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1 INGRID SENA DE OLIVEIRA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relatório de estágio supervisionado Apresentado para a aprovação da Disciplina de estágio supervisionado I Do curso de Administração. FORTALEZA 2019 2 SUMÁRIO 1 – Introdução ..............................................................................................................4 2 – Caracterização do aluno e da empresa....................................................................4 2.1 – Caracterização do aluno.......................................................................................4 2.2 – Caracterização da empresa...................................................................................5 2.2.1 – Missão, Visão e Valores...................................................................................6 2.2.2 – Colaboradores ..................................................................................................7 2.2.3 – Clientes e mercados..........................................................................................8 2.2.4 – Modelo das 5 forças de Michael Porter ...........................................................9 2.2.4.1- Fornecedores .................................................................................................13 2.2.4.2 – Concorrentes................................................................................................14 2.2.5 – Produtos/Serviços...........................................................................................16 3 – Análise organizacional..........................................................................................16 3.1 – Estruturas Organizacionais ...............................................................................16 3.2 – Análise do ambiente externo e interno..............................................................18 3.2.1 – Análise de SWOT...........................................................................................18 4 – Áreas Funcionais da empresa................................................................................19 4.1 – Processos............................................................................................................19 4.2 – Chão de fábrica .................................................................................................20 4.2.1 – Corte ..............................................................................................................20 4.2.2 – Costura............................................................................................................20 4.2.3 – Acabamento....................................................................................................21 4.3 – Operações ..........................................................................................................21 4.3.1 – Almoxarifado de tecidos.................................................................................21 3 4.3.2 – Almoxarifado de aviamentos.........................................................................21 4.3.3 - Estoques..........................................................................................................21 4.3.4 – Transportes.....................................................................................................21 4.3.5 – Distribuição Externa.......................................................................................22 4.3.6 – Distribuição Interna........................................................................................22 4.4 – Produção............................................................................................................22 4.4.1 – PCP – Planejamento e Controle da produção.................................................22 4.4.2 – Almoxarifado de tecidos.................................................................................24 4.4.3 – Corte................................................................................................................25 4.4.4 – Almoxarifado de aviamentos .........................................................................26 4.4.5 – Costura e Acabamento....................................................................................27 4.5 – Setor de desenvolvimento de produto...............................................................30 4.6 – Setor de compras................................................................................................32 5 – Descrição da área de estudo organizacional ........................................................32 5.1 – PCP....................................................................................................................32 5.2 – Fluxograma e fundamentação............................................................................35 5.2.1 – Fundamentação teórica...................................................................................35 5.2.2 – Fluxograma.....................................................................................................36 6 – Sugestões de melhorias e plano de continuidade .................................................37 6.1 - Sugestões de melhoria........................................................................................37 6.2 Plano de ação 5W2H.............................................................................................37 7. Considerações finais ..............................................................................................39 8. Referências bibliográficas.......................................................................................40 4 1- INTRODUÇÃO O presente relatório, pré-requisito para a avaliação da disciplina de Estágio Supervisionado I, que tem por objetivo possibilitar a articulação entre a formação acadêmica e o exercício profissional, através da observação e análise da prática administrativa e, também, desenvolver suas potencialidades empreendedoras. O relatório da aluna Ingrid Sena de Oliveira, matrícula 201504465636, estudante do curso de Administração, que se encontra na situação de estagiário, na empresa Ramos Cunha & CIA LTDA, que servirá de base para o seu relatório. O período de realização do estágio ocorrerá no período da manhã entre 07:30hs ás 13:30hs. A empresa fica localizada no município de Fortaleza, no bairro Mondubim tendo como atividade principal a confecção de roupas femininas. A supervisão do estágio ficou a cargo da sra. Alessandra de Castro Ribeiro, a qual a mesma ficou responsável pelo acompanhamento do estágio. O presente relatório irá conter o perfil organizacional da empresa pesquisada, bem como, os termos históricos, estruturais, jurídicos, legais, sociais, ambientais e operacionais, aproximando o aluno da realidade organizacional. 2- CARACTERIZAÇÃO DO ALUNO E DA EMPRESA 2.1- CARACTERIZAÇÃO DO ALUNO Sou Ingrid Sena de Oliveira, aluna do curso de administração da Estácio parangaba. Trabalhei na empresa Ramos Cunha - MAUY durante o período de dois anos como assistente de PCP, inicie minhas atividades na empresa como aprendiz de pcp, onde passei apenas dois meses, logo mais fui efetivada no cargo de auxiliar de PCP, onde passei seis meses na função e em seguida fui promovida a assistente de PCP. 5 2.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Razão social: Ramos Cunha & CIA LTDA Nome fantasia: Mauy Modas CNPJ: 63361562000180 Endereço: Rua Estrada de Ferro, 639, Mondubim. Cidade: Fortaleza-CE Ramo de Atividades: Seguimento de moda feminina. A empresa Ramos Cunha & CIALTDA, fica localizada na Rua Estrada de Ferro, número 639, no bairro Mondubim, no município de Fortaleza. Há 30 anos, quatro jovens irmãs: Marieta, Vilma, Solange e Rosa se uniram em busca de um grande sonho que se tornou realidadae: a Mauy. E com apenas uma máquina de costura iniciaram a confecção de peças femininas, com uma modelagem diferenciada e um excelente acabamento. Inicialmente o nome da marca foi criado a partir da ideia de juntar as iniciais dos nomes de duas sócias: Marieta e Vilma mas, na elaboração da logomarca foi sugerido por um profissional o nome: MAUY. Com foco nas mulheres sofisticadas, a marca foi crescendo e hoje é consolidada e conhecida em todo o Brasil. Com um olhar apurado e atenta aos mínimos detalhes, a Mauy valoriza o feito à mão, com o DNA que traz exclusividade a cada peça desenvolvida. Reposicionada e sólida, a Mauy encontra-se em uma nova fase, contemporânea e cada vez mais admirada. A cada coleção mixa as novas tendências à sua personalidade, transmitindo isso em cada shape, do casual ao glamouroso. Conforto, leveza, feminilidade, prints exclusivos, tecidos nobres se integram às modelagens, resultando em peças que vêm ao encontro do desejo das mulheres atuais, que buscam Conceito, Estilo e Sofisticação. Em 1992 fizeram uma aquisição de uma casa na Rua Alberto Magno no bairro Montese que foi a primeira fábrica e showroom, com o aumento da demanda a quantidade de máquinas e equipamentos foram crescendo e consequetemente um aumento também na contratação de profissionais capacitados, foram abertas lojas de atacado que estão localizadas em Fortaleza, no shopping Maraponga Mart Moda e no Shopping Fortaleza Sul. Já a Maison Varejo, no Shopping RioMar, tem um conceito novo e atual, que define em cada espaço a essência da marca. Com o crescimento da empresa foi criado outra marca para atender o público mais jovem a Candy, que possui duas lojas de atacado e uma de varejo. A partir de 2003 a empresa 6 investiu fortemente no marketing, onde teve