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ESAB - Projetos de Preservação Ambiental - Estudos

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Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 
 
 
 
 
MÓDULO DE: 
PROJETOS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL: ESTUDOS 
 
AUTORIA: 
ISABELE SANTOS ELEOTÉRIO 
JOSÉ CARLOS DOS SANTOS 
 
2 
 
Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 
 
Módulo de: Cidadania Ambiental e Planetária 
Autoria: 
Me. Isabele Santos Eleotério 
Me. José Carlos dos Santos 
 
Primeira edição: 2008 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
 
3 
 
Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 
 
APRESENTAÇÃO 
O módulo se constroi seguindo o seguinte esquema: apresentar objetos de discussão 
para a preservação ambiental (água, edifícios doentes, praças, ruas e comércio justo), 
levantar exemplos de preservação na conjuntura destes objetos; sugerir ações de 
preservação e estimular a criação de um projeto de conscientização para a preservação 
ambiental urbana que será lançada na página Fórum da ESAB. Também são 
dinamizados alguns estudos dirigidos sobre a relação urbanização, capitalismo e 
industrialização dentro do contexto de preservação ambiental. 
Este módulo possui as seguintes características: 
 Textos selecionados pelo viés da (a) fácil compreensão e (b) profundidade; 
 Que são dispostos para leitura em fragmentos e, na sequência, discorrem baterias 
de exercícios e dicas complementares. 
 O material produzido não serve somente como estudo para o aluno da ESAB, mas 
foi pensado e desenvolvido para que sirva de apoio didático na prática cotidiana da 
Educação ambiental (por isto a opção por uma linguagem clara e simples em sua 
realização). 
 O módulo incentiva a pesquisa e a compreensão do uso da internet como forma de 
conhecer e interagir em rede com instituições e espaços acadêmicos e cidadãos que 
abordam a questão ambiental. Visto também que o uso do computador e de textos da 
internet e das multimídias (e-livros, etc) é um componente que devemos incentivar em 
razão da questão da preservação da natureza. 
 
 
4 
 
Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 
 
OBJETIVO 
Tomar ciência de projetos de preservação ambiental desenvolvidos em comunidades e 
municípios 
 
EMENTA 
O que é preservação ambiental; preservação do ambiental: capitalismo e urbanização; 
preservação ambiental: água, ruas, parques e praças, edifícios e consumo justo. 
Elaboração de projetos de conscientização para a preservação ambiental urbana. 
 
SOBRE O AUTOR 
Isabele Santos Eleotério: 
 Mestre em Psicologia (UFES); 
 Bacharel em Psicologia e Jornalismo. 
José Carlos dos Santos: 
 Doutorando em Ciências da Religião (PUC-SP); 
 Licenciado em filosofia (PUC-MG); 
 Sócio-fundador da Associação Brasileira de Serviço Social Ecológico 
 
5 
 
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SUMÁRIO 
UNIDADE 1 ......................................................................................................................... 8 
O QUE ENTENDO POR PRESERVAÇÃO AMBIENTAL URBANA. ....................................................................... 8 
UNIDADE 2 ....................................................................................................................... 12 
O QUE É PRESERVAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................................... 12 
UNIDADE 3 ....................................................................................................................... 15 
FALANDO EM PRESERVAÇÃO AMBIENTAL URBANA .................................................................................. 15 
UNIDADE 4 ....................................................................................................................... 20 
A PRÁTICA DA ACUPUNTURA DA CIDADE............................................................................................... 20 
UNIDADE 5 ....................................................................................................................... 22 
TÓPICOS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA CIDADE. ................................................................................ 22 
UNIDADE 6 ....................................................................................................................... 24 
EXPLICANDO O ESQUEMA DOS PROJETOS DE PRESERVAÇÃO APRESENTADOS NO MÓDULO ................................. 24 
UNIDADE 7 ....................................................................................................................... 25 
SANEAMENTO BÁSICO E PRESERVAÇÃO DA ÁGUA.................................................................................... 25 
UNIDADE 8 ....................................................................................................................... 28 
EXEMPLO DE PRESERVAÇÃO DA ÁGUA PARA PRESERVAMOS A ÁGUA ............................................................ 28 
UNIDADE 9 ....................................................................................................................... 32 
ATIVIDADES E SUGESTÕES EDUCATIVAS PARA A PRESERVAÇÃO DA ÁGUA. ...................................................... 32 
UNIDADE 10 ..................................................................................................................... 38 
PROJETAR A PRESERVAÇÃO DA ÁGUA: TEMA PARA FÓRUM. ....................................................................... 38 
UNIDADE 11 ..................................................................................................................... 40 
PRESERVAR AS RUAS E SEU PATRIMÔNIO .............................................................................................. 40 
UNIDADE 12 ..................................................................................................................... 45 
EXEMPLOS DE PROJETOS DE PRESERVAÇÃO DE RUAS ................................................................................ 45 
UNIDADE 13 ..................................................................................................................... 49 
ATIVIDADES E SUGESTÕES PARA PRESERVAR AS RUAS............................................................................... 49 
 
6 
 
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UNIDADE 14 ..................................................................................................................... 53 
PRESERVAR AS RUAS: TEMA PARA FÓRUM ............................................................................................ 53 
UNIDADE 15 ..................................................................................................................... 55 
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E CAPITALISMO: APROFUNDAMENTO ................................................................ 55 
UNIDADE 16 ..................................................................................................................... 60 
URBANIZAÇÃO: APROFUNDAMENTO (I) ............................................................................................... 60 
UNIDADE 17 ..................................................................................................................... 66 
URBANIZAÇÃO: APROFUNDAMENTO (II) .............................................................................................. 66 
UNIDADE 18 ..................................................................................................................... 72 
PRAÇAS E OS PARQUES: PENSÁ-LOS PARA PRESERVÁ-LOS. ......................................................................... 72 
UNIDADE 19 ..................................................................................................................... 76 
EXEMPLOS DE PROJETOS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DE PRAÇAS E PARQUES. .............................................76 
UNIDADE 20 ..................................................................................................................... 79 
SUGESTÕES UTÓPICAS DE PRAÇAS E PARQUES: EM SÃO PAULO. ................................................................. 79 
UNIDADE 21 ..................................................................................................................... 81 
ATIVIDADES E SUGESTÕES EDUCACIONAIS DE PRESERVAÇÃO DE PARQUES E PRAÇAS: FÓRUM ............................. 81 
UNIDADE 22 ..................................................................................................................... 83 
O PROBLEMA DOS EDIFÍCIOS DOENTES: INTRODUÇÃO. ............................................................................. 83 
UNIDADE 23 ..................................................................................................................... 89 
COMO IDENTIFICAR UM EDIFÍCIO DOENTE ............................................................................................. 89 
UNIDADE 24 ..................................................................................................................... 92 
ATIVIDADES E SUGESTÕES EDUCACIONAIS DE PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DOS EDIFÍCIOS: FÓRUM .......................... 92 
UNIDADE 25 ..................................................................................................................... 94 
A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO JUSTO PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL URBANA. ....................................... 94 
UNIDADE 26 ..................................................................................................................... 99 
PRINCÍPIOS DO COMÉRCIO JUSTO ...................................................................................................... 99 
UNIDADE 27 ................................................................................................................... 102 
EXEMPLOS PARA O COMÉRCIO JUSTO: O CONSUMO CONSCIENTE E RESPONSÁVEL. ........................................102 
UNIDADE 28 ................................................................................................................... 103 
PESQUISA PARA O FÓRUM ACERCA DO COMÉRCIO JUSTO ........................................................................103 
 
7 
 
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UNIDADE 29 ................................................................................................................... 105 
PESQUISA DOBRE A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA SUA CIDADE. ................................................................105 
UNIDADE 30 ................................................................................................................... 109 
GLOSSÁRIO .................................................................................................................. 110 
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 112 
 
 
 
8 
 
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UNIDADE 1 
Objetivo: Introduzir o assunto pela experiência pessoal. 
O que entendo por Preservação Ambiental Urbana. 
Olá! 
Com entusiasmo queremos lhe acolher no início deste módulo que abordará “Projetos de 
Preservação Ambiental” na perspectiva de estudos. A tônica é fazer com que você tome 
consciência e se habitue a ver os mais diversos tipos de projetos de preservação 
ambiental. Com qual objetivo? Despertar em você a possibilidade de criar projetos 
similares ou mais arrojados que os apresentados. Por isto é que este módulo se intitula 
de “estudos”. São estudos, contemplações de projetos. O contexto-chave é: tomar posse 
do conhecimento de projetos de preservação ambiental desenvolvidos no Brasil (este é o 
nosso objetivo geral). 
O módulo se constroi seguindo o seguinte esquema: 
 Apresentar objetos de discussão para a preservação ambiental (água, edifícios 
doentes, praças, ruas e comércio justo),; 
 Levantar exemplos de preservação na conjuntura destes objetos; sugerir ações de 
preservação e estimular a criação de um projeto de conscientização para a preservação 
ambiental urbana que será lançada na página Fórum da Escola Superior Aberta. 
 Também são dinamizados alguns estudos dirigidos sobre a relação urbanização, 
capitalismo e industrialização dentro do contexto de preservação ambiental. 
 
