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PROJETO DE INTERIORES - RESIDENCIAL 4 FMU

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Figura 4.1 - Instalações hidráulicas
Fonte:  Cherkas / 123RF.
As áreas molhadas são aquelas que possuem instalações hidrossanitárias e, consequentemente, as que têm materiais (bancadas, pisos, mobiliários, revestimentos etc.) apropriados à presença de água. Equivalem aos ambientes mais complexos dentro da projeção de ambientes residenciais, e incluem ambientes de serviços, como a cozinha e a lavanderia, e privativos, como banheiros e lavabos.
As determinações projetuais da cozinha variam de acordo com as necessidades e relevância do ambiente para os usuários. Os banheiros e lavabos, com o passar dos anos, passaram a expressar o poder econômico familiar, ou seja, deixaram de ser ambientes simples e se tornaram espaços de relaxamento e repouso. As lavanderias tiveram seu valor reduzido, porém, ainda, são essenciais, pois representam a autonomia dos tempos modernos e a praticidade. Esses ambientes (exceto jardins e áreas de lazer, por exemplo) diferem-se dos secos por possuírem três sistemas: sistema de esgoto, equipamentos sanitários e fornecimento de água.
Sistema Hidrossanitário
Em geral, o sistema de fornecimento de água é definido por ser um sistema público de distribuição sob pressão, que direciona a água em pontos de consumo distintos, de modo que a força do atrito e da gravidade seja superada. A pressão da água necessária para realizar esse direcionamento pode provir de bombas no interior da edificação ou de um tubo mestre. Diferentemente dos edifícios, nas residências térreas, a água provém de um reservatório elevado que, por gravidade, distribui aos pontos de consumo.
É importante salientar que o fornecimento de água quente é feito de forma diferente, a água deve passar por um cano específico, apropriado para altas temperaturas. O sistema de aquecimento de água pode ser feito por meio da eletricidade, da energia solar ou de gás. No interior do sistema hidráulico, existem mecanismos, válvulas e registros que controlam o fluxo de água até o ponto sanitário e que, se houver necessidade de manutenção e reparos, facilitam o reparo do dano sem interromper o fornecimento (CHING; BINGELLI, 2006).
A água, após o fornecimento e uso, entra no sistema de drenagem sanitária, que tem como propósito depositar a matéria orgânica (formada de forma eficiente) e a escória líquida. Além disso, esse sistema deve ter ventilação, para que a água e o ar circulem, bem como os odores e gases sejam suprimidos para que não se concentrem no ambiente. A tubulação de esgoto, por depender de sistema de gravidade, normalmente é maior que o abastecimento de água (CHING; BINGELLI, 2006).
Equipamentos Sanitários
Equipamentos ou aparelhos sanitários são aqueles que sustentam a vazão hidráulica, ou seja, são as pias, vasos sanitários e cubas. Hoje em dia, com a valorização da sustentabilidade, da conservação dos recursos hídricos e da economia, os equipamentos sanitários foram replanejados, adotaram mecanismos que evitam o desperdício de água ao dar descarga e ao lavar as mãos e, ainda, há aqueles que reaproveitam a água. Destacam-se no sistema sanitário alguns equipamentos como: registro de passagem, que libera a passagem da água e, se for preciso realizar algum reparo, interrompem o fluxo dela; o sifão, que trata-se de um tubo de drenagem sanitária em formato de “u” ou “s”, por onde escoam as águas residuais; os vasos sanitários, patentes ou bacias sanitárias, que são contentores, geralmente feitos de cerâmica, com tampa e assento móveis, que possuem um sistema de descarga de água, que pode ser de válvula hydra ou de caixa acoplada; os mictórios, que são recipientes de urina destinados ao público masculino que podem ser encontrados, comumente, em ambientes coletivos; os bidês, que são aparelhos sanitários destinados à higiene pessoal, que acabaram perdendo espaço para as duchas higiênicas (que possuem a mesma função do bidê, mas ocupam menos espaço); os  lavatórios/pias, que são bacias com fluxo de água, geralmente para lavagem do rosto e das mãos, eles podem ser de parede, de bancada ou de pedestal; e as banheiras, destinadas ao banho de imersão, que podem ser rebaixadas ao nível do piso, soltas no ambiente ou aplicadas sobre uma plataforma, com ou sem sistemas de hidromassagem acoplados (CHING; BINGELLI, 2006).
A Representação Projetual das Áreas Molhadas
As áreas molhadas são complexas de projetar, por causa de suas especificidades, da exigência de  detalhes e maior complexidade de representação (VALLADARES; MATTOSO, 2002).
Figura 4.2 - Representação gráfica áreas molhadas
Fonte: Elaborada pela autora.
