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1 PLANO DE ESTUDO TUTORADO – PET – FILOSOFIA 2020 2º ANO ENSINO MÉDIO 1º SEMANA: A EMERGÊNCIA DA FILOSOFIA 1. Faça uma entrevista com três pessoas (por favor: virtualmente, à distância, tá?) e pergunte: (SEED-Pr, 2006, p. 20) a) O que elas entendem por mito? Resposta Pessoal b) Quais são os mitos que elas conhecem? Resposta Pessoal c) Relate, por escrito, o mito que mais chamou atenção. Resposta Pessoal 2. Construa duas colunas formulando uma explicação mítica à esquerda e outra racional à direita sobre um determinado fenômeno natural elencando, comparativamente, suas características. (SEED-Pr,2006, p. 20) EXPLICAÇÃO MÍTICA EXPLICAÇÃO RACIONAL EXPLICAÇÃO RACIONAL Quando está chovendo e caindo raios, seria Zeus mandando a tempestade, demonstrando toda a sua fúria naquele lugar(cidade), pois estaria em pecado ou teria feito algo contra Zeus. Quando está chovendo e caindo raios, seria Zeus mandando a tempestade, demonstrando toda a sua fúria naquele lugar(cidade), pois estaria em pecado ou teria feito algo contra Zeus. Quando está chovendo e caindo raios, nos leva a crer que isso é um fenômeno da natureza e que a formação das massas de nuvem carregava o vapor da água que poderia acarretar uma tempestade com raios. 2 3. Existe relação entre mito e realidade? (SEED-Pr, 2006, p. 22) Sim. Para um mito existir é porque aconteceu algo no passado, a origem do mito muitas vezes tem um fundamento na realidade. Nada surge do nada, tudo tem que haver uma base. Isto não significa que o mito seja verdade, mas que se baseia na realidade. 4. Qual a finalidade dos mitos para a humanidade? E, a partir disso, pense e registre o que pode significar a popularidade dos super-heróis hoje em nossa sociedade. (SEED-Pr, 2006, p. 22) Sua finalidade explica algo que está além do conhecimento humano, fazendo entender o mundo que foi sendo construído a cada nova narração. O Mito além de explicar, é algo que alivia o medo, acomoda e tranquiliza os homens para o mundo que se apresenta como assustador. No contexto atual o mito possibilita um conhecimento anterior das coisas, é fundamental seu conhecimento para compreender o mundo em que se encontra e conhecer significado de símbolos existente. Hoje a popularidade dos super-heróis na nossa sociedade, estão fortemente presentes nas imagens e no comportamento que são imposto através da mídia, através dos super-heróis dos desenhos animados, dos quadrinhos, personagens de filmes etc. Que passam a encarnar o bem e a justiça e assumem a nossa proteção imaginária. 5. Após compreender a definição de mitologia, filosofia e ciência, explique as diferenças entre esses três domínios. Mitologia: surge a partir da necessidade de explicar fenômenos da natureza que não podiam compreender. consiste em uma forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vivi: a origem do mundo, o funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens deste povo, bem como seus valores básico. Filosofia: é o estudo e reflexão de questões relacionadas à existência humana. Também reflete sobre o conhecimento, valores morais e estéticos, pensamento e linguagem. A filosofia abandona e supera a crença mítica e abraça a razão e a lógica como pressupostos básicos para o pensar. Ciência: A ciência procura descobrir como a natureza “funciona”, considerando, principalmente, as relações de causa e efeito. Pretende buscar o conhecimento objetivo, garantindo o conhecimento absoluta da validade. 3 2ª SEMANA: NATUREZA E CULTURA 1. A exemplo da angústia e desamparo, próprios de existencialismo, que outros sentimentos podem ser identificados na realidade dos jovens do século XXI? (SEED-Pr, 2006, p. 151). Meus queridos alunos, já estou na fase da vida adulta, mas tenho lembranças recentes desta época e convivo com muitos jovens, então me arisco a responder essa pergunta para dar-lhes um norte para que tenham a sua. É imprescindível que pensem sobre este conceito. No meu ponto de vista essa angústia e desemparo, só aumenta em tempos que o devir, ou seja, a mudança é cada vez mais urgente. Então, acrescento a essa lista a incerteza. Os valores, conceitos estão mudando rápido demais. O jovem precisa se posicionar, escolher seu caminho e, diante de tantas informações, ele não sabe para onde ir, o que decidir e muitas vezes sentem-se frustrados por não terem a resposta para suas dúvidas.... Vocês poderão acrescentar outros sentimentos. 