Buscar

Direito do Trabalho I - aula 10

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito do Trabalho
 Prof. Me. Camile Serraggio Girelli
Nesta aula iremos ver:
1.Duração do Trabalho
1.1 Fundamento
1.2 Jornada e horário de trabalho
1.3 Trabalho extraordinário
1.4 Base de cálculo
1.5 Controle de horário
2. Suspensão e interrupção do contrato de trabalho
2.1 Conceito 
2.2 Despedida injusta no curso da suspensão ou da interrupção
2.3 Hipóteses de suspensão
2.4 Hipóteses de interrupção
Na CLT há um capítulo que trata especificamente sobre a Duração do Trabalho. O capítulo II
engloba os artigos 57 até o 75 e dentro dele encontramos os preceitos a respeito da Jornada
de Trabalho, do Descanso, do Trabalho Noturno, do Quadro de Horário e das penalidades.
1.Duração do trabalho
"Art. 57 - Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a
todas as atividades, salvo as expressamente
excluídas, constituindo exceções as disposições
especiais, concernentes estritamente a
peculiaridades profissionais constantes do
Capítulo I do Título III."
biológico: o excesso de trabalho traz fadiga, estresse, cansaço ao trabalhador, atingindo
sua saúde física e mental. Portanto, os fatores biológicos são extremamente importantes
para limitar a quantidade de trabalho diário.
social: o trabalhador que executa seus serviços em extenças jornadas tem pouco tempo
para a família e amigos, o que segrega os laços íntimos com os mais próximos excluindo
socialmente o trabalhador. 
econômico: um trabalhador cansado, estressado e sem diversão produz pouco e,
portanto, não traz vantagens econômicas para o patrão.
A limitação do tempo de trabalho, as pausas durante o trabalho, e os repousos semanais e
anuais são garantidos por lei e constituem-se em normas de medicina e segurança do
trabalho, isto é, em regras imperativas que estabelecem direitos de ordem pública,
impedindo as partes de renunciar, transacionar ou dispor de qualquer benesse que a lei
tenha concedido ao empregado. A limitação do tempo de duração do trabalgo tem como
fundamento 3 aspectos importantes:
1.1 Fundamento
Jornada deveria significar duração do trabalho diário, pois relacionada ao número de horas
diárias de trabalho. Todavia, na linguagem forense jornada quer dizer lapso temporal de
trabalho. Dessa forma, a jornada pode ser diária, semanal, mensal, anual, etc. 
A hora de entrada e de saída do trabalhador no emprego determina seu horário de trabalho.
Dependendo destes parâmetros a jornada é fixada.
1.2 Jornada e horário de trabalho
exemplo: Rodrigo inicia seu trabalho às 8 horas da manhã, interrompe asatividades para o almoço às 12 horas, retornando às 13 horas. No
final do dia, por volta das 17 horas, encerra seu trabalho. Neste
caso, seu horário de trabalho é das 8 às 17 horas, com uma hora
de intervalo, e sua jornada é de 8 horas diárias. 
O horário de trabalho pode ser diurno, noturno ou misto, dependendo dos horários de
entrada e saída ajustados entre o empregado e o empregador.
A duração do trabalho é gênero do qual são espécies a jornada, o horário de trabalho e os
repousos (intrajornada, interjornada, semanal e anual). Compreende o período de tempo de
trabalho ou de disponibilidade do empregado junto ao empregador, podendo ter distintos
parâmentros de medida: dia, semana, mês e ano. 
3.1 Intervalo trabalhado
A concessão de intervalo para repouso e alimentação previsto (intervalo intrajornada) no
art. 71 da CLT é norma de medicina e segurança do trabalho e, por isso, é direito de ordem
pública. Como regra, o empregador não pode suprimir unilateral ou bilateralmente o
período previsto em lei.
Após a reforma trabalhista (Lei 13.467/17), a norma coletiva poderá reduzir o intervalo
intrajornada para 30 minutos, mesmo que a empresa não possua refeitório. 
Caso o empregador não cumpra com a regra prevista no caput do art. 71, será penalizado
com o disposto no §4º do mesmo artigo, ou seja, pagamento de horas extras no montante de
50% do período suprimido. Desta forma, no exemplo dado a cima, o empregado contratado
para trabalhar 8 horas por dia, das 8 às 17, com 1 hora de intervalo, que trabalha durante
este período, tem direito à remuneração deste período, devendo o empregador pagar a hora
de intervalo mais o adicional de 50%.
1.3 Trabalho extraordinário
3.2 Trabalho além da jornada
Ler artigos 58 e 59, CLT.
