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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DA HUÍLA ISCED-HUÍLA O ENSINO CONTEXTUALIZADO DOS COMPOSTOS DE COORDENAÇAO NA 11ª CLASSE DO II CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Autor: Manuel Chinanga Luís LUBANGO 2019 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DA HUÍLA ISCED-HUÍLA O ENSINO CONTEXTUALIZADO DOS COMPOSTOS DE COORDENAÇAO NA 11ª CLASSE DO II CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Trabalho de Licenciatura para obtenção do Grau de Licenciado em Ensino da Química Autor: Manuel Chinanga Luís Tutor: Prof. Doutor Domingos Ndala LUBANGO 2019 i Dedicatória Dedico este trabalho aos meus pais Luís Gomes Isaías e Maria Ruth, pelo carinho e educação que me ofereceram durante o tempo da minha infância, mostrando- me o caminho para à escola onde acabei-me formando académica e profissionalmente. Toda esta proeza que culmina com a apresentação deste trabalho devo à eles. ii Agradecimentos Primeiramente à Deus, pela vida e saúde que Ele me tem proporcionado em todo meu percurso da vida. À minha esposa e filhos que suportaram as minhas ausências nos momentos que mais precisaram de mim, pois tão cedo aperceberam-se que estava indo em busca da realização do sonho que há muito estava idealizado. Aos meus pais Luís Gomes Isaías e Mara Ruth, que não pouparam esforços e sempre acreditaram que um dia chegaria à graduação. As suas orações e súplicas à meu favor, foram uma grande mola impulsionadora para este trabalho. Aos meus irmãos e amigos pelo apoio e incentivos que recebi, sobretudo nas horas em que a vontade de desistir falou mais alto. À todos os professores que contribuíram na minha trajectória académica, particularmente aos docentes da Secção de Ensino da Química do ISCED-Huíla, cada um à sua maneira soube com zelo e profissionalismo, colocar um tijolo neste edifício que hoje ergueu-se e posso servir à sociedade. Manifesto o meu especial agradecimento ao Doutor Domingos Ndala, responsável pela orientação do meu projecto, que incansavelmente com seus conhecimentos e visão sobre a temática em pesquisa, foi uma pedra fundamental e, soube-me guiar para o desenvolvimento desta monografia. À todos, o meu muito Obrigado iii Resumo O avanço técnico-científico e tecnológico cada vez mais acelerado que o mundo actual enfrenta, exige da educação modelos formativos mais competitivos, acreditáveis e sustentáveis perante a sociedade e a comunidade científica nacional e internacional, com metodologias que propiciem uma aprendizagem mais sólida dos conhecimentos científicos. A análise das situações de ensino- aprendizagem da Química nas Escolas do II Ciclo do Ensino Secundário do Liceu 26 de Abril e do Liceu do Lubango nº 792, permite delimitar insuficiências que reflectem o tratamento tradicional do conteúdo compostos de coordenação com relação à sua contextualização, o que constituí o ponto de partida do presente trabalho que tem como objectivo: elaborar uma metodologia a partir de situações de contextos do meio para o tratamento deste conteúdo no II Ciclo do Ensino Secundário. Para a sua concretização foram utilizados métodos científicos teóricos, empíricos e estatístico. Palavras-chave: aprendizagem, compostos de coordenação, contextualização do ensino, metodologia. iv Índice Introdução……………………………………………………………………………….1 Capítulo I. Fundamentação teórico da investigação ………………………………7 1.1. Sistematização dos fundamentos teóricos do processo de ensino- aprendizagem do Química no ensino Secundário e particularmente do conteúdo compostos de coordenação ……………………………………………….8 1.1.1. A contextualização e a motivação……………………………………………..9 1.1.2. A contextualização como estratégia didáctica ……………………………..10 1.1.3. O ensino contextualizado da Química dos compostos de coordenação……………………………………………………………………………14 Conclusões do capítulo I………………………………………………………………16 Capítulo II. Metodologia para a contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de química da 11ª classe do II Ciclo da Ensino secundário ……………………………………………………………………..17 2.1. Diagnóstico da situação actual do Processo de ensino-aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino secundário……………………………………….18 2.2. Fundamentos teóricos da metodologia da contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário……………………………………………………………21 2.2.1. Metodologia para a contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário………………………………………………………………………22 2.2.1.1. Sistema de actividades experimentais da Química dos compostos de coordenação ……………………………………………………………………......27 2.2.1.2. Outras formas organizativas docentes para o estudo do tema…………46 v Conclusões do Capítulo II……………………………………………………….……..48 Conclusões gerais………………………………………………………………..........50 Sugestões………………………………………………………………………………..51 Referências bibliográficas……………………………………………………………..52 Anexos……………………………………………………………………………………62 Apêndices………………………………………………………………………………..57 vi INTRODUÇÃO 2 Introdução Ao estudo do processo de ensino-aprendizagem da Química se têm dedicado vários investigadores, entre eles se encontram Castellanos Simons, Silvestre Oramas (2002) e Rico Montero (2004), entre outros, que conceptualizam estes elementos desde o ponto de vista teórico geral, mas que não oferecem ferramentas metodológicas propiciadoras de um processo de ensino- aprendizagem desenvolvedor que facilite a aprendizagem dos alunos sobre a base de uma contextualização de conteúdos específicos, como é o caso dos compostos de coordenação ou complexos. Existem importantes contribuições no contexto do processo de ensino- aprendizagem da Química, como os oferecidos pelos autores: Pérez Matos (2000), Castillo Rodríguez (2001), Requeira Martínez (2003), Martínez Rodríguez, (2003), Yera Quintana, (2004), Torres Moreno (2007), Michell Fuentes (2010), Rodríguez Pérez (2010), Machado Cobas (2014), Arias Albertí (2014) e Tiá Pacheco (2014), entre outros. Estes autores, se bem caracterizam o processo para o ensino secundário e superior, ao descrever os elementos que a identificam, não aprofundam nas potencialidades para estabelecer a relação do conteúdo com os contextos de actuação na relação entre o tecnológico e o didáctico. De igual maneira, não está esgotada a diversidade de conteúdos que integram as diferentes disciplinas das diversas carreiras. Se tem constatado, além disso, que no contexto angolano as investigações relacionadas com a Didáctica da Química, assim como os resultados divulgados em eventos nacionais e internacionais, são escassos. Neste sentido se considera a estratégia metodológica para o tratamento do tema compostos de coordenação nas Escolas de Formação de Professores (César e Paulo, 2014), análise elementar de solos como uma fonte de contextualização no ensino da Química Inorgânica (Filipe e Mavenda, 2015) e a sistematização do conteúdo compostos de coordenação de Química Inorgânica (Ndala, 2015), entre outros. Estes autores têm centrado suas investigações no estabelecimento do vínculo teoria-prática mediante o desenvolvimento do experimento químico docente; entretanto, não se tem em conta a contextualização do conteúdo compostos de 3 coordenação no ensino secundário desde a amplitude que este possuí como realidade objectiva no meio.No âmbito internacional, autores tais como: Cavalcanti Días e Azevedo Brasilin (2004) de Brasil, Martínez García (2009) de Colômbia, Leite de Oliveira e outros (2010) de Brasil, Merino Rubilar (2011) de España, Ibáñez Zolda (2012) de Ecuador, Fernández González (2012) de México e Alfonso Parada (2012) de Colômbia, modelam o processo de ensino-aprendizagem de diferentes conteúdos da Química e de uma forma ou outra atendem os processos de sistematização, contextualização e profissionalização; não é assim para os compostos de coordenação em contextos formativos dos alunos do ensino secundário, o que notoriamente é carente desde o ponto de vista da Didáctica da Química no âmbito angolano. Da análise anterior se infere que, apesar da riqueza dos estudos realizados e as contribuições acerca do processo de ensino-aprendizagem da Química, ainda existem carências teóricas que na ordem epistemológica requerem ser satisfeitas, as que se resumem em que: não se tem concretizado a base necessária para a execução do processo de ensino-aprendizagem que permita realizar o estudo dos compostos de coordenação no ensino secundário mediante a sua contextualização. Mediante um estudo diagnóstico realizado aos professores de Química das escolas secundárias do Lubango no ano de 2017, através de inquéritos, se constatou a existência de insuficiências no processo de ensino e aprendizagem da Química, particularmente do conteúdo compostos de coordenação quanto à sua contextualização, como um dos princípios de ensino, daí que se formula o seguinte problema científico: insuficiências no ensino e aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação a partir de situações de contextos do meio, pelo que se declara como objecto de investigação o processo de ensino- aprendizagem da Química no II Ciclo do Ensino Secundário. Para dar solução ao problema identificado teve-se como objectivo da Investigação: elaboração de uma metodologia a partir de situações de contextos do meio como um dos princípios de ensino-aprendizagem dos compostos de coordenação no II Ciclo do Ensino Secundário. 