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Projeto de Interiores para o Morar - Unidade 1

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Prévia do material em texto

COZINHAS
Professora:
Me. Larissa Siqueira Camargo
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Educacional Marcus Vinicius Almeida da Silva Machado 
Editoração Produção de materiais 
Ilustração Marta Kakitani, Bruno Pardinho 
Qualidade Textual Produção de Materiais
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; CAMARGO, Larissa Siqueira. 
 
 Projeto de Interiores para o Morar. Larissa Siqueira Camargo; 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 29 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Projeto. 2. Interiores. 3. EaD. I. Título.
 ISBN: 978-85-459-1388-7
CDD - 22 ed. 745
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
06| LAYOUT
12| DIMENSÕES ADEQUADAS
18| ESCOLHAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Compreender a importância de uma boa solução de layout para uma 
cozinha.
 • Identificar dimensões de circulação e uso dos espaços de uma cozinha.
 • Conhecer os materiais indicados no projeto de cozinhas.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Layout
 • Dimensões adequadas
 • Escolhas
COZINHAS
INTRODUÇÃO
introdução
Seja bem-vindo, caro(a) aluno(a). 
Sem dúvidas, a cozinha é um dos ambientes mais importantes de uma casa. 
Nela, as famílias ou moradores se reúnem, ali são preparados os alimentos, não 
somente essenciais para nossa sobrevivência como, muitas vezes, a represen-
tação de carinho por parte de quem prepara para quem irá consumir. Ao longo 
da história, a cozinha foi ganhando outros usos, deixando de ser um espaço 
destinado a empregados domésticos, passando a ser comumente um ambien-
te de confraternização e recepção.
Essas mudanças não alteraram a necessidade de ser um espaço de dis-
tribuição adequada, oferecendo qualidade de uso dos mobiliários e nem a 
preocupação na escolha dos materiais a serem empregados, considerando a 
importância da manutenção e da higiene.
Com esses princípios, nosso estudo propõe a imersão no projeto deste 
cômodo de tanta importância, apresentando inicialmente técnicas e ferramen-
tas aplicadas à elaboração do layout, incluindo especialmente a triangulação 
e a setorização ou zoneamento a partir das atividades a serem desenvolvidas. 
Seguidamente, e tão associada ao layout, falarei sobre as dimensões adequa-
das, especialmente de circulação, e as necessárias para o uso dos equipamentos, 
considerando a ergonomia, o conforto e a segurança, tão essencial para esse 
espaço. Para isso, diferentes autoras e até normativas foram cruzadas, apresen-
tando assim diretrizes importantes ao projetar uma cozinha.
Para finalizar nosso estudo sobre o projeto de interiores de cozinhas, uma 
explanação sobre as escolhas de materiais de revestimento de piso, parede, 
tampo de bancada e fabricação de mobiliários, fundamentados na manuten-
ção e qualidade do resultado final. Além disso, uma explanação sobre a escolha 
de cores é bastante relevante e inserida nesta aula.
Espero que com tudo apresentado neste estudo, seus projetos de cozinha 
se tornem de melhor qualidade, atendendo, ou melhor, superando as expec-
tativas de seus clientes em sua contratação. Boa leitura!
Pós-Universo 6
layout
Pós-Universo 7
A cozinha é um dos ambientes de uma casa que apresenta a maior possibilidade 
de usos, de acordo com os hábitos dos habitantes. Para grande parte das famílias, é 
onde acontece a maior parte das atividades da residência, para outras, existe apenas 
para oferecer água gelada. Como apresenta Gurgel (2013, p. 183), “paixão para uns e 
pesadelos para outros, a cozinha reflete o estilo de vida de uma família”. E justamen-
te considerando tantas possibilidades de uso, é um ambiente que exige bastante 
cuidado ao ser projetado. Para Grimley e Love (2016), a cozinha é o ambiente de uma 
casa que exige maior trabalho ao ser projetado, objetivando funcionalidade e coe-
rência visual.
