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Material Didático-20201207

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Esquemas de Estudos/Aula ao Vivo ou Aula de Revisão/Aula 01.pdf
Gestão e administração:
aspectos gerais
Roberto Luis Renner
Professor
Pedagogo, Teólogo e Mestre em Educação
Gestão Educacional
1. Definição de Gestão
2. O objetivo da Gestão
3. Gestão Escolar
4. Definição de Administração
5. Habilidade do gestor
§ Ato ou efeito de gerir; 
administração, gerência.
§ Tomada de decisão.
Gestão
§ A gestão teve sua origem ou destaque após a revolução industrial. 
Os profissionais decidiram buscar solução para problemas que não 
existiam.
§ É de crescimento estabelecido 
pela empresa através do 
esforço humano organizado.
O objetivo da Gestão
§ Dimensão e enfoque de atuação para promover a organização, a 
mobilização e a articulação de todas as condições materiais e 
humanas necessárias para garantir o avanço dos processos 
socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino. 
Heloísa Lück 1996
A gestão escolar
§ Compete à gestão escolar
estabelecer o direcionamento e a 
mobilização capazes de sustentar e 
dinamizar a cultura das escolas, de 
modo que sejam orientadas para 
resultados,[...]
Heloísa Lück. 1996
A palavra administração vem do latim 
§ ad (direção, tendência para) 
§ minister (subordinação ou obediência)
[...] quem realiza uma função sob comando de outra, ou presta 
serviço a outro. (CHIAVENATO, 2003)
Administração
§ Planejar
§ Organizar
§ Dirigir
§ Controlar
...o uso de recursos a fim de 
alcançar objetivos.
Administração é o processo de:
1. Habilidade técnica
2. Habilidade humana
3. Habilidade conceitual
Habilidades necessárias do gestor
§ Utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos para a 
realização de tarefas específicas, através de sua instrução, 
experiência e educação.
Habilidade técnica
§ É a capacidade e o 
discernimento para trabalhar 
com pessoas, compreender 
suas atitudes e motivações.
Habilidade humana
§ Habilidade de compreender os diferentes aspectos da organização 
global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da 
organização. 
Habilidade conceitual
Esquemas de Estudos/Aula ao Vivo ou Aula de Revisão/Aula 02.pdf
Gestão Democrática da Educação
Gestão Educacional
Professora (Chat) 
Ana Cristina Pienta
Professor Titular
Roberto Renner
É entendida como a participação efetiva dos vários segmentos da 
comunidade escolar.
Ø pais 
Ø professores 
Ø estudantes 
Ø funcionários 
A gestão democrática
1.1. Constituição Federal
1.2. LDB (Lei 9.394/96)
1. Aspectos Legais
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios:
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
1.1 Constituição Federal
Art. 14
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas 
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I. participação dos profissionais da educação na elaboração do 
projeto pedagógico da escola; 
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos 
escolares ou equivalentes. 
1.2 LDB 9.394/96
Ø igualdade
Ø participação
Ø autonomia
2. Conceitos básicos de gestão democrática
2.1 Igualdade
Necessidade em ampliar o debate sobre desigualdade e 
desenvolvimento social, com foco em questões que afetam 
diretamente a sala de aula:
ü exclusão e discriminação
ü relação da escola com a comunidade local.
2.2 Participação
A participação, no seu sentido mais amplo, é consciente; 
por meio dela as pessoas reconhecem e assumem seu 
poder de exercer influência na determinação da dinâmica 
de alguns processos. 
Heloisa Lück, 2005
2.3 Autonomia
É fundamental pensar na educação a partir das relações 
democráticas e educacionais que irão nortear e fornecer subsídios 
necessários aos estudantes. 
3. Processo de instalação da gestão democrática
As escolas devem se assumir como espaços de educação crítica, de 
contribuição para a criação e para a revitalização da esfera pública 
democrática, participando e sendo participantes dos processos de 
construção da democracia. 
Paulo Freire (apud LIMA, 2000) 
4. Participação da comunidade na gestão 
educacional
1. Gestão pedagógica
2. Gestão de recursos humanos
3. Gestão financeira
5. Instâncias da Gestão Democrática
Refere-se à organização e ao gerenciamento do trabalho 
pedagógico.
Ø Estabelece os objetivos para o ensino, 
Ø Define as linhas de atuação, 
Ø Acompanha o trabalho do corpo docente e da equipe,
Ø Avalia o rendimento dos estudantes.
5.1 Gestão pedagógica
§ A gestão de recursos humanos inclui toda a gestão da 
comunidade acadêmica. 
§ É a parte da gestão escolar responsável pela organização do 
corpo de funcionários da instituição, trabalhando diretamente 
com as pessoas.
5.2 Gestão de recursos humanos 
Os recursos financeiros repassados pelos governos federal, estadual 
ou municipal e aqueles arrecadados pela escola, que contribuem 
para a viabilização de atividades, como visitas pedagógicas, 
pequenas obras e aquisição de suprimentos.
5.3 Gestão financeira
Esquemas de Estudos/Unidade 01/Aula 01 - Principios da gestao democratica.pdf
▪ Diferença entre gestão e direção:
▪ Quando falamos em direção escolar a ideia é de um processo
centralizado em uma pessoa, nesse modelo as decisões vem de cima
para baixo, em forma de cumpra-se, sem a participação de professores,
especialistas, alunos, funcionários e comunidade.
▪ Na concepção de gestão escolar o processo de tomada de decisões é
coletivo, possibilitando aos membros da comunidade escolar discutir e
deliberar, em uma relação de colaboração.
Princípios da Gestão Democrática
Gestão Educacional
▪ Quando falamos em gestão democrática não significa que não haverá
o diretor escolar, a diferença aqui é a forma como acontece a relação
entre a direção e os demais membros da equipe.
▪ É importante destacar o papel fundamental do diretor da escola na
gestão da organização do trabalho escolar. A participação, o diálogo, a
discussão coletiva são práticas indispensáveis da gestão democrática,
que apontam para a tomada de decisões coletivas.
▪ Em uma escola gerida pela gestão democrática são definidos objetivos
comuns assumidos por todos.
▪ Lembrando sempre que, seu eu tenho voz para participar da tomada de
decisões, e posso me manifestar para dizer o que eu quero e o que me
desagrada, igualmente eu preciso assumir responsabilidades, ou seja,
cada um que ajuda a decidir também é responsável pelos resultados,
sejam eles bons ou ruins.
▪ Por um lado a gestão democrática é atividade coletiva que implica a 
participação e objetivos comuns. Por outro, depende também das 
capacidades e responsabilidades individuais, mas que precisam se 
combinar em ações coordenadas e controladas.
▪ A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática. É
por meio dos canais e meios de participação que ocorre o envolvimento
de todos os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e
no funcionamento da organização escolar.
.
▪ Autonomia da escola e da comunidade educativa;
▪ Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da
equipe escolar;
▪ Envolvimento da comunidade no processo escolar;
▪ Planejamento racional e coordenado das atividades;
As principais características e princípios da
gestão escolar democrática
▪ Formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional dos
integrantes da comunidade escolar;
▪ Avaliação compartilhada;
▪ Relações humanas produtivas e criativas, assentadas na busca de
objetivos comuns;
Esquemas de Estudos/Unidade 01/Aula 02 - Gestao democratica e os orgao colegiados.pdf
▪ Quando a escola se estrutura sob os princípios da gestão democrática
não há uma pessoa ou função em destaque, e sim a integração entre
vários grupos, ou como denominamos na escola, diversos órgãos
colegiados, que atuam juntamente com a direção escolar.
Gestão Democrática e os Órgãos Colegiados
Gestão Educacional
▪ Entre esses órgãos colegiados, os mais comuns nas escolas são o
CONSELHO DE ESCOLA, as ASSOCIAÇÕES DE PAIS E MESTRES, os
CONSELHOS DE CLASSE e os GREMIOS ESTUDANTIS.
▪ O Conselho de escola tem atribuições consultivas, deliberativas e
fiscais, isso significa que ele consulta prioridades, decide pela
realização de ações e as fiscaliza.
▪ A associação de pais e mestres reúne os pais dos estudantes,
professores, funcionários técnico-administrativos e também alunos
maiores de 18 anos. Ela costuma funcionar por meio de uma diretoria e
um conselho deliberativo.
▪ O conselho de classe tem como principal objetivo discutir estratégias
para melhoria da qualidade da oferta dos serviços educacionais e
formas para atingirmos o melhor desempenho escolar dos estudantes.
▪ Assim como as APMs os grêmios estudantis também auxiliam os
conselhos de escola. Sendo um órgão mais próximo dos estudantes, os
grêmios tornam-se o articulador entre os alunos e a direção e os outros
órgãos colegiados.
▪ O grêmio é uma forma de exercício de cidadania e participação, pois
incentiva os estudantes a se organizarem em um órgão de classe para
garantir e reivindicar interesses e direitos.
.
Esquemas de Estudos/Unidade 01/Aula 03 - Democratizacao da Educacao Brasileira.pdf
▪ Antes da proclamação da República, desde o início da colonização do
Brasil por Portugal até o fim do século XIX pouco foi investido na criação
e ampliação de escolas públicas.
▪ As poucas que existiam concentravam-se nos grandes centros urbanos
da época. A maior parte das escolas eram privadas e católicas, e claro,
direcionadas apenas as elites, tendo em vista que a população em geral
era muito pobre.
Democratização da Educação Brasileira
Gestão Educacional
▪ A constituição imperial de 1824 definia que a instrução primaria
gratuita era direito civil e político dos cidadãos brasileiros, mas isso não
garantiu investimentos para ampliação das redes de escolas públicas.