as suas marcas divulgadas em sites, outdoor e revistas em todo o Brasil. Em 2013 veio a sua maior conquista, uma nova sede localizada no bairro Mondubim, com um espaço amplo, aconchegante e uma estrutura moderna com foco e preocupação no bem-estar e a harmonia dos colaboradores. A empresa possui uma cultura organizacional onde todos os colaboradores vestem a camisa da empresa respeitando as normas e sempre com conscientização da missão, visão e valores da empresa onde é trabalhada a identidade organizacional em todas as reuniões mensais com todos os colaboradores, possuindo o modelo de gestão democrático, que é um tipo de gestão mais aberta e flexível, onde a diretoria permite que os colaboradores expressem suas ideias e sugestões levando em consideração as opiniões dos funcionários, dando e recebendo feedbacks e implementando uma política amigável, capaz de minimizar conflitos e facilitar o gerenciamento das tarefas. Trabalhando com esse modelo de gestão através de vários projetos como: Urna do Sucesso, Pesquisa de Clima Organizacional, Pesquisa de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes, Programa de Reconhecimento, Projeto de Melhor Ideia e o Projeto Família. A organização é uma indústria de confecção de roupas que trabalha desde a compra da matéria prima e a transformação da mesma no produto acabado que são roupas femininas como: Calças, Shorts, Blusas, Vestidos, Macacões e Saias. O capital da empresa é formado por um capital fechado, sendo uma Sociedade Empresarial com o enquadramento tributário de lucro presumido, é uma empresa de pequeno porte com o faturamento médio anual de R$ 1.2000.000,00. 2.2.1 Missão, Visão e Valores Missão: Satisfazer plenamente o imaginário feminino, elaborando roupas e acessórios com estilo, criatividade e excelência, através da parceria com nossos colaboradores, acionistas, clientes e fornecedores, atuando no mercado nacional. Para Costa (2007), a missão de uma empresa deve responder a duas questões básicas: O que é? E Para que ela serve? Respondendo tais questionamentos é possível a elaboração da missão, que nada mais é do que a resposta a essas duas questões. Como mencionado, a missão é um alicerce para a empresa. Esse alicerce é tão forte que pode conduzir todo o processo de planejamento estratégico de uma empresa. A missão funciona como o propósito orientador para as atividades da organização e para aglutinar os esforços dos seus membros. Serve para clarificar e comunicar os objetivos da organização, seus valores básicos e a estratégia organizacional. Cada organização tem a sua missão própria e específica. A missão pode ser definida em uma declaração formal e escrita, o chamado credo da organização, para que funcione como um lembrete periódico. (CHIAVENATO, 2005, p.63). 7 Visão: Ser reconhecida nacionalmente no segmento de moda feminina casual chique, por meio da excelência dos produtos e atendimento, capacitação, marketing arrojado e tecnologia inovadora, realizando sonhos dos clientes, acionistas e colaboradores a fim de potencializar a rentabilidade atingindo crescimento de 20%ao ano. Nakawaga define a visão como: "É a situação em que a empresa deseja chegar". (NAKAWAGA, 2006, p.1). Segundo Chiavenato (2009) A visão “é a imagem que a organização tem respeito de si mesma e do seu futuro[...] está mais voltada para aquilo que pretende ser do que como ela realmente é[...]representa o destino que a empresa pretende transformar em realidade. Valores: Credibilidade, Determinação, Criatividade, Honestidade, Respeito e Reconhecimento e União. Conforme Chiavenato (2008, p. 64),” valor é uma crença básica sobre o que se pode ou não fazer, sobre o que é ou não importante. Os valores constituem crenças e atitudes que ajudam a determinar o comportamento individual”. Os valores "são os ideais de atitude, comportamento e resultados que devem estar presentes nos colaboradores e nas relações da empresa com seus clientes, fornecedores e parceiros”. (NAKAWAGA, 2006, p.1). 2.2.2 Colaboradores A Ramos Cunha conta atualmente com o total de 187 empregados em regime de CLT no regime de trabalho de segunda feira á sexta feira com início de 07h30min da manhã e término 17h15min com intervalo de 1 hora para almoço. Os empregados estão divididos da seguinte forma: • Mulheres: 152 funcionárias • Homens: 35 funcionários. • Supervisores: 5 funcionários. • Aprendizes: 9 funcionários. • Coordenadores: 3 funcionários. • Encarregados: 2 funcionários. • Gerentes de lojas: 6 funcionários. • Vendedoras: 6 funcionários. 8 Os demais funcionários estão no nível operacional divididos em todos os outros setores e cargos da empresa. Nível de escolaridade não informado pela empresa. 2.2.3 CLIENTES E MERCADOS. A Ramos Cunha tem como seus principais mercados no Norte e Nordeste no segmento de moda feminina, focando Sudeste, e Centro Oeste para expansão da marca. Existem delimitações por número de atendimento, exemplo, a cada 50.000 habitantes um atendimento, com foco em atendimento para lojista (CNPJ/Ponto Físico). A empresa trabalha com pronta entrega que são lojas de multimarcas que vendem as marcas Mauy e Candy através de vendas por consignação, ou seja, os produtos que não forem vendidos por essas empresas voltam para a empresa Ramos Cunha, as lojas de pronta entrega trabalham com sistemas operacional da empresa estudada, a distribuição é feita da seguinte maneira: CANDY. Belém: S. Aragão Comércio de Confecção LTDA; Recife: J.Girão Comércio e Representação LTDA; São Luiz: J. G Comércio de Confecção LTDA; Manaus: Magriff Comércio e Representação LTDA; Feira de Santana: Morais Rocha distribuidora de Multimarcas; Natal: Handara RN LTDA; Caruarú: Wedija Maria de Sá – Me; Espírito Santo: Marcas e Multimarcas Comércio de Roupas LTDA.MAUY. Belém: S. Aragão Comércio de Confecção LTDA; Brasília: Darlan Roberto Ribeiro Representações; Belo Horizonte: Wolff Bonatti Representação Comercial. A empresa também trabalha com Representações, ou seja, representantes de vendas que recebem um mostruário das referências que a empresa irá produzir após a venda das peças os representantes enviam os seus pedidos para a empresa, onde a mesma faz a separação dessas peças realiza o faturamento e enviam diretamente para os clientes de acordo com a data 9 estabelecida pela empresa e cliente. A representação ocorre nos seguintes estados: Manaus, Mato grosso, Paraná, Rondônia e Acre. Nas lojas de atacado da marca Mauy e Candy as vendas são realizadas apenas com CNPJ e lojas para clientes que residam em Fortaleza e pessoa física para algumas regiões e interiores do Ceará. As lojas têm como seus principais clientes: Jorge Ferreira Mendes dos Santos, Keize Silva Ribeiro e J. Fernandes de Castro – Me. A empresa possui duas lojas de varejo nos principais shoppings de Fortaleza onde realizam vendas para clientes finais, no Shopping Parangaba possui uma loja da marca Candy e Shopping Rio Mar possui uma loja da marca Mauy. 2.2.4 Modelo das 5 forças de Michael Porter Para analisar o ambiente em que a organização está inserida e para determinar o melhor posicionamento do negócio diante dos concorrentes o professor Michael Porter, em 1979, publicou o artigo: Como as forças competitivas moldam a estratégia, onde tornou-se um clássico com uma lógica simples e conceitual, mas que exige uma visão ampla do negócio. Para desenvolver a análise é preciso refletir sobre cinco contextos em que a empresa está inserida, chamadas de Forças de Porter. Em seu modelo considerou que há uma força central e outras quatro que impactam a central de formas diferentes. E identificado se encontra os fatores que determinam a atratividade de um ramo de negócios. Maximiano (2006,p.23) afirma que “o entendimento das forças competitivas de um ramo de negócios é fundamental para o desenvolvimento da estratégia”. Assim, Serra, Torres e Torres (2004 , p. 78) a firmam q ue a análise do ambiente externo pode ser realizada por meio do modelo de cinco forças da competitividade, desenvolvido por Michael Porter na década de 70. O modelo possibilita analisar o grau de atratividade de um setor da economia. Este modelo identifica um conjunto de cinco forças que afetam a competitividade, dentre os quais uma das forças está dentro do próprio setor e os demais são externos. Aaker (2007, p.63) diz que, “a atratividade de um segmento ou mercado, medida pelo retorno de longo prazo sobre o investimento de uma empresa média, depende, em grande parte, dos cinco fatores que influenciam a lucratividade”. 10 Figura 1 – Representação gráfica do modelo das 5 forças de Porter Fonte: Gestão Empresarial (GE ll) – Prof. José Marques Rivalidade entre as empresas existentes A rivalidade entre concorrentes é o ponto, a força central das cinco determinadas por Porter, sendo a mais significativa delas, pois com todas se relaciona. Assim, para que se inicie e a análise de rivalidade entre concorrentes, é primeiro preciso identifica-los, levando em consideração a atividade e agressividade dos concorrentes diretos. Entender quem são os seus concorrentes é primordial para que se faça possível visualizar seu posicionamento no mercado frente aos demais. É importante dizer que o concorrente não necessariamente é quem vende um mesmo produto ou serviço. A análise é mais profunda, pois trata-se não somente de produtos ou serviços, mas de outros fatores, como por exemplo público alvo ao qual se dedicam. Desse modo, se faz necessário compreender alguns pontos, como quem são os concorrentes diretos; como as empresas estão agrupadas; se as marcas já estão consolidadas e quais as vantagens competitivas oferecidas pelos concorrentes. (NAKAWAGA, 2012, p. 32) Serra, Torres e Torres (2004, p. 7 9) afirmam que “a rivalidade entre concorrentes pode ser considerada a mais significativa das cinco forças”. Nesta dimensão, deve-se considerar a atividade e agressividade dos concorrentes diretos. Quando diz concorrente direto, refere-se a empresas que vendem o mesmo produto, num mesmo mercado que a organização em questão. 