Camargo (2014) diz que é na área da cozinha que se armazena e prepara os ali-
mentos; nas residências a cozinha é usada como um local de integração familiar, 
onde até se recebe visitas. Para a autora, existe uma variação de uso e ocupação da 
cozinha, dependendo dos moradores e usuários. Independente do uso, Szücs (2000) 
apresenta que existem equipamentos mínimos a serem instalados em uma cozinha, 
sendo esses um balcão com pia, geladeira com congelador integrado, fogão de 
quatro bocas, mesa para duas ou quatro cadeiras (ou banquetas) e armário suspen-
so com duas ou quatro portas. 
O primeiro passo, sempre, independente do briefing levantado, é o da criação 
de layout de mobiliários e equipamentos, e essa definição depende também de que 
etapa encontra-se o ambiente, construído, já pronto, ou ainda em fase de projeto ar-
quitetônico ou construção, o que permite alterações dos pontos hidráulicos, já que 
justamente a localização destes pontos, serão o ponto de partida do layout, consi-
derando que, normalmente é inviável a troca de um ponto de entrada ou saída de 
água, salvo em situações nas quais não haja realmente outra solução e seja necessá-
rio a mudança da instalação hidráulica. 
Assim, já defendemos que o projeto de distribuição de móveis e equipamen-
tos em uma cozinha parte da localização das torneiras (GURGEL, 2013), então, a pia 
é a primeira a ser posicionada. Juntamente com a pia, a geladeira e o fogão são os 
equipamentos mais importantes em uma cozinha. Assim, após a definição de locali-
zação da pia, determina-se a posição dos outros dois eletrodomésticos. Tanto Gurgel 
(2013) quanto Grimley e Love (2016) defendem o aplicação da técnica de triangu-
lação entre esses três equipamentos da cozinha, que consiste na distribuição deles 
de forma triangular.
Pós-Universo 8
Figura 1 - Distribuição triangular de equipamentos na cozinha 
Fonte: A autora.
A técnica da triangulação tende a facilitar as atividades e considera a integração de 
uso dos equipamentos no desenvolvimento das principais ações que acontecem 
em uma cozinha, sendo que ela é possível de ser aplicada em praticamente todas as 
cozinhas, independente de formato e dimensões, conforme nos apresenta Grimley 
e Love (2016, p. 93):
Procure manter a soma das três distâncias (entre os 3 equipamento) inferior 
a 6,5 metros, considerando que esse percursos poderão ser feitos muitas 
vezes ao dias por alguns moradores, sendo que, a distância entre a pia e a 
geladeira deverá ser a menor delas.
Fonte: Adaptado de Gurgel (2013, p. 191).
saiba mais 
Pós-Universo 9
Título - Cozinha linear paralela 
Fonte: Shuterstock
Bastante comum 
em plantas de 
apartamen-
tos, essa solução 
de disposição é 
ideal para as co-
zinhas com duas 
portas. É indicado 
que se tenha 1,20 
metros no cor-
redor, entre um 
alinhamento de 
armário e outro, 
ou, no mínimo 
0,90 metros. 
Título - Cozinha em forma de L e cozinha em forma de U
Fonte: Shuterstock
Essas disposições 
funcionam tanto 
em espaços pe-
quenos, desde 
que o suficiente 
para a ocupação 
e circulação ade-
quada, como 
para espaços 
maiores. Também 
é indicado que 
se tenha livre 
1,20 metros de 
circulação.
Pós-Universo 10
Título - Cozinha com ilha 
Fonte: Shuterstock
Oferece um 
espaço a mais 
para uso, sendo 
que na ilha 
pode ser insta-
lado a piaou o 
fogão. É indicado 
para ambientes 
maiores, e sua 
maior vantagem 
é a possibilidade 
de socialização 
entre os diferen-
tes usuários do 
ambiente.
