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Brás de Pina - Projeto de intervenção

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Universidade Federal do Rio De Janeiro / CEDERJ 
Licenciatura Em Ciências Biológicas 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE INTERVENÇÃO SOCIOAMBIENTAL 
CONSCIÊNCIA DA SUSTENTABILIDADE NO ENTORNO DO CANAL DA 
ARAPOGI – BRÁS DE PINA 
 
Alunas: 
Luciana Figueiredo Mansur - 15114020183 
Lohana Mello Costa - 15114020216 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à professora Drª 
Ana Maria de A. Santiago como parte 
dos requisitos à aprovação na disciplina 
Educação Ambiental e agenda 30. 
 
 
 
 
 
 
 
DUQUE DE CAXIAS 
Dezembro de 2020 
PROJETO DE INTERVENÇÃO 
ENTORNO DO CANAL DA AVENIDA ARAPOGI 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Bairro 
 
No século XVIII, o português latifundiário e pescador de baleias, Brás de 
Pina, era detentor de grande parte das terras onde hoje existe o bairro com o 
seu nome: Brás de Pina. Projetado na época para ser um bairro modelo do 
projeto de descentralização da cidade, passou a ser chamado de Vila 
Guanabara. O plantio de eucaliptos, flamboyants e ipês traziam um encanto a 
região, somado ao estilo neocolonial das construções. Suas terras eram vizinhas 
de outros grandes proprietários como Os Lobos e Os Enes. Várias ruas do bairro 
e adjacentes como os bairros da Penha e Olaria possuem estes sobrenomes. 
 
O Parque Ary Barroso, por exemplo, que fica ao lado do famoso hospital 
Getúlio Vargas, na Penha Circular, era a antiga Chácara das Palmeiras, 
propriedade que pertencia a essas famílias, sendo tombado como patrimônio 
público em 1965. Outras ruas conhecidas e com maciça presença de empresas 
são as Estradas do Engenho da Pedra e do Porto Velho que cortavam bairros 
adjacentes e eram rota de escoamento da produção local. 
Figura 1 - Mapa de Brás de Pina (Google Maps) 
Essas terras se estendiam até a Baía de Guanabara onde havia um porto 
de escoamento da produção local que era basicamente o engenho de cana de 
açúcar e o refino do óleo de baleia e carne. Uma curiosidade é que esse óleo 
possuía várias utilidades, como no uso em lampiões, na iluminação pública e 
massa de construção em alvenaria. 
Já no século XX, com a 
construção da Estrada de Ferro 
Leopoldina, uniram-se ao projeto de 
urbanização inspirado nos modelos 
europeus como o da Inglaterra, onde 
a estação de trem local “Princesinha 
da Leopoldina” teve atenção especial 
com o calçamento e arborização do novo bairro ora chamado de “Vila 
Guanabara”. Grande parte deste projeto é atribuído à empreendedora Kosmos, 
que teria adquirido boa parte destas propriedades, motivo pelo qual um desses 
bairros adjacentes chama-se Vila Kosmos, onde havia uma pedreira de extração. 
O estilo neocolonial no traço urbano local atraiu muitos interessados a 
adquirir imóveis na região e investidores, tornando o bairro bem badalado pela 
sociedade da época. A rota da linha férrea facilitando o transporte, é a grande 
responsável por essa procura, somado a construção de paróquias e a presença 
de igrejas já existentes como A Igreja de Santa Cecília (imóvel doado pelo devoto 
Guilherme Guinle, presidente da Kosmos) e a Igreja Nossa Senhora da Penha 
(cartão postal da região), promovendo grande aumento na densidade 
demográfica local. 
 
 
 
Figura 2 - Estação atual de Brás de Pina (Wikipedia) 
Figura 3 - Basílica Santuário da Penha 
(basilicasantuariopenhario.org) Figura 4 - Paróquia Santa Cecília (FB - 
@augustolimahistoriadaleopoldina) 
Canal Arapogi – Levantamentos 
 
