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Literatura Romantismo O Romantismo foi um movimento artístico que surgiu na Europa no século XVIII e durou até meados do século XIX. Ele influenciou a literatura, a pintura, a música e a arquitetura. Oposto ao classicismo, racionalismo e Iluminismo, esse movimento chegou ao Brasil em finais do século XVIII. Contexto Histórico Teve início na Europa no final do século XVIII, na Europa, obtendo maior destaque na França. Desenvolveu-se em meio à Revolução Industrial e à Revolução Francesa. Desse modo, o Romantismo é a escola da expressão dos sentimentos, da liberdade de expressão. Por isso, alguns escritores passaram a falar da natureza e do amor num tom pessoal e melancólico, fazendo da literatura uma forma de expressar seus sentimentos. Além disso, voltaram-se para os tempos medievais, época da formação de suas nações, valorizando os heróis e as tradições populares, exaltando o nacionalismo. E essa liberdade também fica evidente na forma de escrever, já que os escritores românticos abandonaram o tom solene e adotaram um estilo simples e comunicativo na escrita. Principais Características · Oposição ao modelo clássico; · Estrutura do texto em prosa, longo; · Desenvolvimento de um núcleo central; · Narrativa ampla refletindo uma sequência de tempo; · O indivíduo passa a ser o centro das atenções; · Surgimento de um público consumidor (folhetim); · Uso de versos livres e versos brancos; · Exaltação do nacionalismo, da natureza e da pátria; · Idealização da sociedade, do amor e da mulher; · Criação de um herói nacional; · Sentimentalismo e supervalorização das emoções pessoais; · Subjetivismo e egocentrismo; · Saudades da infância; · Fuga da realidade. Diferenças entre o Classicismo e o Romantismo Romantismo em Portugal O Romantismo em Portugal tem como marco inicial a publicação, em 1825, do poema "Camões", escrito por Almeida Garrett. A obra foi produzida durante seu exílio em Paris. Os primeiros anos do Romantismo português coincidem com as lutas civis entre liberais e conservadores. A renúncia de Dom Pedro ao trono brasileiro e sua luta pelo trono de Portugal ao lado dos liberais, veio intensificar esses conflitos. Fases É possível identificar, observando o conjunto de obras românticas produzidas em diversos países, ao menos três tendências ou fases dessa arte: · Romantismo ultrassentimental: Obras como Os Sofrimentos do Jovem Werther, do alemão Goethe, ou ainda alguns poemas de Lord Byron, da Inglaterra, apresentam um forte sentimentalismo, em geral depressivo, exaltando a morte ou a loucura como fugas de uma realidade desastrosa. No Brasil, Álvares de Azevedo pode ser lido como um autor que dialoga com essa tendência romântica. · Romantismo social: Tendo como principal expoente o escritor francês Victor Hugo, autor de clássicos como Os Miseráveis e Notre-Dame de Paris (também conhecido como O Corcunda de Notre-Dame), essa vertente romântica é caracterizada por representar a miséria do povo e denunciar as mazelas sociais que ocorriam com as parcelas marginalizadas da sociedade. · Romantismo nacionalista: Ainda sob influência de Victor Hugo, assim como dialogando com fatos históricos fundamentais para compreender os séculos XVIII e XIX (tais como a Revolução Francesa ou, no Brasil, a chegada da Família Real em 1808), diversos autores construíram obras com forte tom nacionalista. O movimento indianista brasileiro, produzido por autores como Gonçalves Dias e José de Alencar, dialoga com essa tendência. As principais obras Românticas na Europa são: · Contos e Inocência, de Willian Blake; · Os Miseráveis, de Victor Hugo; · Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas.
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