e 41.5 (e todos seus subitens), 
que tratam dos procedimentos de consolidação, eliminação e ajustes de consolidação 
e lucros nos estoques.
https://goo.gl/Hku28A
Contabilidade Avançada: Aspectos Societários e Tributários
FERNANDES, L. A.; SANTOS, J. L.; SCHMIDT, P. Contabilidade avançada: aspectos 
societários e tributários. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Capítulo 2, especificamente 
item 2.4.4, que trata dos procedimentos de consolidação.
https://goo.gl/Gpmd4c
Contabilidade Avançada: Textos, e Testes com as Respostas
PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. Contabilidade avançada: texto e testes com 
as respostas. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012. Capítulo 3, especificamente itens 3.4 e 3.5, 
que tratam de lucros não realizados e consolidação de balanço patrimonial e DRE.
https://goo.gl/AeXKSM
Questão nº 14 Sobre Consolidação da 1ª Edição de 2016 do Exame de Suficiência do CFC
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Exame de suficiência: bacharel 
em ciências contábeis – 1ª edição de 2016. Brasília, 2016.
https://goo.gl/XGB1Sc
25
UNIDADE Consolidação (Parte 2)
Referências
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2013.
FERNANDES, L. A.; SANTOS, J. L.; SCHMIDT, P. Contabilidade avançada: 
aspectos societários e tributários. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
 
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