Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SUMÁRIO Língua Portuguesa ............................................................................................................................ 09 Matemática ....................................................................................................................................... 58 Geografia ........................................................................................................................................... 89 História ............................................................................................................................................ 162 Conhecimentos de Direitos e Garantias Fundamentais ................................................................... 203 11 Lí ng ua P or tu gu es a CAPÍTULO 01 Interpretação de Textos Ideias Preliminares sobre o Assunto Independentemente de quem seja o professor de Língua Portuguesa, é muito comum ele ouvir alguns alunos falando que até gostam da matéria em questão, mas que possuem muita dificuldade com a interpre- tação dos textos. Isso é algo totalmente normal, prin- cipalmente porque costumamos fazer algo terrível chamado de “leitura dinâmica” que poderia ser tradu- zido da seguinte maneira: procedimento em que você olha as palavras, mas não entende o significado do que está lá escrito. Para interpretar um texto, o indivíduo precisa de muita atenção e de muito treino. Interpretar pode ser comparado com disparar uma arma: apenas temos chance de acertar o alvo se treinarmos muito e souber- mos combinar todos os elementos externos ao disparo: velocidade do ar, direção, distância etc. Quando o assunto é texto, o primordial é estabe- lecer uma relação contextual com aquilo que estamos lendo. Montar o contexto significa associar o que está escrito no texto base com o que está disposto nas questões. Lembre-se de que há uma questão montada com a intenção de testar você, ou seja, deve ficar atento para todas as palavras e para todas as possibilidades de mudança de sentido que possa haver nas questões. É preciso, para entender as questões de interpre- tação de qualquer banca, buscar o raciocínio que o ela- borador da questão emprega na redação da questão. Usualmente, objetiva-se a depreensão dos sentidos do texto. Para tanto, destaque os itens fundamentais (as ideias principais contidas nos parágrafos) para poder refletir sobre tais itens dentro das questões. Semântica ou Pragmática? Existe uma discussão acadêmica sobre o que possa ser considerado como semântica e como pragmática. Em que pese o fato de os universitários divergirem a respeito do assunto, vamos estabelecer uma distinção simples, apenas para clarear nossos estudos. → Semântica: disciplina que estuda o significa- do dos termos. Para as questões relacionadas a essa área, o comum é que se questione acerca da troca de algum termo e a manutenção do sentido original da sentença. → Pragmática: disciplina que estuda o sentido que um termo assume dentro de determina- do contexto. Isso quer dizer que a identificação desse sentido depende do entorno linguístico e da intenção de quem exprime a sentença. Para exemplificar essa situação, vejamos o exemplo abaixo: Pedro está na geladeira. Nesse caso, é possível que uma questão avalie a ca- pacidade de o leitor compreender que há, no mínimo, dois sentidos possíveis para essa sentença: um deles diz respeito ao fato de a expressão “na geladeira” poder significar algo como “ele foi até a geladeira buscar algo”, o que – coloquialmente – significaria uma expressão in- dicativa de lugar. O outro sentido diz respeito ao fato de “na geladeira” significar que “foi apartado de alguma coisa para receber algum tipo de punição”. A questão sobre semântica exigiria que o candidato percebesse a possibilidade de trocar a palavra “gela- deira” por “refrigerador” – havendo, nesse caso, uma relação de sinonímia. A questão de pragmática exigiria que o candidato percebesse a relação contextualmente estabelecida, ou seja, a criação de uma figura de linguagem (um tipo de metáfora) para veicular um sentido particular. Questão de interpretação? Como se faz para saber que uma questão de inter- pretação é uma questão de interpretação? É uma mera intuição que surge na hora da prova ou existe uma “pista” a ser seguida para a identificação da natureza da questão? Respondendo a essas perguntas, entende-se que há pistas que identificam a questão como pertencente ao rol de questões para interpretação. Os indícios mais precisos que costumam aparecer nas questões são: → Reconhecimento da intenção do autor. → Ponto de vista defendido. → Argumentação do autor. → Sentido da sentença. Apesar disso, não são apenas esses os indícios de que uma questão é de intepretação. Dependendo da banca, podemos ter a natureza interpretativa distinta, principalmente porque o critério de intepretação é mais subjetivo que objetivo. Algumas bancas podem restrin- gir o entendimento do texto; outras podem extrapolá-lo. Tipos de Texto - o Texto e suas Partes Um texto é um todo. Um todo é constituído de diversas partes. A interpretação é, sobremaneira, uma tentativa de reconhecer as intenções de quem comunica recompondo as partes para uma visão global do todo. Para podermos interpretar, é necessário termos o conhecimento prévio a respeito dos tipos de texto que, fortuitamente, podemos encontrar em um concurso. Vejamos quais são as distinções fundamentais com relação aos tipos de texto. Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada globalização. O outro motor daquela era de florescimento extraordiná- rio das trocas comerciais e culturais era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40 000 homens partiram dos portos holande- ses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiça- dos que se fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da Holanda como força dominante no comércio mundial. Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a consequên- cia maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. “O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do iso- lamento”, diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de Vermeer. 12 Lí ng ua P or tu gu es a Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: “Mais gente aprendia novas línguas e se ajustava a costumes desconhecidos”. O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ociden- tais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial sob a forma de toneladas de prata). Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo espírito de liberda- de comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais - a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. Benefician- do-se dos baixos impostos e da flexibilidade adminis- trativa, ela tornou-se a grande potência empresarial do século XVII. (Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136-137, 29 ago. 2012) 01. De acordo com o texto: a) Durante os séculos XVI e XVII, os produtos orien- tais, especialmente aqueles que eram negocia- dos na China, constituíram a base do comércio europeu, em que se destacou a Holanda. b) A eficiência administrativa de uma empresa co- mercial criada na Holanda, durante o século XVII, favoreceu o surgimento desse país como um dos polos iniciais do fenômeno da globalização. c) A atração por produtos exóticos, de origemoriental, determinou a criação de empresas transnacionais que, durante os séculos XVI e XVII, dominaram o comércio entre Europa e Ásia. d) A China, beneficiada pelo comércio desde o século XVI, rivalizou com a Holanda no predomí- nio comercial, em razão da grande procura por seus produtos, bastante cobiçados na Europa. e) Apesar do intenso fluxo de comércio com o Oriente no século XVII, as mudanças de valores por influência de costumes diferentes aceleraram o declínio da superioridade comercial holandesa. RESPOSTA. B. É preciso verificar que a chave para a in- terpretação dessa questão repousa na identificação da representação do século descrito no texto e a retomada por sinonímia que o texto da questão apresenta. Itens lexicais de ancoragem para compreender essa interpretação: → 1602 - Século XVII. → Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Compa- nhia das Índias Orientais - a primeira grande com- panhia de ações do mundo, criada em 1602 – foi a mãe das multinacionais contemporâneas. O Texto Dissertativo Nas acepções mais comuns do dicionário, o verbo “dissertar” significa “discorrer ou opinar sobre algum tema”. O texto dissertativo apresenta uma ideia básica que começa a ser desdobrada em