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RESUMÃO PARA CONCURSO AUXILIAR DE BIBLIOTECA Abreviaturas e siglas: ISBN: Internacional Standart book Number – Sistema internacional padronizado de numeração e identificação de títulos de livros. Composto por 13 dígitos precedido pela sigla ISBN e dividido em 4 segmentos. ISSN: Internacional Standard Serial Numbering – conjunto de números que identificam uma publicação seriada de forma única, composto por 8 dígitos. IBICT: Inst. Bra. Informação e Tecnologia. Credenciado pela ISO. Responsável pela inscrição e controle do ISSN. IBICT é responsável pelo COMUT. COMUT: Programa de Comutação Bibliográfica. Partes textuais • Página capitular: Página de abertura das unidades maiores do texto. • Páginas subcapitulares: É a página que introduz o capítulo de forma que o leitor perceba o fim de uma seção • Fólio: São as duas laudas de lima folha. • Títulos ou cabeças: Nomes do capítulo • Nota • Elementos de apoio (gráficos e diagramas) • Iconografia (fotos e desenhos) Partes pós textuais/ extra-textuais: Posfácio: Texto explicativo opcional posto ao final do texto principal. Apêndices: é um desenvolvimento autônomo desenvolvido pelo autor afim de complementar sua argumentação. Glossário: Lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas as quais são acompanhadas de seus respectivos significados. Bibliografia: fontes de consulta Índices: Lista de verbetes ordenados de forma alfabética ou mesmo outros critérios, que localiza e remete a palavras encontradas no texto. Pode ser do tipo assunto ou por nome. Colofon: Não é obrigatório mas é muito usual, é a página final do livro em que aparece impresso o nome da gráfica impressora, o tipo de papel usado, a gramatura, as fontes tipográficas e outras informações técnicas. Pode conter também uma mensagem do autor com sua foto. Errata: Lista que indica as páginas e linhas em que ocorrem erros, seguidas das devidas correções. Apresenta-se, quase sempre, em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso. Glossário (pós textuais) (Lista de palavras ou expressões técnicas as quais são acompanhadas de seus respectivos significados) Citação indireta: É a citação livre do texto, ou seja, a reprodução de algumas ideias de um autor, sem que haja transcrição literal dos termos que ele utilizou. Indexação: Extrai conteúdo do artigo através de palavras chaves. Kardex: Tipo de fichário executado manualmente para o controle dos periódicos publicação seriada: Publicação que utiliza qualquer tipo de suporte, editada em partes sucessivas com designações numéricas e/ou cronológicas e destinadas a ser continuada indefinidamente. São exemplos de publicações seriadas: periódico, jornais, publicações anuais (relatórios, anuários, etc), revistas, memórias e monografias seriadas. A literatura cinzenta é: Um conjunto dos documentos não publicados em forma convencional, destinados em grande parte ao consumo interno de uma organização que os produz ou para a qual foram produzidos e, por este motivo, de difícil recuperação. Hemeroteca são: arquivos de recortes de jornais que informam sobre assuntos diversos e temas atuais. O clipping (ou clipagem) nada mais é do que o acompanhamento e registro de todas as matérias divulgadas em veículos impressos, virtuais e, às vezes, eletrônicos a respeito de uma determinada organização, produto ou pessoa pública (artista, político, profissional renomado etc.). O Arranjo sistemático é: A organização dos itens ou informações, com base em um sistema de classificação documentária. Catálogos: “O conjunto de entradas catalográficas elaboradas de acordo com padrões específicos, que descrevem os itens contidos em uma coleção, biblioteca ou grupo de bibliotecas, indicando a localização desses itens, sempre tendo em vista o seu acesso”. Um catálogo serve para: encontrar um livro do qual se conheça o autor, o título ou o assunto; mostrar o que uma coleção contém com relação a um determinado autor; mostrar o que uma coleção contém com relação a uma determinada edição. Em geral, é possível encontrar três tipos de catálogos: I. Catálogo de autor (onomástico). II. Catálogo de título (didascálico). III. Catálogo de assunto (ideográfico). Pesquisas e levantamentos bibliográficos : Consiste em executar pesquisas sobre temas específicos disponíveis na biblioteca. Será feito um levantamento bibliográfico a fim de identificar a bibliografia disponível na biblioteca sobre determinado tema, incluindo não apenas livros, mas artigos, periódicos e demais documentos. Número do autor: o segundo código representa o autor da obra. É também um código alfanumérico que representa o sobrenome do autor do livro. As bibliotecas podem utilizar a Tabela de Cutter ou a Tabela PHA para atribuir o número do autor. É composto pela primeira letra do último sobrenome + o número que representa o sobrenome + a primeira letra do título da obra. Esse código serve para diferenciar livros com o mesmo assunto, além de ordená-los dentro de uma classe de assunto nas estantes. Tabela de Cutter-Sanborn: formado com a primeira letra da primeira palavra do título, exclui- se artigo, em minúscula. Se o título começar com A Arte de Estudar, o cutter será S581a. 1 - Bibliotecas: tipos e conceitos Biblioteca digital (também conhecida como biblioteca online, biblioteca eletrônica, ou midiateca. Definição do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): “Coleção de material impresso ou manuscrito, ordenado e organizado com o propósito de estudo e pesquisa ou de leitura geral ou ambos. Muitas bibliotecas também incluem coleções de filmes, microfilmes, discos, vídeos e semelhantes que escapam à expressão “material manuscrito ou impresso”. É bom saber que Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”, da junção dos radicais Biblio (Livro) e Thek (caixa). A Biblioteca atual pode ser chamada de Unidade de Informação, Centro de Informação. Tipos de biblioteca: Biblioteca Nacional – Preserva a bibliografia e documentação do país “Depósito Legal”. Possui dois exemplares de todas as publicações impressas no país. Biblioteca Pública – Atende ás necessidades de estudo e consulta e recreação da comunidade. Podem ser federais, municipais ou estaduais. Bibliotecas Especializadas – São restritas a campos específicos como medicina, matemática, cinema ou fotografias. Bibliotecas Escolares – Fornece material bibliográfico para as atividades de professores e alunos da escola. As principais seções (setores) da biblioteca são: Administração – é responsável pela administração geral, ou seja, recursos humanos, segurança, finanças, Planejamento, controle, correspondências, etc. Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acervo da biblioteca, ou melhor, pelo desenvolvimento da coleção de documentos da biblioteca. É dividido em dois (em geral): 1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que a biblioteca precisa e deseja para melhorar sua coleção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se seleção positiva. A seleção que busca retirar acervo da biblioteca, ou descartar, é chamada seleção negativa. 2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá efetivamente adquirir os documentos selecionados pelo setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra, que será por assinatura para periódicos e por licitação no caso de órgãos públicos. Permuta: troca de materiais entre instituições. E doação: quando a biblioteca recebe os documentos gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os livros doados realmente servem para o uso da biblioteca. Registro – é o setor responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da biblioteca. Cada livro/documento irá receber o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar a propriedade do exemplar. Número de tombo: é o número sequencial atribuído a obra quando ele é cadastrado no sistema da biblioteca. Sua função é tornar o exemplar único, diferenciando-o de outros exemplares idênticos, além de contribuir para o controle de itens do acervo. PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documento, aplicando técnicas da biblioteconomia para classificar, indexar e catalogar. Classificação –Atribuir uma classe, um assunto ao livro. Geralmente utiliza dois esquemas para a classificação: a CDD e a CDU. Indexação –Listagem dos elementos de conteúdo de um documento. Temas e assuntos abordados no livro. Catalogação –Processo de descrição do documento para a criação de um catálogo, a principal fonte de catalogação está na folha de rosto (consta na folha de rosto: Autor, título, cidade, editor e data de publicação). Cada documento será catalogado a partir de um código. Normas de catalogação: AACR2 ou MARC. (MARC catalogação para computador, meio de interpretação.) Preservação, conservação e restauração – é o setor responsável por periodicamente avaliar o estado físico das obras e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de restaurá-los ou encaderná-los. No que tange à conservação e restauração: Identificar os problemas. Para a remoção de fitas adesivas (durex e fita crepe), pode-se utilizar solventes, como acetona. As sujeiras das páginas dos livros devem ser limpas utilizando uma borracha sobre o papel em movimentos suaves. No que se refere às técnicas e procedimentos utilizados em conservação de livros e documentos: Velatura: É um processo de reconstituição de papéis muito utilizado em restauração de livros e documentos, utilizado na conservação de livros quando houver páginas soltas que se apresentem muito fragilizadas, fragmentadas ou muito rasgadas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina https://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema Enxerto: Técnica que consiste em recompor uma área faltante do papel com pedaços de papel similar em cor e textura. Em caso de papéis já amarelados, pode-se mesmo utilizar papel mais antigo, que não seja enfraquecido. Remendo: Processo utilizado em documentos isolados e em folhas de livros com rasgões ou em dobras frágeis dos cadernos que formam os livros. O ideal é utilizar o papel japonês, mas pode-se utilizar papel transparente. Encapsulamento: Consiste em colocar o documento entre duas folhas de material transparente para assegurar-lhe proteção física e prolongamento do seu tempo de vida útil. O melhor material a ser utilizado nessa técnica é o filme poliéster. Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o cartão de visitas da biblioteca. É o primeiro contato do usuário com o a biblioteca. É o serviço fim da biblioteca. Circulação –( Empréstimos). É o setor responsável pela circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz parte do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada do livro pelo usuário, e da devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em atraso (por carta, telefone ou mesmo e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a renovação do empréstimo, ou seja, um novo prazo para ficar com o livro. De uns tempos pra cá este serviço vem melhorando por conta dos softwares de automação. 2. Acervo Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): Acervo é um “conjunto de documentos conservados para o atendimento das finalidades de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”. Também é sinônimo de coleção. Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca. Tratamento técnico: Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com as técnicas da biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do conteúdo (classificação e indexação). Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento para a criação de um catálogo. Cada documento será catalogado a partir de um código de catalogação – o código em vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de Catalogação Anglo Americanas segunda edição - publicado aqui no Brasil pela FEBAB. A ficha catalográfica traz as informações fundamentais do documento, tais como: autor, título, local, Assunto, número de folhas, etc... Deve aparecer no verso da folha de rosto, contida num retângulo de aproximadamente 12,5 x 7,5 cm., impressa abaixo da metade inferior da página. É fundamental que as margens e espaços sejam mantidos, iniciando pelo sobrenome do autor e com 3 linhas da borda superior; 4 espaços da borda lateral esquerda. Obs: O tamanho da fonte utilizada na ficha catalográfica pode ser menor que o utilizado no texto da tese para enquadramento nas dimensões do retângulo (7,5 x 12,5 cm). Os parágrafos devem ser alinhados à esquerda. Descrição 1° PARÁGRAFO - NOME DO AUTOR - Iniciar pelo Sobrenome, seguido do nome e prenomes por extenso. 2º PARÁGRAFO - TÍTULO DA TESE - Iniciar na 4ª letra do autor, e negritado. Subtítulo (se houver) deve vir após o título precedido de dois pontos e sem negrito. E as linhas de continuação devem ser na direção da primeira letra. Após título repetir o nome, prenome e sobrenome do autor precedido de barra. Nota: Entre o sobrenome do autor e o local de publicação há dois traços. Local de publicação, seguido do ano de publicação separados por vírgula. Se houver editora comercial, entre o local de publicação e ano de publicação. 