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MANUAL DO CRIADOR DE CORN SNAKE (Pantherophis guttatus) Autores: Mad Max Corns e Kobra Corn Janeiro 2014 Sumário Introdução...............................................................................................................1 1. Informações gerais sobre Corn Snake.................................................................2 1.2 Expectativa de vida............................................................................................2 3. Escolhendo sua Corn Snake................................................................................2 4. Escolhendo o vendedor.......................................................................................3 5. Necessidades.......................................................................................................3 5.1 Caixa ou Terrário...............................................................................................3 5.2 Higiêne...............................................................................................................4 6. Segurança............................................................................................................6 7. Acessórios............................................................................................................8 7.1 Recipiente de água............................................................................................8 7.2 Tocas.................................................................................................................9 7.3 Substrato................................................................................................... .......10 7.4 Galhos..............................................................................................................11 8. Temperatura.......................................................................................................11 9. Alimentação.......................................................................................................12 9.1 Regurgitação....................................................................................................14 9.2 Alimentação Induzida.......................................................................................16 9.3 Alimentação por Sonda....................................................................................19 9.3.1 Como Fazer..................................................................................................20 10. Reprodução......................................................................................................21 10.1 Cuidados pós Nascimento.............................................................................23 10.2 Ecdises (mudas de pele)................................................................................23 11. Cadastros.........................................................................................................24 12. Exposição e Cuidados nas Redes Sociais.......................................................25 13. Envio de Animais.............................................................................................25 13.1 Modo de Fazer...............................................................................................27 13.2 Montagem......................................................................................................27 14. Veterinários de confiança.................................................................................27 15. Conclusão........................................................................................................28 16. Links úteis........................................................................................................29 Referências recomendadas...................................................................................30 Anexos........................................................................................ ...........................31 Tabela Tabela 1. Freqência da alimentação da Corn Snake............................................14 “Todo animal que é temido deve ser estudado e só então será compreendido” Frase dos autores 1 Introdução Apesar de parecer estranho para algumas pessoas manter serpentes como animais de estimação está se tornando cada vez mais popular no Brasil, e com uma demanda cada vez maior por esse segmento pet os novos hobbystas penavam com ausência de um manual que pudesse orientá-los de uma forma simples e técnica de como manter sua serpente em cativeiro. O manual do criador de Corn Snakes surgiu para suprir esta lacuna e tornar a interação entre o criador e sua serpente mais agradável. A primeira lição sobre serpentes é que a origem da serpente influi também no seu carácter. Se são criadas em cativeiro, serão animais mais acostumados à presença do homem. Enquanto se forem serpentes adultas capturadas do seu habitat, será mais difícil que se mostrem amistosas. Uma boa forma de saber se estamos preparados para ter uma serpente boa como animal de estimação é conhecer primeiro pessoas que nos contem a sua experiencia. Não devemos fiar-nos completamente nos vendedores de répteis pois podem omitir informação que mais tarde pode fazer falta. A pior razão para ter um destes animais como animal de estimação é para impressionar as pessoas. Devemos pensar objectivamente se podemos dar-lhes um bom nível de vida e também de qualidade. Não ser relutante na altura de as alimentar com coelhos e hamsters, por exemplo, ou estar disposto a que alguma vez possam morder-nos são pontos importantes. 