subitens ou termos menores. Cabe ressaltar que não existe apenas um tipo de dissertação, há mais de uma maneira de o autor escrever um texto dessa natureza. Conceituar, polemizar, questionar a lógica de algum tema, explicar ou mesmo comentar uma notícia são estratégias dissertativas. Vamos dividir essa tipologia textual em dois tipos essencialmente diferentes: o dis- sertativo-expositivo e o dissertativo-argumentativo. Padrão Dissertativo-Expositivo A característica fundamental do padrão expo- sitivo da dissertação é utilizar a estrutura da prosa não para convencer alguém de alguma coisa, e sim para apresentar uma ideia, apresentar um conceito. O princípio do texto expositivo não é a persuasão, é a informação e, justamente por tal fato, ficou conhe- cido como informativo. Para garantir uma boa inter- pretação desse padrão textual, é importante buscar a ideia principal (que deve estar presente na intro- dução do texto) e, depois, entender quais serão os aspectos que farão o texto progredir. → Onde posso encontrar esse tipo de texto? Jornais revistas, sites sobre o mundo de economia e finanças. Diz-se que esse tipo de texto focaliza a função referencial da linguagem. → Como costuma ser o tipo de questão relacionada ao texto dissertativo-expositivo? Geralmente, os elaboradores questionam sobre as informações veiculadas pelo texto. A tendência é que o elabora- dor inverta as informações contidas no texto. → Como resolver mais facilmente? Toda frase que mencionar o conceito ou a quantidade de alguma coisa deve ser destacada para facilitar a consulta. Padrão Dissertativo-Argumentativo No texto do padrão dissertativo-argumentativo, existe uma opinião sendo defendida e existe uma posição ideológica por detrás de quem escreve o texto. Se analisarmos a divisão dos parágrafos de um texto com características argumentativas, perceberemos que a introdução apresenta sempre uma tese (ou hipótese) que é defendida ao longo dos parágrafos. Uma vez feito isso, o candidato deve entender qual é a estratégia utilizada pelo produtor do texto para defender seu ponto de vista. Na verdade, agora é o momento de colocar “a mão na massa” para valer, uma vez que aqueles enunciados que iniciam com “infere-se da argumentação do texto”, “depreende-se dos argu- mentos do autor” serão vencidos caso se observem os fatores de interpretação corretos. Quais são esses fatores? ˃ A conexão entre as ideias do texto (atenção para as conjunções). ˃ Articulação entre as ideias do texto (atenção para a combinação de argumentos). ˃ Progressão do texto. → Os Recursos Argumentativos: Quando o leitor interage com uma fonte textual, deve observar - tratando-se de um texto com o padrão dissertativo-argumentativo - que o autor se vale de recursos argumentativos para construir seu raciocínio dentro do texto. Vejamos alguns recursos importantes: ˃ Argumento de autoridade: baseado na expo- sição do pensamento de algum especialista ou alguma autoridade no assunto. Citações, paráfra- ses e menções ao indivíduo podem ser tomadas ao longo do texto. Tome cuidado para não cair na armadilha: saiba diferenciar se a opinião colocada 13 Lí ng ua P or tu gu es a em foco é a do autor ou se é a do indivíduo que ele cita ao longo do texto. ˃ Argumento com base em consenso: parte de uma ideia tomada como consensual, o que “carrega” o leitor a entender apenas aquilo que o elaborador mostra. Sentenças do tipo todo mundo sabe que é de conhecimento geral que identificam esse tipo de argumentação. ˃ Argumento com fundamentação concreta: basear aquilo que se diz em algum tipo de pesquisa ou fato que ocorre com certa frequência. ˃ Argumento silogístico (com base em um raciocí- nio lógico): do tipo hipotético - Se...então. ˃ Argumento de competência linguística: consiste em adequar o discurso ao panorama linguístico de quem é tido como possível leitor do texto. ˃ Argumento de exemplificação: utilizar casos, ou pequenos relatos para ilustrar a argumentação do texto. Costumamos olhar pouco para fora do Brasil quando tentamos compreender o que estamos vivendo. Faz muito que a distância entre os países de- sapareceu, no plano objetivo. Continuamos, porém, vivendo “isolados do mundo”, como diz uma canção, ainda que apenas na subjetividade. Se pensarmos no que está à nossa volta, na América do Sul, então, mais ainda. Mesmo quando é bem infor- mado, o brasileiro típico se mostra mais capaz de dar notícia do que ocorre na Europa e nos Estados Unidos da América do que em qualquer de nossos vizinhos. É pena, pois estar mais informados sobre o que acontece além das fronteiras pode ajudar muito a que nos entendamos como país. Marcos Coimbra. Olhando à nossa volta. In: Correio Braziliense, 23/9/2007 (com adaptações). 01. (CESPE) O autor do texto, em sua argumentação, opõe o desaparecimento da distância entre os Estados Unidos da América e a Europa, no “plano objetivo”, à preservação dessa distância entre os países da América do Sul, no plano subjetivo. Certo ( ) Errado ( ) Celular Vira ‘Fura-trânsito’ em São Paulo Em uma cidade com tantos problemas no trânsito como São Paulo, a indústria de apps - os aplicativos para celulares e tablets - encontrou terreno fértil para se desenvolver. Aplicativos lançados recentemente ajudam o moto- rista a escapar de alagamentos, a desviar de congestio- namentos e até a saber onde há vagas para estacionar. Um dos mais famosos é o Waze. Criado em Israel, é uma mistura de rede social com GPS, em que moto- ristas compartilham as condições do trânsito e pontos críticos de congestionamento. Uri Levine, fundador e presidente do Waze, diz que a ideia surgiu em suas férias de 2007, ao viajar com amigos. Ele foi o último a sair, ligou para saber como estava o trânsito e evitou engarrafamentos. Situação semelhante ocorreu em São Paulo, na temporada de chuvas de 2010. Noel Rocha trabalhava no centro e precisava passar pelo túnel do Anhangabaú - famoso pelos alagamentos. Preso no trânsito, ele queria saber se o túnel estava fechado. “Tentei, pelo celular, o site do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), mas achei muito complicado.” Foi aí que teve a ideia de criar o Alaga SP, aplicativo que mostra os alagamentos ativos em São Paulo a partir de informações da prefeitura. Além do Waze e do Alaga SP, destacam-se o Moovit - que oferece informações sobre o transporte público (ônibus, trens etc.) -, o Maplink - que mostra rotas, con- dições de trânsito e exibe imagens dos principais corre- dores através de um sistema de coleta de informações próprio - e o Apontador Rodoviário, que traça rotas e mostra a localização de pedágios com seus preços.(André Monteiro, Folha de S.Paulo, 10.03.2013. Adaptado) 02. (VUNESP) Os aplicativos mencionados no texto têm, em comum, a finalidade de: a) Oferecer aos usuários opções para contornarem os problemas no trânsito. b) Substituir os órgãos públicos na fiscalização do tráfego de veículos. c) Auxiliar os pedestres e acabar com os atropela- mentos nas grandes cidades. d) Orientar os motoristas que desconhecem as prin- cipais leis de trânsito. e) Reduzir o número de carros por habitante na cidade de São Paulo. 03. (VUNESP) Uri Levine e Noel Rocha idealizaram os aplicativos Waze e Alaga SP, respectivamen- te, a partir: a) Da conversa com amigos que reclamavam do trânsito. b) De suas experiências concretas como motoristas. c) De situações em que se viram presos em engarra- famentos. d) Da impossibilidade de viajar devido a alagamentos. e) Da cópia de aplicativos idênticos que faziam sucesso no mercado. “Quando paro com meu carro no semáforo, já olho se o caminho que vou fazer está congestionado. Se estiver, pego uma alternativa e, se também estiver travada, uso o aplicativo para avisar os outros motoristas.” 04. (VUNESP) Considerando as descrições dos apli- cativos apresentadas no texto, pode-se concluir que esse comentário se refere ao uso do: a) Waze. b) Alaga SP. c) Moovit. d) Maplink. e) Apontador Rodoviário. Leia o primeiro parágrafo: Em uma cidade com tantos problemas no trânsito como São Paulo, a indústria de apps – os aplicativos para celulares e tablets - encontrou terreno fértil para se desenvolver. 05. (VUNESP) A expressão terreno fértil pode ser substituída, sem alteração da mensagem, por: a) Necessidade restrita. b) Cenário conturbado. c) Condições propícias. d) Ferramentas exóticas. e) Momento contraditório. 14 Lí ng ua P or tu gu es a Observe a passagem do terceiro parágrafo: Criado em Israel, é uma mistura de rede social com GPS, em que motoristas compartilham as condições do trânsito e pontos críticos de congestionamento. 