11 Ameaça de novos entrantes Além de ser necessário observar as atividades das empresas concorrentes, a ameaça da entrada de novos participantes depende das barreiras existentes contra sua entrada, além do poder de reação das organizações já estabelecidas.” (SERRA, TORRES, e TORRES, 2004, p.79) Estas barreiras seriam fatores que dificultam o surgimento de novas empresas para concorrerem em determina do setor. Algumas das principais barreiras a serem analisadas: Economia de Escala: atrapalha a entrada de novos concorrentes, pois • Economia de Escala: atrapalha a entrada de novos concorrentes, pois as empresas que já produzem grandes quantidades podem reduzir custos, e novas empresas, que tenham que começar a vender pouco para depois crescer, possuem desvantagem de custos; • Capital Necessário: outra restrição financeira, mas aqui se refere à necessidade de capital para realizar os investimentos iniciais para a instalação do negócio. É um dos fatores mais relevantes para impedir o surgimento de novas empresas em um setor. • Acesso aos canais de distribuição: se os canais de venda forem limitados, quanto mais as empresas atuais estiverem bem relacionadas com os canais, menores as chances de novas empresas ganharem espaço. Poder de negociação dos compradores O poder de barganha dos compradores pode ser traduzido como a capacidade de barganha dos clientes para comas empresas do setor. Esta força competitiva tema ver com o poder de decisão dos compradores sobre os produtos, principalmente quanto a preço e qualidade. Assim, os compradores têm poderes se: • As compras forem em grande volume; • Os produtos a serem comprados forem padronizados, e sem grande diferenciação; • As margens de lucro do setor forem estreitas; 12 • Existir a opção de o próprio comprador fabricar o produto é financeiramente viável. Poder de negociação dos fornecedores Já quando abordado o poder de barganha dos fornecedores, será uma ótica semelhante à barganha dos compradores, mas agora voltada ao fornecimento de insumos e serviços para a empresa. Os fornecedores têm poder de barganha quando: • O setor é dominado por poucas empresas fornecedoras; • Os produtos são exclusivos, diferenciados, e o custo para trocar de fornecedor é muito alto. • O setor de negócios em questão não tem representatividade no faturamento deste fornecedor. Ameaças de produtos ou bens substitutos Os bens substitutos representam aqueles que não são os mesmos produtos que o seu, mas atendem a mesma necessidade. Segundo Aaker (2007, p. 69.), não competem com a mesma intensidade que os concorrentes primários (mesmos produtos, mesmos mercados), mas ainda são relevantes. Aaker (2007, p. 69.), apresenta os sistemas de alarme eletrônico como substitutos para o mercado de vigilância, ou o e-mail como substituto dos Correios. Substitutos que mostram uma melhoria na relação custo/benefício, e quando os custos de substituição são mínimos, devem ser observados com atenção. Análise de mercado Para Barabba e Zaltaman (1992. p.22), pesquisa de mercado é “o processo de ouvir a voz do mercado”. É o que ocorre quando, por exemplo, você deseja saber se consumidores estão satisfeitos com o seu produto ou serviço, se receberam bem uma mudança de preço ou na embalagem, como percebem sua marca em relação aos concorrentes, e assim por diante.13 A análise de mercado é o processo de obtenção de informações relacionadas ao mercado de atuação de uma empresa, e que podem impactar no sucesso ou fracasso deste empreendimento. Ela engloba tanto dados sobre o segmento e o contexto em que a organização vai atuar, quanto o seu potencial público-alvo consumidor, a relação do seu produto com seus fornecedores, e ainda o posicionamento da concorrência. (PEREIRA, 2017 ) Uma boa análise de mercado leva em consideração, além dos cenários atuais, aquilo que está por vir e o impacto que isso terá sobre a empresa. Para Gil (1999, p.42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método cientifico. O objeto fundamental das pesquisas é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos.” 2.2.4.1 FORNECEDORES. Os principais fornecedores da empresa Ramos e Cunha estão no segmento de tecidos e aviamentos, podemos destacar: ANANDA TEXTIL LTDA. Sua marca é A Romana Tecidos iniciou suas atividades no mercado têxtil com a venda de tecidos nacionais, em especial os produzidos na região de Americana, interior de São Paulo. Sempre acompanhando o mercado regional, as principais tendências e as oportunidades que surgiam, a diretoria da Romana projetou a marca para que esta fosse uma das principais fornecedoras de tecidos de moda feminina para o mercado, com produtos diversificados e de qualidade excepcional. Atuando nos principais centros manufatores de confecções, através de sua rede de representantes, a empresa busca nos mais importantes polos mundiais as últimas tendências da moda para a inspiração de seus tecidos planos e malhas com composições diferenciadas. Estampas exclusivas com metragens limitadas e acabamentos especiais são alguns dos diferenciais responsáveis pelo sucesso alcançado pela Romana e que a mantém como uma fornecedora de tecidos nacionais e importados referência nas confecções femininas. A empresa Romana também fabrica tecidos exclusivos para a marca da Mauy, com isso fideliza mais a relação da empresa Romana com a empresa Ramos Cunha. COATS CORRENTE. A Coats é uma empresa global com uma rica herança que vem de longa data 250 anos, a empresa foi fundada em 1755 na Escócia. A Coats é uma empresa líder no mercado mundial em fio industrial, linhas e consumo têxtil artesanal. A Coats foi uma das primeiras organizações multinacionais de credibilidade e possui atualmente mais de 70 filiais nos seis continentes. 14 A Coats corrente trabalha com uma parceria de fidelização com a empresa Ramos Cunha, realizando um serviço exclusivo da venda de linhas para costura realizando preços tabelados de acordo com a parceria de ambas as empresas e com preços mais baixos em relação ao mercado. BONOR INDÚSTRIA DE BOTOES DO NORDESTE. Foi no Norte de Portugal que germinou a paixão do seu fundador, José da Silva Felgueiras e Abreu, pela arte de fabricar botões. Empreendedor a moda antiga, movido a sonho e a coragem, Sr. Felgueiras começou seu negócio além do mar, mas foi no Brasil, precisamente no Recife, que fez nascer a Bonor. Iniciou a produção em 1966 com botões simples para camisas, mas já com máquinas automáticas. Desde o início, a sua preocupação maior era com a tecnologia. A primeira exportação foi realizada em 1975, e, em 1980, a mudança para a fábrica maior e mais moderna, em Parnamirim, Rio Grande do Norte. A Bonor desenvolve botões exclusivos para a empresa Ramos Cunha, onde a estilista da empresa desenvolve a criação dos botões e a Bonor desenvolve esses botões de acordo com as exigências da empresa sempre focando na qualidade de acordo com os padrões exigidos pela empresa e fidelizando esses modelos sem repassar para outras empresas a criação dos botões da empresa Ramos Cunha. Todos os fornecedores acima citados apresentam flexibilidade nas negociações, procurando sempre atender com qualidade e pontualidade mantendo assim a parceria necessária para a continuidade das relações comerciais. A relação empresa/fornecedor é feita de forma satisfatória, tendo em vista que todas as solicitações e necessidades apresentadas foram negociadas de forma a atender da melhor maneira, minimizando os prejuízos para ambas às partes. 2.2.4.2 CONCORRENTES. As principais concorrentes da empresa Ramos Cunha com a marca Mauy são as marcas Cholet, e a Manotropo. Marca: Cholet. Criada em 1990, a Cholet atualmente conta com dois showrooms próprios, um em Fortaleza e outro em São Paulo, três lojas, duas em Fortaleza e uma em Recife e está presente nas melhores multimarcas do país, em mais de 800 pontos de venda. Com produção 100% 15 nacional, a marca valoriza os produtos e a mão de obra brasileira, incentivando o crescimento do país. Com coleções capazes de trazer as últimas tendências das passarelas com um toque personalizado, a Cholet investe em peças exclusivas e de alta qualidade, sempre pontuando a filosofia de vestir a mulher com elegância. Desde sua primeira coleção, a marca inspira e traduz a essência feminina do casual chique, vestindo sofisticação e conforto em peças que estão sempre conectadas com as últimas tendências. Inspirada no romantismo e na beleza da cidade de Cholet, na França, a marca expressa o dia-a-dia de mulheres independentes, dinâmicas e de espírito jovem - ou seja, mulheres contemporâneas. Marca: Manotropo. A Manotropo é uma empresa cearense criada em janeiro de 1992, através do desejo de duas irmãs com qualidades complementares: o feeling comercial, criativo e dinâmico de uma e a sofisticação e contemporaneidade da outra para o estilo. Qualidades aliadas só poderiam resultar no que hoje a marca traduz: atitude moderna e versátil. Produzindo inicialmente em um pequeno ateliê estampas em malha bali, através de um único modelo e que mesmo assim virou “febre”, em meados da década de 90, a marca diversifica sua linha de produtos principalmente com vestidos e blusas, comercializando, inclusive, para grandes lojas nacionais. A Manotropo vem investindo em sua estrutura