4 De acordo com o estabelecido anteriormente, se delimitou como campo de acção: o tratamento metodológico contextualizado dos compostos de coordenação no II Ciclo do Ensino Secundário. Os elementos anteriores permitiram formular a seguinte ideia básica: a elaboração e implementação de uma estratégia metodológica a partir de situações de contextos do meio como um dos princípios de ensino pode melhorar o processo de ensino-aprendizagem dos compostos de coordenação no II Ciclo do Ensino Secundário. Para o alcance do objectivo desta investigação, foram realizadas as seguintes tarefas de investigação: 1. Sistematização dos fundamentos teóricos do processo de ensino- aprendizagem da Química no ensino secundário, e particularmente do conteúdo compostos de coordenação. 2. Diagnóstico da situação actual do processo de ensino-aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação no ensino secundário. 3. Elaboração de uma metodologia a partir de situações do contexto do meio para o tratamento do conteúdo composta de coordenação no II Ciclo do Ensino Secundário. Para o cumprimento das tarefas propostas fora utilizados os seguintes métodos de investigação: Métodos teóricos Análise e síntese: na fundamentação de toda a informação obtida da literatura e para caracterizar o objecto e campo de acção, bem como na elaboração das conclusões e sugestões a partir dos resultados empíricos obtidos na investigação. Histórico e lógico: no estudo dos antecedentes e na fundamentação teórica do problema de investigação. Sistémico-estrutural-funcional: para determinar o sistema de toda concepção da investigação e particularmente da metodologia para favorecer o estudo do conteúdo compostos de coordenação. 5 Dedução e indução: para integrar o geral e o particular na análise das concepções teóricas que constituem fundamentos da investigação, assim como no estudo de casos particulares que permitem chegar a conclusões e generalizações relacionados com o estudo dos compostos de coordenação. Métodos empíricos Revisão da literatura: para a consulta dos programas de estudos, resoluções ministeriais, circulares, bibliografias, assim como outros elementos essenciais do processo de ensino-aprendizagem da Química, particularmente do conteúdo compostos de coordenação. Inquéritos por questionário: para obter informação acerca da essência e actualidade do problema de investigação e conhecer as insuficiências que existem no processo de ensino-aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação. Métodos estatísticos Estatística descritiva: no processamento de dados obtidos no processo do diagnóstico do problema e na tabulação dos resultados durante a aplicação dos diferentes métodos, através de distribuições de frequências em tabelas e gráficos. A contribuição prática da investigação está consiste na metodologia baseada no ensino contextualizado dos compostos de coordenação no II Ciclo do Ensino Secundário. População e amostra A população foi conformada por 12 professores de Química das Escolas do II Ciclo do Ensino Secundário do Liceu 26 de Abril e do Liceu do Lubango nº 792, sendo sete e cinco, respectivamente, perfazendo o total de 12 professores. Foi tomada como amostra 7 professores e foi escolhida pelo critério intencional pelo facto de esta reunir os parâmetros e requisitos para ser escolhida como tal. Para esta investigação assume-se um desenho do tipo descritivo/explicativo, que na concepção de Paredes Fernández (2011) “se especifica as propriedades, características e perfis das pessoas, grupos ou fenómenos, descrevendo 6 situações ou eventos e se investiga com o propósito de responder às causas que produzem os eventos e explicar o porquê da ocorrência de um fenómeno” (p. 18). O trabalho está estruturado em introdução, desenvolvimento em dois capítulos, conclusões gerais, sugestões, referências bibliográficas, anexos e apêndices. No primeiro capítulo faz-se referência a sistematização dos fundamentos teóricos sobre o processo de ensino-aprendizagem da Química no ensino secundário, particularmente do conteúdo compostos de coordenação. No segundo capítulo se apresentam os resultados do diagnóstico da situação actual do problema, se fundamenta e elabora uma metodologia baseada no ensino contextualizado dos compostos de coordenação no II Ciclo do Ensino Secundário. Nos anexos e apêndices se incluem, entre outros, o inquérito aplicado, o processamento estatístico realizado, assim como tabelas que permitiram complementar as análises efectuadas ao longo do processo de investigação. 7 CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA INVESTIGAÇÃO 8 Capítulo I. Fundamentação teórica da investigação Neste capítulo faz-se referência a sistematização dos fundamentos teóricos sobre o processo de ensino-aprendizagem da Química no ensino secundário, particularmente do conteúdo compostos de coordenação. 1.1. Sistematização dos fundamentos teóricos do processo de ensino- aprendizagem da Química no ensino secundário, e particularmente do conteúdo compostos de coordenação A Química é uma das disciplinas do currículo escolar em que os alunos apresentam várias dificuldades de aprendizagem em certos conteúdos. Segundo Germano et. al (2010), com o qual se concorda, essas dificuldades podem ser resultantes da pouca contextualização do conhecimento químico pelo professor, que às vezes, exerce apenas o papel de transmissor de conhecimentos prontos e acabados e sem qualquer relação com as vivências dos discentes (saberes, concepções, etc.). De acordo com os Parâmetros Curriculares, a abordagem da Química escolar continua praticamentea mesma. Embora às vezes maquiada com uma aparência de modernidade, de um modo geral, na essência são priorizadas informações desligadas da realidade vivida pelos alunos e pelos professores. Nesse sentido, pretende-se com este trabalho compreender o papel da contextualização como eixo metodológico no processo de ensino-aprendizagem da Química, particularmente do conteúdo compostos de coordenação. Os conteúdos desta disciplina podem ser contextualizados através de temas sociais presentes nas vivências dos alunos, nos factos do dia-a-dia, o que pode levar a construir e reconstruir conhecimentos químicos significativos que permitam fazer interpretações do mundo físico com base na ciência. Considerando que a contextualização exerce importante papel na aprendizagem, é fundamental a realização de trabalhos que esclareçam o real significado e função desse eixo central organizador das dinâmicas interactivas no ensino da Química, pois este ainda gera muitas dúvidas quanto “o que é contextualizar os conteúdos desta disciplina?”, entre os professores do ensino secundário. 9 Diante do exposto, a contextualização no ensino da Química contribui para a aprendizagem significativa de conteúdos. Isso ocorre por que esta proporciona o estabelecimento de inter-relações entre os conhecimentos escolares e os acontecimentos quotidianos do aluno, permitindo uma interacção entre “sujeito” e “objecto” que culmina na atribuição de reais significados aos conhecimentos químicos. Além disso, a contextualização permite ao aluno participar activamente da construção do conhecimento químico. Portanto, contextualizar os conteúdos de Química é salutar para aprendizagem dos mesmos. Santos e Mortimer (2011), sustentam que para uma educação que possibilita a inter-relação entre os conceitos e o quotidiano dos alunos pressupõe-se a necessidade de um ensino pautado na contextualização, esta baseia-se na construção de significados, incorporando valores que esclareçam o quotidiano, com uma abordagem social e cultural, que facilitem o processo da descoberta. É levar o aluno a entender a importância do conhecimento científico e aplicá-lo na compreensão dos factos que o cercam, aspectos a ter em conta no presente trabalho. 1.1.1. A contextualização e a motivação A contextualização no ensino da Química significa fornecer ao aluno uma abordagem dos conteúdos que utilize factos do quotidiano. Muitos autores defendem que utilizar a contextualização é fazer com que esta disciplina torne-se uma ciência mais próxima do aluno, diminuindo assim, o grande mito de que se trata de uma ciência muito complexa. Uma das ideias mais interessantes sobre a contextualização no ensino é a de que o aumento do número de exemplos do quotidiano do aluno durante as aulas pode ser um factor motivacional, ampliando assim, o aprendizado. Contextualizar a Química não é promover uma ligação artificial entre o conhecimento e o quotidiano do aluno. Não é citar exemplos como ilustração ao final de algum conteúdo, mas que contextualizar é propor “situações problemáticas reais e buscar o conhecimento necessário. Diante do exposto, se faz necessário a prática de um ensino mais contextualizado, onde se pretende relacionar os conteúdos de ensino com o quotidiano dos alunos, respeitando as https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ 10 diversidades de cada um, visando à formação do cidadão e o exercício de seu senso crítico. Um dos objectivos da contextualização no ensino da Química é de proporcionar ao aluno o recolhimento do valor desta ciência na busca do conhecimento da realidade objectiva. 