▪ No fim da primeira república, e com a aprovação da constituição federal
de 1934 a educação como direito de todos, como dever do estado em
relação a sua oferta, passou a fazer parte do texto constitucional, e isso
somente aconteceu em função das reivindicações do movimento dos
Pioneiros da Escola Nova.
▪ É nesse período que começam a ser vinculados recursos provenientes
de impostos para a educação, e isso foi um mecanismo importante e
fundamental para a garantia de investimentos em educação, sobretudo
nas séries iniciais.
▪ Mas junto com esses investimentos surgem também os conflitos.
▪ Em vários momentos da história diferentes grupos com interesses
divergentes se enfrentaram na disputa pelos recursos públicos, de um
lado grupos que defendiam investimentos para a manutenção e
ampliação da rede de escolas públicas, e de outro lado empresários
que defendiam a ideia de investimento do Estado no setor privado.
.
▪ No Brasil em dois períodos houve mais investimentos na ampliação dos
níveis que representam a base do sistema de ensino, o que demonstra
a preocupação com a democratização do acesso à educação escolar:
isso ocorreu entre 1946 e 1964 e depois de 1985.
.
▪ São os dois períodos de governo central mais democrático do país.
▪ Ou seja, governos democráticos tem interesse em expandir a
educação, e foi isso que aconteceu após o fim da ditadura militar no
Brasil.
▪ A constituição federal de 1988 também reforçou o direito a educação,
e pela primeira vez na história da educação brasileira definiu a
responsabilidade do poder público em todos os níveis de ensino,
focalizando sua ação na garantia do direito ao ensino fundamental.
.
▪ A educação obrigatória dos 4 aos 17 anos, implica em dever do estado
na garantia de instituições, vagas e condições para que todas as
crianças e adolescentes dessa faixa etária estejam na escola.
▪ Para a garantia desse direito, cabe ao estado as condições de acesso e
permanência na escola, seja com transporte, seja com auxílio para as
famílias manterem as crianças e adolescentes na escola. Cabe ao
estado, é seu dever, garantir as condições para que todos permaneçam.
.
Esquemas de Estudos/Unidade 02/Aula 01 - Sistema Educacional Brasileiro.pdf
▪ A forma de organização do sistema educacional está diretamente
relacionado as normas, regras e legislações que regem o País. No caso
específico da educação, as determinações vem da Constituição Federal
e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
▪ Como é de nosso conhecimento, no Brasil a primeira Constituição é
datada de 1824, a Constituição Imperial. Em 1934, no final da Primeira
República é promulgada a primeira Constituição Federal, e após essa,
em 1988 foi concluída a nossa Constituição atual.
Sistema Educacional Brasileiro
Gestão Educacional
▪ Em 1996 tivemos sancionada a última, e atual, lei de diretrizes e bases,
que é a lei 9394/96. De acordo com o texto de nossa atual legislação, a
educação brasileira se divide e organiza em dois níveis: educação
básica e educação superior.
▪ A educação básica é formada pela educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio.
▪ A educação superior tem por finalidade formar profissionais nas
diferentes áreas do saber, promovendo a divulgação de conhecimentos
culturais, científicos e técnicos, que são comunicados por meio do
ensino.
▪ A educação infantil é a primeira etapa da educação básica, e tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de 0 a 5 anos de
idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.
▪ O ensino fundamental, que é a segunda etapa da educação básica, é
direito de todos os cidadãos brasileiros, inclusive daqueles que não
tiveram acesso na idade própria, e que deverão cursá-lo na modalidade
de educação de jovens e adultos.
.
▪ O ensino médio é a última etapa da educação básica, e assim como a
educação infantil passou a ser obrigatório apenas em 2013, para
estudantes de até 17 anos. Essa obrigatoriedade implica dever da
família em manter o adolescente matriculado e dever do estado de
ofertar vagas em número suficiente para toda a demanda de
estudantes existente.
.
▪ A educação infantil é responsabilidade dos municípios, ou seja, são
as prefeituras locais as principais responsáveis por construir creches
e pré-escolas, ou então firmar parcerias com entidades para ofertar
essas vagas.
▪ O ensino fundamental é responsabilidade prioritária dos municípios
com a colaboração dos estados. Em muitas localidades a divisão que
se estabelece é o município ofertando as séries iniciais e o estado as
séries finais do ensino fundamental.
▪ O ensino médio é de responsabilidade dos estados.
.
▪ Ao governo federal fica a incumbência de oferecer apoio técnico e
financeiro, além de estabelecer o Plano Nacional de Educação e um
Sistema Nacional de Avaliação.
▪ A definição de prioridades não significa que qualquer esfera de
governo seja impedida de atuar em outros níveis da educação básica
ou superior, indica apenas que deve atender satisfatoriamente primeiro
a etapa estabelecida como prioridade para depois ampliar sua atuação
para outros níveis.
.
▪ A educação superior abrange os cursos de graduação, que podem ser
tecnólogos, bacharelado ou licenciaturas, de acordo com a formação a
que cada um se propõe. Inclui ainda cursos de pós-graduação,
compreendendo nessa etapa cursos de especialização, mestrado e
doutorado.
.
Esquemas de Estudos/Unidade 02/Aula 02 - Planejamento e Programas Educacionais.pdf
▪ Na educação tem instâncias de planejamento, existem vários níveis de
planejamento.
▪ Para que você compreenda melhor esses níveis nós temos que pensar
na nossa organização geográfica, ou seja, na sua escola, na sua
instituição, está inserido em um município, que faz parte de um Estado,
e que por sua vez é uma das partes do País, nesse sentido temos a
esfera municipal, estadual e federal.
Planejamento e Programas Educacionais 
Gestão Educacional
▪ Temos o Plano Nacional de Educação, um planejamento macro e que
define ações para todo o país, em esfera federal.
▪ Mas também temos planos curriculares, que podem ser de um estado
ou município, e ainda, em uma esfera menor, todas as ações de
planejamento que a escola realiza.
MUNICIPAL
ESTADUAL
FEDERAL
▪ Ao se tratar de políticas públicas se refere a ação do poder público nas
esferas federal, estadual ou municipal, destinada ao conjunto de
escolas e instituições que compõem os sistemas e redes de ensino, e é
nesse contexto, na identificação das necessidades e demandas, que
são propostos os programas educacionais.
▪ O mais importante órgão responsável por programas educacionais hoje
no Brasil é o MEC – Ministério da Educação, que tem programas e
ações destinados a quatro grandes eixos: educação superior, educação
profissional e tecnológica, educação básica e educação continuada,
alfabetização, diversidade e inclusão.
▪ No que tange a educação básica e o eixo de educação continuada,
alfabetização, diversidade e inclusão podemos destacar alguns
programas: PNAIC, pacto nacional pela alfabetização na idade certa,
PDDE, programa dinheiro direto na escola, PNAE, programa nacional de
alimentação escolar, PNLD, programa nacional do livro didático, PNBE,
programa nacional de biblioteca na escola, PNSE, programa nacional
saúde do escolar, PNTE, programa nacional de transporte do escolar,
PRONATEC, programa nacional de acesso ao ensino técnico e emprego.
.
▪ Todos os programas tem como objetivo, melhoria, expansão e
democratização da educação oferecida em nosso país.
▪ E cabe a todos conhecerem esses programas, seus objetivos e
finalidades, para podermos acompanhá-los e exigir que realmente
cumpram sua função, e auxiliem na garantia da oferta de educação de
qualidade.
.
Esquemas de Estudos/Unidade 02/Aula 03 - Financiamento da educacao no Brasil.pdf
▪ A Constituição Federal de 1988 determina uma vinculação
orçamentária obrigatória de recursos para a educação, o que significa
que um percentual mínimo dos impostos arrecadados em cada esfera
de governo, federal, estadual e municipal, obrigatoriamente deve ser
investido em educação.
Financiamento da Educação no Brasil
Gestão Educacional
▪ Os valores definidos são de 18% dos impostos federais, 25% dos
impostos estaduais e 25% dos impostos municipais, no mínimo, devem
ser destinados a educação. Essa determinação é imprescindível para a
continuidade das políticas públicas na esfera educacional, pois sem
valores determinados em legislação as ações educativas ficariam na
total dependência das oscilações orçamentárias e vontades políticas
dos governantes.
▪ O artigo 212 da Constituição Federal traz o conceito de Manutenção de
Desenvolvimento do Ensino, o MDE, e somente as ações definidas como
MDE podem ser pagas com os recursos desse investimento mínimo em
educação.
▪ E é na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que
encontramos a definição do que pode e o que não pode ser
considerado MDE, lá nos artigos 70 e 71.
▪ Os gastos que podem ser pagos com o investimento mínimo dos
impostos são: remuneração de professores, cursos de aperfeiçoamento
e formação continuada, manutenção e construção de prédios e
infraestrutura das escolas, compra de material didático escolar,
concessão de bolsas de estudo e transporte escolar.
.
▪ O artigo 71 da LDB define que pesquisas não vinculadas a educação,
dinheiro para manutenção de instituições assistênciais, programas de
alimentação, assistência médica e psicológica, assim como obras de
infraestrutura da cidade e remuneração de trabalhadores em
educação em desvio de função não podem receber dinheiro do
repasse mínimo de impostos.
.
▪ Foi criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), o que não
significou ampliação de recursos para a educação, mas auxiliou na
redistribuição de recursos nas esferas estaduais e na consequente
redução das desigualdades provocadas em função dos diferentes
potenciais arrecadadores entre municípios com intensa atividade
produtiva e municípios que possuem condições mais precárias de
produção e arrecadação de impostos. .
▪ Em 2006 o FUNDEF foi substituído pelo FUNDEB, que é o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação, a implementação do FUNDEB amplia a
abrangência antes apenas no ensino fundamental para toda a
educação básica, reconhecendo assim a importância da educação
básica em sua totalidade.
.