A duração do trabalho está limitada a 8 horas por dia, no limite de 44 horas semanais - art.
7º, XIII, CF/88 (Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: XIII - duração do trabalho normal não superior a
oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho). Todo trabalho
acima destes patamares é considerado como extraordinário. 
Hora extra é diferente de duração normal do trabalho. Para duração normal o limite é de 8
horas, tanto com base na CF quanto na CLT. 
O limite máximo de labor de 2 horas extras por dia, previsto no art. 59 da CLT, dirige-se ao
empregador, que está proibido de exigir do empregado trabalho além deste parâmetro. Isto
se explica porque o excesso de trabalho, como vimos, traz danos para o empregado. Se,
todavia, o empregado de fato trabalhar mais horas extras, tem direito à remuneração de
todas, sem qualquer limitação.
hora extra não excedente a 2 horas;
remuneração de, pelo menos, 50% do valor da hora normal; 
possibilidade de compensar as horas de um dia no outro;
período máximo de 1 ano para compensação;
limite de 10hs por dia;
respeito à soma da jornada semanal (respeitar as 44hs semanais e 8hs diárias - máximo
10hs).
se a rescisão vier antes da compensação,ocorre pagamento de horas em haver como
hora extra.
"SÚMULA Nº 376 - HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS I - A limitação
legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas
as horas trabalhadas. II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo
dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da
CLT." 
Art. 59: 
compensação tradicional;
banco de horas (também chamada de compensação aleatória). 
3.3 Compensação de jornada
O regime de compensação ocorre quando houver aumento da jornada legal ou contratual
em um dia pela correspondente diminuição em outro, de forma a garantir o módulo semanal
de 44 horas ou mensal correspondente à soma das jornadas semanais até o limite anual. A
comprensação de jornada é gênero cujas espécies são:
A compensação de jornada tradicional é aquela em que o empregado tem ciência prévia do
dia do labor extra e da correspondente compensação e normalmente respeita o módulo
semanal ou mensal, mas nada impede que seja trimestral, semestral ou mesmo anual. 
A compensação de jornada aleatória, ao contrário, é a que depende da álea, isto é, do
evento imprevisível. Neste caso, o empregado é contratado para trabalhar até mais duas
horas extras no dia que for necessário, e compensar quando o empregador autorizar ou
determinar. Normalmente este tipo de compensação é feita por banco de horas. 
O banco de horas variável também pode ser ajustado da seguinte forma: o trabalhador
permanece após o horário se tiver movimento na empresa (demanda, necessidade) e
compensa quando for conveniente para os negócios.
A compensação variável ou aleatóriaé prejudicial ao trabalhador, já que não permite a ele
que se prepare ou que programe sua vida pessoal no dia de folga. Além disso, há
imprevisibilidade do horário do término do expediente , pois o empregado não sabe quantas
horas irá trabalhar a cada dia, o que também gera insegurança.
Daí a necessidade de se limitar o direito do empregador de ajustar o
banco de horas, que só poderá ser feito por acordo entre patrão e
empregado por escrito, sem interferência do sindicato, devendo a
compensação ocorrer no semestre ou por normas coletivas com
compensação anual - art. 59, §5º e art. 611-A, II, ambos da CLT. 
O labor habitual em horas extras não torna nulo o acordo de
compensação, regra estabelecida noart. 59-B, parágrafo único, CLT. 
3.4 Limite de 10 horas por dia
O §2º do art. 59, CLT, estabelece o limite de 10 horas de trabalho por dia quando a
compensação for ajustada (8hs regulares + 2hs extras).
A lei não estabelece quantas horas extras um empregado pode fazer quando tiver jornada
inferior à normal. Desta forma, por analogia, aplica-se a regra geral, ou seja, o acréscimo de
2hs em relação à jornada do caso concreto.
Há exceções legais ao limite de 10hs por dia: bombeiros civis (Lei nº 11.901/2009),
motoristas profissionais (Lei nº 13.103/2015) e domésticos (Lei Complementar 150/2015).
3.5 Compensação
A compensação, para ser válida, deve ser ajustada e escrita entre
o empregador e o empregado ou por norma coletiva, e,
excepcionalmente, também se admite de forma tácita ou oral
(esta é permitida quando a compensação ocorrer dentro do
mesmo mês).
A compensação fixa ou tradicional prevista em acordo individual
entre empregado e empregador, assim como o banco de horas
previsto em norma coletiva, pode ocorrer até um ano (art. 59, §2º,
e art. 611-A, II, ambos da CLT), enquanto no banco de horas
ajustado por acordo individual, a compensação deve ocorrer no
semestre.