Título - Cozinha linear 
Fonte: Shuterstock
Quando a 
cozinha é muito 
estreita, não é 
indicada a ocu-
pação dos dois 
lados, consi-
derando que o 
mínimo indicado 
é de 0,90 metros. 
Neste caso, não 
é possível a dis-
posição de forma 
triangular, mas é 
interessante que 
a sequência dos 
equipamentos 
siga a ordem de 
geladeira, pia e 
fogão.
Tabela 1 - Técnica de triangulação de cozinhas
Fonte: Adaptado de Grimley e Love (2016, p. 93).
Pós-Universo 11
Os três equipamentos alocados na técnica da triangulação praticamente definem 
as atividades básicas de uma cozinha, ou seja, armazenar (geladeira), preparar (pia) e 
cozinha (fogão), o que nos leva à próxima técnica a ser empregada na definição de 
layout de uma cozinha: a setorização por zonas de trabalho, que baseia-se na ideia 
central de distribuir na cozinha os mobiliários e equipamentos a partir de sua ne-
cessidade de uso. Para Grimley e Love (2016), as zonas de trabalho são exatamente 
definidas pelos equipamentos que estabelecem a triangulação, assim, são 3 zonas: 
a de lavagem, composta principalmente por pia e máquina de lavar louças, quando 
existente; a de preparo, que consiste em um refrigerador e uma área de balcão ad-
jacente; e a de cozimento, onde são instalados fogão e forno.
Já para Gurgel (2013), a indicação é que sejam estabelecidas 5 zonas na cozinha: 
próximo a pia, ou setor de limpeza; próximo ao fogão, ou setor de cocção; área ou 
setor de refeições; bancadas, ou setor de preparo; geladeira e armários, setor de ar-
mazenamento ou estocagem.
Figura 2 - Zonas de trabalho de uma cozinha, de acordo com Gurgel (2013) 
Fonte: Adaptado de Arauco (2016, on line)¹ 
Pós-Universo 12
dimensões adequadas
Pós-Universo 13
Considerando o objetivo de um projeto funcional, as dimensões de uma cozinha, 
seja de mobiliário, alocação, circulação etc., são de extrema importância no processo 
do projeto. Dessa maneira, Neufert (2004) diz que a cozinha deve ter, no mínimo, 187 
cm de largura, e para a NBR - Norma Brasileira - nº. 15.575 (ABNT, 2013) esse mínimo é 
de 150 cm. Camargo (2014) diz que um dos principais pontos a serem considerados 
em um projeto de cozinha são os espaços livres, que devem ser adequados para a 
circulação entre armários ou eletrodomésticos, garantindo conforto e segurança ao 
usuário. Assim, de acordo com Panero e Zelnik (1979), a distância entre o mobiliário 
ou equipamento e outra barreira, que pode ser outro mobiliário, equipamento ou 
mesmo a parede, deve ser entre 152 cm e 167 cm, permitindo a passagem de uma 
pessoa de forma confortável e segura, mesmo com uma porta ou uma gaveta aberta.
Em se tratando do espaço disponível para o uso dos equipamentos da cozinha, 
desconsiderando o espaço de circulação, o indicado é de 101 cm, tanto em frente 
ao fogão quanto à pia (PANERO & ZELNIK, 1979), o que se aproxima do apresenta-
do por Neufert (2004), 110 cm, muito próximo do defendido por Boueri Filho (2008), 
que indica a distância entre o fogão e o obstáculo à frente entre 100 e 120 cm. Em 
se tratando das indicações da NBR nº. 15.575 (ABNT, 2013), a circulação mínima em 
frente à pia, ao fogão e à geladeira é de 85 cm, sendo que essa indicação desconside-
ra a circulação de uma segunda pessoa quando algum dos equipamentos estiverem 
em uso. 