Esquemas de Estudos/Unidade 03/Aula 01 - Projeto politico pedagogico funcao politica e pedagogica.pdf
▪ O projeto político pedagógico é uma ação de planejamento institucional.
▪ Ele é o principal documento da escola, e dele derivam todas as ações
de planejamento.
Projeto Político Pedagógico: Função Política e Pedagógica
Gestão Educacional
▪ O PPP é um documento construído em cada escola, não tem como
copiar, usar o da escola da amiga ou da vizinha, cada escola, com os
seus profissionais e a sua comunidade irá construir o seu projeto
político pedagógico.
▪ O projeto político pedagógico tem como objetivo descentralizar e
democratizar a tomada de decisões pedagógicas, jurídicas e
organizacionais na escola, é a oportunidade de toda a equipe escolar
tornar-se co-responsável pelo sucesso do aluno e por sua inserção
crítica na sociedade.
▪ Porque o nome é Projeto POLÍTICO e PEDAGÓGICO. Por que político?
▪ Política significa tomada de decisão com objetivo de atingir uma
finalidade. E é nesse sentido que o projeto é político, porque uma
escola precisa definir quais conceitos guiarão seu trabalho.
▪ O projeto é pedagógico porque assim como é realizada a reflexão sobre
os conceitos que norteiam o trabalho, o coletivo da escola ao elaborar o
projeto também define todas as ações pedagógicas.
▪ Segundo Picoli e Carvalho (2007, p.4) o projeto político pedagógico “é
fruto da interação entre os objetivos e as prioridades fixadas pela
coletividade, a qual estabelece, através da reflexão, as ações
necessárias à construção de uma nova realidade”. Assim “o projeto
precisa ser conhecido, discutido e reformulado sempre em
concordância com as políticas públicas educacionais vigentes, sem
perder a análise crítica da realidade que se manifesta a seu nível micro,
mas que é reflexo da realidade globalizada”.
.
Esquemas de Estudos/Unidade 03/Aula 02 - Projeto politico pedagogico Estrategias para construcao.pdf
▪ A organização do trabalho pedagógico da escola tem a ver com a
organização da sociedade. A escola é uma instituição social, inserida na
sociedade capitalista, que reflete no seu interior as determinações e
contradições dessa sociedade.
Projeto Político Pedagógico: Estratégias Para Construção
Gestão Educacional
▪ Estratégias de construção do PPP:
▪ O primeiro passo é a mobilização da comunidade escolar, todos os
envolvidos precisam compreender o que é o projeto político
pedagógico e a importância de sua participação no processo de
elaboração.
▪ Da perspectiva da gestão democrática da escola, mobilizar a
comunidade escolar implica desenvolver um processo de amplo
envolvimento e engajamento da comunidade com o PPP.
▪ Danilo Gandin e também o professor Celso Vasconcellos, destacam 3
etapas para a construção do PPP, são elas:
▪ Marco referencial, que por sua vez se divide em Marco Situacional,
o
Marco Político-Filosófico e o Marco Operativo;
▪ A segunda etapa é o Diagnóstico;
▪ E a terceira é a Programação.
▪ PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PPP
(VASCONCELLOS, 2000, p.170)
.
MARCO REFERENCIAL DIAGNÓSTICO PROGRAMAÇÃO 
O que queremos 
alcançar? 
O que nos falta para ser o que desejamos? 
O que faremos concretamente para suprir tal 
falta? 
É a busca de um posicionamento: 
• Político: visão do ideal de sociedade e de homem; 
• Pedagógico: definição sobre a ação educativa e sobre as 
características que deve ter a instituição que planeja. 
Estabelecimento do sonho ideal. 
 É a busca das necessidades da escola feita a partir 
da análise da realidade e/ou o juízo sobre a 
realidade da instituição em comparação com aquilo 
que desejamos que a escola seja. 
 
Nossa prática atual, definição do sonho possível. 
É a proposta de ação. 
O que é necessário e possível para diminuir a 
distância entre o que vem sendo e o que deveria 
ser. 
 
O que vamos fazer para atingir o sonho possível? 
 
▪ No marco referencial, a todo momento, estaremos discutindo qual é a
escola que queremos, o nosso ideal de escola, e qual é a escola que
temos, a nossa realidade.
▪ Lembrando ainda que o marco referencial é composto pelos marcos:
situacional, político/filosófico e operativo.
▪ O marco situacional vai expressar a compreensão do grupo que planeja,
o seu olhar sobre uma realidade mais ampla, seus traços marcantes,
suas forças e fragilidades.
▪ O marco político ou filosófico vai definir a filosofia político-pedagógica
que irá nortear o caminhar da escola e de seus sujeitos. É nessa etapa
que iremos definir as concepções de sociedade, homem, mundo,
educação, trabalho, conhecimento/cultura, pois ele vai expressar as
concepções teóricas que o grupo assume.
▪ O marco operativo refere-se à forma de ação dos ideais identificados no
marco político/filosófico, refere-se à forma de ação dos ideais
identificados no marco político/filosófico,
▪ O diagnóstico será o momento de realizar uma análise mais específica
sobre a realidade escolar que temos. Mas essa análise vai além dos
limites estreitos de um levantamento de dados e informações
referentes à realidade escolar.
▪ Uma das finalidades do diagnóstico é identificar os problemas mais
relevantes da comunidade escolar que necessitam de intervenção.
▪ A terceira fase é a programação, que consiste em uma proposta de
ação, ou seja, um conjunto de ações assumidas pela instituição escolar
em determinados espaços e tempos com objetivo de resolução de
problemas e da superação das dificuldades encontradas.
▪ É preciso estabelecer de forma coletiva quais são as prioridades, ou
seja, quais os problemas identificados que devem ser solucionados
primeiro e definir critérios para a definição das prioridades. Vale
destacar que os critérios para a definição de prioridades só se tornam
legítimos se expressarem os desejos e opiniões da coletividade.
▪ Danilo Gandin e também o professor Celso Vasconcellos, destacam 3
etapas para a construção do PPP, são elas:
▪ Marco referencial, que por sua vez se divide em Marco Situacional, o
Marco Político-Filosófico e o Marco Operativo;
▪ A segunda etapa é o Diagnóstico;
▪ E a terceira é a Programação.
Esquemas de Estudos/Unidade 03/Aula 03 - A escola e as lutas democraticas.pdf
▪ Democratização é a conquista, pela população, das condições
materiais, sociais, políticas e culturais que lhe possibilitem participar de
decisões políticas e governamentais.
▪ Todas as crianças e os jovens devem ter garantia de acesso e de
permanência na escola básica por no mínimo 9 anos, em igualdade de
condições. Com isso, vão poder ter acesso ao conhecimento de maneira
sistematizada e desenvolver sua capacidade intelectual.
A escola e as lutas democráticas
Gestão Educacional
▪ É importante que a escola ofereça a esses alunos um ensino de
qualidade, que leve em conta suas características específicas de
aprendizado.
▪ Outro fator muito importante para que a escola seja democrática é a
participação da direção, dos pais e dos professores.
▪ O ensino é uma tarefa real que vai expressar o comprometimento social
e político do professor. É ele que vai estimular o desenvolvimento das
habilidades dos alunos.
▪ Duas coisas são fundamentais no processo de planejamento, a
primeira é aprimorar os métodos de aprendizagem, com uma seleção
de conteúdos interessantes e atraentes, e ferramentas dinâmicas e
modernas.
▪ E O segundo aspecto do planejamento é pensar em quais objetivos a
escola precisa alcançar pra garantir que os alunos aprendam da melhor
maneira possível.
▪ E a democratização do ensino passa também pela união de dois
princípios: a igualdade e a diversidade, tendo como ponto de partida
conhecimentos e experiências de vida. O respeito às diferenças e a
compreensão do outro torna a escola um espaço de acolhimento, que
faz o aluno se sentir bem e seguro.
.
▪ A escola deve entender as condições de vida da população que ela
atende, para se adaptar às suas estratégias de sobrevivência e assim
impedir a exclusão e o fracasso escolar.
▪ Com isso, a escola garante a formação para a cidadania e para o
mundo do trabalho.
▪ A escola é um meio insubstituível de contribuição para as lutas
democráticas, porque dá a possibilidade para as classes populares
terem acesso ao saber sistematizado. E não é só isso. A escola também
traz as condições de aperfeiçoamento intelectual, e com isso os alunos
podem efetivamente se preparar para participar do processo político,
sindical e cultural do país.
▪ O trabalho pedagógico é, então, um processo de transmissão e
assimilação de conteúdos através das condições concretas da vida e do
trabalho dos alunos, das suas necessidades, dos seus interesses e das
suas lutas.
Esquemas de Estudos/Unidade 04/Aula 01 - As tarefas da escola publica democratica.pdf
▪ A percepção de escola democrática se inicia já no ensino fundamental,
cujo objetivo principal é estimular as crianças e jovens a assimilar
conhecimentos de maneira sistematizada.
▪ É no ensino fundamental que nós adquirimos valores e convicções
democráticas. Que valores? Respeito, solidariedade, participação... e
todas aquelas coisas que nos abrem a possibilidade de transformar a
sociedade, de agir pelo bem da coletividade, e não só olhando para nós
mesmos, paras nossas necessidades e interesses.
As tarefas da escola pública democrática
Gestão Educacional
▪ Os objetivos, conteúdos e até mesmo os métodos da escola pública
correspondem sempre às exigências econômicas, sociais e políticas de
cada época de nossa história.
▪ A escola pública democrática precisa ter tarefas definidas. Temos que
levar em conta quem é a nossa clientela hoje, o que ela precisa, o que
ela deseja.
▪ A escola pela qual a gente deve lutar hoje é aquela que visa o
desenvolvimento científico e cultural do povo. A escola que prepara as
crianças e jovens pra vida, pro trabalho e para cidadania. E isso porque
soma educação geral, intelectual e profissional.
