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Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. MÓDULO DE: PROJETOS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL: ESTUDOS AUTORIA: ISABELE SANTOS ELEOTÉRIO JOSÉ CARLOS DOS SANTOS 2 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Módulo de: Cidadania Ambiental e Planetária Autoria: Me. Isabele Santos Eleotério Me. José Carlos dos Santos Primeira edição: 2008 Todos os direitos desta edição reservados à ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA http://www.esab.edu.br Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 Bairro Itaparica – Vila Velha, ES CEP: 29102-040 3 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. APRESENTAÇÃO O módulo se constroi seguindo o seguinte esquema: apresentar objetos de discussão para a preservação ambiental (água, edifícios doentes, praças, ruas e comércio justo), levantar exemplos de preservação na conjuntura destes objetos; sugerir ações de preservação e estimular a criação de um projeto de conscientização para a preservação ambiental urbana que será lançada na página Fórum da ESAB. Também são dinamizados alguns estudos dirigidos sobre a relação urbanização, capitalismo e industrialização dentro do contexto de preservação ambiental. Este módulo possui as seguintes características: Textos selecionados pelo viés da (a) fácil compreensão e (b) profundidade; Que são dispostos para leitura em fragmentos e, na sequência, discorrem baterias de exercícios e dicas complementares. O material produzido não serve somente como estudo para o aluno da ESAB, mas foi pensado e desenvolvido para que sirva de apoio didático na prática cotidiana da Educação ambiental (por isto a opção por uma linguagem clara e simples em sua realização). O módulo incentiva a pesquisa e a compreensão do uso da internet como forma de conhecer e interagir em rede com instituições e espaços acadêmicos e cidadãos que abordam a questão ambiental. Visto também que o uso do computador e de textos da internet e das multimídias (e-livros, etc) é um componente que devemos incentivar em razão da questão da preservação da natureza. 4 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. OBJETIVO Tomar ciência de projetos de preservação ambiental desenvolvidos em comunidades e municípios EMENTA O que é preservação ambiental; preservação do ambiental: capitalismo e urbanização; preservação ambiental: água, ruas, parques e praças, edifícios e consumo justo. Elaboração de projetos de conscientização para a preservação ambiental urbana. SOBRE O AUTOR Isabele Santos Eleotério: Mestre em Psicologia (UFES); Bacharel em Psicologia e Jornalismo. José Carlos dos Santos: Doutorando em Ciências da Religião (PUC-SP); Licenciado em filosofia (PUC-MG); Sócio-fundador da Associação Brasileira de Serviço Social Ecológico 5 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. SUMÁRIO UNIDADE 1 ......................................................................................................................... 8 O QUE ENTENDO POR PRESERVAÇÃO AMBIENTAL URBANA. ....................................................................... 8 UNIDADE 2 ....................................................................................................................... 12 O QUE É PRESERVAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................................... 12 UNIDADE 3 ....................................................................................................................... 15 FALANDO EM PRESERVAÇÃO AMBIENTAL URBANA .................................................................................. 15 UNIDADE 4 ....................................................................................................................... 20 A PRÁTICA DA ACUPUNTURA DA CIDADE............................................................................................... 20 UNIDADE 5 ....................................................................................................................... 22 TÓPICOS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA CIDADE. ................................................................................ 22 UNIDADE 6 ....................................................................................................................... 24 EXPLICANDO O ESQUEMA DOS PROJETOS DE PRESERVAÇÃO APRESENTADOS NO MÓDULO ................................. 24 UNIDADE 7 ....................................................................................................................... 25 SANEAMENTO BÁSICO E PRESERVAÇÃO DA ÁGUA.................................................................................... 25 UNIDADE 8 ....................................................................................................................... 28 EXEMPLO DE PRESERVAÇÃO DA ÁGUA PARA PRESERVAMOS A ÁGUA ............................................................ 28 UNIDADE 9 ....................................................................................................................... 32 ATIVIDADES E SUGESTÕES EDUCATIVAS PARA A PRESERVAÇÃO DA ÁGUA. ...................................................... 32 UNIDADE 10 ..................................................................................................................... 38 PROJETAR A PRESERVAÇÃO DA ÁGUA: TEMA PARA FÓRUM. ....................................................................... 38 UNIDADE 11 ..................................................................................................................... 40 PRESERVAR AS RUAS E SEU PATRIMÔNIO .............................................................................................. 40 UNIDADE 12 ..................................................................................................................... 45 EXEMPLOS DE PROJETOS DE PRESERVAÇÃO DE RUAS ................................................................................ 45 UNIDADE 13 ..................................................................................................................... 49 ATIVIDADES E SUGESTÕES PARA PRESERVAR AS RUAS............................................................................... 49 6 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 14 ..................................................................................................................... 53 PRESERVAR AS RUAS: TEMA PARA FÓRUM ............................................................................................ 53 UNIDADE 15 ..................................................................................................................... 55 PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E CAPITALISMO: APROFUNDAMENTO ................................................................ 55 UNIDADE 16 ..................................................................................................................... 60 URBANIZAÇÃO: APROFUNDAMENTO (I) ............................................................................................... 60 UNIDADE 17 ..................................................................................................................... 66 URBANIZAÇÃO: APROFUNDAMENTO (II) .............................................................................................. 66 UNIDADE 18 ..................................................................................................................... 72 PRAÇAS E OS PARQUES: PENSÁ-LOS PARA PRESERVÁ-LOS. ......................................................................... 72 UNIDADE 19 ..................................................................................................................... 76 EXEMPLOS DE PROJETOS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DE PRAÇAS E PARQUES. .............................................76 UNIDADE 20 ..................................................................................................................... 79 SUGESTÕES UTÓPICAS DE PRAÇAS E PARQUES: EM SÃO PAULO. ................................................................. 79 UNIDADE 21 ..................................................................................................................... 81 ATIVIDADES E SUGESTÕES EDUCACIONAIS DE PRESERVAÇÃO DE PARQUES E PRAÇAS: FÓRUM ............................. 81 UNIDADE 22 ..................................................................................................................... 83 O PROBLEMA DOS EDIFÍCIOS DOENTES: INTRODUÇÃO. ............................................................................. 83 UNIDADE 23 ..................................................................................................................... 89 COMO IDENTIFICAR UM EDIFÍCIO DOENTE ............................................................................................. 89 UNIDADE 24 ..................................................................................................................... 92 ATIVIDADES E SUGESTÕES EDUCACIONAIS DE PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DOS EDIFÍCIOS: FÓRUM .......................... 92 UNIDADE 25 ..................................................................................................................... 94 A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO JUSTO PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL URBANA. ....................................... 94 UNIDADE 26 ..................................................................................................................... 