06. (VUNESP) O termo críticos, em destaque, é em- pregado com o sentido de: a) Distintos. b) Provisórios. c) Sugestivos. d) Problemáticos. e) Analíticos. O novo milênio - designado como era do conheci- mento, da informação - é marcado por mudanças de re- levante importância e por impactos econômicos, políti- cos e sociais. Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes como essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma baseada no conheci- mento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas. Há, portanto, que se fazer esforço redobrado para iden- tificar e compreender esses novos processos - o que exige o desenvolvimento de um novo quadro concei- tual e analítico que permita captar, mensurar e avaliar os elementos que determinam essas mudanças - e para distinguir, entre as características e tendências emer- gentes, as que são mais duradouras das que são transi- tórias, ou seja, lidar com a necessidade do que Milton Santos resumiu como distinguir o modo da moda. No novo padrão técnico-econômico, notam-se a crescente inovação, intensidade e complexidade dos conhecimentos desenvolvidos e a acelerada incorpora- ção desses nos bens e serviços produzidos e comercia- lizados pelas organizações e pela sociedade. Destacam- -se, sobretudo, a maior velocidade, a confiabilidade e o baixo custo de transmissão, armazenamento e proces- samento de enormes quantidades de conhecimentos codificados e de outros tipos de informação. Helena Maria Martins Lastres et al. Desafios e oportunidades da era do conhecimento. In: São Paulo em Perspectiva, 16(3), 2002, p. 60-1 (com adaptações). A partir das ideias e dos argumentos suscitados pelo texto, julgue os itens subsequentes. 07. (CESPE) Da leitura do texto infere-se que o novo milênio engloba a era do conhecimento, em que a vantagem competitiva decorrente da produção e comercialização de bens e serviços ocorrerá por meio da geração do conhecimento, que permitirá a manutenção do potencial inovador das organi- zações. Certo ( ) Errado ( ) 08. (CESPE) No texto, é abordada a necessidade de se lidar com as tendências e mudanças derivadas das novas formas de conhecimento, objeto do que se denomina, hoje, por era do conhecimento. Certo ( ) Errado ( ) O setor de tecnologias da informação e comunica- ção (TICs) impulsiona um conjunto de inovações técni- co-científicas, organizacionais, sociais e institucionais, gerando novas possibilidades de retorno econômico e social nas mais variadas atividades. Por contribuir para a elevação do valor agregado da produção, com reflexos positivos no emprego, na renda e na qualidade de vida da população, esse ramo vem obtendo status privilegiado em diversas políticas e programas nacio- nais para a ampliação do acesso às telecomunicações, aceleração da informatização e mitigação da exclusão digital. Como exemplo, podem ser destacadas as pro- postas de fortalecimento da competitividade inseridas no âmbito da Política de Desenvolvimento Produtivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que são imprescindíveis em face do panorama da crise financeira internacional. Cristiane Vianna Rauen et al. Relatório de acompanhamento setorial. In: Tecnologias de informação e comunicação, v. III. UNICAMP e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, ago./2009, p. 10-1 (com adaptações). No que diz respeito aos argumentos e às estruturas lin- guísticas do texto acima, julgue o próximo item: 09. (CESPE) Da leitura do texto depreende-se que as TICs representam a nova base tecnoprodutiva em conhecimento e podem ser consideradas as prin- cipais difusoras de progresso técnico nos dias de hoje, além de constituírem elemento estratégico das organizações e instituições. Certo ( ) Errado ( ) Crescimento da População é “Desafio do Século”, Diz Consultor da ONU O crescimento populacional é o “desafio do século” e não está sendo tratado de forma adequada na Rio+20, segundo o consultor do Fundo de População das Nações Unidas, Michael Herrmann. “O desafio do século é promover bem-estar para uma população grande e em crescimento, ao mesmo tempo em que se assegura o uso sustentável dos recursos naturais” [...] “As questões relacionadas à população estão sendo tratadas de forma adequada nas negociações atuais? Eu acho que não. O assunto é muito sensível e muitos preferem evitá-lo. Mas nós es- taremos enganando a nós mesmos se acharmos que é possível falar de desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no planeta, onde esta- remos vivendo e que estilo de vida teremos”, afirmou. No fim do ano passado, a população mundial atingiu a marca de sete bilhões de pessoas. As proje- ções indicam que, em 2050, serão 9 bilhões. O cresci- mento é mais intenso nos países pobres, mas Herrmann defende que os esforços para o enfrentamento do problema precisam ser globais. “Se todos quiserem ter os padrões de vida do cidadão americano médio, precisaremos ter cinco planetas para dar conta. Isso não é possível. Mas também não é aceitável falar para os países em desen- volvimento ‘desculpa, vocês não podem ser ricos, nós não temos recursos suficientes’. É um desafio global, que exige soluções globais e assistência ao desenvolvi- mento”, afirmou. O consultor disse ainda que o Fundo de População da ONU é contrário a políticas de controle compulsório do crescimento da população. Segundo ele, as políticas mais adequadas são aquelas que permitem às mulheres fazerem escolhas sobre o número de filhos que querem e o momento certo para engravidar. Para isso, diz, é ne- cessário ampliar o acesso à educação e aos serviços de saúde reprodutiva e planejamento familiar. [...] MENCHEN, Denise. Crescimento da população é “desafio do século”, diz consultor da ONU. Folha de São Paulo. São Paulo, 11 jun. 2012. Ambiente. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/ambien- te.1103277-crescimento-da-populacao-e-desafio-do--seculo-diz-consultor-da-onu.shtml>. Acesso em: 22 jun. 2012. Adaptado. 15 Lí ng ua P or tu gu es a 10. (CESGRANRIO) No Texto I, Michael Herrmann, consultor do Fundo de População das Nações Unidas, afirma que tratar o crescimento popula- cional de forma adequada significa: a) Enfrentar o problema de forma localizada e evitar soluções globalizantes. b) Permitir a proliferação dos padrões de vida do cidadão americano e rechaçar a miséria. c) Evitar o enriquecimento dos países emergentes e incentivar a preservação ambiental nos demais. d) Implementar uma política de controle populacio- nal compulsório e garantir acesso à educação e aos serviços de saúde reprodutiva. e) Promover o bem-estar da população e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais. 01 ERRADO 06 D 02 A 07 CERTO 03 B 08 CERTO 04 A 09 CERTO 05 C 10 E ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 59 M at em át ic a CAPÍTULO 01 Funções, Função Afim e Função Quadrática Neste capítulo será abordado um assunto de grande importância para a matemática Definições, Domínio, Contradomí- nio e Imagem A função é uma relação estabelecida entre dois conjuntos A e B, em que exista uma associação entre cada elemento de A com um único de B por meio de uma lei de formação. Matematicamente, podemos dizer que função é uma relação de dois valores, por exemplo: ƒ(x) = y, sendo que x e y são valores, nos quais x é o domínio da função (a função está dependendo dele) e y é um valor que depende do valor de x, sendo a imagem da função. As funções possuem um conjunto chamado domínio e outro chamado de imagem da função, além do contradomínio. No plano cartesiano, que o eixo x representa o domínio da função, enquanto no eixo y apresentam-se os valores obtidos em função de x, constituindo a imagem da função (o eixo y seria o con- tradomínio da função). Demonstração: Com os conjuntos A = {1, 4, 7} e B = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} cria-se a função f: A → B definida por ƒ(x) = x + 5, que também pode ser representada por y = x + 5. A representação, utilizando conjuntos, desta função é: A B 1 4 7 1 4 8 7 6 9 12 O conjunto A é o conjunto de saída e o B é o conjunto de chegada. Domínio é um sinônimo para conjunto de saída, ou seja, para esta função o domínio é o próprio conjunto A = {1, 4, 7}. Como, em uma função, o conjunto de saída (domínio) deve ter todos os seus elementos relaciona- dos, não precisa ter subdivisões para o domínio. O domínio de uma função também é chamado de campo de definição ou campo de existência da função, e é representado pela letra “D”. O conjunto de chegada “B”, também possui um sinônimo, é chamado de contradomínio, representado por “CD”. Note que