e hoje possui um show-room modelo em Fortaleza que trabalha com pronta-entrega, possibilitando um atendimento ágil, com lançamento de novos produtos quinzenalmente e foco no atacado. Em novembro de 2010 foi inaugurada a ManotropoStore, segmento da marca dedicado às vendas no varejo, loja localizada em um dos melhores shoppings de Fortaleza. Atenta às tendências de comportamento no mundo da moda, quando a Manotropo cria suas coleções, satisfaz sua consumidora que quer se diferenciar e se sentir única através do trabalho detalhado e artesanal de suas peças, o costumai (feito sob medida), que é o grande diferencial da marca, unindo conforto, praticidade e estilo. Essas duas marcas acima citadas, possuem sua persona da marca muito semelhante a da marca Mauy da empresa Ramos Cunha, seus principais clientes também são muitos semelhantes que são senhoras sofisticadas e que buscam exclusividades na procura de roupas para se vestir e que querem ser reconhecidas nacionalmente. Marca: D’metal Em quase 30 anos de história, a marca D´metal, fundada por Fátima Vasconcelos em 1985, vem conquistando o Brasil ao apostar em moda feminina com identidade brasileira, investindo em estampas exclusivas e assinadas e jeans diferenciado para mulheres que tem 16 informação e atitude fashionista. A cada estação, novas coleções buscam valorizar as formas da mulher, primando por criatividade, modernidade e conforto. Nosso produto possui DNA exclusivo, acabamento impecável e modelagem perfeita. Com foco em mulheres adultas, antenadas, exigentes e que seguem as principais tendências internacionais a D´metal está presente em mais de 1.300 pontos de venda multimarcas em todo o país, além de nove lojas próprias. 2.2.5 PRODUTOS/ SERVIÇOS. O principal produto da empresa RamosCunha é a confecção de roupas femininas, sofisticadas de tecido plano que atende ao público feminino com faixa etária entre 15 a 50 anos, nos seguintes seguimentos: Calças, blusas, saias, vestidos, shorts e macacões, desde a criação do modelo até o produto acabado, pronto para a venda para o seu público feminino. A empresa divide os seus produtos em duas marcas à Candy com roupas para o público jovem e a Mauy com roupas para senhoras sendo distribuído em quatro coleções durante o ano são elas, Alto Verão, Inverno, Primavera e Final de Ano. 3. ANÁLISE ORGANIZACIONAL 3.1 Estruturas Organizacional A estrutura organizacional trata da forma como a empresa é organizada em torno da divisão de atividades e recursos com fins de cumprir os objetivos. É representada pelo organograma e segue estritamente as relações hierárquicas e departamentais. Como bem define Chiavenatto:"A estrutura organizacional é o processo utilizado para desenhar as atividades que as pessoas irão realizar na empresa."(CHIAVENATTO,2008, P.17.) Em outras palavras, pode-se definir que as atividades da empresa devem estar bem identificadas, seguindo o planejamento estabelecido de acordo com seus objetivos. Os recursos da empresa devem estar em conformidades com as atividades e as pessoas só podem delegar ou agir dentro dos seus limites e as decisões só podem ser tomadas dentro do seu campo de ação. A estrutura organizacional constitui o elo entre as orientações estratégicas da organização e a sua forma de atuação no mercado e pode ser definida 'como a forma de autoridade é atribuída através das relações de dependência hierárquica e de cooperação, a forma como as atividades são especificadas e distribuídas e ainda a forma como são estabelecidos os sistemas de comunicação no interior das organizações. (NUNES, 2016) 17 "Estrutura organizacional é o instrumento administrativo resultante da identificação, analise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando o alcance dos objetivos estabelecidos pelos planejamentos das empresas”. (OLIVEIRA, 2006) As atividades da empresa devem estar bem identificadas, deve-se saber, exatamente, o que fazer e na ordem certa. Os recursos também devem estar conforme as atividades estabelecer os níveis de alçada e dos processos decisórios significa que as pessoas só podem mandar ou agir dentro dos seus limites e as decisões só podem ser tomadas dentro do seu campo de ação. Segundo Chiavenato (2001, vp.251), "organograma é o gráfico que representa estrutura formal da empresa", ou seja, a disposição hierárquica dos órgãos. Cury (2000, p. 135), diz que para representar a estrutura organizacional, deve ser utilizado o gráfico universal denominado organograma, que é conceituado como representação gráfica e abreviada da estrutura da organização. • Organograma Figura 02: Organograma da empresa Mauy modas Fonte: Mauy Modas 2018 18 A empresa possui uma cultura organizacional onde todos os colaboradores vestem a camisa da empresa respeitando as normas e sempre com conscientização da missão, visão e valores da empresa onde é trabalhada a identidade organizacional em todas as reuniões mensais com todos os colaboradores. O modelo de organograma da empresa é o funcional que apresenta a hierarquia da empresa de cima para baixo e os nomes das funções e apresenta de forma clara qual a liderança imediata para cada setor, Tendo como cargo hierárquico maiores as diretoras e proprietárias ficando cada uma responsável por uma área da empresa da seguinte forma: Tabela: Matriz de direção organizacional Marieta Ramos Cunha Diretora Industrial e Comercial Rosa Ramos Cunha Diretora Financeira e Marketing Solange Ramos Cunha Diretora Administrativa Vilma Ramos Cunha Diretora de Criação e Desenvolvimento de Produto Fonte: Elaborada pelo autor (2019) 3.2 Análise do ambiente externo e interno: 3.2.1 ANÁLISE DE SWOT. A análise de SWOT é uma ferramenta que possui como principal finalidade avaliar os ambientes internos e externos, formulando estratégias de negócios para a empresa e otimizando seu desempenho no mercado. A analise SWOT, também conhecida com FOFA (em português) ou matriz SWOT, é uma análise pautada no equilíbrio entre o ambiente interno de uma empresa: Força e Fraquezas, e o ambiente externo: Oportunidades e Ameaças. O ambiente interno é de suma importância para que a organização conheça suas forças e suas fraquezas. Conforme Oliveira, Perez, Silva (2005, p. 44)"a análise do ambiente interno é uma das mais delicadas do processo de planejamento, á medida que demanda uma avaliação crítica das políticas e procedimentos estabelecidos há muito tempo dentro da empresa". Já o ambiente externo permite que a organização possa conhecer e monitorar suas oportunidades e suas ameaças. A organização que utiliza essa analise consegue ter uma ampla visão do seu ambiente externo e interno e dessa forma pode potencializar seu desempenho para atender melhor às necessidades do mercado. O diagnóstico estratégico é feito após análise das diretrizes da empresa, e esse diagnóstico visa identificar as ameaças e oportunidades existentes no ambiente externo ao da 19 empresa, por meio da análise das forças macro ambientais, tais como as forças econômicas, forças tecnológicas e as forças sociais. Além disso, esse diagnóstico compreende também a análise do ambiente interno da empresa com o objetivo de identificar suas forças e fraquezas. A SWOT serve para posicionar ou verificar a situação e a posição estratégica da empresa no ambiente em que atua (MCCREADIE, 2008). Nota-se que a utilização de ferramentas estratégicas hoje é considerada um fator importante no crescimento e desenvolvimento organizacional. Com os dados em mãos realizamos a análise de SWOT que deu origem a uma matriz de SWOT que estar representada na tabela a seguir: Imagem: Matriz SWOT Fonte: Elaborada pelo autor (2019) 4. ÁREAS FUNCIONAIS DA EMPRESA 4.1 PROCESSOS A empresa realiza os seus processos desde a criação do produto até a finalização do seu produto final ao cliente. Iniciando o seu processo no setor de criação e desenvolvimento de produto, onde as estilistas criam os modelos de acordo com as tendências, esse modelo é feito a modelagem no sistema audaces é cortado à peça piloto e costurado pelas pilotistas Após aprovação do modelo é criado uma referência que é a identificação daquele produto é enviado para o setor de compras onde o mesmo compre toda matéria prima necessária 20 para confecção de toda a quantidade daquela determinada referência, a mesma chega para o setor de planejamento e controle de produção onde é emitida uma ordem de produção para o corte e para o almoxarifado. Após a chegada da matéria prima no almoxarifado é feita a conferência e armazenado no setor já os tecidos são revisados na máquina de revisar tecidos e enviados para o corte o setor recebe os tecidos e de acordo com a ordem de produção e o risco que o setor de criação faz é cortado às peças em lotes, faz a separação dessas peças sendo identificados os lotes por quantidades e tamanhos. Esses lotes vão para a produção para um grupo específico onde essas peças são costuradas dando vida ao produto final, essas peças passam por uma inspeção de qualidade e vão para o setor de acabamento onde é feito a parte de pregamento de botões caso necessário, engomados e embalados e entregues no setor de departamentos de produtos acabados, onde os mesmos dão entrada nas peças para o setor através do sistema operacional usado pela empresa faz-se a separação de acordo com os pedidos feitos pelos representantes e mandado as peças para as lojas com a frota própria. Alémdesses processos existem os que trabalham de forma indiretamente como o financeiro que cuida de toda parte financeira da empresa, o comercial e marketing que são responsáveis pela venda e divulgação dos produtos e o setor de recursos humanos que cuida da parte burocrática de cada funcionário da empresa. 