99 PRINCÍPIOS DO COMÉRCIO JUSTO ...................................................................................................... 99 UNIDADE 27 ................................................................................................................... 102 EXEMPLOS PARA O COMÉRCIO JUSTO: O CONSUMO CONSCIENTE E RESPONSÁVEL. ........................................102 UNIDADE 28 ................................................................................................................... 103 PESQUISA PARA O FÓRUM ACERCA DO COMÉRCIO JUSTO ........................................................................103 7 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 29 ................................................................................................................... 105 PESQUISA DOBRE A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA SUA CIDADE. ................................................................105 UNIDADE 30 ................................................................................................................... 109 GLOSSÁRIO .................................................................................................................. 110 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 112 8 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 1 Objetivo: Introduzir o assunto pela experiência pessoal. O que entendo por Preservação Ambiental Urbana. Olá! Com entusiasmo queremos lhe acolher no início deste módulo que abordará “Projetos de Preservação Ambiental” na perspectiva de estudos. A tônica é fazer com que você tome consciência e se habitue a ver os mais diversos tipos de projetos de preservação ambiental. Com qual objetivo? Despertar em você a possibilidade de criar projetos similares ou mais arrojados que os apresentados. Por isto é que este módulo se intitula de “estudos”. São estudos, contemplações de projetos. O contexto-chave é: tomar posse do conhecimento de projetos de preservação ambiental desenvolvidos no Brasil (este é o nosso objetivo geral). O módulo se constroi seguindo o seguinte esquema: Apresentar objetos de discussão para a preservação ambiental (água, edifícios doentes, praças, ruas e comércio justo),; Levantar exemplos de preservação na conjuntura destes objetos; sugerir ações de preservação e estimular a criação de um projeto de conscientização para a preservação ambiental urbana que será lançada na página Fórum da Escola Superior Aberta. Também são dinamizados alguns estudos dirigidos sobre a relação urbanização, capitalismo e industrialização dentro do contexto de preservação ambiental. 9 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Atenção! Como todos os módulos pertencentes ao programa de Educação Ambiental Urbana, este possui as seguintes características: Textos selecionados pelo viés da (a) fácil compreensão e (b) profundidade, Que são dispostos para leitura em fragmentos e, na sequência, discorrem sobre baterias de exercícios e dicas complementares. O material produzido não serve somente como estudo para o aluno da ESAB, mas foi pensado e desenvolvido para que sirva de apoio didático na prática cotidiana da Educação Ambiental (por isto a opção por uma linguagem clara e simples em sua realização). O módulo incentiva a pesquisa e a compreensão do uso da internet como forma de conhecer e interagir em rede com instituições e espaços acadêmicos e cidadãos que abordam a questão ambiental. Visto também que o uso do computador e de textos da internet e das multimídias (e-livros, etc) é um componente que devemos incentivar em razão da questão da preservação da natureza. Agora, uma observação válida para a leitura de todos os textos selecionados neste nosso módulo: As referências bibliográficas das citações encontram-se na página virtual BIBLIOGRAFIA. As citações no corpo deste módulo vêm sinaladas por um asterisco (*) – solicito que você se dirija à página virtual para conferir, por unidades, o que foi lançado. Bom estudo! E agora, vamos ao conteúdo propriamente dito. 10 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. O objetivo desta primeira unidade é fazer com que pensemos (a partir de nossas noções já concebidas) algumas categorias conceituais próprias da preservação ambiental. Vamos lá! Responda (e discuta posteriormente em grupo – se for o estudo dirigido aos seus destinatários) as seguintes questões: 1. O que entendo por Preservação Ambiental? 2. Como ocorre a preservação ambiental? 3. Quem são os responsáveis (por ordem decrescente de responsabilidade)? 4. Como você imagina o processo de preservação ambiental na cidade – uma vez que em muitas delas a presença da fauna e da flora inexiste (como é o caso das grandes metrópoles)? 5. O que na cidade faria parte das preocupações da preservação ambiental (espaços, situações...)? 6. Cite experiências de preservação ambiental existentes na sua cidade. Pense no modelo de desenvolvimento dos projetos destas experiências. Para início de conversa A situação do meio ambiente no globo nos desafia a preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento social justo, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos. A necessidade de consolidar novos modelos de desenvolvimento sustentável no país exige a construção de alternativas de utilização dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental e uma ética da solidariedade. 11 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Deve-se também reconhecer que vivemos numa sociedade na qual é fundamental partir de uma boa formação e de um sólido conhecimento dos complexos problemas e potencialidades ambientais. Nossa sociedade deve se conscientizar de que o modelo vigente de crescimento afeta nosso planeta muito mais do que o desejado. Tem-se observado que a destruição da natureza, base da vida, através da contaminação e degradação dos ecossistemas crescem em um ritmo acelerado, motivo pelo qual se torna necessário reduzir o impacto ambiental para a obtençãode um desenvolvimento ecologicamente equilibrado em curto prazo para todo o planeta. Fontes: Funiber – carta de apresentação – 10 de novembro de 2000. http://www.planetaorganico.com.br/meioamb1.htm 12 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 2 Objetivo: Trabalhar o conceito central do módulo. O que é preservação ambiental O que vem a ser preservação ambiental? A exposição abaixo abordará conceitualmente a definição – proposta desta unidade. É o ato de preservar o meio ambiente como um todo, não apenas parte dele. Com os problemas ambientais provocados pelo homem nos últimos tempos, a questão da preservação ambiental tem sido muito discutida, ou seja, o homem tem dado mais importância à preservação do meio ambiente. Muitas pessoas pensam que não jogar lixo nas ruas, separar o lixo reciclável do não- reciclável é o suficiente para resolver o problema. Não é bem assim que funciona, pois o meio ambiente não se restringe à vegetação, aos rios ou córregos que encontramos na cidade, é algo bem mais abrangente como, por exemplo, a preservação das florestas, nascentes, entre outros. A preservação é um conjunto de medidas que devem ser adotadas por todos, de forma a garantir o futuro do nosso planeta para as novas gerações. Atualmente, a preservação ambiental se torna praticamente obrigatória em todo o mundo, devido às graves consequências originadas pela degradação do meio ambiente, sendo a preservação a única maneira de amenizar ou até mesmo acabar com tais consequências. Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/preservacao-ambiental.htm O texto acima faz uma alerta sobre a responsabilidade ambiental de todos nós. Realmente, nos últimos anos temos presenciado um avanço na consciência ecológica 13 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. ambiental. É o que relata uma pesquisa da SENSUS feita pela caneta de Délcio Rocha (28/06/2007). Leia. A pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta terça-feira (26), mostrou que 70,5% dos entrevistados atribuem a maior responsabilidade na preservação do meio ambiente e combate ao aquecimento global à população em geral. De acordo com a pesquisa, 25,8% consideraram que esta responsabilidade cabe aos governos. Já 3,7% não souberam ou não responderam. A pesquisa identificou ainda que o desmatamento e as queimadas são os principais itens de contribuição do Brasil para o aquecimento global: 56,9% apontaram estes itens em uma lista de seis opções. Em terceiro lugar, os entrevistados apontaram a indústria (17%) como fator que contribui para o aquecimento global. O quarto item mais apontado foi a poluição (9,4%). O Sensus também perguntou se os países no mundo deveriam contribuir financeiramente para a preservação da floresta amazônica ou se esta preservação deveria ser de responsabilidade somente do Brasil: 54,5% consideraram que a preservação é de responsabilidade somente do Brasil e 39,8% consideraram que a preservação pode ser feita por financiamento internacional. A grande maioria dos entrevistados considerou que a iniciativa do governo brasileiro no desenvolvimento e adoção de biocombustível é positiva para o País. Nesse item da pesquisa, 82,7% responderam sim contra 8 % que consideraram que esta iniciativa não é positiva para o país e 9,4% não souberam ou não responderam. A pesquisa foi realizada no período de 18 a 22 de junho, em 136 municípios de 24 Estados. Foram feitas 2.000 entrevistas, e a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos. 14 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 1. O que o primeiro texto nos traz acerca do modo como pensamos preservação ambiental no tocante a sua abrangência? 