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Boas Práticas para Trabalhar com Arquivos DWG

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BOAS PRÁTICAS PARA TRABALHAR COM ARQUIVOS .DWG 
Autor: Rakesh RAO. DesignSense Software Technologies. Bengaluru. 2016 
Tradução e adaptação: Bruno GRANERO. Montcalm Montagens Industrais. São Paulo. 2020. 
 
INTRODUÇÃO AO DWG 
 formato .dwg é o padrão industrial de projetos CAD (desenho auxiliado por 
computador). Ele foi criado pela Autodesk como formato nativo do muito 
bem-sucedido programa AutoCAD. Enquanto o formato .dxf tornou-se 
aberto e publicável, o .dwg permaneceu proprietário e acessível apenas pela Au-
todesk. 
A popularidade do .dwg foi tal que rapidamente surgiram programas de terceiros 
que leem / escrevem arquivos .dwg. Na liderança destes há a Open Design Alli-
ance (ODA) que provê o padrão atual aos softwares para leitura e escrita .dwg para 
aplicações de desktop ou em nuvem. 
Provavelmente não há qualquer projetista que não tenha usado o AutoCAD em al-
gum momento de sua carreira. Bilhões de projetos .dwg foram produzidos nas úl-
timas três décadas e meia. 
A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO DO DWG 
 
 
A grande questão que precisamos perguntar é se nós estamos produzindo a qua-
lidade ideal de arquivos CAD e, caso não, o que podemos fazer para melhorar? 
Então, nesse texto vamos pensar sobre qualidade, estrutura e diagramação de ar-
quivos .dwg, com base em recursos pouco utilizados e nos maus hábitos que cul-
tivamos. 
O 
Se você encontrar isso em 
seu desenho, certamente 
seus procedimentos de CAD 
tem problemas. 
As questões que proponho à comunidade de projetistas são as seguintes: 
 Nós dedicamos inteligência suficiente na criação de arquivos .dwg de boa quali-
dade para além do requisito imediato de criar desenhos bons para produção ou 
bons para construção? 
 O seu arquivo .dwg comunica as intenções, as escolhas do projeto facilmente 
mesmo para projetistas que não o criaram? 
 Se você (ou qualquer outro) precisar trabalhar em projetos existentes, isso pode 
ser feito facilmente ou envolverá duras edições e retrabalhos? 
Creio que em 8 a cada 10 casos as respostas sejam NÃO, ou ao menos um sim 
pouco convincente. 
Se você precisa aumentar sua cadeia de valores e criar bom conteúdo de projeto, 
precisamos entender e desvendar o poder do formato .dwg, e conscientemente 
usar ferramentas que possam agregar valor ao nosso trabalho. 
Antes de dizer o que você precisa fazer, devemos compreender e documentar as 
más práticas mais comuns e boas práticas que menos de 0,5% dos projetistas se-
guem. 
AS PIORES PRÁTICAS – UMA VISÃO GERAL 
 Não usar blocos - fazer cada desenho copiando entidades básicas. O resultado 
são desenhos que aumentam de tamanho muito rapidamente e perda total na co-
nexão das informações sobre grupos. 
 Não usar camadas (layers) ou usar menos que o necessário, resultando em inca-
pacidade de segregar e ver informações do desenho de forma eficiente. 
 Não definir cores por camada, definindo a cada entidade. Isso torna mais difícil 
avaliar possíveis formas de apresentação do desenho. 
 Copiar e colar blocos como método rápido para realizar esboços. Isso resulta em 
croquis rápidos mas cria uma gigantesca quantidade de blocos anônimos que di-
minui muito a velocidade de abertura, edição e salvamento dos documentos. Ou-
tra desvantagem é que fica impossível quantificar o que há no desenho se tudo é 
feito de blocos não descritivos. Igualmente é impossível gerar lista de materiais 
por um desenho coberto de blocos sem nome. 
 Não usar as novas e ótimas ferramentas disponíveis no AutoCAD, como layouts, 
blocos dinâmicos, campos, planilhas, desenho anotativo, etc. 
 Não utilizar o poder das ferramentas do .dwg para armazenar informação no seu 
desenho. Usando objetos estendidos (XDATA), object dictionaries, etc você pode fa-
cilmente marcar atributos de informação em basicamente qualquer entidade, 
acessá-la à vontade, exportar para Excel, criar tabelas de quantitativos e custos 
facilmente. 
Você se surpreenderá ao notar que sua plataforma .dwg (AutoCAD) pode ser trans-
formada numa base de dados simples e poderosa para ambientes BIM-GIS (Buil-
ding Information Modeling – Geographic Information System) por uma fração do 
custo de outras ferramentas. 
O TOP 5 PARA USAR EM SEU PROGRAMA DWG 
LAYOUT (ou Paper Space) 
Paper Space permite você criar um layout do seu desenho de acordo com seu pa-
pel de impressão ou ajustar para um arquivo .pdf A4. Permite criar várias peque-
nas apresentações do seu projeto em diferentes escalas. Permite configurar a visi-
bilidade das camadas (layers) de acordo com a viewport. Em resumo, maior con-
trole sobre a apresentação de seu desenho. Mais de 75% dos desenhos produzi-
dos são inteiramente no espaço do modelo (model space) 
 