2 1. Informações gerais sobre Corn Snake (Pantherophis gutata) A Corn Snake é uma serpente originária dos celeiros dos EUA e México, onde caça roedores, não atuando como uma peste, mas sim ajudando os agricultores a controlar as colônias de ratos. A Corn Snake é a serpente mais indicada aos iniciantes, pois ela não fica muito grande, geralmente se alimenta com facilidade, aceita bem o manuseio, e é bem mansa. As Corn snakes são exóticas, ou seja, é uma serpente que não pertence aos biomas brasileiros (veio de outro país), e está na lista de animais exóticos não autorizados pelo IBAMA, isto significa que é proibida a sua criação, posse, comercialização e tudo mais referente a esta serpente. 2 Expectativa de vida Esta espécie pode viver 20 anos ou mais. Precisa ser manuseada sempre que possível para crescerem mansas. Trata-se de um animal simples de manter como pet, pois exige pouquíssima manutenção além de existirem diversas variações de padrões, cores e marcações. Acesse este link para terem uma noção básica dos padrões existentes e estudar um pouco da genética das Corn Snakes. http://iansvivarium.com/morphs/species/elaphe_guttata/ 3. Escolhendo sua Corn Snake Ao escolher sua Corn Snake a pessoa deve ter em mente o que deseja fazer com ela e responder para si mesmo as seguintes perguntas: qual será a finalidade do animal? Ter um animal exótico como pet? Qualquer padrão serve? Deseja reproduzir esta espécie? Pretende desenvolver algum padrão genético? Quer somente passar pela experiência de reprodução? 3 Tudo isso deve ser pensado antes de adquirir uma Corn Snake, até por que segundo os criadores mais experientes as pessoas que adquirem uma Corn Snake gostam tanto que sempre acabam comprando mais. 4. Escolhendo o vendedor Outra escolha importanteque deve ser feita com cuidado para garantir a saúde e a procedência do animal é a escolha do vendedor, use o grupo on-line conhecido como “Caça-Caloteiros” no Facebook. Questione os criadores mais antigos, procure quem já comprou com estas pessoas, seja cuidadoso, existe hoje e sempre existirá “fakes” que estão de olho no seu dinheiro. Você corre o risco de pagar e ficar sem seu dinheiro e sem sua Corn Snake. Fique atento! Pergunte sempre, depois ir lamentar no caça-calotes não trará seu investimento de volta. Outro ponto importante é o pós-venda, o suporte, o criador-vendedor tem que lhe garantir ajuda e boas informações sobre outras pessoas que podem lhe ajudar na complementação de condições ideais para seu bicho, como um bom fornecedor de alimentos, um bom vendedor de placas aquecidas, e demais informações necessárias. 5. Necessidades Feita a escolha, deve-se observar as necessidades primárias, como local da criação, caixa plástica ou terrário, alimento, temperatura, segurança, potes, tocas, galhos, forração, e etc. Veremos isso item por item. 5.1 Caixa ou Terrário É comum o uso caixas plásticas da marca Sanremo de 28 litros (Fig. 1) com travas, elas são espaçosas e bem seguras, porém é necessário fazer vários furos nas laterais e na tampa para a circulação de ar dentro da caixa, tem quem use estantes com caixas sem tampas onde as repartições se tornam as tampas. Esta opção também é bem segura desde que seja observada a necessidade de circulação do ar e higienização constante. 4 Existem ainda os terrários, estes geralmente são fabricados em madeira e vidro, são os mais utilizados pelos criadores que possuem a finalidade de ter um animal como pet. São espaçosos o que permite com que o dono possa utilizar sua criatividade para criar o melhor ambiente para seu pet. O mercado pet disponibiliza uma infinidade de acessórios que podem ser utilizados para melhorar a parte estética e funcional do terrário dentre eles estão cascatas, pedras aquecidas, Backgrounds, diversos tipos de substratos, equipamentos para medir umidade e temperatura, etc. Quanto ao tamanho do terrário, este deve ter um tamanho suficiente para que o animal quando adulto consiga se esticar por inteiro e se locomover confortavelmente. Atente-se ao tamanho, pois ao contrário do que se imagina existe sim terrário grande demais e este pode fazer com que o animal sinta-se inseguro e não se locomova dentro dele. Quanto a estética o ideal é planejar um ambiente que se assemelhe com o ambiente natural onde a espécie vive, se possível deve-se colocar galhos para o animal escalar e repousar sobre eles diminuindo dessa forma o stress do cativeiro, deve-se ter também uma toca para o animal repousar e se esconder quando se sentir ameaçado, um grande recipiente com água fresca para o animal beber e mergulhar quando sentir vontade. 5.2 Higiêne Antes de utilizar qualquer caixa-terrário ou potes de água, nunca deixe de higienizá-los, passe água corrente, esfregue com esponjas virgens e principalmente, use Álcool 70%, É o mais indicado para higienização, tudo que sua serpente for ter contato direto, seja rigoroso com o critério de limpeza, isso evita a infecção por bactérias, a contaminação por vírus, fungos e protozoários. 