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Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 
 
Atenção! 
Como todos os módulos pertencentes ao programa de Educação Ambiental Urbana, 
este possui as seguintes características: 
 Textos selecionados pelo viés da (a) fácil compreensão e (b) profundidade, 
 Que são dispostos para leitura em fragmentos e, na sequência, discorrem sobre 
baterias de exercícios e dicas complementares. 
 O material produzido não serve somente como estudo para o aluno da ESAB, mas 
foi pensado e desenvolvido para que sirva de apoio didático na prática cotidiana da 
Educação Ambiental (por isto a opção por uma linguagem clara e simples em sua 
realização). 
 O módulo incentiva a pesquisa e a compreensão do uso da internet como forma de 
conhecer e interagir em rede com instituições e espaços acadêmicos e cidadãos que 
abordam a questão ambiental. Visto também que o uso do computador e de textos da 
internet e das multimídias (e-livros, etc) é um componente que devemos incentivar em 
razão da questão da preservação da natureza. 
Agora, uma observação válida para a leitura de todos os textos selecionados neste nosso 
módulo: 
As referências bibliográficas das citações encontram-se na página virtual 
BIBLIOGRAFIA. As citações no corpo deste módulo vêm sinaladas por um asterisco 
(*) – solicito que você se dirija à página virtual para conferir, por unidades, o que foi 
lançado. 
Bom estudo! 
E agora, vamos ao conteúdo propriamente dito. 
 
10 
 
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O objetivo desta primeira unidade é fazer com que pensemos (a partir de nossas noções 
já concebidas) algumas categorias conceituais próprias da preservação ambiental. 
Vamos lá! 
Responda (e discuta posteriormente em grupo – se for o estudo dirigido aos seus 
destinatários) as seguintes questões: 
1. O que entendo por Preservação Ambiental? 
2. Como ocorre a preservação ambiental? 
3. Quem são os responsáveis (por ordem decrescente de responsabilidade)? 
4. Como você imagina o processo de preservação ambiental na cidade – uma vez 
que em muitas delas a presença da fauna e da flora inexiste (como é o caso das grandes 
metrópoles)? 
5. O que na cidade faria parte das preocupações da preservação ambiental (espaços, 
situações...)? 
6. Cite experiências de preservação ambiental existentes na sua cidade. Pense no 
modelo de desenvolvimento dos projetos destas experiências. 
Para início de conversa 
A situação do meio ambiente no globo nos desafia a preservar os 
recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento 
social justo, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor 
qualidade de vida em todos os aspectos. A necessidade de consolidar 
novos modelos de desenvolvimento sustentável no país exige a construção de 
alternativas de utilização dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental e uma 
ética da solidariedade. 
 
11 
 
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Deve-se também reconhecer que vivemos numa sociedade na qual é 
fundamental partir de uma boa formação e de um sólido conhecimento dos 
complexos problemas e potencialidades ambientais. Nossa sociedade deve 
se conscientizar de que o modelo vigente de crescimento afeta nosso 
planeta muito mais do que o desejado. Tem-se observado que a destruição 
da natureza, base da vida, através da contaminação e degradação dos ecossistemas 
crescem em um ritmo acelerado, motivo pelo qual se torna necessário reduzir o impacto 
ambiental para a obtençãode um desenvolvimento ecologicamente equilibrado em curto 
prazo para todo o planeta. 
Fontes: Funiber – carta de apresentação – 10 de novembro de 2000. 
http://www.planetaorganico.com.br/meioamb1.htm 
 
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UNIDADE 2 
Objetivo: Trabalhar o conceito central do módulo. 
O que é preservação ambiental 
O que vem a ser preservação ambiental? 
A exposição abaixo abordará conceitualmente a definição – proposta desta unidade. 
É o ato de preservar o meio ambiente como um todo, não apenas parte dele. Com os 
problemas ambientais provocados pelo homem nos últimos tempos, a questão da 
preservação ambiental tem sido muito discutida, ou seja, o homem tem dado mais 
importância à preservação do meio ambiente. 
Muitas pessoas pensam que não jogar lixo nas ruas, separar o lixo reciclável do não-
reciclável é o suficiente para resolver o problema. Não é bem assim que funciona, pois o 
meio ambiente não se restringe à vegetação, aos rios ou córregos que encontramos na 
cidade, é algo bem mais abrangente como, por exemplo, a preservação das florestas, 
nascentes, entre outros. 
A preservação é um conjunto de medidas que devem ser adotadas por todos, de forma a 
garantir o futuro do nosso planeta para as novas gerações. Atualmente, a preservação 
ambiental se torna praticamente obrigatória em todo o mundo, devido às graves 
consequências originadas pela degradação do meio ambiente, sendo a preservação a 
única maneira de amenizar ou até mesmo acabar com tais consequências. 
Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/preservacao-ambiental.htm 
O texto acima faz uma alerta sobre a responsabilidade ambiental de todos nós. 
Realmente, nos últimos anos temos presenciado um avanço na consciência ecológica 
 
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ambiental. É o que relata uma pesquisa da SENSUS feita pela caneta de Délcio Rocha 
(28/06/2007). Leia. 
A pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta terça-feira (26), mostrou que 
70,5% dos entrevistados atribuem a maior responsabilidade na preservação 
do meio ambiente e combate ao aquecimento global à população em geral. 
De acordo com a pesquisa, 25,8% consideraram que esta responsabilidade 
cabe aos governos. Já 3,7% não souberam ou não responderam. 
A pesquisa identificou ainda que o desmatamento e as queimadas são os principais itens 
de contribuição do Brasil para o aquecimento global: 56,9% apontaram estes itens em 
uma lista de seis opções. Em terceiro lugar, os entrevistados apontaram a indústria (17%) 
como fator que contribui para o aquecimento global. O quarto item mais apontado foi a 
poluição (9,4%). 
O Sensus também perguntou se os países no mundo deveriam contribuir financeiramente 
para a preservação da floresta amazônica ou se esta preservação deveria ser de 
responsabilidade somente do Brasil: 54,5% consideraram que a preservação é de 
responsabilidade somente do Brasil e 39,8% consideraram que a preservação pode ser 
feita por financiamento internacional. 
A grande maioria dos entrevistados considerou que a iniciativa do governo brasileiro no 
desenvolvimento e adoção de biocombustível é positiva para o País. Nesse item da 
pesquisa, 82,7% responderam sim contra 8 % que consideraram que esta iniciativa não é 
positiva para o país e 9,4% não souberam ou não responderam. 
A pesquisa foi realizada no período de 18 a 22 de junho, em 136 municípios de 24 
Estados. Foram feitas 2.000 entrevistas, e a margem de erro é de três pontos para mais 
ou para menos. 
 
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1. O que o primeiro texto nos traz acerca do modo como pensamos preservação 
ambiental no tocante a sua abrangência? 
2. Segundo a sua observação as pessoas que circulam em seus espaços de 
convivência têm consciência da abrangência do conceito preservação ambiental 
conforme dimensionado no segundo parágrafo: “Muitas pessoas pensam que não 
jogar lixo nas ruas, separar o lixo reciclável do não-reciclável é o suficiente para 
resolver o problema. Não é bem assim que funciona, pois o meio ambiente não se 
restringe à vegetação, aos rios ou córregos que encontramos na cidade, é algo bem 
mais abrangente como, por exemplo, a preservação das florestas, nascentes, entre 
outros”. 
3. O que demonstra o conteúdo do segundo artigo acerca da temática do avanço 
da consciência ecológica ambiental? Como você avalia os posicionamentos tendo 
em vista os números? 
 
 
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UNIDADE 3 
Objetivo: Apresentar o cenário da preservação ambiental no Brasil. 
Falando em preservação ambiental urbana 
A moda de pensar e articular a preservação ambiental estão se tornando algo corriqueiro 
no Brasil. É o que esta unidade quer trabalhar. Para tanto a sugestão de leitura se divide 
em dois momentos (bifurcados) onde tomaremos ciência (num primeiro momento) de 
ações de preservação que estão se desenvolvendo no Brasil pela via governamental de 
parcerias e, num segundo momento, estudaremos um texto sobre o surgimento e o 
desenvolvimento da questão Preservação Ambiental no Brasil. 
 
Parceria leva gestão ambiental urbana a pequenos municípios 
Os ministérios do Meio Ambiente e das Cidades e os programas das Nações Unidas para 
o meio ambiente (Pnuma) e para o desenvolvimento dos assentamentos urbanos 
(Habitat) vão se unir para implantar, no Brasil, uma experiência inédita de desenvolver em 
cidades de pequeno e médio porte (entre 20 e 150 mil habitantes) ações integradas de 
urbanismo e meio ambiente. No próximo dia 25, os ministérios e as agências da ONU 
assinam um memorando de entendimento para o desenvolvimento e implantação de 
Estratégias de Apoio de Gestão Ambiental Urbana nos municípios de Piranhas (AL), 
Beberibe (CE), Marabá (PA) e Ponta Porã (MS). Na semana passada, o programa foi 
apresentado em Piranhas. 
A iniciativa piloto prevê a elaboração do Informe Geo - um levantamento completo sobre 
o meio ambiente das cidades -, do Plano Diretor e da Avaliação da Vulnerabilidade 
Ambiental dos municípios. A ONU repassará 60 mil dólares para as quatro prefeituras 
elaborarem o Informe Geo. Com base em metodologia do Pnuma, adequada às 
 