▪ Para se efetivar o processo democrático é preciso conhecer e,
principalmente, colocar em prática os principais conceitos que se
referem à participação social. Igualdade, participação, autonomia,
cooperação... Assim teremos uma escola verdadeiramente democrática.
▪ As principais tarefas dessa escola democrática: Em primeiro lugar,
proporcionar a todos escolarização básica e gratuita durante pelo
menos nove anos.
▪ Segundo ponto: assegurar a transmissão e assimilação dos
conhecimentos.
.
▪ O terceiro aspecto é garantir o desenvolvimento das capacidades e
habilidades intelectuais do aluno.
▪ A escola democrática deve assegurar a sua organização interna, isto é:
os processos de gestão, de administração e de participação
devem
estar focados na missão básica da escola, que é o ensino.
▪ E para que o sucesso da gestão seja efetivo, é necessário que a
direção, coordenação e professores cumpram com suas
responsabilidades no conjunto da ação escolar.
▪ Destaco o quão importante é a participação da comunidade escolar em
tudo o que diz respeito à escola. Cada um dos agentes envolvidos deve
ter autonomia e poder para exercer seu papel de cidadão e participar da
gestão da educação.
Esquemas de Estudos/Unidade 04/Aula 02 - Compromisso social e etico dos professores.pdf
▪ O professor tem um compromisso com a sociedade, e por isso ele deve
exercer sua profissão com responsabilidade e dedicação.
▪ O professor tem uma missão, que é preparar os alunos para exercer a
função de cidadão ativo e participativo na sociedade.
▪ A atividade de professor é muito importante, pois contribui para a
formação cultural e científica do povo. E isso é um fator indispensável
para a liberdade de pensamento e as conquistas democráticas.
Compromisso social e ético dos professores
Gestão Educacional
▪ Um dos papeis mais importantes do professor é fazer uma mediação
entre o aluno e a sociedade. Uma ponte entre a origem desse aluno e a
posição que ele pode alcançar na sociedade.
▪ O professor cumpre a sua função de mediador quando dá ao aluno os
subsídios e as ferramentas para ele crescer como pessoa. Quando o
professor transmite conhecimentos, mas também métodos de estudo e
uma organização geral do ensino. Então, no final das contas, é o
cruzamento dessas técnicas com o conteúdo das disciplinas que leva ao
efetivo aprendizado.
▪ Todo professor tem como responsabilidade principal o permanente
empenho no ensino e educação de seus alunos. As atividades de
estudo devem ser tão interessantes que o aluno DESEJE alcançar os
conhecimentos básicos e desenvolver suas principais habilidades.
▪ Na sociedade, existem vários interesses sociais em jogo. O professor
tem que ter um compromisso ético e político que fica ACIMA disso,
acima de qualquer disputa ou interesse específico.
▪ O compromisso do mestre é com a educação do povo, com garantir a
pessoas de todas as classes sociais o acesso a melhores condições de
vida e de trabalho.
▪ A interação entre o professor e o aluno é fundamental para o sucesso
da aprendizagem. É uma relação humana que está fundamentada no
respeito e na ética.
.
▪ E o aluno não é nem um pouco passivo nesse processo! Ele traz uma
bagagem de conhecimentos, de vivências, e essa troca de saberes com
o professor é muito valiosa! Porque constrói uma relação harmoniosa,
de confiança e de respeito que vai ajudar muito no processo de ensino
e aprendizagem.
Esquemas de Estudos/Unidade 04/Aula 03 - Os desafios da educacao frente as mudancas na sociedade brasileira.pdf
▪ Com frequência acontecem mudanças na sociedade que influenciam
diretamente na educação. Uma das grandes transformações que vimos
aqui no Brasil nos últimos 50 anos foi a transição para a democracia. E
isso nos leva a repensar a cada quatro anos, com as eleições, tudo o
que estamos fazendo pelo país.
Os desafios da educação frente às mudanças na sociedade 
brasileira
Gestão Educacional
▪ São muitas as variáveis a considerar, e os investimentos a fazer para
resolver problemas como a pobreza, a miséria, a fome, o analfabetismo,
a violência. Problemas que geram as grandes diferenças sociais que
marcam nossa sociedade. Isso sem falar que tudo isso contribui
significativamente para a instabilidade política no Brasil.
▪ O fundamental é proporcionar bem estar às comunidades, melhorando
a qualidade de vida e dando oportunidades.
▪ Investir na escola pública de excelente qualidade é o meio mais
adequado de promover a justiça social, considerando o impacto na
melhoria das condições de vida dos mais pobres.
▪ A educação TRANSFORMA! Assim, cabe à escola contribuir para a
criação de um choque cultural, social, político, econômico e
educacional. E garantir que TODOS vão ter a mesma oportunidade de
acesso aos estudos, acabando com a exclusão social. Portanto,
qualquer movimento pela melhoria da educação deve ter como
prioridade favorecer TODOS os envolvidos.
▪ O papel da educação é se concentrar na melhoria da qualidade de
vida da população. E aí a gente pode incluir, por exemplo, parcerias
com secretarias de saúde pra levar informação pra dentro da escola.
▪ Em 1996, foi implantada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a
LDB. E já naquela época essa lei listava, entre os seus objetivos,
promover o acesso e a universalização da educação. Todas as crianças
na escola, estudando, aprendendo e passando de ano. .
▪ Um dos documentos que veio ajudar a planejar a educação é o Plano
Nacional de Educação. Ele dá as diretrizes, as metas e as estratégias
para a política educacional, a cada dez anos.
▪ Uma das ênfases do Plano é acabar com a cultura do fracasso escolar.
Então ele detalha, entre outras coisas, a importância de investir na
formação dos professores e na motivação pra trabalhar.
▪ O planejamento da escola pública deve considerar metas para a
melhoria da qualidade da educação. E deve oferecer uma certa
flexibilidade de ações para que seja possível estruturar as escolas, e
pensar em uma educação que olhe pelo futuro de nossos alunos.
▪ É preciso que a equipe pedagógica e a direção da escola estejam bem
alinhadas com as necessidades dos alunos e com a realidade da
comunidade em que a escola está inserida.
▪ Ações coordenadas, profissionais focados, tomada de decisões voltadas
à eficiência... tudo isso contribui para a melhoria contínua da educação.
Isso requer planejamento mas, acima de tudo, dedicação e vontade
Esquemas de Estudos/Unidade 05/Aula 01 - Gestao escolar em tempos de crise.pdf
▪ Fazer gestão de uma escola é considerar que o conhecimento aumenta
exponencialmente, e que o processo de ensinar e de aprender sofre
rápidas e contínuas mudanças.
▪ É cada vez mais importante desenvolver um pensamento crítico, uma
análise das coisas, e uma conexão entre diferentes ideias. Em
educação, isso se chama interdisciplinaridade.
▪ Interdisciplinaridade é a ligação entre disciplinas escolares. É o que
destaca o que duas ou mais disciplinas tem em comum.
Gestão escolar em tempos de crise
Gestão Educacional
▪ As Tecnologias da Informação e Comunicação, também chamadas de
TICs, ajudam a nos colocar no contexto de um mundo globalizado,
conectado o tempo todo. Ficamos sabendo de tudo o que acontece em
tempo real, mesmo que seja do outro lado do mundo.
▪ A gestão escolar teve que se manter igualmente ágil, atenta a esse
ritmo, e disposta a mudar continuamente. É, porque afinal das contas a
escola não é um organismo estático, né? Ela está sempre evoluindo e
se transformando, porque assim consegue se adaptar aos desafios de
cada época.
▪ Nós não podemos perder de vista que a escola é um espaço de
formação humana. E isso continua independente da tecnologia que a
gente coloca dentro da sala de aula. A escola é um espaço de diálogo,
de troca de experiências, um espaço de vida.
▪ Sabemos que a escola de hoje é diferente da escola do passado, e com
certeza será diferente da escola do futuro. Então precisamos que a
evolução do mundo seja acompanhada pela evolução da educação, pois
estamos no século XXI e as escolas não podem continuar no século
passado. Temos que fazer a diferença em sala de aula, com métodos
inovadores e utilizando a tecnologia em favor do ensino.
▪ O gestor tem a missão de cuidar para que o processo de
ensino/aprendizagem seja excelente. E pra isso precisamos de
conteúdo, metodologia, bons equipamentos, e também, é claro,
professores sempre motivados e atualizados.
▪ A escola é um organismo vivo, ela está o tempo todo se reinventando,
se renovando, usando a criatividade
pra se manter ativa e atraente.
.
▪ O planejamento serve para o gestor definir ações a curto, médio e
longo prazo, indicando os rumos da instituição, qual é a sua missão,
quais são os seus objetivos e, principalmente, quais as ações
necessárias para alcançar as metas pretendidas.
▪ A gestão é fundamental para o bom desenvolvimento da escola. O
comprometimento do gestor faz a diferença na hora de definir as
ações e de acompanhar a aprendizagem dos alunos.
Esquemas de Estudos/Unidade 05/Aula 02 - Participacao da Comunidade na gestao democratica.pdf
▪ A democracia se faz na prática! E só vai se efetivar por ações concretas,
que não só permitam mas também estimulem a participação autônoma
de pais, alunos, professores e funcionários na tomada de decisões na
escola.
▪ Quando realizam a tarefa básica de ensinar, a escola e os professores
estão cumprindo as suas responsabilidades sociais e políticas. Porque
só é possível termos participação quando há consciência e
conhecimento.
Participação da comunidade na gestão democrática
Gestão Educacional
▪ A gestão democrática começa quando as pessoas têm acesso à
informação. Quando a comunidade escolar sabe efetivamente o que
acontece dentro dos muros da escola e consegue ter voz ativa, ter
opinião pra ajudar a tomar as melhores decisões.