5 FIGURA 1. Caixa Sanremo de 28 litros utilizada como terrário FIGURA 2. Caixa Sanremo de 28 litros vista de cima 6 FIGURA 3. Terrário comum 6. Segurança Corns, Kings e Milks são campeãs em fuga, por isso a segurança da sua caixa plástica ou terrário é muito importante, use caixas plásticas com travas e veja se seu terrário não possui aberturas, trincas e espaços onde a serpente possa fugir, lembre-se essas serpentes passam por pequenos espaços, e quando fogem dificilmente são encontradas, fugas e sumiços são imensamente frustrantes, não só pela perda material da compra, mas também pelo abalo sentimental devido ao apego com o animal, por isso este item é bem importante, seja em caixas, estantes ou terrários, atentem-se para isso. Mais importante do que possuir travas e fechaduras em suas caixas plásticas ou terrário é lembrar de fechá-las toda vês que colocar o animal de volta em seu recinto, adquira um procedimento de revisão de todos os recintos assim que acabar de cuidar dos animais. Isso vai evitar a fuga dos animais. É recomendado manter a sua caixa plástica ou terrário em perfeitas condições de uso, evitando assim acidentes que podem ocorrer dentro do recinto por negligência sua. Exemplos: Evite deixar fiações elétricas expostas, evitando choques elétricos. 7 Evite deixar vidros trincados, evitando ferimentos por cortes. Evite fixar a fiação com fita adesiva, evitando que a serpente fique presa na fita adesiva. Evite deixar roedores vivos dentro do recinto, evitando ferimentos por mordeduras. Evite deixar troncos ou outros objetos pesados sem a devida fixação, evitando acidentes com esmagamento e fraturas por quedas de objetos pesados. Adquira pedras aquecidas e outros equipamentos de aquecimento com a devida qualidade e com regulagem de temperatura evitando queimaduras e até mesmo a morte do animal. Evite deixar lâmpadas de aquecimento e de iluminação sem a grade de proteção, evitando ferimentos por queimadura. Verifique se a distância da lâmpada de aquecimento e iluminação não está muito próxima, pois isso também pode causar ferimentos por queimadura no animal. FIGURA 4. Corn Snake jovem encontrada dentro de parte do equipamento elétrico de um terrário construído em casa. (JEPSON, 2010) 8 7. Acessórios A utilização correta de acessórios é importante para a estética do recinto e ajuda a diminuir o stress do animal podendo proporcionar para ele um ambiente mais parecido possível com o natural. Por esses e outros motivos a decoração do recinto deve ser pensa de forma a garantir o conforto e a segurança do animal. 7.1 Recipiente de água É indicado a utilização de um recipiente grande para que as serpentes fiquem de “molho”, elas gostam, principalmente quando estão próximos a realizar ecdise (muda de pele), a umidade facilita a troca. Porém por vezes algumas serpentes defecam dentro deste pote, por isso uso um pote menor apenas para beber água fresca, caso aconteça dele sujar a água do pote maior, pode recorrer ao pote menor para matar a sede. Existem diversos modelos no mercado. Adquira um que satisfaça a necessidade do animal. Atentando-se sempre a higiene antes de usá-los. Figura 5. Recipientes de água 9 7.2 Tocas A utilização de tocas é indicada para que o animal possa esconder-se e dessa forma não se sentir vulnerável dentro do recinto e também para servir de abrigo já que as serpentes de cativeiro passam boa parte de seu tempo descansando em um local em que acreditam ser seguro. Isso ajuda a diminuir o estresse do animal fazendo-o se sentir tranqüilo. Podem ser usadas tanto em terrários como em caixas, Existem inclusive algumas adaptadas de vasos de fibra de coco usadas para plantas. FIGURA 6. Toca feita com vaso de fibra de coco para plantas 10 FIGURA 7. Toca para répteis de plástico 7.3 Substrato Existem diversos tipos de forrações também conhecidos como substrato, os mais comuns são: jornal, papel toalha, vermiculita (fina ou grossa). Existe também um substrato muito utilizado nos Estados Unidos chamado Forest floor ou chão de floresta, que nada mais é do que uma mistura de musgos, raspa de madeira e pequenas folhas. O papel toalha é indicado quando os filhotes estãoseparados em caixas individuais, por ser prático de se substituir e higiênico. Ao crescerem mais o ideal é partir para outro tipo de substrato como a vermiculita ou o chão de floresta (vermiculita é encontrada em casa de plantas) por ser mais fácil de fazer a manutenção de limpeza. Existem criadores que utilizam sabugo de milho seco e triturado como substrato para suas serpentes, o que parece ser uma boa idéia, pois o sabugo seco tem a função de absorver a umidade do local e impedir o contado dos dejetos com o terrário e com o animal. Fiquem à vontade sobre a escolha do substrato, o importante é que seja confortável e funcional. Obs. Cuidado ao utilizar serragem fina, pois quando a serpente se alimentar pode acabar ingerindo fiapos de madeira que poderão obstruir seu intestino. Por isso e por outros motivos não é indicado alimentar a serpente dentro do terrário ou caixa plástica. Deve-se utilizar outro local para isso. 11 7.4 Galhos Você pode comprar em pet centers, lojas especializadas ou você mesmo pode preparar e tratar o seu próprio galho para o seu terrário. Para isso: 1. Encontre um galho com a forma e tamanho que deseja. 2. Retire sua casca (caso tenha), lixe-o. 3. Ponha de molho por sete dias totalmente submerso numa solução de água e sal grosso. Após isso o deixe secar. 4. Coloque no forno por 15 a 20 minutos a 180 graus. 