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realidades locais, o Informe será feito por consultores, ligados a universidades, 
organizações não governamentais ou institutos de pesquisas das localidades. 
O trabalho faz um diagnóstico ambiental dos municípios, tendo como base um sistema 
operacional de indicadores. As informações que disponibiliza, ajudam na gestão e na 
definição de metas e prioridades que visem à melhoria da qualidade ambiental das 
localidades. A parceria vai permitir, pela primeira vez, a elaboração do Informe Geo em 
pequenos municípios. Até, então, o relatório só era feito em grandes metrópoles, destaca 
Rudolf de Noronha, diretor de Gerenciamento Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. 
A escolha das quatro cidades pelos dois ministérios para a experiência piloto das 
Estratégias de Apoio a Gestão Ambiental Integrada, levou em consideração a situação e 
as necessidades de projetos para a recuperação e preservação dos locais. Piranhas, em 
Alagoas, está localizada na Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, integrando, portanto, 
o Programa de Revitalização do rio. Beberibe, no Ceará, abriga um importante patrimônio 
de dunas e também já está inserida num outro projeto do MMA, o Orla. Já Marabá (PA) 
sofre com inundações periódicas e Ponta Porã (MS), fronteira com o Paraguai, com a 
erosão urbana e rural. 
Além de assessorar os municípios na elaboração ou readequação dos planos diretores, 
técnicos do Ministério do Meio Ambiente farão, em parceria com as prefeituras, a 
Avaliação de Vulnerabilidade Ambiental dos locais. Trata-se de um levantamento da 
situação física, populacional e legaldos municípios, com mapeamento de áreas 
degradadas, ameaçadas e de preservação ambiental, além de localizar saídas de esgoto, 
lixões e invasões. Segundo a técnica do MMA que acompanha o desenvolvimento do 
projeto, Cristina Maffra, o trabalho vai orientar para um uso mais adequado dos locais, 
evitando, por exemplo, erosões e inundações. 
A previsão é que, em dois anos, as prefeituras tenham concluído os diagnósticos e 
apresentem as propostas de projetos específicos, priorizando as áreas mais 
problemáticas. 
 
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Copyright © 2007, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil. 
 
Sobre a preservação ambiental no Brasil o texto que segue salientará aspectos de caráter 
biológico. Restringindo o tema à preservação da fauna e flora – sem aquela perspectiva 
das ecologias que já estudamos em outros módulos. Todavia, vale a pena tomar ciência 
de seu conteúdo – visto a necessidade de contextualizamos historicamente no Brasil a 
questão da preservação ambiental. 
 
Preservação ambiental no Brasil 
A questão da preservação e da conservação ambiental ganha destaque no Brasil a partir 
da década de 1970, com o surgimento de pequenos grupos que apontam a necessidade 
de incluir o tema do meio ambiente nas discussões da sociedade. Na década seguinte, 
com a redemocratização do Brasil, cresce o número de organizações não 
governamentais ambientalistas e surgem novas propostas de preservação do meio 
ambiente. Algumas se transformam em políticas públicas, dando contornos mais 
definidos à legislação ambiental brasileira. 
Na Constituição – Antes de 1988, o país já possuía leis que tratavam da questão 
ambiental. O Código Florestal, por exemplo, é de 1965 e previa diversas sanções penais 
para os crimes contra o meio ambiente, embora elas não fossem detalhadas. A 
Constituição de 1988 consolida o processo legal e institucional. O capítulo que trata do 
meio ambiente enfatiza a necessidade de sua defesa e preservação e procura 
estabelecer mecanismos para que isso ocorra. Para os especialistas, o grande problema 
é conseguir que essa legislação saia do papel e seja efetivamente aplicada, já que muitas 
leis não foram sequer regulamentadas, como a que protegeria nossa biodiversidade, a 
mais rica do mundo. Outro destaque na defesa do meio ambiente é a criação, em 1989, 
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente(Ibama). Entretanto, o avanço da legislação e a 
possibilidade de uma fiscalização mais rígida esbarram no ainda escasso volume de 
recursos destinados às questões ambientais e na falta de articulação entre os governos 
federal, estaduais e municipais, sociedade civil, e mesmo entre os vários órgãos federais, 
que frequentemente se opõem a questões como o uso da terra ou dos recursos hídricos. 
 
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Lei de Crimes Ambientais – A lei nº 9.605, sancionada em fevereiro de 1998 e 
regulamentada em setembro de 1999, estabelece as penas para as infrações e 
agressões cometidas contra o meio ambiente no Brasil. Prevê multas que chegam a 50 
milhões de reais para uma variedade de infrações: pesca em locais proibidos, crimes 
contra o patrimônio, soltura de balões, pichações, caça ilegal, obras poluidoras, 
queimadas e desmatamento. 
 
Corredores ecológicos: uma proteção maior 
Trata-se de um conceito de conservação que surge na década de 1990 com base na 
constatação de que proteger pequenas áreas descontínuas, rodeadas por outras nas 
quais as atividades econômicas são exercidas sem nenhum controle, é insuficiente para 
garantir a preservação de espécies animais e vegetais. Esses fragmentos se tornam cada 
vez mais frágeis, por causa da perda progressiva das relações ecológicas e da 
diminuição das trocas genéticas. O corredor é um sistema de manejo em que se procura 
integrar várias unidades de conservação às áreas ao seu redor, como fazendas. Estas 
devem adotar formas de desenvolvimento não predatórias, de modo a permitir que as 
espécies possam ir de uma área para outra, seja através de áreas de vegetação natural, 
seja de reflorestamento, seja mesmo de plantações. A eficiência dos corredores, porém, 
é um assunto controverso, pois há poucos estudos, em geral feitos no hemisfério norte, 
que confirmem a adoção dos corredores pelos animais. 
Área binacional – O Corredor Binacional Iténez-Guaporé foi o primeiro a ser criado, em 
2001. Ele nasce com uma área de 23 milhões de hectares (quase do tamanho do estado 
de São Paulo), na bacia dos rios Guaporé-Mamoré e Iténez, na fronteira do Brasil com a 
Bolívia. O corredor binacional está na área de maior diversidade de peixes do planeta, 
com 174 espécies de grande interesse comercial já catalogadas. No lado brasileiro 
existem 30 áreas protegidas. No território boliviano há oito unidades de preservação. 
Também deverão ser criados corredores nas fronteiras com Peru, Colômbia, Venezuela, 
Guiana e Guiana Francesa. Existem atualmente sete corredores ecológicos em fase de 
 
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implementação ou estudo pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (Ibama). Os investimentos, porém, estão concentrados em três 
deles, dois com financiamento do programa piloto para a Proteção das Florestas 
Tropicais do Brasil: o Corredor Central da Mata Atlântica e o Corredor Central da 
Amazônia. 
Prioridades – Segundo o Ibama, o corredor amazônico tem 245,5 mil quilômetros 
quadrados, 70% dos quais são de unidades de conservação e terras indígenas, o que 
facilitará sua implantação. Já o da mata Atlântica, que mede 77,5 mil quilômetros 
quadrados, é difícil de concretizar, pois 95% de sua área ocupada está em propriedades 
privadas. No cerrado está sendo implementado o Corredor Ecológico Araguaia-Bananal, 
que abrange 10 milhões de hectares nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e 
Pará. O corredor interligará nove unidades de conservação e reveste-se de importância 
por representar uma região de contato do cerrado com a Amazônia. Vem sendo 
executado pelo Ibama, em parceria com diversas universidades da região Centro-Oeste e 
com a organização não governamental Conservation International. 
 
 
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UNIDADE 4 
Objetivo: Redimensionar a forma de pensar o cuidado com a preservação ambiental a 
partir do espaço urbano. 
A prática da acupuntura da cidade. 
Esta unidade quer estabelecer um estudo de uma vídeoentrevista (de Bruno Mitih com o 
ex-prefeito e ex-governador do Paraná Jaime Lerner) sobre como pensar a preservação 
ambiental. Assista ao vídeo e depois faça os exercícios sugeridos. Bom estudo. 
 
 
http://planetasustentavel.abril.com.br/videos/videosnovo_256912.shtml?secao=Depoi
mentos&assunto=Jaime%20Lerner 
 
 
Estudo dirigido sobre o vídeo: 
1. No que consiste a acupuntura urbana? 
2. O que ela gera? 
3. Como Jaime Lerner desenvolveu o seu programa de preservação ambiental 
urbano? 
4. Posicione-se criticamente frente à fala de Jaime Lerner sobre as cidades como 
último refúgio da solidaderiedade. 
 
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5. Em que medida a fala de Jaime Lerner reflete o problema da preservação 
ambiental? 
 
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UNIDADE 5 
Objetivo: Vislumbrar o campo de abrangência das temáticas acerca da preservação 
ambiental urbana. 
Tópicos de preservação ambiental na cidade. 
O que tanto podemos abordar como tópicos acerca da preservação ambiental urbana? 
Certamente, pensar em preservação ambiental em reservas ecológicas protegidas por lei, 
ou pensar em preservação ambiental na zona rural é muito diferente de pensar em 
preservação ambiental na cidade. Esta unidade quer servir como um link para que você 
possa situar os tópicos de interesse nestes assuntos (para que futuramente se você 
quiser destinar tempopara pesquisa sobre os itens aqui informados possa se sentir mais 
situado/a). O que segue, portanto, é somente uma lista informativa de tópicos. 
 Uso do som: parâmetros; Ruídos; horários permitidos de tráfego. 
 Uso da Energia Elétrica: radiação; espaços de instalação das redes... 
 Odores; Gases e vapores; poluentes, fumaça, combustíveis 
 Propriedades; 
 Auxílio aos pobres e andarilhos; 
 O aproveitamento adequado dos recursos naturais e da infraestrutura já existente 
na cidade; 
 A preservação de áreas ambientalmente frágeis ou de grande valor cultural ou 
para o lazer da cidade; 
 A expansão da cidade em bases sustentáveis; 
 
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 A ocupação de grandes áreas desocupadas; 
 A melhora nas condições de mobilidade urbana; 
 A diversidade de atividades convivendo sem conflitos e sem geração de 
incômodos. 
 