Para desenvolver os detalhes desses ambientes, é necessário usar uma escala compatível, geralmente 1:25 ou 1:20. Esses detalhes necessitam abordar especificações de tubulações, forros, nichos, paginação, instalações e equipamentos sanitários, pisos, iluminação etc. Para representar esses ambientes, o ideal é desenvolver: planta geral, que compatibiliza todos os projetos no ambiente como um todo; indicações, cotas e especificações, que são linhas de chamada com texto específico para orientação;  planta de piso, indicando ralos, sentidos de escoamento d’água, desníveis de box; planta de teto (ou forro), que indica a locação das luminárias e instalação de forro; elevações e ou seções verticais, que indicam a paginação dos revestimentos de parede, alturas de acabamentos, bancadas, nichos; detalhes ampliados de pias, bancadas, box, espelhos, mobiliário etc.; quadro de especificação com louças, metais e acessórios; e qualquer outro desenho necessário para execução do projeto (VALLADARES; MATTOSO, 2002).
Vejamos a seguir as especificações projetuais de cada um dos ambientes considerados como áreas molhadas (cozinhas, banheiros, lavabos e lavanderias) e indicações básicas de layout, aspectos relevantes a serem levados em conta etc.
Cozinhas
A cozinha é o ambiente mais complexo da casa, então, alguns fatores influenciam sua organização, projeção e definição de layout e situação (ou seja, se estará situada perto de sala de estar, quartos etc.), sendo eles: o número de pessoas que a utilizam, o modo e a tipologia que as refeições são preparadas, bem como a frequência que é usada. Por passarmos muito tempo neste ambiente, onde em geral as pessoas se reúnem, seja para realizar uma refeição ou uma simples conversa, elas precisam ser práticas, funcionais, limpas e lindas.
Figura 4.3 - Diferentes layouts de cozinhas
Fonte: Gurgel (2013, p. 192).
Esses aspectos são primordiais para definir o projeto de acordo com o design e a arquitetura (residência, apartamento, ambiente comercial etc.), ao que deverá se adequar.
Figura 4.4 - Cozinha
Fonte:  Monika Mlynek / 123RF.
As cozinhas podem ser “abertas” ou “fechadas”. As cozinhas abertas são aquelas que integram outro cômodo da casa, por exemplo cozinha e sala de estar podem compor o mesmo ambiente. Atualmente, há uma tendência a adotar cozinhas abertas, porém, há vantagens e desvantagens que devem ser enfatizadas em sua escolha. As vantagens, geralmente, são para usuários que recebem pessoas em casa, pois proporciona conforto aos convidados e estes não precisam ficar “apertados”. Por outro lado, as desvantagens são para os que não recebem e o ambiente acaba usufruindo de um espaço que poderia ser alocado a outro cômodo. Outra desvantagem, que incluem tanto moradores que recebem ou não convidados, é que a cozinha aberta, por mais que possua uma coifa eficiente, espalha os cheiros e os ruídos pela casa facilmente.
Além disso, para manter uma boa aparência, a cozinha deverá estar sempre organizada, pois quem adentra à casa logo se depara com a bagunça, se houver.
Após definido se a cozinha será integrada ou não, o próximo passo, e o mais relevante, é a definição do layout. O layout mais apropriado tende a ser o da triangulação entre pia, fogão e geladeira, os itens essenciais no momento de cozinhar. Com base nessa triangulação, a cozinha pode ser dividida em cinco setores.
O primeiro setor corresponde à área próxima à pia, local considerado mais molhado e onde os instrumentos mais utilizadosna preparação das refeições devem estar locados (GURGEL, 2013). O segundo setor diz respeito à área do fogão, local destinado ao cozimento dos alimentos e onde os talheres devem estar em mãos na hora de cozinhar. O terceiro setor equivale à área do forno, onde todos os instrumentos relacionados a ele devem estar próximos. O quarto setor diz respeito à área da geladeira; e o quinto, à área de refeições.
É preciso se atentar para a necessidade de espaço de armazenamento, espaço de circulação e fluxo entre os mobiliários e equipamentos. Quanto aos quesitos estéticos de revestimentos, eletrodomésticos, cores e estilos de mobiliários, podem ser trocados para dar uma cara nova a ambientes que precisam de reforma.
Banheiros e Lavabos
O banheiro é o local mais privativo da casa, por isso deve ser relaxante e exalar sensação de limpeza e higiene, deve fornecer segurança e privacidade ao usuário. A beleza desses ambientes costuma ser efêmera, pois há uma variação constante de revestimentos, equipamentos e acessórios no mercado; por isso, o ideal é que os espaços sejam adequadamente dimensionados para que, caso seja necessária uma troca, esta não seja impedida.
Quanto aos revestimentos, tendemos a escolher, na maioria das vezes, os mais “bonitos”, mas acabamos esquecendo que beleza não é sinônimo de segurança. Portanto, é indispensável verificarmos se não são escorregadios e não provocam acidentes.
Figura 4.5 -  Banheiro
Fonte:  Katarzyna BiaÅ‚asiewicz / 123RF.