BLOCOS DINÂMICOS 
Blocos dinâmicos são usados quando você precisa fazer seus blocos inteligentes, 
adicionando múltiplas aparências para seu bloco, permitindo opções de edição 
ao seu bloco etc. 
Blocos dinâmicos contém regras ou parâmetros sobre como mudar a aparência do 
seu bloco quando é interessante para o desenho. 
Com blocos dinâmicos, você pode inserir um bloco que pode mudar de forma, ta-
manho ou configuração em vez de inserir muitos blocos estáticos. Por exemplo, 
em vez de criar vários blocos de portas de diferentes tamanhos, você pode criar 
um bloco de porta com tamanho ajustável e com diferentes estilos também. 
 
CONJUNTOS DE FOLHAS 
Um conjunto de folhas (sheet set) é um layout de folhas. Várias folhas podem ser 
agrupadas juntas em um conjunto de folhas. Um conjunto de folhas pode ser 
usado como única entidade ao arquivar, transmitir ou publicar documentos. 
Quando você quer lançar vários documentos, cobrindo diferentes apresentações 
ou diferentes serviços de engenharia no mesmo projeto, Conjuntos de Folhas po-
dem fazer grande diferença. 
 
CAMPOS 
Um campo (comando FIELD) é uma informação de texto eu contém instruções para 
exibição de dados que você espera alterar durante o projeto ou ciclo de vida do 
desenho. Um campo é a parte de texto ligada a uma outra fonte de dados. 
O uso de campos em grandes projetos transforma suas notas em uma anotação 
dinâmica. Você não precisa lembrar de atualizar informação crítica do desenho se 
está configurada como campo e ligada a uma fonte de dados. 
 
OBJETOS ANOTATIVOS (Anotative Drafting) 
Um desenho anotativo é uma escala automática e representação de texto, estilos 
de dimensões, blocos e estilos de indicação dependendo da escala da viewport 
na qual é exibido. Em outras palavras, se você quer que sua altura de texto seja 
sempre 2mm quando impresso e suas setas sejam sempre de uma dimensão es-
pecífica independente da escala da viewport, está na hora de usar objetos anota-
tivos. 
 