Para evitar: 
 A utilização inadequada da terra urbana; 
 A proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; 
 O uso excessivo ou inadequado em relação à infra-estrutura; 
 A instalação de grandes empreendimentos, sem considerar seu impacto; 
 A deterioração da cidade; 
 A poluição e a degradação ambiental. 
 
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UNIDADE 6 
Explicando o esquema dos projetos de preservação apresentados no módulo 
As unidades que seguem (fora os temas para aprofundamento que 
versarão sobre problemas da urbanização – vista a carência de 
projetos de planejamento e preservação ambiental) abordarão temas 
específicos como: a questão da água; da preservação das ruas; 
parques e praças; edifícios doentes e o comércio justo. 
De modo geral os assuntos serão dinamizados da seguinte forma: 
 Introdução geral sobre o assunto: que constitui uma leitura breve sobre a questão. 
 Apresentação de exemplos de projetos desenvolvidos sobre a questão em estudo. 
 Atividades e sugestões sugeridas para a preservação. 
 No final de cada assunto temático (composto por algumas unidades) será sugerida 
a produção de um texto no qual você deverá apresentar no espaço do fórum um projeto 
de preservação ambiental urbana. 
 
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UNIDADE 7 
Objetivo: Situar o problema da preservação da água nas cidades, de modo introdutório, 
articulando as noções de necessidade e preservação. 
Saneamento básico e preservação da água. 
“A universalização do acesso ao saneamento básico - necessidade ainda distante de ser 
contemplada no Brasil - e sua ligação com os problemas da saúde pública são tema de 
encontro multisetorial: o 2º Fórum Brasileiro da Água” – é o que escreve Daniela Silva em 
um breve artigo publicado pelo Planeta Sustentável (12/11/2007) com o título Falta 
saneamento Básico no País. 
Realizado dia 7 de novembro, em São Paulo e organizado pelo Conselho Empresarial 
Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBEDS), pela Agência Nacional de Água 
(ANA), pela World Wild Life Brasil (WWF) e pela Fundação Avina, reuniu especialistas, 
empresários do setor e líderes do governo em um debate multisetorial sobre essas e 
outras sérias questões ligadas ao tema da água. O foco desta segunda edição - 
Saneamento Básico e Saúde Pública - foi determinado para iniciar as discussões que 
acontecerão em 2008, que será, de acordo com a proposta da ONU, o Ano do 
Saneamento Básico em todo o mundo. 
O primeiro painel, "Análise de cenário, riscos e perspectivas da relação entre 
Saneamento Básico, Saúde Pública e Desenvolvimento Humano", contou com a 
participação de Sérgio Francisco Piola, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto 
de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA), de Apolo Heringer Lisboa, coordenador do 
Projeto Manuelzão, de Fernando Ferreira Carneiro, coordenador-geral em Saúde 
Ambiental do Ministério da Saúde, de Paulo Cézar Pinto, representante da Organização 
Pan-Americana de Saúde, e de Carlos Graeff Teixeira, presidente da Sociedade 
Brasileira de Parasitologia e professor da PUC-RS. 
 
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Piola mostrou dados ligados à redução da mortalidade infantil no país. A taxa caiu quase 
50% nos últimos 15 anos. Apesar dessa redução, a taxa de mortalidade infantil brasileira 
ainda é bem maior do que a de nações como o Chile (9,8 por mil), a Costa Rica (11,6 por 
mil) e a Argentina (16,8 por mil). "Os mais pobres são os mais prejudicados pela ausência 
de saneamento básico. São 34,6 milhões de brasileiros sem esgotamento sanitário 
adequado", afirmou o técnico do IPEA. 
Após a exposição das condições de saneamento básico no país, Lisboa, baseado nas 
experiências adquirida com o projeto Manuelzão - programa de extensão da UFMG que 
atua na melhora das condições de saúde e meio ambiente na bacia do Rio das Velhas - 
falou a respeito da necessidade de se pensar em sistemas sustentáveis de saneamento 
básico: "Para melhorar a saúde coletiva, precisamos avaliar o ecossistema. A água 
poluída causa doenças porque entra na rede alimentar por meio do peixe e das verduras 
irrigadas, por exemplo", afirmou. "O nosso governo gasta com doença, não gasta com 
saúde". 
O segundo painel do Fórum - com o tema "Propostas de Melhoria: quais as lacunas e as 
possíveis soluções para o Saneamento Básico no Brasil?" - teve as apresentações de Rui 
Brasil Assis, assessor da Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, 
de Luís Fernando Felli, presidente do Conselho da Associação Brasileira das 
Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto - ABCON, de Luís 
Felli, presidente do Instituto Trata Brasil e, também, de Norma Carvalho, diretora do 
Departamento de Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Saneamento 
Ambiental do Ministério das Cidades. 
Norma Carvalho sinalizou que o PAC abre perspectivas favoráveis para a universalização 
do saneamento básico. O governo deve investir R$ 40 bilhões em saneamento até 2010. 
Apesar disso, a maioria dos presentes nas discussões acredita que o ritmo das ações 
governamentais ainda é muito lento para que o país consiga atingir uma das Metas do 
Milênio: diminuir pela metade o número das pessoas sem acesso a saneamento até 
2015. 
 
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1. Qual a relação que podemos estabelecer entre saneamento básico e 
preservação ambiental? 
2. Como a utilização da água pode ser pensada pelo viés das preocupações 
inerentes à preservação ambiental? 
3. Você sabe de onde provêm à água encanada que a sua cidade consome? 
Você saberia informar as principais preocupações da empresa de tratamento 
de água de sua cidade relacionadas ao fornecimento de água (se ela é 
suficiente e em que medida)? 
4. Você saberia informar, segundo os cálculos da empresa que fornece água 
para a sua cidade, o quanto é jogado fora em investimentos devido o uso 
indevido do referido recurso? 
5. Como as pessoas de sua casa usam a água (de modo consciente ou sem 
consciência)? Justifique exemplificando o uso. 
6. Você saberia estabelecer uma ponte compreensiva entre água, qualidade de 
vida e preservação ambiental? 
Obs.: As questões levantadas acima revelam em suas respostas o nível de 
consciência das pessoas em relação a este recurso da natureza. 
 
 
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UNIDADE 8 
Objetivo: Inserir novos dados sobre o problema da preservação da água. 
Exemplo de preservação da água e de como preservá-la 
O presente fragmento de artigo – de Marília Scalzo* - aponta o lugar precioso que a água 
ocupará no cenário da economia e interesse humano num futuro próximo. Apontando por 
alguns movimentos do tabuleiro político internacional a autora lança um alerta há muito já 
anunciado pela comunidade científica: a escassez da água. 
(...) Especialistas como Michael T. Klare, professorde estudos sobre paz e segurança 
mundial do Hampshire College, nos Estados Unidos, acreditam que questões políticas, 
religiosas ou ideológicas ficarão em segundo plano e a briga será por essas riquezas 
essenciais à sobrevivência das populações. 
Já no ano passado, o ministro do Interior britânico, John Reid, ressaltava que conflitos 
como os que ocorrem na região de Darfur, no sudoeste do Sudão, desde 2003, já se 
davam pelo acesso à água e a terras cultiváveis. (...) 
E a escassez de água não será só um problema dos países pobres, dizem os 
especialistas. (...) 
No Brasil, temos uma situação maravilhosa se comparada a outros países. Somos os reis 
da água doce, com a maior reserva do planeta. Só para dar uma ideia: o Brasil dispõe 
anualmente de 45570 metros cúbicos de água per capita, enquanto o Kuwait, um dos reis 
do petróleo, tem apenas 10. O Kuwait, aliás, importa água há muitos anos do Iraque, e 
essa é uma questão estratégica, pois ali chove pouco e o solo vem se deteriorando 
devido ao uso de água salgada para irrigação. (...) 
 
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O alerta está lançado: as próximas guerras serão desencadeadas pelo acesso a água, 
comida e energia. Com isso, abre-se um novo capítulo na era dos conflitos bélicos por 
recursos naturais, que começou em 1990, quando o Iraque invadiu o pequeno Kuwait em 
busca do controle do petróleo. Especialistas como Michael T. Klare, professor de estudos 
sobre paz e segurança mundial do Hampshire College, nos Estados Unidos, acreditam 
que questões políticas, religiosas ou ideológicas ficarão em segundo plano e a briga será 
por essas riquezas essenciais à sobrevivência das populações. 
Mesmo com sua situação privilegiada, o Brasil não pode bobear. Muito da nossa água já 
está contaminada e em várias regiões a população sofre com a falta dela ou com 
péssimas condições de saneamento. Os números divulgados nos últimos relatórios da 
Organização das Nações Unidas e de ONGs que se dedicam a esse problema são 
realmente assustadores. É hora de arregaçar as mangas e fechar as torneiras. Cada litro 
poupado é importante, por isso não é o caso de esperar apenas por ações 
governamentais. Embora seja necessário batalhar por políticas públicas sustentáveis, 
cada uma de nós pode começar a sua luta particular. E o primeiro passo é a 
conscientização. 
 
