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Proteção de sistemas Considerações iniciais sobre dimensionamento de circuitos de proteção. Um circuito elétrico só está adequadamente protegido contra as sobrecorrentes quando todos os seus elementos, como condutores, chaves e outros, estiverem com suas capacidades térmica e dinâmica iguais ou inferiores aos valores limitados pelos dispositivos de proteção correspondentes. Assim, torna-se importante analisar as sobrecorrentes e os tempos associados à resposta efetiva da proteção. Introdução Quando se trata de correntes de sobrecarga, seus módulos são muito inferiores aos módulos relativos às correntes de curto- circuito. Por esta razão, as correntes de defeito costumam ser analisadas por processos mais detalhistas, como o da integral de Joule. Este método é bastante representativo na análise matemática dos efeitos térmicos desenvolvidos pelas correntes de curto- circuito e sua formulação é dada pela Equação: Introdução A figura representa a curva típica da integral de Joule de um cabo de baixa tensão a qual fornece para cada valor de corrente a energia específica ou energia por unidade de resistência (J/Ω = A2 · s). Introdução O valor de Ic na figura representa a capacidade de corrente do cabo que nessas condições atinge a temperatura máxima para serviço contínuo e com a qual pode operar ao longo de sua vida útil, normalmente considerada de 20 anos. Já o valor de Il na mesma figura representa o valor limite da corrente para a qual o aquecimento do condutor é adiabático, isto é, sem troca de calor entre o condutor e a isolação. Logo, a energia necessária para elevar a temperatura para serviço contínuo até a temperatura de curto- circuito é denominada integral de Joule. Introdução A norma NBR 5410 estabelece que a integral de Joule a qual o dispositivo de proteção deve deixar passar não pode ser superior à integral de Joule necessária para aquecer o condutor, desde a temperatura máxima para o serviço contínuo até a temperatura limite de curto-circuito, ou seja: • K2 × S2 - integral de Joule para aquecimento do condutor, desde a temperatura máxima máxima para serviço contínuo até a temperatura de curto-circuito, admitindo aquecimento adiabático. • K = 115 para condutores de cobre com isolação de PVC e seção inferior ou igual a 300 mm2; • K = 103 para condutores de cobre com isolação de PVC e seção superior a 300 mm2; • K = 143 para condutores de cobre com isolação de EPR ou XLPE; • S - seção do condutor, em mm2. Introdução Ainda da NBR 5410, podemos acrescentar que para um curto-circuito de qualquer duração, em que a assimetria da corrente não seja significativa, e para curtos-circuitos simétricos de duração igual ou superior a 0,1 s e igual ou inferior a 0,5 s, pode-se escrever: Introdução Introdução Exemplo Proteção de sistemas Fusíveis – sistemas baixa tensão São dispositivos destinados à proteção dos circuitos elétricos e que se fundem quando percorridos por uma corrente de valor superior àquela para o qual foram projetados. Os fusíveis atuam dentro de determinadas características de tempo de fusão × corrente, fornecidas em curvas específicas de tempo inverso, de acordo com o projeto de cada fabricante. Introdução Introdução Os fusíveis são dispositivos de proteção simples e econômicos e, por isso, amplamente utilizados, encontrando-se presentes em instalações residenciais, em automóveis, em equipamentos eletrônicos, máquinas, entre outros. Os fusíveis se destinam à proteção contra correntes de curto-circuito ou contra sobrecargas de longa duração. Entende-se por correntes de curto-circuito, situações anormais de corrente, devido ao fato de a impedância em determinado ramo do circuito assumir um valor praticamente nulo, causando, assim, um repentino e significativo acréscimo da corrente. Isso pode ser provocado, por exemplo, por erro na montagem do sistema ou por contato direto acidental entre os condutores de uma rede, que pode ocorrer entre fases ou entre fase e neutro, ou ainda por um defeito qualquer no interior de alguma máquina ou equipamento. Introdução Categorias de utilização de fusíveis Sua atuação ocorre devido à fusão de um elemento elo fusível por efeito Joule, em consequência da brusca elevação de corrente no circuito. O material utilizado na confecção do elo fusível tem propriedades físicas tais que o seu ponto de fusão seja inferior ao da liga de cobre com alumínio, que é o material mais utilizado na confecção de condutores de aplicação geral. Introdução Os fusíveis de efeito rápido são empregados em circuitos em que não há variação considerável entre a corrente de partida (primeiros instantes em que o circuito é energizado) e a corrente de regime (funcionamento normal após a etapa de partida). Os fusíveis de efeito retardado são apropriados para uso em circuitos cuja corrente de partida atinge valores muitas vezes superiores ao valor da corrente nominal e em circuitos que estejam sujeitos a sobrecargas de curta duração. Introdução – considerações De modo geral, as seguranças fusíveis são classificadas segundo as características de desligamento em efeito rápido ou retardado, segundo a tensão de alimentação e também segundo a corrente nominal. Para aplicações em equipamentos eletrônicos os mais comuns são os fusíveis em cilindro de vidro (de 5x20mm e de 6.2 x 32mm, na faixa de 0,5A a 30A). Introdução – fusíveis de vidro Introdução – fusíveis cilíndricos (cartuchos) Introdução – fusíveis cilíndricos (cartuchos) Introdução – fusíveis NH Introdução – fusíveis NH Introdução – fusíveis D Introdução – fusíveis D Introdução – fusíveis D Considerações Considerações Considerações Considerações Deve-se verificar se o fusível não atua para a corrente de partida do motor. Para isto, é necessário conhecer o tempo de duração da partida, Tpm, e a corrente de partida que irá atravessar o elemento fusível, a qual é função das características construtivas do motor e do tipo de acionamento empregado (chave compensadora, estrela-triângulo etc.). Pelas curvas tempo versus corrente associadas a cada tipo de fusível, pode-se determinar o tempo de atuação do fusível Taf, tipos diazed e NH, conhecendo-se o valor da corrente de partida do motor. Finalmente deve-se ter: Introdução – principais características fusíveis NH e diazed Introdução Introdução Introdução Introdução
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