1.1.2. A contextualização como estratégia didáctica O conhecimento químico é fundamental à compreensão de processos físicos e químicos que nos cercam, para fazer opção por uma vida com qualidade, promovendo e acompanhando o desenvolvimento tecnológico. Neste entretanto, o ensino deste conhecimento tem sido um desafio para educadores da Química em todo país. Há uma incumbência de responsabilidades, de um lado, professores que muitas vezes relatam o desinteresse dos alunos. Ou do outro lado, esses mesmos alunos indagam o porquê daquelas aulas, de o porquê daquele conhecimento alí proposto, para que vai ser útil. Essas averiguações constantes carecem da necessidade de um novo paradigma que é, a contextualização para o ensino em salas de aulas, que não se restringe em apenas memorização de conceitos, estando assim longe da realidade do aluno. Estudos apontam para a contextualização dos conteúdos químicos como recurso para promover uma inter-relação entre conhecimentos escolares e factos/situações presentes no dia-a-dia dos alunos, imprimindo significados à conteúdos escolares. Por isso, surge à necessidade de contextualização do ensino da Química, baseado em compostos de coordenação. “A contextualização no ensino vem sendo definida como meio que possibilita o aluno uma educação para a cidadania concomitante à aprendizagem significativa de conteúdos” (Fernandes et. al, 2014, p. 47). Assim, este termo se apresenta como um modo de ensinar conceitos das ciências ligados às vivências dos alunos, seja ela pensada como recurso pedagógico ou como princípio orientador do processo de ensino-aprendizagem. A contextualização como principio orientador caracteriza-se pelas relações estabelecidas entre o que o aluno sabe sobre o contexto a ser estudado e os conteúdos específicos que servem de explicações e entendimento, utilizando-se 11 da estratégia de conhecer as ideias prévias dos alunos sobre esse contexto e os conteúdos em estudo, característica do construtivismo. A corrente construtivista considera o aluno como sendo o centro do processo de ensino-aprendizagem, logo tem a responsabilidade de participar activamente na construção do seu próprio conhecimento. Segundo Libâneo (2005), com o qual se compartilha, nesta perspectiva o objectivo do ensino é o desenvolvimento das capacidades intelectuais e das subjectividades dos alunos atravéz da assimilação consciente e activa dos conteúdos. O mesmo autor considera que o professor na sala de aulas, aborda os conteúdos de ensino ou de aprendizagem para ajudá-los a desenvolverem competências e habilidades de observar a realidade, perceber as propriedades e caracteristicas do objecto de estudo, estabelecer relações entre um conhecimento e outro, adquirir métodos de raciocínio, capacidade de pensar por sí próprio, fazer comparações entre factos e acontecimentos, formar conceitos como instrumentos mentais para aplicá-los em situações da vida prática. Nesta ordem de ideias, a contextualização é assumida como um pressuposto importante no ensino das ciências, uma vez que tem o papel de mediar o diálogo entre as disciplinas, principalmente daquelas que tomam como objecto de estudo, o contexto real, situações de vivência dos alunos, os fenómenos naturais e artificiais, assim como as aplicações tecnológicas. Vários têm sido os entendimentos da contextualização, assim, Santos e Mortimer (1999), identificam três diferentes entendimentos: Contextualização como estratégia de ensino-aprendizagem para facilitar a aprendizagem. Contextualização como descrição científica de factos e processos do dia-a-dia do aluno. Contextualização como desenvolvimento de atitudes e valores para a formação de um cidadão crítico. De acordo com Silva (2007), a contextualização se apresenta: 12 Como um modo de ensinar conceitos das ciências ligados à vivência dos alunos; Como recurso pedagógico ao qual se recorre, de vez em quanto, fundamentalmente quando se trata de conteúdos que segundo o professor, os alunos têm mais dificuldades de aprender; Como princípio orientador da acção formativa caracterizando-se pelas relações estabelecidas entre o que o aluno sabe sobre o contexto a ser estudado e os conteúdosespecíficos que servem de explicações e entendimento desse contexto. Ainda Silva (2007) diz que a discussão sobre a contextualização no ensino de ciências encaminha-se de acordo as três orientações: 1. Contextualização como exemplificação ou informação do dia-a-dia. Esta pode ser caracterizada por compreensão de situações problemáticas e aplicação de conteúdos científicos. O ensino é dito contextualizado, quando o aluno o reconhece no seu dia-a-dia. Uma característica marcante da utilização de aspectos do quotidiano no ensino da Química é a crença no potencial motivacional, ou seja, situações do quotidiano, quando exemplificadas, servem de motivação ao aluno em aprender. Geralmente tais situações são introdutórias aos conteúdos teóricos e têm o objectivo de chamar a atenção do aluno, aguçar sua curiosidade, porém exclusivamente motivacional, com único propósito de ensinar conteúdos. 2. Contextualização como entendimento crítico de questões científicas e tecnológicas relevantes que afectam a sociedade. Essa orientação propõe o uso de temas de interesse social que permitam o desenvolvimento de atitudes e valores nos alunos. Aqui contextualização assume um grau mais complexo de entendimento devido ao estudo sistemático de um contexto social apoiado em conhecimentos científicos e tecnológicos. Como estratégia caracteriza-se pela abordagem temática que considera fundamental o estudo de uma questão social, envolvendo situações amplas e complexas que requeiram uma abordagem interdisciplinar, não se reduzindo a mera aproximação de disciplinas. 13 3. Contextualização como perspectiva de intervenção na sociedade. Caracteriza-se pelo entendimento crítico dos aspectos sociais e culturais da ciência e tecnologia, inserção da prática (contexto sócio-político-económico) no ensino. Um pressuposto dessa discussão é o de que o aluno desenvolva, por meio de conhecimentos, acções efectivas na sua realidade. Nesta perspectiva, o objectivo maior do ensino é a formação do aluno como questionador de sua realidade socialmente desfavorável, com o propósito de transformá-lo, pelo que deve-se apresentar à ele situações reais, conhecidas e vivenciadas. A meta é problematizar o conhecimento que os alunos expõem em pequenos grupos e em seguida ampliar a discussão por toda a sala de aulas. Metodologicamente, o professor deve fomentar a discussão das suas respostas. Esta fase é fundamental para que o professor possa explorar explicações contraditórias e mostrar limitações no conhecimento, até o momento discutido, característico do senso comum. O ponto culminante desta fase é o de fazer o aluno sentir-se estimulado em adquirir novos conhecimentos. Desse modo, o ensino contextualizado das ciências, como é a Química, deve partir de contexto amplo que possa ser estudado a partir dos conhecimentos elaborados. Assim, esse estudo com certeza fornecerá subsídios para o aluno entender seu meio físico social com vista a intervir. Para tal, é importante ter em consideração as dimensões para a contextualização, segundo González (2004, citado por Silva, 2007, p. 47), que a seguir se descrevem: Contextualização histórica: caracteriza-se por mostrar como e porquê surgem as ideias e teorias científicas. Nesta dimensão, para o caso da Química, é comum utilizar conteúdos da História da Química, para situar o aluno no contexto em que aquele conhecimento foi descoberto e/ou desenvolvido. Contextualização metodológica: aponta a integração dos conteúdos de ensino ou de aprendizagem, já que estes na sua génese sofreram influências de outros conhecimentos das diversas áreas do conhecimento humano. A contextualização sócio-ambiental: se caracteriza como um modo de utilidade da ciência e no modo de integrar com o mundo. 14 Segundo Schunk (2006, citado por Pessanha et. al, 2010), afirma que a aprendizagem pode ser avaliada com base no que as pessoas dizem, escrevem e fazem. Por outro lado, nas suas reflexões, Sknner (2006, citado por Pessanha et. al, 2010), considera que o professor deve utilizar na sala de aulas todo um conjunto de estratégias de condicionamento funcional, de maneira a promover a aprendizagem dos alunos. Na sala de aulas é importante a utilização de todo um conjunto de procedimentos estratégicos que visam transformar o aluno em construtor do seu conhecimento, tendo o professor como motivador do carácter activo do aluno, promovendo um processo de ensino-aprendizagem consciente e com qualidade exigida. Em suas contribuições, Bruner (2004, citado por Pessanha et. al, 2010), afirma que o conhecimento deve ser organizado de modo a permitir a interacção e intercâmbio de ideias dos alunos para proporcionar uma aprendizagem de qualidade, pois, o essencial não é o conteúdo a ser abordado, mas porém a forma estratégica como é tratado e as concepções relevantes existentes na estrutura cognitiva. 