MÃOS À OBRA - ERROS MAIS COMUNS DE USUÁRIOS DE DWG 
 Texto sobrescrito a cotas sem medidas (“<>”). Isso causa perda de conexão entre o 
valor real de uma medição como captado pelo AutoCAD. 
 Usar layer 0 para qualquer coisa que não seja criar novo bloco ou alterar as pro-
priedades da layer 0. Por exemplo, mudar sua cor, tipo de linha, peso da linha etc. 
Nunca congele ou desligue. 
 Criar um bloco em uma camada específica em vez da layer 0. Isso impedirá que o 
bloco herde as propriedades de uma camada específica. 
 Misturar Medição 0 (desligada) com Medição 1 (ligada) isso irá misturar unidades 
métricas e imperiais, causando confusão nos tipos de linhas, padrões de hachuras 
etc. Se você escolher começar um arquivo novo com a opção “sem template” fique 
atento a isso. 
 Ter muitos objetos sem uso (que você não pretende imprimir) no seu arquivo. Me-
lhor você se livrar disso, purgar (PURGE) o arquivo e tentar ter sempre arquivos 
com o mínimo necessário. 
 Salvar seu arquivo em versões anteriores (quando trabalhando com pessoas na 
equipe de utilizam versões anteriores do CAD). Isso vai acabar com as informações 
do seu documento em termos de novos recursos disponíveis na estrutura de no-
vas versões. Em vez disso, você devia optar por rebaixar a versão no recurso 
eTransmit. 
 Salvar seuarquivo só quando sai para um café, atende o telefone ou mesmo 
quando termina uma tarefa. Não conte com o Salvamento Automático. Eu reco-
mendaria acessar pelo seu AutoCAD ID e salvar o trabalho na nuvem também. 
Tome todas as medidas para sempre continuar o fluxo de trabalho. 
 Se você espera ter ótimo arquivos de template, sempre que você encontrar algo 
que te incomoda, arrume-o no arquivo, assim, da próxima vez não terá o mesmo 
problema. Algum dia, você terá o arquivo perfeito, acredite. 
 Usar arquivos de template apenas para criar coisas novas: um bom template tem 
que ser implementado em arquivos existentes também, basta criar um novo ar-
quivo, dividir sua tela, abrir todas as camadas, copiar tudo para o novo arquivo, 
fechar o arquivo existente e salvar o novo com o mesmo nome antigo. Algumas 
pequenas coisas podem ser refeitas, mas você sempre pode contar com os me-
lhores templates para corrigir a maioria dos problemas em 2-3 minutos. 
 Não usar o recurso de Isolar Objetos: Você pode criar seleções usando a Seleção 
Rápida (Quick Select. Comando QSELECT), Selecionar Similares e filtrar e então iso-
lar os objetos selecionados para trabalhar com foco. 
 Ignorar o recurso Ciclo de Seleção (Selection Cycling. Variável SELECTIONCYCLING). 
Quando ativado, ao passar o cursor do mouse sobre um objeto, ele indicará se há 
objetos sobrepostos. Quando o objeto é selecionado, você pode encontrá-lo facil-
mente e criar qualquer manipulação que desejar. 
 Confundir Blocos (comando BLOCK) e Grupos (comando GROUP). Use blocos para 
conteúdo de biblioteca somente. Use Grupos quando precisar manipular uma se-
leção específica. Embora os Grupos não possam ser transferidos entre os .dwg, 
eles são muito práticos, pois você pode ativá-los / desativá-los sempre que pre-
ciso. 
 Explodir Blocos – Esse é um erro muito comum: Pessoalmente, a maioria dos blo-
cos que eu crio não são explosíveis. Acho que quem explode blocos não está ci-
ente da ferramenta Editor de Blocos (BEDIT). Esse é um conjunto de ferramentas 
com mais de uma década, está na hora de usá-lo. 
 Tentar (muito) se livrar de camadas em vez de juntar camadas selecionados em 
uma determinada camada padrão (LAYER. Merge Layer). 
 Começar um NOVO arquivo usando SALVAR COMO em vez de USAR um bom arquivo de 
template para começar. Isso continuará adicionando lixo com algum histórico cru-
zado de versões. 