2. Segundo a sua observação as pessoas que circulam em seus espaços de convivência têm consciência da abrangência do conceito preservação ambiental conforme dimensionado no segundo parágrafo: “Muitas pessoas pensam que não jogar lixo nas ruas, separar o lixo reciclável do não-reciclável é o suficiente para resolver o problema. Não é bem assim que funciona, pois o meio ambiente não se restringe à vegetação, aos rios ou córregos que encontramos na cidade, é algo bem mais abrangente como, por exemplo, a preservação das florestas, nascentes, entre outros”. 3. O que demonstra o conteúdo do segundo artigo acerca da temática do avanço da consciência ecológica ambiental? Como você avalia os posicionamentos tendo em vista os números? 15 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 3 Objetivo: Apresentar o cenário da preservação ambiental no Brasil. Falando em preservação ambiental urbana A moda de pensar e articular a preservação ambiental estão se tornando algo corriqueiro no Brasil. É o que esta unidade quer trabalhar. Para tanto a sugestão de leitura se divide em dois momentos (bifurcados) onde tomaremos ciência (num primeiro momento) de ações de preservação que estão se desenvolvendo no Brasil pela via governamental de parcerias e, num segundo momento, estudaremos um texto sobre o surgimento e o desenvolvimento da questão Preservação Ambiental no Brasil. Parceria leva gestão ambiental urbana a pequenos municípios Os ministérios do Meio Ambiente e das Cidades e os programas das Nações Unidas para o meio ambiente (Pnuma) e para o desenvolvimento dos assentamentos urbanos (Habitat) vão se unir para implantar, no Brasil, uma experiência inédita de desenvolver em cidades de pequeno e médio porte (entre 20 e 150 mil habitantes) ações integradas de urbanismo e meio ambiente. No próximo dia 25, os ministérios e as agências da ONU assinam um memorando de entendimento para o desenvolvimento e implantação de Estratégias de Apoio de Gestão Ambiental Urbana nos municípios de Piranhas (AL), Beberibe (CE), Marabá (PA) e Ponta Porã (MS). Na semana passada, o programa foi apresentado em Piranhas. A iniciativa piloto prevê a elaboração do Informe Geo - um levantamento completo sobre o meio ambiente das cidades -, do Plano Diretor e da Avaliação da Vulnerabilidade Ambiental dos municípios. A ONU repassará 60 mil dólares para as quatro prefeituras elaborarem o Informe Geo. Com base em metodologia do Pnuma, adequada às 16 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. realidades locais, o Informe será feito por consultores, ligados a universidades, organizações não governamentais ou institutos de pesquisas das localidades. O trabalho faz um diagnóstico ambiental dos municípios, tendo como base um sistema operacional de indicadores. As informações que disponibiliza, ajudam na gestão e na definição de metas e prioridades que visem à melhoria da qualidade ambiental das localidades. A parceria vai permitir, pela primeira vez, a elaboração do Informe Geo em pequenos municípios. Até, então, o relatório só era feito em grandes metrópoles, destaca Rudolf de Noronha, diretor de Gerenciamento Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. A escolha das quatro cidades pelos dois ministérios para a experiência piloto das Estratégias de Apoio a Gestão Ambiental Integrada, levou em consideração a situação e as necessidades de projetos para a recuperação e preservação dos locais. Piranhas, em Alagoas, está localizada na Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, integrando, portanto, o Programa de Revitalização do rio. Beberibe, no Ceará, abriga um importante patrimônio de dunas e também já está inserida num outro projeto do MMA, o Orla. Já Marabá (PA) sofre com inundações periódicas e Ponta Porã (MS), fronteira com o Paraguai, com a erosão urbana e rural. Além de assessorar os municípios na elaboração ou readequação dos planos diretores, técnicos do Ministério do Meio Ambiente farão, em parceria com as prefeituras, a Avaliação de Vulnerabilidade Ambiental dos locais. Trata-se de um levantamento da situação física, populacional e legaldos municípios, com mapeamento de áreas degradadas, ameaçadas e de preservação ambiental, além de localizar saídas de esgoto, lixões e invasões. Segundo a técnica do MMA que acompanha o desenvolvimento do projeto, Cristina Maffra, o trabalho vai orientar para um uso mais adequado dos locais, evitando, por exemplo, erosões e inundações. A previsão é que, em dois anos, as prefeituras tenham concluído os diagnósticos e apresentem as propostas de projetos específicos, priorizando as áreas mais problemáticas. 17 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Sobre a preservação ambiental no Brasil o texto que segue salientará aspectos de caráter biológico. Restringindo o tema à preservação da fauna e flora – sem aquela perspectiva das ecologias que já estudamos em outros módulos. Todavia, vale a pena tomar ciência de seu conteúdo – visto a necessidade de contextualizamos historicamente no Brasil a questão da preservação ambiental. Preservação ambiental no Brasil A questão da preservação e da conservação ambiental ganha destaque no Brasil a partir da década de 1970, com o surgimento de pequenos grupos que apontam a necessidade de incluir o tema do meio ambiente nas discussões da sociedade. Na década seguinte, com a redemocratização do Brasil, cresce o número de organizações não governamentais ambientalistas e surgem novas propostas de preservação do meio ambiente. Algumas se transformam em políticas públicas, dando contornos mais definidos à legislação ambiental brasileira. Na Constituição – Antes de 1988, o país já possuía leis que tratavam da questão ambiental. O Código Florestal, por exemplo, é de 1965 e previa diversas sanções penais para os crimes contra o meio ambiente, embora elas não fossem detalhadas. A Constituição de 1988 consolida o processo legal e institucional. O capítulo que trata do meio ambiente enfatiza a necessidade de sua defesa e preservação e procura estabelecer mecanismos para que isso ocorra. Para os especialistas, o grande problema é conseguir que essa legislação saia do papel e seja efetivamente aplicada, já que muitas leis não foram sequer regulamentadas, como a que protegeria nossa biodiversidade, a mais rica do mundo. Outro destaque na defesa do meio ambiente é a criação, em 1989, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente(Ibama). Entretanto, o avanço da legislação e a possibilidade de uma fiscalização mais rígida esbarram no ainda escasso volume de recursos destinados às questões ambientais e na falta de articulação entre os governos federal, estaduais e municipais, sociedade civil, e mesmo entre os vários órgãos federais, que frequentemente se opõem a questões como o uso da terra ou dos recursos hídricos. 18 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Lei de Crimes Ambientais – A lei nº 9.605, sancionada em fevereiro de 1998 e regulamentada em setembro de 1999, estabelece as penas para as infrações e agressões cometidas contra o meio ambiente no Brasil. Prevê multas que chegam a 50 milhões de reais para uma variedade de infrações: pesca em locais proibidos, crimes contra o patrimônio, soltura de balões, pichações, caça ilegal, obras poluidoras, queimadas e desmatamento. Corredores ecológicos: uma proteção maior Trata-se de um conceito de conservação que surge na década de 1990 com base na constatação de que proteger pequenas áreas descontínuas, rodeadas por outras nas quais as atividades econômicas são exercidas sem nenhum controle, é insuficiente para garantir a preservação de espécies animais e vegetais. Esses fragmentos se tornam cada vez mais frágeis, por causa da perda progressiva das relações ecológicas e da diminuição das trocas genéticas. O corredor é um sistema de manejo em que se procura integrar várias unidades de conservação às áreas ao seu redor, como fazendas. Estas devem adotar formas de desenvolvimento não predatórias, de modo a permitir que as espécies possam ir de uma área para outra, seja através de áreas de vegetação natural, seja de reflorestamento, seja mesmo de plantações. A eficiência dos corredores, porém, é um assunto controverso, pois há poucos estudos, em geral feitos no hemisfério norte, que confirmem a adoção dos corredores pelos animais. Área binacional – O Corredor Binacional Iténez-Guaporé foi o primeiro a ser criado, em 2001. Ele nasce com uma área de 23 milhões de hectares (quase do tamanho do estado de São Paulo), na bacia dos rios Guaporé-Mamoré e Iténez, na fronteira do Brasil com a Bolívia. O corredor binacional está na área de maior diversidade de peixes do planeta, com 174 espécies de grande interesse comercial já catalogadas. No lado brasileiro existem 30 áreas protegidas. No território boliviano há oito unidades de preservação. Também deverão ser criados corredores nas fronteiras com Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Guiana Francesa. Existem atualmente sete corredores ecológicos em fase de 19 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. implementação ou estudo pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os investimentos, porém, estão concentrados em três deles, dois com financiamento do programa piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil: o Corredor Central da Mata Atlântica e o Corredor Central da Amazônia. Prioridades – Segundo o Ibama, o corredor amazônico tem 245,5 mil quilômetros quadrados, 70% dos quais são de unidades de conservação e terras indígenas, o que facilitará sua implantação. Já o da mata Atlântica, que mede 77,5 mil quilômetros quadrados, é difícil de concretizar, pois 95% de sua área ocupada está em propriedades privadas. No cerrado está sendo implementado o Corredor Ecológico Araguaia-Bananal, que abrange 10 milhões de hectares nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará. O corredor interligará nove unidades de conservação e reveste-se de importância por representar uma região de contato do cerrado com a Amazônia. Vem sendo executado pelo Ibama, em parceria com diversas universidades da região Centro-Oeste e com a organização não governamental Conservation International. 