1.1.3. O ensino contextualizado da Química dos compostos de coordenação Vários autores se têm incursionado no tema relacionado com o processo de ensino-aprendizagem, tanto de forma geral como particular da Química. No âmbito da Didáctica da Química a nível internacional, destacam-se: Martínez García (2009), Michell Fuentes (2010), Rodríguez Pérez (2010), Leite de Oliveira (2010), Hedesa Pérez (2012), Machado Cobas (2014), Arias Albertí (2014) e Tiá Pacheco (2014), Merino Rubilar (2011), Ibáñez Zolda (2012), Fernández González (2012) e Alfonso Parada (2012). No âmbito da Didáctica da Química no ISCED-Huíla, destacam-se como autores nacionais: Fins (2015) e Ndala (2015). Este último propôs um modelo didáctico para a sistematização do conteúdo compostos de coordenação da Química Inorgânica, o qual se toma como referência neste trabalho, por ter maior aproximação com o campo de acção declarado. Se assume a definição de contextualização do conteúdo compostos de coordenação dada por Ndala (2015) que considera como o processo em que se 15 propicia que o aluno interactua com os diferentes contextos de actuação como condição necessária para o alcance dos objetivos estabelecidos na formação dos futuros profissionais. A contextualização é a expressão dos vínculos essenciais do conteúdo com situações de relevância e actualidade, tanto a nível social como profissional, relacionados directamente com o conteúdo da disciplina e as cadeiras. É o marco de aplicação e avaliação do conteúdo dos temas com fins de aprendizagem. No contexto se relacionam directamente o objectivo que se deseja alcançar na formação do profissional de determinada carreira e o fenómeno pedagógico que se dinamiza pelo carácter das tarefas de aprendizagem ou docentes que se orientam aos alunos como forma de abordar um novo conhecimento relacionando-o com os âmbitos próximos a este, abrindo as limitações que na ordem académica impõem as disciplinas que conformam o plano de processo docente. A contextualização do conteúdo compostos de coordenação se materializa na relação dos componentes académico-laboral, investigativo e extensionista, através das tarefas relacionadas com a síntese, análise química e aplicações destes compostos. Se toma em consideração o sistema de princípios exposto por Addine Fernández (2004) quem os assinala como elementos necessários para a direcção efectiva do processo pedagógico e que por sua actualidade se assumem na investigação. Estes são: unidade do carácter científico e ideológico do processo; vinculação da educação com a vida e o meio; unidade do instrutivo, o educativo e o desenvolvedor; unidade do afectivo e o cognitivo; carácter colectivo e individual da educação e a unidade entre a actividade, a comunicação e a personalidade. Entre estes princípios o da vinculação da educação com a vida, o meio social e o trabalho, se fundamenta na dependência que tem a educação das condições económicas, políticas e sociais dasociedade em questão, na necessidade que tem esta de que seus homens não se apropriam somente do sistema de conhecimentos, senão que podem aplicá-los para satisfazer as demandas da produção, se convertem em produtores e não meros consumidores. 16 Conclusões do Capítulo I Da revisão bibliográfica realizada, se infere que várias propostas metodológicas têm sido apresentadas para o tratamento do conteúdo compostos de coordenação, entretanto não foi revelada, se bem que pode existir, tanto no âmbito nacional como internacional, aquela vinculada à contextualização de casos específicos na disciplina de Química do ensino secundário. O contexto actual de desenvolvimento da ciência e da técnica apontam para a elaboração de novas propostas metodológicas, como a que se defende neste trabalho, a qual pode assegurar a qualidade de aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação na 11 ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário. 17 CAPÍTULO II. METODOLOGIA PARA A CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO DA DISCIPLINA DE QUÍMICA DA 11ª CLASSE DO II CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Capítulo II. Metodologia para a contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário No presente capítulo se utiliza a estatística descritiva e se analisam os resultados do diagnóstico realizado aos professores de Química do ensino secundário, para determinar as dificuldades que existem no processo de ensino-aprendizagem do conteúdo objecto de estudo. Se fundamenta e elabora a metodologia para a contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário. 2.1. Diagnóstico da situação actual do processo de ensino-aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário Para a análise do estado inicial do processo de ensino-aprendizagem baseado na contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário, foi aplicado um diagnóstico aos professores (ver Apêndice I) com os seguintes objectivos: Identificar as principais insuficiências que se manifestam no processo de ensino-aprendizagem dos compostos de coordenação na disciplina de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário. Determinar as potencialidades do conteúdo compostos de coordenação na disciplina de Química para desenvolver uma metodologia baseada na contextualização do ensino. O diagnóstico se desenvolveu sobre a base de um inquérito aos professores que leccionam a disciplina de Química no II Ciclo do Ensino Secundário com a seguinte experiência: um com trinta e quatro anos, um com vinte e sete anos, um com dose anos, dois com nove anos, um com oito anos, e um com cinco anos, totalizando 7. Para a realização do estudo diagnóstico se tiveram em conta os seguintes indicadores: Grau de aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação na disciplina de Química do II Ciclo do Ensino Secundário. Uso de métodos activos no processo de ensino-aprendizagem da Química no II Ciclo do Ensino Secundário. A seguir se faz a apresentação dos resultados do inquérito aplicados aos professores. Inquiridos se têm leccionado o conteúdo compostos de coordenação (questão 1), 42,85% afirma que sim e 57,14% diz nunca ter abordado este tema nas suas aulas, por estar no fim do programa de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário. Outros justificam pelo facto do mesmo não fazer parte desta disciplina nas classes que leccionam. Apesar de a maioria não ter experiência no ensino destes conhecimentos, uma boa parte sim, o qual é positivo para introduzir novos enfoques na sua abordagem. Estes resultados aparecem representados na figura 1. 42,85% 57,14% Sim Não Figura 1. Opinião dos professores sobre o ensino do conteúdo compostos de coordenação. A segunda questão do inquérito procurava saber se os professores têm encontrado dificuldades no ensino do conteúdo compostos de coordenação. Do total de inquiridos, 14,28% afirma ter enfrentado dificuldades, sem no entanto indicar quais, 57,14% não emitiu nenhuma opinião a respeito e 28,57% de respostas nulas por não estarem de acordo com a pergunta. Estes últimos resultados que aparecem na figura 2 podem ser explicados pelo facto de a maioria não abordar estes conhecimentos nas aulas, o que não descarta a possibilidade de propor uma metodologia que ajude os professores a ensinar melhor e consequentemente, uma boa aprendizagem desta parte do programa de Química do ensino secundário por parte dos alunos. 14,28% 57,14% 28,57% relaciona a teoria- prática Não respondeu Nulo Figura 2. Opinião dos professores sobre as dificuldades no ensino do conteúdo compostos de coordenação. A terceira questão do inquérito procurava saber se os professores têm observado dificuldades nos seus alunos na assimilação do conteúdo compostos de coordenação. Os resultados que aprecem representados na figura 3 mostram que 14,28% aponta como maior dificuldade entender a isomeria dos compostos complexos, 57,14% não respondeu e 28,57% foram considerados nulos por não responderem devidamente. De uma ou outra forma, os dados revelam a necessidade de realizar a presente investigação, uma vez que estes conteúdos têm um carácter bastante abstracto, e a realização da parte prática pode proporcionar a transição do abstracto ao concreto e, portanto, o movimento do concreto sensorial para o abstracto e daí para o concreto no pensamento (concreto pensado) no processo de assimilação dos conhecimentos pelos alunos. 14,28% 57,14% 28,57% Isomeria dos compotos Não respondeu Nulo Figura 3. Opinião dos professores sobre as dificuldades dos alunos na aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação. Quanto às opiniões dos professores sobre os conteúdos anteriores aos compostos de coordenação como base necessária e suficiente para uma melhor aprendizagem deste (questão 4), 42,85% afirma que sim, 14,28% diz em parte e igual percentagem declara que não, e 28,57% não emitiu nenhuma opinião. Como se pode observar (figura 4), a maioria acredita que sim, pelo que é importante ter- se em conta o princípio da sistematização dos conteúdos no processo de ensino- aprendizagem. 42,85% 14,28% 14,28% 28,57% Sim Não Em parte Não respondeu Figura 4. Respostas dos professores à questão 4. Sobre a contextualização do conteúdo compostos de coordenação na aprendizagem significativa dos alunos (questão 5), 57,14% declara que sim, sem entretanto apresentar algum fundamento a respeito, 14,28% diz em parte e 28,57% não emitiu nenhum critério. Estes resultados representados na figura 5 revelam a pertinência e relevância de realizar o presente trabalho. 57,14% 14,28% 28,57% Sim Em parte Não respondeu Figura 5. Contextualização na aprendizagem significativa do conteúdo compostos de coordenação. 