Outro fator relevante na projeção do banheiro é a iluminação e a ventilação, ambos aspectos que podem tornar o ambiente desconfortável. Devemos propor soluções de iluminação mais difusas e menos intensas de modo geral, porém, a iluminação deve se adequar a cada tipo de cliente; por exemplo, existem pessoas que usam o banheiro com frequência à noite, há aquelas que usam para se maquiar etc.; e quando não é possível inserir ventilação natural, o ideal é utilizarmos um ventokit.
Outro elemento que devemos projetar é o local para depositar a roupa suja. Após o banho, é comum esquecer de levar a roupa à lavanderia e  acumular a roupa no chão, o ideal é projetar gavetões, embutidos no armário debaixo da pia.
Chuveiros e duchas devem ser “gostosos” e adequados à pressão e ao fluxo da água, os boxes facilitam a manutenção da organização do ambiente evitando o espalhamento da água e o risco de acidentes.
Figura 4.6 - Tipologias de boxes e fechamentos
Fonte: Gurgel (2013, p. 171).
Lavanderia
É um ambiente que possui tanque de lavar roupas, lavadora, mesa de passar, varal, cestos para roupas sujas e limpas, secadora de roupas etc. As atividades desenvolvidas neste ambiente nortearão sua organização, porém não é necessário projetar um ambiente exclusivamente funcional, ele pode ser bonito e agradável também.
Figura 4.7 - Lavanderia
Fonte:  Dit Sangthongsuk / 123RF.
Por ser, na maioria das vezes, um local pequeno e acoplado à dispensa, a projeção da lavanderia deve se adequar a atender a premissa de conter todos os itens necessários no espaço disponível, muito espaço de armazenamento, disposição de varais retráteis e espaço para equipamentos e coisas de uso ocasional (malas, máquina de cortar grama, aspirador etc.). Uma dica para isso é que os armários, bancadas e estantes sejam instalados na parede oposta da 
Os ambientes internos privativos são aqueles que não apresentam contato direto com a água, e são exclusivos de cada usuário, ou seja, são os dormitórios e os escritórios. Estes possuem particularidades, por isso o planejamento e a escolha dos materiais e mobiliários deve estar de acordo com as atividades exercidas nesses ambientes.
Os ambientes secos (privativos e sociais) são representados pelos dormitórios, escritórios, halls, salas (de estar, jantar e TV) etc. Ou seja, as atividades desempenhadas nesses locais não se ligam à água e, por isso, exigem mobiliários, acabamentos e materiais apropriados para isso.
Dormitórios
Os dormitórios pertencem aos ambientes secos; e, antigamente, esses ambientes eram destinados ao sono, relaxamento e descanso, no entanto, as configurações sociais se reestruturaram, fazendo com que esse ambiente se tornasse multifuncional. É importante destacar que, independentemente, das novas funções que o dormitório “ganhou”, sua principal função é favorecer um sono tranquilo e confortável, dessa forma, deve transmitir sensação de tranquilidade, bem-estar e repouso para eliminar o nervosismo e o estresse do dia a dia.
Figura 4.8 - Dormitório casal
Fonte: Katarzyna Białasiewicz / 123RF.
Cada dormitório é singular no sentido de ter suas mobílias, objetos e itens específicos, porém, independentemente da tipologia dele, ou seja, mesmo existindo dormitórios diferenciados para cada tipo de usuário, esse cômodo possui, pelo menos, uma cama de qualidade, com proporções adequadas que possibilitem conforto ao usuário. Esse móvel pode ser fabricado em diferentes acabamentos e materiais, ter altura e largura de tamanhos diferentes, ter cabeceiras ou, ainda, possuir baú com pistão ou gaveta-baú, utilizados na armazenagem de objetos. As camas com pés tendem a acumular sujeira e dificultam o armazenamento (GURGEL, 2013).
Outro móvel útil, encontrado nos dormitórios, é o criado-mudo. Nele são armazenados: livros, celular, cremes, medicamentos etc. Os criados podem ser tanto embutidos à cabeceira quanto não integrados a ela. Além do aspecto funcional, são elementos decorativos, podem ser fabricados em diversas cores, modelos e tamanhos.  
O dormitório pode possuir, ainda, um armário; caso não haja muito espaço para ele, pode ser substituído por uma cômoda para guardar roupas. Além disso, a cômoda é um móvel passível de decoração, justamente por ser como o criado-mudo. Os armários ocupam bastante espaço, por isso, usar portas de correr é uma boa opção, pois aumentam o espaço de circulação. Por outro lado, se houver espaço, os armários podem possuir um ambiente exclusivo, que são os closets.
Figura 4.9 - Disposição interna de armários
Fonte: Gurgel (2013, p. 155); Gurgel (2009, p. 71-74).
Poltronas e cadeiras são bem-vindas ao dormitório também, pois, além de decorarem o ambiente, podem ser utilizadas para leitura. É preciso cuidar para que, quando inseridas no dormitório, estas não se tornem lugar de acúmulo de roupas e objetos, fazendo com que o ambiente aparente estar desorganizado.