4.2 CHÃO DE FABRICA 4.2.1 Corte O setor de corte é o setor responsável pelo corte dos moldes de toda referência para que sejam confeccionadas as peças e também o corte de acessórios necessários de acordo com cada referência como: Viés, perlon, rolutê entre outros. 4.2.2 Costura A auxiliar de costura recebe todo o material, faz a conferência e entrega os aviamentos e linhas para cada pessoa específica que vai fazer a operação onde necessita daquele material, ao receber as costureiras costuram as peças juntando cada recortes sempre obedecendo as medidas da ficha de parâmetro com o objetivo de atender os requisitos de qualidade definido pela empresa, após costuradas as peças vão para as revisoras de qualidade onde as mesmas vão limpar e inspecionar todas as peças de acordo com os padrões de qualidade exigidos pela empresa, após inspecionada pelas revisoras. 21 4.2.3 Acabamento As referências vão para o setor de acabamento para que seja realizado o processo de placa, caseados, botões, rebites de acordo com cada referência e a necessidade de cada uma, em seguida as peças vão para o setor de engomado para que as engomadeiras engomem todas as peças e repasse para a embalagem. 4.3 OPERAÇÕES 4.3.1 Almoxarifado De Tecidos O setor de almoxarifado de tecidos da empresa Ramos Cunha é o setor responsável pelo recebimento, estocagem, revisão e distribuição de tecidos para o setor de corte de acordo com a programação recebida pelo setor de PCP. 4.3.2 Almoxarifado De Aviamentos Esse determinado setor é responsável pela estocagem de todo aviamento que entra na empresa assim como separação dessas matérias para o setor de costura conforme a que a ordem de produção necessita. 4.3.3 Estoque Há dois estoques de matéria-prima (tecido e aviamentos), um estoque de material de limpeza e escritórios e um estoque de produtos acabados onde são armazenadas as produções finalizadas e estocadas por coleções. 4.3.4 Transporte A empresa não possui um setor específico de transporte, porém, para realização de suas atividades logística a empresa dispõe de cinco veículos para suas operações, como: coleta e entrega das produções nas facções, entregas dos produtos acabados nas lojas e está sob supervisão de um supervisor de distribuição externa. 22 4.3.5 Distribuição Externa O setor fica responsável é pelo abastecimento das facções externas de acordo com a necessidade das mesmas, através de pedidos feitos por telefone comunicando o dia que vai precisar de uma nova referência, diante disso, o setor analisa quais as referências que estão cortadas prontas para serem produzidas e liberam para as facções de acordo com operações e capacidades que as facções conseguem realizar as referências sempre informando para os setores responsáveis as referências e dias que vão para as facções via e-mail da empresa. 18 Algumas produções são enviadas para os serviços externos como laser, sublimação, plissado, que também fica na responsabilidade do setor onde o mesmo solicita todo material necessário manda para as empresas terceirizadas e acompanha prazo de entregas desses materiais. 4.3.6 Distribuição Interna A atividade do setor inicia quando o setor de almoxarifado de aviamento entrega a ficha de ordem de produção para a distribuição interna, onde a mesma ao receber a ficha faz a conferência juntamente com a peça piloto e ficha técnica, faz a emissão das etiquetas de composição de acordo com a composição do tecido e a grade identificada na ordem de corte faz a emissão dos códigos de barras e faz a colagem nos tag´s e entrega os tag´s para o setor de embalagem 4.4 PRODUÇÃO. O setor de produção fica localizado na área industrial da organização ficando sobre a responsabilidade da diretoria industrial de acordo com nível hierárquico demonstrado no organograma funcional da empresa Ramos Cunha, possuindo uma coordenadora industrial sendo a liderança imediata para todos os responsáveis dos setores relacionados à produção. 4.4.1 PCP – Planejamento e Controle da Produção. O setor de PCP da empresa Ramos Cunha é o setor responsável por todo o planejamento da área da produção, servindo como base para os demais setores correlacionados onde o mesmo repassa todas as orientações necessárias para o desenvolvimento de suas atividades de maneira eficiente e eficaz, buscando uma interatividade de todos os setores envolvidos na produção do seu produto final. A atividade desse setor inicia-se quando a analista recebe do setor de desenvolvimento de produto a ficha croqui que é a ficha com o desenho do modelo, a referência e a quantidade programada para fabricação do modelo juntamente com a peça piloto, é feita uma análise de 23 toda matéria prima que será necessária para a referência de acordo com quantidade e cor, essa análise é feita através do sistema de informação que a empresa possui (VirtualAge). Após a matéria prima está completamente disponível nos almoxarifados significa dizer que essa referência está disponível para ser cortada e fabricada, caso contrário ela busca informações também via sistema para saber se a mercadoria já foi comprada e qual prazo de chegada à empresa, nesse caso a referência é arquivada e a analista faz o acompanhamento das datas previstas para chegada da matéria-prima, caso não tenha a informação no sistema a mesma entra em contato com o setor de compras para adquirir tais informações. As referências com matéria-prima disponível iniciam o processo de corte de acordo com as quantidades informadas na ficha croqui pelas estilistas de acordo com o planejamento que é feito entre as coordenações da área comercial, industrial e a diretoria. As referências vão para o processo de corte de acordo com as datas de entrega nas lojas, e balanceando de acordo com os seguimentos calças, shorts, blusas, vestidos, saias e macacões. É criada uma ordem de produção no sistema de informação da empresa com a quantidade a ser cortada por cor e tamanho e repassada para o almoxarifado de tecido para que o setor faça a separação de todo o tecido necessário para o corte da referência, a ordem de produção também é entregue ao setor de encaixe e risco, juntamente com a peça piloto e a ficha croqui, para que seja feito o encaixe e plotagem do risco da determinada referência. Após os setores de almoxarifado de tecido e risco finalizarem suas atividades, os mesmos devem entregar o risco e o tecido no setor de corte de acordo com a programação diária elaborada pelo setor de PCP. Com o processo de corte da referência finalizado o setor de corte devolve a ficha croqui e a peça piloto para o PCP, onde o mesmo faz o fechamento da ordem de produção no sistema com a quantidade real que foi cortada, são criados lotes de produção, que são impressos e entregues para o setor de corte para que se inicie a separação dos lotes para costura, após o fechamento da ordem de produção também é enviada uma via de ordem de produção para o setor de almoxarifado de aviamento para que o mesmo possa fazer a separação de todos os aviamentos necessários para a referência de acordo com a quantidade e tamanho. Outra atividade que o setor fica responsável é pelo abastecimento das facções de acordo com a necessidade das mesmas, através de programações e pedidos feitos por oficinas de costura, diante disso o setor analisa quais as referências que estão prontas para serem 24 produzidas e abastecem as facções de acordo com as habilidades de operações de costuras que cada facção tem. Serviçosexternos como: laser, pet, plissado também ficam na responsabilidade do setor onde o mesmo solicita todo material necessário e envia para as empresas terceirizadas e acompanha prazo de entregas e rotas desses materiais. A precificação também é uma atividade responsável do PCP onde é calculado o preço para a venda do produto de acordo com as margens estabelecidas pela empresa, esse processo também é feito via sistema e entregue a diretoria industrial para que a mesma faça uma análise de preço e faça a definição do real valor a ser vendido após o preço estabelecido volta para o setor de PCP para que o mesmo faça o cadastro do preço final do produto no sistema onde o setor comercial e lojas terão acesso de acordo com cada referência. 4.4.2 ALMOXARIFADO DE TECIDOS. O setor de almoxarifado de tecidos da empresa Ramos Cunha é o setor responsável pelo recebimento, estocagem, revisão e distribuição de tecidos para o setor de corte de acordo com a programação recebida pelo setor de PCP. O setor é composto dos seguintes funcionários: • 1 Encarregada de Almoxarifado é responsável por liderar e delegar todas as atividades do setor. • 1 Conferente, que é responsável pela conferência de todo material de tecidos e aviamentos que entra na empresa. • 1 Revisor, que é responsável pela revisão de todos os tecidos que entra na empresa. • 1 Almoxarife, é responsável por identificar e controlar os tecidos que chegam à empresa no sistema de informação fazendo a sua localização por prateleiras e ruas e atualizando o sistema diariamente. • 1 auxiliar de almoxarifado, que é responsável pela realização das bandeiras onde ficam identificados os tecidos de acordo com cor, quantidade, composição e marca e auxilia nas reposições de tecidos do setor de corte e faz a conferência de tecidos que retornam do setor de corte. 