2.2. Fundamentos teóricos da metodologia para a contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário A metodologia para a contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário, constitui um instrumento de concretização e desenvolvimento de habilidades na aprendizagem da Química. Para a sua elaboração se tem em conta a definição e os requisitos metodológicos gerais propostos por De Armas (2011, p. 24, citado por Ndala, 2015, p. 87), que considera que a metodologia: “é um processo lógico conformado por etapas, acções condicionantese dependentes que ordenadas de forma hierarquizadas e flexível, permitem obter novos conhecimentos ou solucionar problemas da prática, aperfeiçoar os modos de actuação com o qual se alcançam os objectivos propostos”. Os elementos que caracterizam esta definição servem como referências para a elaboração da metodologia, a qual se estrutura em etapas que sugerem o accionar dos professores e alunos. Na metodologia que se propõe, se tomam em consideração os seguintes requisitos: O conhecimento da situação actual da aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação na disciplina de Química do ensino secundário. O trabalho metodológico com destaque no conteúdo compostos de coordenação para contribuir à uma melhor preparação do desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem da Química. A exigências à todos os professores para a contribuição quotidiana à educação integral dos estudantes, por meio da instrução e a interacção com eles na sala de aulas. 2.2.1. Metodologia para a contextualização do conteúdo compostos de coordenação da disciplina de Química da 11ª Classe do II Ciclo do Ensino Secundário A metodologia proposta se estrutura em quatro etapas: Etapa 1. Apresentação da situação de aprendizagem e motivação para aprender. Esta etapa diz respeito à motivação intrínseca, autovalorizações e expectativas positivas na apropriação dos conteúdos de ensino ou de aprendizagem pelos alunos. Etapa 2. Análise e interpretação da situação de aprendizagem e sua significatividade. Nesta etapa faz-se referência às relações significativas, relevância pessoal e social do conteúdo de ensino ou de aprendizagem. Etapa 3. Activação e regulação. Consiste na apropriação activa e criadora dos conteúdos, reflexão, controlo e regulação da aprendizagem. Etapa 4. Avaliação e consolidação dos conteúdos. Consiste na avaliação dos conhecimentos, habilidades e valores adquiridos pelos alunos durante a aula, mediante perguntas de controlo, para a verificação do grau de cumprimento dos objectivos do conteúdo abordado. Para a efectivação das diferentes etapas tem-se em conta alguns factores que condicionam o desenvolvimento de significados e valores, os aspectos que condicionam o desenvolvimento de motivação para aprender e alguns factores que condicionam a activação e regulação por aprender, expostos por Cápiro, Miari, Nuñez e Peguero, (2011), que a seguir se descrevem: Alguns factores que condicionam o desenvolvimento de significados e valores: Contextualização: desde as características dos alunos e o grupo, e desde suas condições de vida e contextos de desenvolvimento. Estruturação e organização: desde os vínculos intra e interdisciplinares, perspectiva global e integradora, relações teoria-prática, escola-vida. Valorização do conteúdo: análise de sua funcionalidade e relevância social e pessoal, contrastação de diversidade de opiniões para clarificar valores e transcendência do aprendido. Transparência valorativa. Aspectos que condicionam o desenvolvimento de motivação para aprender: Manuseio dos desafios e o desenvolvimento do interesse pelo conteúdo a aprender, desde o problemático, o desafiante e o incompleto. Atribuição de sentido e valor às tarefas de aprendizagem. Fortalecimento da autoestima e o conceito de si dos alunos, desde um processo de reflexão individual e cooperativa com apoio nos estilos e estratégias avaliativas. Satisfação e espectativas positivas com relação a aprendizagem, desde as metas e objectivos de aprendizagem, e as adequadas atribuições de êxitos e fracassos (ex: estilos de atribuições centradas no esforço). Alguns factores que condicionam a activação e regulação por aprender: Necessidade de aprender e proposta de metas. Uso adequado de estratégias e recursos para aprender. Transferência a novas situações. Controlo e regulação do processo de aprender em correspondência com a tarefa, a situação de aprendizagem que se apresenta e as características e qualidades do sujeito. A intencionalidade de aprendizagem do conteúdo compostos de coordenação no processo de ensino-aprendizagem da Química expressa o propósito a alcançar na formação dos futuros profissionais. Para alcançar esta intencionalidade, se parte do objectivo geral da disciplina de Química, o qual orienta que os alunos “tenham uma perspectiva geral dos temas abordados para que adquiram uma formação sólida e crítica dos conteúdos de ensino ou de aprendizagem” (Programa de Química, 2018); pelo que é importante organizar na sua estrutura cognoscitiva o novo conteúdo, a partir de revelar seus nexos nos temas objecto de estudo. Em correspondência com o objectivo geral da disciplina, se selecciona como habilidade profissional de maior relevância: saber realizar operações de laboratório, que permitam obter e comprovar experimentalmente as propriedades das substâncias; esta habilidade tem um carácter generalizador e permite, por sua essência, integrar o sistema de habilidades que se propõem nos programas da disciplina de Química. O conteúdo axiológico se efectua mediante o desenvolvimento das culturas científica, ambiental e económica; aspecto interrelacionado com o sistema de conhecimentos e com as habilidades: Explicar e predizer as propriedades das sustâncias simples e compostos de elementos de transição utilizando os conceitos de enlace e periodicidade química. Identificar as condições que tornam óptima uma produção industrial. Resolver problemas relacionados com a vida económica do país. Contribuir à compreensão da vinculação da teoria com a prática através da resolução dos problemas que se apresentam na indústria química nacional. Interpretar esquemas tecnológicos. Explicar as medidas que permitem evitar a deterioração do meio ambiente. Constituem tarefas de aprendizagem profissionalizadas aquelas em que o aluno aplica o conteúdo com implicação no objecto da profissão, independentemente do nível de assimilação que se deseja alcançar (reprodutivo ou produtivo criativo) e em estreita relação com as formas de organização do ensino. No caso do conteúdo compostos de coordenação se citam a título de exemplos de tarefas de aprendizagem de índole académico profissionalizadas, as seguintes: determinação quantitativa de metais (Fe, Mn, Ca e Mg) em amostras de águas, pela técnica de espectroscopia, titulação complexométrica e teste colorimétrico. Para executar esta tarefa os alunos aplicam os conhecimentos já adquiridos sobre as técnicas de análise química e tendo em conta a propriedade dos metais de transição de formar compostos de coordenação e apresentar colorações específicas. Neste sentido, o aluno aprende sobre o impacto ambiental das entidades de compostos de coordenação, que é entendido como a alteração das condições ambientais em seus distintos aspectos, pela acção antrópica ou outros eventos naturais. São diversas as acções humanas que afectam o equilíbrio do meio ambiente; especificamente a utilização de compostos de coordenação em diversas indústrias, como detergentes, agroquímicos e a extracção de metais pesados que provocam modificações das condições bióticas e abióticas do meio natural. Os detergentes, assim como os sabões, estão formados basicamente por um composto tensoactivo, dodecilbencensulfonato de sódio (C12H25-C6H4-SO3Na), o qual modifica a tensão superficial da água; assim diminui a adesão das partículas a uma superfície e permite sua eliminação. Estes compostos tensoactivos sintéticos se convertem em contaminantes persistentes porquanto não se decompõem facilmente pela acção bacteriana, embora existe uma família de detergentes brandos de fácil degradação. Deve ter- se em conta que estes produtos se utilizam em grandes quantidades, cujos resíduos se convertem em contaminantes ao ser vertidosnas águas de consumo doméstico e industrial. Ao alcançar os efluentes aquosos, estes resíduos provocam diminuição do oxigénio disponível, afectando a vida aquática, inibem os processos de fotossíntese na flora aquática e provocam lesões nas brânquias dos peixes. Os metais apresentam concentrações extremas nas águas pela exploração industrial. A matéria orgânica reage fortemente com estes elementos formando complexos e quelatos estáveis; a toxicidade se eleva pela formação de complexos organometálicos, facilitando a dispersão, a solubilidade e a disponibilidade dentro dos organismos ou através do meio. A persistência dos complexos se deve à estabilidade que apresentam frente à degradação por acção bacteriana. O EDTA ou ácido etilendiamintetraacético, se aplica como agente quelante pela sua capacidade de formar complexos solúveis com diversos metais; não obstante, a estabilidade dos complexos formados, dificulta a degradação biológica destes, o que provoca sua acumulação e persistência. A capacidade do EDTA de reagir com iões metálicos lhe permite mobilizá-los e contaminar consequentemente as águas superficiais e subterrâneas. A