 Usar dimensões não associativas e/ou manter o Monitor de Anotação (Annotation 
Monitor. Variável ANNOMONITOR) fechado – cria trabalho extra e pode perder a co-
nexão com a geometria. 
 Não usar recursos anotativos, repetindo de dimensões, anotações e padrões de 
hachura em diferentes camadas para diferentes escalas. Trabalhos extras, total-
mente desnecessários. 
 Criar blocos estáticos de várias dimensões em vez de blocos dinâmicos. Blocos di-
nâmicos farão sua biblioteca de conteúdo menor e mais inteligente, ajudando a 
agrupar múltiplos símbolos relacionados. 
 Desenhar tabelas usando linhas e anotações em vez de tabelas do AutoCAD (pre-
fira extração de dados automática criada/ atualizada pelo AutoCAD). 
 Contar blocos, medir comprimentos manualmente, áreas etc em vez de usar Extra-
ção Dinâmica de Dados (Dinamic Data Extraction) usando blocos com atributos de 
campos/ blocos dinâmicos. 
 Criar novas camadas no desenho atual em vez de importá-las de um arquivo pa-
drão. 
 Evitar o valor de snap para o comprimento mínimo da geometria ortogonal. Isso 
força comprimentos precisos. 
 Usar linhas e arcos em vez de polilinhas. 
 Manter múltiplas e desnecessárias escalas anotativas em vez de resetar a lista de 
escala ao menor possível – tempo perdido quando abrir arquivos com XREF 
anexo. 
 Ignorar novas camadas não reconciliadas em seus arquivos de hospedagem - 
Pode fazer com que algumas camadas XREF não plotem, entre outros problemas. 
 Criar blocos com o arrastando a geometria com clique de botão direito (sem con-
trole no nome do bloco e no ponto de inserção) – é o chamado copiar-colar indis-
criminado 
 Desligar o quick properties – perdendo um grande monitor personalizável que 
permite alterar as propriedades na janela pop-up (variável QPMODE). 
 Trabalhar sem unidades em vez de definir a unidade do desenho. Quando inserir/ 
anexar XREFS, isso impede o AutoCAD de usar fatores de escala apropriados (co-
mando UNITS). 
 Imprimir seus desenhos um a um em vez de publicar todos juntos no AutoCAD ou 
usar Conjuntos de Folhas para manipulações mais globais, bem como plotar qual-
quer coisa que não Layouts em escala 1:1 
 Usar mais do que 2 a 5 estilos de texto em um .dwg e mais do que 2 estilos de di-
mensão. Menor é melhor. 
 Ignorar recursos de parametrização para editar geometrias com precisão – restri-
ções geométricas trabalharão baseadas em suas tolerâncias preferenciais em to-
das as direções, ângulos e coincidências. 
 Criar blocos não usando WCS. Causa resultados imprevisíveis. (comando UCS) 
 Anexar um .dwg (XREF) sem usar WCS. Você precisará vê-lo no espaço exterior de-
pois. 
 Usar propriedades de objetos que não são associadas à camada ou bloco (BYLAYER 
ou BYBLOCK). Cria um desenho bagunçado. 
 Não usar o Editor de Blocos (comando BEDIT) quando criar blocos. A Paleta de Cria-
ção de Blocos (Block Authoring Palettes) está presente apenas no Editor de Blo-
cos. Você vai perder a possiblidade de fazer blocos dinâmicos e se contentar com 
conteúdo estático. 
 Não limpar seus arquivos regularmente, usando a ferramenta de purgar (comando 
PURGE) diversas vezes, auditar (comando AUDIT) ou aplicativos de limpeza especia-
lizados. 
 Duplicar dados sem razão, salvando como alternativa, até você perder o controle. 
Há uma boa chance de você trabalhar no arquivo errado algum dia. Em vez disso, 
invista num bom gerenciador de documentos que faça esse trabalho. 
 Não usar Propriedade do Desenho (Drawing Properties). É uma boa maneira de 
rastrear modificações, detalhes especiais, autoria etc. Documentar nem sempre é 
algo para os outros, mas pode ser frequentemente um favor para você mesmo re-
lembrar e coletar.

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