25 Para exercer todas essas funções acima citadas é preciso possuir ensino médio concluído e experiência de no mínimo 1 ano na função também na área de confecção de roupas. A atividade do setor é iniciada quando o tecido que foi comprado chega à empresa, o conferente recebe a mercadoria e confere analisando se a mercadoria está de acordo com as especificações das notas fiscais, no caso de tecidos ele confere a quantidade de rolos e tamanhos, se for aviamento ele mede para conferir a metragem e no caso de aviamentos menores é feito a contagem ou pesagem. O conferente dá entrada na nota fiscal no sistema de informação da empresa e repassa as notas para o setor de compras e financeiro, Depois de conferido a mercadoria é encaminhada para os setores responsáveis. Após o processo de conferência os tecidos passam pelo processo de revisão onde é realizada uma inspeção em uma máquina específica de revisão de tecidos, onde o revisor avalia para saber se o tecido está com a qualidade exigida pela a empresa se estiver em desconforme o tecido é devolvido para o fornecedor ou é realizada uma negociação no valor, se o tecido estiver com qualidade ele é repassado para o almoxarife onde o mesmo vai colocar os tecidos em estantes que são numeradas e identificadas via sistema sempre separados por marcas e coleção é feito as bandeiras que são fichas de tecidos onde é identificada a quantidade, cor e repassado para o setor de criação. Outra atividade diária do setor se inicia a separação de todos os tecidos necessários para a fabricação da referência, o tecido é enviado e a quantidade é baixada do estoque via sistema, quando as sobras dos tecidos retornam do corte é feita uma atualização da quantidade que resta no setor e atualizado via sistema e nas bandeiras para o setor de criação, o tecido que sobrou é armazenado novamente nas estantes de acordo com a sua localização; 4.4.3 CORTE. O setor de corte é o setor responsável pelo corte dos moldes de todas referências para que sejam confeccionadas peças e acessórios necessários de acordo com cada coleção. O setor é composto pelas seguintes funções: 1 supervisora de corte, 3 cortadores, 1 revisora, 2 infestadores e 6 auxiliares. Para a função de supervisão é necessário possuir graduação completa em administração ou áreas afins e para os demais cargos juga-se necessário ensino médio completo e experiência comprovada no mínimo de um ano no segmento de confecção de roupas. 26 A atividade do setor inicia com o recebimento da programação diária do setor de PCP que é analisada pela supervisora e executada diariamente, iniciando com a chegada dos tecidos do setor de almoxarifado de tecidos onde é feito uma conferência de acordo com cada referência da programação e armazenada no setor de corte, o tecido que possui elastano é fraldado e colocado em gavetas para que o mesmo não sofra encolhimento ao ser cortado. Ao receber a ordem de corte a piloto e o risco é feita uma conferência no risco para se certificar se contém todos os moldes necessários, em seguida é feito o enfesto da referência, após o enfesto é separado o tecido para o corte do viés de acordo com cada referência, o auxiliar do corte emenda o tecido para ele ficar tubular e corta o viés em uma máquina específica para corte de viés de tecido plano tubular e o mesmo entregam para o setor de separação para que o mesmo coloque na referência correspondente. Após o enfesto ele é conferido em relação á cor e quantidade de acordo com a ordem de produção. O enfestador coloca o risco em cima do enfesto. Após a finalização a referência é cortada de acordo com cada molde do risco e levada para a separação, quando o tecido vem sinalizado que está com algum defeito à revisora de qualidade do corte revisa todos os recortes e faz a reposição dos recortes que estão com defeitos para que os lotes cheguem ao setor de costura c com qualidade, quando os recortes chegam na separação o auxiliar preenche o formulário de lotes e passa para o setor de PCP para o mesmo fazer a impressão desses lotes, ao chegar os lotes é feito a conferência e separado os recortes da referência de acordo com os lotes e a ordem de corte, quando a referência possui perlon o auxiliar separa os recortes que contem perlon e passa para a pessoa responsável pelo perlon , após a finalização esses recortes são colocados na referência, os pacotes são identificados com o nome da referência e coleção e são colocados na estante disponíveis para o setor de costura, finalizando o processo e dando baixa na ordem de corte no sistema da empresa. 4.4.4 ALMOXARIFADO DE AVIAMENTOS. Esse determinado setor é responsável pela estocagem de todo aviamento que entra na empresa assim como separação desses matérias para o setor de costura conforme a solicitação da ordem de produção. O setor é composto por 4 funcionários distribuídos nas seguintes funções: 1 encarregada de almoxarifado, 1 almoxarife, 2 auxiliares de almoxarifado sendo distribuídas as atividades ficando 1 auxiliar responsável pela separação de aviamentos e a outra para compra e separação de linhas para o setor de costura. Para o cargo de encarregado é necessário no mínimo 27 curso técnico em logística e para os demais setores apenas ensino médio completo e experiência na função. Quando os aviamentos chegam ao setor, o mesmo é conferido de acordo com o pedido de compras, após a conferência os materiais são destinados às estantes conforme localização destinada pelo o almoxarife, e lançados no setor via sistema. Após a ordem de produção ser finalizada o setor de PCP envia para o setor de aviamento para que o mesmo faça a separação dos aviamentos, a encarregada do setor recebe as ordens de produção, faz sua programação e encaminha as ordens de produção para o conferente de linhas para que o mesmo possa se certificar se o setor possui linhas de acordo com a cor de cada referência, se o processo de conferencia das linhas estiver completo, o conferente faz a separação e abastece o setor de costura, caso o responsávelfaz o pedido de compras e aguarda a chegada, no segundo momento a ordem de produção vai para a pessoa responsável pela separação onde a mesma separa e contabiliza para o setor de costura todo aviamento necessário para fabricação da referência, de acordo com quantidade, tamanho e cor. No setor também é feito a montagem dos zíperes de acordo com o tamanho que vem solicitado na ordem de produção. Se a referência possuir algum aviamento que necessite de tingimento para ficar na cor do tecido da referência o setor fica responsável pelo envio dos aviamentos para o tingimento. Após a separação é entregue uma ficha para distribuição interna e o material é armazenado nas prateleiras do almoxarifado de aviamentos até a solicitação do setor de costura, para finalizar o processo as ordens de produção já separadas as mesma são entregues para a almoxarife para que a mesma lance a saída do material para o setor de costura via sistema com o objetivo de garantir a confiabilidade do sistema com o físico do setor. 4.4.5 COSTURA E ACABAMENTO. O setor de costura e acabamento da empresa Ramos Cunha é composto pelas seguintes funções: • 1 Supervisora de produção, responsável pela programação acompanhamento dos processos do setor de costura e costura e acabamento, qualidade dos produtos e atividades do setor e responsável pelo bom desenvolvimento da equipe. 28 • 1 Assistente de distribuição, responsável pela emissão de etiquetas de composição e códigos de barras, abastecimento dos grupos de costura, movimentações de peças para os setores subsequentes e auxiliar a supervisora nas demais atividades. • 20 Costureiras, responsável pela fabricação das peças de roupas da empresa, distribuídas em 4 grupos de produção com as seguintes habilidades 3 retistas, 1 golerista e 1 interloquista. • 2 revisoras de qualidade, responsável pela inspeção de todas as peças costuradas conforme padrão de qualidade da empresa, distribuídas em dois grupos de costuras para cada revisora. • 2 auxiliares de costura, responsável por fazer serviços manuais para as costureiras, distribuídas em dois grupos de costuras para cada auxiliar. • 6 engomadeiras, responsável por engomar todas as peças que vão para o setor de embalagem. • 1 Costureira, responsável por realizar os consertos que retornam de clientes e lojas. • 1 Caseadeira e Botoneira responsável por casear e pregar botões de todas as peças que chegam no setor de acabamento de acordo com as exigências de cada referência. • 10 auxiliares de acabamento, responsável por realizar todas as atividades inerentes do setor de acabamento como: Colar tag´s, embalar peças, pregar botões manuais, pregar plaquinhas, entre outras atividades relacionadas ao cargo. Para exercer a função de supervisão é necessária graduação completa ou em andamento nas áreas de administração ou engenharia de produção e experiência mínima no mínimo de 2 anos em confecções de roupas. Para demais funções os requisitos necessários no mínimo ensino fundamental completo e experiência de no mínimo 1 ano na função. O layout, ou seja, o arranjo físico dos grupos de costura pode identificar um layout por processo ou funcional, pois as máquinas são agrupadas por processo ou função, em áreas determinadas, aproveitando no máximo sua potencialidade, ou seja, a posição das máquinas 29 indicará sua função ou funcionalidade. A empresa busca por funcionários polivalentes exercendo sua função no setor de acabamento pelo rodízio diário de referências que entra no setor, sempre buscando uma maior produtividade e qualidade para a empresa. A atividade do setor inicia quando o setor de almoxarifado de aviamento entrega a ficha de ordem de produção para a distribuição interna, onde a mesma ao receber a ficha faz a conferência juntamente com a peça piloto e ficha técnica, faz a emissão das etiquetas de composição de acordo com a composição do tecido e a grade identificada na ordem de corte faz a emissão dos códigos de barras e faz a colagem