É possível observar na figura abaixo que Boueri Filho (2008), ao apresentar as di-
mensões adequadas para a instalação de fogão e forno alto, além do espaço frontal 
para o uso dos equipamentos, existe a altura adequada para a instalação do forno e 
um espaço livre nas laterais do fogão de 35 cm de cada lado do equipamento. Boueri 
(2008) apresenta que a instalação do forno (do tipo independente de fogão) ou do 
micro-ondas deve ser entre 0,85 e 0,95 mts de altura, não se esquecendo da neces-
sidade de área livre à frente para o uso correto e seguro do eletrodoméstico. No caso 
do forno baixo, convencional, junto ao fogão, ou ainda, armários abaixo de bancada 
e até lava louças, importante lembrar que o modo ideal de uso é agachado, assim, é 
necessário aumentar o espaço livre ao redor, já que o movimento necessita de uma 
área maior para ser realizado do que o uso em pé.
Pós-Universo 14
Figura 3 - Uso de fogão e forno
Fonte: Boueri (2008, p. 16).
Para Camargo (2014), diferentes autores apresentam dados aproximados quanto ao 
espaço necessário para o uso da geladeira, que variam entre 70 e 100 cm, garantin-
do que ocorra a abertura adequada e os mantimentos possam ser retirados de forma 
adequada, sem prejudicar a postura do usuário. 
Fogão|Forno Baixo Forno Alto
1.70
1.00 1.10 1.20b
1.00 1.10 1.20b
.8
0a .8
5
.3
5c
.3
5c
A
ltu
ra
 .8
5|
.9
5
.70 .80
.70 .80
1.90
Pós-Universo 15
Figura 4 - Uso da geladeira
Fonte: Boueri (2008, p. 17).
Considerando que a pia é o local onde as atividades mais demoradas são desenvol-
vidas, é um dos elementos que precisa de maior cuidado em suas especificações. 
Para a sua altura, é possível considerar duas possibilidades, dependendo da altura 
da pessoa que fará mais uso do equipamento ou da média geral de todos os usuá-
rios, sendo que pode variar entre 0,80 a 1,00 metro – quando o usuário for mais alto 
(GURGEL, 2013).
Geladeira
.70 1.00
.70 1.00
.8
5
Pós-Universo 16
Figura 5 - Altura de bancada de cozinha 
Fonte: Shuterstock
Não é indicado que sua profundidade ultrapasse os 60 cm, já que torna a dimensão 
do tampo de alcance desconfortável, além de dispor de um espaço de armazena-
mento no armário inferior com uma profundidade que não proporciona praticidade 
de uso. Importante observar também a distância, a bancada e os armários superio-
res, para evitar que ocorram colisões com a cabeça. O rodapé ou sóculo também é 
essencial para o uso adequado, visto que sua altura deve estar entre 15 e 20 cm, e 
sua profundidade de no mínimo 15 cm.
O sóculo é a base do seu armário quando ele tocar o chão e der acaba-
mento ao móvel. Pode ser feito de alvenaria ou de madeira e ser revestido 
– ou não – de granito ou com o mesmo piso do ambiente em que ele se 
insere. Móveis com sóculo de alvenaria e revestimento de piso ou granito 
são ideais para espaços em que se pretende jogar água durante a limpeza, 
ou que possua solo muito úmido. Se você preferir, pode fazer um móvel 
suspenso a 15cm-20cm (sem sóculo), chumbando-o na parede.