5. Após isso espere até esfriar e está pronto para uso! Obs. Mesmo que comprem num pet shop, questionem se foi devidamente tratado, pois os mesmos podem vir com fungos e bactérias que vão atingir a saúde da serpente. 8. Temperatura Esse talvez seja o tópico mais importante de todos, temperatura é muito importante para as serpentes, sem ela, simplesmente não vivem, o ideal é manter a temperatura entre 25 a 30 graus, sem este controle térmico as serpentes começam a desenvolver diversos tipos de problemas, o principal deles é a regurgitação, que terá uma explicação mais a frente. O ideal é possuir em cada recinto um termômetro para auxiliar no controle da temperatura. Para manter a temperatura na faixa de segurança pode-se utilizar placas aquecedoras (fig.7) ou pedras aquecidas (fig 8). Para aqueles que desejam investir um pouco mais existe a opção de se criar uma sala com a temperatura controlada por aquecedores, onde a temperatura da sala onde as serpentes estão é que é controlada, dispensando assim o uso de placas e de pedras aquecidas. No caso das placas aquecedoras é indicado que as utilize por baixo da caixa plástica apenas em um dos cantos, desta forma a serpente tem opção de escolher em que momento quer aquecimento ou não. Caso opte por utilizar pedras aquecidas, compre com vendedores de confiança, uma vez que esta é utilizada dentro do recinto pode vir a causar acidentes como queimadura e morte do animal, mas em geral esses 12 equipamentos são bem seguros e confiáveis, porém é indicado que se adquira equipamentos de controle térmico com regulagem de temperatura. FIGURA 8. Placa aquecedora FIGURA 9. Pedra aquecida 9. Alimentação Procure pessoas que forneçam alimento de boa qualidade, desde neos de 1 dia até dongos adultos ou mercol (ratos) recém-desmamados ou jovens para suas corns, kings e milks adultas. Manter um biotério particular é complicado, a 13 manutenção é praticamente diária, o cheiro será forte e desagradável se não for desta forma. A ração e suplemento tem que ser específicos, lembre-se que eles serão a base da alimentação de suas serpentes, use ração destinada a roedores, biobase ou labina, são as mais usadas em biotérios de faculdades, também pode- se adicionar vitaminas na água, mas lembrem que elas fermentam e podem estragar a água de um dia para o outro, por isso a troca tem que ser diária. há quem também utilize ração de cães Premium para bombar o alimento e consequentemente as serpentes, não iremos aprofundar em manutenção e manejo genético de biotérios particulares porque não é indicado justamente por se tratar de um manejo bem complicado, principalmente no que se refere a consanguinidades e consequentemente perda na produção e na saúde de suas matrizes. Muito se pergunta sobre a constância na alimentação, costume dizer aos preocupados que elas ficam até 1 mês sem comer e aos descansados que alimente sempre que elas defecarem. De modo geral alimenta-se uma vez por semana, mas o modelo mais seguro é sempre esperar a Corn defecar e ai se oferece outra alimentação, isso pode ocorrer entre 3 a 7 dias, em média 5 dias, é a maneira mais segura, pois podemos analisar da forma normal de acontecer, alimentação, digestão e excreção, quando o ciclo estiver completo é chegada a hora de uma nova alimentação, embora se possa sempre esperar a cada 7 dias. Esta alimentação pode ser viva ou congelada, viva é simples apenas ofereça e a serpente virá, dará o bote, fará a constrição e engolirá fazendo movimentos musculares até levar o alimento ao estômago. Congelado é a mesma coisa, porém o começo será sempre retirar do freezer, pôr dentro da água em temperatura natural ou simplesmente quebrada um pouco no fogo e deixar descongelar naturalmente, o que ocorre em muito pouco tempo e ai ofereça. Funciona desde neos de 1 dia até adultos congelados. Procure um fornecedor, conheça seu biotério, se informe com alguém antes de finalizar a compra, lembre-se sempre: Um neonato de R$ 2,50 pode matar uma serpente de 4 mil reais. Nunca descongele e volte a congelar, já presenciamos a morte de serpentes por conta disso. Fique a vontade de fazer 14 qualquer pergunta a seu fornecedor, a saúde de sua serpente depende destas respostas. Segue abaixo uma tabela que irá ajudar na alimentação de sua Corn Snake. Lembre-se comer demais não é sinal de saúde, serpentes super alimentadas crescem mais rápido, porém vivem menos. Para aqueles que não possuem tempo para observar diariamente se a serpente defecou ou não basta seguir a seguinte tabela. Camundongos Frequência Peso da Corn Snake Neonatos de 1 a 3 dias 1 x por semana 15g Neonatos de 4 a 5 dias 2x por semana 16g a 25g Lactante pequeno de 5 a 6 dias 2x por semana 26g a 30g Lactante grande de 5 a 6 dias 1x por semana 31g a 90g Desmamado de 7 a 10 dias 1x por semana 91g a 170g Adultos de 11 dias em diante 1x por semana 171g ou mais Adultos com mais de 30 dias 1x por semana 400g ou mais TABELA 1. Freqência da alimentação da Corn Snake 9.1 Regurgitação Regurgitar não é normal, portando devemos dar a devida atenção seguindo o protocolo a seguir: 1- Vc alimentou seu bicho e ele regurgitou, no mesmo dia, no outro dia ou dois dias depois. Não importa! O protocolo começa exatamente nesta data. 2- NUNCA ofereça outro alimento a ele, quando regurgita, perde parte das defesas da flora estomacal... se oferecer outro na sequência, é quase certo que o processo se repetirá, ocasionando outra perda grande de defesas, o resultado será a ampliação destas áreas sem flora chegando ao ponto fatal que o animal não conseguirá mais manter o alimento no estômago, o que o levará a morte. 