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O uso de medicamentos para melhora de desempenho por acadêmicos
Eduardo Lucchesi Resende
Graduando de Psicologia do Centro Universitário FADERGS/RS
RESUMO
A vida acadêmica proporciona uma demanda considerável por resultados para aqueles que a exercem. A
pressão por desempenho satisfatório, aliado aos avanços farmacológicos, geram um aumento exponencial no uso
indiscriminado de medicamentos que prometem melhora na performance intelectual e cognitiva. Estes
psicoestimulantes inibem os transportadores de dopamina e noradrenalina, aumentando a disponibilidade de
neurotransmissores nas fendas sinápticas e produzindo efeitos estimulantes. Este trabalho objetiva analisar o uso
indiscriminado de medicamentos psicoestimulantes, em estudantes universitários e problematizar essa utilização
sob aspectos éticos e da saúde. Como método, utilizou-se uma abordagem qualitativa de caráter descritivo, a
partir de uma revisão integrativa bibliográfica. Este método permitiu a combinação de dados de literatura
empírica e teórica, assim como análises documentais de dados relevantes. O Brasil tornou-se, em 2010, o
segundo mercado mundial de metilfenidato (Ritalina), consumindo aproximadamente dois milhões de caixas
anualmente. Em pesquisa da Faculdade de Medicina do Sul de Minas Gerais, o aumento da concentração em
época de provas foi citado como motivo de uso por 76,67% dos usuários. Ainda, 66,67% tiveram contato com a
substância na faculdade e 60% obtiveram a droga por doação de amigos. Foi constatado um maior consumo de
álcool, pelo menos uma droga ilícita, anfetaminas e benzodiazepínicos por parte de universitários. Relatou-se
um aumento de 1,8 vezes no risco de morte súbita ou arritmia ventricular. Em um contra senso ético,
aproximadamente 80% dos estudantes consideram seu uso como droga de abuso, sendo que cerca de 95%
conhecem ou utilizaram para auxílio acadêmico. O desejo de garantir sua inserção no grupo sendo o melhor,
confirma o argumento de Ehrenberg (1991) relacionando competição e consumismo com responsabilidade
individual. Através da presente análise, foi constatado uma evidente elevação no uso não prescrito de
metilfenidato, por acadêmicos, com amplo potencial para se tornar problema de saúde pública. Sendo assim,
torna-se necessário uma imposição de maior controle sobre a prescrição e definição de estratégias de
fiscalização de psicoestimulantes. O estudo encontra-se em desenvolvimento, não havendo pretensão que se
esgotem todos os materiais pertinentes ao tema.
Palavras-chave: psicoestimulantes; universitários; saúde.
ABSTRACT
Academic life provides a considerable demand for results for those who exercise it. The pressure for satisfactory
performance, coupled with pharmacological advances, generate an exponential increase in the indiscriminate
use of drugs that promise an improvement in intellectual and cognitive performance. These psychostimulants
inhibit dopamine and norepinephrine transporters, increasing the availability of neurotransmitters in synaptic
clefts and producing stimulating effects. This work aims to analyze the indiscriminate use of psychostimulant
drugs in university students and to problematize this use under ethical and health aspects. As a method, a
descriptive qualitative approach was used, based on an integrative bibliographic review. This method allowed
the combination of data from empirical and theoretical literature, as well as documentary analysis of relevant
data. In 2010, Brazil became the second world market for methylphenidate (Ritalin), consuming approximately
two million boxes annually. In research by the Faculty of Medicine of the South of Minas Gerais, the increase in
concentration at the time of testing was cited as a reason for use by 76.67% of users. Still, 66.67% had contact
with the substance in college and 60% obtained the drug through donation from friends. Higher consumption of
alcohol, at least one illicit drug, amphetamines and benzodiazepines was found by university students. A
1.8-fold increase in the risk of sudden death or ventricular arrhythmia has been reported. In an ethical
misconception, approximately 80% of students consider its use as a drug of abuse, with about 95% knowing or
using it for academic assistance. The desire to guarantee their insertion in the group being the best, confirms the
argument of Ehrenberg (1991) relating competition and consumerism with individual responsibility. Through the
present analysis, an evident increase in the non-prescribed use of methylphenidate was observed by academics,
with ample potential to become a public health problem. Therefore, it is necessary to impose greater control
over the prescription and definition of psychostimulant inspection strategies. The study is under development,
and there is no pretension that all materials relevant to the topic will be exhausted.
Keywords: psychostimulants; college students; health.

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