Caso não sejam compensadas todas as horas extras laboradas,
quando da rescisão estas deverão ser pagas pela remuneração da
época - art. 59, §3º, da CLT e art 2º da LC 150/2015.
Banco de horas:
Acordo ou convenção
coletiva
Acordo individual 
escrito
Acordo individual 
escrito ou tácito 
1 ANO É A REGRA GERAL
O cálculo das horas extras é realizado a partir do salário do
empregado mensalista, que deve ser dividido pelo número de horas
trabalhadas no mês. O total de goras mensais x cinco semanas
(ficção jurídica).
Assim, para os empregados que trabalham 8 horas por dia e 44
horas semanais, deve-se dividir o salário por 220 horas para se
descobrir o valor do salário-hora. A partir daí o cálculo das horas
extras é fácil, pois basta multiplicar o valor do salário-hora pelo
número de horas extras laboradas no mês, acrescidas de 50% -
artigos 64, 65 e 478, §§ 2º e 3º, todos da CLT.
1.4 Base de cálculo
"Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se
o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o art. 58, por 30
(trinta) vezes o número de horas dessa duração.
Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á para o cálculo,
em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês. 
Art. 65 - No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o
salário diário correspondente à duração do trabalho, estabelecido no art. 58, pelo número
de horas de efetivo trabalho.
Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1
(um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a
6 (seis) meses. (...)
§ 2º - Se o salário for pago por dia, o cálculo da indenização terá por base 25 (vinte e cinco)
dias.
§ 3º - Se pago por hora, a indenização apurar-se-á na base de 200 (duzentas) horas por mês.
Divide-se, portanto, o valor do salário por 30, se mensalista, e por 15 se quinzenalista, para se
descobrir o valor do salário-dia.
O divisor 220 é obtido pelo resultado de 44 horas semanais x cinco semanas mensais (44 x 5 = 220).
Isto porque há presunção de que todos os meses têm 30 dias ou 5 semanas.
Quando o salário for pago por unidade de obra, por produção, por peça ou à base de percentagem
ou comissão sobre a venda ou negócio realizado, o empregado só receberá o adicional sobre a hora
extra, umavez que a hora em si já está remunerada. Súmula 340 TST c/c a OJ 235 da SDI-I do TST: 
"Súmula 340 TST: O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões,
tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras,
calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o
número de horas efetivamente trabalhadas"
235. HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno
realizada em 16.04.2012) - Res. 182/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012
O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à percepção
apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem é
devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo.
O art. 74, §2º, da CLT imputa ao empregador que possuir
mais de 20 empregados por estabelecimento a obrigação de
manter registro formal e idôneo para o controle da jornada
do empregado efetuado mediante cartão ponto mecânico,
manual ou eletrônico de frequência e horário.
O art. 58 diz o seguinte: "Art. 58 - A duração normal do
trabalho, para os empregados em qualquer atividade
privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que
não seja fixado expressamente outro limite. § 1º Não serão
descontadas nem computadas como jornada extraordinária
as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo
de dez minutos diários."
1.5 Controle de horário
A finalidade de exigência legal é a de permitir que o empregador controle a jornada do
empregado, para fins de pagamento das horas extras e para que o empregado possa conferir
a quantidade do labor diário. Além disso, o artigo consagra o princípio da inversão do ônus
da prova - Súmula 338 TST:
"JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA - É ônus do empregador que conta
com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornadade trabalho na forma do art. 74, § 2º,
da CLT. A não-apresentação injustificada dos controlesde freqüência gera presunção
relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode serelidida por prova em contrário.
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento
normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que
demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova,
invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador,
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir."
Para os empregados que executam trabalho externo, a lei exige a expedição de papeleta de
serviço externo - art. 74, §3º da CLT, o que não configura controle de horário.
Para os trabalhadores domésticos a LC 150/2015 exige que o empregador adote controle
ponto, independente do número de empregados que possui. 
SÚMULA Nº 366 TST - CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE
ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO Não serão descontadas nem
computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se
ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a
jornada normal.
"Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,
não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro
limite.
(...)
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do
posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte,
inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por
não ser tempo à disposição do empregador."
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada. 
Ver §2º deste artigo - revogou as horas in itinere.
Exemplo:
Uma vendedora de loja chega para trabalhar às 8 horas da manhã e
durante todo seu dia de trabalho aparece apenas um cliente o qual
entra na loja, fica por cerca de 30 minutos e leva 5 peças de roupa.