Fonte: Adaptado de http://3hauss.com.br/cozinhas-integradas-parte-2/.
saiba mais 
Pós-Universo 17
Figura 6 - Profundidade da bancada e altura do armário superior
Gurgel (2013) apresenta indicações de profundidade e altura adequadas para prate-
leiras – internas ou externas aos armários – para armazenamento dos itens mais 
comuns de uma cozinha. Para panelas e travessas, as prateleiras devem ter entre 50 
a 55 cm de profundidade e de 20 a 35 cm de altura, assim, sendo instalada em balcões, 
e não armários superiores. Para o armazenamento de louças, a indicação é de que 
tenha entre 30 e 45 cm de profundidade e de 15 a 25 cm de altura, podendo estar 
tanto em balcões como em superiores. No caso do armazenamento de garrafas em 
pé, de 20 a 45 cm de profundidade e de 25 a 45 cm de altura, se for para garrafas dei-
tadas, de 40 a 45 cm de profundidade e de 10 a 15 cm de altura. Para Boueri (2008), 
uma prateleira acima da pia com 1,35 m de altura a partir do piso permite que 95% 
da população a alcance com as duas mãos, e com 1,45 m, 95% da população alcança 
itens que estão na frente na prateleira. 
Para o projeto de cozinhas que atendam a pessoas com deficiência, é neces-
sário buscar outras referências de dimensões, considerando a necessidade 
dos usuários.
Fonte: a autora.
atenção
Pós-Universo 18
escolhas
Pós-Universo 19
Definir materiais, acabamentos e até cores para uma cozinha exige dedicação do pro-
jetista responsável, já queuma especificação equivocada pode apresentar bastante 
problemas pós-uso. O princípio básico nas escolhas para uma cozinha, normalmente, 
estão norteados a partir da higiene, a aparência de limpeza desejada, considerando 
ser o espaço onde serão manuseados alimentos. Nem sempre o tão desejado branco 
brilhante, que apresenta tanto o aspecto de limpeza, é a melhor opção de manuten-
ção e o efeito desejado, difícil de ser mantido (GURGEL, 2013). Assim, de acordo com 
o apanhado em diferentes autores (GURGEL, 2013; GURGEL 2009; GRIMLEY & LOVE, 
2016; GIBBS, 2015), vejamos a seguir as indicações para os materiais a serem utiliza-
dos na cozinha.
PISO
A opção mais defendida é a do piso cerâmico, sempre que possí-
vel, porcelanato retificado, considerando que o porcelanato é menos 
poroso e o retificado necessita de um rejunte menor. Cuidado com 
o polido, que pode marcar e manchar mais facilmente. Outra pos-
sibilidade de uso, já bastante utilizada no exterior e que vem se 
destacando no Brasil, são os pisos vinílicos ou de borracha, que além 
de flexíveis, o que aumenta sua resistência, suportam grandes tráfe-
gos, umidade e resistem bem aos materiais de limpeza. Existem ainda 
os pisos em pedras naturais, mas para esse uso é necessário bastante 
cuidados quanto à abrasão, já que pedras polidas quando molhadas 
tornam-se muito escorregadias. 
PAREDE
Os revestimentos cerâmicos são os mais utilizados, considerando 
a facilidade de manutenção, mas cuidado com os que apresen-
tam muitos detalhes e necessidade de rejuntes. Necessário também 
o cuidado com as escolhas próximos à pia e ao fogão, locais que 
molham e engorduram, e assim, o revestimento pode apresentar 
o aspecto de manchado ou mesmo manchar permanentemen-
te. Porém, tem sido cada vez mais comum a opção de não revestir 
todas as paredes com azulejos, e a tinta pode ser uma opção. Para os 
autores, a tinta na cozinha deve ser semi brilho ou brilho, por serem 
mais resistentes e possíveis de limpeza mais facilmente, além disso, 
importante que sejam do tipo lavável, ou ao menos resistente à 
limpeza.
Pós-Universo 20
BANCADAS 
(TAMPOS)
A pedra é a opção mais comum, mas não única, e nem sempre a 
melhor, já que algumas pedras são mais porosas, e por isso, mancham 
com o respingo de alimentos, especialmente óleos. Entre as varieda-
des de pedras, os granitos são os mais indicados para bancadas de 
cozinha, e os mármores, podem até serem utilizados, de forma mais 
cautelosa, de preferência em residências onde o uso da cozinha não 
seja tão frequente. Atualmente, temos as opções semi-sintéticas, que 
misturam materiais-primas naturais e sintéticas, como o corian, fabri-
cado em resina acrílica e minerais, ou ainda, os silestone, caesarstone, 
dekton, entre outros compostos por minerais de quartzo associado a 
outros elementos diversos (que os diferenciam), materiais cerâmicos, 
vidros ou materiais existentes pelo manuseio do petróleo.