Apesar de todas as expectativas históricas para o desenvolvimento 
urbano desses bairros, Brás de Pina, assim como todo o Rio de Janeiro, segue 
o reflexo de má gestão pública que afeta, de forma progressiva e negativa, a 
sustentabilidade de uma boa qualidade de vida, tanto para a população humana, 
quanto para a fauna e flora que ainda permanecem no local. 
Pensando sobre uma pequena amostra do território do Rio de Janeiro que 
pudesse refletir a gestão do nosso meio ambiente, este trabalho decide por focar 
em analisar as problemáticas e potencialidades do Canal da Avenida Arapogi, 
em Brás de Pina. 
O Canal era um cartão de visitas com laterais gramadas e jardins 
arborizados com eucaliptos que tornavam a paisagem agradável aos 
frequentadores e transeuntes do bairro. Curioso destacar que, anos depois, as 
escolas de samba do grupo “A” desfilavam na região, dado ao status local. 
Atualmente, o canal da Avenida Arapogi, que recebe esgotos domésticos 
e industriais, encontra-se muito poluído e com pouquíssima vegetação no 
entorno, o suficiente para causar muitas enchentes e transbordamentos em 
épocas de chuva, além de ser um alimentador do Rio Arapogi, que desemboca 
na Baía de Guanabara, a poluindo continuamente. 
No diagnóstico socioambiental participativo, foi possível levantar algumas 
problemáticas, das quais toda a população do Rio de Janeiro já está habituada: 
frequentes alagamentos, falta de coleta e tratamento de esgoto, massiva 
cimentação reduzindo a porosidade dos solos, pouca arborização urbana. Das 
potencialidades, além das comunidades religiosas mobilizadas e da arborização 
feita pela prefeitura, temos de considerar outros atores sociais como as próprias 
potencialidades do bairro, considerando que quem permitirá essas mudanças é 
exatamente as pessoas envolvidas. Logo, além de igrejas na avenida Arapogi, 
tem as escolas, o 16º Grupo Escoteiro Anhangá, além dos empreendimentos na 
avenida, como bares e restaurantes. 
 
 
 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Este projeto tem por objetivo geral compreender intervenções que 
reduzam as problemáticas, utilizando as potencialidades como um meio de 
serem também a resolução dessas. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
O projeto tem os seguintes objetivos específicos: 
- Planejamento de uma intervenção urbana sustentável (mimetizando a 
natureza na cidade – infraestrutura verde) de forma colaborativa com a 
população local, mobilizando atores sociais de forma a estimular sua 
participação cidadã, promovendo uma educação política e ambiental. A 
construção da infraestrutura verde é secundária ao projeto, e envolve 
burocracias que podem percorrer longos períodos, e por isto, não se torna um 
real objetivo para o desenvolvimento deste projeto. 
- Realizar educação ambiental nas escolas locais, sensibilizando o olhar 
destes alunos para o seu próprio bairro, cidade, ajudando a perceber injustiças 
ambientais naturalizadas. 
 
JUSTIFICANDO A IMPORTÂNCIA DA PROPOSTA DE TRABALHO 
 
Este trabalho, de impacto primariamente social, e secundariamente, 
ambiental, tem por objetivo a sensibilização ambiental através do olhar para as 
problemáticas vivenciadas pela população local, a fim de que, suas afinidades 
com as problemáticas, também possam trazer soluções diversas e 
comprometimento, contribuindo para desenvolver a cidadania em sua forma 
ampla e atuante. 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
As etapas a seguir, foram consideradas em período pós-pandemia. Caso 
haja a necessidade de ser colocada em prática durante o período pandêmico, 
terá que ser convertida para o meio digital, o que pode atrasar ou até 
impossibilitar a realização do projeto, pois consiste em conhecer pessoas ‘porta 
a porta’. 
 
1ª etapa: 
Esta etapa será realizada na prefeitura, onde devemos realizar o 
levantamento de dados sobre como se dá a alimentação do canal Arapogi, seu 
local de origem, e como são as tubulações de abastecimento de água, 
esgotamento sanitário e drenagem pluvial. Adaptação dos dados em material de 
divulgação de fácil entendimento pela população local. 
 
2ª etapa: 
Levantamento de casos de implantação de intervenções urbanas 
eficientes, com ênfase infraestruturas verdes, com relação à drenagem de água 
da chuva, despoluição de rios e lagoas urbanas e outras soluções que sejam 
compatíveis com o contexto da cidade. Adaptação dos dados para o contexto 
regional através do uso de espécies majoritariamente nativas, adaptando as 
informações paraum material com boa didática. 
 
3ª etapa: 
Divulgação dos materiais de divulgação, através de rodas de conversa 
com a comunidade, definindo uma agenda entre: escolas, igrejas, 
empreendimentos locais e associações de moradores, a fim de delinear as ações 
do projeto, e as ideias que são apoiadas e incrementadas com as demandas 
desses atores. Essas conversas também denotam a possibilidade de uma 
educação cidadã, oportunizando uma educação política e ambiental para toda 
as idades. 
 