3º PARÁGRAFO - Iniciar na 4ª letra do nome do autor o total de folhas pré-texto em algarismos romanos com letras minúsculas, e separados por vírgula do número total de folhas. 4º PARÁGRAFO - Iniciar na 4ª letra do nome do nome do autor o grau pretendido com a tese Tese (Mestrado) ou (Doutorado) ou (Livre Docência) seguido do nome da Instituição na qual a tese está sendo apresentada, e nome do programa de Pós-graduação. As linhas de continuação devem ser na direção da primeira letra. 5º PARÁGRAFO - Iniciar na 4ª letra do nome do autor o título da tese em inglês. As linhas de continuação devem ser na direção da primeira letra. 6º PARÁGRAFO - Iniciar na 4ª letra do nome do autor as palavras-chaves que indiquem o assunto principal da tese, extraídas do DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) tradução do MeSH (Medical Subject Headings) da National Library of Medicine. Os assuntos devem ser numerados sequencialmente e de acordo com a relevância no texto. As linhas de continuação devem ser na direção da primeira letra. Limite de descritores por ficha - 6 Note que todas as informações são voltadas para descrever o documento. Então você sabe autor, título, número de páginas, ISBN, e de quais assuntos, de forma geral, trata, entre outras informações. O nome do autor sempre será colocado com o último nome na frente, Exemplo: Silva, João dos Santos. A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e descrição física. O acesso irá dizer quais os pontos de acesso para o documento. Existem dois tipos de entrada: principal e secundárias. O autor lá no alto da ficha é a entrada principal. E as demais entradas, embaixo da ficha, são as entradas secundárias. Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter correspondente, que deverá ser retirado da Tabela de Cutter-Sanborn. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por Silva, João da. Devemos número, irá entrar a primeira letra da primeira palavra do título, exclui-se artigo, em minúscula. Se o título começar com A Arte de Estudar, o cutter será S581a. 4.4.2 Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é importante numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob um único assunto, ainda que composto por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral dois esquemas de classificação. A Classificação Decimal de Dewey e a Classificação Decimal Universal. As duas tem muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classificador. Mas o mais importante, como não poderia deixar de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10 classes principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E há apenas uma pequena diferença entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8 abriga além de literatura, linguística. As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos nomes. Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em 869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das tabelas é diferente para cada caso. O número da classificação, ou número da notação ou somente notação, irá aparecer junto ao Cutter e possíveis informações sobre edição, exemplar ou coleção, no número de chamada. Logo, o número de chamada, utilizando CDU, para um livro de literatura brasileira, vamos usar no exemplo Gabriela, cravo e Canela de Jorge Amado, será: 869(81)A481g O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na lombada do livro, e é o que permite a identificação do livro na estante. https://3.bp.blogspot.com/-NVHqi-WYwnI/Um_39NLmf_I/AAAAAAAAAEY/LzVKlZ44WR4/s1600/imagem111.jpg 4.4.3 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é ” Lista dos elementos identificadores de um documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em determinada ordem para possibilitar seu acesso. ” (Marisa Bräscher Basílio Medeiros) e podem ser também” Produto da indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou complemento de outro. “Maria Alexandra Miranda Aparício. Aqui vale dizer a diferença entre indexação e catalogação. A indexação representa o conteúdo, o tema, a catalogação representa a parte física, ela descreve. Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio de palavras. Peguemos como exemplo o livro Português para Concursos, de Renato Aquino. Quais palavras nós usaríamos para representar seu conteúdo? Português e Concursos são duas prováveis. Mas poderíamos utilizar também Língua Portuguesa, Gramática, Testes, Provas, enfim. O indexador irá decidir quais palavras serão usadas com base na política de indexação da biblioteca, no público-alvo da indexação, e nos instrumentos que tiver em mãos (vocabulários controlados). 4.4.4 Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado com o número de chamada e carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a propriedade do livro em caso de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de segurança, cada livro receberá um alarme. A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no exemplar, em alguns casos, ainda se coloca data de aquisição. Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e “folha de devolução”, onde é carimbada a data em que o livro deve ser entregue. Tanto um quanto outro são mais comuns em sistemas não automatizados. Controle bibliográfico ISBN Criado em 1967 e oficializado como norma internacional em 1972, o ISBN – International Standard Book Number – é um sistema que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país e a editora, individualizando-os inclusive por edição. O sistema é controlado pela Agência Internacional do ISBN, que orienta e delega poderes às agências nacionais. No Brasil, a Fundação Biblioteca Nacional representa a Agência Brasileira desde 1978, com a função de atribuir o número de identificação aos livros editados no país. A partir de 1º de janeiro de 2007, o ISBN passou de 10 para 13 dígitos, com a adoção do prefixo 978. O objetivo foi aumentar a capacidade do sistema, devido ao crescente número de publicações, com suas edições e formatos. livros com edição de 2006 deverão ser editados com ISBN de 10 dígitos e também com de 13 dígitos (ambos deverão constar no verso da folha de rosto); livros com edição de 2007 só poderão ser editados com ISBN de 13 dígitos. Deve-se atribuir ISBN: A cada edição de uma publicação; 9 https://3.bp.blogspot.com/-5DI0avKYSTM/Um_5lQutdkI/AAAAAAAAAEo/n-M2546TAnE/s1600/imagem2.jpg