Além desses móveis, se o espaço do dormitório permitir uma mesa de estudo, também é conveniente ao ambiente, pois proporciona um espaço de home office ou estudo, por exemplo.
O projeto de um dormitório envolve, principalmente, o perfil do cliente e as atividades que ele exerce no dormitório, pois, muitas vezes, o cliente não usa o quarto somente para dormir, mas sim para trabalhar, ver TV etc. Além disso, a decoração e o estilo influenciarão intensamente o projeto.
No projeto de dormitórios existem algumas considerações que devem ser evidenciadas a respeito do posicionamento dos móveis. A cabeceira, por exemplo, por mais que não se use com tanta frequência hoje em dia, por causa das camas box, é um item expressivo, pois evita o contato direto com a parede, que pode oscilar de temperatura; e proporciona conforto e apoio, pois o usuário pode encostar, por exemplo, para fazer uma leitura.
Outro fator que deve ser considerado é o posicionamento da cama em relação à porta, parede e janela. Em relação à porta, sempre que possível, evite dispor a cama de costas, pois, nesta posição, o usuário não tem visibilidade de quem pode entrar no quarto. Quanto à parede, colocar a cama de casal, especificamente, rente a ela, sem nenhum espaçamento, acaba prejudicando o ato de se levantar. Então, o ideal, nesse caso, é centralizar a cama.
O último fator ligado à posição da cama é a janela. Esta, por sua vez, pode não possuir um bom isolamento, ou seja, transmitir facilmente temperatura, luminosidade e ruídos. Por isso, se não houver elementos que inibam essas “adversidades” (como as cortinas blackout, por exemplo), localizar a cama de frente para ou atrás da janela não é umaboa escolha. A iluminação dos dormitórios deve ser difusa e agradável, o uso de velas para criação de uma atmosfera acolhedora e calma é uma opção, no entanto sempre sob supervisão (não se deve deixar velas acesas, pois há o risco de incêndio). O número e o posicionamento de tomadas e interruptores fazem diferença com relação à praticidade para colocar abajures, computador, carregar celulares etc.
Outro elemento que, assim como as janelas, está ligado diretamente aos ruídos são os ambientes que só possuem superfícies reflexivas e duras — ou seja, os armários, mesas, cômoda e criado-mudo, por exemplo, sem cortinas, tapetes ou almofadas, ou seja, tecidos —; o ambiente refletirá o som e se transformará em um local ruidoso. Além de “abafar” os sons, os tecidos proporcionam conforto térmico, já que as superfícies duras oportunizam a temperatura oscilar. Os espelhos são itens que podem ampliar o ambiente, porém, também podem trazer uma sensação de desconforto se posicionados de forma inadequada, o ideal é que estejam dispostos atrás da cama ou nas laterais, não na frente.
O ar-condicionado também exige um posicionamento adequado, é necessário evitar que fique de frente para a cama, pois o vento pode incomodar o usuário, então, o recomendado é que ele seja instalado na direção da cabeceira.  
A seguir, vejamos as especificidades projetuais para cada tipologia de dormitório, levando-se em conta o fato de ser individual ou não e a faixa etária dos usuários:
· Dormitório de casal: esse ambiente deve proporcionar, principalmente, conforto a seus usuários, por isso, é importante verificar se a altura da cama está confortável para ambos, a presença de um criado-mudo para cada um e o posicionamento da cama para que possibilite a circulação de ambos os usuários. Além disso, as luminárias devem proporcionar a criação de uma atmosfera de aconchego e tranquilidade.
Figura 4.10 - Diferentes layouts dormitórios
Fonte: Gurgel (2013, p.148).
· Dormitório de bebê: nesse ambiente é necessário ter um berço, de acordo com as dimensões da criança; espaço para troca de fraldas e roupas; um armário e cômoda para guardar as roupas e objetos utilizados; uma poltrona de amamentação; e uma cama auxiliar para o desenvolvimento futuro da criança. Além disso, os nichos são bem-vindos para a decoração.
Figura 4.11 - Diferentes layouts dormitórios
Fonte: Katarzyna Białasiewicz / 123RF.
· Dormitório infantil: segundo Gurgel (2013), as crianças se desenvolvem rapidamente dos 4 aos 11 anos, e seus dormitórios passam a ser um local de diversão, desenvolvimento e refúgio, por isso, é importante que esse ambiente motive o estudo, o entretenimento e, é claro, um bom sono. Dos 4 aos 6 anos, as crianças já passam a dormir em camas convencionais e começam a ganhar certa independência, por isso, é importante que os objetos fiquem à altura delas e o chão seja confortável ao toque, ou seja, o piso vinílico ou as placas de EVA são boas opções para isso.