nos tag´s e os entrega para o setor de embalagem. A supervisora faz a programação quinzenal dos grupos de costuras obedecendo à ordem de entrega da mercadoria nas lojas e modelos específicos para cada grupo de costura. Após a programação a assistente de distribuição faz o abastecimento da referência de acordo com a programação de cada grupo, recolhendo os aviamentos e linhas no setor de almoxarifado de tecido e encaminhando para o grupo ficha técnica, piloto, relação de lotes, etiquetas de composição e os lotes da referência que estão armazenados na estante. A auxiliar de costura recebe todo o material, faz a conferência e entrega os aviamentos e linhas para cada pessoa específica que vai fazer a operação que necessita daquele material, ao receber o material as costureiras costuram as peças unindo recortes sempre obedecendo as medidas da ficha de parâmetro com o objetivo de atender os requisitos de qualidade definido pela empresa. Após costuradas as peças vão para as revisoras de qualidade onde as mesmas vão limpar e inspecionar todas as peças de acordo com os padrões de qualidade exigidos pela empresa. Com a finalização da inspeção as revisoras repassam as referências para o setor de acabamento para que seja realizado o processo de placa, caseados, botões, rebites de acordo com a necessidade de cada referência, em seguida as peças vão para o setor de engomado para que as engomadeiras engomem todas as peças e repasse para a embalagem. Quando as peças chegam à embalagem as auxiliares de acabamento colocam os tag´s na peça de acordo com a referência, cor e tamanho, as peças são dobradas e colocadas em saco plásticos, as auxiliarem dão baixas nas relações de lotes, colocam as peças em caixas de papelões de acordo com a referência e a marca que a empresa fabrica, as fichas são repassadas para a assistente de distribuição para que a mesma faça a movimentação das peças para o setor de produto acabado, 30 após a movimentação as peças são encaminhadas para o setor de DPA para que sejam enviadas para as lojas. 4.5 SETOR DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO. Este setor é responsável pela criação e desenvolvimento de cada referência da coleção que a empresa fabrica, neste setor é fabricada a peça piloto que é a peça que serve como base para a fabricação das demais peças é feito o cadastro no sistema operacional da empresa e um setor que serve como base para os outros setores em relação á dúvidas sobre cada referência, ou seja, é nesse setor que sai toda e qualquer referência da empresa, dividida em duas marcas Mão e Cindy. O setor é composto pelos seguintes cargos e funções: • 1 supervisora, responsável por coordenar toda a equipe. Para exercer a função é necessário superior completo em administração, moda ou áreas afins e experiência no ramo de confecção de roupas. • 2 estilistas, uma da marca Mauy e outra da marca Candy as mesmas são responsáveis pela criação dos modelos e distribuição das coleções. Para execução do cargo é necessário graduação completa em modas e experiência mínima de 3 anos na função. • 2 assistentes de estilista, sendo distribuídas nas duas marcas, as mesmas são responsáveis por auxiliar as estilistas nas atividades do setor. Para exercer a função é necessário está cursando ou finalizada graduação de moda, não sendo necessária experiência na função. • 3modelistas são responsáveis por modelas todas às peças criadas pelas estilistas para confecção da mesma. A empresa exige cursos técnicos de modelagens manuais e no sistema audaces e experiência mínima de 2 anos na função. • 2 encaixe e risco, responsáveis pelo consumo da referência e o risco de toda referência que vai para o setor de corte de acordo com a quantidade e tamanho de cada O.P è necessário apenas cursos no sistema audaces para exercer a função. • 2 corte piloto, responsável pelo corte dos moldes paracosturar a peça piloto assim como todo viés necessário para referência. O cargo exige ensino médio completo e experiência na função. 31 • 3pilotistas, responsáveis pela fabricação de toda peça piloto, obedecendo as medidas exigidas pelas estilistas. Para execução do cargo é necessário experiência na função no mínimo de 3 anos. • 1 revisora de qualidade, responsável por auxiliar as pilotistas e inspecionar a peça piloto verificando se a mesma está de acordo com as especificações exigidas pela empresa. O cargo exige experiência mínima de 1 ano na função. • 2 Assistentes de Produto, responsáveis pelo cadastro da referência no sistema, colocando as principais informações necessárias para fabricação dos mesmas, conferência e solicitação de todo material exigido na referência. Para exercer a função a empresa exige curso técnico do vestuário e experiência mínima de 1 ano na função. • 1 Corpo de prova, responsável por vestir toda peça piloto e peça da produção no tamanho 38 para verificação da modelagem e demais atividades relacionadas ao cargo. Para exercer a função é necessário que possuas todas as medidas padrões que a empresa exige. A atividade do setor inicia quando as estilistas criam os modelos da coleção tendo como base as tendências do mundo da moda e confecciona os croquis, após esses croquis validados a sua assistente cadastra esses croquis no sistema para dar inicio ao desenvolvimento da peça, esses croquis passam pela supervisão onde a mesma faz uma análise e encaminha para o setor seguinte que é a modelagem ao chegar à modelagem é feito o molde necessário para fabricação da peça de acordo com as medidas e observações exigidas pelas estilistas, quando finalizado esse molde vai para o corte de piloto para ser cortado à peça de acordo com tecido e cor definido pelas estilistas, vai para o setor de pilotagem onde a peça vai ser costurada analisando as observações da ficha croquis, após costurada a peça passa por uma inspeção para analisar como está aquela peça em relação ao padrão de qualidade exigido pela empresa, a peça segue para a apresentação que é feita em três partes a do setor de criação e apresentação para diretoria, onde são definidos os ajustes é feito o consumo para se certificar da quantidade de tecido necessário para fabricação da peça, em seguida a diretoria define a quantidade por cor e tamanho que vai ser confeccionada cada referência, é feito uma análise de toda matéria prima necessária para referência, se houver o material na empresa é feito o cadastro da referência no sistema contendo informações como: Tabela de medidas, composições do tecido, aparelho necessário para fabricação da peça entre outros, caso contrário é feita a solicitação da matéria prima pelas assistentes ou substituições por material similares que tenham na empresa após 32 finalizado o processo de desenvolvimento os croquis vão para o setor de pcp juntamente com a ficha técnica e piloto. 4.6 SETOR DE COMPRAS. O setor de compras da empresa Ramos Cunha é o setor responsável pela compra de todo material que entra na empresa, como matéria prima, produtos de limpeza, manutenção, alimentação, escritório entre outros. O setor é composto apenas pela analista de compras, onde a mesma fica responsável desde a compra das mercadorias até a entrega no setor que solicitou. È necessário ter graduação completa em logística ou administração e experiência de no mínimo 2 anos no ramo de confecção de roupas para exercer a função. A sua atividade inicia quando chega as solicitações de material de todos os setores da empresa, realizado através do sistema integrado da empresa, é feito uma cotação dessas mercadorias onde a compradora vai avaliar, preço, prazo de entrega, qualidade do produto oferecido pelos fornecedores e forma de pagamento, após finalizado a cotação a compradora passa para coordenação para aprovação da compra em seguida realiza a compra, faz o cadastro de compra no sistema, e o cadastro da matéria prima, acompanha o processo dos pedidos até a chegada da mercadoria na empresa sempre informando datas para o setor que solicitou a mercadoria. Quando o produto chega na empresa ela da baixa no sistema de conclusão da compra e informa o setor responsável a chegada da mercadoria. 5. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ORGANIZACIONAL 5.1 PCP De acordo com o que foi estudado o setor de PCP é um processo utilizado no gerenciamento das atividades de produção. Sistema de gerenciamento dos recursos operacionais de produção de uma empresa, com funções envolvendo planejamento (o que e quando será produzido), programação (recursos utilizados para a operação, com início e término de todo o fluxo de trabalho) e controle (monitoramento e correção de desvios da produção), bem como a determinação das quantidades que serão produzidas, qual o layout da planta para melhor aproveitamento do fluxo de insumos, quais as etapas de cada processo de manufatura e designação de mão de obra, seja ela humana ou mecânica, para a transformação das matérias primas passo a passo 33 O setor de PCP da empresa Ramos Cunha é composta por uma Analista de Pcp e uma Aprendiz, onde a analista para exercer a função é necessário ter graduação em Administração, ou Engenharia de Produção e possuir experiência mínima de 2 anos atuando em empresas de confecção de roupas, já a aprendiz deve possuir graduação em andamento em administração, logística, ou áreas afins e não precisa de experiência por se tratar de uma aprendiz. PCP é o setor que planeja e programa a produção e as operações da empresa, bem como as controla adequadamente, objetivando aumentar a eficiência e a eficácia através da administração da produção Como podemos observar no item (4.4.1): A atividade desse setor inicia-se quando a analista