situação problemática presente na tarefa de aprendizagem estabelecida conduz ao aluno a uma articulação entre os conteúdos teóricos expostos nas salas de aulas e as situações reais que se manejam nas indústrias e no meio circundante, o que lhe permite confrontar seus conceitos teóricos com aplicações próprias da indústria, ao fazer a determinação de iões de metais nas amostras de águas. Entre as tarefas de aprendizagem profissionalizadas de âmbito académico, se citam: na execução dos experimentos químicos demostrativos, tais como a diferença entre um sal duplo e um sal complexo, análise de um composto de coordenação, síntese do composto de coordenação de ferro: Azul da Prússia. Práticas de laboratório: síntese do composto de coordenação ou complexo de cobalto: hexanitrocobaltato (III) de potássio, K3[Co(NO2)6], síntese e estudo do câmbio de cor que experimentam os compostos de coordenação ou complexos por intercâmbio de ligantes, entre outras. Estes exercícios permitem ao aluno alcançar as habilidades de nomear e representar fórmulas de compostos de coordenação, realizar operações de laboratório para a comprovação das propriedades e métodos de obtenção de substâncias, além de medir, pesar, observar, descrever, identificar, comparar e analisar, como habilidades específicas, entre outras. Seu domínio representa uma condição prévia de transferir o conhecimento adquirido à novas situações do contexto social. Neste sentido se dá significado a preparação do futuro profissional relacionada com o exercício da profissão pedagógica e a preparação profissional referida à formação tecnológica e que se relaciona directamente com o trabalho nas empresas, tais como: Empresa de Exploração de Recursos Minerais de Angola, Empresa de Exploração de Ouro, Empresa de Rochas Calcárias, Fábrica de Produção de Oxigénio e Dióxido de Carbono, Centros de Captação e Tratamento de Água, Fábrica de Cerveza Ngola e Coca-Cola, entre outras. Para a concretização da parte experimental no estudo contextualizado dos compostos de coordenação foram seleccionados alguns experimentos químicos propostos por Ndala (2015) no seu livro “Manual de sistematização do conteúdo compostos de coordenação na formação do professor de Química nas áreas tecnológica e docente. Para a sua escolha se teve em conta o sistema de princípios exposto por Addine Fernández (2004), já referido no Capítulo I do presente trabalho. 2.2.1.1. Sistema de actividades experimentais da Química dos Compostos de Coordenação Experimento nº 1. Diferença entre um sal duplo e um composto de coordenação ou complexo. Introdução teórica Quando se misturam quantidades estequiométricas de dois o mais compostos estáveis, se formam compostos de adição, como os seguintes: KCl.MgCl2 (carnalita) K2SO4.Al2(SO4)3.24H2O (alúmen de potássio) CuSO4.4NH3.H2O (sulfato de tetramincobre (II) monohidratado) Fe(CN)2. 4 KCN (ferrocianeto de potássio) Os compostos de adição são de dois tipos; aqueles que perdem sua identidade em solução (sais duplos) e os que mantêm sua identidade (complexos). Por exemplo, quando se dissolve a carnalita em água, a solução mostra as propriedades dos iões K+, Mg2+ e Cl-. De maneira semelhante, uma solução de alúmen de potássio mostra as propriedades dos iões K+, Al3+ e SO42-. Os dois casos são exemplos de sais duplos, que só existem sob essa forma no estado cristalino. Os outros exemplos de compostos de adição apresentados anteriormente, quando se dissolvem em água, não formam iões simples, senão complexos, que permanecem intactos em solução, quer dizer, a hidratação não se traduz na libertação de um ião metálico, por um lado, e dos componentes não metálicos na forma aniónica, por outro, como acontece na dissolução de una sal duplo. Estas substâncias recebem o nome de compostos de coordenação ou simplesmente, complexos. Assim, os iões [Cu(NH3)4(H2O)2]2+ e [Fe(CN)6]4- existem como entidades distintas tanto no estado sólido como em solução, não se decompõem nas espécies constituintes quando são solvatados. Se pode definir composto de coordenação ou complexo a todo composto formado por um átomo metálico (na quase totalidade dos casos, um metal de transição) unido a átomos, moléculas ou grupos de átomos, em número igual ou superior ao estado de oxidação mais alto do metal, que recebem o nome de ligandos ou ligantes (representados dentro dos colchetes, junto com o metal). Um complexo pode ser um catião, anião ou composto neutro, distribuindo a carga formal da espécie por toda sua estrutura, como se mostra nos seguintes exemplos: [Cu(H2O)2(NH3)4]2+ - O cobre com número de oxidação mais alto de +2, tem 6 ligantes coordenados. [CO(NO2)3(NH3)3] - O cobalto com número de oxidação mais alto de +3, tem 6 ligantes coordenados. Objectivo: diferenciar una sal doble de un compuesto de coordenação o complexo por medio de la identificación de sus iões. Habilidades a desenvolver nos alunos Identificar mediante procedimientos químicos sales dobles y compuestos de coordenação o complexos. Nombrar compuestos de coordenação o complexos y escribir las fórmulas correspondientes según las reglas establecidas por la IUPAC. Materiais: copos de precipitação (4), espátulas, grade com tubos de ensaios, varetas de vidro, pipetas, vidrios de relógio, papel de filtro. Soluções de: CrCl3, NaOH, Na2CO3, BaCl2, Pb(NO3)2, HCl, H2SO4, K2CrO4, (NH4)2CO3, Fe(CN)2, KCN, FeSO4, (NH4)2SO4, KCl, PtCl4, K2SO4, Al2(SO)4, AgCl, NH3 e água destilada. a) Reacção Fe(CN)2 (aq) + KCN (aq) + H2O (l) K4[Fe(CN)6].3H2O (aq) Complexo b) Reacção FeSO4 (aq) + (NH4)2SO4 (aq) + H2O (l) FeSO4(NH4)2SO4.6H2O (s) Sal duplo cristalino c) Reacção AgCl (s) + 2NH3 (aq) [Ag(NH3)2]Cl (aq) Complexo Apontamentos necessários para a fixação dos resultados Observar a cor das soluções aquosas de: Fe(CN)2.4KCN.3H2O, FeSO4(NH4)2SO4.6H2O, AgNO3 e HCl. Observar se ocorre ou não a formação de precipitado quando se misturam as soluções de AgCl e HCl. Observar se se produzem mudanças quando se adiciona a solução de NaOH à solução de Fe(CN)2.4KCN.3H2O. Observar se se produzem mudanças quando se adiciona a solução de NaOH à solução de FeSO4(NH4)2SO4.6H2O. Observar se se produzem mudanças quando se adiciona a solução de NH3 ao precipitado formado na mistura das soluções de AgNO3 e HCl. Observar se se produzem mudançasquando se adiciona a solução de HCl ao resultado obtido ao misturar a solução de NH3 ao precipitado formado quando se misturam as soluções de AgCl e HCl. Desenvolvimento do experimento: identificação de iões mediante reacções químicas a) 1. Adicionar em dois tubos de ensaios 2 mL de solução 0,1 M de Fe(CN)2.4KCN.3H2O, respectivamente. 2. Comprovar a presença de iões: CN- e Fe2+ nos dois tubos. b) 1. Adicionar 2 mL de solução 0,1 M de FeSO4(NH4)2SO4.6H2O em três tubos de ensaios, respectivamente. 2. Comprovar nos três tubos a presença de iões Fe2+, NH4 + e SO4 2-. c) 1. Misturar 2 mL de solução 0,1 M de AgCl e HCl num tubo de ensaios. 2. Observar se ocorre ou não a formação de precipitado. 3. Adicionar NH3, gota a gota, ao precipitado formado até a completa dissolução. 4. Dividir a solução obtida em dois tubos de ensaios. 3. Comprovar nos dois tubos a presença de iões Ag+ e NH4 +. Fixação dos resultados Anotar a cor das soluções acuosas de Fe(CN)2.4KCN.3H2O, FeSO4(NH4)2SO4.6H2O, AgNO3 e HCl. Anotar a mudança que se observa quando se adiciona a solução de NaOH as soluções de Fe(CN)2.4KCN.3H2O e de FeSO4(NH4)2SO4.6H2O. Tomar nota da mudança que se produz quando se misturam as soluções de AgNO3 e HCl. Tomar nota da mudança que se observa quando se adicionam gotas de amoníaco, NH3, líquido, ao precipitado de AgCl. Anotar a mudança que se observa quando se adiciona a solução de HCl à solução de AgCl em NH3 líquido. Conclusões do aluno Deve elaborar as conclusões do experimento em função do conteúdo abordado. Conclusões do professor ao finalizar a actividade experimental a) Quando se adiciona a solução aquosa de NaOH, que é incolor à solução aquosa de Fe(CN)2.4KCN.3H2O, também incolor, no se detecta na solução a presença de iões Fe2+ livres, não se observam mudanças de coloração, nem outros indícios de formação de uma nova substância. Isto se explica pelo facto de que os iões Fe2+ não se encontram livres na solução, mas sim unidos a iões cianeto, CN-, através de enlaces covalentes coordenados e existem como uma identidade distinta tanto no estado sólido como em solução, pelo que permanecem intactos nesta última. Portanto, o ferrocianeto de potássio trihidratado, Fe(CN)2.4KCN.3H2O, é um composto de coordenação ou complexo, cuja fórmula deve ser escrita correctamente como K4[Fe(CN)6].3H2O e se nomeia hexacianoferrato (II) de potássio. b) Quando se adiciona a solução incolor de NaOH à solução de FeSO4(NH4)2SO4.6H2O, amarela, se forma um precipitado de color castanho- alaranjado de hidróxido de ferro (III), Fe(OH)3, que prova a existência de iões Fe 2+ livres na solução. A equação da reacção química que se produz é aa seguinte: Fe2+ (aq) + 3OH- (aq) Fe(OH)3 (s) Castanho-alaranjado Se pode facilmente concluir que o sulfato de amónio e de ferro hexa-hidratado, FeSO4(NH4)2SO4.6H2O, é um sal duplo, já que só existe no estado cristalino e ao ser dissolvido em água experimenta hidratação, gerando os respectivos catiões metálicos e aniões não metálicos. c) Quando se misturam soluções de AgNO3 e HCl, ambas incolores, se observa a formação de um precipitado branco de AgCl. A equação da reacção que se produz se representa como segue: Ag+ (aq) + Cl- (aq) AgCl (s) Branco Adicionando NH3 líquido ao precipitado de AgCl, este se dissolve, originando uma solução incolor. Ao adicionar a solução de HCl à solução de AgCl em NH3 líquido, não se observa a formação de precipitado branco de AgCl, o que justifica a não existência de iões Ag+ livres na solução, o que demostra que os iões Ag+ se encontram unidos às moléculas de NH3 através de enlaces covalentes coordenados, constituindo a esfera interna de coordenação, permanecendo intacto na solução. Portanto, quando se adiciona o AgCl em NH3 líquido, a solvatação não se traduz na libertação do ião Ag+, por um lado, e por outro, dos componentes não metálicos na forma aniónica. Daqui, se pode afirmar que a reacção entre AgCl e o NH3 líquido resulta na formação de um composto de coordenação ou complexo segundo a equação: AgCl (s) + NH3 (aq) [Ag(NH3)2]Cl (aq) Cloreto de prata amoníaco cloreto de diaminprata Questionário 1. Que diferença existe entre um sal duplo e um composto de coordenação ou complexo? 