O uso de tapetes só é indicado quando a criança não possui alergia, e as caixas organizadoras ou cestos de organização são elementos essenciais para o armazenamento dos brinquedos. Dos 7 aos 10 anos é a fase em que a criança começa a criar vínculo com os amiguinhos da escola, então querem trazer essas amizades para dormir em sua casa, a área de estudo necessita ser expandida, as formas de entretenimento mudam, ou seja, os brinquedos dão lugar ao computador, TV e videogame.  
A partir dos 11 anos, as crianças começam a participar nas decisões do projeto de seu quarto, ou seja, esse espaço antes era elaborado pelos pais e agora as crianças passam a interferir. Portanto, o dormitório começa a transparecer a personalidade da criança.
· Dormitório de adolescentes: os adolescentes normalmente passam muito tempo nos quartos, por isso, é interessante criar, em um único quarto, dois tipos de ambiente. Ou seja, um voltado para o sono e o relaxamento e outro voltado para os estudos, conversa entre amigos etc. Além disso, como esses jovens estão em fase de crescimento, o ideal é posicionar camas maiores e mais confortáveis.
Figura 4.12 - Dormitório adolescente
Fonte: Katarzyna Białasiewicz / 123RF.
Escritórios
Os escritórios residenciais, conhecidos também como home offices, podem ser de uso familiar ou profissional. Essa variedade definirá o seu posicionamento quanto à circulação privada ou social.
Figura 4.13 - Escritório/home office
Fonte:  Bestpixels / 123RF.
No caso de escritórios de uso familiar, estes podem ser locados aos ambientes íntimos; por outro lado, os escritórios de uso profissional, pelo fato de terem uma circulação maior de pessoas que não são moradoras da casa, idealmente devem ser preservados em locais afastados dos ambientes íntimos e locados próximos a lavabos e ambientes de espera.
Os ambientes internos sociais são determinados pela necessidade de traduzir em seu projeto uma atmosfera de relaxamento, tranquilidade e sociabilidade por meio de revestimentos, materiais, superfícies, texturas e iluminação cálidas que são adversos à presença constante de água.
Diferentemente dos ambientes íntimos que buscam ser personalizados e únicos para cada usuário, quando falamos de ambientes sociais devemos pensar em projetos mais neutros, devido à maior quantidade de usuários e o conceito que norteará o projeto.
Figura 4.14 - Dimensionamento dos itens básicos que compõem ambientes sociais
Fonte: Gurgel (2013, p. 130).
Hall
O hall é o primeiro ambiente da casa que temos contato e, consequentemente, passará a primeira impressão do local, por isso deve estar sempre organizado. Tanto a casa quanto o apartamento podem possuir hall. Nos edifícios, por ter uma circulação maior de pessoas e por ser mais suscetível à poeira e sujeira, devido à circulação maior de pessoas, os halls devem ser ambientes básicos e o mais neutro possível para não desagradar a ninguém (GURGEL, 2013).
Figura 4.15 - Hall
Fonte:  Katarzyna BiaÅ‚asiewicz / 123RF.
No hall de apartamentos e de elevador, há algumas recomendações quanto à sua decoração, por ser compartilhado por diversos moradores, o número de identificação dos apartamentos deve ser padrão, ou seja, deve possuir o mesmo estilo, ser legível e igual para todos, para evitar uma poluição visual; a porta de entrada dos apartamentos deve estar sempre organizada e limpa; a campainha deve estar sempre funcionando e a luz deve favorecer a visibilidade dos visitantes pelo olho mágico; os espelhos são ótimas opções, pois, pelo fato de dar maior visibilidade das pessoas, são ótimos colaboradores para a segurança.
Objetos e arranjos florais são boas opções de decoração, porém exigem manutenção, pois, como há um grande fluxo de pessoas, podem transmitir sensação de descuido. Por outro lado, aparador e suporte para guarda-chuvas são bem-vindos.
O aparador, por sua vez, é extremamente útil, visto que, neste ambiente, muitas pessoas permanecem para esperar, de repente, uma carona, ou o elevador, então, este móvel serviria como suporte para as pessoas colocarem sacolas de compra, por exemplo, ou até mesmo fazer alguma anotação, dessa forma, canetas e papéis seriam indispensáveis neste móvel.
O suporte de guarda-chuva é interessante, pois, quando está chovendo, evita respingos de água para dentro do apartamento.
Assim como os dois móveis citados, poltronas e tomadas para carregador de celular são bem-vindos nesse ambiente. Quanto à iluminação, pode ser feita tanto pelo teto quanto por arandelas de parede, pois transmite uma atmosfera acolhedora.
A manutenção constante e a limpeza do hall, seus mobiliários, tapetes e elementos decorativos são extremamente necessários para que não haja acúmulo de sujeira e desorganização que deprecie o ambiente como um todo (GURGEL, 2013)
Salas
As salas podem ter variadas funções, por isso, cada uma delas determinará quais os elementos adequados quanto à estética e funcionalidade, que irão compô-las, e podem ser divididas em: sala de estar, sala de jantar e sala de TV.