Uma possibilidade que vem aumentando é a bancada revestida em 
cerâmica, normalmente, porcelanato, sendo que já existem empresas 
que prestam essa tipo de serviço, não sendo indicada a montagem 
na própria obra. Para essa opção, escolha um revestimento com baixa 
porosidade e superfície resistente a manchas. 
ARMÁRIOS
A tão desejável madeira maciça há tempos não é uma opção tão 
acessível para a fabricação de mobiliários. Atualmente, as chapas har-
dboards, ou chapas de fibras de madeira são as mais empregadas 
para esse fim. As mais utilizadas são o MDF e o MDP, opções bastan-
te resistentes dentro da necessidade de uma cozinha – só não podem 
ser lavadas. Interessante para os designers ou arquitetos responsáveis 
pelo projeto da cozinha que as opções de acabamento são inúmeras, 
e anualmente são lançadas novas, em diferentes tons de madeira, e 
até imitando outros materiais, como tecidos, cimentos, entre outros. 
Associado a isso, é possível a utilização de vidros em portas, e esses 
também oferecem diferentes possibilidades, em cores e jateamen-
tos, mas é indispensável o cuidado com a manutenção, já que o vidro 
costuma marcar mais facilmente. 
Tabela 2 - Materiais a serem utilizados em cozinhas
Fonte: a autora, baseada em (GURGEL, 2013; GURGEL 2008; GRIMLEY & LOVE, 2016; GIBBS, 2015).
Pós-Universo 21
Outra escolha que merece cuidado em uma cozinha é quanto às cores a serem 
empregadas. Para Gurgel (2013, p. 189) “Um ambiente limpo e claro pode ser alcan-
çado com revestimentos brancos e off white.”, mas a mesma autora defende que em 
algumas situações é importante o emprego de outras cores. Por exemplo, quando o 
teto é alto, uma bancada em tom mais escuro, reforça as linhas horizontais e diminui 
a sensação de “frieza” causada pela altura. Um teto em tom mais escuro também tem 
essa função, de diminuir a sensação de muito alto.
Uma opção apontada pela autora para cozinhas em localidades de climas mais 
quentes, ou ainda, cozinhas com pouca ventilação, é a aplicação em alguns elemen-
tos da cozinha da cor azul-esverdeado, o que deixará a sensação de frescor. O uso 
do amarelo ajudará aos moradores a despertarem com mais energia pela manhã, 
porém, podem estimular a fome, mesmo caso do vermelho e laranja. Tons de violeta 
não são indicados, pois desestimulam energeticamente.
atividades de estudo
1. A triangulação dos principais equipamentos de uma cozinha é uma das técnicas em-
pregadas em seu projeto, e sobre ela, leia as afirmativas e análise. 
I) Os equipamentos que são utilizados como referência para a triangulação são a 
pia, o fogão e a geladeira.
II) O principal equipamento na aplicação da técnica, de onde tudo começa, é a mesa.
III) A triangulação deve e pode ser aplicada em cozinhas de formato quadrado e 
quando possuem duas ou mais portas.
IV) Para a triangulação, procure manter a soma das três distâncias (entre os 3 equi-
pamento) inferior a 6,5 metros.
Está correto o apresentado em:
a) I, II e III apenas.
b) I, II e IV apenas.
c) I e IV apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) III e IV apenas.