se pode fazer uma subdivisão dentro do contradomínio. Podemos ter elementos do contrado- mínio que não são relacionados com algum elemento do Domínio e outros que são. Por isso, deve-se levar em consideração esta subdivisão. Este subconjunto é chamado de conjunto imagem, e é composto por todos os elementos em que as flechas de relacionamento chegam. O conjunto Imagem é representado por “Im”, e cada ponto que a flecha chega é chamado de imagem. Plano cartesiano Criado por René Descartes, o plano cartesiano consiste em dois eixos perpendiculares,sendo o ho- rizontal chamado de eixo das abscissas e o vertical de eixo das ordenadas. O plano cartesiano foi desenvol- vido por Descartes no intuito de localizar pontos num determinado espaço. As disposições dos eixos no plano formam quatro quadrantes, mostrados na figura a seguir: 2º Quadrante 1º Quadrante 3º Quadrante 4º Quadrante 0 y x O encontro dos eixos é chamado de origem. Cada ponto do plano cartesiano é formado por um par ordenado (x, y), em que x: abscissa e y: ordenada. Raízes Em matemática, uma raiz ou “zero” da função consiste em determinar os pontos de interseção da função com o eixo das abscissas no plano cartesia- no. A função ƒ é um elemento no domínio de ƒ tal que ƒ(x) = 0. Por exemplo, considere a função: ƒ(x) = x2 - 6x + 9 3 é uma raiz de ƒ, porque: ƒ(3) = 32 - 6 . 3 + 9 = 0 Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras; Crescentes, Decrescen- tes e Constantes; Inversas e Com- postas → Função Injetora É toda a função em que cada x encontra um único y, ou seja, os elementos distintos têm imagens distintas. → Função Sobrejetora Toda a função em que o conjunto imagem é exata- mente igual ao contradomínio (y). → Função Bijetora Toda a função que for Injetora e Sobrejetora ao mesmo tempo. → Função Crescente À medida que x “aumenta”, as imagens vão “au- mentando”. Com x1 > x2 a função é crescente para ƒ(x1) > ƒ(x2), isto é, aumentando valor de x, aumenta o valor de y. → Função Decrescente À medida que x “aumenta”, as imagens vão “dimi- nuindo” (decrescendo). Com x1 > x2 a função é crescente para ƒ(x1) < ƒ(x2), isto é, aumentando x, diminui o valor de y. 60 M at em át ic a → Função Constante Em uma função constante qualquer que seja o elemento do domínio, eles sempre terão a mesma imagem, ao variar x encontra-se sempre o mesmo valor y. → Função Inversa Dada uma função ƒ: A → B, se f é bijetora, se define a função inversa f-1 como sendo a função de B em A, tal que ƒ-1 (y) = x. Exemplo: Determine a INVERSA da função definida por: y = 2x + 3 Trocando as variáveis x e y: x = 2y + 3 Colocando y em função de x: 2y = x - 3 y = , que define a função inversa da função dada. → Função Composta Chama-se função composta (ou função de função) a função obtida substituindo-se a variável independen- te x por uma função. Simbolicamente fica: ƒog(x) = ƒ(g(x)) ou goƒ(x) = g(ƒ(x)). Exemplo: Dadas as funções ƒ(x) = 2x + 3 e g(x) = 5x, determine goƒ(x) e ƒog(x). goƒ(x) = g[ƒ(x)] = g(2x + 3) = 5(2x + 3) = 10x + 15 ƒog(x) = ƒ[g(x)] = ƒ(5x) = 2(5x) + 3 = 10x + 3 Função Afim Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função ƒ dada por uma lei da forma ƒ(x) = ax + b, cujo a e b são números reais dados e a ≠ 0. Na função ƒ(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo cons- tante. → Gráfico O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a ≠ 0, é uma reta oblíqua aos eixos x e y. -1 y x → Zero e Equação do 1º Grau Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau ƒ(x) = ax + b, a ≠ 0, o número real x tal que f(x) = 0. Assim: → Crescimento e decrescimento A função do 1º grau ƒ(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0). A função do 1º grau ƒ(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo (a < 0). → Sinal Estudar o sinal de qualquer y = ƒ(x) é determinar os valor de x para os quais y é positivo, os valores de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo. Considere uma função afim y = ƒ(x) = ax + b, essa função se anula para a raiz . Há então, dois casos possíveis: I. a > 0 (a função é crescente) y > 0 Y < 0 ax + b < 0 Logo, y é positivo para valores de x maiores que a raiz; y é negativo para valores de x menores que a raiz. x < -b a -b a x > -b a x < 0 x > 0 y X0 II. a < 0 (a função é decrescente) y > 0 ax + b > 0 y < 0 ax + b < 0 Portanto, y é positivo para valores de x menores que a raiz; y é negativo para valores de x maiores que a raiz. + - y 0x y 0 y x x 0 Equações e Inequações do 1º grau → Equação Uma equação do 1º grau na incógnita x é qualquer expressão do 1º grau que pode ser escrita numa das se- guintes formas: ax + b = 0 Para resolver uma equação, basta achar o valor de “x”. → Sistema de Equação Um sistema de equação de 1º grau com duas in- cógnitas é formado por: duas equações de 1º grau com duas incógnitas diferentes em cada equação. Veja um exemplo: Para encontramos o par ordenado solução desse sistema, é preciso utilizar dois métodos para a sua solução. Esses dois métodos são: Substituição e Adição. ˃ Método da substituição: 61 M at em át ic a Esse método consiste em escolher uma das duas equações, isolar uma das incógnitas e substituir na outra equação, veja como: Dado o sistema enumeramos as equações. 1 2 Escolhemos a equação 1 e isolamos o x: x + y = 20 x = 20 - y Equação 2 substituímos o valor de x = 20 - y. 3x + 4 y = 72 3 (20 - y) + 4y = 72 60 - 3y + 4y = 72 - 3y + 4y = 72 - 60 y = 12 Para descobrir o valor de x, basta substituir y por 12 na equação: x = 20 - y. x = 20 - y x = 20 - 12 x = 8 Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12) ˃ Método da adição: Este método consiste em adicionar as duas equações de tal forma que a soma de uma das incógni- tas seja zero. Para que isso aconteça, será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas equações ou apenas uma equação por números inteiros para que a soma de uma das incógnitas seja zero. Dado o sistema: Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma das incógnitas de zero, teremos que multiplicar a primeira equação por - 3. (-3) Agora, o sistema fica assim: Adicionando as duas equações: - 3x - 3y = - 60 + 3x + 4y = 72 y = 12 Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas equações e substituir o valor de y encontrado: x + y = 20 x + 12 = 20 x = 20 - 12 x = 8 Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12) → Inequação Uma inequação do 1º grau na incógnita x é qualquer expressão do 1º grau que pode ser escrita numa das seguintes formas: ax + b > 0; ax + b < 0; ax + b ≥ 0; ax + b ≤ 0. Cujo a, b são números reais com a ≠ 0. Exemplos: » -2x + 7 > 0 » x - 10 ≤ 0 » 2x + 5 ≤ 0 » 12 - x < 0 ˃ Resolvendo uma inequação de 1º grau Uma maneira simples de resolver uma equação do 1º grau é isolarmos a incógnita x em um dos membros da igualdade. Observe dois exemplos: Exemplo: » Resolva a inequação -2x + 7 > 0: -2x > -7 . (-1) 2x < 7 x < 7/2 Logo, a solução da inequação é x < 7/2. » Resolva a inequação 2x - 6 < 0. 2x < 6 x < 6/2 x < 3 Portanto, a solução da inequação é x < 3 Pode-se resolver qualquer inequação do 1º grau por meio do estudo do sinal de uma função do 1º grau, com o seguinte procedimento: ˃ Iguala-se a expressão ax + b a zero; ˃ Localiza-se a raiz no eixo x; ˃ Estuda-se o sinal conforme o caso. Exemplo: -2x + 7 > 0 -2x + 7 = 0 x = 7/2 x < 7/2 7/2 x 2x - 6 < 0 2x - 6 = 0 x = 3 x < 3 x 3 62 M at em át ic a Função Quadrática Chama-se função quadrática, ou função polino- mial do 2º grau, qualquer função ƒ de IR em IR dada por uma lei da forma ƒ(x) = ax2 + bx + c, em que a, b e c são números reais e a ≠ 0. → Gráfico O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, é uma curva chamada parábola. (1 , 0) (0, 0) (-2, 2) 2 (1, 2) 0 4 6 8 y (-3, 6) (2, 6) Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, note sempre que: Se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima; Se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo; → Zero e Equação do 2º Grau Chama-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau ƒ(x) = ax2 + bx + c, a ≠ 0 os números reais x tais que ƒ(x) = 0. As raízes da função ƒ(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0, as quais são dadas pela chamada fórmula de Bhaskara: x = Temos: ƒ(x) = 0x = A quantidade de raízes reais de uma função qua- drática depende do valor obtido para o radicando ∆ = b2 - 4 . a . c , chamado discriminante, a saber: ˃ Quando ∆ é positivo, há duas raízes reais e dis- tintas; ˃ Quando ∆ é zero, há só uma raiz real (para ser mais preciso, há duas raízes iguais); ˃ Quando ∆ é negativo, não há raiz real. → Coordenadas do vértice da