recebe do setor de desenvolvimento de produto a ficha croqui que é a ficha com o desenho do modelo, a referência e a quantidade programada para fabricação do modelo juntamente com a peça piloto, é feita uma análise de toda matéria prima que será necessária para a referência de acordo com quantidade e cor, essa análise é feita através do sistema de informação que a empresa possui (VirtualAge). Após a matéria prima está completamente disponível nos almoxarifados significa dizer que essa referência está disponível para ser cortada e fabricada, caso contrário ela busca informações também via sistema para saber se a mercadoria já foi comprada e qual prazo de chegada à empresa, nesse caso a referência é arquivada e a analista faz o acompanhamento das datas previstas para chegada da matéria-prima, caso não tenha a informação no sistema a mesma entra em contato com o setor de compras para adquirir tais informações. As referências com matéria-prima disponível iniciam o processo de corte de acordo com as quantidades informadas na ficha croqui pelas estilistas de acordo com o planejamento que é feito entre as coordenações da área comercial, industrial e a diretoria. As referências vão para o processo de corte de acordo com as datas de entrega nas lojas, e balanceando de acordo com os seguimentos calças, shorts, blusas, vestidos, saias e macacões. É criada uma ordem de produção no sistema de informação da empresa com a quantidade a ser cortada por cor e tamanho e repassada para o almoxarifado de tecido para que o setor faça a separação de todo o tecido necessário para o corte da referência, a ordem de produção também é entregue ao setor de encaixe e risco, juntamente com a peça piloto e a ficha croqui, para que seja feito o encaixe e plotagem do risco da determinada referência. 34 Após os setores de almoxarifado de tecido e risco finalizarem suas atividades, os mesmos devem entregar o risco e o tecido no setor de corte de acordo com a programação diária elaborada pelo setor de PCP. Com o processo de corte da referência finalizado o setorde corte devolve a ficha croqui e a peça piloto para o PCP, onde o mesmo faz o fechamento da ordem de produção no sistema com a quantidade real que foi cortada, são criados lotes de produção, que são impressos e entregues para o setor de corte para que se inicie a separação dos lotes para costura, após o fechamento da ordem de produção também é enviada uma via de ordem de produção para o setor de almoxarifado de aviamento para que o mesmo possa fazer a separação de todos os aviamentos necessários para a referência de acordo com a quantidade e tamanho. Outra atividade que o setor fica responsável é pelo abastecimento das facções de acordo com a necessidade das mesmas, através de programações e pedidos feitos por oficinas de costura, diante disso o setor analisa quais as referências que estão prontas para serem produzidas e abastecem as facções de acordo com as habilidades de operações de costuras que cada facção tem. Serviços externos como: laser, pet, plissado também ficam na responsabilidade do setor onde o mesmo solicita todo material necessário e envia para as empresas terceirizadas e acompanha prazo de entregas e rotas desses materiais. A precificação também é uma atividade responsável do PCP onde é calculado o preço para a venda do produto de acordo com as margens estabelecidas pela empresa, esse processo também é feito via sistema e entregue a diretoria industrial para que a mesma faça uma análise de preço e faça a definição do real valor a ser vendido após o preço estabelecido volta para o setor de PCP para que o mesmo faça o cadastro do preço final do produto no sistema onde o setor comercial e lojas terão acesso de acordo com cada referência. O setor de PCP da empresa ramos Cunha realiza um planejamento bastante eficaz apenas no setor de corte e almoxarifado deixando á critério da supervisora de costura a programação do setor em relação á abastecimento dos grupos, tornando assim o processo confuso em relação á quem se buscar informações sobre a data de entrega de determinada referência ao setor de produtos acabados. O setor de PCP deve ficar responsável por realizar a programação de toda produção e não apenas parte dela. A partir da observação o que foi sugerido foi um acompanhamento maior sobre a administração da produção objetivando uma 35 maior produtividade e qualidade no processo, tornando assim a comunicação eficiente entre todos os setores. 5.2 FLUXOGRAMA E FUNDAMENTAÇÃO. 5.2.1 Fundamentação teórica Fluxograma é uma técnica de representação gráfica que se utiliza símbolos permitindo a descrição clara e precisa do fluxo ou sequência, de um processo, bem como sua análise. Araújo (2001, p.64) Segundo D’Asenção (2001. p.73) para analisar um processo temos que levar em consideração cada parte, para poder conhecer seus objetivos, funções, seu fluxo de informações e suas relações com os outros processos existentes. 36 5.2.2 FLUXOGRAMA . INICIO RECEBE A FICHA CROQUI JUNTO COM A PEÇA PILOTO CONFERIR MATERIAL. TEM MATERIAL? ARQUIVAR O CROQUI E AGUARDAR MATERIAL LIBERA A O.P PARA ALMOXARIFADO, RISCO E CORTE. NÃO SIM APÓS CORTADA, FAZER O FECHAMENTO DA O.P NO SISTEMA E EMISSÃO DOS LOTES. ENVIAR A O.P PARA O ALMOXARIFADO DE AVIAMENTOS. RECEBER A INFORMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DAS FACÇÕES E FAZER PROGRAMAÇÃO. ACOMPANHA O PROCESSO DA REFERÊNCIA ATÉ A ENTREGA NO DPA. FIM 37 6. SUGESTÕES DE MELHORIAS E PLANO DE CONTINUIDADE 6.1 Sugestões de melhoria A aquisição de equipamentos de enfesto e corte automatizo, contribuindo assim, para o crescimento da organização com o aumento da produtividade, da qualidade e diminuindo os retrabalhos pertinentes. Treinamento, capacitação e qualificação dos colaboradores do setor de produção, com o curso de MELHORIA CONTINUA NO SETOR DE CORTE E COSTURA. A capacitação é fundamental em empresas que buscam vantagem competitiva, entra como um complemento das competências necessárias à atuação dentro dos processos que o colaborador está envolvido para se ter um processo produtivo de excelência. Para aumentar a visibilidade da marca MAUY para todo o território nacional é necessario aumentar a participação das blogueiras e digitais nfluencer, aumentar e fortalecer a divulgação nas midias sociais, apartir das mídias sociais abrem-se oportunidades de realizar aprimoramentos nas relações que você tem com os clientes de agora, mas também aumentar a sua capacidade de interação com os novos, buscando tornar-se mais visível frente a larga concorrência. Sendo uma ótima ferramenta para o mundo da moda. Para a implementação e monitoramento nos processos, deve-se contartar uma consultoria especialista na implementação de processos nos setores fabril. Com um prazo estipulado de até três meses para o termino da implantação desses processos. 6.2 PLANO DE AÇÃO 5W2H A ferramenta 5W2H é utilizada para facilitar o entendimento e execução das mais diversas tarefas e elaboração de projetos. Esta ferramenta pode ser útil para diminuir os ruídos de comunicação entre pessoas, O 5W2H, basicamente, é um checklist de determinadas atividades que precisam ser desenvolvidas com o máximo de clareza possível por parte dos colaboradores da empresa. Ele funciona como um mapeamento destas atividades, onde ficará estabelecido o que será feito, quem fará o quê, em qual período de tempo, em qual área da empresa e todos os motivos pelos quais esta atividade deve ser feita. 38 É uma metodologia cuja base são as respostas para estas sete perguntas essenciais. Com estas respostas em mãos, você terá um mapa de atividades que visa ajudar a seguir todos os passos relativos a um projeto, de forma a tornar a execução muito mais clara e efetiva. Segundo Vergara (2006), o plano de ação 5W2H é utilizado principalmente no mapeamento e padronização de processos, na elaboração de planos de ação e no estabelecimento de procedimentos associados e indicadores. De acordo com Franklin (2006), a ferramenta 5W2H é entendida como um plano de ação, ou seja, resultado de um planejamento como forma de orientação de ações que deverão ser executadas e implementadas, sendo uma forma de acompanhamento do desenvolvimento do estabelecido na etapa de planejamento 39 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em vista do que foi analisado e apresentado nesse relatório conclui que a empresa Ramos Cunha é uma empresa com grandes possibilidades de crescimento no ramo do vestuário. Foi percebido que os seus colaboradores conhecem a missão e a visão da empresa fazendo com que o seu clima organizacional seja satisfatório. Foi observado que a empresa para crescimento de sua produtividade e qualidade necessita de um planejamento mais eficiente principalmente pelo setor de planejamento e controle da produção, realizando programações diárias e até a realização de um plano mestre de produção. O objetivo deste trabalho é integrar a teoria aprendida ao longo dos semestres da graduação de administração com a prática de uma determinada empresa, ou seja, foram avaliados alguns setores da organização e sugeridas algumas intervenções com bases nas teorias estudadas, para melhorar os processos da empresa aumentando a sua lucratividade, produtividade e qualidade. 40 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS CHIAVENATO, I. Administração, teoria, processo e prática. 3ª Ed. São Paulo. 2000. CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo.2001. AAKER, David A. Administração Estratégica de Mercado. Bookman, 2007. MAXIMIANO, Antonio. C. A. Teoria Geral da Administração. São
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