Sala de Estar
A sala de estar é um ambiente multifuncional, isto é, servepara receber visitas, para ver TV, brincar de jogos, relaxar etc. Primeiramente, para projetar esse ambiente, é necessário saber quantas pessoas o utilizarão e quais atividades serão exercidas, pois isso influenciará a escolha dos móveis, iluminação e ventilação.
Figura 4.16 - Sala de estar
Fonte:  Katarzyna BiaÅ‚asiewicz / 123RF .
Nesse ambiente, é primordial ter um sofá, porque, na maioria das vezes, esse é o segundo ambiente da casa/apartamento (depois do hall) que os usuários e visitantes têm contato constante, então, é preciso oferecer conforto. O layout deve ser elaborado de forma estratégica, pelo fato de serem, geralmente, fixos e duráveis, exceto o uso de capas de sofá, que não modificam constantemente sua aparência.  Quanto à decoração, as almofadas são bem-vindas, pois equilibram as cores e formas do ambiente, porém não é indicado usá-las exageradamente, pois podem causar desconforto no uso diário do sofá.
As mesas laterais também são bem-vindas (quando há ou não mesa de centro), pois servem como apoio, isto é, são úteis quando recebemos uma visita, por exemplo, para ter um local para colocar sua bebida.
A mesa de centro é uma boa opção também, pois pode guardar objetos; entretanto, deve-se evitar colocar muitos desses objetos, para não aparentar uma possível falta de organização. Essa mesa só não é indicada caso haja circulação de um ambiente para outro por meio da sala de estar, pois podem comprometer o fluxo. As estantes e aparadores podem ser úteis para dividir ambientes e organizar objetos.
Figura 4.17 - Sala de estar e seus componentes
Fonte: Gurgel (2013, p. 25).
Quanto à iluminação, deve ser estabelecida por fontes distintas, se possível, de maneira difusa, para que conserve o equilíbrio entre a execução das atividades e a percepção visual externa. Normalmente, para luminárias indica-se o uso de 20 watts por metro quadrado. Um ponto importante, pensando em uma sala pequena, é o uso de luzes que se dirigem ao teto, pois, visualmente, essa técnica dá a impressão de que o espaço é maior. Além dessa técnica, há aquela em que se concentra a luz somente no local que as atividades serão desenvolvidas, por exemplo, focar a luz no local de leitura, conversa entre amigos etc., porém sem direcionar a luz no rosto das pessoas, por isso os abajures e luminárias são ótimas opções.
Nesse contexto, as salas de estar podem nos exigir atenção em três pontos importantes, que são:
O primeiro ponto diz respeito à cozinha ser integrada à sala de estar. Se isso ocorrer, é necessário que ambos ambientes interajam bem, para que as condições que serviram de suporte para essa integração, como receber amigos e estar próximo de quem está cozinhando, sejam aproveitadas de forma vantajosa.
O segundo ponto é pensar na sala de estar como ambiente de receber visitas, ou, até mesmo, como uma sala de ver televisão. Se esta sala for pensada com esse último intuito mencionado, o espaço deve propor que as pessoas se posicionem em frente à TV. Diferentemente, se a sala for usada como momento de conversa entre amigos, o ideal é adicionar puffs, poltronas e sofá que facilitem a interação das pessoas. Dessa forma, a televisão não deve estar, diretamente, à frente dessas pessoas.
O terceiro ponto se refere à circulação da sala, ou seja, é preciso espaço entre um móvel e outro, pois, já que é um ambiente de grande circulação, esse espaço é necessário para as pessoas se locomoverem de forma confortável.
Sala de jantar
A sala de jantar é um ambiente para receber família e amigos, dessa forma, é necessário que a circulação seja de fácil acesso. A iluminação deve ser confortável, pois dará a sensação de acolhimento, sentimento indispensável quando recebemos pessoas em casa. Desse modo, a iluminação pode ser feita com arandelas, luminárias, pendentes e spots. Estes dois últimos merecem atenção, pois deve-se evitar que o pendente, sobre a mesa, entre em conflito com o seu peso visual, então, o ideal é que o pendente esteja a 70cm da mesa, e o spots não deve estar apontado à cabeça das pessoas, mas, sim, para os aparadores, por exemplo, para evitar um ofuscamento desconfortável.
Atualmente, encontramos no mercado diversos tipos de mesa adequados de acordo com os tamanhos de sala ou com a necessidade do cliente, por exemplo, as mesas com tampos de vidro são ideais para salas pequenas; as que possuem gavetas sobre o tampo da mesa são úteis para guardar objetos que não são utilizados na hora da refeição, por exemplo, os caminhos de mesa, guardanapo etc.
Outro móvel que compõe a sala de jantar é o aparador de buffets, pois neles pode-se armazenar elementos utilizados na hora da refeição, por exemplo: pratos, copos, jogos de talheres, louças etc. Quanto aos elementos que não são utilizados com muita frequência, o ideal é que sejam armazenados em local fechado, para evitar a limpeza a cada utilização.