20 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 4 Objetivo: Redimensionar a forma de pensar o cuidado com a preservação ambiental a partir do espaço urbano. A prática da acupuntura da cidade. Esta unidade quer estabelecer um estudo de uma vídeoentrevista (de Bruno Mitih com o ex-prefeito e ex-governador do Paraná Jaime Lerner) sobre como pensar a preservação ambiental. Assista ao vídeo e depois faça os exercícios sugeridos. Bom estudo. http://planetasustentavel.abril.com.br/videos/videosnovo_256912.shtml?secao=Depoi mentos&assunto=Jaime%20Lerner Estudo dirigido sobre o vídeo: 1. No que consiste a acupuntura urbana? 2. O que ela gera? 3. Como Jaime Lerner desenvolveu o seu programa de preservação ambiental urbano? 4. Posicione-se criticamente frente à fala de Jaime Lerner sobre as cidades como último refúgio da solidaderiedade. 21 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 5. Em que medida a fala de Jaime Lerner reflete o problema da preservação ambiental? 22 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 5 Objetivo: Vislumbrar o campo de abrangência das temáticas acerca da preservação ambiental urbana. Tópicos de preservação ambiental na cidade. O que tanto podemos abordar como tópicos acerca da preservação ambiental urbana? Certamente, pensar em preservação ambiental em reservas ecológicas protegidas por lei, ou pensar em preservação ambiental na zona rural é muito diferente de pensar em preservação ambiental na cidade. Esta unidade quer servir como um link para que você possa situar os tópicos de interesse nestes assuntos (para que futuramente se você quiser destinar tempopara pesquisa sobre os itens aqui informados possa se sentir mais situado/a). O que segue, portanto, é somente uma lista informativa de tópicos. Uso do som: parâmetros; Ruídos; horários permitidos de tráfego. Uso da Energia Elétrica: radiação; espaços de instalação das redes... Odores; Gases e vapores; poluentes, fumaça, combustíveis Propriedades; Auxílio aos pobres e andarilhos; O aproveitamento adequado dos recursos naturais e da infraestrutura já existente na cidade; A preservação de áreas ambientalmente frágeis ou de grande valor cultural ou para o lazer da cidade; A expansão da cidade em bases sustentáveis; 23 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. A ocupação de grandes áreas desocupadas; A melhora nas condições de mobilidade urbana; A diversidade de atividades convivendo sem conflitos e sem geração de incômodos. Para evitar: A utilização inadequada da terra urbana; A proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; O uso excessivo ou inadequado em relação à infra-estrutura; A instalação de grandes empreendimentos, sem considerar seu impacto; A deterioração da cidade; A poluição e a degradação ambiental. 24 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 6 Explicando o esquema dos projetos de preservação apresentados no módulo As unidades que seguem (fora os temas para aprofundamento que versarão sobre problemas da urbanização – vista a carência de projetos de planejamento e preservação ambiental) abordarão temas específicos como: a questão da água; da preservação das ruas; parques e praças; edifícios doentes e o comércio justo. De modo geral os assuntos serão dinamizados da seguinte forma: Introdução geral sobre o assunto: que constitui uma leitura breve sobre a questão. Apresentação de exemplos de projetos desenvolvidos sobre a questão em estudo. Atividades e sugestões sugeridas para a preservação. No final de cada assunto temático (composto por algumas unidades) será sugerida a produção de um texto no qual você deverá apresentar no espaço do fórum um projeto de preservação ambiental urbana. 25 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 7 Objetivo: Situar o problema da preservação da água nas cidades, de modo introdutório, articulando as noções de necessidade e preservação. Saneamento básico e preservação da água. “A universalização do acesso ao saneamento básico - necessidade ainda distante de ser contemplada no Brasil - e sua ligação com os problemas da saúde pública são tema de encontro multisetorial: o 2º Fórum Brasileiro da Água” – é o que escreve Daniela Silva em um breve artigo publicado pelo Planeta Sustentável (12/11/2007) com o título Falta saneamento Básico no País. Realizado dia 7 de novembro, em São Paulo e organizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBEDS), pela Agência Nacional de Água (ANA), pela World Wild Life Brasil (WWF) e pela Fundação Avina, reuniu especialistas, empresários do setor e líderes do governo em um debate multisetorial sobre essas e outras sérias questões ligadas ao tema da água. O foco desta segunda edição - Saneamento Básico e Saúde Pública - foi determinado para iniciar as discussões que acontecerão em 2008, que será, de acordo com a proposta da ONU, o Ano do Saneamento Básico em todo o mundo. O primeiro painel, "Análise de cenário, riscos e perspectivas da relação entre Saneamento Básico, Saúde Pública e Desenvolvimento Humano", contou com a participação de Sérgio Francisco Piola, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA), de Apolo Heringer Lisboa, coordenador do Projeto Manuelzão, de Fernando Ferreira Carneiro, coordenador-geral em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, de Paulo Cézar Pinto, representante da Organização Pan-Americana de Saúde, e de Carlos Graeff Teixeira, presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia e professor da PUC-RS. 26 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Piola mostrou dados ligados à redução da mortalidade infantil no país. A taxa caiu quase 50% nos últimos 15 anos. Apesar dessa redução, a taxa de mortalidade infantil brasileira ainda é bem maior do que a de nações como o Chile (9,8 por mil), a Costa Rica (11,6 por mil) e a Argentina (16,8 por mil). "Os mais pobres são os mais prejudicados pela ausência de saneamento básico. São 34,6 milhões de brasileiros sem esgotamento sanitário adequado", afirmou o técnico do IPEA. Após a exposição das condições de saneamento básico no país, Lisboa, baseado nas experiências adquirida com o projeto Manuelzão - programa de extensão da UFMG que atua na melhora das condições de saúde e meio ambiente na bacia do Rio das Velhas - falou a respeito da necessidade de se pensar em sistemas sustentáveis de saneamento básico: "Para melhorar a saúde coletiva, precisamos avaliar o ecossistema. A água poluída causa doenças porque entra na rede alimentar por meio do peixe e das verduras irrigadas, por exemplo", afirmou. "O nosso governo gasta com doença, não gasta com saúde". O segundo painel do Fórum - com o tema "Propostas de Melhoria: quais as lacunas e as possíveis soluções para o Saneamento Básico no Brasil?" - teve as apresentações de Rui Brasil Assis, assessor da Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, de Luís Fernando Felli, presidente do Conselho da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto - ABCON, de Luís Felli, presidente do Instituto Trata Brasil e, também, de Norma Carvalho, diretora do Departamento de Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. Norma Carvalho sinalizou que o PAC abre perspectivas favoráveis para a universalização do saneamento básico. O governo deve investir R$ 40 bilhões em saneamento até 2010. Apesar disso, a maioria dos presentes nas discussões acredita que o ritmo das ações governamentais ainda é muito lento para que o país consiga atingir uma das Metas do Milênio: diminuir pela metade o número das pessoas sem acesso a saneamento até 2015. 27 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 1. Qual a relação que podemos estabelecer entre saneamento básico e preservação ambiental? 2. Como a utilização da água pode ser pensada pelo viés das preocupações inerentes à preservação ambiental? 3. Você sabe de onde provêm à água encanada que a sua cidade consome? Você saberia informar as principais preocupações da empresa de tratamento de água de sua cidade relacionadas ao fornecimento de água (se ela é suficiente e em que medida)? 4. Você saberia informar, segundo os cálculos da empresa que fornece água para a sua cidade, o quanto é jogado fora em investimentos devido o uso indevido do referido recurso? 5. Como as pessoas de sua casa usam a água (de modo consciente ou sem consciência)? Justifique exemplificando o uso. 6. Você saberia estabelecer uma ponte compreensiva entre água, qualidade de vida e preservação ambiental? Obs.: As questões levantadas acima revelam em suas respostas o nível de consciência das pessoas em relação a este recurso da natureza. 