https://3.bp.blogspot.com/-5DI0avKYSTM/Um_5lQutdkI/AAAAAAAAAEo/n-M2546TAnE/s1600/imagem2.jpg A cada edição em idioma diferente de uma publicação; A cada um dos volumes que integram uma obra em mais de um volume e também ao conjunto completo da obra (coleção); A toda reedição com mudança no conteúdo(texto) da obra; A cada tipo de suporte, tipo de formato, tipo de acabamento e tipo de capa; As reimpressões fac-similares; As separatas (desde que apresentem títulos e paginação próprios); OBS.: A reimpressão pura e simples de um livro NÃO requer outro ISBN; Mudança na cor da capa, formato de letras e correção ortográfica do texto da obra, NÃO requer outro ISBN. As normas também estão disponíveis no Manual do Editor “A Atribuição do ISBN não implica no depósito legal automático da obra. Depois de ter o número do ISBN atribuído, um exemplar da obra publicada deve ser encaminhado para o Depósito Legal da Biblioteca Nacional.” Uma vez atribuído a uma publicação, um ISBN nunca poderá ser reutilizado para identificar outra publicação. Almanaque: publicação normalmente editada todos os anos/anualmente contendo uma grande variedade de fatos de natureza heterogênea (efemeridade, anedotas, informações sobre festividades e feriados, informações estatísticas e as vezes um calendário em comum). Ano de Publicação: indicação do ano, mês e dia, quando houver, quando a obra for publicada. Anuário: publicação em série que é editada anualmente, em geral tem caráter estatístico, contém um resumo de atividades, informações diversassobre assuntos técnicos. Autor(es): pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de uma publicação. Autor(es) entidade(s): instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comitê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros, responsável(eis) por publicações em que não se dintingue autoria pessoal. Co-Edição: edição entre duas ou mais editoras; Copirraite (copyright): proteção legal que o autor ou responsável (pessoa física ou jurídica) tem sobre a sua produção intelectual, científica, técnica, cultural ou artísitica. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP): conhecida como ficha catalográfica. É o registro das informações que identificam a publicação na sua situação atual, no verso da folha de rosto. Edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma publicação todas as sua impressões, reimpressões, tiragens etc, produzidas diretamente por outros métodos, sem modificações, independentemente do período decorrido desde a primeira publicação. Editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões) responsável(eis) pela produção editorial de uma publicação. Editoração: conjunto de atividades funcionais de um editor, isto é: a seleção, programação, e comercialização dos originais. Exemplar: cada unidade impressa de uma publicação; Folha de Rosto: folha que contém os elementos essenciais à identificação da publicação, assim como: autor, título, subtítulo, edição, local, editora e data. Miolo: conjunto de folhas, reunidas quase sempre em cadernos, que formam o corpo da publicação. Organizador: pessoa física que reune em uma só obra, trabalho de outras pessoas. Reedição: edição diferente da anterior, seja por modificações feitas no conteúdo, na forma ou na apresentação da publicação ou seja por mudança de editor. Cada reedição recebe um número de ordem: 2ª edição, 3ª edição etc. Reimpressão: nova impressão da publicação, sem modificação no conteúdo ou na forma de apresentação (exceto correções de erros de composição ou impressão), não constituindo nova edição. Edição atualizada / edição revista: permanece o mesmo número de ISBN e também a mesma edição. Edição ampliada / edição aumentada: permanece o mesmo número de ISBN e será a mesma edição. anuário: publicação anual destinada ao relato de assuntos, em diversos campos da atividade humana, no período de 12 meses ( é um periódico e recebe ISSN) brochura: livro de papel mole coletânea: conjunto selecionado de obras capa dura: acoplagem de um papel fino, tecido, percaluz, couro sintético etc. em um cartão de maior gramatura (acima de 1250g/m2) Apresentação do ISBN O ISBN deve ser escrito ou impresso, precedido pela sigla ISBN, a cada segmento separado por hífen. EX: ISBN 978-85-333-0946-5 Impressão do número do ISBN No verso da folha de rosto No pé da 4ª capa, do lado direito junto a lombada Um ISBN é como o código postal de um livro. Tem 13 dígitos – antes de 2007 eram 10 – que precedem a sigla ISBN e pode ler-se na parte inferior da contracapa, junto ao código de barras, e na primeira página onde se referem todos os dados referentes aos direitos de autor. Estes dígitos dividem-se em cinco grupos separados através de espaços ou hífenes – o manual de ISBN recomenda o uso de ifens. 1ª Parte – Group Country Identifier: Diz respeito ao país de origem do livro; 2ª Parte – Publisher Identifier: Código identificativo do editor do livro; 3ª Parte – Title Identifier: Código identificativo do título do livro ou da edição 4ª Parte – Check Digit: Dígito de validação. O primeiro grupo corresponde ao prefixo Bookland que se representa nos livros como 978. O segundo grupo corresponde ao identificador do país, área geográfica ou linguística – a Portugal corresponde o número 972. O terceiro grupo é o prefixo editorial e é um número atribuído pela agência responsável pela gestão do ISBN num determinado país ou área territorial. O identificador do título é o grupo seguinte, e a sua função consiste em determinar um número para uma edição específica de cada publicação. O último grupo é o dígito de controlo, um número que surge através de uma operação matemática e que garante a individualização perfeita de cada ISBN. Se escolheres um ISBN do Bubok para o seu livro, terá o prefixo editorial do Bubok. Se preferir tratar por si do ISBN, a Agência de ISBN irá atribuir-lhe um ISBN de auto-edição. NBRISO2108: Informação e documentação – Número Padrão Internacional de Livro (ISBN) 9. Controle bibliográfico ISSN O ISSN – Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (International Standard Serial Number) é o identificador aceito internacionalmente para individualizar o título de uma publicação seriada, tornando-o único e definitivo. Seu uso é definido pela norma técnica internacional da International Standards Organization ISO 3297. O ISSN é operacionalizado por uma rede internacional, e no Brasil o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT atua como Centro Nacional dessa rede. O ISSN identifica o título de uma publicação seriada em