parábola Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V. Em qualquer caso, as coordenadas de V são: (xv, yv) = . Veja os gráficos: x0 y V x0 y V → Imagem O conjunto-imagem “Im” da função y = ax2 + bx + c, a ≠ 0, é o conjunto dos valores que y pode assumir. Há duas possibilidades: ˃ Quando a > 0 Im = a > 0 y vy v x v x0 ˃ Quando a < 0, Im = a < 0 xy0 v yv vx 63 M at em át ic a → Sinal Considerando uma função quadrática y = ƒ(x) = ax2 + bx + c e determinando os valores de x para os quais y é negativo e os valores de x para os quais y é positivo. Conforme o sinal do discriminante ∆ = b2 - 4ac podemos ocorrer os seguintes casos: ∆ > 0 Nesse caso, a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 ≠ x2). A parábola intercepta o eixo x em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo: x y > 0 0 y x 1 y < 0 y > 0 x 2 ˃ Quando a > 0 y > 0 (x < x1 ou x > x2); y < 0 x1 < x < x2) y < 00 y x y > 0 y < 0 X2x1 ˃ Quando a < 0 y > 0 x1 < x < x2; y < 0 (x < x1 ou x > x2) ∆ = 0 x1 = x2 y > 0 0 y x y > 0 ˃ Quando a > 0 y < 0 0 y < 0 1 2=X X ˃ Quando a < 0 ∆ < 0 0 X Y Y > 0 ˃ Quando a > 0 y < 0 0 y x ˃ Quando a < 0 Equações e Inequações do 2º grau → Equação Uma equação do 2º grau na incógnita x é uma ex- pressão do 2º grau que pode ser escrita numa das se- guintes formas: ax² + bx + c = 0 Para resolver uma equação basta achar os valores de “x”. → Inequação Uma inequação do 2º grau na incógnita x é uma ex- pressão do 2º grau que pode ser escrita numa das se- guintes formas: ax² + bx + c > 0; ax² + bx + c < 0; ax² + bx + c ≥ 0; ax² + bx + c ≤ 0. Para resolver uma inequação do 2º grau deve-se estudar o sinal da função correspondente à equação. ˃ Igualar a sentença do 2º grau a zero; ˃ Localizar as raízes da equação no eixo x, se existir; ˃ Estudar o sinal da função correspondente, tendo-se como possibilidades: 64 M at em át ic a a > 0 0 1 2 X XX - + + = 1 2 XXX + + + + a < 0 - =1 2XX- - - - - 1X 2X X X + Exemplo: Resolva a inequação -x² + 4 ≥ 0. -x² + 4 = 0 x² - 4 = 0 x1 = 2 e x2 = -2 - - -2 2 X X + → Inequação Produto Resolver uma inequação produto consiste em en- contrar os valores de x que satisfaçam a condição es- tabelecida pela inequação. Para isso, utilizamos o estudo do sinal de uma função. Observe a resolução da seguinte equação produto: (2x + 6) . (-3x + 12) > 0. Estabeleça as seguintes funções: y1 = 2x + 6 e y2= - 3x + 12 Determinando a raiz da função (y = 0) e a posição da reta (a > 0 crescente e a < 0 decrescente). y1 = 2x + 6 2x + 6 = 0 2x = - 6 x = -3 - -3 X + y2 = -3x + 12 -3x + 12 = 0 -3x = -12 x = 4 - 4 X + Verificando o sinal da inequação produto (2x + 6) . (-3x + 12) > 0. Observe que a inequação produto exige a seguinte condição: os possíveis valores devem ser maiores que zero, isto é, positivos. - -3 y + 4 + + + + - - -1 2 1 2 y y y. Por meio do esquema que demonstra os sinais da inequação produto y1 . y2, pode-se chegar à seguinte conclusão quanto aos valores de x = x Є R / -3 < x < 4 → Inequação quociente Na resolução da inequação quociente, utilizam- -se os mesmos recursos da inequação produto, o que difere é que, ao calcularmos a função do denomina- dor, precisamos adotar valores maiores ou menores que zero e nunca igual a zero. Observe a resolução da seguinte inequação quociente: Resolver as funções y1 = x + 1 e y2 = 2x – 1, determi- nando a raiz da função (y = 0) e a posição da reta (a > 0 crescente e a < 0 decrescente). y1 = x + 1 x + 1 = 0 x = -1 - -1 X + y2 = 2x - 1 2x - 1 = 0 2x = 1 x = 1/2 - 1/2 X + - -1 y + 2 + + ++ - 1 2 1 2 y y y 1- - - - Com base no jogo de sinal, conclui-se que x assume os seguintes valores na inequação quociente: x Є R / -1 ≤ x < 1/2. 65 M at em át ic a 01. Em uma festa comunitária, uma barraca de tiro ao alvo dá ao cliente um prêmio de R$ 30,00, cada vez que o mesmo acerta a área central do alvo. Caso contrário, o cliente paga R$ 10,00. Um indivíduo deu 50 tiros e pagou R$ 100,00. Nessas condições, o número de vezes que ele ERROU o alvo foi: a) 10 b) 20 c) 25 d) 35 e) 40 RESPOSTA: E. Questão de sistema. Montando o sistema conforme o enunciado, temos: X = acertos Y = erros Lembrando que o -10 e o -100 significa que eles tiveram que pagar. Aplicando o método da soma: 40x = 400 X = 400/40 X = 10 acertos x + y = 50 10 + y = 50 Y = 50 - 10 Y = 40 erros 01. Dada a função ƒ: N → R, onde N é o conjunto de números naturais e R é o conjunto de números reais, definida por ƒ(x) = 2x2 - 7x + 5, calcule o valor de x para ƒ(x) = 0 e marque a opção correta. a) 0 b) 1 c) 5/2 d) 5 e) 11 02. Se f é uma função real definida por ƒ(x) = 2x - 3 e g é a inversa de ƒ, o valor de g(1) é: a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 03. Dada a função ƒ(x) = 3x + k, para que se tenha ƒ(2) = 5, o valor de k deve ser: a) 3 b) 0 c) -1 d) -2 04. A medição do consumo de energia elétrica é feita em Quilowatt-hora (kWh). Em uma determina- da cidade, o valor da conta da energia elétrica é composto por três valores, a saber: o de kWh consumidos, o dos impostos sobre o valor dos kWh consumidos e o da taxa fixa de iluminação pública. Os valores dos kWh consumidos e dos impostos são obtidos, respectivamente, pelas funções E = 0,54 k e I = 0,17 E onde E é o valor consumo em Reais (R$), k a quantidade kWh consumidos no período e I o valor dos impostos. Sabendo-se que o valor da taxa fixa de iluminação pública é de R$ 2,50 , então a função que calcula o valor da conta da energia elétrica C nesta cidade pode ser representada por: a) C = 0,54k - 0,17E + 2,50 b) C = 0,54k + 0,17 + 2,50 c) C = (0,54) . (0,17E) + 2,50 d) C = 0,0918k + 2,50 e) C = 0,6318k + 2,50 05. Considere o conjunto A = {0, 1, 2, 3} e a função ƒ: A → A tal que f(3) = 1 e ƒ(x) = x + 1, se x ≠ 3 A soma dos valores de x para os quais (ƒoƒoƒ)(x) = 3 é: a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 06. Se a raiz da equação ƒ o ƒ = 10 é: a) 1/3 b) 4/3 c) 5/3 d) 7/3 e) 8/3 07. Para quais valores de x Є R a função é menor que 2? a) 2 < x < 3 b) x < 2 ou x > 3 c) x < -2 ou x > 3 d) x > - 3 e) -2 < x < 3 08. Sejam ƒ(x) = 4x + 2 e g(x) = x - 5. Qual é o valor da soma m + n para que ƒ(m) = n e g(n) = m? a) 3 b) 8 c) 7 d) 4 e) 9 09. Sejam ƒ(x) = 2x + 5 e g(x) = - x + 2. Qual é o valor de x para que ƒ-1(x) = g-1 (x)? a) 3 b) 5 c) 4 d) 2 e) 1 66 M at em át ic a 10. A função geradora do gráfico abaixo é do tipo y = mx + n: 9 y 30 -2 1 X Então, o valor de m3 + n é: a) 2 b) 3 c) 5 d) 8 e) 13 11. Seja f: R+ → R dada por f(x) = e g: R → R+ dada por g(x) = x2 + 1. A função composta (g ○ f)(x) é dada: a) b) x + 1 c) d) e) x2 + 1 12. Sendo x e y números reais, admita que o símbolo ♠ indique a seguinte operação entre x e y: De acordo com a definição dada, é igual a: a) 0,9 b) 0,75 c) 0,6 d) 0,45 e) 0,3 13. Se , então é necessariamente verdade que: a) x2 + 2x ≠ 200 e y = 200 b) x2 + 2x = 200 e y = 200 c) x2 + 2x = 200 e y ≠ 200 d) x = 0 e y ≠ 0 e) x ≠ 0 e y = 200 14. Sejam f(x) = 2x + 5 e g(x) = - x + 2. Qual é o valor de x para que f-1(x) = g-1(x)? a) 3 b) 5 c) 4 d) 2 e) 1 15. Se a raiz da equação f ○ f = 10 é: a) 1/3 b) 4/3 c) 5/3 d) 7/3 e) 8/3 16. A equipe de teste de uma revista automobilística avaliou o consumo de combustível de um deter- minado modelo de automóvel. O teste consistia em cada membro da equipe percorrer, com o automóvel, um mesmo trecho de estrada cincovezes, em velocidade constante, porém, cada vez a uma velocidade diferente. A equipe chegou à conclusão de que a velocidade econômica era de 60 km/h e de que o gráfico correspondente ao consumo era parte de uma parábola. Nessas con- dições, pode-se afirmar que o consumo de com- bustível, em litros, no teste feito, à velocidade de 120 km/h, foi de: 16 8 20 60 100 120 Velocidade (km/h) Co ns um o (li tr os ) a) 27 b) 26 c) 25 d) 24 e) 22 17. Uma loja de eletrodomésticos possui 1.600 unidades de liquidificadores em estoque. Uma recente pesquisa de mercado apontou que seriam vendidas 800 unidades a um preço de R$ 300,00, e que cada diminuição de R$ 5,00, no valor do produto, resultaria em 20 novas vendas. Qual valor de venda, em reais, permite que a receita seja máxima? a) 230,00 b) 240,00 c) 250,00 d) 270,00 e) 280,00 67 M at em át ic a 18. Para repor o estoque de sua loja, Salma compra certo artigo ao preço de R$ 28,00 a unidade. Suponha que Salma estime que, se cada artigo for vendido ao preço unitário de X reais, ela con- seguirá vender (84 - X) unidades. De acordo com essa estimativa, para que seja obtido o maior lucro possível, o número de artigos que deverão ser vendidos é: a) 84 b) 70 c) 56 d) 42 e) 28 01 B 10 B 02 C 11 B 03 C 12 B 04 E 13 C 05 B 14 A 06 E 15 E 07 B 16 B 08 C 