Quanto podemos considerar que foi a jornada de trabalho desta
vendedora?
Para a jornada de trabalho computamos tão somente o tempo
trabalhado?
Não! A jornadade trabalho é computada do tempo efetivamente
trabalhado + o tempo que o empregado fica à disposução de seu
empregador.
JORNADA = TEMPO TRABALHADO + TEMPO À DISPOSIÇÃOJORNADA = TEMPO TRABALHADO + TEMPO À DISPOSIÇÃOJORNADA = TEMPO TRABALHADO + TEMPO À DISPOSIÇÃO 
A maior distinção entre a suspensão e a interrupção é que nesta há o pagamento total ou
parcial do salário, enquanto naquela não há. Via de regra, na suspensão, o tempo de serviçõ
não é computado nem é devida qualquer contraprestação, enquanto na interrupção, ao
contrário, o tempo de serviço é computado para todos os efeitos e as parcelas salariais são
devidasintegral ou parcialmente. Na suspensão, as partes se desobrigam do cumprimento de
quase todas as obrigações contratuais, enquanto na interrupção todas as cláusulas
contratuais permanecem vigentes, estando o empregado desobrigado de prestar serviços. 
2. Suspensão e interrupção do contrato de trabalho
Suspensão contratual: durante a suspensão contratual o empregado deixa de prestar
serviços temporariamente ap empregador. Este, por sua vez, susta o pagamento de
salários e outras contraprestações ou vantagens ao trabalhador. Neste período, as
principais cláusulas contratuais ficam estáticas. Na verdade não é o contrato que fica
suspenso, mas sua execução. Todavia, as obrigações acessórias continuam em vigor,
cabendo, em caso de violação, a rescisão por justa causa.
A suspensão poderá ser de, no máximo, 30 dias, a contar da data que cessou a causa da
suspensão das cláusulas contratuais. Passados os 30 dias, o empregador poderá aplicar a
justa causa ao empregado - o abandono de emprego, rescindindo o contrato. Esta
penalidade independe de convocações para o trabalho, pois é obrigação do empregado
retornar ao serviço, e não do empregador pedir que ele volte (art. 474)
Ver art. 471 até o art. 476-A, art. 483, d, art. 510-C, §2º 
2.1 Conceito 
Interrupção contratual: na interrupção contratual o empregado cessa a prestação de
serviço, mas o empregador continua obrigado ao pagamento de forma total ou parcial
dos salários e vantagens e o tempo de serviço é computado para todos os efeitos legais.
Cessada a interrupção, o empregado deve, como na suspensão, retornar em, no máximo,
30 dias, aos trabalho
paralisação das principais cláusulas do
contrato de trabalho:
não há pagamento dos salários e/ou
vantagens durante o período de afastamento
(salvo acidente de trabalho, serviço militar e
licença maternidade);
o tempo de afastamento não é computado. 
Suspensão:
paralisação de algumas cláusulas do contrato
de trabalho:
há pagamento total ou parcial dos salários
durante o período de afastamento;
o tempo de afastamento é computado. 
Interrupção:
Durante o período de suspensão ou de interrupção contratual não pode o empregado ser
despedido sem justa causa, em face da paralisação das cláusulas contratuais que limitam o
poder potestativo de dispensa.
Via de consequência, lógico seria afirmar que é nula a despedida injusta praticada no curso
da suspensão ou da interrupção contratual, gerando o direito de o empregado ser
reintegrado no emprego ou ter seu contrato restabelecido. Entretanto, a posição da
jurisprudência tem sido em outro sentido. Considera "regular" a dispensa, mas seus efeitos
são protraídos para a primeira data possível, isto é, a jurisprudência tem considerado válida
a declaração unilateral do empregador no sentido de romper o vínculo sem justa causa, mas
os efeitos desta declaração (resolução do contrato) só serão produzidos depois da cessação
do motivo da interrupção ou da suspensão contratual, como, por exemplo, da alta médica
(primeiro dia útil após o término da suspensão ou interrupção).
2.2 Despedida injusta
Serviço militar obrigatório;
Encargos civis públicos;
Mandato sindical;
Suspensão disciplinar;
Diretor eleito de S/A;
Greve;
Auxílio doença; 
Aposentadoria por invalidez;
Licença maternidade;
Acidente de trabalho;
Suspensão para curso;
Trabalho Intermitente.
2.3 Hipóteses de suspensão
2.4 Hipóteses 
de interrupção 
AUSÊNCIAS LEGAIS PREVISTAS NO ART. 131 CLT 
Obrigada pela atenção!

Continue navegando