2. Por questões ergonômicas e de segurança, as dimensões de circulação e mobiliá-
rios de uma cozinhas devem ser decididas com bastante cautela, e sobre elas, leia 
as informações abaixo e defina qual está correta.
a) A circulação mínima ideal de circulação de uma cozinha é de 0,60 m, consideran-
do a passagem de uma pessoa. 
b) A altura da pia da cozinha deve estar entre 0,80 e 1,10 metros.
c) Todos os armários de uma cozinha, seja inferior ou superior, devem ter entre 0,60 
e 0,80 metros de profundidade.
d) A altura de instalação de um forno é equivalente à altura de instalação de um 
micro-ondas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
atividades de estudo
3. Considerada um dos ambientes mais importantes em uma residência, as escolhas 
dos acabamentos de uma cozinha são muito importantes, e sobre isso, leia e reflita.
I) Os revestimentos em branco são sempre ideais, pois atendem aos objetivos que 
se deseja para uma cozinha.
II) Além dos pisos cerâmicos, existem outros materiais que podem ser utilizados em 
pisos, como os vinílicos. 
III) A tinta pode ser uma opção no revestimento de paredes, devendo ser com semi 
brilho ou brilho.
IV) Atualmente, existem materiais alternativos de bastante qualidade para tampos 
de pia, compostos pela mistura de matérias-primas naturais e sintéticas.
Está correto o que se apresenta em:
a) I, II e III apenas.
b) I, III e IV apenas.
c) II, III e IV apenas.
d) II e III apenas.
e) III e IV apenas.
resumo
Considerando a importância da cozinha, e que você, profissional, será contratado na busca por 
soluções adequadas deste ambiente, é indispensável uma visão global do projeto, especialmente 
do ponto de vista funcional, objetivando ergonomia, manutenção e segurança de uso do espaço 
e de todos os equipamentos que o compõem.
Uma cozinha que atenda a esses requisitos deve apresentar um layout adequado, bem elaborado, 
a partir da disposição arquitetônica, que parta dos principais equipamentos:pia, fogão e gela-
deira. A triangulação é uma das ferramentas mais aplicadas neste conceito, juntamente com a 
setorização, que melhora não somente o uso dos principais equipamentos, como a relação entre 
eles e todas as atividades que ali podem ser desenvolvidas.
Para que o layout realmente atenda de forma plena, as dimensões de circulação são de extrema 
importância e definem a qualidade de uso pontualmente e do todo, incluindo o espaço neces-
sário para a movimentação do corpo ao utilizar determinados equipamentos, como o forno e a 
geladeira, além de pia e a simples circulação pelo ambiente.
Para finalizar um bom projeto, é indispensável que as escolhas dos materiais a serem emprega-
dos seja certeira, tanto em piso, parede, bancadas e mobiliários, atendendo à manutenção, já que 
esse é um cômodo onde além dos próprios alimentos que ali são manuseados, recebe bastante 
produtos de limpeza, e assim, a necessidade de resistência a isso. Neste processo também está 
inserido a escolha de cores, que não deve ser baseada apenas em decisões estéticas.
Claro que, apesar da valorização dada à funcionalidade, o fator estético não é deixado de lado, e 
isso está bastante relacionado a gostos pessoais e tendências disponíveis no mercado, e caberá 
a você a elaboração de um bom briefing e muitas pesquisas de mercado.
Mãos à obra!
material complementar
Projeto e Dimensionamento dos Espaços da Habitação: Espaço de 
Atividades
Autor: Jorge Boueri
Editora: ESTAÇÃO DAS LETRAS
Sinopse: O dimensionamento mínimo e adequado é obtido a partir da 
composição das atividades propostas pelo programa para cada ambien-
te ou espaço da habitação.
 São disponibilizados dados dimensionais agrupados pelas atividades 
e funções que ocorrem na habitação e na aplicação do dimensionamento nos projetos, é 
voltada para a importância do conhecimento do corpo humano, suas medidas e limites físicos 
– fatores determinantes para que o projeto atenda aos requisitos de facilidade de uso, ma-
nutenção e segurança.