Questões Vitais 
No Brasil: 
 Somos o país mais rico do mundo em reservas hídricas, contendo 13,7% da água 
doce disponível na Terra. 
 40 milhões de brasileiros não têm acesso à água. 
 70% das internações hospitalares são causadas por doenças relacionadas à 
contaminação da água. 
 Em São Paulo, estima-se que 70% da poluição das águas é de origem doméstica e 
30% de origem industrial. 
 
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 O índice de desperdício de água no Brasil chega 40%, contando o setor de 
produção e as residências. 
No mundo: 
 1,1 bilhão de pessoas não tem acesso água potável em quantidade suficiente. 
 As doenças diarréicas e a malária, que podem ser combatidas com saneamento 
básico, mataram cerca de 3,1 milhões de pessoas em 2002; 80% das vítimas eram 
crianças com menos de 5 anos. 
 Há dez anos, a ocorrência de catástrofes naturais se intensificou e 90% delas 
estão ligadas à água. Duas em cada cinco pessoas vivem hoje em zonas suscetíveis à 
inundação. 
 Diariamente, são utilizados 600 litros de água por pessoa nos Estados Unidos; 358 
na Itália; 9,3 em Moçambique; e 4,5 em Gâmbia. 
 
O que fazer já: 
 - Tome banhos mais curtos. 
 - Se fechar a torneira na hora de escovar os dentes ou lavar as mãos, gastará até 
2 litros de água. Caso contrário, consumirá 12 litros. 
 - Se fechar a torneira da pia da cozinha enquanto ensaboa a louça, economizará 
70 litros. Antes de lavar pratos e panelas, remova bem a sujeira e não deixe restos de 
comida ou de óleo irem pelo ralo. 
 - Troque válvulas de descarga por caixas econômicas. Cada descarga com válvula 
consome entre 10 e 30 litros de água; a caixa gasta cerca de 6 litros. 
 
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 - Conserte as torneiras que estão pingando. Cada uma pode perder mais de 40 
litros por dia. Reutilize a água usada na lavagem de roupas para limpar pisos e calçadas. 
Troque o esguicho por vassoura e balde. 
 - Use a máquina de lavar roupas com a carga máxima. 
 A água desafia países ricos e pobres. Leia no site www.claudia.com.br 
 
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UNIDADE 9 
Objetivo: Articular sugestões tendo em vista a preservação ambiental urbana. 
Atividades e sugestões educativas para a preservação da água. 
O artigo abaixo do Planeta Sustentável (de Dante Grecco – 18/04/2007) sinalizará 
algumas sugestões de como lidar no cotidiano com o uso racional da água. Economizar é 
a ordem de todos os dias. Educação ambiental se faz com medidas simples – como o 
exercício de práticas de economia sustentável em relação ao que temos. Não adianta 
ficar elaborando discursos de como o governo ou as empresas poderiam suprir as 
necessidades de saneamento básico se, quando os temos, não sabemos como usá-los 
ou os usamos de forma indevida. Estas dicas podem ser transformadas em dinâmicas de 
teatro para ser dinamizadas em uma reflexão de conscientização. Sugira para que os 
seus destinatários montem pequenas peças sobre o uso cotidiano racional e irracional da 
água em suas casas e vizinhança - peça para que eles usem da ironia e da sátira para 
apresentar o assunto. 
Planeta Sustentável - 18/04/2007 
Por Dante Grecco 
Que a água é um dos recursos naturais mais preciosos 
que temos, todo mundo sabe. Mas será que nos damos 
conta da real dimensão de sua condição no planeta? 
Independente de todos os discursos que possamos fazer 
a respeito, economizá-la é vital. Mas saber exatamente 
por que, muda tudo. 
 
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Não é à toa que os cientistas vivem procurando por ela em outros planetas. Onde tem 
água tem vida. Sua ausência significa o fim de plantas, animais e até do homem. E, na 
Terra, há muita água! Ela ocupa cerca de 75% do planeta, mas 97,5% é salgada, ou seja, 
imprópria para o uso. Sobram apenas 2,5% de água doce. Desse total, 68,9% encontram-
se nas geleiras, calotas polares ou em regiões montanhosas, 29,9% representam águas 
subterrâneas, 0,9% compõe a umidade do solo e dos pântanos e apenas 0,3% constitui a 
porção superficial de água doce presente em rios, lagos e represas. É dessa ínfima 
quantidade, portanto, que vem quase todo o consumo humano. Mas aí é que começam 
os problemas, principalmente em razão da poluição por esgotos, dos resíduos industriais 
e agrotóxicos que contaminam represas, rios e lagos. 
Além da poluição dos mananciais, o desperdício (altíssimo no Brasil) também é 
preocupante. Infelizmente não dá para fazer água: ela é um recurso natural limitado. 
Realidade incompatível com o consumo que, nos últimos 55 anos, triplicou! Com o tempo, 
sua captação vai ficar mais cara e difícil e as empresas de abastecimento terão de gastar 
cada vez mais recursos para torná-la potável para uso humano. Portanto, só há uma 
saída: economizar. E saber exatamente porque isso deve ser feito, pode ajudar a mudar, 
mais rapidamente, a postura de todos nós. Por isso, listamos aqui algumas dicas básicas, 
explicando o impacto real que cada ação desmedida em relação à água tem na nossa 
vida e, consequentemente, no planeta: 
 Lavar a louça, durante 15 minutos, com a torneira da pia meio aberta, gasta 243 
litros de água. Para gastar apenas 20 litros limpe os restos de alimentos dos pratos e das 
panelas com um papel e jogue no lixo. Molhe a louça rapidamente, ensaboe e depois 
enxágue. 
 Não jogue o óleo usado em frituras na pia ou no ralo. Um litro de óleo de cozinha 
que vaiparar nos rios contamina cerca de 1 milhão de litros de água, equivalente ao 
consumo de uma pessoa em 14 anos. 
 
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 Uma lavadora de louças, com capacidade para 44 utensílios e 40 talheres (para 
seis pessoas), gasta 40 litros. Só a ligue quando estiver cheia e com muitos utensílios. O 
mesmo vale para a lavadora portátil. 
 A bacia sanitária com válvula acionada por 6 segundos gasta 10 litros de água. 
Quando a válvula está com defeito, o gasto pode ser de até 30 litros. O ideal é trocá-la 
por um sistema com válvula acoplada à bacia sanitária que gasta apenas 6 litros, 
representando uma economia de 50%. Nunca use o vaso sanitário como lata de lixo. 
 Feche a torneira ao escovar os dentes. Se uma pessoa demora 5 minutos para 
escovar os dentes e deixa a torneira aberta, lá se vão 12 litros de água pura, tratada e 
clorada. É um enorme desperdício. 
 Não demore para lavar o rosto. Um minuto de torneira meio aberta consome 2,5 
litros de água. 
 Um banho de ducha por 15 minutos, com a torneira meio aberta, faz com que 243 
litros de água escorram pelo ralo. Se fechar o registro enquanto se ensaboa, diminuindo o 
tempo de banho para 5 minutos, o consumo cai para 81 litros. 
 Um banho de chuveiro elétrico, também de 15 minutos, com o registro meio aberto, 
consome 144 litros. Se o registro for fechado e banho reduzido para 5 minutos, o 
consumo cai para 48 litros. 
 No verão, regue jardins e plantas pela manhã ou à noite, que reduz a perda por 
evaporação. No inverno, a rega pode ser feita em dias alternados. 
 Seu carro não precisa tomar banho toda semana. Lavá-lo uma vez ao mês com 
balde consome só 10 litros de água. Se for usada uma mangueira meio aberta, o 
consumo explode para 560 litros. Uma torneira que goteja causa um desperdício de 46 
litros por dia. Ou 1.380 litros por mês. 
 
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 Fique atento a vazamentos. Um furinho de 2 mm no encanamento pode causar um 
desperdício de até 3.200 litros de água por dia. 
 Nunca use água da torneira para "varrer" a rua. Utilize vassouras e, se possível, 
tente usar a água que sai do enxágüe da máquina de lavar. 
 Outras boas soluções são instalar equipamentos para reuso de água da chuva 
(como a construção de cisternas) ou da água utilizada nas torneiras de banheiro. Ela não 
é própria para consumo, mas pode ser usada para lavar o quintal ou regar as plantas. 
 Se possível, instale torneiras automáticas (reduzem o consumo de água em cerca 
de 20%) ou eletrônicas (queda de 40% no gasto com água). O investimento se paga com 
a redução da conta no fim do mês. 
 Ajude o meio ambiente não poluindo as águas, não jogando lixo em rios ou cursos 
d'água e denunciando aos órgãos competentes as irregularidades. 
E você sabia que, se os 16 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo 
deixassem de dar apenas uma descarga por dia devido ao papel higiênico, aos cotonetes 
ou aos cigarros jogados no vaso sanitário, seriam economizados cerca de 160 milhões de 
litros d'água? O equivalente ao abastecimento diário de uma cidade como Santo André, 
na Grande São Paulo. 
Manter 
Cansada de ver a praça vizinha à sua casa abandonada pelas autoridades, Beatriz 
Bracher arregaçou as mangas e assumiu sua manutenção. "Espaços públicos devem ser 
bem cuidados para que muitas pessoas os usufruam", diz a escritora, que graças a um 
acordo com a prefeitura em 2001 adotou a Praça Conde Barcelos, no Alto de Pinheiros. 
No início, Beatriz arcava sozinha com os custos de poda, varrição e retirada de entulho e 
lixo, que hoje saem em torno de R$ 2 500 ao mês. Agora, já são 12 colaboradores. 
 