3- Espere entre 8 a 12 dias para oferecer um novo alimento, ideal 10 dias. Ela não ficará com uma fome fatal como alguns criadores pensam, acredite 15 quando dizemos, podem passar mais de um mês sem comer e a serpente não morrerá por isso! 4- NUTRIBAC é um suplemento vitamínico-mineral indicado para suprir as necessidades orgânicas em vitaminas e minerais, nos diversos regimes alimentares dos répteis, auxiliando em todas as funções vitais do organismo animal. É um grande aliado, não é tão fácil de encontrar,mas é indispensável para todo criador. O certo seria oferecer junto ao alimento salpicando sobre o mesmo, mas por vezes a serpente recusa. Alguns criadores diluem o Nutribac em água mineral e injetam no alimento com seringa e agulha desta forma conforme a Corn Snake for fazendo a digestão o produto é liberado gradualmente dentro do estômago do animal. Durante os 10 dias que se deve aguardar para oferecer o alimento novamente o indicado é que substitua o recipiente de água por um bem pequeno com pouca água e Nutribac misturado, somente um pouco salpicado. Troque diariamente esta mistura. O animal irá beber água com o produto que irá regular sua flora estomacal durante esta fase. 5- É importante esta primeira alimentação após o regurgito, use um de tamanho pequeno, de preferência com uns 30% do tamanho que usa normalmente, já com a administração do Nutribac. Corte a dose diária com a água, use apenas no alimento a partir deste momento. Vá aumentando o tamanho da presa ao longo do tempo, sempre gradativamente e na mesma constância que alimentava antes, se era uma vez por semana, continue desta forma. Use Nutribac nas primeiras 4 a 5 alimentações, depois vá espaçando a administração, 15 em 15 dias, uma vez por mês de 2 em 2 meses e sempre observando o comportamento do animal. 6- Observe a temperatura onde seu animal está e certifique-se que esteja entre 24 e 28 graus, sendo 27° mais apreciável. Temperaturas baixas também provocam regurgitos. 16 7- Alimentos super dimensionados podem provocar um incomodo tão grande ao bicho que ele prefere por para fora a suportá-los, não dê alimentos muito grandes. 8- Não alimente seu animal e depois os junte num coletivo, quando um sobre os outros, o peso pode fazê-los regurgitar, deixe-os num lugar quieto, tranquilo e sozinhos, de preferência só os manipule após 48 horas da oferta de alimento. 9- E lembrem-se existem problemas crônicos de saúde, que só um bom veterinário pode identificar, por vezes se faz necessário uma vermifugação ou um outro procedimento mais invasivo, mas tudo é uma questão de avaliação no pós protocolo. Ao persistirem os sintomas o veterinário deverá ser consultado. FIGURA 10. Nutribac 9.2 Alimentação Induzida Você adquiri uma Corn Snake e está ansioso para vê-la se alimentar, mas por diversas vezes tentou oferecendo alimento mas a Corn insiste em recusar e acaba por não se alimentar. 17 Isso é comum, sempre que os filhotes nascem o criador deve separá- los em potes individuais e acompanhar a alimentação e a primeira ecdise, assim que esses dois ocorrerem o filhote está pronto para ser vendido. Os que não se alimentarem devem ser mantidos a fim de tentar oferecer alimento mais algumas vezes. Se insistirem em não se alimentar é sinal de que será necessário induzir a alimentação, caso contrário o animal corre o risco de ficar cada vez mais debilitado ou até mesmo morrer. A indução deve ser feita por uma pessoa experiente, ou com o auxílio desta, evitando assim a fratura da mandíbula ou maxila do animal. OBS. Para garantir a saúde e a integridade do animal o vendedor não deve vender uma Corn Snake que não esteja se alimentando naturalmente. A não ser que o comprador esteja ciente que o animal não está se alimentando e mesmo assim deseje efetuar a compra. A imagem a seguir mostra as fazes da alimentação induzida FIGURA 11. Alimentação induzida em Corn Snake 18 1. Segure o animal de forma que o mesmo fique imobilizado. Cuidado com o excesso de força. 2. Pegue um palito de dente e coloque entre mandíbula e o maxilar do animal. 3. Faça movimentos com o palito até que o animal abra a boca. 4. Quando a serpente abrir a boca coloque o palito de modo que ele fique atravessado na boca do animal para garantir que ele não feche a boca novamente. Cuidado para não ferir a boca do animal com a ponta do palito. 5. Coloque o neonato de cabeça na boca do animal e retire o palito. 6. Comece a empurrar o neonato no sentido da garganta da serpente. 7. Utilize uma pinça para facilitar o processo. 8. Apóie bem o neonato com a pinça e continue empurrando devagar e com cuidado para não ferir a serpente. 9. Por vezes a serpente irá tentar expelir o neonato para fora, isso é normal, apenas se concentre em não deixá-la expelir o neonato e continue com o processo. 10. Quando boa parte do neonato já estiver passado pela boca do animal ficará mais fácil de empurrá-lo, mas lembre-se sempre devagar e com cuidado. 