Nesse ambiente, é muito comum vermos, também, o uso de tapetes, que podem ser usados desde que a limpeza e a manutenção sejam feitas de forma fácil e rápida, pois, quando as pessoas estão realizando a refeição, é interessante não perder tempo higienizando o local.
Existem casas em que há mesa de refeições na cozinha, então, a mesa da sala de jantar costuma não ser muito utilizada, a não ser quando recebemos visitas. Por esse motivo, na sala de jantar geralmente são guardados pratos, copos, jogos de talheres, louças etc. que são utilizados somente na mesa da sala de jantar, para que, após o uso, voltem para o local de origem.
Sala de TV
A sala de TV pode ser projetada de duas maneiras: na primeira, esse cômodo pode estar agregado a outro, por exemplo, quando não se tem um ambiente exclusivo para sala de TV, geralmente se agrega à sala de estar. A segunda opção de planejamento é quando a sala de TV possui um ambiente próprio e exclusivo para tal atividade. Independentemente do tipo de projeção que será adotada, ou seja, mesmo estando no mesmo ambiente que a sala de estar, a sala de TV deve conter sofá e poltronas confortáveis, mesas de centro e laterais puffs de apoio para os pés, aparadores para bebidas, controles remotos e eventuais apoios de comida.
Além disso, deve ter a estante para instalar a TV, videogames, sistemas de TV, modem e todos os equipamentos necessários para as atividades que serão desenvolvidas nesse ambiente. Cortinas e tapetes são bem-vindos nesse cômodo, pois trazem conforto e acolhimento. O ideal é que as cortinas sejam blecaute para ofuscar a passagem da luz solar. Em relação à sonorização, esta deve ser pensada de forma exclusiva, pois quanto mais reflexivas e duras as superfícies, maior será a vibração do som, por isso, indica-se que, nesse ambiente, haja materiais que absorvam essa sonoridade.
Os ambientes externos são determinados por áreas de lazer, jardins, churrasqueiras etc., que possuem funções diversas e passíveis de projetos variados, desde a simples ambientação de uma varanda até a escolha do posicionamento dos vasos em um jardim de inverno, além de elementos como revestimentos e materiais resistentes e intempéries à seleção da vegetação.
Figura 4.18 - Ambientes externos (varandas, pátios, jardins)
Fonte:  Katarzyna BiaÅ‚asiewicz / 123RF.
Os espaços  externos  são definidos pelo tipo de apropriação requerida e atividades a serem desenvolvidas neles. Ambientes externos, independentemente dos tamanhos que tenham, costumam agregar muito ao seu projeto e à qualidade de bem morar do seu cliente. Saber definir as potencialidades de cada espaço e adequá-los às intenções do projeto e do cliente, fazendo com que estejam harmonizados, faz toda a diferença entre um projeto apropriado e utilizado e um projeto deixado de lado.  
Móveis e revestimentos para espaços externos requerem atenção especial. Segundo Gurgel (2013), os pisos e revestimentos junto a jardins devem ser antiderrapantes e não devem esquentar muito ao sol, pois podem ser perigosos. São indicados para esses ambientes pedras, decks, cerâmicas e cimentados de cor clara.
Veja a seguir algumas especificações projetuais para diferentes ambientesexternos.
Área de Lazer
Casas e apartamentos podem possuir uma área de lazer, ou seja, um ambiente utilizado, muitas vezes, para reunir a família ou os amigos, para um churrasco ou, até mesmo, para um simples almoço ou jantar.
No entanto, o projeto destinado a apartamentos é diferente do destinado a casas, pois, geralmente, a área externa deles é representada pela sacada ou por uma varanda. Na maioria das vezes, são espaços pequenos suscetíveis a ter poucos elementos decorativos, que, consequentemente, nem ganham um projeto. Quando esses ambientes são um pouco maiores, adquirem uma churrasqueira e um espaço gourmet para receber pessoas, porém ainda de modo improvisado, ou seja, sem um projeto que determine suas diretrizes. No entanto, atualmente, essa situação tem mudado, pois algumas construtoras beneficiadas não contabilizam a área da sacada como área construída e, em muitos códigos de obra municipais, têm elaborado esses ambientes maiores.
Contudo, por serem vendidos como área de apartamento, quando o morador entra de fato no imóvel, muitas vezes a área de lazer já está fechada, com vidro ou com outro material permitido; dessa forma, o espaço deixa de ser representado como uma área externa de fato.
Por outro lado, as áreas externas residenciais, normalmente, figuram espaços mais extensos, que admitem projetar diversas atividades de lazer, como piscina, jogos, esportes etc.
Figura 4.19 - Área de lazer
Fonte: Jrstock / 123RF.
Nas residências, as possibilidades e o número de ambientes externos são maiores, ou seja, se o espaço permitir, podemos projetar um jardim de inverno, um jardim frontal, uma área de lazer com churrasqueira, decks, spa, ofurô, pergolados, piscinas etc.
