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Contagem de prazo e frações da pena

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DIREITO PENAL
CONTAGEM DE PRAZO E FRAÇÕES DA PENA
1 – Prazos penais e processuais penais
O prazo penal conta-se de maneira diversa do prazo processual penal. Enquanto neste não se inclui o dia do começo, mas sim o do vencimento (art. 798, § 1º, CPP), naquele é incluído o primeiro dia, desprezando-se o último (art. 10, CP).
Exemplos: se uma pessoa é recolhida ao cárcere para cumprir dois meses de pena privativa de liberdade, tendo início o cumprimento no dia 20 de março, que é incluído no cômputo, a pena findará no dia 19 de maio. Se alguém for preso às 22:00 horas de um dia, este dia é integralmente computado, ainda que faltem somente duas horas para findar. Entretanto, se o réu é intimado de uma sentença condenatória no dia 20 de março, cujo prazo de recurso é de 5 dias, vencerá no dia 25 de março (prazo processual).
Quando se tratar de instituto de dupla previsão – inserido nos Códigos Penal e de Processo Penal -, como a decadência, por exemplo, deve-se contar o prazo da forma mais favorável ao réu, ou seja, conforme o CP.
Os prazos penais não se interrompem de modo algum. Computam-se normalmente em feriados, fins de semana e em qualquer outro dia sem expediente forense. Portanto, se alguém tiver que sair da prisão no domingo, este será o dia derradeiro, não havendo prorrogação para a segunda-feira.
2 – Calendário comum como parâmetro para a contagem do prazo
Os meses não são contados por números de dias, mas de um certo dia do mês à véspera do dia idêntico do mês seguinte, sem a preocupação de verificar feriados ou anos bissextos (calendário gregoriano).
Lei 810/49:
a) artigo 1º “Considera-se ano o período de 12 (doze) meses contado do dia do início ao dia e mês correspondentes do ano seguinte”;
b) artigo 2º “Considera-se mês o período do tempo contado do dia do início ao dia correspondente do mês seguinte”;
c) artigo 3º “Quando no ano ou mês do vencimento não houver o dia correspondente ao do início do prazo, este findará no primeiro dia subseqüente”.
3 – Frações não computáveis da pena
As frações de dias (horas) não são computadas na fixação da pena, sendo simplesmente desprezadas. Exemplo: alguém é condenado, inicialmente, a 6 meses e 15 dias de detenção, pena da qual o juiz deve subtrair um sexto, em razão de alguma atenuante ou causa de diminuição. Seria o caso de extrair 1 mês, 2 dias e 12 horas do total. Entretanto, diante do disposto no artigo 11 do Código Penal, reduz-se somente o montante de 1 mês e 2 dias, rejeitando-se as horas.
Quanto as frações de moeda, desprezam-se os centavos.Embora o artigo 11 mencione, no texto, as frações de cruzeiro, moeda não mais existente, tratando-se de norma penal não incriminadora, pode-se aplicar a interpretação que extraia o autêntico significado da lei. Onde se lê “cruzeiro”, leia-se “moeda vigente”, no caso presente, o real. As frações de real são os centavos, que devem ser desprezados na fixação da pena de multa.

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