2. Que ideias de liberdade são encontradas nas propagandas de bebidas, carros e motos veiculadas na mídia? (SEED-Pr, 2006, p. 151) É visível o papel desempenhado pela mídia na evolução histórica do uso de bebidas, cigarros, carros e motos. É possível perceber essa persuasão que ela faz para o consumo destes itens tendo as propagandas papel significativo para as pessoas, uma vez que eles estão à procura de exemplos de comportamento como virilidade, busca do prazer, poder e independência. A propaganda na mídia aponta que tais produtos estão intimamente ligados ao sucesso. 3. Diante de tantas ideias de liberdade, somos livres? Explique. (SEED-Pr, 2006, p. 151). Tendo a definição de que liberdade é ter o direito de tomar atitudes diante das normas morais que regem o lugar em que se vive, imagino que sim somos livres. Pois temos direito a escolhas, somos o que tentamos ser. As barreiras sociais culturais, existem. Mas não podemos dizer que elas são intransponíveis. 4. Elabore um texto que discuta os conceitos: consciência, liberdade, responsabilidade e determinismo. Caso precisar, pesquise, pesquise, pesquise... e pesquise mais! (SEED-Pr, 2006, p. 151). Conciliar a ideia de liberdade, responsabilidade, consciência e determinismo parece a estranho, não acham? Pois, ao se julgar em primeira instância, imagina-se de que se tenho responsabilidade é porque sigo regra, se sigo regras; não sou livre para fazer o que quero; se não posso fazer o que quero é porque sou determinado por algo 4 ou alguém. Então, por que ter consciência dos meus atos; se neste caso eles já estão definidos? Pode-se pensar o seguinte: A possibilidade o indivíduo de escolher seu caminho, de construir sua história é que chamamos de liberdade. Vale lembrar que esse indivíduo não está sozinho no mundo, que precisa e sente necessidade do outro. E, a partir do momento que se vive em comunidade é preciso ter normas, regras, leis, para que se possa ter uma boa convivência. Nesse momento entra o determinismo - seguir algo que o outro já havia definido, ou seja, que tudo aquilo que acontece ao homem ou no mundo é determinado por acontecimentos passados e que podem ser de caráter natural ou sobrenatural. O seguir ou não essas diretrizes coloca o sujeito dentro do quesito da responsabilidade que seria o dever de arcar com as consequências dos seus atos. E por fim, chega a consciência - seria a capacidade que só os seres humanos de pensar, refletir sobre estas situações. Percebe-se que apesar de as definições serem distintas estão intimamente ligadas uma coisa se relaciona com a outra. São questões intertextualizadas, que precisam ser pensadas cotidianamente. Pois delas define-se a essência do se, do indivíduo e o que fará de sua vida. 5. Enfim, após leituras e pesquisas, responda a essa questão ultra-mega-fácil: quem é você? Agora o objeto de estudo é você e ninguém melhor que “você” para responder essa pergunta. Aproveite este momento para refletir sobre esta questão. Isto melhora nosso relacionamentos com o mundo a nossa volta. E quanto antes melhor. Já diria Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”. 3º SEMANA: CORPO E PSIQUISMO 1 . O que todos os seres humanos possuem em comum? Segundo o texto, o poder de bem julgar e distinguir o verdadeirodo falso, que é propriamente o que se denomina bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens. 2. De acordo com Descartes, por que as pessoas possuem opiniões diversas? Para Descartes o fato de que as pessoas possuem opiniões diversas, não provém do fato de sermos uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nosso pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas. 5 3. A partir do pensamento cartesiano, o que distingue as pessoas entre si? O seu modo de pensar, pois cada um tem o seu próprio modo. 4. Pesquise as ideias do filósofo