 
 
4ª etapa = 1ª atividade 
Definindo a 1ª atividade a partir das rodas de conversa: 
Planejamento urbano de infraestruturas verdes ao longo do canal: a 
substituição das margens cimentadas por jardins de chuva, usando espécies 
nativas que contribuem para a fitorremediação, no qual as plantas e a microbiota 
associada às raízes e solo desempenham seus mecanismos naturais, agindo 
sobre os poluentes, permitindo a captação de água da chuva de forma a filtrar a 
poluição difusa trazida através do escoamento superficial, caindo no canal uma 
água mais purificada. Além de contribuir para o embelezamento da avenida, o 
jardim de chuva permite: redução da emissão de poluentes no canal; 
melhoramento do micro clima da região; trabalha como um sumidouro de 
carbono; valorização de espécies nativas. Dependendo da colaboração nas 
rodas de conversas, inserir a possibilidade de uma ciclovia. Realizar rascunho 
do projeto. 
 
5ª etapa = 2ª atividade 
Fazer material didático e traçar conteúdos para o projeto educativo 
socioambiental nas escolas vizinhas, considerando: 
a) Trazer o projeto levantado em conjunto com a população local para as 
escolas vizinhas, permitindo conhecerem e apoiarem os jardins de 
chuva e ciclovias, trazendo desenhos, animações, com a ideia de uma 
cidade viva e verde. 
b) Introduzir os resíduos sólidos e microplásticos como grandes 
poluentes dos nossos rios e mares. Relacionar o impacto na qualidade 
de vida e alimentar através da pesca e redução de áreas de lazer. 
c) Como consumir de forma consciente protege o meio ambiente? 
 
6ª etapa = 3ª atividade 
Realizar a Educação Ambiental nas escolas. 
 
7ª etapa 
Por ser a etapa mais burocrática do projeto, é a que levará mais tempo 
para ser concluída, pois dependerá de instituições e organizações externas aos 
responsáveis pelo projeto. 
a) Levar a proposta para uma consultoria para desenhar a construção e 
realizar levantamento de gastos do projeto dos jardins de chuva; 
b) Levantar e organizar documentações necessárias para adquirir 
financiamento; 
c) Voltar à população e às escolas que participaram do projeto 
anteriormente para divulgação do desenho da planta dos jardins de 
chuva, orçamento e previsões de duração da obra. Levantamento de 
questionamentos, opiniões e apoio com o objetivo de conseguir 
financiamento público e/ou de empresas que queiram seus nomes 
vinculados ao projeto. 
 
8ª etapa: 
Construção dos jardins de chuva 
 
- Orçamento 
Item Total em R$ 
Material Didático para distribuição 400 
Consultoria 2.000 
Valor total do projeto 2.400 
 
- Cronograma 
Etapas 
Meses 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
1 x 
2 x 
3 x 
4 x 
5 x 
6 x 
7 x 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A elaboração deste trabalho permitiu compreender que, para o 
desenvolvimento de ações sustentáveis, é necessário lidar com pessoas e 
burocracias, além de um planejamento que conte com situações que não 
contribuam para o cronograma inicial. 
É possível que os levantamentos nas rodas possibilitem elaboração de 
planejamentos diversos, esses sendo somente uma exemplificação. Também há 
várias possibilidades, como na discussão do projeto nas próprias escolas, 
envolver alunos, incluindo os professores, como moradores ou população que 
passa pelo local e também convive com as problemáticas nele inseridas, a fim 
de que possam contribuir, participar e se sentirem inseridos como cidadãos 
participativos, trabalhando por um melhor ambiente para viver, garantindo 
qualidade de vida para o futuro. 
Espera-se que, com o desenvolvimento deste trabalho, possa contribuir 
para a sensibilização ambiental e com relação a participação na política de forma 
geral, garantindo que estes e outros projetos benéficos para a sociedade podem 
ter prioridades diante de projetos que não objetivam a sustentabilidade da vida. 
Assim como expectativas no aumento da participação política, tem-se a 
expectativa do desenvolvimento de projetos socioambientais inovadores por 
todo o território brasileiro, que em muito necessita para que haja uma verdadeira 
mudança para uma cultura de respeito à vida e ao meio ambiente. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
FOLHA DO MEIO AMBIENTE. Como reflorestar uma mina d’água?. Disponível 
em: http://www.folhadomeio.com.br/publix/fma/folha/2013/11/como246.html. 
Acesso em: 14 de setembro de 2020. 
 
AS RUÍNAS DE BRÁS DE PINA. Disponível em: 
http://brasilianafotografica.bn.br/?p=16641. Acesso em: 14 de setembro de 2020 
 
PINHEIRO, Maitê Bueno. Plantas para Infraestrutura Verde e o Papel da 
Vegetação no Tratamento das Águas Urbanas de São Paulo: Identificação 
http://www.folhadomeio.com.br/publix/fma/folha/2013/11/como246.html
http://brasilianafotografica.bn.br/?p=16641
de Critérios para Seleção de Espécies. Dissertação (Mestrado). Universidade 
de São Paulo - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 367 p., 2017.

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