2. Como identificar um sal duplo e um composto de coordenação ou complexo mediante procedimentos químicos? 3. O composto CoCl3.en (en = NH2CH2CH2NH2) contém só um ião cloreto que precipita imediatamente ao adicionar iões prata. a) Escriva a estrutura deste composto na base da teoria de coordenação de Werner. b) Discuta como esta teoria explica a existência de um só cloreto iónico. 4. Determine o número de oxidação da espécie central em cada um dos seguintes complexos: a) [Pt(NH3)4] 2+ b) [HgCl4] 2- c) [PF4] - d) [Ag(CN)2] 2- e) [Cr(H2O)6] 3+ f) [Al(OH)(H2O)5] 2+ 5. Determine o número de coordenação da espécie metálica nos seguintes complexos e nomeie-os: a) [PtCl4] 2- b) [Au(CN)2] 2- c) [Al(OH)4] - d) [Ag(NH3)2] + 6. Um composto de coordenação consta dos iões Fe3+, CN- e K+. Posto que os catiões K+ não podem figurar na esfera interna, os iões CN- se agrupam a volta do ião Fe3+ e o número de coordenação deste último é 6, qual é a fórmula desse composto. Experimento nº 2. Análise de um composto de coordenação ou complexo. Introdução teórica Alguns compostos de coordenação ou complexos são termicamente instáveis e se descompõem por acção de calor. O CuSO4.5H2O é conhecido experimentalmente como um composto complexo, já que das cinco moléculas de água, quatro estão ligadas ao ião Cu2+ através de enlaces covalentes coordenados, enquanto a outra molécula está unida ao anião SO4 2- por ponte de hidrogénio. O composto deve ser formulado como [Cu(H2O)4]SO4.H2O. Aquecido, perde a água que contém, transformando-se num sal anidro. Este último não é um composto de coordenação ou complexo, porque o enlace entre o catião Cu2+ e o anião SO4 2- não é covalente coordenado, senão um enlace puramente electrostático, ou seja, iónico. O processo de decomposição térmica do CuSO4.5H2O, se representa pela seguinte equação: [Cu(H2O)4]SO4.H2O (s) CuSO4 (s) + 5H2O (g) Azul branco Objectivos Analisar o processo de decomposição de um composto de coordenação ou complexo por acção de calor. Explicar a mudança de cor observada quando se aquece o complexo [Cu(H2O)4]SO4. Habilidades a desenvolver nos alunos: observar, interpretar, analisar, explicar e investigar processos químicos. Materiais: espátula, colher de combustión, vidro de relógio, lamparina de álcool e CuSO4.5H2O. Apontamentos necessários para a fixação dos resultados Observar a cor do CuSO4.5H2O cristalino e a mudança que experimenta quando é aquecido. Desenvolvimento do experimento Depositar 0,1 g de cristais de CuSO4.5H2O numa colher de combustão e aquecê-los até observar a mudança de cor. Explicar a mudança de cor observada quando se aquece o complexo CuSO4.5H2O. Formular a equação da reacção química que ocorre. Fixação dos resultados Anotar a cor de CuSO4.5H2O sólido e o que se observa quando este é aquecido. Conclusões do aluno Deve elaborar as conclusões do experimento em função do conteúdo abordado. Conclusões do professor ao finalizar a actividade experimental O CuSO4.5H2O sólido é de cor azul, porqueos iões Cu 2+ hidratados apresentam uma coloração azul. Quando é aquecido perde a água de hidratação e se transforma em sulfato de cobre (II) anidro: [Cu(H2O)4]SO4.H2O (s) CuSO4 (s) + 5H2O (g) Azul branco Questionário 1. Que aplicação práctica tem na vida o sulfato de tetraaquocobre (II) monohidratado? 2. Como se pode preparar o sulfato de tetraaquocobre (II) monohidratado partindo do sal anidro correspondente? Escreva a equação da reacção química correspondente. Experimento nº 3. Síntese de um aquocomplexo de cobre [Cu(H2O)4]SO4.H2O ou de [Cu(H2O)4] 2+. Introdução teórica O sulfato de tetraaquocobre (II) monohidratado, [Cu(H2O)4]SO4.H2O, é um composto de coordenação de cobre de grande importância industrial, empregado na agricultura como fungicida, na purificação de água e como conservante da madeira. É um sólido de cor azul e pode ser obtido por hidratação do sulfato de cobre (II) anidro, que é de cor branco: CuSO4 (s) + 5H2O (l) [Cu(H2O)4]SO4.H2O (s) Branco azul É um composto de coordenação ou complexo, com cinco moléculas de água, quatro estão ligadas ao ião Cu2+ através de enlaces covalentes coordenados (formação de um complexo), enquanto a outra molécula está unida ao anião SO4 2- por ponte de hidrogénio. Objectivo: sintetizar o aquocomplexo de cobre [Cu(H2O)4]SO4.H2O partindo do sal anidro de CuSO4. Habilidades a desenvolver nos alunos Observar, interpretar, analisar, explicar e investigar processos químicos. Representar equações de reacções químicas. Materiais: espátula, tubo de ensaios, vidro de relógio, papel de filtro, CuSO4 e água destilada. Apontamentos necessários para a fixação dos resultados Observar a cor do sulfato de cobre (II) anidro, CuSO4. Observar a mudança que se produz quando se adiciona água ao sulfato de cobre (II) anidro. Desenvolvimento do experimento Adicionar 0,1g de CuSO4 anidro a um tubo de ensaios e adicione 2 mL de água destilada. Observar se ocorre ou não mudança de cor. Formular a equação da reacção química que ocorre. Fixação dos resultados No diário de laboratório anotar a cor de CuSO4 anidro e hidratado. Conclusões do aluno Deve elaborar as conclusões do experimento em função do conteúdo abordado. Conclusões do professor ao finalizar a actividade experimental O CuSO4 anidro é branco. Quando se dissolve em água a solução adquire cor azul, devido à hidratação dos iões Cu2+ (formação de um aquocomplexo): CuSO4 (s) + 5H2O (l) [Cu(H2O)4]SO4.H2O (s) Branco azul Questionário 1. Escreva os nomes dos seguintes complexos: a) [Cu(NH3)4]SO4.H2O b) [Cu(H2O)4] 2+ c) [Cu(NH3)4] 2+ 2. Escreva as fórmulas de cada um dos seguintes compostos: a) Tetramindiclorocobaltato (III) b) Nitrato de pentaminnitrocobalto (III) 3. Proponha um método de obtenção de [Cu(NH3)4]SO4.H2O partindo de [Cu(H2O)4]SO4.H2O. Experimento nº 4. Síntese do composto de coordenação ou complexo de cobre: sulfato detetramincobre (II) monohidratado, [Cu(NH3)4]SO4.H2O. Introdução teórica Existem compostos de coordenação ou complexos mais estáveis que outros. Uma medida da estabilidade de um composto complexo é a sua constante de formação Kf, que expressa a velocidade de sua reacção de formação. Para uma reacção geral de formação de um composto complexo Mx+ + aLy± [MLa](x+ + y±) A constante de formação é dada pela equação: [MLa](x+ + y±) [Mx+].[Ly±]a Kf = Se o valor de Kf é elevado o ião complexo é muito estável e portanto, tanto a reacção de formação é muito rápida e se o valor de Kf é pequeno, o ião complexo é instável e então a reacção de formação ocorre a uma escala mais pequena. Objectivos Sintetizar o composto de coordenação ou complexo de cobre [Cu(NH3)4]SO4.H2O ou [Cu(NH3)4] 2+ partindo de [Cu(H2O)4]SO4.H2O ou [Cu(H2O)4] 2+ por substituição de ligantes. Explicar quantitativamente a formação do complexo [Cu(NH3)4]SO4.H2O ou [Cu(NH3)4] 2+ partindo de [Cu(H2O)4]SO4.H2O ou [Cu(H2O)4] 2+. Habilidades a desenvolver nos alunos Observar, interpretar, analisar, explicar e investigar procesos químicos. Representar equações de reacções químicas. Explicar quantitativamente a formação do complexo [Cu(NH3)4]SO4.H2O ou [Cu(NH3)4] 2+ partindo de [Cu(H2O)4]SO4.H2O uo [Cu(H2O)4] 2+. Resolver problemas químicos com cálculos mediante as fórmulas e equações químicas. Materiais: vaso de precipitação de 100 mL, papel de filtro, vareta de vidro, agitador e vidro de relógio, água destilada, solução de NH3 a 25 % e CuSO4.5H2O. Apontamentos necessários para a fixação dos resultados Observar a cor da solução aquosa de CuSO4.5H2O. Observar a mudança que se produz quando se adicionam algumas gotas de NH3 à solução de CuSO4.5H2O, e quando se adiciona excesso de NH3. Desenvolvimento do experimento Depositar 0,1 g de CuSO4.5H2O num tubo de ensaios e dissolver em 2 mL de água destilada. Observar a cor da solução obtida. Adicionar gotas de NH3, agitar e observar. Formular as equações das reacções químicas ocorridas. Explicar quantitativamente a formação do complexo [Cu(NH3)4]SO4.H2O ou [Cu(NH3)4] 2+ partindo de [Cu(H2O)4]SO4.H2O ou [Cu(H2O)4] 2+. Fixação dos resultados Anotar a cor da solução aquosa de CuSO4.5H2O. Observar a formação do precipitado azul quando se adiciona NH3 líquido à solução de CuSO4.5H2O e anotar