11. Quando todo o neonato estiver para dentro da boca da serpente continue empurrando com a pinça devagar até que o mesmo passe totalmente para a garganta da serpente após isso mantenha a boca dela fechada com os dedos evitando que ela coloque-o novamente para fora. 12. Acompanhe a serpente engolindo a neonato até que o mesmo chegue ao estômago finalizando o processo de alimentação induzida. É indicado passar o neonato na clara de ovo visando lubrificar o alimento e facilitar o processo de indução. Repita o processo quantas vezes forem necessárias até que sua serpente comece a se alimentar por si só. 19 A maioria das serpentes após algumas induções começam a se alimentar sozinhas, mas uma pequena parcela não evolui da mesma forma sendo necessário continuar o processo de indução por tempo indeterminado. Obs. Na página de links úteis tem um link de um vídeo que o ajudará no processo de indução. 9.3 Alimentação por Sonda Há ainda um outro procedimento também muito eficaz e até mais simples, é o uso da alimentação por sonda. Para este procedimento será necessário: - Uma sonda fina nº 6 ou 8 dependendo do tamanho do animal. - seringa de 3 a 20 mls, dependendo quantas serpentes serão alimentadas. - Hill’s A/D é uma pasta à base de carne fortificada com vitaminas que serve para cães e gatos convalescentes, é vendida em pet shops, é semelhante a uma latinha de atum destas vendidas em mercados. - Água previamente filtrada e fervida. FIGURA 12. Lata de Hills A/D 20 9.3.1 Como Fazer Para melhor aproveitamento, é indicado que se dilua toda a lata de uma vez nesta água tratada e se ponha em formas para gelo no freezer, sempre que for usar descongele apenas um dos cubos e o restante permanece congelado. Faça uma diluição média, isto é, nem fina, nem grossa, sua base será a sonda, a pasta tem que passar ali, então fica fácil saber a medida certa da diluição. Cuidado somente para não diluir demais. Ponha a pasta já pronta dentro da seringa, acople a esta a sonda, introduza cerca de 1 ml para por vez e vá aumentando gradativamente conforme o desenvolvimento do baby. Preencha a sonda com a mistura até que você possa avaliar se a passagem da pasta esta normal. Em seguida introduza lentamente a sonda pela boca da serpente até atingir um pouco antes do meio do corpo, onde se localiza o estômago, após injete lentamente a quantidade necessária, não tente por demais, ela regurgitará o excesso e talvez até tudo, o que certamente não é nada bom. Depois da alimentação deixe-a descansar em local aquecido, lave seringa e sonda e repita esta operação assim que ela defecar. Esse processo é muito eficaz, acreditem. Por experiência própria podemos afirmar que este procedimento salva sua serpente. FIGURA 13. Sonda para alimentação de serpentes 21 Obs. Na página de links úteis tem um link de um vídeo que mostra como deve ser feito a alimentação induzida através de sonda. 10. Reprodução A época de reprodução no Brasil ocorre sempre a partir do mês de Agosto indo até o mês de Dezembro.Sendo bem alimentados desde o início da vida, estarão prontos pra reproduzir em 24 meses. Machos estarão prontos a partir de 85 cm, já as fêmeas será melhor estar com no mínimo 110 cm, visto que quando reproduzem seu crescimento sofre uma forte desaceleração. Junte o casal, espere cruzarem e os separe por 2 dias e torne a juntá-los, repita este processo 2 ou 3 vezes. A fêmea demora em média 30 dias para realizar a postura e fará a postura de cerca de 15 a 22 ovos, inclusive podendo realizar uma segunda postura tempos depois. FIGURA 14. Acasalamento de Corn Snakes O casal acasalou, 30 dias depois a fêmea irá por os ovos, espere até que ela termine de por todos eles e observe na área da cloaca para ver se ainda há algum volume. Tire-a lentamente para que ela não esmague os ovos tentando protegê-los. Observe atentamente a posição que os ovos estão, pois eles terão que ser postos no local da incubação na mesma posição, isso é importante. 22 Prepare a caixa onde os ovos serão depositados, é indicado utilizar como substrato vermiculita grossa (nunca fina) ou perlita (procure informações na internet sobre onde encontrar). Umedeça com água filtrada e fervida, alguns usam anti-fungicidas de aquário nesta água para diminuir as chances de formação de fungos nos ovos. Apenas umedeça o substrato, não encharque, e enterre os ovos até quase a metade, faça poucos furos na tampa da caixa, uma meia dúzia somente e use um esparadrapo poroso que vende em farmácias para tampar estes furos, com isso evitará a entrada de insetos, mas manterá a entrada de ar, observe pelo menos uma vez por semana, abra a caixa por pouco tempo, renove o ar, verifique a umidade do substrato, se necessário umedeça mais um pouco, nunca molhe os ovos e procure Mante-los a 27, 5 º em média. Use incubadoras, existem variados modelos caseiros e comerciais. Dentro de uns 60 a 75 dias os ovos eclodirão, uns menos e outros com mais tempo que isso. Espere seus babys saírem dos ovos sozinhos, caso aconteça um atraso muito grande em relação as que já nasceram, mais de 48 horas depois, abra cuidadosamente o ovo com uma pequena tesoura, caso o baby esteja vivo lá dentro, ponha na mesma posição e espere ele sair por si só. FIGURA 15. Corns Snakes no ovo 23 10.1 Cuidados pós Nascimento Só alimente seus babys após fazerem a primeira muda, nunca antes, geralmente a fazem em uns 7 dias. É indicado que os separe em recipientes individuais para os babys que nascem, isso facilita o acompanhamento das mudas, crescimento, alimentação, regurgitos e tudo mais. Um outro motivo preocupante é o canibalismo. oferecer alimentos para todos juntos é confusão na certa, 2 ou 3 serpentes irão querer dividir o mesmo neo. Mas se for impossível a divisão dos babys é indicado que faça o seguinte, os alimente em locais diferentes e antes de voltar a juntá-los lave suas cabeças com água corrente, isso tira o cheiro da presa e evita que algum baby esfomeado de o bote na cabeça de um irmão e o engula totalmente, e acreditem, sempre a que vale menos engole a que vale mais ou seja a comum vai engolir a striped! 