17 C 09 A 18 E ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ___________________________________________ ____________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ 90 G eo gr af ia CAPÍTULO 01 Construção Espaço-Temporal do Território Pernambucano O Nordeste é uma das cinco macrorregiões geográ- ficas do IBGE ao lado de Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Norte. Nele, o estado de Pernambuco ocupa a porção Oriental, sendo banhado pelo Oceano Atlântico. Sua configuração geográfica longitudinal, ou seja, alongado no destino ocidental-oriental (Leste-Oes- te), faz com que o litoral pernambucano seja um dos menores do país e da região, com 187 quilômetros, e o deixa totalmente situado na zona Tropical, visto que seus pontos extremos norte e sul são 7°15’ S e 9° 27’ S, respectivamente. Já na direção Leste-Oeste, as distân- cias são muitos maiores. Os pontos extremos longitu- dinais do estado são 34°48’ e 41°19’; isso faz com que popularmente muito se diga que o estado de Pernam- buco é uma “espinha de peixe! ”. A composição territorial pernambucana se alonga no sentido Leste-Oeste e faz com que as distâncias nesse sentido sejam enormes. Por exemplo, é muito mais longa uma viagem entre Recife e Petrolina, realizada inteiramente no território de Pernambuco (770 km), do que uma viagem Recife-Natal, em que se cortam territórios de três estados, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte (295 km). Fonte: BASE CARTOGRÁFICA: Arquivo Gráfico Municipal (Agência CONDEPE/FIDEM – FIAM – IBGE, 1998) – BASE TEMÁTICA: Labora- tório de Meteorologia de Pernambuco – LAMEPE) Pernambuco faz divisa com vários estados nordesti- nos, exceto Sergipe, Rio Grande do Norte e Maranhão. Ao norte faz divisa com Ceará e Paraíba, ao leste com o Oceano Atlântico, ao Sul com Alagoas e Bahia e a oeste com Piauí. Localização de Pernambuco no Nordeste Fonte: http://centros.bvsalud.org/public/presentation/images De onde vem Pernambuco? A origem do nome Pernambuco é controversa. Para alguns estudiosos, o nome vem do tupi-guarani “paranambuco”, junção de para’nã (rio caudaloso) e pu’ka (arrebentar, furar, romper), e seu significado é o de “buraco no mar”, pois os índios usavam o termo em relação aos navios que furavam a barreira de recifes. Outros estudiosos,no entanto, afirmam que esse era a nome que os indígenas locais, na época do des- cobrimento, davam ao pau-brasil. Outra explicação presente, publicada no site Memorial Pernambuco, diz que a palavra indígena Paranãpuka, que significa “buraco no mar”, era a forma como os índios conheciam a foz do rio Santa Cruz, que separa a ilha de Itamaracá do continente, ao norte do Recife, tendo caminhado daí para suas formas primitivas Perñabuquo e Fernambouc. “Em o meio desta obra alpestre, e dura, Uma bôca rompeu o Mar inchado, Que na língua dos bárbaros escura, Paranambuco, de todos é chamado. De Parana que é Mar, Puca - rotura, Feita com fúria dêsse Mar salgado, Que sem no derivar, cometer míngua, Cova do Mar se chama em nossa língua. Bento Teixeira, Prosopopeia, 1601. Formação Territorial de Pernambuco Em consequência da configuração espacial que apresenta e do processo de povoamento que ocorreu, o espaço pernambucano oferece, do litoral para o interior, uma sucessão de paisagens diferenciadas, marcadas por uma grande diversidade de ecossistemas. Em março de 1534, o Brasil foi dividido em Capitanias Hereditárias, que tinham como objetivo povoar a colônia e proteger as terras recém-descobertas de possíveis in- vasores. As Capitanias Hereditárias foram formadas por faixas lineares de terra, indivisíveis e inalienáveis. A capitania de Pernambuco, inicialmente chamada de Nova Lusitânia, foi criada por decreto do Rei Dom João III, em setembro de 1534, que transferiu para Duarte Coelho Pereira esse território. Ela compreendia a porção litorânea que ia da foz do rio Santa Cruz, na ilha de Itamaracá até a foz do rio São Francisco. Capitanias Hereditárias Fonte: Mapa de 1649, Cartógrafo Henricus Hondius. 01b – Itamara- cá e Pernambuco. 91 G eo gr af ia Na região litorânea das capitanias de Itamaracá e Pernambuco, desenvolveram-se povoados, e hoje formam um grande aglomerado urbano. Em 1537, Olinda surgiu da necessidade de um local privilegiado na defesa contra invasores, já que ela se localizava em uma colina e de lá se tinha uma visão dos deltas dos rios Capibaribe e Beberibe, e tornou-se a capital da Capitania. Recife foi fundado pelos portugueses e pos- teriormente dominado pelos holandeses. No período holandês, a cidade passou por muitas transformações em seu espaço físico e passa a ser de fato capital de Pernambuco. Itamaracá se estendia por trinta léguas de terras, da foz do rio Santa Cruz até a baía da Traição, onde se confrontava com a capitania do Rio Grande. A delimitação da capitania ocorreu antes de seu po- voamento, o que não é exclusividade dessa capitania, e o processo de ocupação alterou a configuração da ca- pitania. O povoamento se iniciou logo após a chegada do donatário, que se limitou a estabelecer pontos povoados por brancos no litoral e a dominar os índios até as margens do São Francisco, onde foi fundada a vila de Penedo, de vez que o povoamento baiano logo atingiria o território sergipano e se instalaria na cidade de São Cristóvão. São Cristóvão, a primeira capital de Sergipe foi fundada por Cristóvão de Barros, que chegou à região em 1589 com o objetivo de conquistar o território sergipano. Em 1º de janeiro de 1590, o conquistador venceu uma batalha contra piratas franceses, cons- truiu um forte e fundou uma povoação com o nome de São Cristóvão, que depois seria a primeira capital do Estado de Sergipe. São Cristóvão é considerada a quarta cidade mais antiga do Brasil foi palco de várias batalhas. Ao norte do território, os donatários não conse- guiram efetivar o povoamento, exceto em Itamaracá, onde antes da implantação da capitania, já existiam fei- torias, uma delas a de Conceição, atual Vila Velha, que se tornou capital do território de Pero Lopes. Para a conquista do território, ameaçado por ataques nativos, o Governo Geral bancou expedições à região, hoje paraibana, consolidando a conquista em 1585, quando foi fundada Filipeia de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, capital paraibana. O avanço para o norte prosseguiu e, em 1598, era ocupada a foz do rio Potengi, implantando o forte dos Reis Magos, inaugurando a cidade de Natal. Filipeia e Natal foram inauguradas como cidades, enquanto Olinda continuava a ser uma vila, porque elas foram edificadas em capitanias da Coroa, enquanto Olinda está em capitania de donatário. A capitania da Parayba foi formulada com o desmembramento da porção norte de Itamaracá e da porção Sul da capitania do Rio Grande. O avanço pernambucano continuou pelo Litoral Norte. Em 1603, era tentada a implantação da capita- nia do Ceará e, em 1614, as forças partidas de Olinda eram enviadas ao território maranhense para acabar com a França Equinocial. Denomina-se França Equinocial aos esforços fran- ceses de colonização da América do Sul, em torno da linha do Equador no século XVII. O estabelecimento da chamada França Equinocial iniciou-se em março de 1612, quando uma expedição francesa partiu do porto de Cancale, na Bretanha, sob o comando de Daniel de La Touche. Em seguida as forças vitoriosas no Maranhão foram enviadas à foz do rio Tocantins, no delta do Amazonas, e lá fundaram o forte do Presépio e a cidade de Santa Maria de Belém do Pará. No século XVI, a formação da capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia e a expansão em direção ao norte, conquistando terras aos indígenas e aos franceses; nos meados do século XVII, garantiu a Pernambuco uma hegemonia/supremacia sobre as capitanias da região norte. Pernambuco só deixou de ser capitania heredi- tária após a expulsão dos holandeses, e passou a ser administrada diretamente pela Coroa. No século XVIII, algumas capitanias foram absorvidas por outras ou desmembradas de outras e o território passou a ser dividido em capitanias gerais e capitanias subalternas. Pernambuco, nesse contexto, devido à suas extensões territoriais, era uma Capitania Geral, enquanto Ceará, Itamaracá, Rio Grande e Paraíba eram subalternas. O território do Piauí, que teve sua formação realiza- da por movimentos que partiram da Bahia e subiram os rios da vertente Atlântica, e em seguida, o São Francis- co e seus afluentes da margem esquerda, ficou depen- dente de Pernambuco até 1745, quando passou a fazer parte da jurisdição maranhense. Itamaracá foi anexada ao de Pernambuco