circulação, futura (pré-publicação) e encerrada, em qualquer idioma ou suporte físico utilizado (impresso, online, CD-ROM etc). O ISSN é composto por oito dígitos, incluindo o dígito verificador, e é representado em dois grupos de quatro dígitos cada um, ligados por hífen, precedido sempre por um espaço e a sigla ISSN. Exemplo: ISSN 1018-4783. O editor interessado no registro de suas publicações seriadas, poderá obter o formulário e instruções de solicitação do ISSN nesta home page, ou solicitá-los ao Centro Brasileiro do ISSN, IBICT. Os editores não são legalmente obrigados a ter um ISSN mas há muitas vantagens em se ter um ISSN para suas publicações seriadas. Como o sistema do ISSN é internacional e cada ISSN é único, um ISSN pode identificar uma publicação seriada independentemente de seu idioma ou país de origem fazendo a distinção entre publicações seriadas com o mesmo nome ou títulos semelhantes. O ISSN é usado onde a informação sobre publicações seriadas necessita ser registrada e comunicada com precisão (ordens de compra, pesquisas em base de dados, etc.). O ISSN proporciona um método eficiente e econômico de comunicação entre editores, fornecedores e compradores de publicações seriadas. Proporciona, também, um ponto de acesso útil aos catálogos de editores, diretórios comerciais, inventários automatizados, bibliografias, etc. O ISSN é amplamente usado em bases de dados automatizadas na organização, recuperação e transmissão de dados sobre publicações seriadas. O ISSN é amplamente usado por bibliotecas para identificar, ordenar e processar títulos de publicações seriadas. Publicações que têm ISSN fazem parte dos registros de publicações seriadas mantido pelo Centro Internacional do ISSN, em Paris. O que é uma publicação seriada? É uma publicação editada em partes sucessivas que pretende ser continuada indefinidamente. Cada edição de uma publicação seriada tem uma designação numérica e/ou designação cronológica (volume, número e ano de publicação) distinguindo cada uma das edições individuais da publicação, com intenção de ser continuada indefinidamente. Podem ser publicados em qualquer mídia (impresso, CD-ROM, via internet, etc.). Se uma publicação seriada for editada em mais de uma mídia, um ISSN é requerido para cada formato em que a publicação é editada. Quais são os tipos de publicações seriadas? Publicações seriadas incluem periódicos, magazines, jornais, anuários, (tais como livros do ano, relatórios anuais e diretórios, etc.) memórias, anais de congressos, publicações de sociedades e séries monográficas. Para periódicos impressos o local do ISSN é na capa ao alto no canto direito Para periódicos online deve aparecer na primeira tela da revista, ao alto no canto direito. Para periódicos em CD-ROM deve aparecer na capa e no rótulo ao alto no canto direito, além da tela de apresentação. O ISSN (International Standard Serial Number), Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (português brasileiro) ou Número Internacional Normalizado das Publicações em Série (português europeu), é o identificador de publicações seriadas aceito internacionalmente. Seu uso é definido pela norma técnica ISO 3297:2007 – Information and documentation – International standard serial number (ISSN). 10. Circulação do material bibliográfico: empréstimo, devolução, consulta, etc. Circulação do material bibliográfico entende-se como a circulação do acervo da biblioteca entre a sua comunidade. Essa circulação se dá através do empréstimo de livros aos indivíduos da comunidade, com tempo estipulado para ser devolvido para que outros possam tomá-lo emprestado. Existe uma sequência lógica aqui. 1 – O usuário irá fazer uma consulta ao catálogo da biblioteca. As bibliotecas universitárias, quase sempre, possuem um sistema de bibliotecas para gestão de seus catálogos, e oferecem um catálogo em linha (OPAC). 2 – Após encontrar o livro na base, o usuário irá verificar se o livro está disponível para empréstimo. Se o livro estiver disponível, o usuário irá localizá-lo nas estantes para realizar o empréstimo (caso o acervo da biblioteca seja fechado, ou seja, sem acesso para os usuários, o livro deverá ser solicitado no balcão). Se o livro não estiver disponível o usuário deve identificar a razão. Se o livro não puder ser emprestado, pode ser feita uma consulta local. Se o livro estiver passando por reparos, o usuário deverá retornar em outro momento. Se o livro estiver emprestado, o usuário poderá fazer uma reserva do livro. 3 – Com o empréstimo realizado, o usuário deverá ficar atento ao prazo para devolução. Ao fim do prazo, caso o usuário queira permanecer com o livro, deverá consultar o sistema para saber se há reservas. Se houver reservas, deverá devolver o livro. Caso não hajam reservas, o usuário poderá renovar o empréstimo e permanecer com o livro. É importante saber que existem diferentes prazos de empréstimo a depender do material a ser emprestado (livros com grande rotatividade geralmente tem menor prazo de empréstimo), e do tipo de usuário (professores e alunos de pós- graduação normalmente tem um prazo maior do que alunos de graduação, por exemplo). Também vale lembrar que é bastante comum a aplicação de multas diárias para os atrados na devolução e, em muitos casos, a multa é mais alta para livros que estão com reservas. 7. Registro de Periódicos: KARDEX Ficha Kardex é uma ficha de registro de periódicos. É usada para registrar cada periódico e exemplar que entra na biblioteca. Periódicos são publicações seriadas (em série). Possuem esse nome pois obedecem a uma periodicidade (período de tempo) qualquer. Podem ser diários (como os jornais de grande circulação), semanais, quinzenais, mensais, bimestrais, trimestrais, quadrimestrais, semestrais, anuais, bianuais, e assim por diante. Curiosidade: periódicos de países com estações do ano bem definidas costumam ser trimestrais e trazem a estação e não os meses. As publicações seriadas acadêmicas, que são mais utilizadas em bibliotecas universitárias (também chamadas de bibliotecas acadêmicas), apresentam em geral periodicidade de mensal em diante. Ao final de um ano, elas mudam o número do ano ou volume, que indicam quase sempre o tempo de existência da publicação. Por exemplo, Revista Ciência da Informação, vol. 1, número 3. O Kardex é muito importante para que sejam identificadas lacunas na coleção (exemplares que não foram recebidos pela biblioteca) e também duplicatas recebidas. Armazenagem da documentação, preservação do acervo Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classificação, no que se chama de ordem relativa. Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a correta ordem de arquivamento do sistema decimal utilizado pela biblioteca. Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de localização fixa. Se diz fixa pois cada livro tem o seu lugar garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3, Prateleira 4, Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo). Quando o livro é retirado do seu local, é colocado um objeto para guardar o seu lugar. Esse objeto é chamado de “fantasma”. Outro ponto importante sobre localização fixa é que, em geral, as bibliotecas que a utilizam trabalham com os acervos fechados ao público. Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para um usuário interessado em um assunto específico é muito mais difícil achar livros daquele assunto, pois os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo assunto. Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os livros tenham longa vida. Evitar comida na biblioteca é um dos mais importantes. Outro ponto importante é manusear os livros com cuidado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o indicador e não puxando pela lombada. Entre outros. 6. Catálogos: tipos e referências Catálogo é o local onde estão ordenadas as fichas catalográficas. Se for automatizado, então existirá apenas um. Se for manual, existirá vários, cada um com um tipo de entrada diferente. Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou externos, e os auxiliares, ou internos. Os primeiros, como o nome indica, servem para o uso dos usuários da bibliotecas. Os segundos, para fins de uso interno pelo pessoal da biblioteca. Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três tipos de catálogo externo. De nome de autor, de título e de assunto. O catálogo de autor também pode ser chamado de catálogo onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de assunto, catálogo ideográfico. Esses catálogos podem ser organizados: • Alfabeticamente • Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único catálogo, chamado de catálogo dicionário. • Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada. Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas organizadas pelo número de classificação. Já os catálogos internos podem ser: • De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades. • De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros. • Catálogo de número de classificação • Catálogo de séries e títulos uniformes • Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela biblioteca concernentes à catalogação. • Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de inventário da biblioteca, pois é organizado pela número de chamada dos livros. • Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o ponto de acesso principal. • Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônio da biblioteca. Atualmente, a maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso. 7. Serviços aos usuários Serviços aos usuários são os serviços prestados pela bibliotecas às pessoas que usam a biblioteca, os usuários. Os usuários são basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente usam a biblioteca e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as demandas tanto dos usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela oferece vários serviços, a saber. 7.1 Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário chega à biblioteca, principalmente aqui no Brasil, é um alumbramento, um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em cidades grandes, que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a maior parte da atenção de treinamento, orientação e consulta é voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos e serviços da biblioteca da forma mais completa possível. Isso vai desde de ensinar como encontrar um dicionário na organização das estantes da biblioteca até ensinar como fazer uma busca por ordem alfabética de uma palavra em um dicionário. Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade constante de treinar e orientar os usuários, especialmente os calouros (muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma biblioteca na universidade), no uso do sistema de gerenciamento de livros (como fazer uma busca por título, por autor, por assunto, como identificar a data, como saber se o livro está disponível, etc.) e depois de encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo nas estantes. É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação inicial com os novos alunos. Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o treinamento para o uso do catálogo é essencial. 7.2 referência (ou serviço de referência): é o intermediário entre o acervo e o usuário. O usuário quando se depara com a biblioteca precisa de referência, por isso esse nome. (Para alguns autores, e eu concordo com essa linha de pensamento, todos os serviços voltados para os usuários estão dentro do serviço de referência. Mas isso é apenas a minha visão.) Afinal de contas, como encontrar a informação que você quer diante de um mundo de documentos? É preciso de ajuda. O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e aproveito para colocar todas aqui: 1 – Os livros são para usar 2 – A cada leitor o seu livro 3 – A cada livro o seu leitor 4 – Poupe o tempo do leitor 5 – A biblioteca é um organismo em crescimento Por poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que o tempo entre a solicitação do usuário ao sistema e a sua resposta seja mínimo. Para tanto, as bibliotecas cada vez mais investem em sistemas automatizados, por um lado, e em treinamento de pessoal, por outro. O serviço de referência também pode ser feito à distância. O que dá mais comodidade ao usuário. Em geral, as bibliotecas oferecem telefone, para receber críticas e sugestões e tirar dúvidas, e e-mail ou formulários web para solicitações mais detalhadas. Neste caso, pode ser chamado de serviço de referência virtual ou digital. Serviço de referência é o serviço responsável pelo atendimento do usuário na biblioteca. É, de forma simples, a ponte entre o acervo informacional da biblioteca e o usuário que pretende encontrar alguma informação ali. O primeiro trabalho sobre serviço de referência data de 1876, nos EUA. A origem do Serviço de Referência está diretamente ligada à urbanização e à industrialização, que fez com que as grandes cidades recebessem pessoas sem o mesmo grau de cultura e letramento daquelas