10.2 Ecdises (mudas de pele) Num determinado momento sua serpente perderá aquelas cores brilhantes de antes, escamas e olhos ficarão opacos, é o sinal de que ela passará por um processo chamado ecdise ou mudança de pele, momento importante na vida desses animais, necessário para auxiliar no crescimento e na renovação dos tecidos. No caso das serpentes, a muda é especialmente interessante uma vez que a pele é trocada por inteiro, de uma só vez. Começando pela cabeça, a pele velha vai se soltando e saindo pelo avesso, como se fosse uma meia (veja o vídeo na página de links úteis). Os casos onde isso não ocorre e a muda acontece irregular (muda imperfeita) podem indicar que algo está errado com a saúde do animal. Por isso, nos serpentários a muda das serpentes é um quesito que é bem observado. Fatores como parasitas externos, dieta e condições físicas do ambiente inadequadas ou outras situações de estresse prejudicam o processo de muda das serpentes. Quando a muda não acontece por completo pode causar problemas no crescimento de novos tecidos ou levar ao “apodrecimento” de algumas regiões do corpo, agravando a saúde do animal. 24 Em alguns casos a serpente perderá a vontade de comer, ficará de molho no pote de água. Ai existem duas realidades a seguir, elas vão direto desse processo para a muda de pele ou voltam a ficar brilhantes e em seguida fazem a muda, de qualquer forma, um dia vc chegará na caixa ou terrário e lá estará uma pele esticada. Isso quer dizer que ele esfregou a ponta do focinho em algum objeto áspero que deverá ser previamente colocado, por exemplo um tronco até abrir a pele e por ali saiu se esfregando pelo chão até se desfazer totalmente da pele. Este processo ocorre toda vez que sua serpente precisa crescer. FIGURA 16. Corn Snake realizando a ecdise 11. Cadastros Mantenha sempre um cadastro de suas serpentes, pais, avós, irmãos, isso sempre é importante, até mesmo para quem você vendeu, pois amanhã você poderá precisar daquela genética. Juntando as informações um dia poderemos montar um pedigree, poderemos chegar a novos padrões com base nestes cadastros. Coisa simples, tipo: data de nascimento, padrão, um código (nome), pais, avós, os padrões que nasceram nos irmãos, só isso já basta. Saber para onde os vendidos foram e também saber de onde os seus vieram, para isso pode precisar recorrer ao criador que lhe vendeu. Coisas simples que podem te ajudar no futuro. 25 12. Exposição e Cuidados nas Redes Sociais Tentem ser discretos, a grade maioria dos bichos que criamos são proibidos, podem ser apreendidos e ainda geram multas, se forem silvestres, cadeia. Primeiramente criem um perfil fake para tratar destas assuntos, seu perfil pessoal será facilmente identificado pelas pessoas que estão como amigos, um perfil específico pra isso, só terá outros criadores que tomarão o mesmo cuidado que você.Tenha fotos de seus bichos, mas nunca os segurando onde apareça seu rosto ou de outras pessoas, nunca ponha informações de onde trabalha, ou estuda ou o nome da pessoa com quem está namorando. Tenha isso no seu perfil pessoal nunca no fake. Sempre que for fazer uma entrega em mãos, nunca marque na sua casa ou no seu portão, marque num lugar neutro de preferência longe da sua casa e investigue a pessoa, alguns “compradores” podem ser policiais disfarçados, isto já aconteceu em São Paulo pelo menos 2 vezes. Atenção ao adicionar alguém nas redes sociais, podem ser policiais infiltrados. Perfil com poucos amigos em comum, ou sem nenhum amigo, sem fotos ou fotos de net, caras que querem saber onde você mora, querem seu telefone celular ou fixo, não negociam preço, você facilmente venderá uma Corn amel por 600 reais e eles dirão que pagam. Isso prova que não possuem noção de preço ou que isso não importa para eles. Fiquem atentos, não usem celulares com nomes identificáveis, muitas operadoras pedem o CPF para cadastro e com este é fácil chegar nas pessoas. Todo cuidado é pouco, alerta sempre. 13. Envio de Animais É um tópico polêmico sempre, mas decidimos citá-lo, pois o número de criadores só aumenta no Brasil e como sabemos é muito grande, imagine que alguém de Sergipe quer uma Corn Snake, como ele deve proceder? A maneira mais segura é a entrega em mãos, indiscutivelmente e respeitamos os criadores que não fazem envios, mas temos que pensar em jeitos de fazer envios para lugares distantes. A maneira é tão importante quanto o modo de envio, comomaneira temos: sedex, sedex 10 e ônibus entendam que sedex 10 é mais seguro 26 que sedex comum, ônibus é mais seguro que sedex 10, porém mais trabalhoso e talvez mais dispendioso. A responsabilidade do envio é do vendedor e a do destino do comprador! Depois do envio ter sido bem feito, o que vier a acontecer ao animal é de TOTAL responsabilidade do comprador. A - O critério de envio é do vendedor e é total responsabilidade de fazê-lo bem feito em TODOS os sentidos. B - Indico que o faça de qualquer das formas apresentadas, sempre as segundas e terça, para equilibrar qualquer eventualidade. C - Caso o comprador esteja com muita pressa em receber o bicho, perde a chance de