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Aqueles que não pagam contribuem como podem ou em iniciativas especiais, como a 
criação da pista de cooper e a reforma do playground. 
Resgatar 
Invadido por 20 anos, o Parque do Povo foi retomado pelo município em 2006. Em junho 
deste ano, a construtora WTorre assinou parceria com a prefeitura para revitalizar, 
manter e administrar por três anos os 112 mil m2 tombados no Itaim Bibi. A previsão é 
investir R$ 7 milhões. 
"Queremos devolver à comunidade uma área verde desfrutável", justifica a arquiteta Rosa 
Maria Pezzeni. Em outubro fica pronta a primeira parte do projeto paisagístico, elaborado 
pela Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que resgatará a vegetação nativa e 
promoverá educação ambiental por meio de coleções botânicas. 
Despoluir 
Proteger a fauna e a flora é a missão dos biólogos Nicola Auriemma e Rodrigo Martins e 
do funcionário público Rinaldo Felix, que nasceram e vivem às margens do córrego 
Tenente Rocha. 
Eles fazem parte da Associação dos Moradores da Vila Bianca, em Santana, que luta há 
40 anos pela despoluição do riacho. Graças à Operação Natureza - um convênio entre a 
prefeitura e o governo estadual que despoluirá 300 córregos da capital -, investiram-se 
R$ 3,3 milhões no Tenente Rocha. 
"Quando poluído, o córrego já atraía os pássaros. Com 80% do trabalho de recuperação 
realizado pela Sabesp, até os peixes voltaram", conta Rinaldo, presidente da associação. 
Recuperar 
No lugar de plantar mudas para compensar a retirada de 85 árvores em outro 
empreendimento, a Company Construtora doou à prefeitura o projeto do Parque Linear 
Sapé, no Rio Pequeno (custo: R$ 2 milhões). 
 
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Previsto pelo Plano Diretor, o parque linear recupera cursos de água, acrescentando-lhes 
um papel social, uma vez que oferece lazer e esporte. A ação beneficia a cidade, "mas é 
preciso conscientizar a comunidade sobre o seu objetivo", diz o engenheiro Edson Galina, 
fiscal de obras da Secretaria Municipal do Verde, que faz o meio-de-campo entre a 
população e as empreiteiras e gerencia parcerias com outras empresas. 
É um critério puramente demográfico - de concentração humana -, enquanto no Brasil a 
contagem usa critérios administrativos. Descubra quais são as regiões metropolitanas do 
Brasil. 
 
 
 
 
Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua 
Sala de Aula, no site da ESAB, e faça a Atividade 1, no link “Atividades”. 
 
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UNIDADE 10 
Objetivo: Sugestão de elaboração de projeto de conscientização para a preservação 
ambiental urbana. 
Projetar a preservação da água: tema para fórum. 
Atenção! 
Você deverá para este módulo produzir um texto que será um esquema de um projeto de 
preservação ambiental mirando um dos tópicos inerentes a esta temática na vida urbana. 
Conforme você pode observar, para cada bloco de assunto sobre a preservação 
ambiental na cidade (água, ruas, parques, saúde dos edifícios, comércio justo) aplicamos 
esta estrutura de construção do projeto que é um roteiro de construção do seu texto. 
Muito importante: você não fará textos para todos os assuntos - somente escolherá um 
(dentre os assuntos: água, ruas, parques, saúde dos edifícios e comércio justo), 
chegando próximo ao término do módulo, e enviará para a página Fórum da ESAB. 
Certo?!! 
1) Comece no seu texto escrevendo quem serão os seus destinatários (crianças, 
donas de casa...); o perfil destes (idade, nível escolar ou de cultura...); o lugar onde se 
encontram os destinatários (moradores de periferia, classe média...). 
2) Em seguida descreva o que tanto pretende dinamizar como projeto de 
conscientização de preservação ambiental urbana (economia da água; atentar numa 
justificativa sobre os problemas inerentes à água...) 
3) Fundamente conceitualmente o assunto: 
 - Fundamentação teórica/cultural sobre a água (procurar subsídios em textos da 
internet); 
 
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 - Histórico próximo do usoda água naquela região – na perspectiva de elaborar 
um possível cenário da atualidade do uso da água na atualidade para a vida 
daquele grupo; 
 - Acene para as consequências do péssimo uso da água como encerramento 
para este bloco de fundamentação. 
4) Elabore um questionário (no máximo com cinco questões) para ser aplicado junto 
aos seus destinatários. Este questionário pode ser elaborado tendo em vista o conteúdo 
que foi apresentado e estudado em nossas unidades. Para ser prático divida o conteúdo 
em dois blocos. O primeiro deve ser de caráter investigativo - deverá conter questões que 
analise o uso racional/irracional da água (pode ser dez questões). O segundo bloco 
deverá conter questões com vias a sugestões de preservação por parte dos destinatários 
(servem cinco questões). Deste modo teremos o seguinte cenário: como está e como 
deverá estar o uso da água... 
 
Acabando de elaborar o texto o envie para o fórum da ESAB. Não se esqueça de 
anotar seu nome abaixo do título de seu projeto com uma breve apresentação sua 
(ex.: bacharel em turismo pela Universidade do Chile; pós-graduando em Educação 
Ambiental Urbana pela ESAB). 
 
 
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UNIDADE 11 
Objetivo: Situar o problema da preservação das ruas, de modo introdutório, articulando 
as noções de necessidade e preservação. 
Preservar as ruas e seu patrimônio 
Com um artigo intitulado SOS Calçadas o Planeta Sustentável apresenta alguns 
problemas inerentes às péssimas condições de preservação ambiental das calçadas na 
cidade de São Paulo – que se estende como problemática de muitas metrópoles e 
cidades brasileiras. A intenção deste artigo é provocar a nossa mente para pensar a 
questão ambiental das nossas ruas. 
Andar nas ruas de São Paulo pode ficar mais agradável a partir do 
projeto de lei que convoca os cidadãos a participar das reformas. 
Camila Antunes - Revista Veja - 10/10/2007 
A executiva Daniela Aiach, de 35 anos, destruiu cinco pares de 
sapatos somente no ano passado. Pudera. Os saltos finos e altos que 
ela gosta de usar não foram feitos para vencer os buracos das 
calçadas da Chácara Santo Antônio, bairro onde fica seu escritório. 
O ator e funcionário público Willian Coelho, que é paraplégico, sofre 
ainda mais com a precariedade das guias paulistanas. Na avenida 
em que mora, a Santo Amaro, o passeio é estreito, cheio de 
desníveis e intercalado por postes - o que inviabiliza o trânsito de 
sua cadeira de rodas. 
 
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A consultora de marketing Roberta Zaiantchick, de 30 anos, 
representa outro grupo de paulistanos insatisfeitos: o de mães e 
pais que pilotam carrinhos com crianças. Ela alterou seu percurso 
usual do Itaim, onde mora, até o Parque do Ibirapuera, em busca de 
um chão menos irregular. 
No caminho antigo, o mais curto, havia obras, árvores e garagens 
ilegais obstruindo a passagem de pedestres. Além disso, a 
trepidação provocada por pisos trabalhados com pedra e madeira impedia a soneca de 
sua filha Sofia, de 3 meses. "Para protegê-la, acabei mapeando as calçadas transitáveis 
da região", conta. 
Urbanistas afirmam que as três irregularidades mais graves e comuns nas ruas de São 
Paulo são as garagens que invadem o passeio público, o excesso de guias rebaixadas 
(na maioria das vezes ilegais) e a falta de rampas de acesso para deficientes físicos e 
carrinhos. 
"É impossível dar dez passos sem topar num problema", diz a arquiteta Regina Monteiro, 
diretora da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb). Apenas 200 dos 30 000 
quilômetros lineares de calçadas existentes em São Paulo passaram por uma reforma 
desde 2005, ano em que foram estabelecidas novas regras para o passeio público. De 
acordo com o Código de Obras e Edificações da cidade, não é permitido rebaixar mais de 
50% da extensão da parte frontal do terreno. 
Também é proibido inventar estilos e dimensões estapafúrdios para as calçadas. Elas 
devem seguir um entre quatro padrões de piso (blocos de concreto intertravado, placas 
pré-moldadas de concreto, ladrilho hidráulico ou cimentado) e ter largura mínima de 1,90 
metros - o suficiente para que dois adultos caminhem lado a lado e ainda haja espaço 
para postes, lixeiras e canteiros. 
 