em 1763. O Ceará e a Paraíba foram tutelados por Pernambuco até 1799, quando foram desmembrados e o estado do Rio Grande ficou sob o domínio pernambucano até 1808. A chegada dos holandeses no Brasil não se consti- tuiu em fato isolado da História mundial. A conquista de Pernambuco e outras cinco capitanias do Nordeste açucareiro com o fim de diminuir a capacidade econô- mica da monarquia ibérica e incrementar o seu domínio das rotas comerciais do Atlântico foi uma realidade que até os dias atuais deixou marcas na história do estado. Em 1630, a capitania foi invadida pela Companhia das Índias Ocidentais. Por ocasião da União Ibérica (1580 a 1640), a então chamada República Holandesa, 92 G eo gr af ia antes dominados pela Espanha, tendo depois conse- guido sua independência através da força, viu em Per- nambuco a oportunidade para impor um duro golpe na Espanha, ao mesmo tempo em que tirariam o prejuízo do fracasso na Bahia, uma vez que Pernambuco era o principal centro produtivo da colônia. Entre 1630 e 1654, Recife passa por inúmeras trans- formações em seu espaço físico, mangues são aterra- dos, pontes são construídas, camboas são drenadas e com todas estas melhorias empregadas. Recife passa a ser de fato a Capital de Pernambuco. Olinda é destruí- da por um incêndio em 1630. Com a chegada do conde alemão, João Maurício de Nassau-Segem, em janeiro de 1637, aconteceram os primeiros melhoramentos no porto e a execução do primeiro plano urbanístico da cidade do Recife. O ar- quiteto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como o palácio de Freeburg, sede do poder de Nassau naNova Holanda, e do prédio do observatório astronômico, tido como o primeiro do Novo Mundo. Conde Maurício de Nassau. Neste momento, o governo passou a residir no Recife, onde estava sendo erguida a cidade Maurícea (Mauritzstadt), segundo os moldes norte-europeus, sobre a então chamada ilha de Antônio Vaz (atual bairro de Santo Antônio e uma parte do bairro de São José). A Ilha era basicamente guarnecida por duas for- talezas: ao Norte pelo forte Ernesto e ao Sul pelo forte das Cinco Pontas. Fonte: upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/96/Recife- -Map1665.jpg Em 28 de fevereiro de 1644, o Recife (atualmente o Bairro do Recife) foi ligado à Cidade Maurícia com a construção da primeira ponte da América Latina. Ponte Maurício de Nassau, Recife. Durante o governo de Nassau, Recife foi conside- rada a mais cosmopolita cidade das Américas, e tinha a maior comunidade judaica de todo o continente, que construiu, à época, a primeira sinagoga do Novo Mundo, a Kahal Zur Israel. O Governo de Nassau urba- nizou o Recife, providenciou a construção de pontes e de obras sanitárias, dotou a cidade de um jardim botânico, de um jardim zoológico e de um observatório astronômico. Nesse período, a Companhia das Índias Ocidentais concedeu crédito aos senhores de engenho, destinado ao reaparelhamento dos engenhos, à recu- peração dos canaviais e à compra de escravos. No Palácio de Friburgo, sede do poder de Nassau na Nova Holanda, foi construído o primeiro observatório astronômico do Continente Americano. Por diversos motivos, sendo um dos mais importantes a exoneração de Maurício de Nassau do governo da capitania pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, o povo de Pernambuco se rebelou contra o governo, juntando- -se à fraca resistência ainda existente, num movimento denominado Insurreição Pernambucana. Insurreição Pernambucana Em maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, os principais líderes pernambucanos assinaram compromisso para lutar contra o domínio holandês na capitania. Nós abaixo-assinados nos conjuramos e prome- temos, em serviço da liberdade, não faltar a todo o tempo que for necessário, com toda a ajuda de fazendas e pessoas, contra qualquer inimigo, em res- tauração da nossa pátria; para o que nos obrigamos a manter todo o segredo que nisto convém; sob pena de quem o contrário fizer ser tido por rebelde e traidor e ficar sujeito ao que as leis em tal caso permitam. E debaixo deste comprometimento nós assinamos, em 23 de Maio de 1645”. Assinam: João Fernandes Vieira, António Bezerra, António Cavalcanti, Padre Diogo Ro- drigues da Silva e mais 14 conjurados. Fonte: cvc.institu- to-camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/jose_gerardo Ataque e Tomada de Olinda e do Recife Pelos Holandeses Pernambuco, desde o período dos conflitos com os Holandeses, demonstrou um espírito rebelde autônomo, e suas lideranças admitiam que, tendo os brasileiros expulsados os holandeses em 1654, não deviam obediência total ao rei de Portugal. “Combateremos até o fim e somente após expulso o invasor estrangeiro, iremos a Portugal receber o castigo pela nossa desobediência”. Pernambuco passou ao longo de sua construção histórico-espacial por inúmeras insurreições e revoltas. Entre elas podemos destacar: 93 G eo gr af ia ˃ Guerra dos Mascates (1710-1714): A Guerra dos Mascates foi uma rebelião de caráter nativista, ocorrida em Pernambuco entre os anos de 1710 e 1711, que envolveu as cidades de Olinda e Recife. Com a expulsão dos holandeses do Nordeste, a economia açucareira sofreu uma grave crise. Mesmo assim, a aristocracia rural (senhores de engenho) de Olinda continuava controlando o poder político na capitania de Pernambuco. Por outro lado, Recife se descolava deste cenário de crise graças à intensa atividade econômica dos mascates (como eram chamados os comer- ciantes portugueses na região). Outra fonte de renda destes mascates eram os empréstimos, a juros altos, que faziam aos olindenses. Entre as causas da Guerra dos Mascates, destacamos a disputa entre Olinda e Recife pelo controle do poder político em Pernambuco, a crise econômi- ca na cidade de Olinda, o favorecimento da coroa portuguesa aos comerciantes de Recife, o forte sentimento antilusitano, principalmente entre a aristocracia rural de Olinda e a conquista da eman- cipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. ˃ Conspiração dos Suassunas (1801): Em 1798, o padre Arruda Câmara fundou uma sociedade secreta chamada Areópago de Itambé, provavel- mente ligada à Maçonaria, que tinha por finalida- de tornar conhecido o Estado Geral da Europa e o enfraquecimento dos governos absolutos, devido às ideias democráticas que afloravam à época. Em 1801, influenciados pelos ideais republicanos, os irmãos Suassuna, Francisco de Paula, Luís Francisco e José Francisco de Paula Cavalcante de Albuquer- que, proprietários do Engenho Suassuna lidera- ram uma conspiração que se propunha a elaborar um projeto de independência de Pernambuco. Os conspiradores foram denunciados e presos e, mais tarde, libertados por falta de provas. ˃ Revolução Pernambucana (1817): A Revolu- ção Pernambucana ou Revolução Republicana foi o último movimento de revolta anterior à Independência do Brasil. O movimento conse- guiu ultrapassar a fase conspiratória e atingir a etapa do processo revolucionário de tomada do poder. As causas da Revolução pernambucana estão intimamente relacionadas ao estabeleci- mento e permanência do governo português no Brasil (1808-1821). Quando a Corte portuguesa abandonou Portugal e estabeleceu-se no Brasil, fugindo da invasão napoleônica, adotou uma série de medidas econômicas e comerciais que geraram crescente insatisfação da população colonial. A implantação dos novos órgãos admi- nistrativos governamentais e a transmigração da Corte e da família real portuguesa exigiram vultosas somas de recursos financeiros. Para obtê-las, a Coroa lusitana rompeu com o pacto colonial, concedendo inúmeros privilégios à bur- guesia comercial inglesa, e criou novos impostos e tributos que oneraram as camadas populares e os proprietários rurais brasileiros. Em nenhuma outra região, a impopularidade da Corte portu- guesa foi tão intensa quanto em Pernambuco. Outrora um dos mais importantes e prósperos centros da produção açucareira do Nordeste brasileiro, Pernambuco estava atravessando uma grave crise econômica em razão do declínio das exportações do açúcar e do algodão. Além disso, a grande seca de 1816 devastou a agricultura, provocou fome e espalhou a miséria pela região. O governo provisório durou 75 dias, os revolu- cionários pernambucanos foram derrotados. As lideranças do movimento revolucionário tinham como projeto político o estabelecimento de uma República e a elaboração de uma Constituição, norteadas pelos princípios e ideais franceses de igualdade e liberdade para todos. Apesar do seu fracasso, entrou para a história como o maior movimento