▪ É a união de pais, alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica
e a comunidade em torno que faz com que a escola evolua, cresça e
cumpra seu papel.
▪ A gestão democrática está baseada em ações que sempre propõem a
participação da sociedade. A comunidade escolar se torna sujeito ativo
no processo. E é por isso que é tão importante que cada um desses
agentes tenha clareza e conhecimento sobre o seu papel dentro da
comunidade escolar e efetivamente participe da vida da escola.
▪ Para garantir a escolarização e a democratização da sociedade temos
que trabalhar em duas frentes: a política e a pedagógica.
▪ No lado político, os educadores devem ter em mente que estão
inseridos na sociedade.
▪ No lado pedagógico, o professor deve ser altamente comprometido
com o resultado do seu trabalho.
▪ Não basta apenas a gente saber que o ensino básico é um direito
fundamental de todos os brasileiros. E não basta também saber que é
dever do Estado garantir a escolaridade da população, com escolas
gratuitas e de boa qualidade.
.
▪ O ato de educar exige práticas próprias das relações humanas. É no
cotidiano escolar que lidamos com pessoas que têm diferentes formas
de agir.
▪ É importante que o espaço escolar seja um lugar onde predomine a
prática democrática. Porque ela abarca tudo: o respeito às diferenças, a
consciência ética, o incentivo à participação.
▪ A escola não pode e não deve se fechar dentro dos seus muros. Ela não
pode esquecer da realidade à sua volta, que é justamente o que lhe dá
um norte e que influencia totalmente o processo de ensino e
aprendizagem.
▪ A escola tem que estar em sintonia com a comunidade que atende. Tem
que estar alinhada com a realidade e a expectativa dessas famílias.
▪ Se queremos uma escola pública transformadora, precisamos
transformar a escola que temos. E essa transformação passa pelo que
chamamos de “apropriação”, que é quando as pessoas beneficiadas
pela escola efetivamente encaram isso como algo seu, algo que
também está sob sua responsabilidade.
▪ Combinando forma e conteúdo, a escola pode levar todas as
camadas da sociedade a alcançar o saber. Inclusive e
principalmente as classes menos favorecidas do ponto de vista
econômico. A transformação social desejada só vai acontecer com
a consciência crítica.
Esquemas de Estudos/Unidade 05/Aula 03 - Praticas cotidianas na escola publica carater politico e administrativo.pdf
▪ As práticas diárias que temos na escola envolvem não só o caráter
pedagógico, mas também o político e o administrativo.
▪ A parte administrativa responde por tudo aquilo que dá suporte ao
ensino-aprendizagem, mas que não é ligado diretamente ao que
acontece em sala de aula.
Práticas cotidianas na escola pública: caráter político e 
administrativo
Gestão Educacional
▪ A direção da escola é a responsável por organizar e coordenar todas as
atividades desenvolvidas no espaço escolar. E sem perder de vista os
objetivos acadêmicos, de forma moderna e com a participação efetiva
da comunidade escolar.
▪ Numa escola, as práticas de ensino reúnem todas as atividades do
processo de ensino-aprendizagem, dentro e fora da sala de aula. Em
outras palavras, as práticas de ensino resultam no que a gente chama
de “apropriação do saber” por parte do aluno.
▪ A parte administrativa procura dar conta do real de forma necessária,
fazendo uma ponte entre a direção e o que acontece em sala de aula.
Tudo para obter um bom resultado nas práticas pedagógicas.
▪ A escola é uma parte importante na democratização da sociedade e a
política é um instrumento de disputa pelo poder e de acomodação de
interesses sociais em jogo.
▪ A universalização da educação, garantindo que todas as camadas da
população tenham acesso ao saber, é uma decisão política.
▪ É função de todos, mas principalmente dos que trabalham na área
pedagógica, garantir que a educação cumpra seu papel. Não somente
na forma, mas principalmente no conteúdo, com propriedade,
valorizando os interesses dos alunos e estimulando a participação de
todos nas decisões relacionadas à escola pública.
.
▪ Um ponto que é crucial em um ensino de qualidade é a avaliação. E
não somente a avaliação do desempenho e do rendimento dos
alunos, mas principalmente da avaliação do processo escolar em si e
isso se dá com a opinião e a participação de professores, pais, equipe
pedagógica, alunos. Esses agentes é que são os usuários da escola, e
ninguém melhor do que eles para identificar os problemas e
necessidades, e dar sugestões de melhoria.
▪ A escola participativa, apoiada nos três pilares – político, administrativo
e pedagógico – é o primeiro passo para que o ensino público ganhe
mais qualidade.
Material da Disciplina/Livro - Organizacao e Gestao Educacional.pdf
Faculdade educacional da lapa 
(organização)
Josiane Gonçalves Santos
Élcio Miguel Prus
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Capítulo 
1
Organização e 
Gestão Educacional
Curitiba
2011
FAEL
Diretor Executivo Mauricio Emerson Nunes
Diretor Acadêmico Osíris Manne Bastos
Coordenadora do Núcleo de 
Educação a Distância 
Vívian de Camargo Bastos 
Coordenadora do Curso de 
Pedagogia EaD
Ana Cristina Gipiela Pienta
Secretária Acadêmica Dirlei Werle Fávaro
EDITORA FAEL
Coordenadora Geral Dinamara Pereira Machado
Coordenador Editorial William Marlos da Costa
Edição e Revisão Jaqueline Nascimento
Silvia Milena Bernsdorf
Projeto Gráfico e Capa Denise Pires Pierin
Ilustração da Capa Cristian Crescencio
Diagramação Ana Lúcia Ehler Rodrigues
Sandro Niemicz
Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Siderly Almeida CRB 9/1022
Faculdade Educacional da Lapa
F147o Organização e gestão educacional / Faculdade Educacional da 
Lapa – Curitiba: Editora Fael, 2011.
261 p.
ISBN 85-64224-48-3
Nota: conforme Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
1. Escolas – Organização e administração. 2. Educação e Estado – 
Brasil. 3. Autonomia escolar – Brasil. I. Título.
CDD 371.2
Direitos desta edição reservados à Fael.
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da Fael.
sumário
sumário
Fundamentos, Concepções e 
Reflexões Sobre a Gestão da 
Educação Brasileira ..............................................
7
 Apresentação............................................................................ 11
 Prefácio..................................................................................... 15
1 Gestão da educação no Brasil .................................................. 17
2 Construção histórica da gestão da educação brasileira ......... 33
3 Fundamentos teóricos da administração ................................. 43
4 Gestão democrática ................................................................. 55
5 Escola: espaço concreto da gestão da educação .................... 65
6 Plano Nacional de Educação e LDB n. 9.394/96 ...................... 73
sumário
7 Gestão do processo de ensino ............................................... 101
8 Gestão da educação: 
democratização e qualidade do ensino .................................. 107
 Referências............................................................................. 115
A Gestão Educacional Democrática 
e Participativa a Serviço 
da Comunidade .................................................. 125
 Apresentação.......................................................................... 131
 Prefácio................................................................................... 133
1 Gestão educacional na perspectiva democrática .................. 137
2 Conselhos de escola ............................................................... 151
3 Políticas públicas e institucionais .......................................... 163
sumário
sumário sumário
5
4 Gestão escolar interna e externa .......................................... 177
5 Sujeitos da gestão escolar ..................................................... 187
6 A articulação entre os sujeitos da gestão escolar ................ 201
7 Processos educativos de gestão ............................................ 213
8 Projeto político‑pedagógico na gestão escolar ..................... 225
9 Ciclo de vida do projeto político‑pedagógico ......................... 241
 Referências............................................................................. 253
sumário
sumário
Fundamentos, Concepções e 
Reflexões sobre a Gestão da 
Educação Brasileira
Josiane Gonçalves Santos
À minha filha Mariana, exemplo de força, coragem e superação.
apresentação
Lá vem o viandante com seus incertos passos a seguir os seus 
caminhos certos. Trôpego e cansado, deixa escorrer gotas por 
suas faces escurecidas pelo sol de todo o tempo, levemente en‑
rugadas e manchadas pelo pó do seu trabalho. Por entre folha‑
gens e arbustos ergue‑se frondoso e altaneiro o velho jequitibá. 
Plantado à beira do caminho, sua enorme copa com suas robus‑
tas raízes que brotam do chão e abraçam fortemente a base 
enorme do seu tronco, contam não apenas sua história centená‑
ria, mas igualmente a luta desencadeada para sobreviver. 
Ezequiel Rodrigues
Existem muitas maneiras de nos expressarmos quando vamos fazer 
a apresentação de uma obra e, por consequência, do seu criador. Nesse 
caso, como profissional da educação que acompanha a transitoriedade 
das políticas públicas e, em decorrência disso, das modificabilidades 
ocorridas no cenário educacional, considero que este livro representa 
uma ocasião ímpar. Escolhi, neste momento, três caminhos: o caminho 
do ser humano Josiane, o da pesquisadora e o da obra Organização e 
gestão educacional, na qual a autora apresenta “Fundamentos, concep‑
ções e reflexões sobre a gestão da educação brasileira”, pois apresentar 
um trabalho científico significa, também, mostrar ao leitor que ele terá 
um novo parceiro nessa caminhada literária, visto que, ao ler uma obra, 
levamos conosco não somente conceitos, mas bases filosóficas e socio‑
lógicas de seu autor. 