28 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 8 Objetivo: Inserir novos dados sobre o problema da preservação da água. Exemplo de preservação da água e de como preservá-la O presente fragmento de artigo – de Marília Scalzo* - aponta o lugar precioso que a água ocupará no cenário da economia e interesse humano num futuro próximo. Apontando por alguns movimentos do tabuleiro político internacional a autora lança um alerta há muito já anunciado pela comunidade científica: a escassez da água. (...) Especialistas como Michael T. Klare, professorde estudos sobre paz e segurança mundial do Hampshire College, nos Estados Unidos, acreditam que questões políticas, religiosas ou ideológicas ficarão em segundo plano e a briga será por essas riquezas essenciais à sobrevivência das populações. Já no ano passado, o ministro do Interior britânico, John Reid, ressaltava que conflitos como os que ocorrem na região de Darfur, no sudoeste do Sudão, desde 2003, já se davam pelo acesso à água e a terras cultiváveis. (...) E a escassez de água não será só um problema dos países pobres, dizem os especialistas. (...) No Brasil, temos uma situação maravilhosa se comparada a outros países. Somos os reis da água doce, com a maior reserva do planeta. Só para dar uma ideia: o Brasil dispõe anualmente de 45570 metros cúbicos de água per capita, enquanto o Kuwait, um dos reis do petróleo, tem apenas 10. O Kuwait, aliás, importa água há muitos anos do Iraque, e essa é uma questão estratégica, pois ali chove pouco e o solo vem se deteriorando devido ao uso de água salgada para irrigação. (...) 29 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. O alerta está lançado: as próximas guerras serão desencadeadas pelo acesso a água, comida e energia. Com isso, abre-se um novo capítulo na era dos conflitos bélicos por recursos naturais, que começou em 1990, quando o Iraque invadiu o pequeno Kuwait em busca do controle do petróleo. Especialistas como Michael T. Klare, professor de estudos sobre paz e segurança mundial do Hampshire College, nos Estados Unidos, acreditam que questões políticas, religiosas ou ideológicas ficarão em segundo plano e a briga será por essas riquezas essenciais à sobrevivência das populações. Mesmo com sua situação privilegiada, o Brasil não pode bobear. Muito da nossa água já está contaminada e em várias regiões a população sofre com a falta dela ou com péssimas condições de saneamento. Os números divulgados nos últimos relatórios da Organização das Nações Unidas e de ONGs que se dedicam a esse problema são realmente assustadores. É hora de arregaçar as mangas e fechar as torneiras. Cada litro poupado é importante, por isso não é o caso de esperar apenas por ações governamentais. Embora seja necessário batalhar por políticas públicas sustentáveis, cada uma de nós pode começar a sua luta particular. E o primeiro passo é a conscientização. Questões Vitais No Brasil: Somos o país mais rico do mundo em reservas hídricas, contendo 13,7% da água doce disponível na Terra. 40 milhões de brasileiros não têm acesso à água. 70% das internações hospitalares são causadas por doenças relacionadas à contaminação da água. Em São Paulo, estima-se que 70% da poluição das águas é de origem doméstica e 30% de origem industrial. 30 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. O índice de desperdício de água no Brasil chega 40%, contando o setor de produção e as residências. No mundo: 1,1 bilhão de pessoas não tem acesso água potável em quantidade suficiente. As doenças diarréicas e a malária, que podem ser combatidas com saneamento básico, mataram cerca de 3,1 milhões de pessoas em 2002; 80% das vítimas eram crianças com menos de 5 anos. Há dez anos, a ocorrência de catástrofes naturais se intensificou e 90% delas estão ligadas à água. Duas em cada cinco pessoas vivem hoje em zonas suscetíveis à inundação. Diariamente, são utilizados 600 litros de água por pessoa nos Estados Unidos; 358 na Itália; 9,3 em Moçambique; e 4,5 em Gâmbia. O que fazer já: - Tome banhos mais curtos. - Se fechar a torneira na hora de escovar os dentes ou lavar as mãos, gastará até 2 litros de água. Caso contrário, consumirá 12 litros. - Se fechar a torneira da pia da cozinha enquanto ensaboa a louça, economizará 70 litros. Antes de lavar pratos e panelas, remova bem a sujeira e não deixe restos de comida ou de óleo irem pelo ralo. - Troque válvulas de descarga por caixas econômicas. Cada descarga com válvula consome entre 10 e 30 litros de água; a caixa gasta cerca de 6 litros. 31 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. - Conserte as torneiras que estão pingando. Cada uma pode perder mais de 40 litros por dia. Reutilize a água usada na lavagem de roupas para limpar pisos e calçadas. Troque o esguicho por vassoura e balde. - Use a máquina de lavar roupas com a carga máxima. A água desafia países ricos e pobres. Leia no site www.claudia.com.br 32 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 9 Objetivo: Articular sugestões tendo em vista a preservação ambiental urbana. Atividades e sugestões educativas para a preservação da água. O artigo abaixo do Planeta Sustentável (de Dante Grecco – 18/04/2007) sinalizará algumas sugestões de como lidar no cotidiano com o uso racional da água. Economizar é a ordem de todos os dias. Educação ambiental se faz com medidas simples – como o exercício de práticas de economia sustentável em relação ao que temos. Não adianta ficar elaborando discursos de como o governo ou as empresas poderiam suprir as necessidades de saneamento básico se, quando os temos, não sabemos como usá-los ou os usamos de forma indevida. Estas dicas podem ser transformadas em dinâmicas de teatro para ser dinamizadas em uma reflexão de conscientização. Sugira para que os seus destinatários montem pequenas peças sobre o uso cotidiano racional e irracional da água em suas casas e vizinhança - peça para que eles usem da ironia e da sátira para apresentar o assunto. Planeta Sustentável - 18/04/2007 Por Dante Grecco Que a água é um dos recursos naturais mais preciosos que temos, todo mundo sabe. Mas será que nos damos conta da real dimensão de sua condição no planeta? Independente de todos os discursos que possamos fazer a respeito, economizá-la é vital. Mas saber exatamente por que, muda tudo. 33 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Não é à toa que os cientistas vivem procurando por ela em outros planetas. Onde tem água tem vida. Sua ausência significa o fim de plantas, animais e até do homem. E, na Terra, há muita água! Ela ocupa cerca de 75% do planeta, mas 97,5% é salgada, ou seja, imprópria para o uso. Sobram apenas 2,5% de água doce. Desse total, 68,9% encontram- se nas geleiras, calotas polares ou em regiões montanhosas, 29,9% representam águas subterrâneas, 0,9% compõe a umidade do solo e dos pântanos e apenas 0,3% constitui a porção superficial de água doce presente em rios, lagos e represas. É dessa ínfima quantidade, portanto, que vem quase todo o consumo humano. Mas aí é que começam os problemas, principalmente em razão da poluição por esgotos, dos resíduos industriais e agrotóxicos que contaminam represas, rios e lagos. Além da poluição dos mananciais, o desperdício (altíssimo no Brasil) também é preocupante. Infelizmente não dá para fazer água: ela é um recurso natural limitado. Realidade incompatível com o consumo que, nos últimos 55 anos, triplicou! Com o tempo, sua captação vai ficar mais cara e difícil e as empresas de abastecimento terão de gastar cada vez mais recursos para torná-la potável para uso humano. Portanto, só há uma saída: economizar. E saber exatamente porque isso deve ser feito, pode ajudar a mudar, mais rapidamente, a postura de todos nós. Por isso, listamos aqui algumas dicas básicas, explicando o impacto real que cada ação desmedida em relação à água tem na nossa vida e, consequentemente, no planeta: Lavar a louça, durante 15 minutos, com a torneira da pia meio aberta, gasta 243 litros de água. Para gastar apenas 20 litros limpe os restos de alimentos dos pratos e das panelas com um papel e jogue no lixo. Molhe a louça rapidamente, ensaboe e depois enxágue. Não jogue o óleo usado em frituras na pia ou no ralo. Um litro de óleo de cozinha que vaiparar nos rios contamina cerca de 1 milhão de litros de água, equivalente ao consumo de uma pessoa em 14 anos. 34 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Uma lavadora de louças, com capacidade para 44 utensílios e 40 talheres (para seis pessoas), gasta 40 litros. Só a ligue quando estiver cheia e com muitos utensílios. O mesmo vale para a lavadora portátil. A bacia sanitária com válvula acionada por 6 segundos gasta 10 litros de água. Quando a válvula está com defeito, o gasto pode ser de até 30 litros. O ideal é trocá-la por um sistema com válvula acoplada à bacia sanitária que gasta apenas 6 litros, representando uma economia de 50%. Nunca use o vaso sanitário como lata de lixo. Feche a torneira ao escovar os dentes. Se uma pessoa demora 5 minutos para escovar os dentes e deixa a torneira aberta, lá se vão 12 litros de água pura, tratada e clorada. É um enorme desperdício. Não demore para lavar o rosto. Um minuto de torneira meio aberta consome 2,5 litros de água. Um banho de ducha por 15 minutos, com a torneira meio aberta, faz com que 243 litros de água escorram pelo ralo. Se fechar o registro enquanto se ensaboa, diminuindo o tempo de banho para 5 minutos, o consumo cai para 81 litros. Um banho de chuveiro elétrico, também de 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 144 litros. Se o registro for fechado e banho reduzido para 5 minutos, o consumo cai para 48 litros. No verão, regue jardins e plantas pela manhã ou à noite, que reduz a perda por evaporação. No inverno, a rega pode ser feita em dias alternados. Seu carro não precisa tomar banho toda semana. Lavá-lo uma vez ao mês com balde consome só 10 litros de água. Se for usada uma mangueira meio aberta, o consumo explode para 560 litros. Uma torneira que goteja causa um desperdício de 46 litros por dia. Ou 1.380 litros por mês. 35 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Fique atento a