revolucionário do período colonial. ˃ Revolta da Junta de Goiana (1821): Em 29 de agosto de 1821, na vila de Goiana, região norte da Província de Pernambuco, um segmento das elites pernambucanas — a um só tempo lide- rança econômica e militar do Norte de Pernam- buco —, aliado a alguns antigos participantes do movimento de 1817, instalaram uma Junta Go- vernativa Provisória com o objetivo de aderir à política das Cortes Constitucionais Portuguesas e desautorizar o governo do representante maior do monarca em Pernambuco, o governador e capitão-general português Luiz do Rego Barreto. A partir de então, durante quase um mês, a Junta de Goiana coexistiu com o Conselho Governativo do Recife – presidido pelo general Rego Barreto. Essas duas representações disputaram a exclu- sividade no controle do governo da província de Pernambuco até finais de outubro de 1821. ˃ Confederação do Equador (1824):O movimen- to começou com uma reação à Constituição ou- torgada por dom Pedro I no mesmo ano, que mantinha o Brasil a um governo centralizador e dava margem à grande submissão aos portugue- ses. Iniciado em Pernambuco, o movimento se alastrou rapidamente para outras províncias da região, como a Paraíba, o Ceará e o Rio Grande do Norte. Ficou conhecido por esse nome, Con- federação do Equador, devido à proximidade da região do conflito com a linha do equador. A conquista do território pernambucano foi feita por determinações e por interesses econômicos. Os portugueses, após o início do povoamento, passaram a fundar vilas e engenhos de açúcar, tornando este o principal produto da Colônia, na região úmida próxima ao litoral. As condições naturais impediram o cultivo da cana de açúcar nas partes interiores do estado, que foi gra- dativamente sendo ocupado pela pecuária. O gado era usado tanto para o abastecimento da área canavieira e o fornecimento de animais de tração, como também, em menor escala, para a produção do couro. A penetração no interior pernambucano margeou o Rio São Francisco (margem esquerda, sobretudo), contornando o Planalto da Borborema. A penetração iniciou-se pelo Sertão e depois chegou ao Agreste per- nambucano, apesar de este ser mais próximo do litoral. As condições naturais, a posição geográfica e a formação econômico-social modelaram o território pernambucano e determinaram sua divisão em mesor- regiões: Litoral-Mata, Agreste e Sertão, que por sua vez se subdividem. 94 G eo gr af ia 01. Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão: a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais. b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ociden- tais. c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do domínio estran- geiro pela população. d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação espa- nhola em Portugal. RESPOSTA: B. Alternativa A. Na realidade a disputa em questão não girava em torno da questão do tráfico de escravos, e sim do açúcar. Alternativa B. A “guerra do açúcar”, isto é, as intensas disputas que se desencadearam, sobretudo, entre Espanha e Holanda, no século XVII, pelo controle da produção e do comércio do açúcar, impeliu os ho- landeses à ocupação do Nordeste do Brasil. A tenta- tiva inicial ocorreu, sem sucesso, na Bahia, em 1624. Depois, em 1630, os holandeses ocuparam a capitania de Pernambuco e lá permaneceram até 1654. Alternativa C. A atividade o que predominava na época era a cana de açúcar. e não o ouro Alternativa D. A assertiva fala sobre o fim da domina- ção espanhola em Portugal, que na realidade já havia ocorrido em 1640. “E se a lição foi aprendida A vitória não será vã. Neste Brasil holandês, Tem lugar pra o português E para o banco de Amsterdã” (Francisco Buarque de Holanda e Rui Guerra, Calabar, O elogio da tradição, pág. 7, 1973) 01. (UPENET/IAUPE) Sobre a Invasão Holandesa em Pernambuco, analise as alternativas a seguir. I. Durante o Governo de João Maurício de Nassau, a Companhia das Índias Ocidentais concedeu crédito aos Senhores de Engenho, destinado ao reaparelhamento dos engenhos, à recuperação dos canaviais e à compra de escravos. II. O empenho da burguesia holandesa em romper o bloqueio econômico, imposto por Felipe II, tinha a finalidade de fundar, no Brasil, uma colônia de povoamento, para abrigar os calvinistas e inter- romper a produção de açúcar no Nordeste bra- sileiro. III. O Governo de Nassau urbanizou o Recife, pro- videnciou a construção de pontes e de obras sanitárias, dotou a cidade de um jardim botânico, de um jardim zoológico e de um observatório as- tronômico. IV. O movimento denominado Batalha dos Guarara- pes teve início com a chegada ao Brasil do conde Maurício de Nassau, nomeado Governador– Geral do Brasil holandês. Estão corretas a) somente I, II e III. b) somente I, III e IV. c) somente I e III. d) somente II e IV. e) somente III e IV. 02. (UPENET/IAUPE) Sobre a Revolução Pernambu- cana de 1817, considere as afirmativas a seguir. I. Tinha como objetivo proclamar uma República e abolir, imediatamente, a escravidão no Nordeste. II. Foi organizada, conforme os ideais da Igualdade, Liberdade e Fraternidade, que inspiravam a Re- volução Francesa. III. Teve como principais causas o aumento dos impostos, a grande seca de 1816, que provocou muita fome no Nordeste, e a crise da agricultura, afetando a produção do açúcar e do algodão. IV. Foi a única rebelião anterior à independência política do Brasil que ultrapassou a fase da cons- piração. Os rebeldes tomaram o poder e perma- neceram no governo por mais de 70 dias. Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas. a) Somente I, II e III. b) Somente I, II e IV. c) Somente I, III e IV. d) Somente II, III e IV. e) I, II, III e IV. 03. Leia o texto. “Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca do administrador. Seu período é o mais brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou a administração (...). Foi relativamente tole- rante com os católicos, permitindo-lhes o livre exercí- cio do culto. Como também com os judeus (depois dele não houve a mesma tolerância, nem com os católicos e nem com os judeus - fato estranhável, pois a Compa- nhia das Índias contava muito com eles, como acionis- tas ou em postos eminentes). Pensou no povo, dando- -lhe diversões, melhorando as condições do porto e do núcleo urbano (...), fazendo museus de arte, parques botânicos e zoológicos, observatórios astronômicos”. (Francisco Iglésias) Esse texto refere-se: a) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na Nova Inglaterra, em busca de liberdade re- ligiosa. b) à invasão holandesa no Brasil, no período de União Ibérica, e à fundação da Nova Holanda no Nordeste açucareiro. c) às invasões francesas no litoral fluminense e à instalação de uma sociedade cosmopolita no Rio de Janeiro. d) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de uma sociedade moderna, influenciada pelo Re- nascimento. 95 G eo gr af ia 04. Leia o texto a seguir: “A primeira invasão ocorreu na Bahia, em 1624. Chefiada por Jacob Wilekems e Johan van Dorf (comandante terrestre, poste- riormente morto em combate), logrou dominar Salvador e prender o governador. Não chegaram, porém, a estabelecer maiores contatos com os proprietários rurais do Recôncavo, pois a reação no interior, liderada pelo bispo dom Marcos Teixeira, conseguiu evitar qualquer tipo de pe- netração.” (Wehling, Arno; Wehling, Maria José C. De M. A formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. p.127). O texto refere-se à: a) primeira invasão holandesa no nordeste no Brasil, já que, em 1624, o Sul e o Sudeste já haviam sido dominados pela Holanda. b) primeira invasão holandesa na Bahia, já que em outros estados brasileiros, os holandeses já haviam desembarcado desde o fim do século XV. c) primeira invasão holandesa no Brasil, que foi debelada no ano de 1625 por uma armada luso- -espanhola. d) primeira e única invasão holandesa no Brasil, já que, depois de serem expulsos da Bahia em 1625, os holandeses não mais voltaram. 05. Pernambuco é um Estado que se estende de maneira alongada (de Leste a Oeste), no Nordeste brasileiro. Assinale a alternativa que contém o nome dos Estados que fazem divisa com Pernambuco. a) Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Paraíba e Ceará b) Bahia, Alagoas, Piauí, Ceará e Paraíba c) Ceará, Piauí, Maranhão, Sergipe, Rio Grande do Norte e Tocantins d) Paraíba, Piauí, Maranhão e Alagoas e) Bahia, Alagoas, Paraíba e Sergipe 06. A elevação de Recife à condição de vila; os protes- tos contra a implantação das Casas de Fundição e contra a cobrança de quinto; a extrema
Compartilhar