Nenhum estudo é mais intrigante que o das origens, da organização 
e do desenvolvimento do pensamento de um ser humano, que atua e 
transita em um mundo sistêmico. Assim, retorno à epígrafe citada an‑
teriormente e, metaforicamente, comparo Josiane ao jequitibá, pois a 
força interior que essa mulher e mãe demonstra a todos nós diariamente 
possibilita identificarmos seus traços de determinação e coragem. 
apresentação
Enquanto pesquisadora, Josiane tem uma vasta produção aca‑
dêmica, o que podemos conferir visitando seu currículo. Fazendo isso, 
reconheceremos a docente, a especialista e, por último, a mestre, que 
versou sobre políticas públicas em educação, além de, nos últimos anos, 
ter produzido obras como Avaliação do desenvolvimento e da aprendi‑
zagem, Avaliação do ensino nos anos iniciais do ensino fundamental e 
Profissionalização docente, que demonstram o resultado da pesquisa da 
educadora preocupada com seu tempo e, principalmente, com as mudan‑
ças ocorridas no ambiente escolar. 
Dessa forma, reconhecemos uma pesquisadora que transita por vá‑
rios ramos do conhecimento e que, impelida pela vida pública de docente, 
não se abstém da interpretação e da compreensão das transformações 
em suas tendências políticas. Nesta obra, o leitor poderá encontrar con‑
ceitos elementares de políticas públicas e gestão na educação, como: 
fundamentos teóricos da administração; teorias da administração e 
gestão educacional; escola e gestão; concepções de política e gestão, 
como democratização e qualidade do ensino na legislação educacional e 
na prática pedagógica; gestão do processo de ensino; fundamentos de 
gestão educacional; o papel da equipe pedagógica no desenvolvimento 
de uma proposta educacional participativa nos processos educativos; o 
projeto pedagógico como elemento norteador das ações político‑pedagó‑
gicas da escola; política e gestão da educação, os sistemas educacionais 
e modelos organizativos de escola. 
Ainda que, por seu conteúdo, destine‑se, primeiramente, a educa‑
dores e gestores de ensino, esta obra poderá ser objeto de leitura e 
de disseminação de ideias para todos aqueles que estejam preocupados 
com o espaço escolar e as possibilidades de alcance social das ações 
realizadas no interior dos muros escolares. 
apresentação
apresentação
apresentação
Como exposto anteriormente, proceder à leitura de uma obra e, a 
partir dela, assumir os princípios apontados implica, também, levar consi‑
go momentos da autora, que democratiza com os leitores suas experiên‑
cias e conquistas.
Ao ensejo do término desta apresentação, agradeço à ilustre Josiane 
por ter possibilitado participação em sua obra.
Dinamara Pereira Machado*
* Doutoranda em Currículo, Mestre em Educação e licenciada em Letras. Atuou como 
docente nos anos iniciais, na década de 90. Desde 2000, desenvolve e atua em projetos 
na área de formação de professores. Além disso, é professora de cursos de graduação 
e pós‑graduação, na área de Políticas Públicas e Educação, e coordenadora do curso de 
Letras das Faculdades Santa Cruz – Inove.
apresentação
Capítulo 
1515
prefácio
prefácio
A organização e a gestão da educação exigem, primeiramente, 
compreender o significado de cada um desses processos. Organização 
corresponde ao modo como algo se constitui, é a reunião de recursos 
físicos e humanos essenciais para se atingir os objetivos de uma insti-
tuição. A gestão, por sua vez, origina-se do latim gestio-õnis e significa 
gerir, gerência, administração; é um processo relacionado à tomada 
de decisão, é organização, é direção. Percebemos, portanto, a íntima 
relação entre uma e outra.
No contexto educacional, vem se disseminando a utilização da 
expressão “gestão” quando se pensa na administração da educação, 
pois é um conceito que está relacionado à responsabilidade do pro-
cesso educacional em todas as etapas e níveis do ensino. 
A gestão educacional corresponde a um processo mais amplo. 
Está relacionada ao conjunto de ações articuladas e normatizadas pe-
las políticas educacionais vigentes nas diferentes esferas de atuação – 
União, estados e municípios –, que são determinantes para
o desen-
volvimento e qualidade da educação.
Nesse contexto, é importante pensar na escola, pois é sua res-
ponsabilidade social a transmissão do saber socialmente produzido. 
Assim, torna-se necessário refletir sobre a importância da universa-
lização de uma escola básica de qualidade, instituição fundamental 
para a democratização da sociedade. 
Os conteúdos que discutiremos neste livro são essenciais para 
todo profissional e estudioso da educação, pois compreender como se 
definem as políticas e diretrizes que norteiam as práticas desenvolvidas 
16
na escola é fundamental, afinal, a educação deve desenvolver o sujeito 
em todas as suas dimensões enquanto ser humano, subsidiando-o na 
apropriação do conhecimento científico e formando-o para ser atuan-
te e transformador de sua realidade. 
A autora.∗
* Josiane Gonçalves Santos é Mestre em Educação, com linha de pesquisa em Política 
Pública e Gestão da Educação. É pedagoga e professora do curso de Pedagogia da 
Fael, nas modalidades presencial e a distância. Atua em cursos de graduação e pós‑
graduação em Educação. É Conselheira Municipal da Educação de Curitiba.
prefácio
prefácio
17
Gestão é tomada de decisão, é organização, direção. A origem 
da palavra está no latim gestio-õnis e significa gerir, gerência, adminis-
tração. No contexto educacional, utiliza-se a expressão “gestão” quando 
se pensa na administração da educação. Todavia, esse é um processo 
mais amplo. Corresponde ao conjunto de ações articuladas e norma-
tizadas pelas políticas educacionais vigentes nas diferentes esferas de 
atuação – União, estados e municípios – e que são determinantes para 
o desenvolvimento de uma educação de qualidade.
Assim, é necessário refletir sobre os diferentes aspectos que interfe-
rem e determinam a gestão da educação – afinal, esse movimento se dá 
em uma sociedade marcada pela globalização –, e que resultaram, nas 
últimas décadas, em alterações significativas na legislação vigente e no 
desenvolvimento do trabalho pedagógico. 
Cabe, portanto, a todo interessado e/ou profissional da educação 
aprofundar seus conhecimentos, obtendo a formação necessária para uma 
prática que garanta a qualidade do ensino a todos os cidadãos brasileiros. 
Uma nova concepção de educação 
Na contemporaneidade, frente aos avanços tecnológicos, novas de-
mandas e transformações sociais, exigências do mercado de trabalho, entre 
outros, não há mais espaço para práticas educativas tradicionais e acríticas.
Nessa nova realidade ganha espaço a concepção de educação fun-
damentada no paradigma do aprender, ou seja, a ênfase do processo 
pedagógico deixa de ser dada apenas à transmissão das informações e 
Gestão da 
educação no Brasil 1
Organização e Gestão Educacional
FAEL 
18
dos conhecimentos, avançando para uma ação educativa que resulte 
em uma formação que possibilite a compreensão da realidade, afinal, 
a aprendizagem – a construção do conhecimento – é um processo que 
acontece durante toda a vida. Esse processo deve, portanto, segundo 
Delors (2000, p. 89), “fornecer, de algum modo, os mapas de um mun-
do complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola 
que permita navegar através dele”.
Essa concepção de educação surge a partir da Conferência Mun-
dial de Educação para Todos, evento que contou com a participação de 
representantes da maioria das nações e que foi realizado em Jomtiem, 
na Tailândia, em 1990.
Para tanto, o processo de 
ensino e de aprendizagem deve 
estar fundamentado nos “qua-
tro pilares da educação”: apren-
der a conhecer, aprender a fazer, 
aprender a viver juntos e apren-
der a ser. 
“Aprender a conhecer” rela-
ciona-se à apropriação de conteú-
dos e informações necessárias para 
que o sujeito melhor compreenda o mundo em que vive. Cabe à instituição 
de ensino, por meio do trabalho pedagógico, despertar a curiosidade, esti-
mular o senso crítico e questionar a realidade, afinal, a efetiva aquisição dos 
saberes possibilita ao educando agir com autonomia e discernimento frente 
às situações e desafios que se manifestam no cotidiano.
“Aprender a fazer” corresponde à aquisição de um conhecimento 
que possibilita ao ser humano interferir no meio em que está inserido. 
Nesse contexto, a educação formal deve propiciar uma formação que 
vá além da preparação do sujeito para o mercado do trabalho. É preciso 
possuir qualificação social, ou seja, agir em prol da sociedade em que 
se vive.
“Aprender a viver juntos” talvez seja o maior dos desafios do ser 
humano. Daí a importância de formar sujeitos éticos, solidários com 
No Brasil, com a promulgação da Constituição 
Federal de 1988, a educação é considerada 
direito público e subjetivo. Assim, todo cidadão 
pode reivindicá-la e o Estado tem o dever de 
ofertá-la. Dessa forma, os governantes podem 
ser legalmente responsabilizados em caso da 
oferta irregular. O ensino fundamental é a 
etapa de ensino obrigatória, portanto, com 
garantia de oferta à população.
Saiba mais
Capítulo 1 
Fundamentos, Concepções e Reflexões sobre a Gestão da Educação Brasileira
19
seu próximo e comprometidos com o mundo, especialmente na exclu-
dente, individualista e competitiva sociedade em que se vive. 
“Aprender a ser” integra os pilares anteriores e resulta, além do 
trabalho educativo, na maturação biológica e no desenvolvimento 
contínuo de todo ser humano. Segundo o Relatório Delors (DELORS, 
2000, p. 101), 
O desenvolvimento tem por objeto a realização completa do 
homem, em toda a sua riqueza e na complexidade das suas ex-
pressões e dos seus compromissos: indivíduo, membro de uma 
família e de uma coletividade, cidadão e produtor, inventor de 
técnicas e criador de sonhos.