vazamentos. Um furinho de 2 mm no encanamento pode causar um desperdício de até 3.200 litros de água por dia. Nunca use água da torneira para "varrer" a rua. Utilize vassouras e, se possível, tente usar a água que sai do enxágüe da máquina de lavar. Outras boas soluções são instalar equipamentos para reuso de água da chuva (como a construção de cisternas) ou da água utilizada nas torneiras de banheiro. Ela não é própria para consumo, mas pode ser usada para lavar o quintal ou regar as plantas. Se possível, instale torneiras automáticas (reduzem o consumo de água em cerca de 20%) ou eletrônicas (queda de 40% no gasto com água). O investimento se paga com a redução da conta no fim do mês. Ajude o meio ambiente não poluindo as águas, não jogando lixo em rios ou cursos d'água e denunciando aos órgãos competentes as irregularidades. E você sabia que, se os 16 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo deixassem de dar apenas uma descarga por dia devido ao papel higiênico, aos cotonetes ou aos cigarros jogados no vaso sanitário, seriam economizados cerca de 160 milhões de litros d'água? O equivalente ao abastecimento diário de uma cidade como Santo André, na Grande São Paulo. Manter Cansada de ver a praça vizinha à sua casa abandonada pelas autoridades, Beatriz Bracher arregaçou as mangas e assumiu sua manutenção. "Espaços públicos devem ser bem cuidados para que muitas pessoas os usufruam", diz a escritora, que graças a um acordo com a prefeitura em 2001 adotou a Praça Conde Barcelos, no Alto de Pinheiros. No início, Beatriz arcava sozinha com os custos de poda, varrição e retirada de entulho e lixo, que hoje saem em torno de R$ 2 500 ao mês. Agora, já são 12 colaboradores. 36 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Aqueles que não pagam contribuem como podem ou em iniciativas especiais, como a criação da pista de cooper e a reforma do playground. Resgatar Invadido por 20 anos, o Parque do Povo foi retomado pelo município em 2006. Em junho deste ano, a construtora WTorre assinou parceria com a prefeitura para revitalizar, manter e administrar por três anos os 112 mil m2 tombados no Itaim Bibi. A previsão é investir R$ 7 milhões. "Queremos devolver à comunidade uma área verde desfrutável", justifica a arquiteta Rosa Maria Pezzeni. Em outubro fica pronta a primeira parte do projeto paisagístico, elaborado pela Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que resgatará a vegetação nativa e promoverá educação ambiental por meio de coleções botânicas. Despoluir Proteger a fauna e a flora é a missão dos biólogos Nicola Auriemma e Rodrigo Martins e do funcionário público Rinaldo Felix, que nasceram e vivem às margens do córrego Tenente Rocha. Eles fazem parte da Associação dos Moradores da Vila Bianca, em Santana, que luta há 40 anos pela despoluição do riacho. Graças à Operação Natureza - um convênio entre a prefeitura e o governo estadual que despoluirá 300 córregos da capital -, investiram-se R$ 3,3 milhões no Tenente Rocha. "Quando poluído, o córrego já atraía os pássaros. Com 80% do trabalho de recuperação realizado pela Sabesp, até os peixes voltaram", conta Rinaldo, presidente da associação. Recuperar No lugar de plantar mudas para compensar a retirada de 85 árvores em outro empreendimento, a Company Construtora doou à prefeitura o projeto do Parque Linear Sapé, no Rio Pequeno (custo: R$ 2 milhões). 37 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Previsto pelo Plano Diretor, o parque linear recupera cursos de água, acrescentando-lhes um papel social, uma vez que oferece lazer e esporte. A ação beneficia a cidade, "mas é preciso conscientizar a comunidade sobre o seu objetivo", diz o engenheiro Edson Galina, fiscal de obras da Secretaria Municipal do Verde, que faz o meio-de-campo entre a população e as empreiteiras e gerencia parcerias com outras empresas. É um critério puramente demográfico - de concentração humana -, enquanto no Brasil a contagem usa critérios administrativos. Descubra quais são as regiões metropolitanas do Brasil. Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua Sala de Aula, no site da ESAB, e faça a Atividade 1, no link “Atividades”. 38 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 10 Objetivo: Sugestão de elaboração de projeto de conscientização para a preservação ambiental urbana. Projetar a preservação da água: tema para fórum. Atenção! Você deverá para este módulo produzir um texto que será um esquema de um projeto de preservação ambiental mirando um dos tópicos inerentes a esta temática na vida urbana. Conforme você pode observar, para cada bloco de assunto sobre a preservação ambiental na cidade (água, ruas, parques, saúde dos edifícios, comércio justo) aplicamos esta estrutura de construção do projeto que é um roteiro de construção do seu texto. Muito importante: você não fará textos para todos os assuntos - somente escolherá um (dentre os assuntos: água, ruas, parques, saúde dos edifícios e comércio justo), chegando próximo ao término do módulo, e enviará para a página Fórum da ESAB. Certo?!! 1) Comece no seu texto escrevendo quem serão os seus destinatários (crianças, donas de casa...); o perfil destes (idade, nível escolar ou de cultura...); o lugar onde se encontram os destinatários (moradores de periferia, classe média...). 2) Em seguida descreva o que tanto pretende dinamizar como projeto de conscientização de preservação ambiental urbana (economia da água; atentar numa justificativa sobre os problemas inerentes à água...) 3) Fundamente conceitualmente o assunto: - Fundamentação teórica/cultural sobre a água (procurar subsídios em textos da internet); 39 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. - Histórico próximo do usoda água naquela região – na perspectiva de elaborar um possível cenário da atualidade do uso da água na atualidade para a vida daquele grupo; - Acene para as consequências do péssimo uso da água como encerramento para este bloco de fundamentação. 4) Elabore um questionário (no máximo com cinco questões) para ser aplicado junto aos seus destinatários. Este questionário pode ser elaborado tendo em vista o conteúdo que foi apresentado e estudado em nossas unidades. Para ser prático divida o conteúdo em dois blocos. O primeiro deve ser de caráter investigativo - deverá conter questões que analise o uso racional/irracional da água (pode ser dez questões). O segundo bloco deverá conter questões com vias a sugestões de preservação por parte dos destinatários (servem cinco questões). Deste modo teremos o seguinte cenário: como está e como deverá estar o uso da água... Acabando de elaborar o texto o envie para o fórum da ESAB. Não se esqueça de anotar seu nome abaixo do título de seu projeto com uma breve apresentação sua (ex.: bacharel em turismo pela Universidade do Chile; pós-graduando em Educação Ambiental Urbana pela ESAB). 40 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 11 Objetivo: Situar o problema da preservação das ruas, de modo introdutório, articulando as noções de necessidade e preservação. Preservar as ruas e seu patrimônio Com um artigo intitulado SOS Calçadas o Planeta Sustentável apresenta alguns problemas inerentes às péssimas condições de preservação ambiental das calçadas na cidade de São Paulo – que se estende como problemática de muitas metrópoles e cidades brasileiras. A intenção deste artigo é provocar a nossa mente para pensar a questão ambiental das nossas ruas. Andar nas ruas de São Paulo pode ficar mais agradável a partir do projeto de lei que convoca os cidadãos a participar das reformas. Camila Antunes - Revista Veja - 10/10/2007 A executiva Daniela Aiach, de 35 anos, destruiu cinco pares de sapatos somente no ano passado. Pudera. Os saltos finos e altos que ela gosta de usar não foram feitos para vencer os buracos das calçadas da Chácara Santo Antônio, bairro onde fica seu escritório. O ator e funcionário público Willian Coelho, que é paraplégico, sofre ainda mais com a precariedade das guias paulistanas. Na avenida em que mora, a Santo Amaro, o passeio é estreito, cheio de desníveis e intercalado por postes - o que inviabiliza o trânsito de sua cadeira de rodas. 41 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. A consultora de marketing Roberta Zaiantchick, de 30 anos, representa outro grupo de paulistanos insatisfeitos: o de mães e pais que pilotam carrinhos com crianças. Ela alterou seu percurso usual do Itaim, onde mora, até o Parque do Ibirapuera, em busca de um chão menos irregular. No caminho antigo, o mais curto, havia obras, árvores e garagens ilegais obstruindo a passagem de pedestres. Além disso, a trepidação provocada por pisos trabalhados com pedra e madeira impedia a soneca de sua filha Sofia, de 3 meses. "Para protegê-la, acabei mapeando as calçadas transitáveis da região", conta. Urbanistas afirmam que as três irregularidades mais graves e comuns nas ruas de São Paulo são as garagens que invadem o passeio público, o excesso de guias rebaixadas (na maioria das vezes ilegais) e a falta de rampas de acesso para deficientes físicos e carrinhos. "É impossível dar dez passos sem topar num problema", diz a arquiteta Regina Monteiro, diretora da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb). Apenas 200 dos 30 000 quilômetros lineares de calçadas existentes em São Paulo passaram por uma reforma desde 2005, ano em que foram estabelecidas novas regras para o passeio público. De acordo com o Código de Obras e Edificações da cidade, não é permitido rebaixar mais de 50% da extensão da parte frontal do terreno. Também é proibido inventar estilos e dimensões estapafúrdios para as calçadas. Elas devem seguir um entre quatro padrões de piso (blocos de concreto intertravado, placas pré-moldadas de concreto, ladrilho hidráulico ou cimentado) e ter largura mínima de 1,90 metros - o suficiente para que dois adultos caminhem lado a lado e ainda haja espaço para postes, lixeiras e canteiros. 