que frequentavem bibliotecas até então. Isso fez com que os bibliotecários passassem a se preocupar em como atender melhor pessoas que muitas vezes sequer sabiam ler. Dennis Grogan, um dos principais autores sobre o tema, coloca 8 etapas para o processo de referência, a saber: O problema: o processo é iniciado com um problema que atrai a atenção de um usuário; A necessidade de informação: explicitação do problema pelo usuário, seja por necessidade de conhecer e compreender, seja por curiosidade ou qualquer outro motivo; A questão inicial: o usuário formula a questão e solicita auxílio do bibliotecário; inicia-se o processo de referencia, que compreende duas fases: a análise do problema e a localização das respostas às questões;(grifo nosso) A questão negociada: o bibliotecário solicita esclarecimentos sobre a questão inicial para atender satisfatoriamente a necessidade do usuário; A estratégia de busca: o bibliotecário analisa minuciosamente a questão, identificando seus conceitos e suas relações, para traduzi-la em um enunciado de busca apropriado à linguagem de acesso ao acervo de informações; a seguir, são escolhidos os vários caminhos possíveis para o acesso às fontes especificas para responder a questão apresentada. O processo de busca: estabelecimento de estratégias flexíveis que comportem mudança de curso para otimizar a busca; A resposta: para a maioria dos casos será encontrada uma resposta, porém isso não constitui o fim do processo, pois a resposta encontrada pode não ser a esperada; A solução: o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resultado obtido é suficiente para finalizar o processo de busca. 7.3 Clipping (ou clipagem): É uma atividade que consiste em fazer leituras de jornais, revistas e periódicos em geral a fim de selecionar matérias de interesse para a instituição ou para os usuários individualmente. 7.4 Pesquisas e levantamentos bibliográficos: É uma das atribuições mais importantes da biblioteca e, mais nas bibliotecas especializadas, constitui boa parte das solicitações. Consiste em executar pesquisas para os usuários sobre temas específicos nas fontes de informação disponíveis às bibliotecas. Levantamento bibliográfico é um sinônimo para “o que tem sobre determinado assunto” ou “o que tem de determinado autor” na biblioteca. Isso é muito comum. O que tem sobre história do Brasil? Então será feito um levantamento bibliográfico a fim de identificar a bibliografia disponível na biblioteca sobre o tema, incluindo não apenas livros, mas artigos de periódicos e demais documentos. 7.5 DSI (disseminação seletiva da informação): É o serviço que leva a informação ao usuário, ou seja, dissemina a informação selecionada para a pessoa que precisa/deseja receber a informação. Em geral, o usuário tem um cadastro na biblioteca em que indica seus interesses, e a biblioteca envia informações selecionadas para ele. 7.6 Empréstimo(Circulação): É o serviço de circulação dos exemplares (documentos) do acervo. Em geral, toda biblioteca tem um balcão de empréstimo/devolução, com sistema automatizado ou não, em que o usuário leva o livro que quer levar, preenche as informações necessárias, e leva o livro para casa durante o período permitido de empréstimo. Caso o usuário deseja ficar mais tempo com o livro, poderá renová-lo caso não esteja reservado, no caso de sistemas automatizados é possível fazer isso sem ir presencialmente na biblioteca. E caso o usuário queira pegar um livro que está emprestado, poderá fazer a reserva do livro. Também aqui, em caso de sistema automatizado, a reserva pode ser feita pelo próprio sistema. 1- Qual é o objetivo da NBR 6023? O objetivo de toda essa norma é estabelecer os elementos a serem incluídos nas referências bibliográficas. Além de fixar a ordem desses elementos, que devem estar presentes em todas referências e estabelecer as formas de transcrição e apresentação da informação que vem de documentos ou outras fontes de informação. Por isso, entender a NBR 6023 é fundamental na preparação e compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos e para inclusão em bibliografias, resumos, resenhas, recensões e outros. 2- Referências normativas No momento da publicação da norma, já estavam em vigor outras normas que pode ser importante que você saiba. NBR 6032:1989 – Abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas – Procedimento NBR 10520:2002 – Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação NBR 10522:1988 – Abreviação na descrição bibliográfica – Procedimento CÓDIGO de Catalogação Anglo-Americano. 2. ed. São Paulo: FEBAB, 1983-1985. 3- Referência bibliográfica de acordo com a NBR 6023 A ABNT entende referência como o “Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual”. Dessa forma, ela estabelece dois elementos principais, os essenciais e os complementares. 4- Elementos da referência Portanto, a referência bibliográfica será sempre constituída de elementos essenciais e, quando necessário, acrescida de elementos complementares. a) Elementos essenciais Neste sentido, os elementos essenciais são as informações indispensáveis à identificação do documento. Porquanto estão estritamente vinculados ao suporte documental e variam, portanto, conforme o tipo. b) Elementos complementares São as informações que, acrescentadas aos elementos essenciais, permitem melhor caracterizar os documentos. Para tanto, serão retirados do próprio documento, e, quando isso não for possível, utilizam-se outras fontes de informação, indicando-se os dados assim obtidos entre colchetes. ABNT – localização das referências bibliográficas NRB 6023 Conforme estabelece a norma, a referência bibliográfica pode aparecer: a) no rodapé; b) no fim de texto ou de capítulo; c) em lista de referências; d) tecedendo resumos, resenhas e recensões. APUD ou citação de citação, de acordo com as normas ABNT. https://blog.mettzer.com/referencia-bibliografica-normas-abnt/ https://blog.mettzer.com/resumo-abstract-tcc/ https://blog.mettzer.com/resenha-saiba-como-fazer/ https://blog.mettzer.com/nbr-10520/ https://blog.mettzer.com/tipos-de-citacoes-conforme-os-padroes-abnt/ https://blog.mettzer.com/normas-abnt/ https://blog.mettzer.com/referencia-bibliografica-normas-abnt/ https://blog.mettzer.com/normas-abnt/ Exemplo de apud segundo a ABNT A primeira maneira de se citar o trecho acima é incluindo os autores referenciados e o apud no começo da citação: De acordo com Gough (1972, p. 59, apud NARDI, 1993, p. 94), “o ato de ler envolve um processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear.” Exemplo de citação de citação segundo a ABNT A segunda opção para fazer a citação do trecho seria incluir o apud no final da frase: Segundo Gough (1972, p. 59), “o ato de ler envolve um processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear” (apud NARDI, 1993, p. 94). Estrutura do trabalho nas regras da ABNT Vamos iniciar falando sobre a estrutura principal dos trabalhos acadêmicos. Por exemplo, as monografias devem seguir um padrão comum composto de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Parte externa -Capa (obrigatório) – Lombada (opcional) Parte interna elementos pré-textuais - Esses elementos apresentam o conteúdo central do trabalho. Por isso compõe a primeira parte do trabalho, os seguintes itens: folha de rosto (obrigatório) Errata (opcional) folha de aprovação (obrigatório) Dedicatória (opcional) Agradecimentos (opcional) Epígrafe (opcional) resumo em língua portuguesa (obrigatório) Abstract – resumo em língua estrangeira Listas (opcional) Sumário (obrigatório) Elementos textuais - Esses podem ser considerados a parte principal do trabalho, e são compostos por: Introdução - Desenvolvimento - Conclusão. elementos pós-textuais Referências (obrigatório) Glossário (opcional) Apêndices (opcional) Anexos (opcional) Índice (opcional) Margens nas regras ABNT As regras ABNT definem que as páginas da monografia devem ter margens superior e esquerda de 3 cm e margens inferior e direita de 2 cm. Segundo as regras, o trabalho deve ser impresso em papel A4. Também é sugerida a impressão somente em um dos lados da folha, e em tinta preta. https://blog.mettzer.com/errata/ https://blog.mettzer.com/dedicatoria-tcc-monografia/ https://blog.mettzer.com/agradecimentos-tcc-monografia-abnt/ https://blog.mettzer.com/resumo-abstract-tcc/ https://blog.mettzer.com/resumo-abstract-tcc/ https://blog.mettzer.com/resumo-abstract-tcc/ https://blog.mettzer.com/sumario-abnt/ https://blog.mettzer.com/desenvolvimento-tcc/ https://blog.mettzer.com/conclusao-tcc/ https://blog.mettzer.com/margens-espacamento-normas-abnt/ As demais cores devem ser utilizadas somente para ilustrações, fotos e tabelas que seu trabalho possa conter. Após a impressão, o trabalho deve ser encadernado com mola espiral e com capas plásticas, sendo a primeira branca e transparente e a última, preta e opaca. Paginação nas regras da ABNT Colocar número nas páginas sempre gera dúvida, porque a página que começa a contagem não leva o número. Deste modo, as folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmente, a partir da folha de rosto que se torna a número 1. Mas a numeração deve ser inserida a partir da primeira folha da parte textual do trabalho, ou seja, na Introdução. Deve ser em algarismos arábicos e no canto superior direito da folha, a 2 cm da margem superior, ficando o último algarismo a 2 cm da margem direita da folha. Fontes nas regras abnt - As monografias devem ser redigidas nas fontes Arial ou Times New Roman. Com tamanho 12 e espaçamento de 1,5 cm entre linhas. Além de recuo de 1,25 cm no início de parágrafos. A fonte tamanho 10 deve ser utilizada em caso de citações diretas longas, notas de rodapé, referências no sistema numérico, títulos de ilustrações, fontes de ilustrações e conteúdo de ilustrações como gráficos e tabelas. Estilos especiais O uso de estilos especiais também têm um padrão a ser seguido: As aspas devem ser usadas para destacar transcrições de textos; O estilo itálico deve ser usado para destacar palavras ou frases em língua estrangeira; Negrito deve ser utilizado para destacar palavras de efeito e expressões principais num parágrafo; O estilo sublinhado deve ser usado para destacar links para materiais disponíveis na internet. Citações nas regras abnt As citações de até 3 linhas não exigem uma formatação especial. Portanto devem ser inseridas no parágrafo em que são referidas e identificadas apenas por aspas, sem alterações no tamanho e estilo da fonte. Já as citações diretas com 4 linhas ou mais devem ser formatadas em parágrafo especial. A referência ao autor deve ser feita logo após o ponto final, pelo sistema autor-data ou sistema numérico, explicado a seguir. Notas de rodapé As notas de rodapé servem para a inclusão de informações e explicações não essenciais para a compreensão do texto principal. Elas também devem ser em fonte de tamanho 10. Referências nas regras abnt É nesta parte que as regras ABNT exigem que você identifique todos os autores e obras utilizadas para a produção do seu trabalho. Para isso, existem dois sistemas de referências que podem ser utilizados: o sistema autor-data e o sistema numérico. Para decidir qual dos dois sistemas você deve usar, é bom consultar sua instituição de ensino para saber qual é o padrão adotado por ela. Sistema Autor-data No sistema autor-data, as referências devem ser apresentadas em lista ao final do trabalho. Além de organizadas em ordem alfabética e orientadas pelo sobrenome do autor da obra utilizada. Além disso, em citações diretas, você também precisa referenciar o autor e a obra utilizada no momento da citação Portanto, uma boa dica aqui é sempre inserir e organizar as referências enquanto se escreve o trabalho. Em casos de citação indireta você precisa apenas informar o último sobrenome do autor e o ano de publicação da obra. Já para citações diretas curtas e longas, você precisa informar o sobrenome do autor, o ano e a página da qual você retirou aquela citação. Sistema Numérico No sistema numérico, as referências são listadas de acordo com sua ordem de aparição no texto e identificadas por algarismos arábicos. Neste caso, elas podem aparecer no rodapé de cada página, no final de cada capítulo ou no final do trabalho. A referência da citação no sistema numérico fica da seguinte maneira: Segundo o AUTOR¹ A referência na lista de referências fica assim: ¹SOBRENOME, Nome do Autor. Título: subtítulo. Cidade: Editora, Ano. https://blog.mettzer.com/como-referenciar-figuras-na-abnt/ https://blog.mettzer.com/numeracao-paginas-abnt/ https://blog.mettzer.com/tipos-de-citacoes-conforme-os-padroes-abnt/ https://blog.mettzer.com/tipos-de-citacoes-conforme-os-padroes-abnt/ https://blog.mettzer.com/citacao-direta-curta-longa/ https://blog.mettzer.com/referencia-bibliografica-normas-abnt/ https://blog.mettzer.com/referencias-bibliograficas-abnt-2019/ https://blog.mettzer.com/citacao-indireta-parafrase/ https://blog.mettzer.com/citacao-direta-curta-longa/
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