Esse novo olhar sobre o processo educacional acaba interferindo 
na gestão da educação, pois direciona a política pública, a legislação 
educacional e a ação educativa e pedagógica das instituições de ensino 
(SANDER, 2002, p. 64). A gestão, como já afirmado, é compreen-
dida como tomada de decisão e tem sua origem etimológica no latim 
 gestio-õnis, que significa gerir, gerência, administração. No contexto es-
colar, envolve a ação sobre os processos pedagógicos, administrativos e 
financeiros, afinal a gestão da educação acontece em um contexto mais 
amplo, que resulta na implementação de políticas educacionais e da le-
gislação vigente, e em um espaço mais restrito, no âmbito da instituição 
de ensino e, fundamentalmente, da sala de aula.
Para tanto, não basta apenas a boa vontade dos professores; é es-
sencial o desenvolvimento e a implementação de políticas, diretrizes e 
ações educacionais que garantam aos cidadãos brasileiros, além de uma 
educação comprometida com a apropriação dos saberes historicamente 
construídos, o respeito a todos os sujeitos, sem distinção, comprometi-
da com a construção de um mundo mais humano e justo para todos os 
que nele habitam, independentemente de raça, cor, credo ou opção de 
vida (FERREIRA, 2004).
Na instituição de ensino, além do diretor, diferentes profissionais 
desempenham ações características do processo de gestão. O professor, 
quando define os conteúdos que irá trabalhar, está tomando uma deci-
são sobre o processo ensino-aprendizagem, ou seja, o professor é gestor 
em sua sala de aula. 
O pedagogo ou coordenador pedagógico, quando organiza o 
trabalho pedagógico da escola, coordena a construção do projeto 
Organização e Gestão Educacional
FAEL 
20
pedagógico, resolve situações referentes ao processo ensino-apren-
dizagem, define a formação continuada dos professores, exercita sua 
função de gestor da prática pedagógica. Tais ações propiciam, por 
meio da articulação entre o processo pedagógico e o desenvolvimen-
to biológico, cognitivo, social, cultural, psicológico do sujeito, a for-
mação para a cidadania.
Mas que cidadania é essa?
Concordamos com Ferreira (2003, p. 27), que afirma:
Cidadania, portanto, é o próprio direito à vida no sentido ple-
no. Direito
que necessita ser construído coletivamente, não 
só em termos de atendimento às necessidades básicas, mas de 
acesso a todos os níveis da existência, dos bens culturais mate-
riais (que se consubstanciam em objetos para a qualidade da 
vida humana) e dos bens culturais não materiais (ideias, con-
ceitos, teorias, valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades, 
poesia, música, teatro, pintura, etc.), incluindo o mais abran-
gente – o papel dos seres humanos no universo. Enfim, é a rela-
ção jurídica de uma pessoa física com um estado determinado. 
Significa que cada cidadão tem determinados direitos e assume 
correspondentes deveres perante um Estado, o seu país.
Portanto, a tomada de decisão pressupõe o desenvolvimento de uma 
nova atitude, decorrente de um processo complexo que se vai construindo 
sucessivamente. O primeiro elemento da tomada de decisão é a consciência 
sobre a necessidade de decidir frente aos problemas que precisam ser resol-
vidos, para, posteriormente, propor as possíveis alternativas para a solução. 
Quando a tomada de consciência é coletiva, surgem ideias que propiciam 
debates e argumentos que se constroem no próprio processo coletivo de 
consciência do problema em questão (FERREIRA, 2006). 
Dessa forma, a gestão da educação pode ser compreendida como 
o processo político-administrativo que organiza a educação, afinal, a 
União, estados e municípios possuem responsabilidades “solidárias”.
No Brasil, país com uma imensa extensão territorial, esse processo 
se dá por meio do regime de colaboração entre os sistemas educacio-
nais. Agesta (1986, p. 1.127) define essa organização: “Entende-se por 
sistema o conjunto de coisas que ordenadamente entrelaçadas contri-
buem para determinado fim; trata-se, portanto, de um todo coerente 
cujos diferentes elementos são interdependentes e constituem uma uni-
dade completa.”
Capítulo 1 
Fundamentos, Concepções e Reflexões sobre a Gestão da Educação Brasileira
21
Assim, um sistema corresponde a um conjunto de elementos com 
uma finalidade estabelecida e em relação interdependente, que devem 
funcionar de forma autônoma, mas harmônica. 
A gestão da educação e a organização dos 
sistemas educacionais
No contexto político-administrativo, a organização de sistemas 
muito decorre da redução do papel do estado, da descentralização de 
recursos, da necessidade de normatização do setor privado. 
O sistema educacional é organizado em diferentes esferas – federal, 
estadual e municipal –, que definem e caracterizam suas ações, pois essa 
estruturação resulta de investimentos e recursos financeiros, estruturas 
físicas, realidade socioeconômica.
O Sistema Federal de Educação é gerenciado e mantido pela 
União. É sua responsabilidade o desenvolvimento da política educacio-
nal para todo o país. Nesse contexto, estabelece diretrizes para o efetivo 
funcionamento dos sistemas estaduais e municipais, além de promover 
a educação em nível superior. 
Os sistemas estaduais de ensino são gerenciados pelos estados. Pos-
suem a atribuição de viabilizar e assegurar a oferta do ensino funda-
mental, porém atendendo com prioridade o ensino médio.
Os sistemas municipais de ensino estão diretamente relacionados 
ao atendimento à educação infantil, que deve acontecer em creches e 
pré-escolas, além da oferta prioritária ao ensino fundamental. 
É importante enfatizar que a organização de um sistema educa-
cional muito se dá em função das demandas e normatização dos servi-
ços desenvolvidos. Oliveira e Araújo (apud CASTRO, 2009, p. 23-24) 
destacam que são necessidades que dependem do momento histórico 
vivido. Assim, segundo os autores, o Brasil já vivenciou três momentos: 
o primeiro, de 1930 a 1970, em que se priorizava a expansão do ensino. 
O segundo, na década de 80 do século XX, caracterizado pela amplia-
ção quantitativa da educação. O terceiro, de 1990 até a atualidade, em 
que se destacam os resultados da aprendizagem.
A constituição de um sistema de educação pressupõe a existência si-
multânea de dois órgãos, o executivo e o normativo. No contexto federal, 
Organização e Gestão Educacional
FAEL 
22
a função de órgão executivo é do Ministério da Educação, órgão federal 
criado em 14 de novembro de 1930, que teve suas origens no Decreto 
n. 19.402, documento que criou uma Secretaria de Estado com a deno-
minação de Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública.
Com o passar do tempo e com a crescente compreensão sobre a im-
portância da educação para o desenvolvimento socioeconômico da nação, 
ela passou a ser gerenciada por um Ministério com objetivo exclusivo.
Enquanto maior órgão executivo da educação brasileira, o MEC tem 
à frente de suas decisões um ministro da educação. Foram ministros:
 ● Francisco Luís da Silva Campos – 06/12/30 a 31/08/31 e 
02/12/31 a 15/09/32
 ● Belisário Augusto de Oliveira Pena – 16/09/31 a 01/12/31 
 ● Washington Pereira Pires – 16/09/32 a 23/07/34
 ● Gustavo Capanema – 23/07/34 a 30/10/45
 ● Raul Leitão da Cunha – 30/10/45 a 31/01/46
 ● Ernesto de Souza Campos – 31/01/46 a 06/12/46
 ● Clemente Mariani Bittencourt – 06/12/46 a 15/05/50
 ● Eduardo Rios Filho – 15/05/50 a 30/06/50 e 30/06/50 a 
04/08/50 (interino com substituição)
 ● Pedro Calmon Muniz de Bittencourt – 04/08/50 a 31/01/51 
e 18/06/59 a 16/06/60
 ● Ernesto Simões da Silva Freitas Filho – 31/01/51 a 25/05/53
 ● Péricles Madureira de Pinho – 26/05/53 a 24/06/53 (interino 
com substituição)
 ● Antônio Balbino de Carvalho Filho – 25/06/53 a 02/07/54
 ● Edgar Rego Santos – 06/07/54 a 02/09/54
 ● Cândido Mota Filho – 02/09/54 a 17/11/55
 ● Abgar de Castro Araújo Renault – 24/11/55 a 31/01/56
 ● Clóvis Salgado Gama – 31/01/56 a 30/04/56
 ● Celso Teixeira Brant – 30/04/56 a 04/05/56 e 05/05/56 a 
02/10/56 (interino com substituição)
Capítulo 1 
Fundamentos, Concepções e Reflexões sobre a Gestão da Educação Brasileira
23
 ● Nereu de Oliveira Ramos – 03/10/56 a 04/11/56 (interino 
com substituição)
 ● José Pedro Ferreira da Costa – 17/06/60 a 24/06/60 (interino 
com substituição)
 ● Pedro Paulo Penido – 01/07/60 a 17/10/60
 ● Brígido Fernandes Tinoco – 31/01/61 a 25/08/61
 ● Antônio Ferreira de Oliveira Brito – 08/09/61 a 11/07/62
 ● Roberto Tavares de Lira – 12/07/62 a 14/09/62
 ● Darcy Ribeiro – 18/09/62 a 23/01/63
 ● Theotônio Maurício Monteiro de Barros Filho – 23/01/63 a 
18/06/63
 ● Paulo de Tarso Santos – 18/06/63 a 21/10/63 
 ● Júlio Furquim Sambaquy – 21/10/63 a 06/04/64 (interino)
 ● Luís Antônio da Gama e Silva – 06/04/64 a 15/04/64 
 ● Flávio Suplicy de Lacerda – 15/04/64 a 08/03/65 e 22/04/65 
a 10/01/66
 ● Pedro Aleixo – 10/01/66 a 30/06/66
 ● Raymundo Augusto de Castro Moniz de Aragão – 22/04/65 a 
10/01/66 (interino com substituição) e 30/06/66 a 04/10/66
 ● Guilherme Augusto Canedo de Magalhães – 04/10/66 a 
17/10/66 (interino) e 21/10/66 a 10/11/66 (interino com 
substituição)
 ● Tarso de Morais Dutra – 15/03/67 a 05/12/67
 ● Favorino Bastos Mércio – 13/12/67 a 03/11/69 (interino)
 ● Jarbas Gonçalves Passarinho – 03/11/69 a 15/03/74
 ● Ney Aminthas de Barros Braga – 15/03/74 a 30/05/78
 ● Euro Brandão – 30/05/78 a 14/03/79
 ● Eduardo Mattos Portella – 15/03/79 a 26/11/80
 ● Rubem Carlo Ludwig – 27/11/80 a 24/08/82
 ● Esther de Figueiredo Ferraz – 24/08/82 a 15/03/85
Organização e Gestão Educacional
FAEL 
24
 ● Marco Antônio de Oliveira Maciel – 15/03/85 a 14/02/86
 ● Jorge Konder Bornhausen – 14/02/86 a 05/10/87
 ● Aloísio Guimarães Sotero – 06/10/87 a 30/10/87 (interino)
 ● Hugo Napoleão do Rego Neto – 03/11/87 a 16/01/89
 ● Carlos Corrêa de Menezes Sant’anna – 16/01/89 a 14/03/90
 ● Carlos Alberto Chiarelli – 15/03/90 a 21/08/91
 ● José Goldemberg – 02/08/91 a 04/08/92
 ● Eraldo Tinoco Melo – 04/08/92 a 01/10/92 
 ● Murílio de Avellar Hingel – 01/10/92 a 01/01/95 
 ● Paulo Renato Souza – 01/01/95 a 01/01/2003
 ● Cristovam Buarque – 01/01/2003 a 27/01/2004
 ● Tarso Genro – 27/01/2004 a 29/07/2005
 ● Fernando Haddad – 29/07/2005
– 2011
Nos contextos estadual e municipal, a função executiva correspon-
de, respectivamente, à Secretaria Estadual e à Secretaria Municipal da 
Educação. São órgãos responsáveis pela emissão de diretrizes, docu-
mentos e orientações para o desenvolvimento do trabalho pedagógico 
nas instituições de ensino.