42 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Segundo a legislação, os proprietários são os responsáveis por seu pedaço de guia, e a multa para quem não cuida da área é de cerca de 200 reais por metro irregular. É bom ficar atento, pois a fiscalização está ativa. Neste ano, 3.000 paulistanos foram autuados. "Ainda faltam estímulos para o cidadão aderir ao projeto de reformar a calçada", diz a vereadora Mara Gabrilli. Tetraplégica, ela protocolou há duas semanas um projeto de lei que foi aprovado em primeira votação (agora está em fase de consulta pública). Sua ideia é simples e pode funcionar. A prefeitura dá o primeiro passo, determinando as vias estratégicas para a reforma e contratando uma empreiteira. Em contrapartida, os cidadãos pagam 70% da obra. Pelo projeto, a adesão será praticamente compulsória: quem não contribuir levará multa - e o dinheiro irá para um fundo específico destinado às reformas. "Se 10% das calçadas forem consertadas, justamente aquelas nas avenidas onde há maior concentração de serviços, 90% do problema de locomoção será resolvido", afirma Mara, ex-secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, departamento da prefeitura em que o cadeirante Coelho trabalha. Essa é a chance de a cidade ter calçadas decentes. Passagem obstruída Os números mostram como é difícil a vida do pedestre: • Há 30.000 quilômetros de calçadas em São Paulo e somente 200 quilômetros foram reformados desde 2005. • Menos de 10% dos quarteirões são uniformes no tipo de piso, nas dimensões e inclinações. • Mais da metade dos restaurantes e lojas têm guias rebaixadas ou garagens irregulares, que atrapalham a passagem dos pedestres. 43 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. • 100.000 pessoas caem e se machucam nas calçadas da cidade por ano. Os idosos são os mais prejudicados. • De cada cinco envolvidos em acidentes de trânsito, um é pedestre. Fontes: Emurb, Ipea, Denatran e Associação Brasileira de Pedestres 44 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Para esta atividade optativa a sugestão é a de que você desenvolva uma pesquisa sobre o imaginário das pessoas que cercam o seu cotidiano sobre o assunto em questão: a rua e seu patrimônio. Procure aplicar este questionário junto aos seus familiares e vizinhos. Bom trabalho! 1. Quais os sentimentos brotam em você quando o assunto é sua casa? 2. Qual a diferença da sua casa para o espaço da rua? 3. Que sentimentos a rua lhe inspira? Pense isto sobre o viés dos pontos positivos e negativos. Ofereça três sentimentos distintos para cada ponto: Pontos Positivos Sobre a Rua; Pontos Negativos Sobre a Rua 4. Procure rastrear os motivos que levaram você a ter tais posicionamentos de sentimentos (positivos ou negativos) em relação à rua. Questione-se sobre as origens, o desenvolvimento, o tempo e as influências para a formatação destes sentimentos. Obs.: Após esta coleta sugiro que você compare os dados e faça uma tabela observando as semelhanças e divergências. E os discuta em grupo quando tiverem a oportunidade de debaterem o que foi coletado. Como dica, sugiro que leiam sobre o assunto o texto sobre a Rua de Roberto Da Matta “O que faz o Brasil, Brasil”. 45 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 12 Objetivo: Contemplar com vistas ao incentivo de ações futuras para a preservação urbana das ruas. Exemplos de projetos de preservação de ruas O presente fragmento do artigo de Silvana Maria Rosso trata alguns exemplos decidadania urbana no tocante ao cuidado com as ruas e o seu patrimônio. A intenção de levar até você este material é fazer com que você perceba que simples ações se configuram como projetos valiosos e operosos no quesito preservação ambiental. A sociedade está mobilizada para deixar São Paulo mais agradável. Conscientes das exigências de sustentabilidade, cidadãos, entidades privadas e públicas têm se esforçado para organizar e conservar a metrópole. Como diz o filósofo suíço Alain de Botton, o ambiente urbano influencia a felicidade de seus habitantes. Confira oito iniciativas que tornam a vida na cidade mais feliz Limpar A aplicação da Lei Cidade Limpa está revelando a arquitetura antes escondida. "A ação bloqueia a invasão da propaganda, destacando a paisagem urbana", explica a arquiteta e urbanista Maria Lucia Refinetti Martins, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Desde janeiro, 34.194 licenças para anúncios indicativos foram solicitadas e a prefeitura retirou das ruas 1 004 peças publicitárias. "A velocidade de adaptação à lei foi maior do que a esperada", diz a secretária de coordenação das subprefeituras, Andrea Matarazzo. "Agora o patrimônio deteriorado e descaracterizado ficou evidente", alerta Marco Antonio Ramos de Almeida. 46 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Preocupada com a recuperação de bens, a Associação Viva o Centro estuda propostas para readequar fachadas tombadas. Zelar "A cidade bonita respeita o ser humano", defende a pedagoga Maria Helena Bosco Vasquez, que trabalha na área central de São Paulo e há sete anos ajuda a zelar pela manutenção e segurança da região. Ela é um dos 4.500 integrantes da Associação Viva o Centro e vice-presidente da Ação Local Largo São Francisco - uma espécie de filial da entidade. O Programa Ação Local foi desenvolvido há 12 anos e divide o centro em 45 zeladorias. Constituídas de ONGs, elas aproximam a comunidade do poder público e da iniciativa privada, sensibilizando-os sobre as carências e a importância da região. Em maio, o programa ganhou o Prêmio Philips de Simplicidade "por promover uma atitude cidadã", justifica Marco Antonio Ramos de Almeida, superintendente da associação. Revitalizar Depois de 16 anos ocupado irregularmente por camelôs, desde 2006, o largo da Concórdia, no Brás, voltou a ser um local público frequentado pela comunidade. Graças à parceria entre a prefeitura e a Associação dos Lojistas do Brás, o calçadão foi recuperado, ganhou jardins, banheiros coletivos e pontos extras de iluminação. Para a execução da obra, que custou R$ 1 milhão, foram retirados 750 ambulantes ilegais, que tornavam o passeio intransitável. "O projeto deu certo porque a comunicação foi transparente: a população sempre soube quais ações iríamos realizar", argumenta o subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak. 47 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Preservar "Apesar de ser inquilina dos imóveis que ocupa, a Universidade São Marcos procura não agredir a arquitetura dos edifícios", explica o arquiteto Ricardo José de Oliveira, gerente de infraestrutura. Com o Educandário Sagrada Família, de 1895, no Ipiranga, a universidade foi além. Em 2003, resgatou o jardim e a fachada, demolindo a loja de carros que os encobria. A edificação é um dos 12 bens tombados em maio pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico no bairro. Eles faziam parte do patrimônio do filantropo Conde José Vicente de Azevedo e foram doados em vida a uma instituição social. Manter Cansada de ver a praça vizinha à sua casa abandonada pelas autoridades, Beatriz Bracher arregaçou as mangas e assumiu sua manutenção. "Espaços públicos devem ser bem cuidados para que muitas pessoas os usufruam", diz a escritora, que graças a um acordo com a prefeitura em 2001 adotou a Praça Conde Barcelos, no Alto de Pinheiros. No início, Beatriz arcava sozinha com os custos de poda, varrição e retirada de entulho e lixo, que hoje saem em torno de R$ 2 500 ao mês. Agora, já são 12 colaboradores. Aqueles que não pagam contribuem como podem ou em iniciativas especiais, como a criação da pista de cooper e a reforma do playground. Resgatar Invadido por 20 anos, o Parque do Povo foi retomado pelo município em 2006. Em junho deste ano, a construtora WTorre assinou parceria com a prefeitura para revitalizar, manter e administrar por três anos os 112 mil m2 tombados no Itaim Bibi. A previsão é investir R$ 7 milhões. 48 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. "Queremos devolver à comunidade uma área verde desfrutável", justifica a arquiteta Rosa Maria Pezzeni. Em outubro fica pronta a primeira parte do projeto paisagístico, elaborado pela Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que resgatará a vegetação nativa e promoverá educação ambiental por meio de coleções botânicas. Despoluir Proteger a fauna e a flora é a missão dos biólogos Nicola Auriemma e Rodrigo Martins e do funcionário público Rinaldo Felix, que nasceram e vivem às margens do córrego Tenente Rocha. Eles fazem parte da Associação dos Moradores da Vila Bianca, em Santana, que luta há 40 anos pela despoluição do riacho. Graças à Operação Natureza - um convênio entre a prefeitura e o governo estadual que despoluirá 300 córregos da capital -, investiram-se R$ 3,3 milhões no Tenente Rocha. "Quando poluído, o córrego já atraía os pássaros. Com 80% do trabalho de recuperação realizado pela Sabesp, até os peixes voltaram", conta Rinaldo, presidente da associação. Recuperar No lugar de plantar mudas para compensar a retirada de 85 árvores em outro empreendimento, a Company Construtora doou à prefeitura o projeto do Parque Linear Sapé, no Rio Pequeno (custo: R$ 2 milhões). Previsto pelo Plano Diretor, o parque linear recupera cursos de água, acrescentando-lhes um papel social, uma vez que oferece lazer e esporte. A ação beneficia a cidade, "mas é preciso conscientizar a comunidade sobre o seu objetivo", diz o engenheiro Edson Galina, fiscal de obras da Secretaria Municipal do Verde, que faz o meio-de-campo entre a população e as empreiteiras e gerencia parcerias com outras empresas. Por Silvana Maria Rosso - Revista Arquitetura & Construção - 09/2007 49 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 13 Objetivo: Articular sugestões tendo em vista a preservação ambiental urbana. Atividades e sugestões para preservar as ruas Para esta unidade sugerimos que você assista ao vídeo intitulado “Congestionamento na Noruega” e reflita o seguinte: 1. Qual a ironia do vídeo? 