Comentário: Você tem acesso gratuitamente ao e-book opr meio do link: <https://www.
estacaoletras.com.br/product-page/projeto-e-dimensionamento-dos-espa%C3%A7os-da-
-habita%C3%A7%C3%A3o-espa%C3%A7o-de-atividades>.
Na Web
http://www.cliquearquitetura.com.b
O site Clique Arquitetura dispõe de diversas dicas sobre projetos arquitetônicos e especial-
mente de interiores, inclusive sobre cozinhas. Existe um campo de busca na página principal, 
basta digitar seu interesse.
http://www.estacaoletras.com.br/jorgeboueri
http://www.estacaoletras.com.br/jorgeboueri
http://www.estacaoletras.com.br/jorgeboueri
material complementar
Cores Em Casa: Guia Prático Para Decorar e Harmonizar Ambientes
Autor: Alice Westgate
Editora: Senac
Sinopse: Este livro vem derrubar o mito de que algumas pessoas têm 
uma habilidade natural para combinar cores e outras não. Todos nós 
sabemos o que nos agrada e o que nos desagrada, mas muitas vezes 
falta o conhecimento sobre como aplicar tons e texturas em decoração. 
Conhecer traz a confiança para sair do neutro e transformar o ambiente 
utilizando uma lata de tinta. “Cores em casa” explica como os designers de interiores conse-
guem obter resultados equilibrados mesmo quando uma combinação vai contra o senso 
comum. Existem técnicas para fazer cores aparentemente conflitantes parecerem perfeitas 
uma ao lado da outra e existem truques para dar vida a um espaço sem torná-lo berrante 
ou cansativo. 
“Cores Em Casa” também apresenta: 
- receitas de tintas e vernizes artesanais, para quem deseja um toque personalizado; 
- sugestões de acordo com o impacto da coloração em nossas emoções; 
- amostras destacáveis de cores, para testes e simulações; 
- fotos inspiradoras de decorações em tons diversos.
referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15575: Edificações habitacionais – 
Desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
BOUERI FILHO, José Jorge. Projeto e dimensionamento dos espaços da habitação: espaço 
de atividade. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2008.
BUENO, Francisco da Silveira. Minidicionário Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: 
DCL, 2010.
CAMARGO, Larissa Siqueira. Qualidade Funcional de Quitinetes do Jardim Universitário em Maringá 
- PR. Dissertação de mestrado. Maringá: UEM, 2014. Disponível em: <http://www.peu.uem.br/
LarissaSiqueira.pdf>. Acesso em: 24 set. 2017.
GIBBS, Jenny. Design de Interiores: Guia prático para estudantes e profissionais. Brasil: Gustavo 
Gili, 2015.
GRIMLEY, Chris; LOVE, Mimi. Cor, Espaço e Estilo. São Paulo: Gustavi Gili, 2016.
GURGEL, Miriam. Organizando Espaços: Guia de decoração e reforma de residências. São Paulo: 
SENAC, 2008.
______. Projetando Espaços: Guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais. São Paulo: 
SENAC, 2013.
NEUFERT, Peter. A arte de projetar em arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili, 2004
PANERO, Julius; ZELNIK, Martin. Las dimensiones humanas en los espacios interiores. Barcelona: 
Editorial Gustavo Gili, 1979.
SZÜCS, C. Habitação de Interesse Social – HIS: Tabela de Requisitos. NUTAU 2000 – Tecnologia e 
Desenvolvimento. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 
Departamento de Tecnologia da Arquitetura. 2000. 
3 - Hauss. on-line. Disponível em: <http://3hauss.com.br/cozinhas-integradas-parte-2/>. Acesso 
em: 18 out. 2017.
resolução de exercícios
1. c. I e IV apenas.
2. d. A altura de instalação de um forno é equivalente à altura de instalação de um 
micro-ondas.
3. c. II, III e IV apenas.

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