reclamar de qualquer problema depois do envio. D – Mostre ao comprador o valor do envio corretamente, quem pagará é ele, então deve escolher o que mais lhe convier. E – Passe o quanto antes o rastreador do envio. E – Logicamente fica-se subentendido que o endereço do remetente é falso, pois se algo acontecer na viagem e for necessário ser feita uma devolução, o animal estará perdido.O que pode acontecer? Três tentativas de entregas sem sucesso e a encomenda é devolvida. Atentem para isso. F – Nunca ponha potinho de água para o animal dentro da caixa de envio, há alguns anos atrás um esperto pôs e acabou molhando a caixa, que foi notado, foi para o raio X e depois para a Imprensa, aconteceu num envio de SP para BH. G – caso use sedex 10, chegue sempre faltando uns 30 minutos para encerrar o envio, neste horário, tudo vira correria, lembrem-se que tem que ser entregue até 10 da manhã do dia seguinte. 27 13.1 Modo de Fazer MATERIAL - Meia calça feminina. - Uma caixa de tupperware que caiba dentro da caixa de papelão dos correios. - Caixa dos correios previamente comprada. - Fitas colantes - Vermiculita - Jornal 13.2 Montagem Ponha a serpente (exemplo uma baby) dentro da meia, não deixe-a frouxa, mas também não aperte tanto, amarre e corte o excesso. Ponha dentro do tupperware já furado e complete o espaço vazio com vermiculita, tampe o pote e passe fitas de durex finas ou elásticos, ponha o tupperware dentro da caixa dos correios já montada, faça escoras com jornais ou papel toalha em seguida feche a caixa dos correios e a lacre com fita colante grossa, feche todas as saídas bem lacradas, preencha os dados e chegue o mais tarde possível nos correios. 14. Veterinários de confiança Procure um bom veterinário de exóticos e silvestre em sua cidade, tenha ele em seus contatos. Um dia poderá precisar deles. Serpentes são resistentes, porém podem adoecer precisar de uma vermifugação ou qualquer outro procedimento que necessitará de um profissional. Temos duas indicações,uma do RJ e a outra de SP. RJ – Dr. Marcelo Lago, Felipe e os demais da equipe. http://www.facebook.com/pages/DoutorSilvestre/226616990787530?fref=ts SP – Dr. Alessandro http://www.exoticpetscv.com.br/home.html 28 15. Conclusão O Manual dos Criadores de Corn Snakes é só um guia para aguçar a curiosidade dos novos criadores, todos os tópicos podem ser desenvolvidos em outras pesquisas complementares o que foi apresentado aqui é só um básico. A idéia é que no futuro cada criador ao realizar uma venda de Corn Snake já inclua no pacote esse manual do criador para que auxilie os novatos na manutenção desses animais em cativeiro e na organização do Hobby de uma forma geral. Trata-se de um presente do Mad Max Corns e do Kobra Corn para toda a galera do Hobby, para que possamos iniciar 2014 com o pé direito e mostrar que apesar de estarmos longe uns dos outros podemos nos organizar e manter um Hobby consciente agradável para vendedores, compradores e principalmente para os animais. É também uma forma de agradecimento por todos os aprendizados que adquirimos com o Hobby ao decorrer do tempo. 29 16. Links úteis 1. Construa seu próprio tronco http://aquarioxpg.blogspot.com.br/2009/07/como-fazer-um-tronco-para- aquario.html 2. Alimentação induzida em Corn Snake http://www.youtube.com/watch?v=UNEvCh44T9w 3. Vídeo sobre alimentação induzida através de sonda http://www.youtube.com/watch?v=HxhpdMiWkrI 4. Ecdise de Corn Snake http://www.youtube.com/watch?v=rHef6u21HfI 5. Corn Snake Brasil Blog http://cornsnake-brazil.blogspot.com.br/2008/09/troca-de-pele_16.html 6. Corn Snake Oficial Blog http://www.cornsnakeoficial.blogspot.com.br/ MADMAX CORN http://www.facebook.com/madison.maximiliano Kobra Corn https://www.facebook.com/mega.corn.75 30 REFERÊNCIAS RECOMENDADAS Corn Snake Brasil. Disponível em: http://cornsnake-brazil.blogspot.com.br/. Último acesso em 03 de janeiro de 2014. Corn Snake Oficial. Disponível em: http://www.cornsnakeoficial.blogspot.com.br/. Último acesso em 03 de janeiro de 2014. JEPSON, L. Clínica de animais exóticos: referência rápida. Rio de Janeiro: Elsevier, 578 p. 2010. 31 Anexos LEI N° 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE Seção I Dos Crimes contra a Fauna Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas: I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. § 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. § 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. § 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; II - em período proibido à caça; III - durante a noite; IV - com abuso de licença; 32 V - em unidade de conservação; VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. § 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. § 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio público; II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente; III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica. Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: 33 Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos; III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas. Art. 35. Pescar mediante a utilização de: I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente: Pena - reclusão de um ano a cinco anos. Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; III – (VETADO) IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
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