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Segundo a legislação, os proprietários são os responsáveis por seu pedaço de guia, e a 
multa para quem não cuida da área é de cerca de 200 reais por metro irregular. É bom 
ficar atento, pois a fiscalização está ativa. 
Neste ano, 3.000 paulistanos foram autuados. "Ainda faltam estímulos para o cidadão 
aderir ao projeto de reformar a calçada", diz a vereadora Mara Gabrilli. Tetraplégica, ela 
protocolou há duas semanas um projeto de lei que foi aprovado em primeira votação 
(agora está em fase de consulta pública). 
Sua ideia é simples e pode funcionar. A prefeitura dá o primeiro passo, determinando as 
vias estratégicas para a reforma e contratando uma empreiteira. Em contrapartida, os 
cidadãos pagam 70% da obra. Pelo projeto, a adesão será praticamente compulsória: 
quem não contribuir levará multa - e o dinheiro irá para um fundo específico destinado às 
reformas. 
"Se 10% das calçadas forem consertadas, justamente aquelas nas avenidas onde há 
maior concentração de serviços, 90% do problema de locomoção será resolvido", afirma 
Mara, ex-secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, departamento da 
prefeitura em que o cadeirante Coelho trabalha. Essa é a chance de a cidade ter 
calçadas decentes. 
Passagem obstruída 
Os números mostram como é difícil a vida do pedestre: 
• Há 30.000 quilômetros de calçadas em São Paulo e somente 200 quilômetros foram 
reformados desde 2005. 
• Menos de 10% dos quarteirões são uniformes no tipo de piso, nas dimensões e 
inclinações. 
• Mais da metade dos restaurantes e lojas têm guias rebaixadas ou garagens irregulares, 
que atrapalham a passagem dos pedestres. 
 
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• 100.000 pessoas caem e se machucam nas calçadas da cidade por ano. Os idosos são 
os mais prejudicados. 
• De cada cinco envolvidos em acidentes de trânsito, um é pedestre. 
Fontes: Emurb, Ipea, Denatran e Associação Brasileira de Pedestres 
 
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Para esta atividade optativa a sugestão é a de que você desenvolva uma pesquisa 
sobre o imaginário das pessoas que cercam o seu cotidiano sobre o assunto em 
questão: a rua e seu patrimônio. Procure aplicar este questionário junto aos seus 
familiares e vizinhos. Bom trabalho! 
1. Quais os sentimentos brotam em você quando o assunto é sua casa? 
2. Qual a diferença da sua casa para o espaço da rua? 
3. Que sentimentos a rua lhe inspira? Pense isto sobre o viés dos pontos positivos 
e negativos. Ofereça três sentimentos distintos para cada ponto: 
 Pontos Positivos Sobre a Rua; 
 Pontos Negativos Sobre a Rua 
4. Procure rastrear os motivos que levaram você a ter tais posicionamentos de 
sentimentos (positivos ou negativos) em relação à rua. Questione-se sobre as 
origens, o desenvolvimento, o tempo e as influências para a formatação destes 
sentimentos. 
Obs.: Após esta coleta sugiro que você compare os dados e faça uma tabela 
observando as semelhanças e divergências. E os discuta em grupo quando tiverem 
a oportunidade de debaterem o que foi coletado. Como dica, sugiro que leiam sobre 
o assunto o texto sobre a Rua de Roberto Da Matta “O que faz o Brasil, Brasil”. 
 
 
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UNIDADE 12 
Objetivo: Contemplar com vistas ao incentivo de ações futuras para a preservação urbana 
das ruas. 
Exemplos de projetos de preservação de ruas 
O presente fragmento do artigo de Silvana Maria Rosso trata alguns exemplos decidadania urbana no tocante ao cuidado com as ruas e o seu patrimônio. A intenção de 
levar até você este material é fazer com que você perceba que simples ações se 
configuram como projetos valiosos e operosos no quesito preservação ambiental. 
A sociedade está mobilizada para deixar São Paulo mais agradável. Conscientes das 
exigências de sustentabilidade, cidadãos, entidades privadas e públicas têm se esforçado 
para organizar e conservar a metrópole. Como diz o filósofo suíço Alain de Botton, o 
ambiente urbano influencia a felicidade de seus habitantes. Confira oito iniciativas que 
tornam a vida na cidade mais feliz 
Limpar 
A aplicação da Lei Cidade Limpa está revelando a arquitetura antes escondida. "A ação 
bloqueia a invasão da propaganda, destacando a paisagem urbana", explica a arquiteta e 
urbanista Maria Lucia Refinetti Martins, professora da Faculdade de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). 
Desde janeiro, 34.194 licenças para anúncios indicativos foram solicitadas e a prefeitura 
retirou das ruas 1 004 peças publicitárias. "A velocidade de adaptação à lei foi maior do 
que a esperada", diz a secretária de coordenação das subprefeituras, Andrea Matarazzo. 
"Agora o patrimônio deteriorado e descaracterizado ficou evidente", alerta Marco Antonio 
Ramos de Almeida. 
 
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Preocupada com a recuperação de bens, a Associação Viva o Centro estuda propostas 
para readequar fachadas tombadas. 
Zelar 
"A cidade bonita respeita o ser humano", defende a 
pedagoga Maria Helena Bosco Vasquez, que trabalha 
na área central de São Paulo e há sete anos ajuda a 
zelar pela manutenção e segurança da região. Ela é 
um dos 4.500 integrantes da Associação Viva o 
Centro e vice-presidente da Ação Local Largo São 
Francisco - uma espécie de filial da entidade. 
O Programa Ação Local foi desenvolvido há 12 anos e divide o centro em 45 zeladorias. 
Constituídas de ONGs, elas aproximam a comunidade do poder público e da iniciativa 
privada, sensibilizando-os sobre as carências e a importância da região. 
Em maio, o programa ganhou o Prêmio Philips de Simplicidade "por promover uma 
atitude cidadã", justifica Marco Antonio Ramos de Almeida, superintendente da 
associação. 
Revitalizar 
Depois de 16 anos ocupado irregularmente por camelôs, desde 2006, o largo da 
Concórdia, no Brás, voltou a ser um local público frequentado pela comunidade. Graças à 
parceria entre a prefeitura e a Associação dos Lojistas do Brás, o calçadão foi 
recuperado, ganhou jardins, banheiros coletivos e pontos extras de iluminação. 
Para a execução da obra, que custou R$ 1 milhão, foram retirados 750 ambulantes 
ilegais, que tornavam o passeio intransitável. "O projeto deu certo porque a comunicação 
foi transparente: a população sempre soube quais ações iríamos realizar", argumenta o 
subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak. 
 
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Preservar 
"Apesar de ser inquilina dos imóveis que ocupa, a Universidade São Marcos procura não 
agredir a arquitetura dos edifícios", explica o arquiteto Ricardo José de Oliveira, gerente 
de infraestrutura. 
Com o Educandário Sagrada Família, de 1895, no Ipiranga, a universidade foi além. Em 
2003, resgatou o jardim e a fachada, demolindo a loja de carros que os encobria. A 
edificação é um dos 12 bens tombados em maio pelo Conselho Municipal de Preservação 
do Patrimônio Histórico no bairro. 
Eles faziam parte do patrimônio do filantropo Conde José Vicente de Azevedo e foram 
doados em vida a uma instituição social. 
Manter 
Cansada de ver a praça vizinha à sua casa abandonada pelas autoridades, Beatriz 
Bracher arregaçou as mangas e assumiu sua manutenção. "Espaços públicos devem ser 
bem cuidados para que muitas pessoas os usufruam", diz a escritora, que graças a um 
acordo com a prefeitura em 2001 adotou a Praça Conde Barcelos, no Alto de Pinheiros. 
No início, Beatriz arcava sozinha com os custos de poda, varrição e retirada de entulho e 
lixo, que hoje saem em torno de R$ 2 500 ao mês. Agora, já são 12 colaboradores. 
Aqueles que não pagam contribuem como podem ou em iniciativas especiais, como a 
criação da pista de cooper e a reforma do playground. 
Resgatar 
Invadido por 20 anos, o Parque do Povo foi retomado pelo município em 2006. Em junho 
deste ano, a construtora WTorre assinou parceria com a prefeitura para revitalizar, 
manter e administrar por três anos os 112 mil m2 tombados no Itaim Bibi. A previsão é 
investir R$ 7 milhões. 
 
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"Queremos devolver à comunidade uma área verde desfrutável", justifica a arquiteta Rosa 
Maria Pezzeni. Em outubro fica pronta a primeira parte do projeto paisagístico, elaborado 
pela Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que resgatará a vegetação nativa e 
promoverá educação ambiental por meio de coleções botânicas. 
Despoluir 
Proteger a fauna e a flora é a missão dos biólogos Nicola Auriemma e Rodrigo Martins e 
do funcionário público Rinaldo Felix, que nasceram e vivem às margens do córrego 
Tenente Rocha. 
Eles fazem parte da Associação dos Moradores da Vila Bianca, em Santana, que luta há 
40 anos pela despoluição do riacho. Graças à Operação Natureza - um convênio entre a 
prefeitura e o governo estadual que despoluirá 300 córregos da capital -, investiram-se 
R$ 3,3 milhões no Tenente Rocha. 
"Quando poluído, o córrego já atraía os pássaros. Com 80% do trabalho de recuperação 
realizado pela Sabesp, até os peixes voltaram", conta Rinaldo, presidente da associação. 
Recuperar 
No lugar de plantar mudas para compensar a retirada de 85 árvores em outro 
empreendimento, a Company Construtora doou à prefeitura o projeto do Parque Linear 
Sapé, no Rio Pequeno (custo: R$ 2 milhões). 
Previsto pelo Plano Diretor, o parque linear recupera cursos de água, acrescentando-lhes 
um papel social, uma vez que oferece lazer e esporte. A ação beneficia a cidade, "mas é 
preciso conscientizar a comunidade sobre o seu objetivo", diz o engenheiro Edson Galina, 
fiscal de obras da Secretaria Municipal do Verde, que faz o meio-de-campo entre a 
população e as empreiteiras e gerencia parcerias com outras empresas. 
Por Silvana Maria Rosso - Revista Arquitetura & Construção - 09/2007 
 
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UNIDADE 13 
Objetivo: Articular sugestões tendo em vista a preservação ambiental urbana. 
Atividades e sugestões para preservar as ruas 
Para esta unidade sugerimos que você assista ao vídeo intitulado “Congestionamento na 
Noruega” e reflita o seguinte: 
1. Qual a ironia do vídeo? 
2. Que lógica de pobreza e riqueza comportam as mentalidades dos brasileiros e dos 
noruegueses quando pensam no uso dos carros como meio de transportes? 
3. Por que não usamos também nós a bicicleta como meio de transporte? Aponte 
três motivos para o não uso apoiando-se nas seguintes observações: preconceito 
cultural, agilidade e economia. 
Sabemos que você irá gostar desta ironia. Não se esqueça de gravar o vídeo para usá-lo 
juntamente com este exercício com os seus destinatários. 
 