O projeto de área externa descoberta exige que os móveis tenham tratamento e acabamento essenciais para que não sejam danificados de forma acelerada. O metal, móveis de madeira maciça, vidro, compensado naval e fibras sintéticas são ótimas escolhas, pois facilitam a manutenção. Por outro lado, o projeto de área externa coberta demanda o uso de vidro com aberturas, para evitar a perda da luminosidade e da ventilação externa.
Os pergolados são uma boa alternativa de cobertura em ambientes externos, pois oferecem sombra e servem de suporte para plantas do tipo trepadeiras. Além disso, eles têm a opção de serem cobertos ou não, geralmente a cobertura é feita com policarbonato, bambu ou vidro.
Outra possibilidade de cobertura são os toldos e os ombrelones, que são como guarda-sóis maiores, muito utilizados em beiras de piscina, que protegem os mobiliários das ações climáticas, como o sol e chuva constantes. No mercado, existem toldos de tecido, que, hoje em dia, são muito utilizados, pois são como uma espécie de cortina; porém esses toldos são translúcidos e finos, o que acaba deteriorando com facilidade, então, o ideal é usar o toldo de maneira esporádica.
É importante ressaltar que, se a área externa tiver piscinas, ofurôs ou spa, ou seja, elementos que possuem água, é preciso se atentar para a manutenção e a escolha de revestimentos e pisos apropriados, tanto por fatores estéticos quanto para a segurança dos usuários. As pedras de peito de pomba e os pisos antiderrapantes, por exemplo, são essenciais para as bordas das piscinas. O desenho de piscinas segue os padrões e tendências atuais de projeto. Hoje, estão em alta revestimentos verdes, brancos e pretos, bem como piscinas de borda infinita.
Outro cuidado necessário na projeção de área externa é a área gourmet, ou seja, se o cliente optar por essa área, é necessário bastante atenção no abrigo de itens como geladeira, fogão etc.
Jardins
Os jardins são locais em que é possível cultivar plantas e flores ornamentais. Em residências, existem várias possibilidades de projetar jardins: de inverno, vertical, temáticos, sob piscinas etc. Na hora de planejar esse ambiente, é necessário pensar na praticidade, pois, com a correria do dia a dia, muitas vezes os jardins são deixados de lado, o que acaba causando uma impressão de desleixo. Então, se a ideia é não ter manutenção constante, o ideal é inserir vegetações que se enquadrem nessa condição. Os cactos, por exemplo, são ótimas opções, pois requerem água uma vez por semana.
Quando não temos tempo ou espaço para manter um jardim, não devemos deixar de utilizar o ambiente natural promovido pelo verde, e, para isso, podemos utilizar as plantas artificiais. A qualidade e o hiper-realismo das plantas artificiais são as novas aliadas na decoração.
Figura 4.20 - Jardins
Fonte:  Katarzyna BiaÅ‚asiewicz / 123RF.
A seguir, veja algumas tipologias de jardins:
· Jardim Vertical: os jardins verticais podem ser projetados em qualquer ambiente, mas, normalmente, costumam ser mais encontrados em áreas externas. Ao instalá-lo, é necessário se alertar para a necessidade de escoamento e irrigação de água.
· Pátios Internos: os pátios internos, conhecidos também como jardins de inverno, são estufas que podem ser usadas para o fornecimento de ventilação e iluminação. Além disso, são uma boa escolha para nos aproximar da natureza e conduzi-la para dentro da casa, pois arejam o ambiente e proporcionam contato com a terra e vegetação.
· Varanda e sacadas: para definir o que será planejado nesses ambientes, é necessário definir, juntamente com o cliente, se esses ambientes serão destinados para contemplação e relaxamento ou se será um local para receber pessoas. É importante ressaltar que as composições da decoração desses ambientes podem ou não se enquadrar com o restante da casa. Os estilos navy, naturalista, rústico, vintage e retrô são os mais utilizados nesses ambientes, porém nada impede de utilizar outros, tudo é questão de gosto!
Figura 4.21 - Varanda apropriada para receber pessoas
Fonte: Fabio Formaggio / 123RF.
Agora que você já conhece os ambientes que compõem a área externa, quando for planejar esses ambientes, lembre-se sempre de que, se o ambiente for destinado a receber pessoas, é necessário acrescentar sofás, poltronas, bancos, ou seja, espaço para acomodar as pessoas, bem como uma churrasqueira e uma mesa de refeições também.
Por outro lado, se o ambiente for elaborado como um espaço de contemplação, é necessário que seja o mais confortável e acolhedor possível; então, nessa área podem ser adicionados: redes, futons, poltronas e camas que sejam confortáveis. Além disso, existem alguns elementos que farão total diferença nesse ambiente: jardins verticais e prateleiras com vasos (podem possuir tanto plantas/flores naturais quanto artificiais); luminárias de arandelas e velas; e tapetes, almofadas e tecidos, pois fornecerão aconchego ao ambiente.

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