2. Que lógica de pobreza e riqueza comportam as mentalidades dos brasileiros e dos noruegueses quando pensam no uso dos carros como meio de transportes? 3. Por que não usamos também nós a bicicleta como meio de transporte? Aponte três motivos para o não uso apoiando-se nas seguintes observações: preconceito cultural, agilidade e economia. Sabemos que você irá gostar desta ironia. Não se esqueça de gravar o vídeo para usá-lo juntamente com este exercício com os seus destinatários. Congestionamento na Noruega http://goncalodecarvalho.blogspot.com/ 50 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Após o exercício com o vídeo sugerimos um agradável poema de Amilca Bettega* intitulado “As ruas-túneis de Porto Alegre” que fala sobre a Rua Gonçalo de Carvalho. Esta rua possui uma associação de amigos. Sugiro que você visite o site deles: http://goncalodecarvalho.blogspot.com/ A intenção é que você perceba ações que são geradas para a preservação ambiental das ruas como um problema de seus moradores. Boa satisfação no poema! As ruas-túneis de Porto Alegre E tem dessas ruas, verdadeiros túneis verdes onde a luz do final da tarde se infiltra por entreas folhas e enche o interior do túnel de um amarelo espesso, carregado de inúmeras partículas de composição desconhecida que dão ao ar o aspecto de uma poeira vegetal descendo sem peso dos galhos das árvores. De repente você vira numa esquina e se vê na extremidade de um desses túneis. Olhá-lo desse ponto é como ver materializada a imagem da paz. As árvores que crescem nas duas calçadas unem suas copas mais ou menos à altura do terceiro andar dos edifícios - também eles alinhados, mas no exterior do túnel -, criando esse espaço particular protegido da luz direta do sol. Caminhar no interior de um desses túneis é como entrar num cenário de sonho. Alguma coisa ali escapa do real. As cores não são as mesmas com as quais nos deparamos todos os dias. O amarelo - eu insisto, talvez numa tentativa de melhor apreendê-lo - é denso, quase palpável, uma grande massa gasosa que se forma quando a luz incisiva, cristalina, quase branca do sol passa com esforço através da camada verde de folhas e galhos e cipós que pendem preguiçosamente em alguns pontos. Mesmo se por acaso faz frio, a sensação que essa luz amarelada transmite é de calor, de algo que envelopa por inteiro cada centímetro quadrado de qualquer corpo, vivo ou não, que se encontre mergulhado em seu interior. 51 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Não tenho dúvida de que as percepções igualmente oníricas do espaço e do tempo no interior do túnel decorrem dessa massa de luz amarelada, o elemento principal do túnel, a sua substância. Quanto mais inclinado estiver o sol lá fora, quanto mais a tarde avança, mais denso será o amarelo, tendendo um pouco para o laranja antes de se evaporar nos dois ou três minutos que precedem o abraço repentino da noite. Mover-se nesse espaço significa encontrar o ritmo exato da respiração do túnel. Estamos ali como que imersos em algo que não é nem líquido nem gás, mas um estado intermediário, um estado que exige lentidão de movimentos e certo recolhimento parecido ao que experimentamos percorrendo a nave de uma imponente catedral. A abóboda de galhos e folhas alonga o espaço para o alto sem interrompê-lo de forma brusca, criando uma espécie de teto difuso, descontínuo porque feito pela superposição de folhas e ramos, mas compacto o suficiente para, primeiro, filtrar a luz que vem do exterior e, segundo, para aprisionar o resíduo dessa filtragem, essa espécie de luz-gás que infla o túnel como um balão comprido ou um imenso pulmão ressoando ruídos urbanos. Tais ruídos também são particulares ali dentro, chegam também eles filtrados, transformados, isolados, e o resultado é como se ouvíssemos de longe, mas muito longe, os sons da cidade se movimentando logo ali fora, no exterior do túnel. (O canto dos pássaros, se a hora for essa do fim da tarde ou de manhãzinha, mereceria um extenso parágrafo à parte. Estando em uma posição especial, nem no interior nem no exterior, mas na própria "parede" do túnel, os pássaros vão emitir seu canto que será ouvido diferentemente conforme a posição do ouvinte. Para quem está fora do túnel, o canto chega misturado aos sons agudos, francos e múltiplos que a cidade manifesta a cada batimento do seu coração; enquanto que no interior do túnel este mesmo canto reverbera gravemente, destacado de todo e qualquer outro som, fazendo vibrar as folhas das árvores que, por sua vez, emitem um rumor que é mais visto do que ouvido, no reflexo tremido da luz contra as folhas). Falamos de uma cápsula, se quiserem, mas não uma cápsula estanque. Ao contrário, tudo ali é permeabilidade, tudo está em diálogo contínuo com o que existe à volta. A 52 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. cidade, assim como a luz, entra no túnel através dos seus poros, a cidade entra na rua, recolhe-se nesse espaço íntimo, quase sagrado. E a percepção que se tem dela ali dentro é, e não poderia ser diferente, mística. Ali tocamos a sua essência, todo o resto ficou lá fora. Inclusive o tempo. Porque parece ser impossível contar o tempo no interior do túnel. Impossível se aperceber da sua passagem, mesmo sendo evidente que ele não está paralisado. Apenas, talvez, seu andamento não seja uniforme, isto é, alguns minutos são mais longos do que outros, uns têm mais do que sessenta segundos outros menos, o que resulta numa marcha temporal que se constroi por saltos: frações de tempo quantitativamente iguais se sucedem gerando períodos que são sentidos como muito longos, intercalados por outros muito curtos, fugazes instantes capazes de abarcar toda uma jornada. Pois de repente você vira numa esquina e se vê na extremidade de uma dessas ruas. Ao fundo, ela se espicha, espremida pela fila de árvores que crescem nas calçadas. Do alto pendem os galhos plenos de verde e as cordas de cipó cobertas de folhas. Os cipós e a abundância verde deixam claro que estamos perto do trópico. E o amarelo, esse, creio estar relacionado à certa "meridionalidade" na proporção exata para produzir efeitos de ótica rara a partir da mera incidência do sol na copa das árvores. Onde o sul e o trópico flertam. Porto Alegre está justamente aí. Cheia desses túneis verdes, cheia dessas ruas mágicas cobertas por uma abóbada de folhas e ramos de árvores. Podemos encontrá-las facilmente no Bom Fim, na Floresta, mas também nos Moinhos de Vento e até em meio à platípode de São Geraldo. Basta deixar-se levar. Você vai por uma avenida central, barulhenta, movimentada, e de repente, numa esquina, você olha para o lado e lá está. Então não resta mais nada a fazer senão se enfiar por um desses túneis. Sem saber onde nem quando você vai sair. 53 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. UNIDADE 14 Objetivo: Sugestão de elaboração de projeto de conscientização para a preservação ambiental urbana. Preservar as ruas: Tema para fórum Atenção! Você deverá para este módulo produzir um texto que será um esquema de um projeto de preservação ambiental mirando um dos tópicos inerentes a esta temática na vida urbana. Conforme você poderá observar, para cada bloco de assunto sobre a preservação ambiental na cidade (água, ruas, parques, saúde dos edifícios, comércio justo) aplicamos esta estrutura de construção do projeto que é um roteiro de construção do seu texto.Muito importante: você não fará textos para todos os assuntos - somente escolherá um (dentre os assuntos: água, ruas, parques, saúde dos edifícios e comércio justo), chegando próximo ao término do módulo, e enviará para a página Fórum da ESAB. Certo?!! 1. Comece no seu texto escrevendo quem serão os seus destinatários (crianças, donas de casa...); o perfil destes (idade, nível escolar ou de cultura...); o lugar onde se encontram os destinatários (moradores de periferia, classe média...). 2. Em seguida descreva o que tanto pretende dinamizar como projeto de conscientização de preservação ambiental urbana (cuidados da população para com a rua e o seu patrimônio) 3. Fundamente conceitualmente o assunto: Fundamentação teórica/cultural sobre a rua e o seu patrimônio (procurar subsídios em textos da internet); 54 Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. Histórico próximo do uso das ruas naquela região – na perspectiva de elaborar um possível cenário da atualidade do uso das mesmas na atualidade para a vida daquele grupo; Acene para as consequências do péssimo uso das ruas como encerramento para este bloco de fundamentação. 4. Elabore um questionário (no máximo com cinco questões) para ser aplicado junto aos seus destinatários. Este questionário pode ser elaborado tendo em vista o conteúdo que foi apresentado e estudado em nossas unidades. Para ser prático divida o conteúdo em dois blocos. O primeiro deve ser de caráter investigativo - deverá conter questões que analisem o uso racional/irracional das ruas
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