francês René Descartes e produza um texto refletindo de que modo a Fenomenologia se opõe ou critica a visão racionalista de Descartes. (SEED-Pr, 2006, p. 325). Renê Descartes é defensor do método racionalista. O racionalismo foi uma corrente filosófica muito importante da Modernidade. Como concepção de conhecimento filosófico, o racionalismo começa a tomar corpo durante o Renascentismo, mas as suas primeiras origens podem remontar à filosofia grega, com as teses idealistas platônicas e a concepção do princípio da causalidade. O racionalismo tem como principal objetivo teorizar o modo de conhecer dos seres humanos, não aceitando qualquer elemento empírico como fonte do conhecimento verdadeiro. Para os racionalistas, todas as ideias que temos têm origem na pura racionalidade, o que impõe também uma concepção inatista, isto é, de que as ideias têm origens inatas no ser humano, nascendo conosco em nosso intelecto e sendo usadas e descobertas pelas pessoas que fazem melhor uso da razão. Se opondo ao empirismo, uma teoria do conhecimento que afirma que o conhecimento sobre o mundo vem apenas da experiência sensorial. O método indutivo, por sua vez, afirma que a ciência como conhecimento só pode ser derivada a partir dos dados da experiência A fenomenologia, vem contestar esse dualismo. Segundo Husserl, tanto a experiência, quanto a universalização da metafísica, só fazem sentido e se organizam enquanto representações na consciência humana. Portanto, é a partir dela que devemos compreender como se dá o conhecimento. Se na concepção clássica, seja no empirismo ou no idealismo, o sujeito está separado do objeto no ato do conhecimento, para a Fenomenologia, eles estão numa relação indissociável. A consciência está entrelaçada com o mundo. Perceber é perceber o mundo, no mundo. Não é apenas um ato imaginativo, psicológico; nem uma pura recepção de sensações advindas da experiência, ou ainda um ato reflexivo-racional. Perceber é um movimento, uma atividade, é uma contemplação, com forte caráter emotivo. Isso quer dizer que a percepção do mundo sempre se dá com um caráter motivado: percebo aquilo que mais me chama a atenção, aquilo que quero. O mundo é captado, segundo Husserl, sempre em perspectiva, ou seja, sempre em relação há e nunca absolutamente. Resumindo, consciência é sempre consciência de alguma coisa, reza o princípio fundamental da Fenomenologia. Ela estuda a consciência em si mesma, no ato do conhecimento. Ela é, num sentido mais geral, a descrição de um conjunto de fenômenos que se dão no tempo e no espaço e que se dispõe à consciência humana. 5. Pesquise sobre Ludologia e o livro Homo Ludens escrito por Huizinga… Você vai ver o quanto a nossa vida se assemelha a um jogo. … Anote suas impressões. 6 Ludologia é a esfera de conhecimento que abrange tudo o que diz respeito a jogos e passatempos, brincadeiras infantis etc. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura é um livro escrito pelo historiador holandês Johan Huizinga, publicado originalmente em 1938. Tomando o jogo como um fenômeno cultural, o livro se estrutura sob uma extensa perspectiva histórica, recorrendo inclusive a estudos etimológico e etnográficos de sociedades distantes temporal e culturalmente. Reconhece o jogo como algo inato ao homem e mesmo aos animais, considerando-o uma categoria absolutamente primária da vida, logo anterior a cultura, tendo esta evoluído no jogo. O jogo não é colocado como um passo primeiro a determinada função cultural como uma simples transformação do jogo para a cultura, mas reconhece-se a cultura como possuidora de um caráter lúdico e que, sobretudo em suas fases mais primitivas, se processou segundo as formas e no ambiente do jogo. Analisa o jogo como uma função significante, valorizando sobretudo o caráter de competição (os elementos agonísticos e antitéticos do jogo). A linguagem, o mito e o sagrado, são marcados desde o início pelo jogo, que foi deixado de segundo plano com o passar do tempo, mas que ainda está presente na essências das principais atividades da sociedade. Huizinga não se alonga quanto à presença do jogo em seu próprio tempo, mas com certo pessimismo, demonstra a perda do espírito lúdico logo com o surgimento do realismo e com a revolução industrial. Os esportes por exemplo que se valorizaram na época, são, enquanto presentes numa esfera profissional. 