no diário de laboratório. Anotar a mudança que se observa quando se adiciona excesso de NH3 líquido ao precipitado obtido. Conclusões do aluno Deve elaborar as conclusões do experimento em função do conteúdo abordado. Conclusões do professor ao finalizar a actividade experimental Quando o sulfato de cobre (II) pentahidratado, CuSO4.5H2O, se dissolve em água, la solução toma un color azul debido a que el ion cúprico (Cu2+) hidratado tiene esse cor. Se se adiciona umas gotas de amoníaco, NH3 líquido (uma base) à esta solução se forma um precipitado azul devido à formação do hidróxido de cobre (II), Cu(OH)2, um sal pouco solúvel, de acordo a equação: Cu2+ (aq) + 2OH- (aq) Cu(OH)2 (s) Azul Continuando a adicionar amoníaco à solução, o precipitado se dissolve, dando origem à uma solução de cor azul, embora mais escuro devido à formação do ião complexo [Cu(NH3)4] 2+: Cu(OH)2 (s) + 4NH3 (ac) [Cu(NH3)4] 2+ (ac) + 2OH - (ac) A formação do ião complexo [Cu(NH3)4] 2+ aumenta a solubilidade de Cu(OH)2. O CuSO4.5H2O é um composto de coordenação ou complexo que pode ser formulado como [Cu(H2O)4]SO4.H2O ou [Cu(H2O)4] 2+. A constante de formação do ião complexo [Cu(H2O)4] 2+ é menor que a do ião [Cu(NH3)4] 2+, por isso este último se forma mais facilmente, já que é mais estável que o primeiro. Questionário 1. Se dissolvem os seguintes compostos em 100 mL de água: 1,00 x 103- mols de dien (H2NCH2CH2NHCH2CH2NH2) e 5,00 x 10 3- mols de Ni(ClO4)2. a) Calcule a concentração de [Ni(dien)2] 2+ em solução. Pode supor-se que a concentração de [Ni(dien)2] 2+ é muito menor que a do Ni2+ e do [Ni(dien)2] 2+. Calcule: b) A concentração de Ni2+ em solução. c) A concentração do [Ni(dien)2] 2+ em solução. 2. Calcule se precipita PbS de uma solução que contém EDTA4- 0,5 M, S2- 0,001 M e Pb2+ 0,01 M. Faça os mesmos cálculos para Ni2+, Co2+, Zn2+ y Cd2+. Experimento nº 5. Síntese do composto de coordenação ou complexo de ferro: Azul da Prússia. Introdução teórica Entre os compostos de coordenação ou complexos de ferro, um que mais se emprega no laboratório é o hexacianoferrato(II) de potássio, K4[Fe(CN)6], como reagente para a identificação do ião Fe3+ assim como o hexacianoferrato (III) de potássio, K3[Fe(CN)6], como reagente para a identificação do ião Fe 2+. O K4[Fe(CN)6] forma com o ião Fe 3+ um precipitado azul-escuro, clamado Azul da Prússia: 4Fe3+ (aq) + 3[Fe(CN)6] 4- (aq) Fe4[Fe(CN)6]3 (s) Azul da Prússia O K3[Fe(CN)6] forma com os iões Fe 2+ um precipitado azul, clamado Azul de Turnbull: 3Fe2+ (aq) + 2[Fe(CN)6] 3- (aq) Fe3[Fe(CN)6]6 (s) Azul de Turnbull Objectivos Sintetizar o Azul da Prússia. Explicar a formação do composto de coordenação ou complexo de Azul da Prússia. Habilidades a desenvolver nos alunos Observar, interpretar, analisar, explicar e investigar processos químicos de formação de compostos de coordenação ou complexos. Formular equações químicas que reflectem as propriedades e métodos de obtenção de compostos de coordenação ou complexos. Materiais: Tubos de ensaios (3), espátulas (2), FeCl3, K4[Fe(CN)6] e água destilada. Apontamentos necessários para a fixação dos resultados Observar a cor das soluções aquosas de FeCl3 e de K4[Fe(CN)6]. Observar a formação de um precipitado azul-escuro quando se misturam as soluções de FeCl3 y K4[Fe(CN)6]. Desenvolvimento do experimento Adicionar 0,1 g de FeCl3 à um tubo de ensaios, dissolver em 2 mL de água destilada e observar a cor da solução obtida. Dissolver num tubo de ensaios 0,1 g de K4[Fe(CN)6] em 2 mL de água destilada e observar a cor da solução obtida. Misturar as soluções de FeCl3 e K4[Fe(CN)6], e observar. Explicar a formação do composto de coordenação ou complexo. Fixação dos resultados Anotar a cor das soluções de FeCl3 e de K4[Fe(CN)6], e a cmudança que ocorre quando se misturam as duas soluções. Conclusões do aluno Deve elaborar as conclusões do experimento em função do conteúdo abordado. Conclusões do professor ao finalizar a actividade experimental Quando se adiciona a solução aquosa de FeCl3 de cor amarela à solução de K4[Fe(CN)6] incolor, se observa a formação de um precipitado azul-escuro, o Azul da Prússia, que se forma por reacção dos iões Fe3+ e [Fe(CN)6] 4-, segundo a seguinte equação: 4Fe3+ (aq) + 3[Fe(CN)6] 4- (aq) Fe4[Fe(CN)6]3 (s) Azul da Prússia Questionário 1. Propunha um método de obtenção de Azul de Turnbull. Explique desde o ponto de vista analítico a importância que tem a reacção de formação deste composto. Prática de laboratório nº 1. Síntese do composto de coordenação ou complexo de CaCl2 com EDTA. Introdução teórica A presença de carbonatos metálicos, como o de cálcio e magnésio, determina a dureza da água. Em águas muito duras, existe um grande risco de calcificação de todas as estruturas que contactam com a água. Para resolver este problema, utiliza-se EDTA nos detergentes de banho. O EDTA se combina com os iões Mg2+ e Ca2+ formando um complexo iónico solúvel. Ver as constantes de formação de complexos com o EDTA, de diversos metais no Manual de sistematización del contenido compuestos de coordinación en la formación del profesor de Química en las áreas tecnológica y docente (Ndala, 2015). Objectivos Sintetizar o composto de coordenação ou complexo de CaCl2 com o EDTA Explicar a importância da reacção de formação do composto complexo de CaCl2 com o EDTA do ponto de vista analítico. Habilidades a desenvolver nos alunos Observar, interpretar, analisar, explicar e investigar processos químicos de formação de compostos de coordenação ou complexos. Formular equações químicas que reflictam as propriedades e métodos de obtenção de compostos de coordenação ou complexos. Explicar a importância da reacção de formação do composto complexo de CaCl2 com o EDTA do ponto de vista analítico. NOTA: o EDTA é um composto muito venenoso e no organismo humano, imobiliza o Ca2+ da acção cardíaca, o que causa a morte. Materiais: copos de precipitação (2), tubos de ensaios (1), CaCl2 e EDTA. Apontamentos necessários para a fixação dos resultados Observar as mudanças que ocorrem ao adicionar gotas de solução aquosa de EDTA à solução de CaCl2, usando como indicador o negro de eriocromo T que a pH = 10 tem coloração azul. Desenvolvimento do experimento Adicionar à um tubo de ensaios 5 ml de solução aquosa de CaCl2 0,05 molar e adicionar gotas de EDTA (na forma de seu sal dissódico) até observar uma mudança. Observar as mudanças que se produzem. Formular a equação da reacção química que ocorre. Explicar a importância desta reacção do ponto de vista analítico. Fixação dos resultados Interpretar a mudança que se produz quando se adicionam gotas de solução aquosa do EDTA à solução de CaCl2. Escrever a equação da reacção química que se produz. Conclusões do aluno Deve elaborar as conclusões do experimento em função do conteúdo abordado. Conclusões do professor ao finalizar a actividade prática O EDTA forma complexos internos com um grande número de catiões. Geralmente os iões complexos formados com o EDTA, estão na relação metal- ligando 1:1, ainda que os catiões tenham cargas diferentes. Desde o ponto de vista analítico, esta reacção é muito importante, já que constitui um método rápido de determinação da dureza total de água, que se baseia no emprego do sal sódico do ácido etilendiamintetracético (EDTA), que forma complexos solúveis com os iões Ca2+ e Mg2+. Usando indicadores adequados se pode titular as quantidades desses iões presentes na água. A água é tamponada com cloreto de amónio e hidróxido de amónio, até alcançar um pH = 10. A seguir se adiciona o indicador negro de eriocromo T que a esse pH tem coloração azul. Em presença de iões Ca2+ y Mg2+, experimenta uma coloração vermelho-vinho, em virtude da formação de complexos, de acordo com a seguinte equação: H2Ind (aq) Ind 2- (aq) + 2H+ (aq) (Ind = indicador) Lilás carregado azul Adicionando a solução de EDTA, este se combina com iões Ca2+ e Mg2+ presentes, destruindo os sais formadas pelo indicador com os metais. O indicador adquire sua coloração azul, que corresponde a sua forma livre: Ca2+ (ou Mg2+) (aq) + Ind2- (aq) CaInd (aq) Azul vermelho-vinho CaInd (aq) + [H2Y] 2- (aq) [CaY]2- (aq) + Ind2- (aq) + 2H+ (aq) ([H2Y] 2- = Vermelho-vinho azul EDTA) Questionário 1. Para fins práticos, pode-se dizer que por cima de pH = 6-7 a maioria dos metais se encontra coordenada pelo EDTA na sua totalidade. Supondo-se, por exemplo, uma solução que é 0,06 mol/L em EDTA; 0,03 mol/ L em Mn+2; 0,04 mol/L em Ca+2 e 0,04 mol/L em Mg+2. Qual será a situação da mesma quando é alcançado o equilíbrio? Admitindo-se que o pH não restringe a formação de complexos desses metais. 2. Propõe um procedimento para a determinação da dureza da água, utilizando os seguintes reagentes; 100 mL de amostra de água, 2 mL de solução de cloreto de amónio saturado e de hidróxido de amónio concentrado, negro de ericromo T a 1% e solução de EDTA 0,02 M. Prática de laboratorio nº 2. Síntese do composto de coordenação ou complexo de cobalto: hexanitrocobaltato (III) de potássio, K3[Co(NO2)6]. Introdução teórica O hexanitrocobaltato (III) de potássio, K3[Co(NO2)6], é um sólido de cor amarela, insolúvel em água e se obtém por etapas como mostram as equações seguintes: CoCl2 (aq) + 2KNO2 (aq) Co(NO2)2 (aq) + 2KCl (aq) (1) 2KNO2 (aq) + 2CH3COOH (aq)
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