Congestionamento na Noruega 
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/ 
 
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Após o exercício com o vídeo sugerimos um agradável poema de Amilca Bettega* 
intitulado “As ruas-túneis de Porto Alegre” que fala sobre a Rua Gonçalo de Carvalho. 
Esta rua possui uma associação de amigos. Sugiro que você visite o site deles: 
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/ 
A intenção é que você perceba ações que são geradas para a preservação ambiental das 
ruas como um problema de seus moradores. Boa satisfação no poema! 
As ruas-túneis de Porto Alegre 
E tem dessas ruas, verdadeiros túneis verdes onde a luz do final da tarde se infiltra por 
entreas folhas e enche o interior do túnel de um amarelo espesso, carregado de 
inúmeras partículas de composição desconhecida que dão ao ar o aspecto de uma poeira 
vegetal descendo sem peso dos galhos das árvores. 
De repente você vira numa esquina e se vê na extremidade de um desses túneis. Olhá-lo 
desse ponto é como ver materializada a imagem da paz. As árvores que crescem nas 
duas calçadas unem suas copas mais ou menos à altura do terceiro andar dos edifícios - 
também eles alinhados, mas no exterior do túnel -, criando esse espaço particular 
protegido da luz direta do sol. 
Caminhar no interior de um desses túneis é como entrar num cenário de sonho. Alguma 
coisa ali escapa do real. As cores não são as mesmas com as quais nos deparamos 
todos os dias. O amarelo - eu insisto, talvez numa tentativa de melhor apreendê-lo - é 
denso, quase palpável, uma grande massa gasosa que se forma quando a luz incisiva, 
cristalina, quase branca do sol passa com esforço através da camada verde de folhas e 
galhos e cipós que pendem preguiçosamente em alguns pontos. 
Mesmo se por acaso faz frio, a sensação que essa luz amarelada transmite é de calor, de 
algo que envelopa por inteiro cada centímetro quadrado de qualquer corpo, vivo ou não, 
que se encontre mergulhado em seu interior. 
 
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Não tenho dúvida de que as percepções igualmente oníricas do espaço e do tempo no 
interior do túnel decorrem dessa massa de luz amarelada, o elemento principal do túnel, a 
sua substância. Quanto mais inclinado estiver o sol lá fora, quanto mais a tarde avança, 
mais denso será o amarelo, tendendo um pouco para o laranja antes de se evaporar nos 
dois ou três minutos que precedem o abraço repentino da noite. 
Mover-se nesse espaço significa encontrar o ritmo exato da respiração do túnel. Estamos 
ali como que imersos em algo que não é nem líquido nem gás, mas um estado 
intermediário, um estado que exige lentidão de movimentos e certo recolhimento parecido 
ao que experimentamos percorrendo a nave de uma imponente catedral. A abóboda de 
galhos e folhas alonga o espaço para o alto sem interrompê-lo de forma brusca, criando 
uma espécie de teto difuso, descontínuo porque feito pela superposição de folhas e 
ramos, mas compacto o suficiente para, primeiro, filtrar a luz que vem do exterior e, 
segundo, para aprisionar o resíduo dessa filtragem, essa espécie de luz-gás que infla o 
túnel como um balão comprido ou um imenso pulmão ressoando ruídos urbanos. 
Tais ruídos também são particulares ali dentro, chegam também eles filtrados, 
transformados, isolados, e o resultado é como se ouvíssemos de longe, mas muito longe, 
os sons da cidade se movimentando logo ali fora, no exterior do túnel. 
(O canto dos pássaros, se a hora for essa do fim da tarde ou de manhãzinha, mereceria 
um extenso parágrafo à parte. Estando em uma posição especial, nem no interior nem no 
exterior, mas na própria "parede" do túnel, os pássaros vão emitir seu canto que será 
ouvido diferentemente conforme a posição do ouvinte. Para quem está fora do túnel, o 
canto chega misturado aos sons agudos, francos e múltiplos que a cidade manifesta a 
cada batimento do seu coração; enquanto que no interior do túnel este mesmo canto 
reverbera gravemente, destacado de todo e qualquer outro som, fazendo vibrar as folhas 
das árvores que, por sua vez, emitem um rumor que é mais visto do que ouvido, no 
reflexo tremido da luz contra as folhas). 
Falamos de uma cápsula, se quiserem, mas não uma cápsula estanque. Ao contrário, 
tudo ali é permeabilidade, tudo está em diálogo contínuo com o que existe à volta. A 
 
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cidade, assim como a luz, entra no túnel através dos seus poros, a cidade entra na rua, 
recolhe-se nesse espaço íntimo, quase sagrado. E a percepção que se tem dela ali 
dentro é, e não poderia ser diferente, mística. Ali tocamos a sua essência, todo o resto 
ficou lá fora. 
Inclusive o tempo. 
Porque parece ser impossível contar o tempo no interior do túnel. Impossível se 
aperceber da sua passagem, mesmo sendo evidente que ele não está paralisado. 
Apenas, talvez, seu andamento não seja uniforme, isto é, alguns minutos são mais longos 
do que outros, uns têm mais do que sessenta segundos outros menos, o que resulta 
numa marcha temporal que se constroi por saltos: frações de tempo quantitativamente 
iguais se sucedem gerando períodos que são sentidos como muito longos, intercalados 
por outros muito curtos, fugazes instantes capazes de abarcar toda uma jornada. 
Pois de repente você vira numa esquina e se vê na extremidade de uma dessas ruas. Ao 
fundo, ela se espicha, espremida pela fila de árvores que crescem nas calçadas. Do alto 
pendem os galhos plenos de verde e as cordas de cipó cobertas de folhas. 
Os cipós e a abundância verde deixam claro que estamos perto do trópico. E o amarelo, 
esse, creio estar relacionado à certa "meridionalidade" na proporção exata para produzir 
efeitos de ótica rara a partir da mera incidência do sol na copa das árvores. 
Onde o sul e o trópico flertam. Porto Alegre está justamente aí. Cheia desses túneis 
verdes, cheia dessas ruas mágicas cobertas por uma abóbada de folhas e ramos de 
árvores. Podemos encontrá-las facilmente no Bom Fim, na Floresta, mas também nos 
Moinhos de Vento e até em meio à platípode de São Geraldo. 
Basta deixar-se levar. Você vai por uma avenida central, barulhenta, movimentada, e de 
repente, numa esquina, você olha para o lado e lá está. Então não resta mais nada a 
fazer senão se enfiar por um desses túneis. Sem saber onde nem quando você vai sair. 
 
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UNIDADE 14 
Objetivo: Sugestão de elaboração de projeto de conscientização para a preservação 
ambiental urbana. 
Preservar as ruas: Tema para fórum 
Atenção! 
Você deverá para este módulo produzir um texto que será um esquema de um projeto de 
preservação ambiental mirando um dos tópicos inerentes a esta temática na vida urbana. 
Conforme você poderá observar, para cada bloco de assunto sobre a preservação 
ambiental na cidade (água, ruas, parques, saúde dos edifícios, comércio justo) aplicamos 
esta estrutura de construção do projeto que é um roteiro de construção do seu texto.Muito 
importante: você não fará textos para todos os assuntos - somente escolherá um (dentre 
os assuntos: água, ruas, parques, saúde dos edifícios e comércio justo), chegando 
próximo ao término do módulo, e enviará para a página Fórum da ESAB. Certo?!! 
1. Comece no seu texto escrevendo quem serão os seus destinatários (crianças, 
donas de casa...); o perfil destes (idade, nível escolar ou de cultura...); o lugar onde se 
encontram os destinatários (moradores de periferia, classe média...). 
2. Em seguida descreva o que tanto pretende dinamizar como projeto de 
conscientização de preservação ambiental urbana (cuidados da população para com a 
rua e o seu patrimônio) 
3. Fundamente conceitualmente o assunto: 
 Fundamentação teórica/cultural sobre a rua e o seu patrimônio (procurar 
subsídios em textos da internet); 
 
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 Histórico próximo do uso das ruas naquela região – na perspectiva de elaborar 
um possível cenário da atualidade do uso das mesmas na atualidade para a vida 
daquele grupo; 
 Acene para as consequências do péssimo uso das ruas como encerramento 
para este bloco de fundamentação. 
4. Elabore um questionário (no máximo com cinco questões) para ser aplicado junto 
aos seus destinatários. Este questionário pode ser elaborado tendo em vista o 
conteúdo que foi apresentado e estudado em nossas unidades. Para ser prático 
divida o conteúdo em dois blocos. O primeiro deve ser de caráter investigativo - 
deverá conter questões que analisem o uso racional/irracional das ruas

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