4º SEMANA: VERDADE E VALIDADE 1. Faça uma pesquisa na internet e encontre definições e usos em textos ou exercícios dos seguintes termos: juízo, premissa, argumento, proposição, conclusão, sofisma e silogismo. (SEED. Pr, 2006, p. 78). Juízo: é qualquer tipo de afirmação ou negação entre duas ideias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, por exemplo, que “este livro é de filosofia”, acabamos de formular um juízo. O enunciado verbal de um juízo é denominado proposição ou premissa. Premissa: significa a proposição, o conteúdo, as informações essenciais que servem de base para um raciocínio, para um estudo que levará a uma conclusão. Uma dada fórmula pode ou não ser conclusão de uma dada coleção de premissas. Isto depende da Lógica ou do sistema lógico considerado. 7 Argumento: é um conjunto de afirmações conectadas das quais pelo menos uma (a premissa) pretende oferecer razões para mostrar que a outra (a conclusão) é verdadeira. Assim, para termos um argumento precisamos de premissas e conclusões. Conclusão: é aquela afirmação no argumento que apresenta ou expõe uma ideia ou opinião que se quer defender. Proposição: vem de propor, que significa submeter à apreciação; requer um juízo tratasse de uma sentença declarativa, algo que será declarado por meio de termos, palavras ou símbolos, cujo conteúdo poderá ser considerado verdadeiro ou falso. Sofismo: ou sofisma significa um pensamento ou retórica que procura induzir ao erro, apresentada com aparente lógica e sentido, mas com fundamentos contraditórios e com a intenção de enganar. Silogismo: determina um argumento ou um raciocínio dedutivo, o qual é formado por três proposições que estão interligadas. Na filosofia, o silogismo é uma doutrina pertencente à lógica aristotélica e que está baseada na dedução. 2. (Vunesp/TJ-SP – 2017) Sabendo que é verdadeira a afirmação “Todos os alunos de Fulano foram aprovados no concurso”, então é necessariamente verdade: a) Fulano não foi aprovado no concurso. b) Fulano foi aprovado no concurso. c) Se Roberto não é aluno de Fulano, então ele não foi aprovado no concurso. d) Se Carlos não foi aprovado no concurso, então ele não é aluno de Fulano. e) Se Elvis foi aprovado no concurso, então ele é aluno de Fulano. Resolução: Levando em consideração que todos os alunos de Fulano foram aprovados no concurso, então vamos as alternativas: 1. a) Na nossa premissa não estamos falando de Fulano e sim dos alunos dele, assim podemos considerar como alternativa errada. 8 2. b) Como já foi fado não estamos falando de Fulano e sim dos alunos dele, portando alternativa errada. 3. c) O fato de Roberto não ser aluno de Fulano, não quer dizer que ele não possa ter sido aprovado. Estamos falando dos alunos de Fulano. Alternativa errada. 4. d) Na premissa fala que todos os alunos de Fulano foram aprovados noconcurso, se Carlos não foi aprovado, então ele não é aluno de Fulano. Alternativa correta. 5. e) Na premissa não fala que todos os aprovados no concurso são alunos de Fulano. Logo, não podemos afirmar que por Elvis ter sido aprovado no concurso o tornaria aluno de Fulano. Outros também poderiam terem passado no concurso e não serem alunos de Fulano. Alternativa errada. 3. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem é casado com quem. Eles trabalham com engenharia, Advocacia Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o nome de cada esposa e a profissão de cada um. a) O médico é casado com Maria. b) Paulo é advogado. c) Patrícia não é casada com Paulo. d) Carlos não é médico. Resolução: 1. a) Se Paulo é advogado e Carlos não é médico e o médico é casado com Maria, logo Luís é o médico e é casado com Maria. 2. b) Se Patrícia não é casada com Paulo e Luís é casado com Maria, Patrícia é casada com Carlos. 3. c) Se o médico é casado com Maria, Patrícia não é casada com Paulo, então, Paulo é casado Lúcia.
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