Conselho de educação: órgão normativo na gestão 
da educação
A criação e o funcionamento dos conselhos de educação têm rele-
vante importância para a gestão da educação1 brasileira, pois traduzem 
a articulação entre a democratização e a participação da sociedade civil 
nas diferentes esferas de poder, além de serem elementos determinan-
tes para a configuração e implementação de políticas sociais. Por meio 
1 Cury (2002b, p. 44) destaca que, além dos conselhos de educação, a educação no Brasil 
sofre a interferência de outros “conselhos”. São órgãos colegiados que buscam, por meio 
de sua área de ação, garantir o acesso e a permanência de crianças, adolescentes, jovens 
e adultos em instituições de ensino de qualidade. Relacionamos os mais determinantes no 
processo educacional: conselho de classe, conselho de escola, conselho de controle fiscal 
e social, conselho tutelar.
Capítulo 1 
Fundamentos, Concepções e Reflexões sobre a Gestão da Educação Brasileira
25
deles, independente da esfera de atuação, efetiva-se a função normativa 
de um sistema educacional. 
A expressão “conselho” tem sua origem no latim, no verbo 
consulo/consulere, que significa ouvir alguém utilizando a prudência e 
o bom-senso. Corresponde, portanto, a uma ação de mão dupla: ou-
vir e ser ouvido, relacionando-se especificamente ao espaço público. 
Os conselhos de educação, sejam municipais, estaduais ou distritais, 
juntamente com o Conselho Nacional de Educação, são todos órgãos 
colegiados, de caráter norma-
tivo, deliberativo e consultivo, 
que interpretam, deliberam, de 
acordo com as suas competên-
cias e atribuições, a aplicação 
da legislação educacional, pro-
pondo e encaminhando ações 
em prol do aperfeiçoamento da 
educação brasileira. Monlevade 
(2004, p. 34) define e explica:
Conselho de educação: a educação, mais do que outras tarefas 
da sociedade, é uma ação coletiva, em que necessariamente 
todos estão envolvidos. Mesmo na sua agência especializa-
da, a escola, o múnus educativo transcende à ação do pro-
fessor. A primeira escola do Brasil se chamava “colégio”, ou 
seja, um coletivo de educadores e educandos. E, em todas as 
que a sucederam, mais altas e definitivas atribuições foram 
confiadas aos colegiados. Embora marcada pela autoridade 
 individual, a administração pública, na área da educação, des-
de a era colonial, nunca dispensou os “conselhos”, ou seja, os 
órgãos de reflexão e decisão coletivos que assessoravam reis, 
príncipes, capitães-gerais, governadores e presidentes. Uma 
rede de ensino pode ter um conselho como órgão de assesso-
ramento gerencial, uma vez que cabe ao legislativo baixar as 
normas gerais. Já um sistema de ensino precisa de um órgão 
normativo específico, que detalhe os elementos normativos, 
principalmente na área do currículo escolar, e controle sua 
execução: tal é a tarefa central e cotidiana de um conselho de 
educação. Entretanto, essa tarefa pode ser “cartorializada” – e 
frequentemente tem sido – numa formalização tal que anula 
o poder político-pedagógico do conselho e das escolas.
O verbo consulo/consulere também está rela-
cionado à mitologia greco-romana. Consus era 
o deus romano protetor dos grãos plantados 
na terra e cujo altar ficava ao centro do Circo 
Máximo. Seu nome era invocado para a prote-
ção dos grãos semeados contra as intempéries 
da natureza (CURY, 2002b, p. 49). 
Saiba mais
Organização e Gestão Educacional
FAEL 
26
No Brasil, a primeira tentativa pública de criação de um conse-
lho na área educacional aconteceu na Bahia, em 1842. Porém, alguns 
anos depois, em 1846, a Comissão de Instrução Pública da Câmara dos 
Deputados propôs a criação do Conselho Geral de Instrução Pública, 
movimento que possibilitou a implementação de diferentes conselhos 
no contexto educacional brasileiro.
Em 1911, o Decreto n. 8.659 criou o Conselho Superior de En-
sino, mas foi por meio do Decreto n. 16.782-A, de 13 de janeiro de 
1925, que se instituiu o primeiro Conselho Nacional de Ensino do 
país. Em 11 de abril de 1931, o Decreto n. 19.850 alterou a nomencla-
tura do órgão e implementou o Conselho Nacional de Educação. 
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961, determinou em seu texto a 
criação do Conselho Federal de Educação e Conselhos Estaduais de 
Educação, pois considerava que, em função da grande extensão terri-
torial do país, apenas a ação do Conselho Nacional de Educação não 
seria suficiente para atender às especificidades de cada região, estado 
ou município brasileiro (BRASIL, 1961).
Essa nova organização fez com que os Conselhos Estaduais de 
Educação passassem a regulamentar e monitorar as instituições de ensi-
no nas respectivas Unidades da Federação. 
Dez anos depois, em 11 de agosto de 1971, com a implementa-
ção da LDB n. 5.692/71, foi legalmente determinada a criação dos 
Conselhos Municipais de Educação (BRASIL, 1971). No entanto, 
foi apenas em 1988, com a promulgação da atual Constituição Fe-
deral Brasileira, popularmente chamada de Constituição Cidadã, 
que se estabeleceu em seu texto a ampliação da participação popular 
como estratégia para a democratização das diferentes esferas de po-
der (BRASIL, 1988). Viabilizou-se, dessa forma, a concretização dos 
Conselhos Municipais da Educação. 
A Lei n. 9.131/95 (BRASIL, 1995a) dá a atual configuração do 
Conselho Nacional de Educação (CNE), e, entre outras funções, o ca-
racteriza-o como órgão de articulação entre o Estado e a sociedade civil. 
Para tanto, desenvolve seus trabalhos por meio da atuação de 12 con-
selheiros, indicados por associações científicas, profissionais e sindicais, 
que se dividem em duas câmaras, educação básica e ensino superior.
Capítulo 1 
Fundamentos, Concepções e Reflexões sobre a Gestão da Educação Brasileira
27
É órgão colegiado que possui função normativa, deliberativa, con-
sultiva, mobilizadora e/ou de controle social; atua no assessoramento 
do Ministério da Educação, de forma a assegurar a participação da so-
ciedade no monitoramento e aperfeiçoamento da educação nacional. 
Tais responsabilidades contribuem com a condução da política educa-
cional brasileira, além de auxiliarem no monitoramento da qualidade 
do ensino e do cumprimento da legislação educacional. 
A função e a importância do CNE foram ratificadas pela LDB 
n. 9.394/96. A lei maior da educação afirma em seu texto que: “Na estru-
tura educacional haverá um Conselho Nacional da Educação, com fun-
ções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.”
Na esfera municipal está o Conselho Municipal da Educação, órgão 
colegiado de caráter técnico, normativo e decisório que, como já dito 
anteriormente, juntamente com a Secretaria Municipal da Educação, in-
tegra o Sistema Municipal de Ensino. Sua existência é sinônimo da parti-
cipação da comunidade no aperfeiçoamento da educação municipal. 
O Conselho Municipal de Educação é integrado por conselheiros 
escolhidos entre pessoas que possuem reconhecido espírito público e 
competência na área de educação, representantes de associações e enti-
dades da área educacional do município. Sua existência é fundamental 
para a autonomia do sistema municipal. 
A existência do CME é de grande significado, pois atua espe-
cialmente na elaboração e emissão de diretrizes para a educação local, 
acompanhamento e fiscalização dos gastos dos recursos da educação, 
monitoramento da qualidade do ensino ofertado, mobilização em prol 
da organização de fóruns para a manifestação da comunidade e demais 
interessados na situação da educação do município. 
A gestão da educação e os organismos 
internacionais
Diferentes

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