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Introdução à parasitologia Parasitoses são doenças causadas por parasitos, sendo problemas médico- sociais, o que significa que as pessoas que são mais socialmente vulneráveis estão mais susceptíveis as doenças parasitarias e as viroses. Sendo mais acometidos por doenças transmitidas pela água. • 35 milhões não tem água tratada; • 55% dos esgotos não são tratados; • 100 milhões não tem coleta de esgoto; • Fase mais prejudicada: 0 a 4 anos; • Regiões mais prejudicadas: Norte e Nordeste. Parasitos são protozoários e helmintos e artrópodes. Parasitismo é toda relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes em que se observa, além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variado. O parasito depende do hospedeiro para se abrigar, para se alimentar e muitas vezes para se multiplicar, no entanto, essa dependência varia entre as espécies. Conceitos em parasitologia ▪ Tipos de hospedeiros: • Hospedeiro: organismo que abriga o parasito. Ex.: homem, cachorro, gato, porco. Hospedeiro definitivo: abriga o parasito na fase adulta ou sexuada. Ex.: o homem é o HD da Taenia. Hospedeiro intermediário: alberga o parasito na fase larvária ou assexuada. Ex.: o suíno é HI da Taenia. Hospedeiro natural/ reservatório: funciona como fonte de infecção para outros animais. Ex.: o cão funciona como hospedeiro reservatório da leishmania. ▪ Tipos de parasitos: • Parasito: organismo que vive em associação com outro do qual retira os meios para a sobrevivência. Ectoparasitos: parasitos que ficam na parte externa. Ex.: piolho, ácaro, pulga. Endoparasitos: parasitos que ficam na parte interna do hospedeiro. Ex.: Taenia. Hiperparasita: parasita outro parasita. Ex.: E. histolytica sendo parasitada por fungos (Sphoerita endógena) ou por cocobacilos. ▪ Tipos de parasitismos: Parasito obrigatório: é aquele que é incapaz de viver fora do hospedeiro, ele depende do hospedeiro para se multiplicar. Ex.: vírus. Parasito facultativo: pode ou não parasitar um hospedeiro. É um ser de vida livre, mas se houver a oportunidade de parasitar, ele irá parasitar. Ex.: amebas. Parasito periódico: frequenta o hospedeiro intervaladamente. Ex.: carrapato. Parasito acidental: parasita outro hospedeiro que não o seu normal. Ex.: parasitos de cachorro que quando o ser humano pisa nas fezes do cachorro, esses parasitos penetram na pele e causam um quadro de larva migrans (bicho geográfico), a larva penetra na pele humana, mas por não estar adaptada, não consegue chegar até a corrente sanguínea, ficando assim, migrando na pele até morrer. Parasito errático: vive fora do seu hábitat natural. Ex.: Ascaris quando não está parasitando o intestino delgado do hospedeiro. ▪ Tipos de vetores: • Vetor: organismo que serve de veículo para transmissão de algum agente ecológico. Vetor biológico: o parasito se multiplica dentro dele. Ex.: o barbeiro. Vetor mecânico: o parasito não se multiplica dentro dele, ele serve apenas para o transporte. Ex.: mosca, formiga, barata. ▪ Especificidade parasitária: Parasito monóxeno: desenvolve-se em apenas um hospedeiro. Ex.: Ascaris que se desenvolve apenas no homem. Parasito heteróxeno: desenvolve-se em dois ou mais hospedeiro. Taenia que se desenvolve tanto no suíno e bovino como no humano. Relação parasito-hospedeiro Condições necessárias ao sucesso do parasitismo: • Condições ecológicas ou comportamentais. Tem que haver condições ambientais favoráveis para a sobrevivência do parasito e do hospedeiro e tem que haver condições comportamentais que permitam o encontro do parasito com o hospedeiro; • Penetração e adaptação as condições fisiológicas do organismo do hospedeiro. Seria encontrar o seu local de infecção no hospedeiro. • Resistência a reação do hospedeiro. Parasitismo e doença O parasito instalado no hospedeiro não quer dizer necessariamente que o hospedeiro irá apresentar sintomas/sinais clínicos. Parasitismo não é doença. Fatores responsáveis pela doença parasitária: • N° de formas infectantes. Seria a carga parasitária, muitas vezes, com uma carga parasitaria baixa, não há doença; • Virulência da cepa dos parasitos. Os parasitos podem ter variedades populacionais em que um são mais agressivos do que os outros; • Órgãos atingidos; • Grau da resposta imune do hospedeiro, a sua idade e o seu estado nutricional; • Associação com outras doenças. Teoria dos focos naturais Foco natural é a área onde se acha assegurada a existência e transmissão do parasito. Haverá um ambiente propicio a sobrevivência do parasito e do hospedeiro e esse ambiente é chamado de biótico e compreenderá uma biocenose específica, hospedeiro e parasitos estarão naquele ambiente e o parasito conseguirá ficar circulando no ambiente pronto para contaminar o seu hospedeiro.
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